Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fisiologia Respiratória Paulo Cavalheiro Schenkel ANATOMIA Pleura Vias Aéreas Superiores Subdivisões Zona de condução Zona de respiração Espaço Morto • Espaço Morto – Volume das vias aéreas e dos pulmões que não participa da troca de gases. • Espaço Morto Anatômico – Volume das vias aéreas de condução. – Não inclui bronquíolos respiratórios e alvéolos. • Espaço Morto Fisiológico – Volume total dos pulmões que não participa da troca de gases. – Espaço morto anatômico das vias aéreas + espaço morto funcional nos alvéolos. Espaço Morto Vac = Vem + Va Volume de ar corrente (Vac) = 450 mL; Volume alveolar (Va) = 300 mL; Volume do espaço morto (Vem) = 150 mL. Vem = Vac – Va Ventilação global ou Volume minuto Ventilação global = Vac x FR • A) Vac= 250 mL e FR= 32 cpm • B) Vac= 500 mL e FR= 16 cpm • C) Vac= 1000 mL e FR= 8 cpm * Espaço morto = 150 mL Qual situação é mais efetiva para trocas gasosas? Ventilação OS MÚSCULOS VENTILATÓRIOS Inspiratórios Diafragma Intercostais Externos Escalenos Esternocleidomastoideo Expiratórios Abdominais Intercostais Internos Movimentos Ventilatórios Inspiração Expiração Padrões Ventilatórios • Eupnéia: respiração tranquila sem desconforto; • Taquipnéia: aumento da frequência ventilatória; • Bradipnéia: diminuição da frequência ventilatória; • Hiperpnéia: aumento do volume corrente; • Hipopnéia: diminuição do volume corrente; • Hiperventilação: aumento da ventilação global; • Hipoventilação: diminuição da ventilação global; • Apnéia: parada ventilatória ao final da expiração basal; • Apneuse: parada vetilatória ao final da inspiração; • Dispnéia: sensação subjetiva de dificuldade ventilatória. Padrões Ventilatórios Volumes e Capacidades Pulmonares Resistência nas Vias Aéreas • Sistema Nervoso Autônomo – Estímulo parassimpático – broncoconstrição – Estímulo Simpático - broncodilatação 300.000.000 de alvéolos Pneumócitos tipo I Pneumócitos tipo II Pulmão Normal ELASTINA + COLÁGENO Hiperdistensão de espaços aéreos Ruptura de paredes alveolares Enfisema - Trocas gasosas: capilares alvéolos retração elástica Normal Enfisema Retração elástica Superfície de trocas nº de capilares Enfisema - Radiologia Póstero-anterior Perfil • Hiperinsuflação pulmonar • Áreas bolhosas • Diminuição da vasculatura • Retificação do diafragma • Aumento do diâmetro AP e do espaço retroesternal Propriedades elásticas do pulmão • Arranjo geométrico das fibras de elastina e colágeno; • Interdependência (apoio entre alvéolos); • Tensão superficial. Pressões elásticas do sistema respiratório Tensão Superficial • Interface ar-líquido; • Atração entre moléculas de água tentando ocupar o menor espaço possível. SURFACTANTE Fosfolipídios dipalmitoilfosfatidilcolina (40%) fosfatidilcolina monoenóica (25%) fosfatidilglicerol (10%) Proteína (10%) Colesterol (7%) TENSÃO SUPERFICIAL Complacência X Surfactante COMPLACÊNCIA Histerese Pulmonar Idade; Enfisema. Edema pulmonar; Atelectasia; Fibrose. Esquema do Sistema pulmão e parede torácica REPOUSO – Período entre os ciclos respiratórios. – Diafragma em repouso. – Nenhum ar está se movendo para dentro ou para fora dos pulmões. – Pressão alveolar = Pressão atmosférica – Pressão alveolar = 0 – Pressão intrapleural = -5 cmH2O. PTRANSMURAL = P.alveolar – P.pleural P.alveolar = P.pleural + P. retração elástica INSPIRAÇÃO – Diafragma contrai. – Caixa torácica expande. – Pressão das vias aéreas e pulmonar se tornam negativas. – Ocorre fluxo de ar para os pulmões. PRESSÃO EFETIVA DE IMPULSIONAMENTO = -3 cm/H2O EXPIRAÇÃO PASSIVA – Normalmente passiva. – Pressão alveolar positiva. – Fluxo do ar para fora dos pulmões. PRESSÃO EFETIVA DE IMPULSIONAMENTO = +3 cm/H2O EXPIRAÇÃO FORÇADA – Músculos Abdominais contraem. – Pressão alveolar ainda mais positiva. – Fluxo do ar para fora dos pulmões. PRESSÃO EFETIVA DE IMPULSIONAMENTO = +35 cm/H2O Pneumotórax Enfisema - Fisiopatologia Normal Enfisema Enfisema • Longilíneo • Lábios semi-cerrados • Uso musculatura acessória • Idade: 50 - 75 anos • Dispnéia • Pouca tosse e expectoração • Infecções ocasionais • Tórax em tonel • MV diminuído • Cor pulmonale tardio • “Dom Quixote” Bronquite Crônica • Obeso • Idade: 40 - 55 anos • Tosse produtiva • Cianose • Expectoração abundante • Infecções de repetição • Roncos, sibilos • Cor pulmonale precoce • “Sancho Pança” AVALIAÇÃO ESPIROMETRIA • Spirare = respirar + Metrum = medida • Propósitos diagnóstico; • Monitorização da doença ou seu tratamento; • Avaliação de incapacidade. Principais parâmetros • CVF = capacidade vital forçada • VEF1 = volume expiratório forçado no 1° segundo • VEF1/CVF = índice de Tiffenau • PFE = pico de fluxo expiratório • FEF 25-75% = fluxo expiratório forçado (25-75% da CVF) Padrão restritivo • Curva fluxo-volume com formato normal porém em miniatura; • Índice de Tiffenau normal ou aumentado com diminuição da CVF; • Redução da CPT. Doenças restritivas • Fibrose pulmonar; • Obesidade; • Doenças neuromusculares; • Doenças pleurais; • Etc Padrão obstrutivo Redução do VEF1 Redução do Índice de Tiffenau; CPT aumentada Doenças obstrutivas • Asma; • Bronquite crônica; • Enfisema; • Bronquiolite; • Estenose traqueal; • Etc. Cor Pulmonale Insuficiência Cardíaca Direita secundária a Hipertensão Pulmonar HIPOXEMIA Vasoconstrição pulmonar Hipertensão pulmonar Insuficiência Cardíaca Direita DPOC Relação Ventilação - Perfusão Relação Ventilação - Perfusão Ventilação Perfusão Relação Ventilação - Perfusão Trocas gasosas Propriedades Físico-Químicas dos gases DALTON Pressão total da mistura é a soma das pressões individuais de cada gás da mistura. Nível do mar = Patm 760 mmHg O2 = 21% CO2 = 0,05% N2 = 78% Gases nobres Patm= PO2 + PCO2 + PN2 Pressão parcial É a pressão exercida isoladamente por cada gás da mistura Variação de pressão DIFUSÃO Difusão Área (75-100m2) Espessura (0,5µm) Pressão Lei de Fick Solubilidade O2 = 0,003 mL / 100 mL sangue CO2 = 0,063 mL / 100 mL sangue Lei de Henry CO2 é 20x mais solúvel que o O2 1 mm Hg TROCAS GASOSAS Tempo de permanência hemácia – capilar = 0,75s, repouso; 0,25s, exercício. Tempo de equilíbrio das pressões dos gases entre alvéolo-capilar Pressão Atmosférica PO2 = Patm x 21% Propriedades Físico-Químicas dos gases Transporte de gases Transporte do Oxigênio Dissolvido no plasma e no citoplasma das Hemácias - 3% Pressão de O2 sangüínea Ligado a Hemoglobina 97% O2 dissolvido • O2 = 0,003 mL / 100 mL sangue (1 mmHg) 100 mm Hg = 0,3 mL O2 / 100 mL 5 L/min = 15 mL O2 / min O2 ou CO (200 a 300x) O2 - Hemoglobina O2 + Hb HbO2 • 15g Hb / 100 mL; • 1g Hb --- 1,39 mL O2 O2 - Hemoglobina 20,8 mL O2 / 100 mL sangue Hb 100% saturada Hb O2 5 L/min = 1040 mL O2 / min O2 O2 O2 O2 Saturação da Hemoglobina HbO2 x 100 Hb Total Fatores que modificam a afinidade do O2 com a Hemoglobina Curva de dissociação do CO2 Efeito do teor de O2 sobre o transporte de CO2 Efeito Bohr - Quanto > PCO2, Menor é a afinidade da hemoglobina pelo O2. Efeito Haldane – Dessaturação do sangue arterial nos capilares sistêmicos facilita a captação de CO2. S/ O2 CONTROLE DA RESPIRAÇÃO PO2 (± 100 mmHg) Hipóxia Hiperóxia PCO2 (35 – 45 mmHg) Hipercapnia Hipocapnia pH (7,35– 7,45) Alcalose Acidose Controle químico da respiração Ventilação VOLUNTÁRIA • córtex • tálamo e hipotálamo INVOLUNTÁRIA • tronco encefálico Organização do sistema de controle respiratório Centros de controle da respiração (Tronco encefálico e Telencéfalo) Efetores (músculos ventilatórios) Aferência Eferência Sensores (receptores químicos e pulmonares) Centro de controle da respiração Centro respiratório central NÚCLEOS BULBARES • GRUPO RESPIRATÓRIO DORSAL (inspiração) • GRUPO RESPIRATÓRIO VENTRAL (inspiração e expiração) NÚCLEOS PONTINOS • CENTRO PNEUMOTÁXICO (desliga a inspiração) • CENTRO APNÊUSTICO (inspiração profunda com breve período expiratório) Maldição de Ondina Efetores Nervo Frênico Quimiorreceptores Centrais H+ CO2 Quimiorreceptores centrais • São controladores da respiração que promovem adaptação, ajustes e interação do sistema respiratório. PCO2 pH PCO2 pH VENTILAÇÃO VENTILAÇÃO Quimiorreceptores Periféricos O2 CO2 H+ Bulbo Glossofarínge o Vago Glomo carotídeo Glomo aórtico • Células glomais; • 2L/min/100g. • PO2 < 70 mmHg; • pH é perceptível pelos receptores carotídeos; • 20-40% da resposta quimiorreceptora ao CO2 Célula Glômica Outros receptores • Pulmonares – Receptor de estiramento (reflexo de Hering-Breuer); • Adaptação lenta; • Aferência vagal mielinizada; • Pouca influência em volume corrente menor que 1L – Receptor de irritação (adaptação rápida); – Receptor J (justacapilar); Outros receptores • Receptores nasofaríngeos (inspiração forçada); • Barorreceptores arteriais; • Reflexo do mergulho (apnéia e bradicardia); • Sistema gama; • Dor e temperatura; • Proprioceptores musculares e articulares. Apnéia do sono obstrutiva Apnéia do sono central Hipoventilação alveolar central Obesidade COMPLICAÇÕES: Policitemia, hipertensão pulmonar, cor pulmonale, etc. Anormalidades no controle da respiração Ventilação de Cheyne- Stokes Pulmão normal Pulmão de fumante
Compartilhar