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Unidade 2 - Aspectos legais e ações globais para o desenvolvimento sustentável

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Unidade 2 - Aspectos legais e ações 
globais para o desenvolvimento 
sustentável 
 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• bullet 
Contextualizar a necessidade da responsabilidade socioambiental na sociedade 
globalizada; 
• bullet 
Explicar sobre responsabilidade socioambiental individual, governamental e 
empresarial; 
• bullet 
Apresentar as práticas de responsabilidade socioambiental rumo ao 
desenvolvimento sustentável; 
• bullet 
Abordar o contexto atual sobre responsabilidade socioambiental e 
desenvolvimento sustentável. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Clique nos botões para saber mais 
Responsabilidade socioambiental 
– 
// O nascimento do mundo globalizado e a questão socioambiental 
// A responsabilidade socioambiental como compromisso da 
modernidade 
// A responsabilidade socioambiental governamental, cidadã e 
empresarial 
Aspectos legais 
– 
// Leis socioambientais brasileiras 
// A responsabilidade socioambiental além das exigências legais 
Desenvolvimento sustentável 
– 
// Ações globais rumo ao desenvolvimento sustentável 
// As três dimensões da sustentabilidade 
 
Debates mundiais 
– 
// Agenda 21 
// Agenda 2030 
Contexto atual 
– 
// Ecoeficiência 
// Os 7 R’s da sustentabilidade 
 
Nos últimos séculos, o ser humano passou a interferir cada vez mais nos 
processos naturais. Ao longo do século XX, inúmeros avanços tecnológicos e 
crescimento econômico foram obtidos. Com o aprimoramento tecnológico e 
inúmeras descobertas em todas as áreas do conhecimento, passamos a 
controlar os elementos da natureza e a aumentar sua capacidade de produção. 
Muitos desses avanços visaram à produção e o consumo sem avaliar questões 
de risco ambiental e social. 
O crescimento populacional no pós-guerra (com consequente aumento pela 
demanda por combustíveis fósseis, alimentos e tecnologia) resultou em um 
fluxo enérgico desequilibrado ecossistemicamente. Há muitos anos estamos 
sendo alertados sobre a insustentabilidade dos hábitos de consumo resultantes 
da economia capitalista. 
Atualmente, as sociedades tornaram-se cada vez mais complexas e 
conectadas. Desenvolveu-se o modo globalizado de vida, sendo que padrões 
de consumo adotados em escala mundial resultam em perdas progressivas de 
características geográficas, regionais e culturais, bem como na contaminação 
ambiental, que resulta em perda de diversidade de fauna e flora. 
Nesse mesmo contexto, surge o termo responsabilidade socioambiental. 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2020), a responsabilidade 
socioambiental está ligada a ações que respeitam o meio ambiente e políticas 
que tenham entre seus principais objetivos a sustentabilidade. 
Responsabilidade socioambiental também pode ser compreendida como um 
conjunto de práticas exercidas por cidadãos, governos e empresas públicas e 
privadas que têm por objetivo providenciarem a inclusão social 
(responsabilidade social) e o cuidado com o meio ambiente (responsabilidade 
ambiental). 
Se de um lado temos observado diversas atividades que causam degradação 
socioambiental e colocam em risco a qualidade de vida e a sobrevivência das 
futuras gerações, do outro há diversas organizações se mobilizando para nos 
conscientizar da necessidade de mudança para que o planeta Terra e a 
humanidade possam coexistir 
 
O NASCIMENTO DO MUNDO GLOBALIZADO E A 
QUESTÃO SOCIOAMBIENTAL 
 
Nos últimos 250 anos, os impactos causados pelas diversas mudanças 
decorrentes do desenvolvimento industrial ainda não estão totalmente 
desenhados e são debatidos por diversas organizações e meios de 
comunicação. Nos dias de hoje, podemos dizer que a máxima do 
desenvolvimento industrial é a globalização. 
Para chegarmos ao mundo como conhecemos hoje, o mundo globalizado, 
alguns momentos históricos foram cruciais. A Revolução 
Industrial intensificou o uso e a pressão sobre os recursos naturais 
renováveis e não renováveis para atender à intensificação da produção 
industrial em escala. Com a maior demanda por trabalhadores nas indústrias e 
em busca de “uma vida melhor” – aos moldes capitalistas –, muitas pessoas 
saíram do campo para morar nas cidades, processo que culminou 
na urbanização. A revolução verde levou ao campo das tecnologias nunca 
vistas, permitindo incrementos anuais na produtividade de vegetais e carnes, 
comercializados para atender a demanda interna e externa das redes de 
mercado global. 
 
EXPLICANDO 
Recursos naturais renováveis são aqueles que possuem maior 
capacidade de manutenção e não se esgotam facilmente, são 
exemplos: água, solo, matéria orgânica e vento. Os recursos naturais 
não renováveis são aqueles que se esgotam quando usados sem 
práticas sustentáveis e seu tempo de reposição não é comparado à 
cronologia de vida humana, são exemplos: petróleo, carvão mineral, 
gás natural, xisto betuminoso e energia nuclear. Com exceção à 
energia nuclear, todos os exemplos citados são de origem fóssil. 
Estas transformações foram e são acompanhadas pelos impactos negativos ao 
meio ambiente e à perda de características sociais: há aumento das áreas 
desmatadas, da poluição atmosférica, do solo e hídrica, perda de 
biodiversidade, os produtos consumidos não são corretamente descartados, há 
aumento da desigualdade social, entre outros (Figura 2). 
 
Figura 2. Poluição ambiental resultante da produção industrial. Fonte: Shutterstock. 
Acesso em: 30/09/2020. 
Nos dias de hoje, uma vez que é indiscutível que diversas fronteiras 
ecológicas mundiais foram ultrapassadas, o mundo globalizado vem exigindo 
continuamente modelos de produção de bens e serviços obtidos por meio de 
tecnologias que repensem questões de competitividade e que considerem 
formas de mitigação do impacto social e ambiental. 
A importância da avaliação dos danos que a produção e os processos têm 
sobre o ambiente e a sociedade toma forma neste contexto. Além da avaliação, 
ações de gestão que contribuam para o desenvolvimento ambiental e para o 
despertar da responsabilidade socioambiental devem ser propostas por 
governos, empresas e cidadãos. 
 
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
COMO COMPROMISSO DE MODERNIDADE 
 
Assistimos em noticiários, nas redes sociais e vivemos diretamente as 
questões ambientais. Comumente, ouvimos falar sobre responsabilidade 
socioambiental. Isso vem acontecendo porque o mundo moderno se deu conta 
de que os impactos dos nossos hábitos de produção e consumo não estão 
alinhados com o poder de resiliência do planeta, uma vez que seus recursos 
são limitados. 
Por esse motivo, instituições públicas e privadas, organizações 
governamentais e não governamentais têm se dedicado cada vez mais a 
programas de implementação de práticas socioambientais e de conscientização 
da população. A ideia consiste em identificar, eliminar ou, ao menos, reduzir o 
impacto negativo que uma determinada atividade possa causar. 
 
EXPLICANDO 
Diversas organizações governamentais e não governamentais se 
dedicam à causa socioambiental. Veja alguns exemplos a seguir: 
• Plano nacional de juventude e meio ambiente (PNJMA); 
• Agenda ambiental na administração pública; 
• Instituto de pesquisas socioambientais (IPESA); 
• Instituto socioambiental (ISA); 
• Fundo casa socioambiental; 
• Verdejar socioambiental; 
• Instituto Ethos. 
Uma vez que elas já existem e não se mostraram totalmente efetivas, as 
práticas de responsabilidade socioambiental vão além de Leis. Atualmente, os 
programas devem fomentar e inserir a responsabilidade socioambiental como 
um compromisso diário a ser adotado pela sociedade, de forma a garantir a 
existência de um mundo melhor para as futuras gerações. 
Lembrando que se trata de uma vertente global, diversas ações podem ser 
adotadas a fim de inserir as práticas de responsabilidade socioambiental no dia 
a dia pessoal e profissional. Hoje, a sociedade sabe identificar cidadãos, 
instituições, organizações e empresas que investem em políticas e na cultura 
organizacional sustentável,posicionando-se de forma ética e responsável. 
 
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
GOVERNAMENTAL, CIDADÃ E EMPRESARIAL 
 
Todos são responsáveis pela elaboração, difusão e aplicação das práticas de 
responsabilidade socioambiental; entre seus agentes, estão os governos, as 
cidades e as empresas. 
O governo atua na pauta socioambiental, formulando leis e ações de 
conscientização que atingem a sociedade civil e empresarial. Para que os 
cidadãos se tornem cientes, possam exigir e exercer a responsabilidade 
socioambiental, o governo deve encontrar meios para que as políticas públicas 
estejam próximas dos cidadãos, divulgando-as nos meios de comunicação e 
redes sociais, adequando currículos escolares e financiando instituições de 
pesquisa. Além disso, a gestão socioambiental deve ouvir os cidadãos por 
meio de seus representantes municipais e estaduais, bem como a iniciativa 
privada e as organizações não governamentais. No Brasil, o Ministério do 
Meio Ambiente (MMA) e suas esferas são responsáveis pelo 
desenvolvimento de políticas públicas que tenham como objetivo promover a 
produção e o consumo sustentáveis. Além disso, também é responsabilidade 
do governo promover o crescimento do País adotando práticas de 
desenvolvimento sustentável, ou seja, grandes obras de interesse social devem 
fazer uso de práticas sustentáveis e serem baseadas em estudos de impacto 
ambiental. 
 
As cidades e seus cidadãos têm o compromisso de exercer as práticas de 
responsabilidade socioambiental. Para isso, como mostra o Quadro 1, existem 
diversas ações que podem ser adotadas no nosso dia a dia. Devemos exigir dos 
governantes, políticas que fomentem tal temática e dar preferência ao 
consumo de produtos e serviços de empresas atuantes na causa 
socioambiental. 
Quando nos colocamos como agentes ativos das práticas de responsabilidade 
socioambiental, estamos indiretamente praticando assistencialismo, inclusão 
social, inclusão digital e educação ambiental! Envolver-se nessas ações nos 
torna cidadãos participativos e responsáveis, além disso, as questões 
socioambientais vêm se tornando cada vez mais importantes e moldando-se 
como um dever de todos. 
 
Quadro 1. Práticas de responsabilidade socioambiental que podem ser adotadas nas 
cidades 
Os cidadãos exercem a responsabilidade socioambiental individual. Ela 
consiste em atitudes individuais reiteradas para uma maior preservação do 
ambiente a nossa volta. Devemos pensar que ela deve ser praticada 
individualmente, mas por todos nós, resultando em uma ação coletiva e de 
grande poder ambiental. São exemplos de responsabilidade socioambiental 
individual: 
• bullet 
Evitar usar sacolas e embalagens plásticas; 
• bullet 
Não desperdiçar alimentos; 
• bullet 
Separar e reciclar o lixo; 
• bullet 
Armazenar e destinar corretamente o óleo de cozinha; 
• bullet 
Economizar água e energia elétrica, usando de forma racional; 
• bullet 
Adquirir eletrodomésticos com baixo consumo de energia. 
As empresas que aderem à responsabilidade socioambiental buscam conhecer 
as características regionais, ouvir seus colaboradores e possuem processos 
e/ou serviços ambientalmente corretos. Elas reconhecem a sua 
responsabilidade socioambiental e assumem voluntariamente compromissos 
que vão para além dos requisitos reguladores convencionais, aos quais estão 
necessariamente vinculadas. Procuram elevar o grau de exigência das normas 
relacionadas com a proteção ambiental, com o desenvolvimento social e com 
o respeito aos direitos fundamentais, adotando uma cultura organizacional 
aberta em que interesses de todas as esferas se conciliam em direção a uma 
abordagem global da qualidade de vida e do desenvolvimento sustentável. 
Como podemos observar na Figura 3, adotando as práticas de 
responsabilidade socioambiental e estratégias de marketing, além dos 
benefícios sociais e ao meio ambiente, as empresas também melhoram sua 
imagem corporativa e aumentam seus lucros. Ocorre ainda a valorização da 
marca, maior fidelização dos clientes, redução dos custos, aprimoramento da 
comunicação externa e o melhor desempenho dos empregados. 
 
Figura 3. Ao adotar as práticas de responsabilidade socioambiental há geração de 
lucro. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 30/09/2020. 
Empresas podem adotar práticas de responsabilidade socioambiental por meio 
da adoção de programas e projetos de inclusão social ou digital, de direitos 
das mulheres e inserção no mercado do trabalho de maneira igualitária, por 
programas de alfabetização, reciclagem, reflorestamento e recuperação de 
áreas degradadas e destinação e/ou liberação correta de resíduos industriais 
(efluentes ou gasosos). 
 
Aspectos legais 
Seção 3 de 6 
 
No que diz respeito às leis de responsabilidade socioambiental, pode-se dizer 
que o Brasil possui uma das legislações mais complexas e avançadas do 
mundo. O cumprimento das leis socioambientais nacionais é, em sua grande 
parte, de aspecto jurídico, mas também podem ser aplicáveis às pessoas 
físicas. 
A Constituição Federal de 1988 prevê que toda pessoa, física ou jurídica, 
que apresentar conduta ou atividade que cause dano ao meio ambiente estará 
passível de sanções penais administrativas, que serão aplicadas 
independentemente da obrigatoriedade de recuperar o dano causado. O 
poluidor é a pessoa jurídica ou física responsável, direta ou indiretamente, 
pelo dano causado. O sujeito se responsabilizará pelo dano ambiental real e 
potencial, que será estipulado por entidades da área. Uma vez que o meio 
ambiente é um direito da atualidade e das gerações futuras, os prejuízos e 
dimensões do dano são de interesse mundial, o que torna a ação jurídica de 
extrema relevância. Contudo, há grande dificuldade na comprovação da escala 
do dano causado, devido à complexidade de mensuração, assim, a 
responsabilidade deverá ser objetiva. 
O Estado, uma vez que é o responsável pela saúde pública, também pode ser 
responsabilizado pelo dano causado ao meio ambiente quando há omissão de 
sua responsabilidade legal. 
 
A Constituição Federal, alicerçada nos valores da solidariedade, dignidade 
humana e justiça social, instituiu o “estado social”, que deve orientar as 
relações sociais e econômicas. Para que cidadãos, governos e empresas 
exerçam práticas de responsabilidade socioambiental, devemos ter em mente 
que, antes de qualquer coisa, há necessidade da regulação das políticas e dos 
direitos sociais, entre eles, educação, saúde, habitação e assistência social. 
Uma vez que há uma forte tendência de mudança com relação à adoção de 
uma postura ambientalmente correta, a responsabilidade socioambiental 
associada às penalidades legais e exercida pelas leis, normas e infrações 
devem ser conhecidas e praticadas pela sociedade civil, governos e empresas. 
Nas empresas, há a responsabilidade socioambiental empresarial, que tem 
natureza de responsabilidade jurídica caracterizada como encargos sociais 
que, quando não cumpridos, resultam em multas e/ou penalidades. Os 
encargos sociais têm origem na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). 
Eles são os custos pagos pelo empregador sobre a folha de pagamento de 
salário dos colaboradores. 
 
LEIS SOCIOAMBIENTAIS BRASILEIRAS 
 
O Quadro 2 lista algumas das leis ambientais mais importantes no País. 
Existem também as leis estudais e municipais, bem como os órgãos que se 
certificam de que elas estão sendo cumpridas, como o Conselho Nacional de 
Meio Ambiente (CONAMA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
 
Quadro 2. Exemplos de leis ambientais brasileiras Fonte: BRASIL. Acesso em: 
01/10/2020. 
A Lei 5.452 é uma das principais leis sociais brasileiras; ela rege os direitos 
dos trabalhadores. Nela, são discutidas questões sobre registro em carteira de 
trabalho e rescisão contratual, vale-transporte, descanso semanal remunerado, 
pagamento de salário, férias, fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS),décimo terceiro salário, hora extra, adicional noturno, aviso prévio, licença 
maternidade e paternidade. 
A responsabilidade social empresarial aborda questões que vão além das 
regulamentadas por lei. Ela trabalha a igualdade de oportunidades. Deve 
considerar os critérios de promoção dos funcionários, igualdade de gênero e 
pessoas com deficiência, acidentes de trabalho, capacitação continuada para o 
aprimoramento do nível do conhecimento do colaborador, além da relação 
ética entre os colaboradores. 
 
A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
ALÉM DAS EXIGÊNCIAS LEGAIS 
 
Quando uma empresa ou organização segue leis de cunho socioambiental ou 
normas determinadas por lei, ela está exercendo seu papel como pessoa 
jurídica, ou seja, a empresa está somente seguindo os aspectos jurídicos 
inerentes ao seu setor. Ser uma empresa social e ambientalmente responsável 
vai além das obrigações legais e econômicas: significa que ela se posiciona e 
atua no combate aos problemas, buscando o desenvolvimento socioambiental 
sustentável. 
 
A série ISO (International Organization for Standardization – organização 
internacional para padronização) estabelece sistemas de gestão na cultura 
organizacional de empresas. As séries ISO são compostas por normas que vão 
além das exigências legais e algumas podem se tornar tão importantes que 
passam a ser exigidas em lei. As normas ISO no Brasil são controladas pela 
ABNT NBR (Associação Brasileira de Normas Técnicas). 
A série ISO 14001 possui normas de gestão ambiental que permitem que a 
empresa pratique ideias de mitigação dos possíveis danos ambientais 
decorrentes de sua atividade, objetivando tornar-se sustentável no curto e no 
longo prazo. A norma estabelece algumas práticas: 
• bullet 
Implementação de um sistema de gestão ambiental; 
• bullet 
Rotulagem ambiental; 
• bullet 
Análise de desempenho ambiental; 
• bullet 
Análise de ciclo de vida; 
• bullet 
Integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos; 
• bullet 
Comunicação ambiental; 
• bullet 
Mitigação das mudanças climáticas. 
A adoção das normas também pode trazer benefícios, como: 
• bullet 
Redução de custos devido ao uso de matéria-prima, água e energia de forma 
consciente; 
• bullet 
Captação de novos clientes, devido à inserção no mercado ambiental; 
• bullet 
Melhoria dos processos inter e intra setoriais, bem como, da cultura 
organizacional; 
• bullet 
Menor risco de falência; 
• bullet 
Abertura a patrocínios e boa visão internacional; 
• bullet 
Possível diversificação setorial; 
• bullet 
Adesão de novos grupos de clientes; 
• bullet 
Maior qualidade e controle dos produtos, serviços e processos. 
A série ISO 9000 fornece meios para implementação e monitoramento 
contínuo de técnicas para otimização de processos pela implementação de um 
sistema de gestão da qualidade. As normas que compõem a série ISO 9000 
estão sempre sendo atualizadas e são conhecidas e desejadas por empresas do 
mundo todo. Aderir às normas ISO 9000 traz uma série de benefícios: 
• bullet 
Aumento da produtividade; 
• bullet 
Redução de custos; 
• bullet 
Produtos e serviços de maior qualidade; 
• bullet 
Credibilidade e reconhecimento interno e externo; 
• bullet 
Visão mais ampla do fluxo de trabalho; 
• bullet 
Segurança nos procedimentos internos; 
• bullet 
Colaboradores engajados e integrados. 
A série ISO 45001 implementa um sistema de gestão de saúde e segurança 
ocupacional com foco na melhoria do desempenho das empresas em termos 
de saúde e segurança do trabalho. Segundo a própria norma, uma organização 
é responsável pela saúde e segurança ocupacional dos trabalhadores e outros 
que podem ser afetados por suas atividades. Esta responsabilidade inclui 
promover e proteger sua saúde física e mental. 
 
 
Podem ser citadas como benefícios da implementação da norma ISO 45001 
em uma empresa: 
• bullet 
Gerenciamento de risco e acidentes de trabalho; 
• bullet 
Redução de afastamentos por acidente de trabalho; 
• bullet 
Maior qualidade de vida e melhor relacionamento empregador x empregado; 
• bullet 
Redução dos prejuízos financeiros devido a processos trabalhistas. 
A ISO 50001 tem objetivo de melhorar a eficiência enérgica das empresas. 
Implementando um sistema de gestão de energética, a empresa tem como 
benefícios: 
• bullet 
Uso de tecnologias modernas e eficientes; 
• bullet 
Redução dos custos com energia; 
• bullet 
Redução da emissão de gases de efeito estufa e das mudanças climáticas. 
A adoção das normas ISO atesta a responsabilidade no desenvolvimento das 
atividades de uma empresa. Para sua obtenção e manutenção, são realizadas 
auditorias periódicas por uma empresa certificadora, que deve ser credenciada 
e reconhecida por órgãos nacionais e internacionais. Organizações que aderem 
às normas ISO possuem sistema de manejo integrado e se colocam no 
mercado como responsáveis socioambientalmente. 
 
Desenvolvimento sustentável 
Seção 4 de 6 
 
O crescimento econômico no século XX se desenvolveu nos moldes 
capitalistas, passando a depender do consumo cada vez maior de energia e 
recursos naturais (recursos renováveis e não renováveis). Atrelado a isto, da 
década de 1950 em diante, a preocupação com uma eminente explosão 
demográfica global resultante do crescimento dos países pobres causou um 
interesse global pelos temas populacionais. Iniciaram-se diversos movimentos 
para controlar a fecundidade dos países pobres. Na Conferência Mundial de 
População, realizada pela ONU em Bucareste, 1974, de um lado, os países 
desenvolvidos articulavam que, para reduzir a pobreza, deveriam haver 
programas de estímulo à redução do crescimento da população por meio de 
redução da taxa de natalidade, do outro, os países pobres e em 
desenvolvimento defendiam que políticas de desenvolvimento eram 
necessárias. 
Após longos períodos de debates, constatou-se que os moldes de 
desenvolvimento até então adotados poderiam ser insustentáveis, e novos 
meios de produção e consumo deveriam ser adotados uma vez que a 
disponibilidade dos recursos era finita. 
 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção sustentável 
baseia-se na incorporação, ao longo do ciclo de vida de bens e serviços, de 
medidas que minimizem os custos ambientais e sociais resultantes da ação 
humana. Sobre consumo sustentável, entende-se como o uso de bens e 
serviços suficientes para atender às necessidades básicas, proporcionando 
melhor qualidade de vida, enquanto reduz o uso de recursos naturais e 
materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes. 
De acordo com o Relatório de Brundtland, os principais objetivos das políticas 
de desenvolvimento sustentável seriam os seguintes: 
• Retomar o crescimento; 
• Alterar a qualidade do desenvolvimento; 
• Atender às necessidades essenciais do emprego, educação, alimentação, 
saúde, energia, água e saneamento; 
• Manter um nível populacional sustentável; 
• Conservar e melhorar, por meio da tecnologia, as bases dos recursos; 
• Incluir o meio ambiente e a economia nas decisões que afetem a 
sociedade. 
Para atingir tais objetivos de produção e consumo, a modificação das 
organizações deveria ser contínua, contar com o apoio da ciência e manter-se 
dinamicamente equilibrada. Práticas produtivas exploratórias, predatórias e 
que visassem o lucro deveriam dar espaço para relações sociais justas e para 
bem-estar dos seres vivos. 
Em um primeiro momento, a busca pelo desenvolvimento sustentável das 
nações parece limitar seu potencial de desenvolvimento. Na realidade, deve-se 
entender o desenvolvimento sustentável como um conjunto de práticas que 
não limite o desenvolvimento econômico, mas que considere que os recursos 
naturais são finitos e devem ser usados sob um viés conservacionista. Assim, 
se estabelece um paradigma que consiste em diminuir o consumo e a 
exploração dos recursosrenováveis e não renováveis pelos países 
desenvolvidos, garantindo que países industrializados – em desenvolvimento 
– possam se modernizar, proporcionando qualidade de vida às suas 
populações em sinergia com o meio ambiente. 
Muito se discute sobre desenvolvimento sustentável; às vezes, há consenso 
entre as atitudes a serem adotadas, às vezes, não há. De fato, diversas ações 
foram tomadas e cada vez fica mais evidente que ainda há muito a ser feito. 
 
ASSISTA 
A Organização das Nações Unidas vem se posicionando como uma 
grande difusora das ideias de desenvolvimento sustentável no mundo 
todo. Assista ao vídeo da Cúpula das Nações Unidas sobre o 
Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2015. 
 
Desenvolvimento sustentável 
Seção 4 de 6 
 
O crescimento econômico no século XX se desenvolveu nos moldes 
capitalistas, passando a depender do consumo cada vez maior de energia e 
recursos naturais (recursos renováveis e não renováveis). Atrelado a isto, da 
década de 1950 em diante, a preocupação com uma eminente explosão 
demográfica global resultante do crescimento dos países pobres causou um 
interesse global pelos temas populacionais. Iniciaram-se diversos movimentos 
para controlar a fecundidade dos países pobres. Na Conferência Mundial de 
População, realizada pela ONU em Bucareste, 1974, de um lado, os países 
desenvolvidos articulavam que, para reduzir a pobreza, deveriam haver 
programas de estímulo à redução do crescimento da população por meio de 
redução da taxa de natalidade, do outro, os países pobres e em 
desenvolvimento defendiam que políticas de desenvolvimento eram 
necessárias. 
Após longos períodos de debates, constatou-se que os moldes de 
desenvolvimento até então adotados poderiam ser insustentáveis, e novos 
meios de produção e consumo deveriam ser adotados uma vez que a 
disponibilidade dos recursos era finita. 
 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a produção sustentável 
baseia-se na incorporação, ao longo do ciclo de vida de bens e serviços, de 
medidas que minimizem os custos ambientais e sociais resultantes da ação 
humana. Sobre consumo sustentável, entende-se como o uso de bens e 
serviços suficientes para atender às necessidades básicas, proporcionando 
melhor qualidade de vida, enquanto reduz o uso de recursos naturais e 
materiais tóxicos, a geração de resíduos e a emissão de poluentes. 
De acordo com o Relatório de Brundtland, os principais objetivos das políticas 
de desenvolvimento sustentável seriam os seguintes: 
• Retomar o crescimento; 
• Alterar a qualidade do desenvolvimento; 
• Atender às necessidades essenciais do emprego, educação, alimentação, 
saúde, energia, água e saneamento; 
• Manter um nível populacional sustentável; 
• Conservar e melhorar, por meio da tecnologia, as bases dos recursos; 
• Incluir o meio ambiente e a economia nas decisões que afetem a 
sociedade. 
Para atingir tais objetivos de produção e consumo, a modificação das 
organizações deveria ser contínua, contar com o apoio da ciência e manter-se 
dinamicamente equilibrada. Práticas produtivas exploratórias, predatórias e 
que visassem o lucro deveriam dar espaço para relações sociais justas e para 
bem-estar dos seres vivos. 
Em um primeiro momento, a busca pelo desenvolvimento sustentável das 
nações parece limitar seu potencial de desenvolvimento. Na realidade, deve-se 
entender o desenvolvimento sustentável como um conjunto de práticas que 
não limite o desenvolvimento econômico, mas que considere que os recursos 
naturais são finitos e devem ser usados sob um viés conservacionista. Assim, 
se estabelece um paradigma que consiste em diminuir o consumo e a 
exploração dos recursos renováveis e não renováveis pelos países 
desenvolvidos, garantindo que países industrializados – em desenvolvimento 
– possam se modernizar, proporcionando qualidade de vida às suas 
populações em sinergia com o meio ambiente. 
Muito se discute sobre desenvolvimento sustentável; às vezes, há consenso 
entre as atitudes a serem adotadas, às vezes, não há. De fato, diversas ações 
foram tomadas e cada vez fica mais evidente que ainda há muito a ser feito. 
 
ASSISTA 
A Organização das Nações Unidas vem se posicionando como uma 
grande difusora das ideias de desenvolvimento sustentável no mundo 
todo. Assista ao vídeo da Cúpula das Nações Unidas sobre o 
Desenvolvimento Sustentável, realizada em 2015. 
 
AS TRÊS DIMENSÔES DA SUSTENTABILIDADE 
 
A responsabilidade socioambiental é alcançada por meio da adoção de 
práticas de desenvolvimento sustentável por empresas, por políticas 
governamentais e pela atuação do cidadão. Ela se concretiza sob o emprego 
das três dimensões da sustentabilidade, como mostrado na Figura 6. 
A esfera social, sob uma perspectiva sustentável de produção e consumo, deve 
considerar a qualidade de vida dos seres humanos tendo em vista a 
diversidade cultural, étnica, religiosa e de gênero, bem como questões 
regionais da comunidade. 
Do ponto de vista econômico, deve-se considerar o papel da sociedade na 
rentabilidade e a viabilidade empresarial por meio de ações ganha-ganha, de 
forma que haja retorno, na forma de lucro, ao investimento realizado pelo 
capital privado e qualidade de vida aos colaboradores. 
 
Figura 6. Tripé da sustentabilidade. Fonte: BERLATO; MERINO; FIGUEIREDO, 2018. 
(Adaptado). 
Na esfera ambiental da sustentabilidade, os processos de produção e consumo 
deverão considerar a adoção de práticas ambientalmente corretas. Termos 
como ecoeficiência, pegada de carbono, energia limpa e sete R’s 
proporcionarão uma cultura organizacional ambiental nas empresas, 
residências e espaços públicos, uma vez que conduzem ao desenvolvimento 
do perfil de responsabilidade socioambiental. 
 
Debates mundiais 
Seção 5 de 6 
 
Em 1972, a ONU convoca a Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente, em Estocolmo, e a pauta ambiental começa a ser debatida 
oficialmente, resultando no Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente. Após alguns anos depois da Conferência das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente de 1983, nasce um grande marco da pauta ambiental 
elaborado pela Comissão de Brundtland, o relatório nomeado como Nosso 
futuro comum. 
Após a Conferência, diversos outros eventos discutiram os ideais e os meios 
de conduzir o desenvolvimento mundial para os moldes do desenvolvimento 
sustentável. Em 1988, uma união entre a ONU Meio Ambiente e a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) resultou na criação do Painel 
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), sendo que os 
resultados de pesquisas sobre mudanças climáticas realizadas no mundo todo 
são reunidas e relatórios e planos de ação são publicados periodicamente. A 
famosa Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco 
de sua década, pois discutiu a importância de se agregar os componentes 
sociais, econômicos e ambientais nas buscas pelo desenvolvimento 
sustentável e finalizou a Agenda 21. O Protocolo de Kyoto, de 1997, 
estabeleceu metas obrigatórias de redução das emissões de gases de efeito 
estufa nos 37 países signatários. 
 
 
Em 2000, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas definiu oito objetivos 
concretos e mensuráveis, que foram acompanhados em escala nacional, 
regional e global. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 
foram resultado de uma série de cúpulas multilaterais realizadas na década de 
90 sobre as condições do desenvolvimento humano. A formulação dos ODM 
contou com especialistas renomados de diversas áreas que estiveram focados 
na redução da pobreza extrema observada, principalmente, nos países pobres e 
em desenvolvimento. 
Todos os países signatários da época aderiram ao acordo, comprometendo-se 
em inserir em suas políticas, ações para alcançar os objetivos. Os oito 
objetivos do milênio foram definidos conforme o Quadro 3. Eles deveriam ser 
atingidos até 2015, quando seriam então discutidosnovamente. 
 
Quadro 3. Oito objetivos definidos na Cúpula do Milênio das Nações Unidas Fonte: 
ROMA, 2019. 
Em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada 
na África do Sul, discutiu os compromissos e metas da Agenda 21 e analisou 
suas conquistas, para então conceber uma Agenda 21 reformulada, com ações 
concretas e tangíveis em relação àquelas estabelecidas em 1992. 
Em 2015, foi definida uma nova agenda, a Agenda 2030. Ela foi desenvolvida 
em um trabalho conjunto entre governos, entidades e sociedade civil. Entre 
outros, foram definidos os 17 Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS’s), que tiveram como base os ODM’s. Os ODS’s são o que 
se tem de mais atual com relação às metas em direção a um mundo mais 
sustentável. 
Debates mundiais 
Seção 5 de 6 
 
Em 1972, a ONU convoca a Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente, em Estocolmo, e a pauta ambiental começa a ser debatida 
oficialmente, resultando no Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente. Após alguns anos depois da Conferência das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente de 1983, nasce um grande marco da pauta ambiental 
elaborado pela Comissão de Brundtland, o relatório nomeado como Nosso 
futuro comum. 
Após a Conferência, diversos outros eventos discutiram os ideais e os meios 
de conduzir o desenvolvimento mundial para os moldes do desenvolvimento 
sustentável. Em 1988, uma união entre a ONU Meio Ambiente e a 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) resultou na criação do Painel 
Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC), sendo que os 
resultados de pesquisas sobre mudanças climáticas realizadas no mundo todo 
são reunidas e relatórios e planos de ação são publicados periodicamente. A 
famosa Cúpula da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992, foi um marco 
de sua década, pois discutiu a importância de se agregar os componentes 
sociais, econômicos e ambientais nas buscas pelo desenvolvimento 
sustentável e finalizou a Agenda 21. O Protocolo de Kyoto, de 1997, 
estabeleceu metas obrigatórias de redução das emissões de gases de efeito 
estufa nos 37 países signatários. 
 
 
Em 2000, a Cúpula do Milênio das Nações Unidas definiu oito objetivos 
concretos e mensuráveis, que foram acompanhados em escala nacional, 
regional e global. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 
foram resultado de uma série de cúpulas multilaterais realizadas na década de 
90 sobre as condições do desenvolvimento humano. A formulação dos ODM 
contou com especialistas renomados de diversas áreas que estiveram focados 
na redução da pobreza extrema observada, principalmente, nos países pobres e 
em desenvolvimento. 
Todos os países signatários da época aderiram ao acordo, comprometendo-se 
em inserir em suas políticas, ações para alcançar os objetivos. Os oito 
objetivos do milênio foram definidos conforme o Quadro 3. Eles deveriam ser 
atingidos até 2015, quando seriam então discutidos novamente. 
 
Quadro 3. Oito objetivos definidos na Cúpula do Milênio das Nações Unidas Fonte: 
ROMA, 2019. 
Em 2002, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada 
na África do Sul, discutiu os compromissos e metas da Agenda 21 e analisou 
suas conquistas, para então conceber uma Agenda 21 reformulada, com ações 
concretas e tangíveis em relação àquelas estabelecidas em 1992. 
Em 2015, foi definida uma nova agenda, a Agenda 2030. Ela foi desenvolvida 
em um trabalho conjunto entre governos, entidades e sociedade civil. Entre 
outros, foram definidos os 17 Objetivos do Desenvolvimento 
Sustentável (ODS’s), que tiveram como base os ODM’s. Os ODS’s são o que 
se tem de mais atual com relação às metas em direção a um mundo mais 
sustentável. 
AGENDA 2030 
 
Em 2015, durante uma Assembleia Geral da ONU que ocorreu nos Estados 
Unidos, elaborou-se um plano guia para a ação da comunidade internacional, 
que elencava os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 
metas para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos, considerando 
os parâmetros sustentáveis de uso dos recursos naturais. 
O documento Transformando o mundo: a Agenda 2030 para o 
desenvolvimento sustentável, que deve ser cumprido até 2030, traz um plano 
de ação para as pessoas, o planeta e a prosperidade. 
Os 17 ODS’s são: 
 
Quadro 4. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Fonte: Plataforma Agenda 2030. 
(Adaptado). Acesso em: 01/10/2020. 
Os objetivos e metas definidos na reunião devem ser inseridos na realidade de 
cada País signatário, considerando suas prioridades internas, mas voltando-se 
para um desenvolvimento global. Eles são integrados e indivisíveis, e 
mesclam, de forma equilibrada, as três dimensões do desenvolvimento 
sustentável: a econômica, a social e a ambiental 
 
Contexto atual 
Seção 6 de 6 
 
Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de 
pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso 
país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o 
seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza 
produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que 
compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a 
ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e 
agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez 
maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). 
Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, 
aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos 
mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos 
mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de 
fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. 
 
Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo 
fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade 
socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de 
que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmente de maneira 
positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. 
Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes 
concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam 
rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como 
ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, 
utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do 
nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. 
 
Contexto atual 
Seção 6 de 6 
 
Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de 
pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso 
país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o 
seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza 
produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que 
compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a 
ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e 
agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez 
maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). 
Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, 
aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos 
mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos 
mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de 
fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. 
 
Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo 
fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade 
socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de 
que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmentede maneira 
positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. 
Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes 
concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam 
rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como 
ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, 
utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do 
nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. 
 
Contexto atual 
Seção 6 de 6 
 
Atualmente, a população brasileira é de, aproximadamente, 212 milhões de 
pessoas distribuídas ao longo das 27 unidades federativas que compõem nosso 
país. Um dos principais indicadores que revela a riqueza de um País é o 
seu Produto Interno Bruto (PIB), que calcula o valor de toda a riqueza 
produzida por um País considerando o desempenho dos três setores que 
compõem a economia. Em 2019, o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões e a 
ordem de participação dos setores neste resultado foi: serviços, indústria e 
agropecuária (IBGE, 2020). Com este resultado, o País ficou entre as dez 
maiores economias do mundo (FUNAG, 2020). 
Em contraponto, é o segundo País em área florestal no mundo com, 
aproximadamente, 12% do território coberto por florestas. Apesar de usarmos 
mais fontes de energia não renováveis do que renováveis (56,5%), usamos 
mais fontes renováveis do que o resto do mundo. Além disso, há riqueza de 
fauna e flora, biomas diversificados e uma imensa diversidade étnico-cultural. 
 
Uma vez que possui relevância econômica e ambiental e que há contínuo 
fortalecimento de um perfil mundial voltado à questão da responsabilidade 
socioambiental, o País posiciona-se em um contexto estratégico, no sentido de 
que as organizações brasileiras podem se destacar mundialmente de maneira 
positiva na geração de ambientes sustentáveis de produção e consumo. 
Nesse sentido, há destaque para organizações alicerçadas em atitudes 
concretas, que adotam não somente ideologias, mas que praticam 
rotineiramente as pautas mais atuais do desenvolvimento sustentável, como 
ecoeficiência e os 7’Rs. Para isso, elas aprimoram-se e se reposicionam, 
utilizando a tecnologia, a diversidade e os recursos sociais e ambientais do 
nosso País, garantindo credibilidade nacional e internacional. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo 
o que aprendemos nessa 
unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
 
Vimos, nesta unidade, que a partir da segunda metade do século XX, a 
humanidade passou por um processo de intensificação do desenvolvimento 
industrial. Segundo os moldes capitalistas, os meios de produção e consumo, 
baseados no uso de recursos renováveis e não renováveis, tornaram-se 
insustentáveis. Discussões sobre a necessidade de mudança para uma postura 
sustentável se intensificaram. 
Pudemos averiguar que a busca pelo desenvolvimento sustentável passou a 
exigir que as cidades e seus cidadãos, governantes e empresas passassem a 
pensar em como inserir as práticas de responsabilidade socioambiental em seu 
cotidiano. A responsabilidade socioambiental passou de um ideal para um 
conjunto de leis, normas e certificações que reposicionam as instituições no 
mundo globalizado. 
Atualmente, a pauta ambiental é objetivo da humanidade, sendo discutida por 
organizações compostas por países do mundo todo. Estudamos eventos 
históricos, como a Comissão de Brundtland, a criação do Painel 
Intergovernamental para as Mudanças, a Cúpula da Terra, a Cúpula do 
Milênio das Nações Unidas e a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
Sustentável, que reformularam os objetivos desenvolvimentistas considerando 
as questões ambientais. Neles, documentos como os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio, a Agenda 21 e, atualmente, a Agenda 2030, 
reescreveram nossos modelos de produção, consumo e descarte de produtos. 
Por fim, vimos o que se tem de mais atual, os 17 Objetivos do 
Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que foram enumerados a fim de 
erradicar a pobreza até 2030. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo 
o que aprendemos nessa 
unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
 
Vimos, nesta unidade, que a partir da segunda metade do século XX, a 
humanidade passou por um processo de intensificação do desenvolvimento 
industrial. Segundo os moldes capitalistas, os meios de produção e consumo, 
baseados no uso de recursos renováveis e não renováveis, tornaram-se 
insustentáveis. Discussões sobre a necessidade de mudança para uma postura 
sustentável se intensificaram. 
Pudemos averiguar que a busca pelo desenvolvimento sustentável passou a 
exigir que as cidades e seus cidadãos, governantes e empresas passassem a 
pensar em como inserir as práticas de responsabilidade socioambiental em seu 
cotidiano. A responsabilidade socioambiental passou de um ideal para um 
conjunto de leis, normas e certificações que reposicionam as instituições no 
mundo globalizado. 
Atualmente, a pauta ambiental é objetivo da humanidade, sendo discutida por 
organizações compostas por países do mundo todo. Estudamos eventos 
históricos, como a Comissão de Brundtland, a criação do Painel 
Intergovernamental para as Mudanças, a Cúpula da Terra, a Cúpula do 
Milênio das Nações Unidas e a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
Sustentável, que reformularam os objetivos desenvolvimentistas considerando 
as questões ambientais. Neles, documentos como os Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio, a Agenda 21 e, atualmente, a Agenda 2030, 
reescreveram nossos modelos de produção, consumo e descarte de produtos. 
Por fim, vimos o que se tem de mais atual, os 17 Objetivos do 
Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), que foram enumerados a fim de 
erradicar a pobreza até 2030.

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