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CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO (UEMA) 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO (DAU) 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO (CAU) 
ESTUDOS SOCIOAMBIENTAIS 
PROF.ª DR.ª ROSE-FRANCE FARIAS PANET 
 
 
 
 
 
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS 
 
ALINE THÁLIA ARAÚJO DO NASCIMENTO 
ANA LÍVIA ROCHA LIMA 
AQUILES MIGUEL ALVES LIMA 
ISADORA SILVA BUONOCORE 
NATHÁLIA RODRIGUES DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís – MA 
2021 
 
 
ALINE THÁLIA ARAÚJO DO NASCIMENTO 
ANA LÍVIA ROCHA LIMA 
AQUILES MIGUEL ALVES LIMA 
ISADORA SILVA BUONOCORE 
NATHÁLIA RODRIGUES DA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS 
 
 
Trabalho realizado para obtenção de nota referente 
a terceira avaliação do período 2021.2 da 
disciplina Estudos Socioambientais do curso de 
Arquitetura e Urbanismo da Universidade 
Estadual do Maranhão (UEMA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís – MA 
2021 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................04 
2. DESENVOLVIMENTO......................................................................................................04 
2.1. Teorias sobre os conflitos socioambientais no mundo................................................04 
2.2. Teorias sobre os conflitos socioambientais no Brasil................................................. 05 
2.3. Resolução dos conflitos socioambientais....................................................................07 
 
3. CONCLUSÃO..............................................................................................................09 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................10 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 
Os conflitos sempre estiveram presentes na sociedade humana, é algo independente do contexto 
em que está inserido. Além disso, alguns são até necessários para a evolução humana visto que 
impulsionam o desenvolvimento da sociedade mesmo que estejam em épocas de crise. A meio 
ambiente faz parte da vida coletiva e cada indivíduo gostaria que esses recursos naturais fossem 
preservados, porém, poucos adotam ações para a conservação do mesmo e maximizam a 
ameaça sobre a natureza e a escassez desses bens é certa. Sendo assim, com o objetivo de 
analisar as teorias relacionadas aos conflitos socioambientais foi realizada uma pesquisa 
minuciosa acerca das teorias referente à essa problemática de proporção planetária. 
 
Palavras-chave: Conflitos Socioambientais; Conflitos Agrários; Disputa Territorial
 
 
4 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Esse trabalho irá abordar, inicialmente, uma visão mais ampla dos conflitos 
socioambientais, apresentará conceitos e a maneira como acontecem ao redor do mundo. 
Também serão pontuados exemplos de conflitos que estão acontecendo ao redor do mundo e 
no território brasileiro. Por fim, serão pontuados alguns problemas causadores desses conflitos 
e maneiras de solucioná-los, juntamente com considerações finais sobre o assunto e o impacto 
desses conflitos no mundo. 
A partir da elaboração de uma base econômica que uniu o ambiental, econômico e social, 
foi possível obter um novo modelo de desenvolvimento para ser analisado: o desenvolvimento 
sustentável. Do mesmo modo, depois de estruturarem teoricamente esse novo modelo foi 
possível compreender que as duas realidades, a princípio opostas, se completavam. Sendo 
assim, na década de 1990 esse termo foi ratificado como um novo reconhecimento de crise no 
mundo. 
Portanto, trabalho irá abordar, inicialmente, uma visão mais ampla dos conflitos 
socioambientais, apresentará conceitos e a maneira como acontecem ao redor do mundo. 
Também serão pontuados exemplos de conflitos que estão acontecendo ao redor do mundo e 
no território brasileiro. Além disso, serão pontuados alguns problemas causadores desses 
conflitos e maneiras de solucioná-los, juntamente com considerações finais sobre o assunto e o 
impacto desses conflitos no mundo. 
O material bibliográfico utilizado para construção do trabalho foram artigos acadêmicos, 
sites informativos e manchetes de jornais virtuais. O papel desse trabalho acadêmico para os 
arquitetos e, principalmente, urbanistas é atualizar e alertá-los sobre os conflitos que estão 
acontecendo ao redor do mundo e informar maneiras como esses conflitos podem ser 
amenizados. Além de propor reflexões sobre o esgotamento dos recursos naturais e o papel da 
cidade capitalista nesse processo. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. TEORIAS SOBRE OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO MUNDO 
 
O conflito ambiental é um subconjunto da categoria mais ampla de conflitos públicos 
envolvendo questões como saúde e cuidados de saúde, raça e etnia, desenvolvimento 
econômico e governança. O conflito ambiental, geralmente, inclui alguma combinação dessas 
questões. Sua definição geralmente envolve a noção de escassez de recursos naturais, ou seja, 
os conflitos têm suas raízes no desequilíbrio entre a exploração e a reposição dos recursos 
naturais. Para nos aprofundar no assunto exploraremos a perspectiva de três teóricos: 
Libiszewski, Tuner e Ruiz 
Para Libiszewski, os conflitos são provocados pela escassez de um recurso, causada por 
um distúrbio na sua taxa normal de regeneração em consequência de atividades antrópicas, em 
sua visão, para determinar se um conflito é socioambiental, é impreterível que este tenha causas 
sociais e ambientais. 
 
 
5 
 
Libiszewski é autor de vários artigos que abordam as disputas pela água na região da 
Bacia do Jordão, essa região é marcada por conflitos que envolvem a intolerância religiosa e o 
controle das maiores reservas de petróleo do mundo, e a água é mais um importante componente 
de disputa. A população do Oriente Médio cresce a uma taxa de 2% ao ano, que é quase o dobro 
da taxa global, enquanto isso, a disponibilidade de água doce per capta caiu dois terços ao longo 
dos últimos 40 anos, e a tendência é diminuir mais 50% até 2050. 
Um dos casos que podem exemplificar o conflito pela água na região é a Guerra dos 
Seis Dias, que em 1967, teve como um dos pontos de tensão o controle do Rio Jordão. Em 
resposta à intenção da Jordânia de desviar o Rio Jordão para uso próprio, Israel invadiu a Síria 
e tomou a colina de Golã, onde se localiza a nascente desse rio. Esse é um exemplo claro do 
conceito de Conflitos socioambientais para Libiszewski. 
Retornando aos teóricos, Tuner considera que os conflitos socioambientais têm suas 
origens, não somente a partir da escassez dos recursos, mas também, pelo uso destes. O autor 
defende que as competições por recursos naturais escassos têm capacidade de provocar, 
inclusive, conflitos armados. Para ilustrar esse conceito, podemos usar o continente africano, 
ele ocupa a segunda posição em termos de biodiversidade, sendo esta incrivelmente diversa e 
rica, que fornece serviços ecossistêmicos essenciais, com potencial para impulsionar a 
economia do continente. Porém, por conta da exploração intensa e predatória ao longo de 
séculos, hoje, o continente enfrenta o esgotamento de recursos naturais, estima-se que até 2100, 
a mudança climática poderá provocar a extinção de mais da metade das espécies de pássaros e 
mamíferos da África e uma grande parcela das espécies de plantas. 
Para Ruiz, os conflitos socioambientais são interpretados como incompatibilidade de 
interesses sobre o uso do mesmo território ou pela utilização dos recursos naturais entre 
indivíduos ou grupos independentes. Um caso que exemplifica isso muito bem é, o já citado, 
conflito do Oriente Médio, desta vez, destacando a Guerra do Golfo, em 1991, que foi um 
conflito militar travado entre o Iraque e forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados 
Unidos e patrocinada pela Organização das Nações Unidas, para alcançar a libertação do 
Kuwait, ocupado e anexado pelas forças armadas iraquianas. Abriga pelo petróleo foi o 
principal motivo do conflito, pois o Kuwait possui cerca de 10% das reservas petrolíferas do 
mundo. Antes de se render, Saddam Hussein mandou incendiar os poços de petróleo de Kuwait, 
poluindo e causando danos gigantescos ao ambiente no geral. 
 
2.2. TEORIAS SOBRE OS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NO BRASIL 
 
 As teorias que falam dos conflitos socioambientais no Brasil são parecidas com as 
internacionais. De forma geral, os teóricos brasileiros buscam demonstrar como funcionam os 
conflitos baseados na chamada sociologia da ação, aonde as pessoas envolvidas nos conflitos 
são consideradas agentes em ação. 
 De acordo com Ricardo Ribeiro, os conflitos que envolvem recursos naturais têm efeitos 
diretos ou indiretos em determinadas atividades econômicas, o que corrobora para a existência 
de consequências negativas ao ambiente natural, como a degradação e desequilíbrio dos 
ecossistemas, ameaças a sustentabilidade de áreas preservadas, de bens coletivos e o aumento 
na escassez de recursos naturais. Uma vez que o autor analisa o meio ambiente natural como 
fazendo parte do espaço público, logo, um bem coletivo. 
 
 
6 
 
 É com base neste espaço coletivo que os agentes põem em prática os seus jogos e 
conflitos de interesses para que consigam atingir algum objetivo socioeconômico. Neste caso, 
os conflitos no Brasil geralmente se dão com dois lados bem definidos: o lado dos grandes 
latifundiários ou de pessoas com grandes posses econômicas, que utilizam dos recursos para 
gerar mais riqueza para si, e o lado dos pequenos produtores rurais que utilizam dos recursos 
para sua própria subsistência e sobrevivência. 
 Existem conflitos bastante conhecidos no território brasileiro, uma boa parte deles sendo 
na área referente à Amazônia legal, área esta que o estado do Maranhão também compreende. 
Serão listados aqui alguns conflitos notórios que já ocorreram e ocorrem no Maranhão até o 
momento em que este trabalho está sendo lavrado. 
 O seguinte caso relatado pelo jornal G1 detalha o assassinato de camponeses no interior 
do Maranhão motivados por disputas territoriais nas cidades de Arari, Junco do Maranhão e 
Alto Alegre. 
Figura 2.2.1: João de Deus Moreira Rodrigues tinha 51 anos e foi morto por dois pistoleiros em Arari — Foto: 
Reprodução/TV Mirante 
Segundo o secretário estadual de Política Agrária da Federação dos 
Trabalhadores Rurais e Agricultores do Maranhão (FETAEMA-MA), 
Edimilson Costa da Silva, só em 2021 já foram cinco assassinatos em conflitos 
no campo no Estado, além de uma tentativa de homicídio, ocorrida em Alto 
Alegre em julho deste ano. “No dia 18 de junho de 2021 o senhor Reginaldo 
Alves e Maria da Luz foram assassinados na zona rural do município de Junco 
do Maranhão. No mês seguinte, dia dois de julho, o senhor Antônio Gonçalves 
foi assassinado em Arari. No dia seguinte, no dia três de julho, o ex-diretor do 
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, de Alto Alegre do Maranhão, sofreu uma 
tentativa de homicídio e em 11 de julho o senhor José Francisco de Araújo, o 
‘Vanu’, foi assassinado na porta de sua residência na zona rural de Codó, e 
mais recentemente, no dia 29 de outubro o senhor João de Deus foi assassinado 
em frente de sua residência na zona rural de Arari no Povoado Santo Antônio”, 
relatou Edimilson Costa da Silva. (G1 MA, 2021) 
 
 Já este caso, também relatado pelo jornal G1, descreve como uma mãe e seu filho, ambos 
quebradores de coco babaçu, foram mortos esmagados por uma palmeira gigante derrubada por 
um trator em Penalva, cidade a 250 km de São Luís. Há indícios de que as mortes tenham sido 
premeditadas por um fazendeiro que queria utilizar as terras aonde os coqueiros estavam 
plantados para plantar capim. 
 
 
7 
 
A Polícia Civil está investigando a morte de dois quebradores de coco que 
foram esmagados por palmeiras que, segundo denúncias, teriam sido 
derrubados propositalmente por um fazendeiro na Comunidade Bom Lugar, 
em Penalva, a cerca de 250 km de São Luís. O caso foi registrado na tarde 
dessa sexta-feira (12/11/2021) quando Maria José Rodrigues, de 78 anos, e 
José do Carmo Correia Junior, de 38 anos, estavam coletando coco babaçu 
quando foram surpreendidos pela queda da palmeira. Testemunhas 
informaram que um trator derrubou a árvore. Para a Secretaria de Direitos 
Humanos e Participação Popular do Maranhão (SEDIHPOP), a palmeira foi 
derrubada a mando de um fazendeiro que pretendia plantar capim na área do 
palmeiral. O Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu diz 
ainda que há suspeita de que havia marcas da passagem do trator no local. A 
Polícia Civil informou ainda que o proprietário do trator se apresentou na 
delegacia e informou o nome do funcionário que dirigia a máquina, assim 
como o nome do homem que se diz dono das terras. O depoimento de ambos 
está marcado para esta segunda (15/11/2021). Maria tinha deficiência auditiva, 
enquanto o filho era deficiente cognitivo. Representantes ligados a entidades 
de defesa de comunidades tradicionais dizem que o clima na região é tenso e 
de medo por parte dos trabalhadores rurais. Equipes da Comissão Estadual de 
Prevenção à Violência no Campo e na Cidade acompanham o caso e também 
investigam possíveis ilegalidades cometidas na comunidade, que enfrenta 
intensos conflitos agrários. (G1 MA, 2021) 
 
 
Figura 2.2.2: Maria Correia e Júnior Correia morreram ao serem atingidos por palmeiras, em Penalva — Foto: 
Divulgação/FETAEMA 
 
 
 
2.3. RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS 
 
A Conferência de Estocolmo da década de 1970 foi de grande importância para o 
reconhecimento dos conflitos socioambientais, e isso alertou muitos estudiosos e pesquisadores 
a pesquisar e investigar mais o assunto para descobrir suas raízes e consequentemente propor 
soluções. A partir desses estudos, eles analisaram separadamente os conflitos mais comuns 
 
 
8 
 
entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos, concluindo que, em países como Holanda, 
Alemanha e França, as atividades produtivas ou empreendimentos públicos que ocasionavam 
conflitos; Enquanto nos países subdesenvolvidos, como os latino-americanos, foram analisados 
os conflitos nos centros urbanos, que eram motivados pelos mesmos empreendimentos dos 
países desenvolvidos, e na área rural, que costuma ter mais conflitos por apropriação de recursos 
naturais e preservação de culturas. O que foi visto como problema comum entre esses países 
foi que os instrumentos de informação e negociação precisam ser aprimorados e adequados a 
gestão dos recursos naturais. Porém, antes de aprimorar os instrumentos de informação e 
negociação, a gestão dos recursos naturais precisa ser revisada, com isso, o ensino dessa gestão 
tem passado por mudanças. O ensino da gestão ambiental está saindo da fase conservacionista, 
que foca apenas nos aspectos biológicos e em como a natureza reage a exploração humana, para 
a educação ambiental que relaciona a exploração da natureza com o homem de maneira mais 
direta e culpa a sociedade industrial pelo desmatamento, não a falta de informação sobre os 
impactos. 
 Segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), anualmente são consumidos 20% a 
mais de recursos em relação à quantidade regenerada, e esse percentual não para de crescer. 
Esse dado mostra que o movimento desenvolvimentista está desalinhado com o ritmo da 
natureza, o que também é um gerador de conflitos socioambientais. Uma maneira de solucionar 
esse problema é colocando em prática mudanças na gestão ambiental. O seu objetivo é planejar, 
controlar, coordenar e formular ações para que se atinjam os objetivos previamente 
estabelecidos para um dado local, região ou país. Uma boa gestão é capaz de gerar equilíbrio 
tanto na natureza quanto nas relações corporativas e sociais. 
 Uma dificuldade na resolução de conflitos é que ao longo dos anos o Poder Público vem 
perdendo sua capacidade derápida e eficiente resposta. Então, a exigência de políticas públicas 
para resolver conflitos socioambientais enfrenta uma série de dificuldades. Portanto, é 
necessário que exista uma compatibilização de interesses nas parcerias entre cidades, estados e 
países. Diante de conflitos socioambientais, o Poder Público deve ter técnicas, métodos e 
instrumentos que compatibilizem os interesses públicos e particulares, sem esquecer a proteção 
do meio ambiente. Porém é necessário um aprimoramento dessas técnicas, que elas sejam 
postas em prática e o engajamento da população para que suas necessidades sejam atendidas, 
não apenas pelo governo do seu país, como de outros ao redor do mundo. 
 Caso não exista uma gestão ambiental eficiente que compatibilizem interesses, 
acontecerá o oposto, haverá uma divergência de interesses. A fim de solucionar esse problema, 
o método da mediação tem sido o mais eficiente. Ele é conceituado como um processo 
autocompositivo composto por vários atos procedimentais pelos quais o(s) terceiro(s) 
imparcial(is) facilita(m) o diálogo entre pessoas em conflito. É eficiente pelo fato de lidar com 
múltiplos interesses e necessidades buscando soluções criativas e pacíficas que atendam os 
interesses dos negociadores e daqueles que serão impactados pelas decisões. Além de ser um 
método que valoriza laços fundamentais de relacionamentos, como o respeito à vontade das 
pessoas envolvidas. 
 As soluções mencionadas devem ser aplicadas pelo máximo de países possíveis para 
que mudanças significativas aconteçam nas grandes cidades e no campo, e principalmente na 
natureza. Afinal, apenas um país não será capaz de reverter os problemas ambientais 
provocados por todas as nações, mas será capaz de inspirar e incentivar que outros prezem por 
atitudes e políticas públicas mais sustentáveis. 
 
 
 
9 
 
3. CONCLUSÃO 
Conflitos socioambientais tratam-se de disputa de interesse e domínio sobre determinado 
recurso ou território. Interesse este, que visa primeiramente o lucro, gerado pela exploração de 
recursos naturais, animais e pessoas. O resultado disso tudo é a degradação do meio ambiente, 
desmatamentos, erosão, poluição de águas e do ar, e as consequências levam a destruição do 
planeta. 
O sistema que visa o lucro é cego quando se trata de um futuro longínquo, pois não é 
reposto na natureza o que é retirado dela. Logo, como a fonte não é infinita, há de se esgotar. E 
o sistema em que vivemos atualmente é tão dependente da exploração, que se os recursos 
esgotarem, não temos um plano B. Nem um planeta B. Será o fim da espécie humana e de tudo 
habita a Terra. 
É necessária mudança, políticas mais sustentáveis hão de ser postas em práticas e 
adotadas por grandes empresas e indústrias. O respeito pela natureza é algo que se tornou 
indispensável. Conflitos mencionados acima tomaram fins que poderiam ter sido diferentes. 
Sem abuso de poder sobre espécies de animais, e grupos minoritários. Quando falamos de 
políticas sustentáveis, falamos de mais lucro por mais tempo, e isso o capitalismo não vê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
LIBISZEWSKI, Stephan. What is an environmental conflict? Zurich: Center for Security 
Studies,1992. 
 
Dukes, EF (2004), O que sabemos sobre a resolução de conflitos ambientais: uma análise 
baseada em pesquisas. Conflict Resolution Quarterly, 22: 191-220. 
https://doi.org/10.1002/crq.98 
 
BRITO, D. M. et al. Conflitos Socioambientais no século XXI. Revista de Humanidades do 
Curso de Ciências Sociais UNIFAP, Macapá - AP, n. 4, p. 51 – 58, dez. 2011. Disponível em: 
https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/371/n4Daguinete.pdf. Acesso em: 15 
nov. de 2021. 
 
CAMPONÊS É ASSASSINADO A TIROS NO INTERIOR DO MARANHÃO. G1 
Maranhão, São Luís, 31 de outubro de 2021. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/10/31/campones-e-assassinado-a-tiros-no-
interior-do-maranhao.ghtml.> Acesso em: 15 de nov. de 2021. 
 
MÃE E FILHO QUEBRADORES DE COCO MORREM ESMAGADOS POR PALMEIRA 
DERRUBADA POR TRATOR, NO MA. G1 Maranhão, São Luís, 13 de Novembro de 2021. 
Disponível em: < https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/11/13/mae-e-filho-
quebradores-de-coco-morrem-esmagados-por-palmeira-derrubada-por-trator-no-
maranhao.ghtml>. Acesso em: 15 de nov. de 2021. 
 
Alves, André; Resende, Lívia. A relevância da mediação de conflitos socioambientais para a 
conscientização ambiental da sociedade contemporânea. Disponível em: 
<https://www.unilim.fr/trahs/2082&file=1>. Acesso em: 18/11/2021. 
 
Layrargues, Philippe. EDUCAÇÃO PARA A GESTÃO AMBIENTAL: A CIDADANIA NO 
ENFRENTAMENTO POLÍTICO DOS CONFLITOS SÓCIOAMBIENTAIS. Disponível em: 
<https://www.bibliotecaagptea.org.br/administracao/educacao/artigos/EDUCACAO%20PAR
A%20A%20GESTAO%20AMBIENTAL%20A%20CIDADANIA%20NO%20ENFRENTA
MENTO%20POLITICO%20DOS%20CONFLITOS%20SOCIOAMBIENTAIS.pdf>. Acesso 
em: 18/11/2021. 
https://doi.org/10.1002/crq.98
https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/view/371/n4Daguinete.pdf
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/10/31/campones-e-assassinado-a-tiros-no-interior-do-maranhao.ghtml
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/10/31/campones-e-assassinado-a-tiros-no-interior-do-maranhao.ghtml
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/11/13/mae-e-filho-quebradores-de-coco-morrem-esmagados-por-palmeira-derrubada-por-trator-no-maranhao.ghtml
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/11/13/mae-e-filho-quebradores-de-coco-morrem-esmagados-por-palmeira-derrubada-por-trator-no-maranhao.ghtml
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2021/11/13/mae-e-filho-quebradores-de-coco-morrem-esmagados-por-palmeira-derrubada-por-trator-no-maranhao.ghtml

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