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Equilíbrio Hidroeletrolítico

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1 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
TUTORIA 5: UC IV – 01/11/2021 
 
PROBLEMA: Equilíbrio hidroeletrolítico. 
 
OBJETIVOS: 
✓ respondidos no capítulo 20 do Silverthorn, paginas 619 à 641.. 
 
 
 
O nosso corpo possui mecanismos de controle que 
visam manter constantes o volume de líquido, a 
osmolalidade, as concentrações de íons individuais e 
o pH do corpo, para que o equilíbrio hidroeletrolítico 
do nosso corpo seja mantido. 
 
Vale lembrar que os íons estão em diferentes 
concentrações intra e extracelular, o que confere às 
células de diferentes tecidos um gradiente 
eletroquímico inerente a elas. 
(tabela) 
 
HOMEOSTASIA HÍDRICA E ELETROLÍTICA 
- O nosso corpo está em fluxo constante. Ao longo do 
dia ingerimos quantidades variáveis de água e 
eletrólitos, como K+, H+, Ca2+, HCO3- e fosfato. 
A tarefa do corpo é manter o balanço de massa, que 
significa excretar substâncias que eu ingeri ao longo 
do dia mas que não serão úteis ao meu corpo. Essa 
manutenção, confere o equilíbrio hidroeletrolítico e 
pode ser realizada por meio de 2 tipos principais de 
mecanismos: 
 
1. Mecanismos Fisiológicos 
- rins: via urinária 
- pulmões: na respiração ocorre a excreção de água, 
H+, HCO3- juntamente com a liberação de CO2. 
- fezes 
- suor: solução diluída de água e íons K+, Na+, Cl-. 
 
2. Mecanismos Comportamentais 
- sede: reposição de água 
- apetite por sal: reposição de NaCl 
- fome: reposição de íons diversos. 
 
Essas substâncias estão associadas com o volume do 
LEC e com a osmolalidade (que reflete a concentração 
de solutos – íons – dissolvidos em uma solução). Logo, 
podemos concluir que a osmolalidade do LEC afeta o 
volume celular. Mas porquê? 
Antes de tudo lembre-se! As membranas celulares são 
permeáveis à água. 
Sabendo disso, imagine que você tem uma célula e o 
meio extracelular. Caso esse meio extracelular 
(chamado também de LEC) não sofra alterações nas 
concentrações de seus solutos (osmolalidade), não 
haverá entrada ou saída de água no LEC. 
Porém, se você sofreu alguma alteração na 
osmolalidade do LEC, haverá uma entrada ou saída de 
água nesse meio e, assim, o volume celular é alterado. 
Por exemplo: O LEC sofreu uma hiposmolalidade 
(diminuiu a concentração dos íons e aumentou a 
concentração de água), naturalmente, essa água em 
excesso vai para o meio que agora se encontra 
hiperosmótico (alta concentração dos íons e menor 
concentração de água). Essa passagem de água do LEC 
para o LIC provoca um aumento do volume 
intracelular. 
 
Se a osmolalidade do líquido extracelular diminui 
como resultado de uma ingestão de água excessiva, a 
água move-se para o interior das células e elas 
incham. Se a osmolalidade do LEC aumenta como 
resultado da ingestão de sal, a água se move para fora 
das células e elas encolhem. O volume celular é tão 
importante que muitas células têm mecanismos 
diferentes para o controlar. 
 
Outro exemplo de evitar uma resposta na mudança 
do volume celular com a ateração da osmolalidade 
pode ser encontrada nas células tubulares renais da 
medula renal. Elas regulam o seu volume sintetizando 
substâncias orgânicas quando necessário. Essas 
células são constantemente expostas à um LEC com 
alta osmolalidade. Como resposta a essa alta 
osmolalidade do LEC elas tentam manter a 
osmolalidade intracelular ajustada sintetizando 
solutos orgânicos, como álcoois de açúcar e certos 
aminoácidos, que aumentam a osmolalidade 
intracelular. 
 
Outras células do corpo regulam o seu volume 
modificando a sua composição iônica. 
 
Em alguns casos, as alterações do volume celular 
atuam como sinais que iniciam certas respostas 
celulares. Por exemplo, o inchaço (aumento da 
osmolalidade intracelular) dos hepatócitos ativa a 
síntese de proteínas e de glicogênio, ao passo que o 
encolhimento (diminuição da osmolalidade dessas 
células) causa degradação de proteínas e de 
glicogênio. Entretanto, em muitos casos, alterações 
inadequadas no volume celular prejudicam a função 
da célula. 
 
Por isso é importante a manutenção da osmolalidade 
do LEC em uma faixa normal para manter a 
homeostasia e o volume celular. 
 
2 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
Multiplos sistemas integram o equilíbrio 
hidroeletrolítico. Como já abordado, o equilíbrio 
hidroeletrolítico pode ser mantido por mecanismos 
fisiológicos e comportamentais. Os mecanismos de 
controle fisiológicos envolvem os sistemas 
respiratório, circulatório e renal. Os ajustes feitos 
pelos pulmões e pelo sistema circulatório estão 
principalmente sob controle neural, podendo ser 
executados de forma mais rápida. A manutenção 
homeostática pelos rins ocorre de forma mais lenta já 
que esses órgãos estão principalmente sob controle 
endócrino e neuroendócrino. 
 
Por exemplo, uma pequena mudança na pressão 
arterial, que resulta de um aumento ou de um 
decréscimo do volume sanguíneo, é rapidamente 
corrigida pelo centro de controle cardiovascular no 
encéfalo (controle neural). Se as mudanças de volume 
são persistentes ou de grande magnitude, os rins 
agem para ajudar a manter a homeostasia. 
 
Sinais provenientes dos barorreceptores carotídeos e 
aórticos e dos receptores atriais de volume iniciam 
uma resposta neural rápida, mediada pelo centro de 
controle cardiovascular, e uma resposta mais lenta, 
gerada pelos rins. Além disso, a baixa pressão do 
sangue estimula a sede. Em ambas as situações, a 
função renal é integrada com o sistema circulatório 
para manter a pressão arterial dentro de uma faixa 
normal. 
 
Vale lembrar que, por um sistema estar integrado ao 
outro, muitas vezes eles se sobrepõem e um pode 
afetar a função do outro. Respostas endócrinas 
iniciadas pelos rins têm efeitos diretos no sistema 
circulatório, por exemplo, e hormônios liberados pelas 
células do miocárdio atuam nos rins. Respostas 
simpáticas provenientes do centro de controle 
cardiovascular afetam não somente o débito cardíaco 
e a vasoconstrição, mas também a filtração 
glomerular e a liberação de hormônios pelos rins. 
 
O Equilíbrio Hídrico 
 
A água é a molécula mais abundante do corpo. A sua 
quantidade varia de acordo com a idade e com o peso 
corporal. 1/3 da água do nosso corpo ocupa o LEC, ao 
passo que os outros 2/3 ocupam o LIC. 
 
Para manter um balanço hídrico no nosso corpo, a 
ingestão de água precisa ser igual à excreção. Em 
média, um adulto ingere um pouco mais de 2L de 
água por dia. O metabolismo normal, sobretudo a 
respiração aeróbica produz cerca de 0,3L de água, 
elevando a ingestão total de água próximo de 2,5L em 
um dia. 
 
 
 
 
3 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
 
 
Isso também nos mostra que o único meio pelo qual 
nós ingerimos água é via absorção no trato 
gastrointestinal. Se os líquidos precisam ser 
rapidamente repostos ou um indivíduo não é capaz de 
comer ou beber, essa reposição é feita através do 
plasma por injeção intravenosa (IV), um procedimento 
médico. 
 
A principal rota de perda de água é pela urina. No 
entanto, dependendo da situação, essa rota pode ser 
alterada, por exemplo, a sudorese excessiva, a 
diarréia. O que pode afetar o equilíbrio hídrico, 
sobretudo em crianças. 
 
A perda patológica de água pode afetar a homeostasia 
de duas maneiras: 
1. Alteração do volume de LEC e 
consequentemente da pressão arterial e 
oxigenação dos tecidos. 
↑ perda de água 
↓ volume dos tecidos 
↓ da pressão arterial 
↓ oxigenação tecidual 
 
2. Alteração da função celular com o aumento 
da osmolalidade do corpo. Pois a perda de 
líquido será hiposmótica para o corpo, ou 
seja, a quantidade de líquido perdido é maior 
que a quantidade de líquido no corpo (como 
ocorre na sudorese excessiva). Levando o 
aumento da osmolalidade do corpo e 
podendo alterar a função celular. 
 
 
Como o nosso corpo realiza a regulação da 
osmolalidade? 
 
O papel dos rins no equilíbrio hídrico. 
Os rins excretam o volume em excesso de água, mas 
não têm a capacidade de recuperar o volume perdido 
para o ambiente. O volume perdido para o ambiente 
necessita ser recuperadoa partir do próprio 
ambiente. 
 
A caneca representa o corpo, e a sua alça oca 
representa os rins, onde os líquidos corporais são 
filtrados no interior dos néfrons. Uma vez que os 
líquidos são filtrados, eles passam a fazer parte do 
meio externo, e, a não ser que sejam reabsorvidos, 
serão excretados na urina. O volume excretado pode 
ser regulado, conforme indicado pelos pequenos 
portões na parte inferior da alça. A faixa normal para 
o volume de líquido na caneca situa-se entre a linha 
tracejada e o topo aberto. O líquido da caneca entra 
na alça (equivalente a ser filtrado no rim) e retorna 
para o corpo da caneca, a fim de manter o seu 
volume. 
 
 
 
 
Se é adicionado líquido à caneca e esta pode 
transbordar, o líquido extra pode ser drenado para 
fora da alça (comparável ao excesso de água 
excretado na urina). Se um pequeno volume de 
líquido for retirado da caneca, o líquido ainda 
continuará fluindo pela alça, porém a perda de líquido 
pela alça é interrompida para impedir a perda 
adicional de líquido. 
 
4 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
A única maneira de repor o líquido perdido é 
adicionar água proveniente de uma fonte externa à 
caneca. A comparação desse modelo com o corpo 
humano ressalta o fato de que os rins não podem 
repor a água perdida: tudo o que eles podem fazer é 
conservá-la. E, como é mostrado no modelo da 
caneca, se a perda de líquido é grave e o volume 
diminui abaixo da linha tracejada, o líquido já não flui 
pela alça, da mesma maneira que uma grande 
diminuição no volume sanguíneo e na pressão arterial 
interrompe a filtração renal. 
 
A relação da osmolalidade da urina com o volume de 
água excretada pelos rins. 
 
A medula renal dos rins é capaz de produzir uma urina 
mais concentrada ou menos concentrada, em suas 
estruturas especializadas (néfrons). A osmolalidade da 
urina é medida de acordo com o volume de água que 
os rins excretam. 
Quando há excesso de água, a medula renal produz 
uma urina mais diluída (hiposmótica). Essa remoção 
do excesso de água na urina é chamado de diurese. 
Fármacos diuréticos atuam na estimulação de 
produção de urina mais diluída. urina diluída, que 
pode apresentar uma osmolalidade de até 50 mOsM. 
 
Do contrário, quando temos privação de água, o 
nosso corpo deseja conservar o máximo de água 
possível, e esse processo também é realizado na 
medula renal, que terá a função de reter o máximo de 
água no processo de formação da urina, tornando 
esse fluido altamente concentrado (hiperosmótico). 
Mecanismos especializados na medula renal 
permitem a produção de uma urina até quatro vezes 
mais concentrada do que o sangue (1.200 mOsM 
contra os 300 mOsM do sangue). 
 
Os rins irão controlar as concentrações de urina 
variando a quantidade de água e Na+ reabsorvidos no 
néfron ( túbulo contorcido distal e ducto coletor). 
- Urina diluída: A membrana não pode ser permeável 
à agua, mas somente aos solutos iônicos presentes no 
filtrado, isso nós podemos ver na parte ascendente 
dilatada da alça de Henle. 
 
Para produzir urina diluída, o rim precisa reabsorver 
solutos sem permitir que a água os siga por osmose. 
Isso significa que a membrana apical das células 
tubulares e as junções celulares não podem ser 
permeáveis à água. Por outro lado, para concentrar a 
urina, o néfron precisa ser capaz de reabsorver a 
água, mas deixar os solutos no lúmen tubular. 
 
Vale lembrar que as membranas celulares são 
altamente permeáveis à água e facilita que ela seja 
reabsorvida por osmose através das aquaporinas. 
Então, a forma de produzir urina concetrada, pela 
absorção somente de água sem solutos ocorre por 
meio de um mecanismo: tornar as células do ducto 
coletor e o líquido intersticial mais concentrados do 
que o líquido que flui dentro do túbulo. 
 
 
 
A situação dos rins e seu arranjo dos vasos sanguíneos 
e dos túbulos renais, permite que a medula renal 
mantenha uma alta concentração osmótica (de 
solutos iônicos) em suas células e no líquido 
intersticial, fazendo com que haja a osmose de água 
do filtrado (que se encontra em baixa concentração 
osmótica em relação às células e ao intestício) para as 
células e posteriormente para o plasma que irá 
reabsorver a água. E, então, essa urina à medida que 
flui pelo ducto coletor vai se tornando mais 
concentrada. 
 
Lembrete: Os compartimentos de líquidos corporais: 
 
 
 
5 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
 
 
 
 
Por outro lado, quando o corpo precisa conservar 
água reabsorvendo-a, o epitélio tubular do néfron 
distal precisa tornar-se permeável à água. Sob o 
controle hormonal, as células inserem poros de água 
em suas membranas apicais. Uma vez que a água 
pode entrar nas células, a osmose leva a água do 
lúmen menos concentrado para o líquido intersticial 
mais concentrado. Quando a permeabilidade à água é 
máxima, a remoção de água do túbulo deixa a urina 
concentrada com uma osmolalidade que pode chegar 
a até 1.200 mOsM (Fig. 20.4 - passo 4) 
A reabsorção de água nos rins conserva a água e pode 
diminuir a osmolalidade do corpo até certo ponto 
quando associada à excreção de solutos na urina. 
Entretanto, lembre-se que os mecanismos 
homeostáticos dos rins não podem restaurar o 
volume de líquido perdido. Apenas a ingestão ou a 
infusão de água pode repor a água que foi perdida. 
 
 
 
O controle da reabsorção da água pela vasopressina 
 
A vasopressina (ADH) é um hormônio da neuro-
hipófise e tem a função de alterar a permeabilidade 
do túbulo distal e do ducto coletor, adicionando ou 
removendo poros de água (aquaporinas) na 
membrana apical dessas porções, justamente sobre 
um estimulo hormonal. Essa ação, altera a 
concentração da urina e consequentemente a 
osmolalidade do corpo. 
OBS: A vasopressina é um pepitídeo de nove 
aminoácidos e contem o aminoácido arginina, 
chamada então de arginina vasopressina ou AVP. 
Devido a vasopressina provocar uma retenção de 
água no corpo, também é conhecida como hormônio 
antidiurético (ADH). 
 
Quando a vasopressina atua sobre as células do ducto 
coletor, há a maior reabsorção de água, o que torna a 
urina a ser excretada mais concentrada. Isso porque, 
ela vai tornar as células do ducto mais permeáveis à 
água (agindo no aumento da osmolalidade das células 
tubulares e do líquido intersticial). 
No entanto, quando a vasopressina está ausente, o 
ducto coletor é impermeável à água e a urina a ser 
excretada será mais diluída. 
 
Mas vale lembrar que: A PERMEABILIDADE É 
VARIÁVEL. A ação da vasopressina sobre a 
permeabilidade das células tubulares distais e do 
ducto coletor é proporcional à quantidade de 
vasopressina presente. O efeito gradual da 
vasopressina permite ao corpo regular a concentração 
de urina de acordo com as necessidades corporais: 
quanto maiores os níveis de vasopressina, mais água é 
reabsorvida. 
 
 
 
 
 
 
 
6 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
 
 
 
 
 
A atuação da vasopressina está associada às 
aquaporinas, pois esses canais de água são regulados 
por esse hormônio. Existem vários tipos de 
aquaporinas, mas, especificamente nas células do 
ducto coletor há as aquaporinas 2 (AQP2) localizadas 
em dois locais da membrana: na membrana apical 
(voltada para o lumen tubular) e na membrana das 
vesículas de armazenamento (no citoplasma). 
 
Quando a vasopressina chega ao ducto coletor, ela se 
liga aos seus receptores V2 na membrana basolateral 
das células (passo 1, na Fig. 20.5c). Essa ligação ativa 
uma proteína G e o sistema de segundo mensageiro 
do AMPc (p. 173). A fosforilação subsequente de 
proteínas intracelulares faz as vesículas de AQP2 se 
moverem para a membrana apical e fundirem-se com 
ela. A exocitose insere os poros de água AQP2 na 
membrana apical, tornando a célula permeável à 
água. Esse processo, no qual partes da membrana 
celular são alternadamente adicionadas por exocitose 
e removidas por endocitose, é denominado 
reciclagem da membrana (Fig. 5.19, p. 149). 
 
EXTRA: 
1. A membrana apical de uma célula do ducto 
coletor tem mais poros de águaquando a 
vasopressina está presente ou quando ela 
está ausente? 
Quando está presente! 
2. As pessoas que apresentam deficiências nos 
receptores V2 de vasopressina produzirão 
urina diluída ou concentrada? 
Mais diluída! 
 
Estímulos que controlam a secreção da vasopressina 
 
São 3: A osmolalidade plasmática, volume sanguíneo e 
pressão arterial. 
 
O estímulo mais potente para a liberação da 
vasopressina é a osmolalidade plasmática. A 
osmolalidade é monitorada por osmorreceptores. São 
neurônios sensíveis ao estiramento e que aumentam 
a sua frequência de disparo quando a osmolalidade 
aumenta. Nosso modelo atual indica que quando os 
osmorreceptores encolhem, canais catiônicos 
inespecíficos associados aos filamentos de actina se 
abrem, despolarizando a célula. 
 
Os principais osmorreceptores que irão regular a 
liberação da vasopressina estarão encontrados no 
hipotálamo. Se a osmolalidade plasmática estiver 
abaixo do limiar de 280mOsM, os osmorreceptores 
não serão disparados e a liberação da vasopressina 
pela hipófise cessa (Fig. 20.6b). Quando a 
osmolalidade plasmática se encontra acima desse 
 
7 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
limiar, os osmorreceptores retraem-se e estimulam a 
liberação da vasopressina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Qual é o limiar osmótico para a liberação de 
vasopressina? 280 mOsM 
2. Qual sinal nos neurônios AVP (vasopressina) 
desencadeia a exocitose de vesículas contendo AVP? 
O aumento da osmolalidade plasmática. 
 
A alça de Henle e o papel multiplicador de 
contracorrente. 
 
Qual o fator chave para os rins produzirem urina 
concentrada? 
A alta osmolalidade do interstício medular. 
 
Sem a alta osmolalidade do interstício medular não 
haveria gradiente de concentração para a 
movimentação do gradiente osmótico da água para 
fora do ducto coletor. 
 
 
 
 
8 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
O que gera essa alta osmolalidade do LEC? E por que a 
osmolalidade do líquido intersticial não é reduzida 
quando a água é reabsorvida do ducto coletor e do 
ramo descendente da alça de Henle (ver Fig. 20.4)? 
Tudo se dá pela configuração anatômica da alça de 
Henle e dos vasos sanguíneos associados a ela (vasos 
retos). Essa associação cria um sistema de troca em 
contracorrente. 
 
Sistema de troca em contracorrente. 
Se configura quando eu possuo vasos arteriais e 
venosos muito próximos. Logo, o sangue arterial 
quente que entra no membro transfere seu calor para 
o sangue venoso mais frio, que flui da extremidade do 
membro de volta para o centro do corpo (Fig. 20.7b). 
Esse arranjo reduz a quantidade de calor perdida para 
o meio externo. 
 
 
 
 
 
 
 
O sistema de troca em contracorrente no rim funciona 
por meio do mesmo princípio, exceto pelo fato de 
transferir água e solutos, em vez de calor. Contudo, 
como o rim forma um sistema fechado, os solutos não 
são perdidos para o meio externo. Em vez disso, os 
solutos concentram-se no interstício. Esse processo é 
auxiliado pelo transporte ativo de solutos para fora do 
ramo ascendente da alça de Henle, o que torna a 
osmolalidade do LEC ainda maior. Um sistema de 
troca em contracorrente, no qual a troca é aumentada 
pelo transporte ativo de solutos, é chamado de 
multiplicador em contracorrente. 
 
Sistema multiplicador de contracorrente renal 
 
 
 
 
9 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
 
 
 
O resultado final do multiplicador em contracorrente 
no rim é produzir líquido intersticial hiperosmótico na 
medula e filtrado hiposmótico saindo no final da alça 
de Henle. 
 
Todavia, por que a água que deixa o ramo 
descendente da alça não dilui o líquido intersticial 
medular? 
Porque é como se essa perda fosse compensada à 
medida que os vasos retos (com caráter 
hiperosmótico), associados à essa alça descendente, 
atrai a água que está sendo perdida no ramo 
descendente. Isso diminui a osmolalidade do sangue 
que volta ao córtex medular, mas também impede a 
água de diluir o líquido intersticial que está 
concentrado. 
Sem os vasos retos, a água movendo-se para fora do 
ramo descendente da alça de Henle diluiria o 
interstício medular. Dessa forma, os vasos retos são 
parte importante na manutenção da alta 
concentração de solutos na medula. 
 
Se o que concentra a urina é a alta osmolalidade do 
interstício medular, o acúmulo de solutos nesse 
interstício será característico. Há uma alta 
concentração de NaCl, e metade desse 
compartimento de solutos será de UREIA. 
Essa ureia se concentra ai devido à presença de 
transportadores de membrana para a ureia nos 
ductos coletores e na alça de Henle. Uma família de 
transportadores consiste em carreadores de difusão 
facilitada, ao passo que outra família apresenta 
transportadores ativos secundários acoplados ao Na+. 
Esses transportadores de ureia ajudam a concentrar a 
ureia no interstício medular, onde ela contribui para a 
alta osmolalidade intersticial. 
 
EQUILÍBRIO DO SÓDIO E VOLUME DO LEC 
 
Concentrações de sódio no nosso corpo: maior 
concentração no LEC, aproximadamente 135-145 
mOsM de Na+ por litro de plasma. 
 
NaCl + água: aumentaria o volume plasmático (LEC) e 
aumento substancial na pressão arterial. 
NaCl sem beber água: aumento na osmolalidade. 
Desencadeia a ativação dos osmorreceptores, 
liberação da vasopressina e, consequentemente, 
retenção hídrica, associada com a excreção de urina 
concentrada. 
 
 
Os rins são responsáveis pela maior parte da excreção 
do Na+, e, em geral, apenas uma pequena parte do 
Na+ deixa o corpo através das fezes ou da 
transpiração. Entretanto, em situações como o 
vômito, a diarreia e a sudorese excessiva, podemos 
perder quantidades significativas de Na+ e Cl- através 
de rotas não renais. 
 
 
10 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
Apenas a reabsorção renal de Na+ é regulada, e os 
estímulos para que esse controle ocorra são mais 
associados ao controle do volume sanguíneo e da 
pressão arterial do que com os níveis de Na+. 
O movimento do cloreto normalmente segue o 
movimento do Na+, tanto indiretamente, através do 
gradiente eletroquímico gerado pelo transporte de 
Na+, como diretamente, através de transportadores 
de membrana, como o transportador NKCC da alça de 
Henle ou como o simporte Na+–Cl-, presente no túbulo 
distal. 
 
A aldosterona controla o equilíbrio do sódio 
 
A reabsorção de Na+ nos túbulos distais e ductos 
coletores renais é regulada pelo hormônio esteroide 
aldosterona: 
 ↑ALDOSTERONA 
 ↑REABSORÇÃO DE SÓDIO 
Devido a uma das ações da aldosterona ser o 
aumento da atividade da Na+-K+-ATPase, ela também 
promove a secreção de K+. (Fig. 20.9) 
A aldosterona é produzida no córtex da glândula 
suprarrenal por um estímulo da ação rápida da 
Angiotensina II. Assim como outros hormônios 
esteroides, a aldosterona é secretada no sangue e 
transportada por uma proteína carreadora até seu 
alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
Fatores adicionais que modulam a secreção de 
aldosterona em níveis patológicos: 
- aumento na osmolalidade do LEC: pois isso vai atuar 
diretamente nas células da suprarrenal e inibir a 
secreção de aldosterona na desidratação grave. 
- decréscimo na concentração plasmática de Na+ pode 
estimular diretamente a secreção de aldosterona. 
 
O sistema renina angiotensina (SRA) 
 
 
A reabsorção de sódio não aumenta diretamente a 
baixa pressão arterial, mas a retenção de Na+ 
aumenta a osmolalidade, o que estimula a sede. 
Quando a pessoa bebe mais líquido, o volume do LEC 
aumenta (ver Fig. 20.8). Quando o volume do sangue 
aumenta, a pressão arterial também aumenta. 
 
 
 
 
 
Peptídeos Natriuréticos promovem a excreção de 
Na+ e água. 
O peptídeo natriurético atrial (PNA; também chamado 
de atriopeptina) é um hormônio peptídico produzido 
em células especializadas do miocárdio, localizadas 
principalmente no átrio cardíaco. O PNA é sintetizado 
como parte de um grande pró-hormônio que é clivado 
em vários fragmentos de hormônio ativo12 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 Maria Clara Cabral – 2º Semestre 
EQUILÍBRIO DE POTÁSSIO 
 
A aldosterona, somente, exerce papel fundamental no 
controle da homeostasia do K+. No LEC a concentração 
de potássio é mínima (3,5-5,0 mEq/L). Sob condições 
normais, o balanço das massas iguala a excreção com 
a sua ingestão. 
Aumento de potássio no plasma: aldosterona é 
liberada para o sangue pelo efeito da hipercalemia no 
córtex da glândula suprarrenal. 
Ação da aldosterona: sobre as células P do néfron 
distal mantém os canais iônicos dessas células abertos 
por mais tempo e aumenta a atividade da bomba Na+-
K+-ATPase, aumentando a excreção renal de K+. 
 
A regulação dos níveis de potássio no corpo é 
essencial para a manutenção de um estado de bem-
estar. Mudanças nos níveis extracelulares de K+ 
afetam o potencial de repouso da membrana de todas 
as células. Se a concentração plasmática (LEC) de K+ 
diminui (hipocalemia), o gradiente de concentração 
entre a célula e o LEC torna-se maior, fazendo com 
que mais K* deixe a célula, e o potencial de repouso 
da membrana torna-se mais negativo. Se a 
concentração de potássio no LEC aumenta 
(hipercalemia), o gradiente de concentração diminui e 
mais K+ permanece nas células, despolarizando-as. 
 
Devido a seus efeitos em tecidos excitáveis, como o 
coração, os médicos estão sempre preocupados em 
manter a concentração K+ plasmática de K+ dentro de 
sua faixa normal. 
 
Fraqueza muscular pela hipocalemia 
Por exemplo, a hipocalemia causa fraqueza muscular, 
uma vez que é mais difícil para neurônios e músculos 
hiperpolarizados dispararem potenciais de ação. O 
perigo dessa condição está na insuficiência dos 
músculos respiratórios e do coração. 
Pode ser corrigida através da ingestão oral de 
suplementos e alimentos ricos em potássio (como 
laranjas e bananas). 
 
Alterações na excitabilidade do músculo cardíaco 
pela hipercalemia 
A hipercalemia é o distúrbio de potássio mais 
perigoso, porque, neste caso, a despolarização dos 
tecidos excitáveis os torna mais excitáveis 
inicialmente. Subsequentemente, as células são 
incapazes de se repolarizar completamente e, na 
verdade, tornam-se menos excitáveis. Nesse estado, 
elas apresentam potenciais de ação que são menores 
do que o normal ou inexistentes. 
 
 
 
Distrúrbios no balanço de K+ podem ocorrer devido a 
doenças renais, distúrbios alimentares, perda desse 
íon na diarreia ou devido ao uso de certos tipos de 
diuréticos que impedem a reabsorção completa de K+ 
pelos rins. A correção inapropriada da desidratação 
também pode gerar um desequilíbrio na 
concentração de K+.

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