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Universidade do Estado de Minas Gerais Curso de Serviço Social Bacharelado - 4° Período Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social IV Discente: Letícia Ferreira de Almeida Docente: Claudia Fernandes Silva Souza Atividade: Redação dissertativa Nossas vidas estão cheias de desafios no momento, e precisamos de mais coragem do que nunca e precisamos enfrentar a esperança do presente. Um período de crise de aumento do desemprego, subemprego, luta pela sobrevivência nas áreas rurais e urbanas. Tempos difíceis para todas as pessoas que vivem do trabalho. A pobreza e a exclusão são o outro lado do desenvolvimento da produtividade do serviço social, da evolução científica e tecnológica, dos métodos de comunicação, da produção e dos mercados globais. Os profissionais têm recursos limitados no local de trabalho e impõem normas cada vez mais rigorosas no atendimento à população. Não diminuiu o impacto dos assistentes sociais no mercado de trabalho, afetando residentes condições de trabalho e de vida. Uma das maiores dificuldades que os assistentes sociais hoje enfrentam é reconhecer a realidade e formular planos de trabalho criativos, sustentáveis e implementados com base nas necessidades do seu dia a dia. Em suma, tornar-se um profissional com uma meta e não apenas um executivo é olhar para além do serviço social, rompendo com a visão convencional e repetida do serviço social, que por sua vez impede que o profissional vislumbre atividades inovadoras em suas ações. Diante dos desafios, é preciso poupar alguns dos recursos e forças teóricas e éticas e políticas acumuladas desde 1980, interpretá-los sob a ótica da ação no mundo contemporâneo, e deles participar, e fornecer trabalhos de qualidade a partir de entusiasmo. Os assistentes sociais precisam cultivar a própria capacidade de interpretar a vida real e criar propostas de trabalho bem mais criativas que possam salvaguardar e fazer cumprir os direitos de acordo com as necessidades emergentes da vida diária. Na década de 1980, o trabalho social se concentrava mais no país do que na sociedade, e mais nas políticas públicas sociais do que nos temas, estilos de vida e condições de trabalho. O código de ética expressa a visão da política ética e da prática profissional. Antes, o maior desafio era concretizar os princípios éticos no cotidiano do trabalho, de forma a evitar que se tornassem indicadores abstratos. Esse caminho da ética e da política exige que os profissionais tenham uma postura educada, crítica e competente. O exercício desta profissão vai além da implementação de políticas, formulação e gestão de políticas sociais, pois tem a capacidade de fazer recomendações, negociar seus projetos com as instituições e defender seu campo de atuação, qualificações e funções profissionais. Olhar para além do serviço social é condição para quebrar convenções, repetições e visões burocráticas do serviço social, o que nos impossibilita de imaginar a possibilidade de ações borradas na realidade. As mudanças históricas estão mudando a divisão do trabalho e da tecnologia na sociedade atual. O serviço social é a composição e institucionalização das ocupações sociais. Embora tenha uma ética profissional e seja regulamentado como uma profissão livre, ele é um trabalhador profissional que vende sua capacidade de trabalho para alguns empregadores. Esse processo de comparar e vender trabalho em troca de salários trouxe o serviço social para o reino da mercantilização e para o reino do valor. As mais diversas mudanças no mundo do trabalho são acompanhadas por mudanças no âmbito nacional e se refletem nas reformas implementadas pelo país, exigidas pelas políticas de ajuste e recomendadas pelo Consenso de Washington. Segundo os parâmetros do neoliberalismo, devido à crise fiscal do país, reduziu-se a possibilidade de financiamento dos serviços públicos sociais. Ao mesmo tempo, temos o preceito de reduzir os gastos do governo, e o sistema neoliberal descentralizou e desorganizou a distribuição dos serviços sociais públicos. O trabalho social é copiado como trabalho profissional porque é necessário para a sociedade. No processo de participação das empresas na produção e classificação da riqueza social, no âmbito nacional, elas podem participar da redistribuição da mais-valia por meio de fundos públicos, e contribuir para a descentralização e democratização da defesa nacional e a efetivação dos direitos sociais civis. Por meio dos indivíduos sociais, da composição da vida social e do papel dos serviços sociais na formação e reprodução da vida social, a primazia do trabalho muda para a produção e reprodução da vida material. A empresa apela aos serviços sociais para eliminar as tensões sociais e, por sua vez, criar comportamentos produtivos na força de trabalho, promover o bem-estar social e gerir as relações interpessoais nas suas áreas de trabalho específicas. Mesmo que essas condições ainda existam hoje, elas ocorrerão sob novas condições sociais e/ou nova mediação. Portanto, o discurso da axiologia do trabalhador ganha corpo e passa a ser seu vislumbre. Os homens têm necessidades sociais e precisam ser atendidas e satisfeitas por meio do trabalho, portanto, o trabalho é uma atividade no campo de reprodução da vida material, o que se pode fazer é minimizar as manifestações extremas da pobreza por meio de uma melhor distribuição. O produto do trabalho mantém inalterada a distribuição dos meios de produção, portanto, a base social exigida por uma sociedade de classes permanece a mesma. O serviço social é um trabalho profissional e tem como manifestação o serviço, cujos produtos intervêm na reprodução material do trabalho e na reprodução social e política dos indivíduos na sociedade. Em suma, o serviço social é visto como uma espécie de especialização do trabalho, e o papel do assistente social é a encarnação do seu trabalho, que se inscreve no âmbito da reprodução da vida social. Este processo de análise rejeita opiniões unilaterais. O foco é confirmar a visão holística na compreensão da dinâmica da vida social e determinar como os serviços sociais estão relacionados a todos os aspectos da vida social. Referência bibliográfica IAMAMOTO, Marilda Vilela. 1ª Parte: O Trabalho Profissional na Contemporaneidade. In: IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 26. ed. São Paulo: Cortez, 2015. p. 15-160.
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