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INSTITUTO FEDERAL DE RÔNDONIA Análise da música, “O Amor e Eu” de Rick e Renner. O presente trabalho busca analisar, de forma discursiva, a canção “O Amor e Eu” de Rick e Renner, segundo Orlandi o qual diz que: “O discurso é assim palavra em movimento, prática de linguagem: com o estudo do discurso observa-se o homem falando”. (ORLANDI, 2007, p. 15). Na canção, o autor compara o eu - lírico da canção como sendo semelhante ao amor, uma emoção humana a qual traz uma sensação física ao enunciador da música. Tal ato permite que o interlocutor personifique simbolicamente o “amor” expresso na canção através do movimento dado à ele ao equipará-los. Por exemplo, em: O amor e eu! Somos mesmo parecidos Somos velhos conhecidos Feito o leite e o café Feito o Sol e o verão Feito a praia e a maré. O compositor também reforça o quanto o eu – lírico e a então personificação do “amor” são parecidos ao se utilizar na letra da canção de elementos — sejam eles naturais pertencentes ao meio ambiente ou à natureza humana e seus costumes — que geralmente não são vistos ou encontrados de maneira singular ou desassociada um do outro, como expressos nos versos “Feito o vinho e o pão”, “Feito o trigo e a cevada” e “Feito a dor e a paixão”: O amor e eu! Somos mesmo parecidos Somos velhos conhecidos Feito o vinho e o pão Feito o trigo e a cevada Feito a dor e a paixão Contudo, tal personificação atribuída traz ao discurso da música traz ao interlocutor não só a idéia de que o eu - lirico é, de fato, semelhante à emoção personificada do amor, mas também, como o mesmo descreve os seus sentimentos com relação ao objeto de desejo retratado na canção como sendo estes inseparáveis e inerentes a ele, ao compará-lo com os exemplos expostos supracitados anteriormente, uma vez que as naturezas de tais elementos do exemplo normalmente estão associadas. Além disso, o compositor expressa o saudosismo de seu eu – lírico de tal forma comparativa, trazendo um melhor entendimento ao interlocutor da canção dos sentimentos expressos na mesma e sua intensidade os quais serão abrandados quando o objeto de desejo esteja, de fato, próximo a ele, como pode-se ver em: O amor e eu! Sempre andamos de mãos dadas Por atalhos por estradas Procurando por você O amor e eu! Estamos loucos de saudade Dessa tal felicidade Que só chega com você. REFERENCIAS ORLANDI, E. P. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 6. ed. São Paulo: Pontes, 2005.
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