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Noções de Saúde Coletiva

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Noções de Saúde Coletiva
Saúde Pública
Pode ser definida como uma
área do saber como foco na
saúde, definidos pelos
agravos à saúde, morbidade,
mortalidade, risco de
ocorrência entre outros.
Trazendo-se então o conceito
mais simples como a ausência
de doença. Nos mostrando
que toda ação tomada pela
saúde pública está voltada no
controle da doença, como
promoção e prevenção a
saúde. O planejamento das
ações é unicamente pelo
Estado.
Saúde Coletiva
Pode se definir observando
seu objetivo como o
necessário para a saúde, ou
seja, ações que não sejam
apenas para prevenção de
doenças e sim para melhora
da qualidade de vida e busca
da felicidade e que possui
planejamento das ações
democraticamente,
permitindo a participação
social. Define-se então a
área do saber da
coletividade.
8ª Conferência Nacional de
Saúde
Nela foram lançadas as
diretrizes para a construção
de um sistema
descentralizado e único
através de uma visão de
Saúde como dever do Estado.
Foi realizada entre 17 e 21 de
março de 1986 e a primeira
aberta ao povo, possuindo
como três principais temas:
‘A saúde como dever do
Estado e direito do cidadão’,
‘A reformulação do Sistema
Nacional de Saúde’ e ‘O
financiamento setorial’.
Ao final da Conferência
houve um consenso para a
formação de um sistema
único de saúde, separado da
previdência, e comandado,
pela esfera federal, através
de um único ministério, além
da integralização das ações,
de regionalização e
hierarquização das unidades
prestadoras de serviço e de
fortalecendo assim os
municípios. E traz como
marco a participação da
população através de
entidades representativas.
E por final determinou uma
resolução mais abrangente
de saúde (Idealização da
saúde coletiva), voltada não
somente ao processo saúde
doença e sim o processo de
preservação da saúde no seu
conceito mais amplo. E agora
rumo a nova constituição
1988 e a criação do SUS.
Em 1988, surge a nova
constituição federal, com
muito mais direitos para a
população, inclusive
determinando que a saúde é
“dever do Estado e um
direito de todos” e com ela
surge um do maior serviço de
saúde do mundo, o SUS.
Lei orgânica da Saúde n°
8.080/90
Esta lei regula, em todo o
território nacional, as ações
e serviços de saúde,
executados isolada ou
conjuntamente, em caráter
permanente ou eventual, por
pessoas naturais ou jurídicas
de direito público ou privado.
Afirma que saúde como
direito fundamental do ser
humano é dever do Estado
garantir seu pleno exercício.
Garante uma obediência aos
princípios do SUS, a
universalidade de acesso, a
integralidade e igualdade da
assistência à saúde.
Modelos assistenciais de saúde
Modelos de atenção ou modos
de intervenção em saúde são
entendidos como diferentes
combinações tecnológicas e
finalidades, como resolver
problemas e atender
necessidades de saúde em
determinada realidade e
população adstrita
(indivíduos, grupos ou
comunidades), organizar
serviços de saúde ou intervir
em situações, em função do
perfil epidemiológico e da
investigação dos danos e
riscos à saúde.
Transição do SUS
Para tentar restabelecer os
meios para a manutenção de
adequação da saúde o
sistema foi inundado por
organizações consumidoras
de planos privados, mas
mesmo assim, boa parte
desta população depende do
SUS para fornecimento de
medicamentos dispendiosos,
ações de vigilância sanitária
e epidemiológica, ou mesmo
como respiros com restrições
os planos a doenças crônicas
degenerativas.
Enfim a promoção da saúde
leva a uma reflexão em
constante movimento, sem
finalização, estaremos
sempre discutindo este
assunto, pois precisamos da
qualidade de vida e uma
relação harmoniosa com
nosso meio ambiente o que
compete também a
conservação destes recursos.
Estratégia Saúde da Família
É uma estratégia que tem
como origem a reorganização
da atenção básica e há
organização e fortalecimento
da atenção primária.
Podemos considerar como
modelo assistencial escolhido
para implementação da
atenção básica. Sua principal
proposta atualmente é a
aproximação da Unidade
Saúde da Família (USF) a
população, proporcionando
acesso aos serviços, gerando
vínculo com o usuário do SUS.
Núcleo Ampliado de saúde da
Família
O NASF foi criado em 2008,
por meio da portaria 154 e
substituído pela 2ª portaria
do Ministério da Saúde, para
ampliar a capacidade
resolutiva das equipes do
antigo ESF e qualificar a
atenção com vista à
integralidade. Ela utiliza de
dados epidemiológicos, as
necessidades locais e das
equipes das equipes de
saúde que serão apoiadas.
Vigilância em Saúde
O Modelo Biomédico
Modelo de Determinação Social
da Doença
Modelo da História Natural da
Doença
Baseado na obra “Medicina
Preventiva” , surge o “Modelo
da História Natural da
Doença” com uma explicação
multicausal que leva em
consideração três fatores
principais: agente,
hospedeiro e meio ambiente
para explicar o adoecimento.
da Doença leva em
consideração fatores
externos adicionais de
natureza social, política e
cultural que contribuem para
o adoecimento.
O restabelecimento da
saúde, nesse modelo, tem
relação direta com a noção
de prevenção dessas
doenças, por meio de ações
que promovam saúde e
previnam agravos do
indivíduo e coletividade.
Logo, podemos entender que,
ao contrário do modelo
biomédico, o modelo da
História Natural da Doença
leva em consideração fatores
externos adicionais de
natureza social, política e
cultural que contribuem para
o adoecimento.
Período patogênico
Compreende o período em
que a doença se implanta e
evolui no indivíduo. Seu início
se dá quando o patógeno
exerce suas primeiras ações
no organismo afetado,
inicialmente perturbações de
ordem bioquímica contra
células evoluindo para
defeitos que podem ser
permanentes, agravos
crônicos, morte ou a cura.
Esse período é composto por
quatro níveis de evolução:
• 1º Interação
estímulo-suscetível:
• 2º Alterações bioquímicas,
fisiológicas e histológicas:
• 3º Sinais e Sintomas:
• 4º Cronicidade:
Educação e Estratégias em Saúde
Com a popularização da
medicina preventiva no Brasil
a partir da década de 40 do
século XX, há a criação de
serviços do Estado, como o
Serviço Especial de Saúde
Pública que disseminava
estratégias de educação em
saúde, a exemplo das
chamadas “campanhas
sanitárias” consideradas
extremamente autoritárias e
pautadas nas características
do modelo biomédico
tecnicista, já que
considerava o indivíduo e
coletividade como seres
passivos e incapazes.
Esse cenário autoritário se
modifica a partir da década
de 1960 com movimentos
sociais, como o Movimento de
Educação Popular conduzido
por Paulo Freire e que
incentivava um processo
educativo mais democrático
e menos mecânico. Esse
movimento foi também
incorporado na área da
saúde “Movimento de
Educação Popular em Saúde”.
O Ministério da Saúde (2006)
define Educação em Saúde
como um processo educativo
de construção de
conhecimentos em saúde,
determinando um conjunto de
práticas do setor que
contribui para aumentar a
autonomia das pessoas no seu
cuidado e no debate com os
profissionais e os gestores a
fim de alcançar uma atenção
de saúde de acordo com suas
necessidades.
Educação em saúde
Pode-se destacar três atores
principais:
1- Os profissionais da saúde:
têm papel fundamental nos
processos educativos e
devem se utilizar das
ferramentas adequadas para
que o processo de
ensino-aprendizagem seja
eficaz e empoderador.
2- Os gestores de saúde: Que
devem dar todo suporte e
estrutura necessários.
3- A população: Necessita
absorver os conhecimentos e
aumentar sua autonomia. No
entanto, infelizmente,
sabemos que na prática essa
interação está ainda distante
do ideal. Para que seja
efetivo, o processo de
educação em saúde deve
conduzir o indivíduo a
autonomia e torná-lo capaz
de tomar decisões que vão
impactar de maneira positiva
em seu estado de saúde.

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