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LITERATURA INFANTIL - 1

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PARAGOMINAS – FACESP
NOME
LITERATURA INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO
PARAGOMINAS – PA
2021
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PARAGOMINAS – FACESP
NOME
LITERATURA INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO
Trabalho Final de Curso apresentado à Banca Examinadora da Faculdade de Educação Superior de Paragominas, sob orientação do professor, como requisito parcial e insubstituível para a obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.
Orientador:
PARAGOMINAS – PA.
2021
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE PARAGOMINAS – FACESP
NOME
LITERATURA INFANTIL: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA ALFABETIZAÇÃO
Trabalho Final de Curso apresentado à Banca Examinadora da Faculdade de Educação Superior de Paragominas-FACESP, sob orientação do professor, como requisito parcial e insubstituível para a obtenção do título de Licenciado em Pedagogia.
Comissão examinadora
_____________________________________________________________
Professor
Orientador e Examinador
_____________________________________________________________
Professor
Membro titular da banca – Universidade de Paragominas 
_______________________________________________________________
Professor
Membro titular da banca – Universidade de Paragominas 
Aos meus pais, , inspiração e exemplos de pessoa, de caráter e vida, aos meus irmãos, , companheiros e cúmplices em todos os momentos e aos meus amigos que me dão força e acompanham cada passo da jornada.
AGRADECIMENTOS
A Deus, autor da vida, escritor de toda minha história, meu mestre e primeiro Amor. A Nossa Senhora, Mãe intercessora em todos os momentos, pela graça de concluir o Curso com êxito e imensa alegria.
Aos meus pais, meus alicerces, nos quais posso sempre me apoiar, confiar e compartilhar o que sou sem reservas. Obrigada pelo amor incondicional que nutre os meus dias, sonhos e conquistas. Obrigada por sempre me oferecerem palavras e gestos que acalentam, acalmam e fortalecem.
Aos meus irmãos pela presença amiga e insubstituível em todos os momentos. Por serem pessoas tão belas, verdadeiras, criativas e dinâmicas.
Ao meu professor orientador por me encantar com suas palavras, gestos e acolhida. Por me incentivar e me deixar revelar em minhas criações, sem medo de errar. Por me mostrar a beleza que existe em fazer aquilo que se gosta, com amor, dedicação e sensibilidade.
Agradeço às minhas amigas que, entre a correria do dia a dia, encontram formas de expressar que sempre “estão aqui” ao meu lado, para o que for preciso. Aos amigos que permanecem desde longa caminhada e aquelas amizades que foram construídas nesses anos de faculdade.
“Minha sensação, após 27 anos de visitas a escolas e conversas com estudantes que leram meus livros, assim como com seus professores, é a de que a escola, tirando poucas exceções, não sabe bem o que fazer com a literatura.”
Ricardo Azevedo
RESUMO
O presente trabalho aborda a importância da Literatura Infantil na alfabetização e no desenvolvimento social da criança. A educação se faz um assunto em alta pela sua reputação digamos assim no meio social, a mesma que divide classe social, nível ‘cultural’, e realiza formação de diferentes profissionais, se apresenta em dificuldades com o meio infantil na fase de alfabetização. Muitas crianças ingressão no ambiente escolar já na fase de alfabetização, sem ao menos conhecer o alfabeto ou as vogais, contendo poucos recursos em casa e sem incentivo a educação, assim, trazem poucos conhecimentos prévios a respeito da fase de alfabetização, gerando para tanto um atraso no processo. O atraso na alfabetização, dificuldade que as crianças apresentam com o letramento, escrita, leitura e formação do ser leitor, se desenvolveu e acabou revelando-se em um problema que precisa ser atendido, com soluções imediatas em meio a educação. Debruçou-se, portanto, o trabalho na preocupação e objetivo de esclarecer e apresentar um bom instrumento no auxílio para a formação de crianças alfabetizadas e leitoras. Buscou-se os pontos que os livros literários podem fornecer como benefício para as crianças, sejam em fase inicial da vida, e em especial para a alfabetização e formação do ser leitor, seguindo para a vida adulta, e convivência social. A pesquisa foi realizada através da metodologia de pesquisa bibliográfica em banco de teses e dissertações de universidades brasileiras, livros e artigos já publicados relacionando-se com o tema. Desta forma o trabalho buscou apresentar pontos que demostram a importância da literatura infantil na vivencia das crianças, como o contar de histórias de conto de fadas, o contato com os livros, a possibilidade da criança crescer tendo familiaridade com tal instrumento, agrega em suas descobertas e desenvolvimento, incentivando o aguçar da imaginação, a oralidade, as brincadeiras imaginarias e criativas, novas descobertas, instruindo e fornecendo auxilio na alfabetização, fazendo a interação da criança na vivencia social e desenvolvendo na mesma o gosto pelo ato de ler se fazendo efetivo na formação leitora.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil; Contação de História; Educação; Infância; Alfabetização.
ABSTRACT
This work addresses the importance of Children's Literature in children's literacy and social development. Education is a hot topic because of its reputation in the social environment, the same that divides social class, 'cultural' level, and conducts training for different professionals, presents itself with difficulties with the children's environment in the literacy phase. Many children entering the school environment already in the literacy phase, without even knowing the alphabet or the vowels, containing few resources at home and without incentive to education, thus, bring little previous knowledge about the literacy phase, thus generating a delay in the process. The delay in literacy, difficulty that children have with literacy, writing, reading and the formation of the reader, developed and ended up being a problem that needs to be addressed, with immediate solutions in the midst of education. Therefore, the work focused on the concern and objective of clarifying and presenting a good tool in helping to train literate children and readers. We sought out the points that literary books can provide as a benefit for children, whether in the early stages of life, and in particular for literacy and training of the reader, continuing into adulthood, and social life. The research was carried out through bibliographic research methodology in a bank of theses and dissertations from Brazilian universities, books and articles already published relating to the theme. In this way the work sought to present points that demonstrate the importance of children's literature in the children's experience, such as storytelling of fairy tales, contact with books, the possibility of the child growing up having familiarity with such an instrument, adds in his discoveries and development, encouraging sharpening of the imagination, orality, imaginary and creative games, new discoveries, instructing and providing assistance in literacy, making the child's interaction in social experience and developing in it the taste for the act of reading becoming effective in reader training.
KEYWORDS: Children's Literature; Storytelling; Education; Childhood; Literacy.
SUMÁRIO 
1. RESUMO...........................................................................................................
2. INTRODUÇÃO...................................................................................................
3. CAPITULO I – INTRODUÇÃO A LITERATURA INFANTIL...............................
3.1 Surgimento da Literatura Infantil......................................................................
3.2 A Importância da Relação Criança Literatura – Livro......................................
3.3 O Contar de História Para a Criança...............................................................4. CAPÍTULO II - O INÍCIO E OBJETIVO EDUCACIONAL...................................
4.1 O Processo de Alfabetização e Letramento....................................................
4.2 A Importância da Literatura Infantil no Desenvolvimento Social da Criança...................................................................................................................
4.3 A Influência da Literatura Infantil Mediante a Leitura Prazerosa na Vida da Criança...................................................................................................................
4.4 Literatura infantil – Apoio no Processo de Alfabetização.................................
5. CAPÍTULO III - O DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PARTIR DA LITERATURA.........................................................................................................
6. CAPÍTULO IV – METODOLOGIA......................................................................
7. CAPÍTULO V - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO..........................................
8. CONSIDERAÇÃO FINAL...................................................................................
9. REFERENCIAS.................................................................................................
2. INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho abordara sobre A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA ALFABETIZAÇÃO, este vem com o objetivo de contribuir na área da educação infantil, com foco no esclarecimento das atribuições que os livros literários podem ajudar a desenvolver na infância, e mais a frente trabalhado com o apoio do planejamento educacional podem trazer na fase de alfabetização. Dentre os inúmeros objetivos para a presença da leitura de diferentes textos, inclusive dos textos literários nas escolas, a formação de leitores é, sem dúvida, aquele que mais tem perdurado. Não é ocasional, portanto, que a escola venha se firmando com esse intuito de ensinar a ler e escrever, letrando. Somente dessa forma ela converte cada indivíduo num leitor, introduzindo-o no universo único do código da escrita, de sons e de imagens por hábitos, seja pela escrita de um texto ou pela leitura de materiais impressos e ou eletrônicos, sendo esse o terreno no qual se instalam a prática de leitura e a imersão na cultura escrita.
É de conhecimento de todos que as crianças são seres de aprendizagem muita rápida, seja para aprender novas brincadeiras ou o domínio da fala, as mesmas aprendem pela observação e repetição, aprendem vendo filmes, desenhos e brincando.
Contudo apesar de tamanha capacidade de desenvolvimento, se apresenta ainda na atualidade, crianças que requer uma atenção especial na qual sentem dificuldades no desenvolver da oralidade e mais tardar na fase de alfabetização, pais que não participam muitas vezes ativamente neste processo e acham que o atraso acaba sendo normal.
A falta afetiva dos pais e responsáveis nesta fase de desenvolvimento pode trazer preocupações, restrições e atrasos para as crianças, deixando assim a capacidade da imaginação e o desenvolvimento cognitivo limitado, afetando de forma direta a fase de alfabetização e letramento de seus filhos.
Há em nosso meio muitos bons instrumentos para auxiliar as crianças em todas as suas fases de desenvolvimento, ressaltado será a fase de alfabetização e os livros literários entrarão como esse auxilio. Diante disso, a escola busca reconhecer e desenvolver na criança as competências da leitura e da escrita, sendo que a leitura influência de maneira positiva neste processo. Sabemos que ao longo dos anos a educação preocupou – se em contribuir para a formação de um indivíduo crítico, ético, responsável e atuante na sociedade, onde as trocas sociais acontecem rapidamente através das diversas culturas, da leitura, da escrita, da linguagem oral e visual. A literatura infantil é compreendida como uma atividade que além de educar, diverte, ensina e forma a criança para a vida em sociedade através de atividades prazerosas extraídas direto dos livros de literatura, como, (contos, fábulas, lendas, gravuras, fantoches, dobraduras etc.). Os mesmos que fazem um adulto poder viajar sem sair do lugar, imaginar e idealizar lugares não existentes, outros livros ainda trazem conhecimentos e informações espetaculares, auxilia professores, advogados, médicos entre outros, portanto a leitura para as crianças apresenta vários pontos e auxilio nos diversos momentos de desenvolvimento da infância.
O ato de apresentar um livro e/ou lê-lo para uma criança vem sendo esquecido por muitos e a alegação em especial dos pais é que não se tem tempo para tal atividade, as mesmas então crescem em um cenário cheio de tecnologia e informações muitas vezes não sadias para a idade.
Portanto, a preocupação é de entender e apresentar a importância que se faz o ato literário na infância da criança e conseguinte na fase de formação de leitores e escritores.
A atitude de criar na criança a literacia, é desenvolver um elo de afetividade entre pais e filhos, entre alunos e professores, aguçar a imaginação, incentivar o desenvolver da fala, e dar a criança a introdução na alfabetização fazendo assim com que o processo futuro do domínio da escrita e leitura se torne mais fácil e claro.
Dar as crianças a oportunidade de conhecer uma nova história é o mesmo que ensinar a elas um novo mundo, um jeito diferente de pensar e demonstrar diversos sons e sentimentos, é o mesmo que ensinar uma brincadeira nova, jogar bola juntos, pular corda ou andar de bicicleta, é algo que jamais será esquecido, pode adormecer, mas nunca desaparecer.
Este trabalho vem com objetivo de esclarecer e apresentar a importância que se faz o ato literário na infância da criança, e se estendendo em pontos mais específicos, como: ressaltar a reação do contar de histórias na infância; apresentar benefícios que a literatura infantil traz para a fase antes da alfabetização; esclarecer o impacto positivo que o livro literário tem na fase da alfabetização e formação de leitores.
Portanto o trabalho se justifica, pela importância de esclarecer o que o livro literário representa na infância da criança e seus múltiplos benefícios trazidos desde a fase bebê, caminhando junto na oralidade, no desenvolver da imaginação da criança, acompanhando-a nas brincadeiras de conto de fadas, até estar em um processo conjunto na alfabetização e formação da pessoa leitora, em todo esse processo o livro se faz quase imperceptível e seus benefícios são inúmeros para a criança.
O presente trabalho foi estruturado diante de uma pesquisa bibliográfica, onde, buscou-se evidenciar sobre a importância da literatura infantil existente nos livros literários, destacando os benefícios adquiridos pelas crianças ao se apropriarem da relação livro e leitura criança, e como tal material traz vantagens e auxilio durante toda a infância e no processo de alfabetização. Foi realizado um levantamento prévio do tema escolhido, leitura de alguns livros relacionados ao tema, busca de artigos, trechos de entrevistas sobre leitura e literatura já publicados de autores, como Paulo Freire, em sites como, Google Acadêmico, SciELO, busca de conteúdos disponíveis no site MEC, entre outras informações relevantes e esclarecedoras sobre o assunto trazido no corpo do trabalho.
Este tema se justifica porque percebemos que as crianças têm interesse pela literatura infantil, mas em algumas escolas não têm muitas oportunidades de leituras, em decorrência de a professora privilegiar outros conhecimentos. Sabemos que se elas não tiverem esse espaço e tempo pedagógico para se constituírem leitoras, poderão ter dificuldades em tornar-se apreciadoras da leitura, produzir e interpretar textos e, ainda, desenvolver sua imaginação, fantasia e criatividade, além de compreender de forma crítica a sociedade em que vivem. Entendemos que por meio da literatura infantil desenvolvemos a imaginação e, também, conhecimentos de se organizam os diferentes textos, logo, se a leitura for cultivada desde cedo poderemos construir diversos conhecimentos sobre cada gênero textual no que se refereà: finalidade, linguagem verbal e imagética, características, destinatário, forma de abordar o tema; além de enriquecer o vocabulário, desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a imaginação e ter prazer em ler e escrever.
Considerando que as crianças vivem numa sociedade letrada, em que a língua escrita está presente de maneira visível e marcante nas suas atividades cotidianas, acredita-se que excluir a experiência da escrita e leitura dos diferentes gêneros de texto, por um lado, pode ter o efeito de reduzir e artificializar o objeto de aprendizagem que é a escrita, possibilitando que os alunos desenvolvam pensamentos inadequados a respeito desse objeto de conhecimento. Por outro lado, deixar de explorar a relação dos alunos com a escrita significa perder oportunidades de conhecer e desenvolver experiências culturais importantes para a integração social e o exercício da cidadania. A pergunta que fazemos é: Qual a contribuição da literatura no processo de aprendizagem na alfabetização e letramento? Como a leitura e a escrita do texto literário possibilitam apreender a complexidade da língua portuguesa? O que dizem as crianças sobre isso? Como aplicar literatura infantil em diversos contextos sociais de forma em que as crianças tenham curiosidade, sede de ouvir, ler, transformar e vivenciar personagens fictícios em reais? 
Variados autores se fazem pesquisadores de tal assunto e de diversas qualificações que uma criança incentivada a leitura apresenta na fase de seu desenvolvimento e alfabetização, preocupando com tal dificuldade que muitas apresentam nesta fase, diversos trabalhos e livros se vem a publicação.
Buscado se foi pelas escritas do autor Carlos Alberto Faraco que ressalta vários pontos de grafia, escrita e leitura, também Cássia Ravena Mulin desenvolve em seu livro trabalhos que ressaltam sobre pontos que as crianças vivenciam ao chegar no ambiente escolar, a importância do livro literário ao alcance dos pequenos.
Leituras ainda de Regina Zilberman e documentos de Paulo Freire foram buscados e lidos, o entendimento de Piaget e tantos outros autores que observaram e conheceram o desenvolver das crianças lançando teorias e estudos para uma melhor compreensão das mesmas, em seus diversos momentos.
O presente trabalho vem dividido e apresentado em três parágrafos para se ter uma melhor compreensão e conhecimento a respeito do tema, o primeiro parágrafo contém: a introdução a literatura infantil, apresenta a importância da relação das crianças com os livros e ainda traz sobre os benefícios que a contação de história reflete nas crianças e no auxílio de seu desenvolver.
No segundo parágrafo, encontrar-se-á sobre: o processo de alfabetização e letramento, esclarece ainda, sobre a literatura infantil e sua influência na criança no meio social, ainda traz a relação da criança com a leitura prazerosa e os benefícios da literatura na fase de alfabetização e letramento.
Já o terceiro parágrafo relata sobre o apoio da literatura no processo de alfabetização para a criança. Toda a pesquisa para a realização e construção da monografia foi baseada e estruturada, pela metodologia de pesquisa bibliográfica em banco de teses, e dissertações de universidades brasileiras bem como livros relacionados ao tema específicos e artigos científicos.
Nas considerações finais procuraremos enfatizar o trabalho dos professores que procuram desenvolver um trabalho, que visa estimular os alunos em relação á literatura, pois eles entendem a importância que é aliar a leitura no desenvolvimento do aluno. Conclui-se que é importante o contato com a Literatura Infantil no primeiro ano, para que os alunos considerem a leitura como prática social, estimulando o crescimento de sujeitos autônomos e cooperativos.
CAPITULO I – INTRODUÇÃO A LITERATURA INFANTIL
1.1. Surgimento da Literatura Infantil
Literatura é arte, e arte é universal, é vida, é linguagem. Coelho esclarece com maior precisão o conceito de Literatura. 
Literatura é arte, é um ato criador que por meio da palavra cria um universo autônomo onde os seres, as coisas, os fatos, o tempo e o espaço, assemelham-se aos que podemos reconhecer no mundo real que nos cerca, mas que ali - transformados em linguagem – assumem uma dimensão diferente: pertencem ao universo de ficção. (1980, p.23) 
Diversos foram os conceitos de Literatura nos períodos vividos pela humanidade. Na Antiguidade Clássica considerava-se Literatura, apesar de não ter exatamente esta denominação, os gêneros: lírico, épico e dramático. Após a invenção da escrita registrou-se a presença das enciclopédias, onde a definição de Literatura era mesma dada a Gramática, no período medieval. 
Nos séculos XVII e XVIII, na chamada Era Clássica, a Literatura era tida como “a expressão da beleza e da verdade que existe na essência dos seres, das coisas e dos fatos [...] expressão que surge através do gênio do artista e a lição dos antigos, isto é, da tradição.” (COELHO, 1980, p.25), ou seja, era uma Literatura vista a partir do real, da realidade nua e crua, que se tinha. 
Já a Literatura da Era Romântica veio romper com a rigidez da Era anterior. Nos séculos XVIII e XIX eram a expressão do mistério e o enigma da existência que concentrava o termo literatura. A Literatura de nossa Era (contemporânea) é definida, paralelamente a partir dos diversos valores sociais, econômicos, políticos e ideológicos sofridos pelo mundo. 
A Literatura é uma linguagem específica que, como toda a linguagem, expressa uma determinada experiência humana que dificilmente poderá ser conceituada com precisão. Conhecer a Literatura é conhecer a singularidade de cada momento da longa marcha da humanidade em sua constante evolução. Desta forma, é possível, também saber como a criança era identificada nas diferentes épocas e como foi sua relação com a Literatura. 
A Literatura Infantil tem sua história a partir no início do século XVIII. Primeiramente na França e, difundindo-se na Inglaterra, a Literatura Infantil, como o próprio termo diz, é uma Literatura voltada para a criança. Antes disso, as crianças tinham que acompanhar a vida social e cultural do adulto. 
O posicionamento crítico diante de sua essência, tão divergente e contraditória através dos tempos – mesmo quando a situação de “ser criança” era uma incógnita -, coloca-nos diante de uma encruzilhada cheia de ramificações. (DINORAH, 1996, 25) 
A criança, que fazia parte de nobrezas era orientada por mentores que administravam suas leituras, como os grandes clássicos. Já as crianças da classe baixa liam e/ou ouviam histórias de cavalaria, de aventuras contadas por seus pais ou pelos velhos senhores da comunidade. 
Aos poucos a Literatura Infantil vai se tornando aliada da educação com o objetivo de formar e informar as crianças e os jovens. No século XIX, surge uma literatura informativa, que pretendia auxiliar as crianças a se prepararem para a vida adulta. “A criança tinha que ser ‘formada’ e os livros infantis da época (os contos, principalmente) se prestavam muito bem a isso, com as lições de moral e de bons costumes que ensinavam.” (DIAS, OLIVEIRA, 2000, p. 31). 
As crianças recebiam o conhecimento através de imposições e contra isso Montagne apud Dinorah (1996, 26), dizia que “a imposição é uma violência. Tudo se submeterá ao seu exame e nada se lhe enfiará na cabeça por simples autoridade e crédito. 
A criança era vista como um adulto em miniatura, por isso eram raros os livros escritos para leitores adolescentes. No início do século XX, a maior parte de leitores era de faixa etária adulta, poucos livros eram destinados às crianças. As Ideias revolucionárias de Rousseau modificaram o ensino e a sociedade e estas modificações possibilitaram o desenvolvimento da Literatura Infantil em todo o mundo. 
No Brasil, a aliança Literatura x Educação permanece e a Literatura Infantil só veio a surgir no século XX, com a implantação da Imprensa Régia publicando obras pedagógicas e adaptações de produções portuguesas. 
Nessa época a população das grandes cidades aumentou e se diversificou.O que antes era formada por administradores e comerciantes, passou a receber indivíduos provenientes das lavouras de café, de empregados ligados a compra e venda deste produto, além, é claro, dos filhos dos fazendários que estudavam nas escolas dos centros urbanos. Por conta disto e, em decorrência “dessa acelerada urbanização que se deu entre o fim do século XIX e o começo do XX, o momento se torna propício para o aparecimento da Literatura Infantil.” (LAJOLO, ZILBERMAN, 1987, p.25)
Diversos autores representaram, nesse período, a Literatura Infantil brasileira. Entre eles, destacam-se: Carlos Jansen (Contos seletos das mil e uma noites - 1882, Robinson Crusoé - 1885), Figueiredo Pimentel (Contos da Carochinha - 1894), Coelho Neto e Olavo Bilac (Contos Pátrios - 1904), Tales de Andrade (Saudade - 1917), José Saturnino de Costa Pereira (Leitura para meninos - 1818) e Laemmert (Aventuras do Barão de Münchhausen - 1891). 
Para muitos o precursor da Literatura Infantil, no Brasil, foi José Bento Monteiro Lobato. Seus livros, voltados para crianças, mostravam elementos e personagens característicos do povo brasileiro. 
Em sua mais célebre obra, Sítio do Pica-Pau Amarelo, Lobato apresenta um país repleto de contradições em que questões nacionais e mundiais eram discutidas a partir de um lugar onde a realidade e a fantasia convivem harmoniosamente. Tudo isso, através de personagens como Dona Benta, Narizinho, Pedrinho, Tia Anastácia, Emília, Visconde de Sabugosa e Jeca Tatu – que foi um dos personagens lobatianos mais importante. 
Indiscutivelmente a personagem mais importante para se compreender o universo lobatiano é Emília, pois é a única que vive em tensão dialética com os outros. Todas as demais personagens que formam a constelação familiar do Sítio do Pica-Pau Amarelo são arquétipos: Narizinho e Pedrinho, - crianças sadias, alegres e sem problemas [...]. D. Benta, a avó ideal. Tia Nastácia, [...] foi a melhor fonte das estórias que alimentaram a imaginação e a fantasia de gerações e gerações de brasileiros. (COELHO, 1991, p.127) 
Lobato foi escritor, jornalista, editor e dono de uma gráfica, seu maior empreendimento, que cresceu devido a importações e maquinário gráfico dos Estados Unidos e da Europa. 
No Natal de 1920, lançou, com maior sucesso, sua primeira história infantil, A Menina do Narizinho Arrebitado. Insatisfeito com as traduções de livros europeus para crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. E ainda misturou todos eles com personagens da Literatura universal, da mitologia, dos quadrinhos e do cinema. “No Sítio do Pica-Pau Amarelo, Peter Pan brinca com o Gato Félix, enquanto o Saci ensina truques a Chapeuzinho Vermelho no país das Maravilhas de Alice.” (MONTEIRO Lobato, http://www.lobato.globo.com)
[...] e com esta obra inicia de fato a Literatura Infantil brasileira, rompendo então com um sistema ultrapassado, oferecendo ao público infantil brasileiro, uma leitura cheia de fantasia e bem mais próxima do universo deles. Embora fosse uma obra para leitura escolar, tinha como objetivo captar a atenção da criança e diverti-la. O livro lançado era uma história que se passava em terras brasileiras, mais precisamente São Paulo e era cheio de imaginação, as personagens viviam uma realidade dentro da fantasia ou vice-versa, era difícil definir. (FÉLIX, 2005) 
Lobato foi também pioneiro na transmissão de conhecimento e ideias em livros que falam de história, geografia e matemática. Depois dele, muitos outros autores seguiram o exemplo de Lobato, e a Literatura Brasileira, a partir daí, especialmente a infantil, tornou-se mais forte e expandiu-se com maior aceitação pela população. 
[...] entre um acontecimento e outro, fortaleceu-se uma tradição literária nova, que serviu de molde e inspiração a toda uma produção literária brasileira, incluindo a infantil, o que não apenas indica a unidade entre gêneros que a compõem como também o papel que eles exercem perante a sociedade. (LAJOLO, ZILBERMAN, 1987, p. 59) 
Devido a isso, as crianças puderam então escolher e adotar seus livros, independente do fato deles terem sido ou não escritos para eles. A partir daí, o livro infantil tornou-se mais atrativo e mais acessível às crianças. Mas para que o pequeno leitor possa ter acessa-lo, faz-se necessário que haja incentivos, grandes ou pequenos, dos pais ou os professores. O importante é que esses pequenos possam enriquecer sua vida conhecendo histórias maravilhosas que só podem ser encontradas nos livros. 
A Literatura tem o objetivo de transformar o indivíduo. De forma escrita ou oral, pode-se receber e renovar os valores repassados por esta Literatura. 
É no sentido dessa transformação necessária e essencial (cujo processo começou no início do século e agora chega, sem dúvida, às etapas finais e decisivas) que vemos na Literatura Infantil o agente ideal para a formação da nova mentalidade que se faz urgente. (COELHO, 1999, p. 15)
Tanto a escola, como a biblioteca, como o próprio lar são ambientes que podem colocar a criança diante de mundos e situações que só a Literatura Infantil oferece. Atribuições maiores são dadas às escolas, na estimulação da criança à leitura. Mas poucas são as instituições educacionais que têm em seu currículo a disciplina de Literatura Infantojuvenil como uma atividade prazerosa, provocativa e reconstrutora. 
Então, a tarefa de formar leitores fica mais difícil ainda, pois agora temos que, quase unicamente, desempenhar tal coisa no espaço escolar. E como fazer o caminho corretamente se a escola é, ainda, o maior representante institucional da repetição, da mesmice semiótica, de valores estanques e padrões de comportamento anacrônicos, em que a diferença ameaçada os moldes estabelecidos pela ordem da razão e da ciência? Como ensinar a ler o texto pelo avesso, desmontando-o para encontra-lo numa leitura produtora de sentidos, numa escola que, [...], não respeita as diferenças, avalia injustamente, impede a criatividade e “engarrafa” todos dentro de padrões preconceituosos, mutilando qualquer gesto espontâneo, original, criativo e inteligente? (CAVALCANTI, 2002, p. 76-77) 
A Literatura ou o texto literário deve ser trabalhado com o único intuito de estabelecer ligações, elos com a leitura. Para Cavalcanti, “a Literatura não deve ter o papel de educar ou servir aos contextos de interdisciplinaridade escolar.” (2002, p. 77). Ele deve ter a função de dar alegria, exercitar e alimentar o espírito. Assim também deve ser o trabalho dos profissionais das bibliotecas públicas. O bibliotecário tem que proporcionar à criança o poder de se encantar e ter prazer com o mundo mágico das letras. 
Cabe, portanto, aos professores e bibliotecários gostar mais de ler sem se cobrarem ou sem cobrar as crianças a leitura realizada. Para provocar o gosto pela leitura eles têm que ensiná-las a ler sem imposições, sem determinações de tempo, sem avaliações, ler apenas, por puro prazer de ler. Dar condições para o livro ampliar, somar, acrescentar, e tornar a criança uma leitora crítica. 
1.2. A Importância da Relação Criança Literatura - Livro 
É de conhecimento geral que a cultura de leitura e escrita se faz diferenciar até as classes sociais e os meios frequentados pelas pessoas, quem é letrado e culto na arte de ler acaba por um preconceito se tornando diante da sociedade um ser de mais sabedoria.
E em pleno meio tecnológico e de desenvolvimento tal pensamento pode representar um retrocesso no desenvolver da sociedade, ao contrário, o ato de alfabetização deve ser incentivado e levado cada vez mais ao alcance dos mais pobres e marginalizados da sociedade para assim se terem igualdade, pois a igualdade se faz através da educação disponível e de fácil acesso a todos.
Gadotti (1988, apud Oliveira, Dalla, 2011) ... o ato de ler é incompleto sem o ato de escrever. Um não pode existir sem o outro. Ler e escrever não apenas palavras, mas ler e escrever a vida, a história. Numa sociedade de privilegiados, a leitura e a escrita sãoum privilégio. Ensinar o trabalhador apenas a escrever o seu nome ou assiná-lo na Carteira Profissional, ensiná-lo a ler alguns letreiros na fábrica como ‘perigo’, ‘atenção’, ‘cuidado’, para que ele não provoque algum acidente e ponha em risco o capital do patrão, não é suficiente.
Na maioria das redes de ensino público a um atraso na alfabetização das crianças que estão no ano inicial escolar, algumas que nem se quer tiveram dentro de casa exemplos de leitura pois enfrentam a desigualdade social e pais que não são alfabetizados, diante de tal cenário o atraso na alfabetização é real e preocupante em nosso meio.
Segundo Soares (1999), alfabetizar implica que a criança aprenda a codificar e decodificar, pois é um sistema inventado, diferente da língua oral: o ser humano já nasce programado para falar. A escrita é uma convenção. É uma ingenuidade achar que a criança deva reinventar um sistema convencional, arbitrário. Então é preciso ensinar isso sistematicamente. O que não quer dizer que isso deve ser feito em contextos falsos, como no tempo das cartilhas, mas a associação entre alfabetização e letramento é possível e necessária quando se orienta a criança – e aí insistimos nos advérbios – explícita e sistematicamente a aprender – e não descobrir – as relações entre os sons da língua e a representação gráfica desses sons. Como? Com materiais reais, como livros de literatura infantil, as propagandas, outdoors, folhetos, qualquer material que seja do interesse da criança, sobretudo a literatura infantil, que, de certa forma, deve substituir o antigo livro didático ou cartilha. Aí se faz o letramento, o contato com a história, a literatura, o poema. E a professora pode tirar uma palavra, uma frase, para trabalhar sistematicamente em sequência, explicitamente, as relações fonema-grafema. O que o construtivismo não fazia, não faz (SOARES, 1999, p. 8). Portanto, Soares (1999) defende que função de alfabetizador exige um professor com amplo domínio das áreas envolvidas nesse processo.
Crianças que apresentam extrema dificuldade de aprender a decifrar nossos símbolos, de forma que o atraso se dá em anos e não apenas meses, classes escolares se deparam com crianças de 8 anos em fase de alfabetização ainda, marcos preocupantes na sociedade futura.
A leitura então se torna importante para as crianças seja em qual fase for da sua vida, pois inicia a mesma em um ambiente onde tal ato se torna natural e facilitada, acabando com a visão que a criança só deve ter contato com a leitura e livros na fase e no ambiente escolar. Conforme Alves (2011), a criança deve ser estimulada desde pequena pelo gosto da leitura, não importando-se que a criança ainda não saiba fazer a leitura de um livro.
O domínio da leitura é uma experiência tão importante na vida da criança, que determina o modo como ela irá perceber a escola e a aprendizagem em geral. Em decorrência disso, o esforço despendido pela criança no reconhecimento de letras e palavras precisa aliar-se à certeza de que será compensado pela leitura de textos altamente estimulantes. 
Conforme Bettelheim (1984), o acesso ao código escrito confere à criança o poder de participar do mundo secreto dos adultos. Assim, para ela o ato de ler é uma aventura fascinante, que lhe garante um novo domínio. A fascinação de exercê-lo torna-se ainda maior quando a criança descobre que, através da ficção encontra resposta às suas indagações interiores. Ao defrontar-se com textos de valor estético e cultural, que traduzem o sentido da existência por engendrarem respostas e seus conflitos e emoções, a criança acrescenta um novo estímulo à sua vida.
Atualmente a massa tecnológica em especial a de mídia visual (jogos, filmes, desenhos) circulam no nosso meio e das crianças, as histórias de conto de fadas e a literatura em geral vão se tornando distantes da realidade e da vivência de muitas.
Essa falta de coisas tão simples como a leitura incentivada, precisa ser observada para que não venha a atrapalhar a iniciação no mundo leitor e escritor dos pequenos. Segundo Ravena (2013), a presença de livros ao alcance das crianças e a leitura feita por um adulto é algo indispensável.
O ouvir história desde pequeno pode significar para a criança novas descobertas, dando a ela a possibilidade de ir conhecendo o mundo e fazendo dele o imaginário e o real, descobertas vão se tornando presentes juntamente com o brincar do faz de conta.
Consequentemente, a aprendizagem da leitura deve propiciar a sensação de que, por meio dela um mundo insólito se abre para sua mente. Por isso, exige-se dos educadores a seleção de obras potencialmente significativas que enriqueçam o mundo interior da criança e que harmonizem com suas aspirações. 
A literatura infantil insere-se em duas áreas: na área da arte, porque desenvolve na criança o gosto pela leitura literária que é diversão, emoção, prazer; na área da pedagogia, porque é meio de formação do leitor, particularmente do leitor literário. Embora participando simultaneamente dessas duas áreas, nos livros destinados à infância ora predomina a intenção artística, ora a intenção pedagógica. É esta última que orienta os livros que pretendem oferecer suporte à alfabetização.
Falar ou escrever sobre leitura e o contar história, é falar das inúmeras vantagens que isso pode agregar no ‘currículo’ infância, pois as mesmas podem, estimular a criança a ler, introduzi-la a no mundo do bom ouvinte, despertar nela sentimentos, aguçar o imaginário, dar a ela a curiosidade, incentivar a ser um bom leitor, ajudar no desenvolver da oralidade, fazendo elas quererem recontar a história e incrementando palavras ao vocabulário.
Permite-lhes ainda criar entre as histórias e a infância uma relação de intimidade com os livros, como manusear, cuidar, guardar, podendo assim inserir a criança a leitura sem muito problema.
Levar o faz de conta até as crianças é sustentar o imaginário, é ter a curiosidade respondida em relação a muitas perguntas... É ouvindo histórias que se pode sentir importantes emoções, como a tristeza, a raiva, a irritação, o bem estar, o medo, a alegria, a insegurança. (ALVES, 2011, p.2)
Poder dar a criança seu primeiro livro é inseri-la no mundo exclusivo onde se pensa que somente os adultos poderiam ter esse poder, o livro faz a criança admirar o que se tem em suas folhas, proporcionando à visão dela que recebe tantas cores, formas, gestos, pessoas, animais, poder fazer o repasse de tais informações ao cérebro o encantamento do novo, realizando na criança o gosto pelo aprender pela curiosidade em ter, em poder pegar e se apaixonar.
Ao passar das descobertas a criança se apodera do que é dela e quer mais, começa a pedir para lerem para ela, conforme Ravena (2013), para que uma criança aprenda a compreender e adote uma atitude leitora adequada, é necessário que um adulto sempre leia para ela.
A literatura infantil possibilita, ainda, que as crianças consigam redigir melhor desenvolvendo sua criatividade, pois o ato de ler e o ato de escrever estão intimamente ligados. 
Nesse contexto, Oliveira (1996, p. 27) afirma que: 
A literatura infantil deveria estar presente na vida da criança como está o leite em sua mamadeira. Ambos contribuem para o seu desenvolvimento. Um, para o desenvolvimento biológico e o outro, para o desenvolvimento psicológico, nas suas dimensões afetivas e intelectuais. 
Conforme se pode perceber nas citações anteriores, a literatura infantil traz uma lição de vida de forma imaginária, contribuindo para a formação da criança no processo de construção da sua personalidade. Ela é um dos caminhos que facilitam a aprendizagem durante o processo de alfabetização, além de desenvolver a imaginação, a criatividade e proporcionar o prazer pela leitura.
Com tal hábito sendo alimentado, a criança é instigada a fazer leitura das imagens dos livros, e manusear constantemente os mesmos, com a evolução faz o recontar das histórias e quer ouvintes, sejam eles adultos ou brinquedos, ursos de pelúcia, amiguinhos ou irmãos.
Com tal leitura estimula o imaginário com novas históriase aventuras, é sobre toda essa magia que pais, professores, adultos devem se preocupar em ofertar a infância de nossas crianças.
A criança, portanto, cria um laço afetivo com o objeto de observação e leitura e armazena lembranças de interação com os símbolos que irão acompanha-la para sempre em seu dia a dia, seja no ato de falar, ao inserir em suas frases mais uma palavra nova, seja no observar uma imagem inusitada, novas cores, no realizar de novos desenhos, na imitação da postura que vai do como sentar-se para fazer uma leitura até como se realiza o passar das páginas.
Logo nota-se a evolução dessa relação criança e livro, dando a ela a emoção de se sentir importante ao conseguir contar uma história. Tudo isso para demonstrar que a interação criança e livro se faz de extrema importância antes, durante e depois da fase escolar, proporcionando experiências únicas e permanentes.
1.3. O Contar de História Para a Criança
Quando paramos para pensar na ocasião que se iniciou o contar de história, a memória se perde ao tempo, pois o mesmo existe muito antes da escrita, ela vem junto com a comunicação das pessoas, vem com o sentar em roda ou estar próximos e dividir ali fatos acontecidos.
Assim se foi passando a cultura e vivencias dos povos, como de geração em geração as sociedades foram se formando, sobrevivendo e crescendo, seus mitos, suas crenças, seus alimentos, modos de plantio, táticas de caça, maneiras de navegação, e tudo mais que se pode imaginar.
Foi inicialmente passado pela fala, ou seja, pelo contar de história, experiências vividas pessoalmente, aprendizado adquirido na ‘pele’. Sem essa prática do contar as histórias vivenciadas, teriam muitas coisas sido perdidas ao passar as gerações.
Pode-se dizer que com a evolução da sociedade o iniciar da contação de história para as crianças se deu com o sentido principal de amedrontar e assustar, como assim?
Crianças ‘mal criadas’ e ditas como presepeiras, eram ouvintes de tal história, olha só o bicho papão, o pai do mato, o homem do saco, muitos já ouvimos esses contos na infância que se diziam verdades para causar medos.
Quem nunca se sentou para ouvir histórias contadas pelos avôs? Em volta de fogueiras, ficou assustado com contos que se diziam terem sido reais de fantasmas, lobisomem entre outros personagens?
Felizmente tais contos foram dando lugar aos novos e começam a tomar conta do meio literário, a ‘menina de nariz arrebitado’, contos de fadas, parlendas, fabulas e tantos outros gêneros que foram sendo criados e que se fez presentes para levar as crianças histórias existentes com imagens ilustrando.
Damos aí a importância dessa prática que ao evoluir da sociedade foi se aperfeiçoando e tornando algo não só para o passar de táticas para sobrevivência, mas para entreter, ensinar, ninar, acalmar, alegrar, assustar e dar curiosidade.
Quem nunca se deliciou, se emocionou, riu e chorou em ouvir belos contos? São essas fases que marcam a vivencia e registram bons momentos, sentimos e constroem história de vidas para serem repassadas.
Saudades se faz presente em muitos, de poder: sentar em um banco de praça e trocar uma prosa com um amigo ou vizinho, em dormir ao som de uma história, ao cantar de um conto, ao recitar de uma poesia.
E se os adultos se sentem assim, imaginem o que uma história pode refletir em uma criança, onde o mundo é novidade e cada pedaço de descoberta é admirável, cada gesto faz a diferença e a afetividade é construída e faz parte do crescimento emocional.
O ouvir agrega na criança o vocabulário, e pode a tornar um ser paciente e atencioso, onde o instigar a ‘intromissão’ pela leitura e descoberta dos livros vira qualidade, e a faz ser introduzida no letramento sem dificuldade.
A criança e o adulto, o rico e o pobre, o sábio e o ignorante, todos, enfim, ouvem com prazer as histórias – uma vez que essas histórias sejam interessantes, tenham vida e possam cativar a atenção. (TAHAN, 1966, p.16 Apud OLIVEIRA; DALLA, 2011, p. 3)
É sendo inovadas sempre de várias formas que a literatura infantil alcança e atende desde famílias, crianças, escolas, bibliotecas e até hospitais, assim a contação de história se torna uma ajuda de várias formas.
Hoje se encontra o contar de história em disposição na rede mundial de internet, em plataformas de áudio, em aplicativos, livros impressos, livros digitais, histórias com diversos tipos de sonorização além da voz entre outros recursos.
Essa disposição e preocupação em levar o acesso do ouvir contos de forma prazerosa e de qualidade está tanto no meio acadêmico como nos órgãos responsáveis pela educação, o MEC tem iniciativa para a literacia em casa com o programa ‘Conta pra Mim’, isso para incentivar e trabalhar a importância que tem para os pequenos o ouvir de histórias em casa e embalar os pais, escola e professores no incentivo desse gesto tão simples.
De fato, algumas crianças, por conta das experiências relacionadas à leitura e à escrita vivenciadas em casa, ingressam no ensino fundamental com conhecimentos e habilidades fundamentais para a alfabetização adquiridos desde muito cedo, como o conhecimento alfabético e a consciência fonológica. Essas crianças terão mais possibilidades de obter sucesso no processo de alfabetização e de aprender a ler e escrever ao menos palavras e textos simples até o final do 1º ano. (PNA, 2019, p. 32).
Para tanto o contar de história para as crianças, é espelhar para elas o gosto próprio que se obteve na infância, em casa ou na escola, é querer dar a ela o gosto de se banhar nas aventuras através da imaginação, incentiva-la a desenvolver as habilidades de leitura, pois, bem nos relata Zilberman (2010), dizendo que as pessoas aprendem a ler antes de se formar alfabetizadas, pois o mundo se transmite pelas letras e imagens.
CAPÍTULO II - O INÍCIO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E OBJETIVO EDUCACIONAL
2.1. O Processo de Alfabetização e Letramento
O desenvolver da criança se dá gradativamente em suas fases, seja o crescimento cognitivo, físico, ou o passar da idade. Durante a caminhar por essas fases a criança recebe informações importante para sua aprendizagem e desenvolvimento.
Seja na descoberta da linguagem que se inicia no primeiro ano de vida, ou para andar ou engatinhar, assim a criança vai evoluindo e se formando um ser de aquisição continua, onde a evolução se forma través do conteúdo que seu meio oferece.
Cada fase da criança não está de forma alguma desligada da outra, desde o descobrimento das mãos, ao engatinhar, depois o andar, o falar de palavras soltas até o falar de frases inteiras e ideias completas, o descobrimento das suas exigências, gostos, comida preferida, tudo isso vai tornando a criança um ser de autonomia e o preparando para a vida e seus desafios futuros como ser em alargamento.
Juntamente com todo esse processo chegamos a fase em que a criança vai aprender a ler o mundo e construir conhecimentos significativos que a acompanharam por toda a vida, a fase alfabetização e letramento.
Esclarecer sobre tais termos é necessário e deixa mais claro a ideia apresentada neste capitulo, portanto alfabetização é o termo que está ligado e define o processo de introdução da criança no meio social de conhecimento dos símbolos, ou seja, nosso código linguístico.
Em outras palavras é inserir e ensinar a criança a ler e escrever, “O termo alfabetização designa o ensino e o aprendizado de uma tecnologia de representação da linguagem humana, a escrita alfabético-ortográfica” (BECKER, AUGUSTO, 2005-2007, p. 24).
A criança passa por esse processo geralmente no ambiente escolar durante o primeiro ano letivo, onde vai desenvolvendo técnicas e aprendendo o código que lhe é apresentado, a mesma recebe o ‘titulo’ de alfabetizada quando é avaliado pelo professor que a criança sabe decifrar tal código que lhe foi apresentado de forma ‘satisfatória’.
Já o termo letramento é mais recente e aparece com um sentido não de distância da alfabetização, pelo contrário estão ligadas e se complementando. O letramento é a inserção da criança na escrita e leitura de formafecunda, a ser para ela não só o conhecer, mais o utilizar desse conhecimento para a vida e vivencia social.
Em outras palavras é garantir que a criança ou o ser de forma geral, saiba usar os símbolos de várias maneiras e entender ele em diversas formas e suportes de maneira tranquila e entendida.
O letramento é uma extensão da cultura oral e da nossa eterna fascinação por bisbilhotar, fofocar, cantar, dramatizar, compor e fazer trocadilhos, dançar e cumprir rituais. Aqui estão as raízes dos padrões linguísticos, da sensibilidade fonológica, de desenhar, escrever e ler. (MOYLES et al., 2010, p. 296) 
Conseguinte é fazer com que a criança já conhecendo e sabendo decifrar o alfabeto (já seja alfabetizada), faça com ele a brincadeira do formar palavras, frases, textos de forma que consiga elaborar e compreender diversos tipos de informações geradas por esses símbolos na comunidade letrada, sabendo ter opinião curiosa e crítica acerca dos mesmos.
Com isso o processo de alfabetização e letramento se dá de forma gradativa, é desde a primeira infância quando a criança vai aprendendo a se comunicar e a ela é apresentada diversas palavras, que de maneira curiosa vai repetindo e crescendo esse vocábulo, donde dar-se-á o ensino da fala.
Com esse processo iniciado é importante que os pais e pessoas mais próximas da criança comece a apresentar para ela comunicação diferenciada, mais rica para a fase por ela vivida.
Durante a primeira infância, seja na pré-escola, seja na família, a literacia já começa a despontar na vida da criança, ainda em um nível rudimentar, mas fundamental para a alfabetização (NATIONAL EARLY LITERACY PANEL, 2009 Apud PNA, 2005, p.22)
Os livros literários se encaixam perfeitamente nessa etapa (e em todas as outras), pois ele apresenta diversas imagens, cores, animais, vegetação em que se pode passar para a criança, o que é dia, o que é noite, chuva, terra, barro, gramas, gelo, lugares, transportes, figuras geométricas, numerais, letras, em fim é quase infinita à proporção que a criança pode aprender, só com o auxílio de um livro e dedicação de um adulto em casa.
Isso afeta de forma significativa as crianças em sua fase de alfabetização no ano inicial escolar, pois ela já é inserida no mesmo, com seus conhecimentos prévios desenvolvidos em diversas áreas, e tendo a curiosidade e ao mesmo tempo facilidade em adquirir mais elementos para a criação do seu ser jovem/adulto.
Antes de se iniciar o processo formal de alfabetização, a criança pode e deve aprender certas habilidades que serão importantes na aprendizagem da leitura e da escrita e terão papel determinante em sua trajetória escolar. (Política Nacional de alfabetização – PNA, 2005, p.22)
Para tanto a inserção da literatura no processo de alfabetização da criança, é estimular ela a aprendizagem, através de novas formas, pois, os livros didáticos oferecidos para auxilio de atividades na escola, são temporários e passam de ‘serie’, podendo se tornar algo que não fez um marco para a aprendizagem da criança.
Já os livros literários quando apresentados e inseridos de forma lúdica, dinâmica, acaba se tornando um conhecimento inserido de forma permanente na mente da criança, ou seja, ela em todas as etapas da sua vida vai se lembra da sensação gerada com a leitura ou escuta de tal história.
Um bom livro pode ser um tijolo na construção da vida de alguém. Pode ser um amigo de infância ou um colega de juventude. Muitos livros juntos podem formar um acervo de uma biblioteca ou parte indispensável da bagagem de vida de uma pessoa. (FEIJÓ, 2010, p. 14)
2.2. A Importância da Literatura Infantil no Desenvolvimento Social da Criança
É sabido que a sociedade é rodeada de símbolos e imagens, são tantos conteúdos, gêneros de textos, informativos, jornais, revistas, livros didáticos e literários, infantil ou adulto, são inúmeras as imagens para leitura, placas de trânsito, outdoors, desenhos, pinturas, cartões de visita, entre outros a serem lidos e decifrados.
Deste modo vivemos e convivemos diariamente na sociedade de forma facilitada a entender onde se esta, para onde se deseja ir, qual supermercado, farmácia, loja de roupa, escola, instituição e já fazemos isso de forma tão natural e quase imperceptível ao nosso subconsciente, pois adquirimos a algum tempo a alfabetização e letramento.
É como a maioria que frequenta ou já frequentou à escola é ensinado a fazer, decifrar códigos para se introduzir e permanecer com facilidade no meio social, o mesmo que exige das pessoas uma forma mínima de interação para convivência. Assim pode-se definir a primeira importância de ser alfabetizado.
Para tanto a inserção social da criança se dá no conhecer e aconchego familiar, com o passar do tempo a convivência social busca novos horizontes, onde é estimulada a interação de um ser e outro por meio da fala e entendimento do código linguístico.
Com intenção de atender a esse novo horizonte e/ou essa nova etapa de colocação no social que se faz a importância da alfabetização já na fase inicial escolar, “A alfabetização promove a socialização do indivíduo na medida em que possibilita novas formas de trocas simbólicas com outros indivíduos e acesso a bens culturais.” (CRISTINA, p.4)
Dá se aí a importância da alfabetização da criança, sua formação escolar e interação com o meio em que se está, tudo se dá de forma natural quando é incentivada a conhecer novos amigos, frequentar o ambiente escolar, interagir em novas brincadeiras, e ter a curiosidade de decifrar novos códigos e ler novas imagens.
Ao mesmo tempo que participam de relações sociais e de cuidados pessoais, as crianças constroem sua autonomia e senso de autocuidado, de reciprocidade e de interdependência com o meio. (BNCC, p. 40)
Uma criança que não está em processo de iniciação de alfabetização ou estimulação da mesma, está à mercê de um meio social, onde sem a interação que preferencialmente dá se pela fala e leitura pode correr o risco de se tornar um ser isolado.
Portanto a criança sem interação com o meio linguístico também não se tem interação com seu meio social, pois é dita de timidez e se considera um ser mais distante dos outros pela falta de conhecimento da sua cultura falante, pobreza de comunicação, dificuldades de se ler uma história usando a imaginação e de brincar com crianças de sua mesma faixa etária.
Ler representa também uma dimensão da inclusão social. Os analfabetos no sentido literal do termo e os analfabetos funcionais são pessoas que sentem, a cada passo, o peso da exclusão social. Ela manifesta-se de diversas formas, entre as quais, por exemplo, a falta de autonomia para se orientar numa zona desconhecida de uma cidade, a deficiente compreensão de um filme legendado, o não acesso a informações que diversas entidades e organizações afixam nas suas vitrines. São dificuldades reais da vida quotidiana que afetam a qualidade de vida destas pessoas. (MANUELA, 2008, p.2)
2.3. A Influência da Literatura Infantil Mediante a Leitura Prazerosa na Vida da Criança
A muito se vem contabilizando no desenvolver do trabalho vantagens e prazeres que uma criança pode adquirir no contato com um livro desde muito cedo, esse contato se dá de várias formas e em várias épocas do crescimento das crianças.
Com tanta evolução e tecnologia vem aparecendo livros para todas as idades, e estilos de materiais, livros para bebes com material que se pode levar a boca, pois assim se faz o descobrir do mundo para eles, livros trabalhados só com imagens, livros com palavras e histórias escritas, com imagens alto relevo, imagens 3D e diversas formas, materiais e estruturas.
Tamanha distribuição de livros literários ao meio social, permite que a sociedade em geral tenha mais contato com eles, e as crianças uma antecipação desse contato, pois, para algumas acontece só em ambiente escolar, fazendo assim com que conheçam a maravilhosa viagem nas histórias infantis próprias para sua idade.
Segundo Feijó (2010, p. 14): “É direito de crianças e jovens frequentar o reino da literatura, conhecer seus mistérios, segredos e mágicas.”A literatura infantil propícia a criança uma aventura dentro de casa, ou em qualquer outro lugar que ela possa exercer ato da leitura ou do ouvir.
A literatura deve ter lugar nas escolas, em casa, em hospitais, momentos de contação de história em bibliotecas entre outros, pois para se deliciar de contos de fadas basta um livro, ou um contador de história e imaginação, pois, as páginas de um livro como bem nos relata Feijó (2010), que a literatura é vida colocada no papel por meio da arte da linguagem.
Com tamanha disposição dos livros e inúmeras histórias escritas e lançadas, gera para a criança a oportunidade de uma leitura prazerosa e real na sua vivencia, essa leitura que se dá de forma inovadora a cada nova experiência e livro novo.
Para tanto é com a literatura infantil que se dá o prazer da leitura para as crianças pois elas possuem as histórias adequadas e que encantam de maneiras inéditas e marcantes o imaginário e o afetivo das mesmas, podendo desenvolver o cognitivo e alfabético.
A literatura infantil traz para a realidade das crianças fatos e situações problemas que vão faze-la entender e buscar soluções para as mesmas, “a leitura da literatura é ainda mais importante: ela colabora para o fortalecimento do imaginário de uma pessoa, e é com a imaginação que solucionamos problemas.” (ZILBERMAN, 2010, P. 148)
Tais atitudes são realizadas para prover a criança a sensibilidade do ler, e fazer com que queiram adquirir o hábito da leitura para acompanhar na trajetória de vida, fazendo mudanças de material, sempre que a aquisição de conhecimento for se moldando e passando pra um nível mais amplo.
Para tanto ofertar a criança a oportunidade de ler e ter contato com o mundo literário, deixando com que ela demostre seu gosto é realizar para o ser a apresentação, da arte, do visual, da viagem, da imaginação e prazer.
2.4. Literatura infantil – Apoio no Processo de Alfabetização
A literatura infantil vem trazendo ao longo da história mudanças e traçando percursos pelas folhas de papel e por diversos outros materiais, passou pela tecnologia e desenvolveu nela diversas fontes de suportes para a literatura chegar até as crianças em especial aqui trabalhadas.
A literatura que recebe hoje uma abrangência de conteúdos e desenvolvimento em novos suportes, vem dando de forma inovadora um apoio no avanço do processo de alfabetização no ambiente escolar, quando usado de maneira associada ao plano de aula elaborado segundo as diretrizes e orientações da educação, pode transformar o desenvolver da alfabetização.
Com tamanha distribuição dos materiais literários chegando a toda parte e de diversas formas, abre um léxico de oportunidades para a realização de diversas atividades em distintos formatos e maneiras, pois, o mesmo vem trazendo ilustres obras que disponibiliza encantadoras histórias e contextos que se transformam em atividades a serem trabalhadas.
Tem se uma grande parceria quando se fala em literatura em conjunto do trabalho pedagógico, e muito se vem esquecendo dela e desenvolvendo apenas atividades ‘antigas’ e repetitivas, apesar de tanto desejo e orientação em se mudar, nos deparamos com um abismo entre o antigo e o inovador na educação.
Falar do trabalho pedagógico é se falar em orientar, ensinar, alfabetizar e mostrar o novo, o conhecimento e o desconhecido, o pedagogo faz o trabalho de orientar e apresentar a criança o que há ajudará a se desenvolver em seu meio.
Porém esse trabalho não deve ser feito separadamente nem isolado do trabalho familiar e literário em especial, pois o mesmo vem de auxilio nesse processo e ensina de forma inovadora, lúdica e diferenciada.
Quando é realizado o trabalho literário na infância, diga-se a infância em casa mesmo, a dos pais apresentar ao filho novidades da escrita, do desenho, da leitura, das cores entre outros, é mostrar a criança o que a ela é destinado mais à frente no seu período de alfabetização.
Mostra-se aí o início do apoio da literatura no alfabetizar, pois, proporciona a criança um poder de conquista entre o infantil brincar e o infantil leitor e escritor, pois ao escutar uma história e brincar de reconta-la a criança conquista o ato prazeroso da iniciação da decifração do código linguístico.
Deixando se mostrar o ser que está sendo gerado para a comunicação e letramento do meio social, “a leitura e a escrita são partes da realidade, que despertam curiosidade nas crianças, na medida em que entram em contato com os materiais e não os compreendem.” (BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 5)
Quando é realizado esse trabalho de apresentar a criança o literário em casa, a tarefa do pedagogo em buscar e reconhecer os conhecimentos prévios do aluno, e inserir ele em um meio que já é de sua intimidade se torna mais claro e simplificado, uma vez que o trabalho será apenas apresentar ao mesmo quais são as letras e como as uni para fazer a leitura.
Levantando o conhecimento e sendo considerado que todo o manuseio do livro, a leitura das imagens e formas de desenvolver o contar de história imaginário já foi trabalhado e feito anteriormente.
Relata Ravena (2013, p. 196):
Os estudos revelam que aquelas crianças que em seus lares contam com a presença de diversos textos e famílias com maiores níveis de escolaridade, que utilizam a linguagem escrita de forma cotidiana e com distintos propósitos, têm mais possibilidades de conseguir melhores aprendizagens.
Os livros do acervo literário infantil, são de grande valia para desenvolve atividades em diferentes etapas da infância, com um livro é possível: o descobrimento de sensações ao pegar no livro (se é frio, liso, grosso, áspero...), propor uma leitura das imagens, conhecer o nome e a diversidade das cores e animais, recontar a história, trabalhar o recorte desenvolvendo a coordenação motora fina, buscar letras do alfabeto conhecidas, circular silabas e exercer a arte de ouvir.
Ainda se pode interpretar e representar de forma teatral o desfecho dos personagens, reinventar finais felizes, um aluno realizar a leitura em voz alta, realizar visita a biblioteca, leituras em grupos, enfim são inúmeras as atividades que podem ser propostas e realizadas com os livros.
Nos livros de literatura infantil há muito que trabalhar. Cabe ao professor atuar com sensibilidade e percepção para reconhecer as mensagens que eles trazem, incentivando boa leitura, proporcionando diversas interpretações. (BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10)
Tal incentivo sendo feito através de trabalhos com os livros pode gerar no aluno um interesse em descobrir e desbravar aventuras através de páginas de livros, inserir o aluno a leitura de forma prazerosa é dar a ele a satisfação se ser inserido no meio letrado sem dor e cansaço.
Quando o que se deseja é formar uma criança que tenha princípios e valores capazes de recriar um mundo melhor, a literatura infantil tem que ser considerada como um auxilio importante, porque é capaz de possibilitar acesso ao real sem impedir a riqueza do imaginário. (SANTA’NNA, 2004, p.32 Apud BEATRIZ; BARBOSA; SAMARA, p. 10)
Para tanto os livros literários trazem apoio para a alfabetização, e geram gosto pela leitura, despertam a curiosidade dos alunos pelas páginas dos livros e seu material, oferecem aos professores possibilidades de atividades e aulas dinâmicas, a famílias o lado afetivo e brincalhão, e o mais importante promove a criança a formação leitora de qualidade.
CAPÍTULO III - O DESENVOLVIMENTO INFANTIL A PARTIR DA LITERATURA
Ao longo do trabalho vem sendo desmiuçado o percurso da literatura infantil, passando pela sua trajetória e desenvolvimento, chegando as mãos das crianças e o descobrimento e utilização em novos suportes, sendo destinados e distribuídos a bibliotecas, escolas, hospitais e de fácil compra para a população.
Todo esse desenvolver para se fazer um apoio a infância, a imaginação, ao descobrimento através do lúdico e a alfabetização e letramento. Mas, no entanto, não pode deixar de ressaltar tal importância que a literatura gera e traz para o desenvolver infantil.
Quando se fala de desenvolvimento infantil, lembra-sedo incrível e rápido poder de crescimento que as crianças possuem, muitas foram as vezes de se escutar: como está grande, como o tempo passa, que criança esperta, já é uma moça/rapaz. Tais comentários refletem o desenvolver em ritmo acelerado que possuem as crianças em suas diversas fases.
Essas fases não são apenas físicas, mas cognitivas também. Esses aspectos cognitivos são os que dão as crianças o desenvolver da coordenação motora, seja ela grossa ou fina, do raciocínio, da capacidade de aprender, do desenvolver da fala, do andar, da escrita da leitura e todos os outros processos que levam as crianças a se transformar em seres de prospero avanço e pensamento lógico.
Dada essa base de introdução ao desenvolver para entendermos como a literatura e os livros em mãos, podem ser auxiliadores no desenvolvimento das crianças.
A atração da literatura infantil são histórias com enredos baseados em contos de fadas, fabulas, representação de formas, cores, animais conhecidos e os que talvez, jamais vão ser vistos por alguns pessoalmente, como baleias e tubarões, o forte da literatura para as crianças são as imagens que a ilustram e encantam, a magia das cores e formas.
De acordo com Zilberman (2010), a proximidade entre leitor e o texto, na forma de livro, motiva o interesse e induz a leitura, mesmo em pessoas não alfabetizadas, a atração ao livro se forma pelas ilustrações, e cria uma curiosidade em saber decifrar a escrita.
Continua ainda Zilberman (2010), esclarecendo que a atração maior das crianças se dá aos livros ilustrados, pois o despertar delas é pelo visual, as figuras são a sedução da obra.
As histórias vêm para encantar os olhos, os ouvidos e o imaginar infantil, a literatura infantil é para a criança, pela criança e com a criança. No entanto vale ressaltar que os adultos também se deliciam com muitas dessas histórias e devem continuar aproveitando desse dom que existe entre e para a sociedade, o livro.
Velejar de forma breve irá pelo desenvolver das crianças, “um jovem que não esteja exposto a novas palavras nunca desenvolverá no córtex auditivo as células que lhe permitam distinguir corretamente diferentes sons”. (Jensen, 2002, p. 58 Apud MANUELA, p.3)
Começaremos então pelos bebês que tem seu desenvolvimento sendo formado por completo, o ouvir histórias para eles é o mais indicado, pois, leva a eles o descobrir da escuta, o reconhecimento de voz e a busca da direção que ela vem.
Ao ir crescendo o livro apresenta ao bebê, o descobrir do tocar, o sentir das diferentes superfícies e a bela atração das cores e imagens que ali eles veem, quando esse trabalho é realizado com os bebês, por intermédio de um adulto, cria um bom nível de aprendizagem.
Assim define Vygotsky (1986 Apud Moyles et al., 2010, p. 294), “descreveu os níveis ótimos de aprendizagem e entendimento atingidos pelas crianças quando fazem coisas em parceria com um membro da cultura mais velho e mais experiente.”
Ao crescer mais ou menos na faixa de seus um ano de idade, os livros literários dão auxilio no falar, ao escutar a história vão incentivando as crianças a repetir o que foi ouvido, e com o auxílio de um adulto já pode ir aprendendo a manusear e conhecer o que são as imagens e cores presentes no livro.
Segundo Moyles et al. (2010), as histórias e os livros contêm e fornecem palavras novas e que agregam no vocabulário de quem as utiliza. Assim os livros quando lidos, prove as crianças o experimentar de novas palavras e o instigar a reprodução na sua construção de fase oral.
Mais à frente no desenvolvimento, o livro literário apresenta a criança variadas histórias com diversas emoções que os personagens podem sofrer, e vivenciar momentos como, raiva, tristeza, alegria e passar para a criança podendo até ensina-la a lidar com tais emoções.
Continuando a trajetória, a criança aprende com o livro o recontar agora de forma clara e fácil, identifica animais, cores, compreende porque tais emoções foram desenvolvidas, sabe que a história é formada por letras, apesar de ainda não saberem ler, podem identificar vogais se assim foram ensinadas.
O apoio literário presta a criança o ensino, do brincar de conto de fadas, inventar desfechos, criar personagens, ser um professor, um médico, um pirata, uma princesa ou até o rei das selvas, fornece a criança a necessidade do uso da imaginação e criatividade nas vivencias de seus dias.
É incrível poder pensar no poder que apenas um ‘bocado de papel’, ilustra na vida dos pequenos e em seu desenvolver, pois todo esse trabalho tem o propósito de apresentar a criança a leitura de forma prazerosa, para que ao crescer e precisar sempre estar a busca do novo, não tenha preguiça, desanimo e tristeza em busca-lo nos livros.
Poder iniciar a criança de forma natural no processo de alfabetização é dar a ela o gosto de aprender a ler de maneira natural e proporcionar a socialização mais facilitada no seu meio de vivencia.
Para tanto incentivar a leitura de livros de figuras, histórias em quadrinhos, livros 3D ou simples, apresentar uma imagem, placa de trânsito é ensinar a criança que se pode ler de várias formas e em diversos suportes e símbolos, pois toda figura pode se tornar uma leitura desde que haja um leitor para interpreta-la e o que melhor que a imaginação da criança para ler para um adulto uma história.
Essa pequena atitude é de extrema valia e faz um marco na infância. O maior e melhor incentivador para uma criança vem de casa, e traz a ela o maior exemplo e a faz tornar gosto pelo que ela mais irá utilizar na sua vida, a fala e a leitura, a contação e o incentivo à leitura é o marco facilitador para a alfabetização.
Livro é sempre uma arte sequencial; sua dinâmica de leitura é um passar e páginas e manchas de texto, espaços em branco; um suceder de imagens, traços e cores. Quando bem-feito, pode ser um belo objeto de arte, em que todas as partes se interligam harmoniosamente. (FEIJÓ, 2010, p. 150)
Jornadear pela infância e crescimento, é poder destacar a fase de alfabetização em que se faz marco para a criança, muitas vezes positivos, pra outras nem tanto. Exposto para essa fase será o auxiliador e possível transformador, para a formação leitora das crianças, vindo com benefícios a literatura passa pela escola, e pode ultrapassar seus muros, se a criança assim desejar.
A aquisição da alfabetização para o currículo da criança, dispõe do passar do conhecimento em ambiente escolar, onde na maioria das vezes é local de ensino repetitivo e cansativo, sem apoio de material diferenciado ou novas descobertas.
Segundo Alberto (2012), falar de cultura letrada é se referir a uma complexa prática cognitiva, conhecimentos e prática social, que se ligado diretamente com a leitura e escrita, e para se inserir no mundo atual se faz necessário transitar com autonomia no meio letrado.
Cabe ao professor para tanto, em ambiente escolar fazer essa inserção da criança de diversas maneiras ao mundo letrado, onde se é conquistada pela leitura ativa, apontando as diferentes trilhas pela literatura em suas diversas histórias, Zilberman (2010), escreve que a primeira medida a ser tomada pelos professores, é dar aos alunos o alcance aos livros literários.
Fornecer aos alunos diversos livros, com diversificadas histórias e imagens é expor a criança o poder de conhecer seus próprios gostos, e despertar novos conhecimentos. Todo esse processo para facilitar a formação de alfabetização, pois é lendo, seja apenas imagens ou palavras, as crianças já vão se interagindo ao mundo dos símbolos.
As histórias trazem desfechos a serem compreendidos, e que as vezes são desconhecidos a quem os lê ou escuta, a possibilidade de se trabalhar o livro literário em sala, é dar ao professor a chance de buscar o novo e envolvente, aplicando um problema ou desfecho a ser recriado.
Portando o desenvolvimento da criança na fase de alfabetização, tendo relação e vivencia com os livros é dispor o desenvolver real da mente, da imaginação, utiliza ainda a arte, a música, a escrita, a construção da afetividade, a vivencia social, e instrui a criançaa ser um ser leitor e letrado na comunidade pertencente.
CAPÍTULO IV – METODOLOGIA
O presente trabalho foi estruturado diante de uma pesquisa bibliográfica, onde, buscou-se evidenciar sobre a importância da literatura infantil existente nos livros literários, destacando os benefícios adquiridos pelas crianças ao se apropriarem da relação livro e leitura criança, e como tal material traz vantagens e auxilio durante toda a infância e no processo de alfabetização.
Foi realizado um levantamento prévio do tema escolhido, leitura de alguns livros relacionados ao tema, busca de artigos, trechos de entrevistas sobre leitura e literatura já publicados de autores, como Paulo Freire, em sites como, Google Acadêmico, SciELO, busca de conteúdos disponíveis no site MEC, entre outras informações relevantes e esclarecedoras sobre o assunto trazido no corpo do trabalho.
Para tanto, os critérios de seleção dos materiais utilizados para formação do trabalho, foi identificar de fato, quais conteúdos dizem respeito ao tema, sendo de forma positiva ou negativa, reconhecer na escrita contida no interior do material a presença de citações importantes, como vindas de Vygotsky, Piaget ou pesquisadores da área infantil, procurou-se também nos materiais utilizados a comprovação de índices apontados em livros como dados do IBGE e/ou conteúdos oferecidos pelo MEC (Ministério da Educação).
Enfim, para se obter informações para ajudar a compor o corpo do texto, foi realizado uma pesquisa de característica qualitativa em aspecto documental/bibliográfico, fazendo o levantamento dos conteúdos sobre o surgimento da literatura, sua relação com a criança, o influenciar do contar de história, os benefícios da literatura na alfabetização infantil e o desenvolvimento social e geral da criança através da mesma.
CAPÍTULO V - ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO
Interação com o meio social é a formação que a cultura alfabetizada/leitora fornece ao ser, dar ao mesmo a oportunidade de participar da comunidade em que se vive de forma eficaz e ser inserido com oportunidades de qualidade futuras. E se a alfabetização fornece a criança tal promoção na comunidade de vivencia, é fato que se torna de importância observação, tanto no ambiente escolar ou no familiar.
Vem sendo desenvolvido no corpo do trabalho o apoio que o livro literário apresenta no desenvolver da criança, auxiliando-a em diferentes fases e de inúmeras formas, informando e ilustrando as primeiras descobertas, atravessando a etapa falar, a imaginária, percorrendo pela identificação de letras, a leitura de todo o texto e sua produção.
É colocado a dinâmica de apresentação do livro literário para a criança feito em casa, trazendo à tona os proveitos que elas podem tirar desse convívio, não só para o momento, mas para a continuação de aprendizagem constante, segundo Regina Zilberman (2010, p.116): “A criança conhece o livro antes de saber lê-lo.”
Os livros fornecem as crianças que tem contato e incentivo em casa pela leitura, antes de chegarem à idade obrigatória de frequentar a escola, conquistar afetividade, intimidade e gosto pelos mesmos, desenvoltura da fala, leitura de imagens, criar pensamento reflexivo e crítico em relação a compreensão dos contos, aperfeiçoando para o seu dia a dia.
Fornecendo ainda, pode se dizer o mais importante, a introdução dos símbolos linguísticos a criança, a apropriação dos conhecimentos prévios, e benefícios proveitosos como, a inserção na escrita e leitura, a prática de bom ouvinte e a curiosidade por desvendar o que há nas páginas misteriosas de um livro.
Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. (BNCC, p.42)
Para dar a criança/ser a propriedade sobre a alfabetização efetiva, garantindo que ela será inserida para se apropriar dos conhecimentos básicos para vivencia concreta em seu meio, é criado a constituição e direito que fornece a criança o poder de frequentar a escola.
O ambiente escolar já passou e ainda passa por variadas mudanças, negativas e muitas positivas, o mesmo que atualmente não se demonstra apenas para apresentar cartilhas, mas para ensinar alfabetização e desenvolvimento como um todo para crianças, jovens e adultos.
Como esclarece o documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação tem um compromisso com a formação e desenvolvimento do ser humano, onde envolve as diferentes áreas, seja, intelectual, afetiva, social, física, moral e simbólica.
Ainda segundo a BNCC, a escola é espaço de aprendizado, inclusão, lugar de fortalecer a não descriminação e incentivar o respeito as diversidades e diferenças.
O aluno é o ser da escola, é para ele que ela existe e trabalha, para dar ao mesmo a oportunidade igualitária de inserção na sociedade, como criança e posteriormente como ser adulto, acadêmico e profissional.
Porém é notado que a muito o ensino se depara com dificuldades em oferecer de forma igual o ensino da alfabetização básico para todos, em média nas primeiras series dos anos iniciais do ensino fundamental, crianças que passam a diante sem saber interpretar o que se lê, ou até pior, sem nem saber ler e/ou fazer a produção de textos em plena 4 série do ensino fundamental.
Bem descreve a Superintendente pedagógica de Goiânia, a realidade vivida em muitas escolas.
A gente quer alcançar uma aprendizagem significativa para todos os educandos. Então esse é o nosso maior desafio. Em termos alfabetização, leitura, escrita, conhecimentos matemáticos, não são todos os alunos que a gente tem garantido esse direito para eles. Com base nas avaliações diagnósticas. A gente tem visto que a gente vem melhorando, e a Prova Brasil é um desses índices [...] nós percebemos esse avanço, no entanto, a gente ainda tem grandes dificuldades. (DAEB, 2018, p.45)
E se o foco da dificuldade como diz a superintendente pedagógica é alfabetização, leitura, escrita e matemática, entra o livro literário como apoio para trabalhar os três primeiros pontos de forma conjunta.
Para ser desenvolvido pelos alunos o lado alfabetizado, escritor, bom leitor e capacidade de ter interação com o texto, ou seja, saber interpretar e criticar quando convém tal assunto, é imprescindível um planejamento educacional, com utilização do meio que pode ser considerado o mais completo para desenvolver tais habilidades.
Os livros literários se fazem completos em conteúdo, imagens e histórias que são apresentados em suas páginas, com eles se torna possível o trabalho pedagógico em diferentes etapas do ensino, com diferenciadas turmas e podendo ser inseridas em múltiplas disciplinas.
É trazido por muitos conteúdos, autores e documentos para a educação, o fato de o livro literário se fazer um instrumento de suma importância nessa formação de leitores críticos, e interpretadores do que lê e desenvolve, apontando também as habilidades adquiridas com o uso dos mesmos.
Avançando mais ainda nos benefícios que o contato com o literário pode trazer, Regina Zilberman (2010), relata que a literatura estimula a alfabetização, promove o consumo de variados textos, desdobra o interesse no âmbito escolar e ainda faz com que o ser se permaneça no lado leitor.
A Base Nacional Comum Curricular, ainda traz em seu corpo destaques que o trabalho com a literatura traz ao ser.
Por fim, destaque-se a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo, tendo em vista a potência da arte e da literatura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos, o que contribui para reconhecer e compreender modos distintos de ser e estar no mundo e, pelo reconhecimento do que é diverso, compreender a si mesmo e desenvolver uma atitude de respeito e valorização do que é diferente. (BNCC, p.139)
O aluno que chega à escola familiarizado com a literatura, deixa que o ambiente escolar o deslanche em seu entendimento

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