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Unidade 2 - Aspectos legais e ações globais para o desenvolvimento sustentável OBJETIVOS DA UNIDADE • bullet Contextualizar a necessidade da responsabilidade socioambiental na sociedade globalizada; • bullet Explicar sobre responsabilidade socioambiental individual, governamental e empresarial; • bullet Apresentar as práticas de responsabilidade socioambiental rumo ao desenvolvimento sustentável; • bullet Abordar o contexto atual sobre responsabilidade socioambiental e desenvolvimento sustentável. TÓPICOS DE ESTUDO Clique nos botões para saber mais Responsabilidade socioambiental – // O nascimento do mundo globalizado e a questão socioambiental // A responsabilidade socioambiental como compromisso da modernidade // A responsabilidade socioambiental governamental, cidadã e empresarial Aspectos legais – // Leis socioambientais brasileiras // A responsabilidade socioambiental além das exigências legais Desenvolvimento sustentável – // Ações globais rumo ao desenvolvimento sustentável // As três dimensões da sustentabilidade Debates mundiais – // Agenda 21 // Agenda 2030 Contexto atual – // Ecoeficiência // Os 7 R’s da sustentabilidade Nos últimos séculos, o ser humano passou a interferir cada vez mais nos processos naturais. Ao longo do século XX, inúmeros avanços tecnológicos e crescimento econômico foram obtidos. Com o aprimoramento tecnológico e inúmeras descobertas em todas as áreas do conhecimento, passamos a controlar os elementos da natureza e a aumentar sua capacidade de produção. Muitos desses avanços visaram à produção e o consumo sem avaliar questões de risco ambiental e social. O crescimento populacional no pós-guerra (com consequente aumento pela demanda por combustíveis fósseis, alimentos e tecnologia) resultou em um fluxo enérgico desequilibrado ecossistemicamente. Há muitos anos estamos sendo alertados sobre a insustentabilidade dos hábitos de consumo resultantes da economia capitalista. Atualmente, as sociedades tornaram-se cada vez mais complexas e conectadas. Desenvolveu-se o modo globalizado de vida, sendo que padrões de consumo adotados em escala mundial resultam em perdas progressivas de características geográficas, regionais e culturais, bem como na contaminação ambiental, que resulta em perda de diversidade de fauna e flora. Nesse mesmo contexto, surge o termo responsabilidade socioambiental. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2020), a responsabilidade socioambiental está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e políticas que tenham entre seus principais objetivos a sustentabilidade. Responsabilidade socioambiental também pode ser compreendida como um conjunto de práticas exercidas por cidadãos, governos e empresas públicas e privadas que têm por objetivo providenciarem a inclusão social (responsabilidade social) e o cuidado com o meio ambiente (responsabilidade ambiental). Se de um lado temos observado diversas atividades que causam degradação socioambiental e colocam em risco a qualidade de vida e a sobrevivência das futuras gerações, do outro há diversas organizações se mobilizando para nos conscientizar da necessidade de mudança para que o planeta Terra e a humanidade possam coexistir O NASCIMENTO DO MUNDO GLOBALIZADO E A QUESTÃO SOCIOAMBIENTAL Nos últimos 250 anos, os impactos causados pelas diversas mudanças decorrentes do desenvolvimento industrial ainda não estão totalmente desenhados e são debatidos por diversas organizações e meios de comunicação. Nos dias de hoje, podemos dizer que a máxima do desenvolvimento industrial é a globalização. Para chegarmos ao mundo como conhecemos hoje, o mundo globalizado, alguns momentos históricos foram cruciais. A Revolução Industrial intensificou o uso e a pressão sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis para atender à intensificação da produção industrial em escala. Com a maior demanda por trabalhadores nas indústrias e em busca de “uma vida melhor” – aos moldes capitalistas –, muitas pessoas saíram do campo para morar nas cidades, processo que culminou na urbanização. A revolução verde levou ao campo das tecnologias nunca vistas, permitindo incrementos anuais na produtividade de vegetais e carnes, comercializados para atender a demanda interna e externa das redes de mercado global. EXPLICANDO Recursos naturais renováveis são aqueles que possuem maior capacidade de manutenção e não se esgotam facilmente, são exemplos: água, solo, matéria orgânica e vento. Os recursos naturais não renováveis são aqueles que se esgotam quando usados sem práticas sustentáveis e seu tempo de reposição não é comparado à cronologia de vida humana, são exemplos: petróleo, carvão mineral, gás natural, xisto betuminoso e energia nuclear. Com exceção à energia nuclear, todos os exemplos citados são de origem fóssil. Estas transformações foram e são acompanhadas pelos impactos negativos ao meio ambiente e à perda de características sociais: há aumento das áreas desmatadas, da poluição atmosférica, do solo e hídrica, perda de biodiversidade, os produtos consumidos não são corretamente descartados, há aumento da desigualdade social, entre outros (Figura 2). Figura 2. Poluição ambiental resultante da produção industrial. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/09/2020. Nos dias de hoje, uma vez que é indiscutível que diversas fronteiras ecológicas mundiais foram ultrapassadas, o mundo globalizado vem exigindo continuamente modelos de produção de bens e serviços obtidos por meio de tecnologias que repensem questões de competitividade e que considerem formas de mitigação do impacto social e ambiental. A importância da avaliação dos danos que a produção e os processos têm sobre o ambiente e a sociedade toma forma neste contexto. Além da avaliação, ações de gestão que contribuam para o desenvolvimento ambiental e para o despertar da responsabilidade socioambiental devem ser propostas por governos, empresas e cidadãos. A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL COMO COMPROMISSO DE MODERNIDADE Assistimos em noticiários, nas redes sociais e vivemos diretamente as questões ambientais. Comumente, ouvimos falar sobre responsabilidade socioambiental. Isso vem acontecendo porque o mundo moderno se deu conta de que os impactos dos nossos hábitos de produção e consumo não estão alinhados com o poder de resiliência do planeta, uma vez que seus recursos são limitados. Por esse motivo, instituições públicas e privadas, organizações governamentais e não governamentais têm se dedicado cada vez mais a programas de implementação de práticas socioambientais e de conscientização da população. A ideia consiste em identificar, eliminar ou, ao menos, reduzir o impacto negativo que uma determinada atividade possa causar. EXPLICANDO Diversas organizações governamentais e não governamentais se dedicam à causa socioambiental. Veja alguns exemplos a seguir: • Plano nacional de juventude e meio ambiente (PNJMA); • Agenda ambiental na administração pública; • Instituto de pesquisas socioambientais (IPESA); • Instituto socioambiental (ISA); • Fundo casa socioambiental; • Verdejar socioambiental; • Instituto Ethos. Uma vez que elas já existem e não se mostraram totalmente efetivas, as práticas de responsabilidade socioambiental vão além de Leis. Atualmente, os programas devem fomentar e inserir a responsabilidade socioambiental como um compromisso diário a ser adotado pela sociedade, de forma a garantir a existência de um mundo melhor para as futuras gerações. Lembrando que se trata de uma vertente global, diversas ações podem ser adotadas a fim de inserir as práticas de responsabilidade socioambiental no dia a dia pessoal e profissional. Hoje, a sociedade sabe identificar cidadãos, instituições, organizações e empresas que investem em políticas e na cultura organizacional sustentável,posicionando-se de forma ética e responsável. A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL GOVERNAMENTAL, CIDADÃ E EMPRESARIAL Todos são responsáveis pela elaboração, difusão e aplicação das práticas de responsabilidade socioambiental; entre seus agentes, estão os governos, as cidades e as empresas. O governo atua na pauta socioambiental, formulando leis e ações de conscientização que atingem a sociedade civil e empresarial. Para que os cidadãos se tornem cientes, possam exigir e exercer a responsabilidade socioambiental, o governo deve encontrar meios para que as políticas públicas estejam próximas dos cidadãos, divulgando-as nos meios de comunicação e redes sociais, adequando currículos escolares e financiando instituições de pesquisa. Além disso, a gestão socioambiental deve ouvir os cidadãos por meio de seus representantes municipais e estaduais, bem como a iniciativa privada e as organizações não governamentais. No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e suas esferas são responsáveis pelo desenvolvimento de políticas públicas que tenham como objetivo promover a produção e o consumo sustentáveis. Além disso, também é responsabilidade do governo promover o crescimento do País adotando práticas de desenvolvimento sustentável, ou seja, grandes obras de interesse social devem fazer uso de práticas sustentáveis e serem baseadas em estudos de impacto ambiental. As cidades e seus cidadãos têm o compromisso de exercer as práticas de responsabilidade socioambiental. Para isso, como mostra o Quadro 1, existem diversas ações que podem ser adotadas no nosso dia a dia. Devemos exigir dos governantes, políticas que fomentem tal temática e dar preferência ao consumo de produtos e serviços de empresas atuantes na causa socioambiental. Quando nos colocamos como agentes ativos das práticas de responsabilidade socioambiental, estamos indiretamente praticando assistencialismo, inclusão social, inclusão digital e educação ambiental! Envolver-se nessas ações nos torna cidadãos participativos e responsáveis, além disso, as questões socioambientais vêm se tornando cada vez mais importantes e moldando-se como um dever de todos. Quadro 1. Práticas de responsabilidade socioambiental que podem ser adotadas nas cidades Os cidadãos exercem a responsabilidade socioambiental individual. Ela consiste em atitudes individuais reiteradas para uma maior preservação do ambiente a nossa volta. Devemos pensar que ela deve ser praticada individualmente, mas por todos nós, resultando em uma ação coletiva e de grande poder ambiental. São exemplos de responsabilidade socioambiental individual: • bullet Evitar usar sacolas e embalagens plásticas; • bullet Não desperdiçar alimentos; • bullet Separar e reciclar o lixo; • bullet Armazenar e destinar corretamente o óleo de cozinha; • bullet Economizar água e energia elétrica, usando de forma racional; • bullet Adquirir eletrodomésticos com baixo consumo de energia. As empresas que aderem à responsabilidade socioambiental buscam conhecer as características regionais, ouvir seus colaboradores e possuem processos e/ou serviços ambientalmente corretos. Elas reconhecem a sua responsabilidade socioambiental e assumem voluntariamente compromissos que vão para além dos requisitos reguladores convencionais, aos quais estão necessariamente vinculadas. Procuram elevar o grau de exigência das normas relacionadas com a proteção ambiental, com o desenvolvimento social e com o respeito aos direitos fundamentais, adotando uma cultura organizacional aberta em que interesses de todas as esferas se conciliam em direção a uma abordagem global da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável. Como podemos observar na Figura 3, adotando as práticas de responsabilidade socioambiental e estratégias de marketing, além dos benefícios sociais e ao meio ambiente, as empresas também melhoram sua imagem corporativa e aumentam seus lucros. Ocorre ainda a valorização da marca, maior fidelização dos clientes, redução dos custos, aprimoramento da comunicação externa e o melhor desempenho dos empregados. Figura 3. Ao adotar as práticas de responsabilidade socioambiental há geração de lucro. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/09/2020. Empresas podem adotar práticas de responsabilidade socioambiental por meio da adoção de programas e projetos de inclusão social ou digital, de direitos das mulheres e inserção no mercado do trabalho de maneira igualitária, por programas de alfabetização, reciclagem, reflorestamento e recuperação de áreas degradadas e destinação e/ou liberação correta de resíduos industriais (efluentes ou gasosos). Aspectos legais Seção 3 de 6 No que diz respeito às leis de responsabilidade socioambiental, pode-se dizer que o Brasil possui uma das legislações mais complexas e avançadas do mundo. O cumprimento das leis socioambientais nacionais é, em sua grande parte, de aspecto jurídico, mas também podem ser aplicáveis às pessoas físicas. A Constituição Federal de 1988 prevê que toda pessoa, física ou jurídica, que apresentar conduta ou atividade que cause dano ao meio ambiente estará passível de sanções penais administrativas, que serão aplicadas independentemente da obrigatoriedade de recuperar o dano causado. O poluidor é a pessoa jurídica ou física responsável, direta ou indiretamente, pelo dano causado. O sujeito se responsabilizará pelo dano ambiental real e potencial, que será estipulado por entidades da área. Uma vez que o meio ambiente é um direito da atualidade e das gerações futuras, os prejuízos e dimensões do dano são de interesse mundial, o que torna a ação jurídica de extrema relevância. Contudo, há grande dificuldade na comprovação da escala do dano causado, devido à complexidade de mensuração, assim, a responsabilidade deverá ser objetiva. O Estado, uma vez que é o responsável pela saúde pública, também pode ser responsabilizado pelo dano causado ao meio ambiente quando há omissão de sua responsabilidade legal. A Constituição Federal, alicerçada nos valores da solidariedade, dignidade humana e justiça social, instituiu o “estado social”, que deve orientar as relações sociais e econômicas. Para que cidadãos, governos e empresas exerçam práticas de responsabilidade socioambiental, devemos ter em mente que, antes de qualquer coisa, há necessidade da regulação das políticas e dos direitos sociais, entre eles, educação, saúde, habitação e assistência social. Uma vez que há uma forte tendência de mudança com relação à adoção de uma postura ambientalmente correta, a responsabilidade socioambiental associada às penalidades legais e exercida pelas leis, normas e infrações devem ser conhecidas e praticadas pela sociedade civil, governos e empresas. Nas empresas, há a responsabilidade socioambiental empresarial, que tem natureza de responsabilidade jurídica caracterizada como encargos sociais que, quando não cumpridos, resultam em multas e/ou penalidades. Os encargos sociais têm origem na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Eles são os custos pagos pelo empregador sobre a folha de pagamento de salário dos colaboradores. LEIS SOCIOAMBIENTAIS BRASILEIRAS O Quadro 2 lista algumas das leis ambientais mais importantes no País. Existem também as leis estudais e municipais, bem como os órgãos que se certificam de que elas estão sendo cumpridas, como o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) Quadro 2. Exemplos de leis ambientais brasileiras Fonte: BRASIL. Acesso em: 01/10/2020. A Lei 5.452 é uma das principais leis sociais brasileiras; ela rege os direitos dos trabalhadores. Nela, são discutidas questões sobre registro em carteira de trabalho e rescisão contratual, vale-transporte, descanso semanal remunerado, pagamento de salário, férias, fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS),décimo terceiro salário, hora extra, adicional noturno, aviso prévio, licença maternidade e paternidade. A responsabilidade social empresarial aborda questões que vão além das regulamentadas por lei. Ela trabalha a igualdade de oportunidades. Deve considerar os critérios de promoção dos funcionários, igualdade de gênero e pessoas com deficiência, acidentes de trabalho, capacitação continuada para o aprimoramento do nível do conhecimento do colaborador, além da relação ética entre os colaboradores. A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ALÉM DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS Quando uma empresa ou organização segue leis de cunho socioambiental ou normas determinadas por lei, ela está exercendo seu papel como pessoa jurídica, ou seja, a empresa está somente seguindo os aspectos jurídicos inerentes ao seu setor. Ser uma empresa social e ambientalmente responsável vai além das obrigações legais e econômicas: significa que ela se posiciona e atua no combate aos problemas, buscando o desenvolvimento socioambiental sustentável. A série ISO (International Organization for Standardization – organização internacional para padronização) estabelece sistemas de gestão na cultura organizacional de empresas. As séries ISO são compostas por normas que vão além das exigências legais e algumas podem se tornar tão importantes que passam a ser exigidas em lei. As normas ISO no Brasil são controladas pela ABNT NBR (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A série ISO 14001 possui normas de gestão ambiental que permitem que a empresa pratique ideias de mitigação dos possíveis danos ambientais decorrentes de sua atividade, objetivando tornar-se sustentável no curto e no longo prazo. A norma estabelece algumas práticas: • bullet Implementação de um sistema de gestão ambiental; • bullet Rotulagem ambiental; • bullet Análise de desempenho ambiental; • bullet Análise de ciclo de vida; • bullet Integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos; • bullet Comunicação ambiental; • bullet Mitigação das mudanças climáticas. A adoção das normas também pode trazer benefícios, como: • bullet Redução de custos devido ao uso de matéria-prima, água e energia de forma consciente; • bullet Captação de novos clientes, devido à inserção no mercado ambiental; • bullet Melhoria dos processos inter e intra setoriais, bem como, da cultura organizacional; • bullet Menor risco de falência; • bullet Abertura a patrocínios e boa visão internacional; • bullet Possível diversificação setorial; • bullet Adesão de novos grupos de clientes; • bullet Maior qualidade e controle dos produtos, serviços e processos. A série ISO 9000 fornece meios para implementação e monitoramento contínuo de técnicas para otimização de processos pela implementação de um sistema de gestão da qualidade. As normas que compõem a série ISO 9000 estão sempre sendo atualizadas e são conhecidas e desejadas por empresas do mundo todo. Aderir às normas ISO 9000 traz uma série de benefícios: • bullet Aumento da produtividade; • bullet Redução de custos; • bullet Produtos e serviços de maior qualidade; • bullet Credibilidade e reconhecimento interno e externo; • bullet Visão mais ampla do fluxo de trabalho; • bullet Segurança nos procedimentos internos; • bullet Colaboradores engajados e integrados. A série ISO 45001 implementa um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional com foco na melhoria do desempenho das empresas em termos de saúde e segurança do trabalho. Segundo a própria norma, uma organização é responsável pela saúde e segurança ocupacional dos trabalhadores e outros que podem ser afetados por suas atividades. Esta responsabilidade inclui promover e proteger sua saúde física e mental. Podem ser citadas como benefícios da implementação da norma ISO 45001 em uma empresa: • bullet Gerenciamento de risco e acidentes de trabalho; • bullet Redução de afastamentos por acidente de trabalho; • bullet Maior qualidade de vida e melhor relacionamento empregador x empregado; • bullet Redução dos prejuízos financeiros devido a processos trabalhistas. A ISO 50001 tem objetivo de melhorar a eficiência enérgica das empresas. Implementando um sistema de gestão de energética, a empresa tem como benefícios: • bullet Uso de tecnologias modernas e eficientes; • bullet Redução dos custos com energia; • bullet Redução da emissão de gases de efeito estufa e das mudanças climáticas. A adoção das normas ISO atesta a responsabilidade no desenvolvimento das atividades de uma empresa. Para sua obtenção e manutenção, são realizadas auditorias periódicas por uma empresa certificadora, que deve ser credenciada e reconhecida por órgãos nacionais e internacionais. Organizações que aderem às normas ISO possuem sistema de manejo integrado e se colocam no mercado como responsáveis socioambientalmente. Desenvolvimento sustentável Seção 4 de 6 O crescimento econômico no século XX se desenvolveu nos moldes capitalistas, passando a depender do consumo cada vez maior de energia e recursos naturais (recursos renováveis e não renováveis). Atrelado a isto, da década de 1950 em diante, a preocupação com uma eminente explosão demográfica global resultante do crescimento dos países pobres causou um interesse global pelos temas populacionais. Iniciaram-se diversos movimentos para controlar a fecundidade dos países pobres. Na Conferência Mundial de População, realizada pela ONU em Bucareste, 1974, de um lado, os países desenvolvidos articulavam que, para reduzir a pobreza, deveriam haver programas de estímulo à redução do crescimento da população por meio de redução da taxa de natalidade, do outro, os países pobres e em desenvolvimento defendiam que políticas de desenvolvimento eram necessárias. Após longos períodos de debates, constatou-se que os moldes de desenvolvimento até então adotados poderiam ser insustentáveis, e novos meios de produção e consumo deveriam ser adotados uma vez que a disponibilidade dos recursos era finita. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção sustentável baseia-se na incorporação, ao longo do ciclo de vida de bens e serviços, de medidas que minimizem os custos ambientais e sociais resultantes da ação humana. Sobre consumo sustentável, entende-se como o uso de bens e serviços suficientes para atender às necessidades básicas, proporcionando melhor qualidade de vida, enquanto reduz o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes. De acordo com o Relatório de Brundtland, os principais objetivos das políticas de desenvolvimento sustentável seriam os seguintes: • Retomar o crescimento; • Alterar a qualidade do desenvolvimento; • Atender às necessidades essenciais do emprego, educação, alimentação, saúde, energia, água e saneamento; • Manter um nível populacional sustentável; • Conservar e melhorar, por meio da tecnologia, as bases dos recursos; • Incluir o meio ambiente e a economia nas decisões que afetem a sociedade. Para atingir tais objetivos de produção e consumo, a modificação das organizações deveria ser contínua, contar com o apoio da ciência e manter-se dinamicamente equilibrada. Práticas produtivas exploratórias, predatórias e que visassem o lucro deveriam dar espaço para relações sociais justas e para bem-estar dos seres vivos. Em um primeiro momento, a busca pelo desenvolvimento sustentável das nações parece limitar seu potencial de desenvolvimento. Na realidade, deve-se entender o desenvolvimento sustentável como um conjunto de práticas que não limite o desenvolvimento econômico, mas que considere que os recursos naturais são finitos e devem ser usados sob um viés conservacionista. Assim, se estabelece um paradigma que consiste em diminuir o consumo e a exploração dos recursosrenováveis e não renováveis pelos países desenvolvidos, garantindo que países industrializados – em desenvolvimento – possam se modernizar, proporcionando qualidade de vida às suas populações em sinergia com o meio ambiente. Muito se discute sobre desenvolvimento sustentável; às vezes, há consenso entre as atitudes a serem adotadas, às vezes, não há. De fato, diversas ações foram tomadas e cada vez fica mais evidente que ainda há muito a ser feito. ASSISTA A Organização das Nações Unidas vem se posicionando como uma grande difusora das ideias de desenvolvimento sustentável no mundo todo. Assista ao vídeo da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2015. Desenvolvimento sustentável Seção 4 de 6 O crescimento econômico no século XX se desenvolveu nos moldes capitalistas, passando a depender do consumo cada vez maior de energia e recursos naturais (recursos renováveis e não renováveis). Atrelado a isto, da década de 1950 em diante, a preocupação com uma eminente explosão demográfica global resultante do crescimento dos países pobres causou um interesse global pelos temas populacionais. Iniciaram-se diversos movimentos para controlar a fecundidade dos países pobres. Na Conferência Mundial de População, realizada pela ONU em Bucareste, 1974, de um lado, os países desenvolvidos articulavam que, para reduzir a pobreza, deveriam haver programas de estímulo à redução do crescimento da população por meio de redução da taxa de natalidade, do outro, os países pobres e em desenvolvimento defendiam que políticas de desenvolvimento eram necessárias. Após longos períodos de debates, constatou-se que os moldes de desenvolvimento até então adotados poderiam ser insustentáveis, e novos meios de produção e consumo deveriam ser adotados uma vez que a disponibilidade dos recursos era finita. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção sustentável baseia-se na incorporação, ao longo do ciclo de vida de bens e serviços, de medidas que minimizem os custos ambientais e sociais resultantes da ação humana. Sobre consumo sustentável, entende-se como o uso de bens e serviços suficientes para atender às necessidades básicas, proporcionando melhor qualidade de vida, enquanto reduz o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes. De acordo com o Relatório de Brundtland, os principais objetivos das políticas de desenvolvimento sustentável seriam os seguintes: • Retomar o crescimento; • Alterar a qualidade do desenvolvimento; • Atender às necessidades essenciais do emprego, educação, alimentação, saúde, energia, água e saneamento; • Manter um nível populacional sustentável; • Conservar e melhorar, por meio da tecnologia, as bases dos recursos; • Incluir o meio ambiente e a economia nas decisões que afetem a sociedade. Para atingir tais objetivos de produção e consumo, a modificação das organizações deveria ser contínua, contar com o apoio da ciência e manter-se dinamicamente equilibrada. Práticas produtivas exploratórias, predatórias e que visassem o lucro deveriam dar espaço para relações sociais justas e para bem-estar dos seres vivos. Em um primeiro momento, a busca pelo desenvolvimento sustentável das nações parece limitar seu potencial de desenvolvimento. Na realidade, deve-se entender o desenvolvimento sustentável como um conjunto de práticas que não limite o desenvolvimento econômico, mas que considere que os recursos naturais são finitos e devem ser usados sob um viés conservacionista. Assim, se estabelece um paradigma que consiste em diminuir o consumo e a exploração dos recursos renováveis e não renováveis pelos países desenvolvidos, garantindo que países industrializados – em desenvolvimento – possam se modernizar, proporcionando qualidade de vida às suas populações em sinergia com o meio ambiente. Muito se discute sobre desenvolvimento sustentável; às vezes, há consenso entre as atitudes a serem adotadas, às vezes, não há. De fato, diversas ações foram tomadas e cada vez fica mais evidente que ainda há muito a ser feito. ASSISTA A Organização das Nações Unidas vem se posicionando como uma grande difusora das ideias de desenvolvimento sustentável no mundo todo. Assista ao vídeo da Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2015. AS TRÊS DIMENSÔES DA SUSTENTABILIDADE A responsabilidade socioambiental é alcançada por meio da adoção de práticas de desenvolvimento sustentável por empresas, por políticas governamentais e pela atuação do cidadão. Ela se concretiza sob o emprego das três dimensões da sustentabilidade, como mostrado na Figura 6. A esfera social, sob uma perspectiva sustentável de produção e consumo, deve considerar a qualidade de vida dos seres humanos tendo em vista a diversidade cultural, étnica, religiosa e de gênero, bem como questões regionais da comunidade. Do ponto de vista econômico, deve-se considerar o papel da sociedade na rentabilidade e a viabilidade empresarial por meio de ações ganha-ganha, de forma que haja retorno, na forma de lucro, ao investimento realizado pelo capital privado e qualidade de vida aos colaboradores. Figura 6. Tripé da sustentabilidade. Fonte: BERLATO; MERINO; FIGUEIREDO, 2018. (Adaptado). Na esfera ambiental da sustentabilidade, os processos de produção e consumo deverão considerar a adoção de práticas ambientalmente corretas. Termos como ecoeficiência, pegada de carbono, energia limpa e sete R’s proporcionarão uma cultura organizacional ambiental nas empresas, residências e espaços públicos, uma vez que conduzem ao desenvolvimento do perfil de responsabilidade socioambiental. Debates mundiais Seção 5 de 6 Em 1972, a ONU convoca a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Estocolmo, e a pauta ambiental começa a ser debatida oficialmente, resultando no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Após alguns anos depois da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 1983, nasce um grande marco da pauta ambiental elaborado pela Comissão de Brundtland, o relatório nomeado como Nosso futuro comum. Após a Conferência, diversos outros eventos discutiram os ideais e os meios de conduzir o desenvolvimento mundial para os moldes do desenvolvimento sustentável. Em 1988, uma união entre a ONU Meio Ambiente e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) resultou na criação do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), sendo que os resultados de pesquisas sobre mudanças climáticas realizadas no mundo todo são reunidas e relatórios e planos de ação são publicados periodicamente. A famosa Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco de sua década, pois discutiu a importância de se agregar os componentes sociais, econômicos e ambientais nas buscas pelo desenvolvimento sustentável e finalizou a Agenda 21. O Protocolo de Kyoto, de 1997, estabeleceu metas obrigatórias de redução das emissões de gases de efeito estufa nos 37 países signatários. Em 2000, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas definiu oito objetivos concretos e mensuráveis, que foram acompanhados em escala nacional, regional e global. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram resultado de uma série de cúpulas multilaterais realizadas na década de 90 sobre as condições do desenvolvimento humano. A formulação dos ODM contou com especialistas renomados de diversas áreas que estiveram focados na redução da pobreza extrema observada, principalmente, nos países pobres e em desenvolvimento. Todos os países signatários da época aderiram ao acordo, comprometendo-se em inserir em suas políticas, ações para alcançar os objetivos. Os oito objetivos do milênio foram definidos conforme o Quadro 3. Eles deveriam ser atingidos até 2015, quando seriam então discutidosnovamente. Quadro 3. Oito objetivos definidos na Cúpula do Milênio das Nações Unidas Fonte: ROMA, 2019. Em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, discutiu os compromissos e metas da Agenda 21 e analisou suas conquistas, para então conceber uma Agenda 21 reformulada, com ações concretas e tangíveis em relação àquelas estabelecidas em 1992. Em 2015, foi definida uma nova agenda, a Agenda 2030. Ela foi desenvolvida em um trabalho conjunto entre governos, entidades e sociedade civil. Entre outros, foram definidos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que tiveram como base os ODM’s. Os ODS’s são o que se tem de mais atual com relação às metas em direção a um mundo mais sustentável. Debates mundiais Seção 5 de 6 Em 1972, a ONU convoca a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Estocolmo, e a pauta ambiental começa a ser debatida oficialmente, resultando no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Após alguns anos depois da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 1983, nasce um grande marco da pauta ambiental elaborado pela Comissão de Brundtland, o relatório nomeado como Nosso futuro comum. Após a Conferência, diversos outros eventos discutiram os ideais e os meios de conduzir o desenvolvimento mundial para os moldes do desenvolvimento sustentável. Em 1988, uma união entre a ONU Meio Ambiente e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) resultou na criação do Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), sendo que os resultados de pesquisas sobre mudanças climáticas realizadas no mundo todo são reunidas e relatórios e planos de ação são publicados periodicamente. A famosa Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco de sua década, pois discutiu a importância de se agregar os componentes sociais, econômicos e ambientais nas buscas pelo desenvolvimento sustentável e finalizou a Agenda 21. O Protocolo de Kyoto, de 1997, estabeleceu metas obrigatórias de redução das emissões de gases de efeito estufa nos 37 países signatários. Em 2000, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas definiu oito objetivos concretos e mensuráveis, que foram acompanhados em escala nacional, regional e global. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) foram resultado de uma série de cúpulas multilaterais realizadas na década de 90 sobre as condições do desenvolvimento humano. A formulação dos ODM contou com especialistas renomados de diversas áreas que estiveram focados na redução da pobreza extrema observada, principalmente, nos países pobres e em desenvolvimento. Todos os países signatários da época aderiram ao acordo, comprometendo-se em inserir em suas políticas, ações para alcançar os objetivos. Os oito objetivos do milênio foram definidos conforme o Quadro 3. Eles deveriam ser atingidos até 2015, quando seriam então discutidos novamente. Quadro 3. Oito objetivos definidos na Cúpula do Milênio das Nações Unidas Fonte: ROMA, 2019. Em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada na África do Sul, discutiu os compromissos e metas da Agenda 21 e analisou suas conquistas, para então conceber uma Agenda 21 reformulada, com ações concretas e tangíveis em relação àquelas estabelecidas em 1992. Em 2015, foi definida uma nova agenda, a Agenda 2030. Ela foi desenvolvida em um trabalho conjunto entre governos, entidades e sociedade civil. Entre outros, foram definidos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que tiveram como base os ODM’s. Os ODS’s são o que se tem de mais atual com relação às metas em direção a um mundo mais sustentável. AGENDA 2030 Em 2015, durante uma Assembleia Geral da ONU que ocorreu nos Estados Unidos, elaborou-se um plano guia para a ação da comunidade internacional, que elencava os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, considerando os parâmetros sustentáveis de uso dos recursos naturais. O documento Transformando o mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, que deve ser cumprido até 2030, traz um plano de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade. Os 17 ODS’s são: Quadro 4. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Fonte: Plataforma Agenda 2030. (Adaptado). Acesso em: 01/10/2020. Os objetivos e metas definidos na reunião devem ser inseridos na realidade de cada País signatário, considerando suas prioridades internas, mas voltando-se para um desenvolvimento global. Eles são integrados e indivisíveis, e mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental Contexto atual Seção 6 de 6 Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmente de maneira positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. Contexto atual Seção 6 de 6 Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmentede maneira positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. Contexto atual Seção 6 de 6 Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmente de maneira positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Vimos, nesta unidade, que a partir da segunda metade do século XX, a humanidade passou por um processo de intensificação do desenvolvimento industrial. Segundo os moldes capitalistas, os meios de produção e consumo, baseados no uso de recursos renováveis e não renováveis, tornaram-se insustentáveis. Discussões sobre a necessidade de mudança para uma postura sustentável se intensificaram. Pudemos averiguar que a busca pelo desenvolvimento sustentável passou a exigir que as cidades e seus cidadãos, governantes e empresas passassem a pensar em como inserir as práticas de responsabilidade socioambiental em seu cotidiano. A responsabilidade socioambiental passou de um ideal para um conjunto de leis, normas e certificações que reposicionam as instituições no mundo globalizado. Atualmente, a pauta ambiental é objetivo da humanidade, sendo discutida por organizações compostas por países do mundo todo. Estudamos eventos históricos, como a Comissão de Brundtland, a criação do Painel Intergovernamental para as Mudanças, a Cúpula da Terra, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas e a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que reformularam os objetivos desenvolvimentistas considerando as questões ambientais. Neles, documentos como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a Agenda 21 e, atualmente, a Agenda 2030, reescreveram nossos modelos de produção, consumo e descarte de produtos. Por fim, vimos o que se tem de mais atual, os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que foram enumerados a fim de erradicar a pobreza até 2030. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Vimos, nesta unidade, que a partir da segunda metade do século XX, a humanidade passou por um processo de intensificação do desenvolvimento industrial. Segundo os moldes capitalistas, os meios de produção e consumo, baseados no uso de recursos renováveis e não renováveis, tornaram-se insustentáveis. Discussões sobre a necessidade de mudança para uma postura sustentável se intensificaram. Pudemos averiguar que a busca pelo desenvolvimento sustentável passou a exigir que as cidades e seus cidadãos, governantes e empresas passassem a pensar em como inserir as práticas de responsabilidade socioambiental em seu cotidiano. A responsabilidade socioambiental passou de um ideal para um conjunto de leis, normas e certificações que reposicionam as instituições no mundo globalizado. Atualmente, a pauta ambiental é objetivo da humanidade, sendo discutida por organizações compostas por países do mundo todo. Estudamos eventos históricos, como a Comissão de Brundtland, a criação do Painel Intergovernamental para as Mudanças, a Cúpula da Terra, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas e a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que reformularam os objetivos desenvolvimentistas considerando as questões ambientais. Neles, documentos como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a Agenda 21 e, atualmente, a Agenda 2030, reescreveram nossos modelos de produção, consumo e descarte de produtos. Por fim, vimos o que se tem de mais atual, os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que foram enumerados a fim de erradicar a pobreza até 2030.
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