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Trajetória da Educação de Surdos

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A trajetória da educação de surdos no mundo 
Surdos são pessoas com experiencias puramente visuais, tendo um modo de perceber a vida de uma maneira diferente das que conseguem ou ouvir, a compreensão de um mundo silencioso, mas visivelmente perceptível. É obvio que este também terá uma cultura diferente, a cultura surda bem como uma língua a qual se identifiquem, essa linguagem se chama Libras, a língua de sinais dos surdos brasileiros. 
A língua brasileira de sinais é oficializada a partir da Lei de n° 10.436 de 24 de abril de 2002, a história da língua de sinais se mistura com a história dos surdos, no Brasil até século XV os surdos eram considerados pessoas incapazes de receber educação, refletindo um pensamento à época de todo o mundo. A partir do século XVI mudanças significativas começaram a surgir na Europa, tendo inicio então a luta pela educação dos surdos, ficando marcada pela atuação de um surdo de nacionalidade francesa chamado Eduard Huet. 
Huet veio ao Brasil a convite de Dom Pedro II no ano de 1857, para então fundar a primeira escola para surdos ainda no império, à época chamado de Instituto dos Surdos Mudos, com o passar do tempo o termo surdo-mudo saiu de uso por ser incorreto, o instituto continuou seus trabalhos e está em funcionamento até os dias atuais, chamando-se hoje de Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES. 
A Libras foi criada juntamente com o INES, vindo a partir de uma mistura entre a língua francesa de sinais e gestos já utilizada pelos surdos brasileiros, foi ganhando espaço aos poucos até sofrer uma derrota no ano de 1880 após um congresso sobre a surdez em Milão proibir o uso das línguas de sinais pelo mundo, com a justificativa de que a leitura labial era a melhor forma de comunicação para os surdos. 
A proibição não fez com que os surdos parassem de se comunicar através da linguagem de sinais, entretanto atrasou a difusão da língua no país, com a persistência da classe e do uso crescente busca pela legitimidade da língua de sinais a libra voltou a ser aceita. A luta pelo reconhecimento da língua de sinais não parou, em 1993 uma nova batalha começou com um projeto de lei que buscava regulamentar a libras no país. 
Quase dez anos depois, em 2002, a língua brasileira de sinais foi oficialmente reconhecida como uma língua do Brasil. tal conquista se uniu a outras atuais que sempre passam pelo campo da legislação, nos últimos anos muitos projetos de lei e recomendações que buscam regulamentar aspectos da língua de sinais para propagar seu uso e garantir direitos à comunidade surda foram enviados para serem avaliadas e transformadas em leis.

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