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Teoria Geral do Estado e Ciência Política Pontos importantes - Estado: peça fundamental para o Direito Constitucional - Estado presente: ramo do Direito público Antigamente, os códigos civis eram mais importantes que a própria constituição (propriedade e autonomia da vontade estavam nos CC) - Primeiramente veio a codificação, depois a constitucionalização Cláusula Leonina: Que tenha o objetivo de atribuir a uma ou a alguma das partes contratantes vantagens desmesuradas em relação às outras, seja concedendo-lhes lucros desproporcionais em relação a sua contribuição contratual, em face da contribuição também prestada pelas demais partes, seja porque as isenta de quaisquer ônus ou responsabilidades, somente lhes outorgando direitos. Também chamada de cláusula exorbitante. 1988: Constituição é um filtro no qual enxergamos todos os ramos do Direito Discrepância do Direito público e privado é diminuída Função social da propriedade: a propriedade deve ser útil socialmente (gerar trabalho e riqueza, além de respeitar as regras do meio ambiente) Atualmente, a propriedade deve seguir regras - Diferenças entre o Direito Civil e Constitucional Exemplo: Casamento No Direito Civil, sendo restrito, vale apenas a união estável do homem e mulher. No Constitucional: há a ampliação do principio do casamento Direito Constitucional e Código civil O Código Civil deve que estar de acordo com a Constituição, disciplinando, de forma minuciosa, o direito das pessoas (Pirâmide de Kelsen) Noções da Disciplina - Não há, nessa sociedade política que vivemos, uma mediação que não seja pelo Estado; - Por muito tempo, a dominação era pela força: quem tinha mais poder militar, econômico; - O Estado surgiu como uma necessidade mediante os problemas da sociedade e a proliferação de doenças, que se revelou, primeiramente, na imagem do rei como escolha divina; - A Revolução Francesa e a Independência americana marcaram a história e levaram à estrutura estatal de hoje; - Conceituando: Teoria Geral do Estado é uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos Jurídicos, Filosóficos, sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, econômicos e psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o, ao mesmo tempo, como um fato social e uma ordem, que procura atingir os seus fins com eficácia e com justiça. (Dallari, 2012, p. 14) - É uma ciência social que estuda o exercício, a distribuição e a organização do poder na sociedade. “[...] Ou dito de outro modo o conceito de política “é habitualmente empregado para indicar a atividade ou conjunto de atividades que têm de algum modo, como termo de referência, a polis, isto é, o Estado”. (BOBBIO, 2000, p. 160). Instituições - Órgãos que exercem o poder na sociedade, - Existe a personificação desse poder, já que um indivíduo não pode conter e utilizar o poder sozinho. A tripartição dos poderes são instituições Estado e policia também Conceitos e informações da aula - Anarquia: busca pelo equilíbrio entre as pessoas, na qual uma não se sobrepõe sob a outra. - Primeiro modelo de Estado moderno: monarquia. Nesta, há diferentes alterações. 1. Pensamento cristão: alguém, coroado por Deus, controle o poder na sociedade em suas mãos. 2. Estado liberal: escolha de um soberano, com a separação de poderes, o poder, agora, não fica somente nas mãos do monarca. Elementos que caracterizam uma sociedade Finalidade Em relação à sociedade humana, pode-se dizer que ela tem uma finalidade? E, em caso de resposta afirmativa, qual seria essa finalidade?” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, pg. 33) Existem duas vertentes: Deterministas: Pressupõe que tudo está determinado, portanto, não é necessário fazer qualquer esforço em sentido a mudanças qualitativas, o melhor é adaptar-se. “Para os deterministas não há, portanto, um objetivo a atingir, havendo, pelo contrário, uma sucessão natural de fatos, que o homem não pode interromper.” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, pg. 33); Finalistas: “[...] podem ser designados como finalistas, por sustentarem que há uma finalidade social, livremente escolhida pelo homem. Não obstante haver um impulso associativo natural na origem da sociedade humana, há também a participação da inteligência e da vontade humanas.” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, pg. 34). Entretanto, como definir uma finalidade? daí surge o Bem comum O bem comum é a busca por condições que permitam a todos os grupos a consecução de seus respectivos fins particulares, resguardados por um conjunto de condições que incluem a ordem jurídica e a garantia de possibilidades que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana. Manifestação de conjunto ordenadas “Entretanto, é evidente que o simples agrupamento de pessoas, com uma finalidade comum a ser ingerida, não seria suficiente para assegurar a consecução do objetivo almejado, sendo indispensável que os componentes da sociedade passem a se manifestar em conjunto, sempre visando àquele fim. Mas, para assegurar a orientação das manifestações num determinado sentido e para que se obtenha uma ação harmônica dos membros da sociedade, preservando-se a liberdade de todos, é preciso que a ação conjunta seja ordenada. Aqui está, portanto, a segunda nota característica da sociedade: as manifestações de conjunto ordenadas.” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 1998, pg. 12) Devem atender a três requisitos: Reiteração: “O que verdadeiramente importa é que, permanentemente, a sociedade, por seus componentes, realize manifestações de conjunto visando à consecução de sua finalidade. Como é evidente, para que haja o sentido de conjunto e para que se assegure um rumo certo, os atos praticados isoladamente devem ser conjugados e integrados num todo harmônico, surgindo aqui a exigência de ordem.” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 1998, pg. 12) Ordem “O que se verifica, em resumo, é que as manifestações de conjunto se produzem numa ordem, para que a sociedade possa atuar em função do bem comum. Essa ordem, regida por leis sujeitas ao princípio da imputação, não exclui a vontade e a liberdade dos indivíduos, uma vez que todos os membros da sociedade participam da escolha das normas de comportamento social, restando ainda a possibilidade de optar entre o cumprimento de uma norma ou o recebimento da punição que for prevista para a desobediência.” Modalidades de normas - Normas da moral: são imperativas, “[...] enquanto que as normas de direito são imperativo-atributivas, porque ambas impõem comportamentos, mas só as normas jurídicas atribuem ao prejudicado ou a terceiro a faculdade de exigir o seu cumprimento ou a punição do ofensor.’’ -Normas denominadas convencionalismos sociais: não se importam com a interioridade (retidão de intenção, um propósito bom para o que se faz), mas apenas com a exterioridade (aparência). Pode ser incluída aqui a moda, cortesia, etiqueta, etc.) Adequação - Cada indivíduo, cada grupo humano e a própria sociedade no seu todo devem sempre ter em conta as exigências e as possibilidades da realidade social, para que as ações não se desenvolvam em sentido diferente daquele que conduz efetivamente ao bem comum. E por fim: o Poder “A coletividade deve reconhecer seus liames com o poder, manifestando o seu consentimento. É indispensável, para que se reconheça e se mantenha a legitimidade, que haja convergência das aspirações do grupo e dos objetivos do poder. Em conclusão: poderlegítimo é o poder consentido. O governante, que utiliza a força a serviço do poder, deve estar sempre atento a essa necessidade de permanente consentimento, pois se assim não for o governo se torna totalitário...” (DALLARI, Dalmo de Abreu, Elementos de Teoria Geral do Estado, 1998, pg. 18) Evolução e ascensão do Estado Antes do Estado (Pré-história a 1300 d.C.) - Tribos sem governantes: Exemplo: aborígines australianos; os esquimós do Alasca, do Canadá e da Groelândia; tribos ameríndias da América pré-colombiana. - Tribos com governantes (chefias): Tribos que destruíram a civilização micenense e governaram a Grécia durante a Idade das Trevas, entre 1000 a 750 a.C. Características: A natureza unitária, inexistindo qualquer divisão interior, nem território, nem funções; Pólis Grega - As pólis gregas eram as cidades-estados da Grécia Antiga. Estas cidades possuíam grande independência, ou seja, tinham liberdade e autonomia política e econômica. - Limites das sociedades sem Estado: Confusão entre público e privado que não permite distinguir o bem comum e acaba partindo daqueles que são privilegiados; Ascensão do Estado: de 1300 a 1648 Idade média Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino; A luta contra a Igreja de Marcílio de Pádua Defensor da Paz (1327) – Dante Alighieri em Monarquia; A luta contra o império de Jean Bodin – Os seis livros da República; A luta contra a nobreza de Maquiavel (sec. XVI). - O Triunfo dos Monarcas: a constituição de um Estado monárquico
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