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Deolinda Jaime Francisco BIOENERGÉTICA Curso de Licenciatura em ensino de Biologia - EaD Universidade Púnguè TETE 2021 Deolinda Jaime Francisco BIOENEGÉTICA Trabalho de caracter avaliativo da cadeira de Bioquímica como requisito de avaliação sob orientação do Mcs : Otílio Fernando Mulandeza Universidade Púnguè TETE 2021 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 3 1.1. Objectivos................................................................................................................................. 3 1.1.1. Geral .................................................................................................................................. 3 1.1.2. Espeíficos .......................................................................................................................... 3 1.2. Metodologia ............................................................................................................................. 3 2. DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................................... 4 2.1. Conceitos básicos da bioenergética .............................................................................................. 4 2.2. Oxidação biológica, características e sua importância ................................................................. 6 2.3. Cadeia respiratória; fosforilação oxidativa e inibidores da cadeia respiratória ......................... 11 2.4. Estratégias para catalisar reacções especifica; ........................................................................... 15 2.5. Bioquímica do sangue e da linfa; ............................................................................................... 18 2.6. Estrutura e metabolismo das hormonas ...................................................................................... 22 2.7. Fosforilação fotossintética. ....................................................................................................... 28 3. CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 33 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 34 1. INTRODUÇÃO Bioenergética é um modo de entender a personalidade, em termos do corpo e de seus processos energéticos. Esses processos, a produção da energia por meio da respiração e do metabolismo e a descarga de energia no movimento e expressão dos sentimentos, são as funções básicas da vida. A prática da bioenergética contempla o componente analítico e o trabalho com o corpo, que inclui procedimentos manipulatórios que consistem em exercícios especiais – como massagem, pressão controlada e toques suaves para relaxar a musculatura que está contraída. O presente trabalho aborda duma forma explícita sobre a bionergética. 1.1.Objectivos 1.1.1. Geral • Conhecer a bioenergética 1.1.2. Espeíficos • Identificar os conceitos básicos da bioenergética • Descver a oxidação biológia • Descrever a bioquímica do sangue e da Linfa • Explicar o metabolismo das hormônas 1.2.Metodologia Este estudo caracteriza-se por ser descritivo e de revisão de literatura a fim identificar e analisar pesquisas científicas relacionadas aos fundamentos e técnicas corporais da bioenergética. A busca bibliográfica foi realizada a partir da consulta de livros e artigos 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Conceitos básicos da bioenergética Uma breve revisão de princípios bioenergéticos nos fornecerá a base para a compreensão de muitos problemas no controle de perda de peso. Os seres humanos precisam de energia para realizar o trabalho biológico tais como a contração muscular, a biossíntese de glicogênio e proteína, transporte de íons e moléculas contra o gradiente de concentração, etc. A “moeda” primária de energia necessária para tal trabalho é encontrada nas ligações químicas da molécula de adenosina trifosfato (ATP). Essa energia é liberada pela quebra de ATP em adenosina difosfato (ADP) e fosfato inorgânico (Pi). A maioria do nosso requerimento diário de ATP é atendida pela sintetização de ATP a partir do ADP e de Pi na mitocôndria das células, sendo que a energia necessária para este processo é oferecida indiretamente pela oxidação de macronutrientes (carboidratos, gorduras e proteínas). A energia liberada pela quebra do ATP é então usada para o trabalho biológico. Observe que apenas uma porção da energia liberada a partir da oxidação de glicose é conservada na molécula recém- sintetizada de ATP. Na realidade, mais que metade da energia presente dentro da molécula de glicose é perdida como calor, um fenômeno descrito pela segunda lei da termodinâmica, que dita que as reações químicas não são necessariamente eficientes. Se a proporção de energia obtida a partir da glicose conservada como ATP diminuísse e a produção de calor aumentasse, o processo seria menos eficiente do ponto de vista energético que o normal. Calorimetria: a determinação de energia disponível nos alimentos é baseada na sua combustão em um calorímetro de bomba. A energia não é captada como ATP, mas sim convertida em calor; daí o uso da quilocaloria (uma unidade de energia calorimétrica) para quantificar a energia disponível nos alimentos. A correção dos dados da bomba calorimétrica para avaliar como o organismo consegue usar cada um dos macronutrientes resulta em valores de energia metabolizáveis iguais a 4 Kcal/g para carboidratos e proteínas e de 9 Kcal/g para gorduras. Bebidas alcoólicas (etanol) fornecem 7 Kcal/g. Equação do Balanço Energético: a primeira lei da termodinâmica declara que a energia não é criada nem destruída, mas sim que se transforma de uma forma para outra. Como a energia ingerida e a gasta devem ser contabilizadas, essa lei serve como base para a equação do balanço energético. Colocado de maneira simples, o excesso da ingestão energética comparada ao gasto promoverá o armazenamento da energia corporal; por outro lado, o déficit da ingestão energética comparado ao gasto promoverá a perda dos estoques de energia do organismo. O número de fatores que regulam a ingestão e gasto de energia em seres humanos é grande e complexo. Com relação à ingestão, o hipotálamo integra os sinais relacionados ao trato gastrintestinal, os sinais com origem no metabolismo de macronutrientes (principalmente no fígado) e os sinais químicos do sistema nervoso central e do periférico que são anabólicos (estímulo da fome, ex., neuropeptídeo Y) ou catabólicos (supressão da fome; ex.: leptina) para determinar os fatores biológicos que estimulam ou não a ingestão de alimentos. Além disso, esses sinais “biológicos” são associados a fatores psicossociais (a cultura, por exemplo), fatores comportamentais (como por exemplo a ingestão de salgadinhos durante os comerciais da televisão) e fatores ambientais (como por exemplo o tamanho das porções, qualidades sensoriais dos alimentos). Para indivíduos sedentários e moderadamente ativos, o gasto energético de repouso é, sem dúvida, o principal componente. Seu principal determinante é o tamanho corporal, principalmente a massa magra, incluindo os órgãos internos e o músculo esquelético. A contribuição da gordura corporal para o gasto energético de repouso é muito menor, mas cresce com o aumento da massa de gordura. O efeito termodinâmico dos alimentos representa o aumento no gastoenergético relacionado à digestão, absorção e assimilação de macronutrientes (termogênese obrigatória) assim como gasto energético adicional resultante da atividade aumentada do sistema nervoso simpático. O gasto energético da atividade física é responsável pelo restante do gasto calórico diário e inclui tanto a termogênese de exercícios como a de atividades não-físicas. Entre atividades não-físicas temos a manutenção da postura, as atividades de vida diária e demais movimentos. A quantidade de energia gasta na atividade física é controlada em grande parte de maneira voluntária e varia consideravelmente entre indivíduos e até para o mesmo indivíduo em dias diferentes. A equação do balanço energético costuma ser usado no aconselhamento para perda de peso para prever a magnitude das perdas de gordura corporal em resposta à redução da ingestão energética e/ou aumento do gasto energético relacionado à atividade física. Por exemplo, um indivíduo sobrepeso pode ser aconselhado a ter um déficit diário de 500 Kcal, reduzindo a ingestão de alimentos específicos da dieta. Como 250 g de gordura equivalem a aproximadamente 3500 Kcal, pode-se prever que uma pessoa teria um déficit semanal de 3500 Kcal (500 Kcal/dia x 7 dias/semana), o que promoveria a perda de gordura corporal de aproximadamente 22 kg por ano. Entretanto, como serão discutidas essas previsões são vagas; na melhor das hipóteses, demasiadamente simplistas e cometem um erro ao não considerar o organismo como um sistema dinâmico, capaz de passar por importantes ajustes metabólicos e comportamentais no gasto energético em resposta a mudanças na ingestão energética. 2.2. Oxidação biológica, características e sua importância "Processo pelo qual bactérias e outros microorganismos se alimentam de matéria orgânica e a decompõem. Dependem desse princípio a autodepuração dos cursos d'água e os processos de tratamento por lodo ativado e por filtro biológico" (The World Bank, 1978). "Processo em que organismos vivos, em presença ou não de oxigênio, através da respiração aeróbia ou anaeróbia, convertem matéria orgânica contida na água residuária em substâncias mais simples ou de forma mineral" (Carvalho, 1981). Oxidação biológica é o mecanismo em que micro-organismos degradam contaminantes da matéria orgânica de efluentes. Alimentam-se da matéria orgânica na presença de oxigênio e nutrientes. Isso reduz a DBO de efluentes, incluindo a toxicidade das impurezas, que são convertidas em: • Dióxido de carbono • Água • Biossólidos O ATP é a principal fonte de energia em todas as células. O organismo pode produzir ATP através da oxidação de carboidratos, ácidos graxos livres (FFAs), aminoácidos (AAs) e corpos cetônicos. As oxidações biológicas correspondem a um conjunto de reações bioquímicas, em nível celular, que fornecem às células a energia necessária à realização do trabalho celular. O metabolismo energético pode ser dividido em três estágios principais: hidrólise das macromoléculas (proteínas, polissacarídeos, lipídios) até as unidades constituintes (aminoácidos, monossacarídeos, ácidos graxos e glicerol); conversão das unidades constituintes em compostos oxidáveis (principalmente Acetil-CoA); oxidação do Acetil-CoA formando CO2 e H2O e captura da energia quando a síntese de ATP é acoplada à Cadeia de Transporte de Elétrons. A regulação metabólica é feita pela modulação de enzimas regulatórias de processos metabólicos chaves, de tal modo que se possa ativar ou inibir reações bioquímicas específicas para cada situação resultando em respostas biológicas adequadas. Existem dois tipos principais de regulação enzimática uma intracelular, comandada pela presença de moduladores alostéricos enzimáticos positivos ou negativos, e uma sistêmica deflagrada pelos hormônios. Os hormônios são importantes moduladores da atividade enzimática, pois sua ação na célula pode resultar na ativação de proteínas quinases ou fosfatases, as quais atuam sobre as enzimas, de tal modo que promovem a regulação covalente das mesmas por meio da fosforilação ou desfosforilação de um ou mais resíduos de tirosina, treonina ou serina. Os principais hormônios que influenciam diretamente o metabolismo energético incluem a insulina, o glucagon, as catecolaminas, o cortisol, o hormônio do crescimento, somatostatina, além de várias outras substâncias hormonais ou não-hormonais que podem agir tanto no nível periférico quanto central. Os objetivos desta revisão consistem em apresentar uma visão geral sobre o metabolismo energético. Visão Geral do Metabolismo Energético: Síntese De ATP A ATP é gerado pela oxidação de carboidratos, ácidos graxos livres (FFAs) e aminoácidos (AAs). O carboidrato primário (substrato) utilizado pelas células é a glicose, um monossacarídeo de seis carbonos (hexose). Quatro fases principais estão envolvidas na oxidação da glicose: transporte e retenção da glicose no ambiente intracelular; glicólise; ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs); fosforilação oxidativa. Na primeira fase, a glicose é transportada através da membrana por facilitadores do transporte de glicose bidirecional uma vez que é uma molécula hidrofílica. As duas famílias de transportadores de glicose são os co-transportadores de sódio-glicose (SGLTs) e os transportadores GLUT de difusão facilitada. Os SGLTs estão localizados na membrana apical dos epitélios intestinal e tubular proximal renal e são responsáveis pelo transporte transepitelial de glicose. Os GLUTs possuem 4 isoformas que promovem o transporte transmembrana da glicose. O GLUT 1 e GLUT3 são amplamente expressos por vários tipos celulares e estão acoplados a uma hexoquinase de alta afinidade que fosforilam a glicose em glicose-6-fosfato (G-6- P) promovendo a retenção no ambiente intracelular. O GLUT2 é uma isoforma expressa nas células hepáticas, beta-pancreáticas e na membrana basolateral das células do epitélio intestinal e do túbulo renal e está acoplado a uma hexoquinase de baixa afinidade (glicoquinase) que desempenha um papel fundamental na regulação dos níveis de glicose plasmática. O GLUT4, ao contrário das demais isoformas, possui expressão dependente de insulina ocorrendo primariamente no músculo esquelético e no tecido adiposo. Este receptor é encontrado na membrana de vesículas citoplasmáticas e, em resposta à sinalização da insulina, é translocado para a membrana plasmática. A glicólise envolve reações catabólicas citoplasmáticas que fornecem 2 ATPs/mol enquanto consome o co-fator NAD+ por meio da redução em NADH. Na primeira fase da glicólise ocorre a fosforilação da glicose seguida da formação de 2 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato. Na segunda fase o gliceraldeído-3-fosfato é convertido em piruvato, o produto primário da glicólise. Na presença de oxigênio, o piruvato é transportado para a matriz mitocondrial onde é convertido em Acetil coenzima A (Acetil CoA) pelo complexo piruvato desidrogenase e então metabolizado no ciclo do ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs ou ácido Cítrico) a partir da citrato sintase. A função do Ciclo de Krebs é oxidar o Acetil-CoA em CO2 e H2O, fornecer elétrons para a fosforilação oxidativa (cadeia respiratória) e intermediários de precursores importantes. Nessa etapa ocorre a formação total de 12 ATPs. A fosforilação oxidativa é o estágio no qual as moléculas intermediárias de energia como NADH e FADH2 participam da síntese de várias moléculas de ATP, por meio dos componentes da cadeia de transporte de elétrons que correspondem a complexos protéicos (centro redox: NADH-Q redutase, citocromo redutase, ubiquinina, coenzima Q , citocromo C, citocromo oxidase, ATP sintetase) localizados no espaço intermembrana da crista mitocondrial. Em resumo, o processo total de oxidação da glicose gera em torno de 36 a 38 ATPs. Os FFAs são convertidos, no citoplasma, emAcil-CoA (enzima Acil-CoA sintetase) e, posteriomente, transportados para matriz mitocondrial por meio da Carnitina Palmitoiltransferase (CPT-I e CPT-II) e Carnitina-Acilcarnitina Translocase. A Acil-CoA é metabolizada na mitocôndria por um ciclo de três reações sucessivas de remoção de pares de carbono denominado de beta-oxidação quando é gerado uma molécula de Acetil CoA que pode ser oxidada pelo ciclo do ácido tricarboxílico e pela fosforilação oxidativa. É importante ressaltar que aporte elevado de ácidos graxos livres (FFAs) ao fígado pode levar à formação do Acetoacetil-CoA, por meio de uma tiolase citoplasmática, e à ativação de sistemas enzimáticos que induzem a formação corpos cetônicos (acetoacetato, ?-hidroxibutirato, acetona) que poderão ser utilizados com fonte de energia por outras células ou eliminados pela respiração e excreção urinária. Os AAs também podem ser fonte de energia a partir da reação de transaminação (transferência do grupo amino para outra molécula) que converge para os diversos níveis do Ciclo do Ácido Tricarboxilíco (oxalacetato, a-cetoglutarato, piruvato, fumarato, succinil-CoA, acetil-CoA ou acetoacetil-CoA). A partir dos AAs que são degradados à Acetil-CoA e Acetoacetil-CoA (Tirosina, Leucina, Lisina, Isoleucina, Fenilalanina, Triptofano) também é possível a formação de corpos cetônicos. É importante ressaltar que a metabolização de AAs para obtenção de energia gera amônia (NH4+), uma substância altamente tóxica, e, portanto deve estar associada ao ciclo da uréia no fígado. Quanto aos produtos químicos finais e ao resultado essencial — libertação da energia — a oxidação biológica de um composto ter nário não difere da combustão do mesmo composto fora de qualquer organismo vivo. A diferença básica está em que o fenômeno só épossível, fora da matéria viva, em elevadíssimas temperaturas, e se dá pela'intervenção direta do oxigênio no processo de desintegração molecular e conseqüente formação dos produtos finais, C0 2 e OH2 . Nos organismos vivos todos os fenômenos se passam em baixa temperatura; a energia é libertada gradualmente das moléculas dos alimentos, através de sucessivas transformações parciais pelas quais a estrutura dessas moléculas vai se aproximando pouco a pouco do nível zero de energia quimico-potencial; o oxigênio não intervém diretamente na desintegração do composto inicial. Isso é possível pela concorrência de várias formas de oxidação, funcionando harmonicamente ao longo de uma série muito complexa de reações que exigem catalisadores específicos. Estes catalisadores são moléculas proteicas; conhecidas como enzimas. A oxidação bioquímica remove poluentes orgânicos úteis como suprimento de alimentos para o ecossistema de tratamento. A promoção desse mecanismo é, portanto, benéfica para o tratamento de efluentes. O lodo é gerado por esse processo conforme os micróbios crescem, se multiplicam e são removidos do sistema por meio de eliminação de resíduos (WAS). O fósforo é biologicamente removido deslocando a água ciclicamente de uma zona anaeróbica para condições altamente controladas para forçar organismos de acumulação de Polifosfatos (PAOs) a absorver quantidades excessivas de fósforo além do que precisam, levando a uma remoção líquida de fósforo do sistema. É aí que os produtos Innova MB se destacam. Nossa linha de micronutrientes especializados e proprietários e microbiologia cultivada aborda todos esses processos biológicos, incentivando o tratamento ideal de efluentes. Com desempenho comprovado, usamos uma abordagem abrangente a problemas de efluentes que aumentam a formação de flocos e as características de sedimentação, enquanto diminuem os níveis de DQO/DBO. O Innova MB-400 promove significativamente a oxidação biológica de seus efluentes — resultando em tempos de processamento reduzidos, menor desgaste do equipamento e menos limpezas e manutenção de água superficial. Os produtos Innova MB melhoram bastante o desempenho de sua estação, reduzindo a produção de lodo e diminuindo seu consumo/demanda por polímeros de desidratação, floculantes e outros produtos químicos caros. 2.3. Cadeia respiratória; fosforilação oxidativa e inibidores da cadeia respiratória Cadeia respiratória é a etapa da respiração celular que ocorre no interior das mitocôndrias, precisamente em sua membrana interna pregueada. Também denominada de cadeia transportadora de elétrons, realiza o transporte de átomos de hidrogênio energizados, ou seja, elétrons, a partir de substâncias aceptoras intermediárias (NAD e FAD) provenientes da glicólise e do ciclo de Krebs. Essas substâncias carregam os prótons H+ até a membrana interna da mitocôndria, onde são liberados na cadeia respiratória formada por proteínas transmembranares chamadas proteínas transportadoras. A partir desse ponto são liberados elétrons e o próton é gradativamente processado e armazenado no espaço entre as membranas interna e externa. Onde será forçado a transpor por difusão uma última proteína (sintetase ATP), que gera fluxo capaz de promover energia suficiente para ser absorvida na reação de conversão de ADP (Adenosina Difosfato) em ATP (Adenosina Trifosfato), molécula energética utilizada no metabolismo celular. Os eletros resultantes da cadeia respiratória são captados por moléculas de oxigênio, funcionando como aceptores finais de elétrons, produzindo água. Fosforilação oxidativa A fosforilação oxidativa é um processo em que a energia obtida por meio da degradação das moléculas provenientes dos alimentos, como a glicose, é convertida em ligações nas moléculas de adenosina trifosfato (ATP). Trata-se da etapa final da respiração celular – um processo de obtenção de energia realizado por alguns organismos na presença de oxigênio (processo aeróbio) – e onde ocorre a maior produção de ATP na maioria das células. https://www.biologianet.com/biologia-celular/glicose.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/atp-adenosina-trifosfato.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/o-que-celula.htm O que é a fosforilação oxidativa? A fosforilação oxidativa é uma das vias metabólicas da respiração celular. Nessa etapa, que ocorre na membrana interna das mitocôndrias de células eucarióticas e na membrana plasmática de células procarióticas, há a maior produção de ATP a partir de moléculas de adenosina difosfato (ADP). Ela envolve dois processos, o transporte de oxigênio e a quimiosmose. A fosforilação oxidativa acontece por meio de dois processos, o transporte de elétrons e a quimiosmose. Processos da fosforilação oxidativa • Transporte de elétrons Nessa etapa, as moléculas carreadoras de elétrons NADH (nicotinamida adenina dinucleotídeo reduzido) e FADH2 (flavina adenina nucleotídeo reduzido) transferem seus elétrons, provenientes do processo de degradação da glicose nas etapas anteriores da respiração celular, para a cadeia transportadora de elétrons. A cadeia transportadora de elétrons é constituída por moléculas carreadoras de elétrons enfileiradas na membrana interna da mitocôndria (em eucariontes) e da membrana plasmática (em procariontes). As moléculas de NADH transferem seus elétrons para a primeira molécula, uma flavoproteína denominada flavina mononucleotídeo. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Já as moléculas de FADH2 transferem seus elétrons para uma quinona denominada ubiquinona ou coenzima Q, o único composto não proteico da cadeia, em um nível energético mais baixo. Estão presentes na cadeia também outras moléculas carreadoras, as proteínas ferro-enxofre e citocromos. https://www.biologianet.com/biologia-celular/mitocondrias.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/celulas-procarioticas-eucarioticas.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/membrana-plasmatica.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/proteinas.htm Já na cadeia transportadora, os elétronspassam de molécula a molécula, fluindo em direção a um nível de energia mais baixo. Nesse processo, ocorre também o bombeamento de prótons da matriz mitocondrial, em eucariontes, para o espaço intermembranoso, formando um gradiente. Nos procariontes, o gradiente é formado por meio da membrana plasmática. Esse gradiente apresenta uma energia potencial armazenada, que é utilizada na produção de ATP. Em seguida, os elétrons ligam-se ao oxigênio e a íons H+ (prótons), formando água. Em organismos eucariontes, a fosforilação oxidativa acontece na membrana interna das mitocôndrias. • Quimiosmose Na membrana interna da mitocôndria (eucariontes) e na membrana plasmática (procariontes), está presente um complexo enzimático, a ATP-sintase, que atua na produção de ATP. A ATP-sintase promove o retorno dos prótons no gradiente citado anteriormente, liberando energia, e utiliza essa energia para a produção de ATP, por meio da fosforilação do ADP. A fosforilação oxidativa produz um saldo energético de cerca de 26 a 28 moléculas de ATP. Respiração celular Os seres vivos precisam de energia para o seu metabolismo. Essa energia, proveniente das moléculas dos alimentos, é liberada em processos que ocorrem de diferentes maneiras em organismos aeróbios e anaeróbios. Uma dos principais processos de obtenção de energia é a respiração celular, um processo aeróbio dividido em três etapas: • Glicólise: etapa que inicia não apenas a respiração celular, mas também faz parte de outros processos, como a fermentação. Nela ocorre a degradação parcial da glicose e apresenta como saldo final duas moléculas com três átomos de carbono, denominadas piruvato, duas moléculas de NADH e duas moléculas de ATP. • Ciclo de Krebs ou ciclo do ácido cítrico: etapa em que ocorre a degradação total da glicose. Ao final, são produzidas seis moléculas de NADH, duas moléculas de FADH2, duas moléculas de ATP e quatro moléculas de CO2. https://www.biologianet.com/biodiversidade/o-que-sao-seres-vivos.htm https://www.biologianet.com/zoologia/organismos-aerobios-anaerobios.htm https://www.biologianet.com/zoologia/organismos-aerobios-anaerobios.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/respiracao-celular.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/ciclo-de-krebs.htm • Fosforilação oxidativa: etapa final do processo de respiração celular, na qual ocorre a maior produção de ATP. Ao final, são produzidas entre 26 e 28 moléculas de ATP. A respiração celular apresenta um saldo energético de cerca de 32 moléculas de ATP, a maioria produzida na etapa de fosforilação oxidativa. Inibidores da cadeia respiratória: Os inibidores que paralisam a respiração pelo bloqueio da cadeia respiratória atuam em três locais. O primeiro é o inibido pelos barbituratos tal como o amobarbital, pelo antibiótico piericidina A e pelo inseticida e veneno de peixes rotenona. Esses inibidores impedem a oxidação de substratos que se comunicam diretamente com a cadeia respiratória, via uma desidrogenase dependente de NAD, por bloquear a transferência de elétrons do FeS até a CoQ. Atuam portanto no complexo I da cadeia transportadora de elétrons. Complexo Inibidores I Barbituratos (hipnóticos) Rotenona (inseticida) Piericidina A II 2-tenoiltrofluoroacetona Carboxina malonato (inibidor competitivo) III Antimicina A Dimercaprol IV Cianeto, monóxido de carbono azida sódica ácido sulfídrico A 2-Tenoiltrofluoroacetona e carboxina e seus derivados bloqueiam especificamente o complexo II, a redutase do succinato-UQ. O malonato é um inibidor competitivo da redutase do succinato-UQ. Essas drogas impedem a oxidação do FADH2. A antimicina e o Dimercaprol inibem a cadeia respiratória impedindo o fluxo de elétrons entre os citocromos “b” e “c”. A Antimicina é um antibiótico produzido pelo fungo Streptomyces griseus, e inibe especificamente a enzima redutase do UQ-citocromo c, impedindo o conseqüente fluxo de elétrons. O complexo IV, oxidase do citocromo c é especificamente inibida pelo cianeto, azida e monóxido de carbono. Cianeto e azida ligam-se fracamente à forma férrica do citocromo a3, enquanto monóxido de carbono liga-se apenas à forma ferrosa. As ações inibidoras do cianeto e da azida neste sítio são muito potentes, enquanto a principal toxicidade do monóxido de carbono reside na sua afinidade pelo ferro da hemoglobina. Sabendo-se que os animais carregam muitas moléculas de hemoglobina, eles precisam inalar uma quantidade muito grande de monóxido de carbono para morrer. Estes mesmos organismos, contudo, possuem comparativamente poucas moléculas de citocromo a3. Consequentemente, uma exposição limitada ao cianeto pode ser letal. Essa ação repentina do cianeto atesta para uma constante e imediata necessidade do organismo pela energia suprida pelo transporte de elétrons. 2.4. Estratégias para catalisar reacções especifica; A catalise enzimática ocorre quando enzimas aceleram reações bioquímicas específicas do metabolismo celular. A água oxigenada é uma solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) que, com o tempo, sofre uma reação de decomposição, liberando os gases oxigênio e hidrogênio: H2O2(aq) → H2O(l) + O2(g) Essa reação ocorre de forma bem lenta. Todavia, quando colocamos a água oxigenada de 10 volumes em um machucado, notamos uma grande efervescência, que é a mesma reação de decomposição mostrada acima, só que muito mais rápida. O que acelerou essa reação? Uma enzima presente no sangue chamada catalase. https://www.preparaenem.com/quimica/reacoes-analise-ou-decomposicao.htm https://www.preparaenem.com/quimica/reacoes-analise-ou-decomposicao.htm A formação de bolhas que é observada quando se coloca água oxigenada em machucado é resultado da atuação da enzima catalase As enzimas são proteínas de grande massa molar, sendo constituídas por longas cadeias de aminoácidos unidas por ligações peptídicas e articuladas em estruturas tridimensionais (veja como essas cadeias realmente são grandes na ilustração da enzima catalase no início deste artigo). As enzimas também são chamadas de catalisadores biológicos ou biocatalisadores. Conforme explicado no texto Catalisadores, uma catálise é uma reação química em que há presença de catalisadores. Estes, por sua vez, são substâncias capazes de aumentar a velocidade de determinadas reações sem participar delas, ou seja, são totalmente reconstituídas no final. Assim, as enzimas são catalisadoras porque aumentam a velocidade de reações bioquímicas que ocorrem em nosso organismo. Qualquer catálise ocorre porque os catalisadores fornecem um novo caminho para a reação, um caminho que necessita de uma energia de ativação menor. Eles unem-se ao reagente para formar um composto intermediário, que depois se transforma, originando o produto e regenerando o catalisador (isso pode ser visto em mais detalhes no texto Catálise Homogênea). Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) As enzimas atuam dessa forma, pois elas se combinam com uma molécula (substrato) e, através de uma baixa energia de ativação, formam uma estrutura intermediária, que, em seguida, decompõe-se facilmente, formando o produto e regenerando a enzima. https://www.preparaenem.com/quimica/catalisadores.htm https://www.preparaenem.com/quimica/energia-ativacao.htm https://www.preparaenem.com/quimica/catalise-homogenea.htm Esse mecanismo de ação das enzimas é chamado de chave-fechadura e foi proposto em 1894 pelo químico alemão Hermann Fischer (1852-1919). Assim como uma chave tem o formato específico para determinada fechadura, as enzimas possuem regiões específicas (sítios ativos) para que o substrato se encaixe. É por isso que as enzimas são altamente específicas, isto é, cada uma acelera somente uma etapa específica das vias bioquímicas envolvidas na formação de um determinado produto. A atividade das enzimas é controlável e seletiva. O esquemaa seguir nos ajuda a entender como a hipótese “chave-fechadura” explica o mecanismo de ação das enzimas: Esquema de funcionamento das enzimas baseado no modelo chave-fechadura Assim, as enzimas atuam no metabolismo celular convertendo nutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras em substâncias que podem ser absorvidas e usadas pelas células. Por isso, elas são tão importantes para nossas vidas. Um exemplo de catálise enzimática que ocorre no interior das hemácias é a realizada pela enzima anidrase carbônica. O gás carbônico (CO2) é transportado dentro de nosso corpo 70% das vezes dissociado em HCO3 -. Para tal, o CO2 reage com a água, formando o ácido carbônico, H2CO3, que se dissocia nos íons HCO3 - e H+. Mas essa reação demora alguns segundos. Por outro lado, dentro das hemácias, a anidrase carbônica converte instantaneamente o gás carbônico em ácido carbônico, acelerando essa reação cerca de 5 mil vezes! 2.5. Bioquímica do sangue e da linfa; O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo que garante o transporte de nutrientes, oxigênio e resíduos metabólicos pelo corpo, além de garantir os processos de coagulação sanguínea e defesa do organismo. O sangue é formado por uma matriz extracelular líquida, na qual são encontrados células e fragmentos celulares suspensos. Ele está contido dentro do sistema cardiovascular, o qual garante sua movimentação em um fluxo unidirecional. Componentes O sangue é composto por plasma sanguíneo, dois tipos celulares (eritrócitos e leucócitos) e fragmentos celulares nomeados plaquetas. Os eritrócitos, leucócitos e plaquetas são chamados elementos figurados do sangue. Esses elementos constituem 45% do volume do sangue, enquanto o plasma constitui 55% do seu volume. • Plasma sanguíneo O plasma sanguíneo é a parte líquida do sangue e apresenta-se com uma coloração amarelo-claro. Esse representa mais da metade do volume total de sangue do nosso corpo e é 90% constituído de água. No plasma são encontrados ainda sais minerais, proteínas, hormônios, entre outras substâncias, como nutrientes e resíduos do metabolismo. É no plasma que estão suspensos os elementos figurados. • Elementos figurados Os elementos figurados são as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. • Hemácias, glóbulos vermelhos ou eritrócitos https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-tecido.htm https://brasilescola.uol.com.br/saude-na-escola/nutrientes.htm https://brasilescola.uol.com.br/quimica/oxigenio.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/coagulacao-sanguinea.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-celula.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-sao-plaquetas.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hemacias.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/leucocitos.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-plasma-sanguineo.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sais-minerais.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/proteinas.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hormonios.htm As hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos e eritrócitos, são as células responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo. Elas são células anucleadas, ou seja, não possuem núcleo e têm o formato de um disco bicôncavo. Essas células são pequenas, apresentando cerca de sete a oito micrômetros de diâmetro. As hemácias possuem um período de vida curto, o qual dura cerca de 120 dias, sendo posteriormente destruídas, principalmente no baço. Em condições normais, essas células não saem do interior dos vasos sanguíneos. As hemácias apresentam formato de disco bicôncavo. A coloração vermelha dessas células é decorrente da presença de uma proteína denominada hemoglobina, que, além de garantir a cor, é a responsável pelo transporte de oxigênio no corpo. A ausência de núcleo nas hemácias favorece o aumento do espaço para a hemoglobina nessas células. Vale salientar que, além da ausência de núcleo, as hemácias também não possuem mitocôndrias. O sangue é vermelho devido à grande quantidade de hemácias encontrada nele. Essa célula é a encontrada em maior quantidade, sendo observados, em cada microlitro de sangue, cerca de cinco a seis milhões de eritrócitos. • Leucócitos ou glóbulos brancos Os leucócitos, também chamados glóbulos brancos, são as células responsáveis pela defesa do nosso organismo. São incolores, apresentam formato esférico e são capazes de realizar diapedese, que é sua saída ativa dos vasos sanguíneos, para atuarem na função de defesa em tecidos lesionados ou atacados por agentes patogênicos. Em média, a cada microlitro de sangue, encontra-se de cinco a dez mil leucócitos. https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hemacias.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-nucleo.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/a-estrutura-dos-vasos-sanguineos.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/proteinas.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-mitocondria.htm Existem diferentes tipos de leucócitos. Existem diferentes tipos de leucócitos, cada um realizando uma determinada função relacionada com a proteção do corpo. Alguns deles, por exemplo, realizam o processo de fagocitose, outros são responsáveis pela produção de anticorpos, que são proteínas de defesa. Neutrófilos, basófilos, monócitos, eosinófilos e linfócitos são tipos de leucócitos. Os leucócitos são divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos. Os granulócitos caracterizam-se por apresentar núcleo com formato irregular e grânulos específicos em seu citoplasma. Neutrófilos, eosinófilos e basófilos são leucócitos do tipo granulócito. Os agranulócitos, diferentemente do grupo anteriormente citado, apresentam um núcleo com formato mais regular e em seu citoplasma não se observa a presença de grânulos específicos. Linfócitos e monócitos são exemplos de agranulócitos. • Plaquetas As plaquetas são fragmentos de megacariócitos da medula óssea, ou seja, não são células propriamente ditas. Essas estruturas possuem cerca de dois a três micrômetros de diâmetro e também não possuem núcleo. Elas atuam no processo de coagulação e também ajudam na reparação de vasos sanguíneos que sofreram algum tipo de lesão. Em cada microlitro de sangue, existem cerca de 150 mil a 450 mil plaquetas. Onde é produzido O sangue é produzido na chamada medula óssea. Essa está localizada nas cavidades dos ossos esponjosos e também no canal medular dos ossos longos. Doenças que afectam o sangue Algumas doenças afetam diretamente as células sanguíneas, desencadeando uma série de consequências desagradáveis e até mesmo fatais. Vejamos, a seguir, algumas dessas doenças: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-anticorpo.htm https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-citoplasma.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/plaquetas.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/esqueleto-humano.htm • Anemia: quando há uma redução da quantidade de hemoglobina no sangue. A anemia pode ser desencadeada, por exemplo, por carência de ferro na alimentação e hemorragias. O indivíduo anêmico apresenta, entre outros sintomas, fraqueza, cansaço, falta de ar e tonturas. • Anemia Falciforme: quando se observa uma alteração nas hemácias, as quais apresentam uma forma de foice. Essa alteração pode desencadear a formação de coágulos que levam à obstrução dos vasos sanguíneos, o que pode gerar danos em certos órgãos. Na anemia falciforme, o indivíduo pode apresentar dores e fadiga. • Hemofilia: é um problema genético, ligado ao cromossomo X, que provoca alterações na coagulação do sangue. Isso significa que pessoas com esse problema podem apresentar excessivo sangramento diante de uma lesão. O tratamento da hemofilia geralmente se baseia na reposição do fator decoagulação que não está presente no paciente. • Leucemia: é um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos e caracteriza-se pela produção de células anormais. Existem, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 12 tipos diferentes de leucemia. O tratamento da anemia é variado e pode incluir quimioterapia, radioterapia e também transplante de medula óssea. Bioquímica da Linfa A linfa é um líquido transparente ou de coloração clara com aspecto leitoso, que circula lentamente através dos vasos linfáticos. A composição da linfa assemelha-se com a do sangue, exceto por não possuir hemácias. Apresenta glóbulos brancos, dos quais 99% são linfócitos. Basicamente, a linfa é um líquido pobre em proteínas e rico em lipídios. A linfa, assim como o sangue, contribui com o transporte e remoção de substâncias em diversas partes do corpo. Formação da Linfa Para entender a formação da linfa, é preciso saber que no meio interno do organismo existem três tipos de líquidos: o sangue, a linfa e o líquido intercelular ou intersticial. O que os diferencia é o local onde são encontrados. O líquido intercelular forma-se a partir do plasma sanguíneo que extravasa dos vasos capilares. Esse excesso se acumula entre as células, no espaço intersticial. https://brasilescola.uol.com.br/doencas/anemia.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/anemia-falciforme.htm https://brasilescola.uol.com.br/biologia/hemofilia.htm https://brasilescola.uol.com.br/doencas/o-que-e-leucemia.htm https://www.todamateria.com.br/sangue/ O líquido intercelular pode ter dois destinos: ser recolhido pelos capilares sanguíneos ou pelos capilares linfáticos. Quando o líquido intercelular é recolhido pelos capilares linfáticos, forma a linfa. Os poros dos capilares linfáticos são pequenos e não permitem a passagem das hemácias. Por essa razão, não encontramos hemáceas na linfa. Enquanto isso, os glóbulos brancos conseguem atravessar as paredes dos capilares sanguíneos e alcançam os espaços intersticiais, sendo recolhidos pelos capilares linfáticos. Os capilares linfáticos são extremamente finos e terminam em fundo cego. Eles ficam posicionados nos espaços intersticiais e sempre que há excesso de líquido nesse espaço, a pressão força sua migração para os capilares sanguíneos, formando linfa. Após ser recolhida pelos capilares linfáticos, a linfa é conduzida até aos vasos linfáticos. A partir daí, se junta ao sangue e deixa de ser linfa, voltando a ser plasma. As funções da Linfa • O sangue não transporta as substâncias diretamente para as células. A comunicação entre o sangue e tecidos é feita pelo sistema linfático. A grosso modo, podemos dizer que as células não recebem sangue diretamente e quem as nutre é a linfa; • Promove a eliminação de impurezas produzidas durante o seu metabolismo; • Promove a drenagem de substâncias e água dos espaços entre as células. 2.6. Estrutura e metabolismo das hormonas Os hormônios são substâncias químicas produzidas pelas glândulas, tecidos especializados e neurônios, que equilibram as funções biológicas do corpo. Cerca de 50 tipos de hormônios são produzidas pelas glândulas endócrinas. No corpo humano, os hormônios são responsáveis pelo metabolismo, crescimento, sexualidade, dentre outros. A palavra “hormônio”, de origem grega, significa movimento ou estímulo. Principais Hormônios do Corpo Humano Muitos hormônios são produzidos pelas glândulas que compõem o sistema endócrino (hipófise, tireoide, paratireoides, suprarrenais, pâncreas e as glândulas sexuais) do corpo humano. https://www.todamateria.com.br/hemacias/ https://www.todamateria.com.br/leucocitos/ https://www.todamateria.com.br/tireoide/ Assim, os principais hormônios do corpo humano são: hormônio do crescimento (GH), antidiurético (ADH), tiroxina (T4), paratormônio, adrenalina, glucagon, insulina, estrogênio, progesterona, prolactina, testosterona. Tipos de Hormônios Conheçamos a seguir alguns tipos de hormônios e como eles atuam no nosso organismo. Hormônio do Crescimento (GH) O hormônio do crescimento é responsável pelo crescimento do corpo como um todo O hormônio do crescimento é produzido pela hipófise sendo essencial para o crescimento dos seres humanos. Ele atua no organismo na medida em que promove o desenvolvimento da massa muscular e do alongamento do ossos. Sua ação está ligada à produção de IGF-1, que é produzido pelo fígado. A partir da junção desses do GH ao IGF-1 é que ocorre o crescimento e desenvolvimento dos tecidos. Antidiurético (ADH) O hormônio antidiurético atua nos rins e auxilia na eliminação de água pelo corpo Produzido na glândula hipotálamo e secretado pela neuro-hipófise, o hormônio antidiurético ou vasopressina atua sobre os rins, mais especificamente nos túbulos renais. Sua ação está relacionada ao controle da excreção de água no corpo, regulando, assim, a pressão sanguínea e o volume de urina armazenado na bexiga. Tiroxina (T4) O T4 é um hormônio que atua em diversas funções de controle do organismo A tiroxina, também conhecida como tetraiodotironina (T4) é um hormônio produzido pela glândula tireoide, que por sua vez é produzido pela hipófise. O T4 atua em conjunto com outro hormônio, a tri-iodotironina (T3) e na falta desses hormônios, acontece a liberação do TSH, estimulando a produção desses hormônios. Ela é responsável por diversas funções orgânicas, como: regulação do metabolismo, dos batimentos cardíacos, do desenvolvimento e crescimento do corpo e manutenção do peso corporal. Paratormônio O paratormônio atua na regulação de cálcio no sangue https://www.todamateria.com.br/tireoide/ O paratormônio é produzido pelas glândulas paratireoides, sendo responsável por regular a quantidade de cálcio no sangue. Este hormônio atua em conjunto com a calcitonina, que ajuda a reduzir o cálcio do sangue e estimular a glândula paratiroide para liberar o paratormônio e incitar a liberação de cálcio dos ossos para o sangue. Adrenalina A adrenalina é um hormônio ativado a partir de um gatilho de reação Produzida pela glândulas suprarrenais (adrenais), a adrenalina é o hormônio que atua no sistema nervoso, sendo liberado em momento de tensão e estresse, desenvolvendo sua função de preparar o corpo para a ação de algo. Ao identificar o gatilho de reação, a amígdala ativa o hipotálamo para que este possa ligar o sistema nervoso ao endócrino. A glândula pituitária (hipófise) libera para as glândulas suprarrenais a ativação do hormônio. Os efeitos mais comuns da adrenalina são: sudorese excessiva, contração dos vasos sanguíneos, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento da pressão arterial e frequência respiratória. https://www.todamateria.com.br/paratireoides/ https://www.todamateria.com.br/glandulas-suprarrenais/ https://www.todamateria.com.br/adrenalina/ Glucagon O glucagon é um hormônio que aumenta o nível de glicose no sangue O glucagon é um hormônio produzido pelo pâncreas e que atua no equilíbrio da taxa de glicose no sangue. Sua ação é realizada por meio da ativação da enzima fosforilase, ou seja, quando as moléculas de glicogênio do fígado são transformadas em moléculas de glicose. É a partir da ação exercida pelo glucagon que é evitada a hipoglicemia (queda da taxa de açúcar no sangue). Insulina A insulina é o hormônio responsável por permitir a entrada de glicose na célula Produzida pelo pâncreas, a insulina atua na absorção e controle da taxa de glicose pelas células. Ela ajuda a evitar a diabete ou hiperglicemia (aumento de glicose no sangue). https://www.todamateria.com.br/pancreas/ https://www.todamateria.com.br/glucagon/ Estrogênio O estrogênio é um hormônio produzido pelos ovários femininos. Ele é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais nas mulheres, como crescimentos dos seios, pelos pubianos, dentre outros. A produção deste hormôniopelo organismo varia de acordo com a idade da mulher. Na puberdade, o estrogênio desempenha importante função no ciclo menstrual. Durante a gestação sua produção é aumentada, pois ele prepara o corpo para o parto. Progesterona A progesterona é responsável pelas mudanças no organismo da mulher grávida A progesterona é um hormônio produzido pelos ovários, pois ele atua no desenvolvimento do corpo para receber uma gestação. Este hormônio é essencial para a mulher, pois tem relação com a menstruação, fecundação, transporte e implantação do óvulo fertilizado. A progesterona é responsável pela preparação do útero e das mamas, bem como a inibição das contrações uterinas a fim de assegurar o desenvolvimento do feto. Prolactina A prolactina é o hormônio responsável pela produção do leite materno A prolactina é o hormônio produzido nas glândulas mamárias femininas. Ele é responsável pela produção do leite para alimentar o bebê e, por isso, durante a gestação as mamas ficam cheias de leite a fim de assegurar a nutrição do recém-nascido. Testosterona A testosterona é responsável pelas características sexuais masculinas A testosterona é o hormônio produzido pelos testículos, sendo responsável pelo desenvolvimento das características sexuais masculinas. Os níveis de testosterona diminuem com o passar dos anos. Ela atua no desenvolvimento da bolsa escrotal, no crescimento da barba, engrossamento da voz, crescimento dos músculos, dentre outros. https://www.todamateria.com.br/estrogenio/ https://www.todamateria.com.br/progesterona/ Disfunção e Distúrbios Hormonais Quando os hormônios não estão funcionando corretamente, dizemos que o corpo está sofrendo uma disfunção hormonal, que pode ocorrer tanto nos homens quanto nas mulheres. A disfunção hormonal é muito comum nos casos relacionados às glândulas sexuais. Os problemas mais recorrentes estão relacionados a infertilidade, aumento de peso, acne e pelos corporais, bem como os chamados “ovários policísticos”, no caso das mulheres, e a “andropausa”, nos homens. No entanto, os distúrbios hormonais são caracterizados pela deficiência das glândulas endócrinas, de maneira que passam a produzir uma quantidade menor de hormônios. Dessa forma, o tratamento é baseado na reposição hormonal. 2.7. Fosforilação fotossintética. É um processo de conversão de energia luminosa em energia química. Os seres fotoautotróficos utilizam a energia luminosa para produzir compostos orgânicos, como a glicose, usando como fonte de carbono o dióxido de carbono e como fonte de electrões/hidrogénio a água. A fotossíntese pode ser expressa globalmente pela seguinte equação: 6 CO2 +12 H2O → C6H12O6 + 6 O2 + 6 H2O A produção de oxigénio pelos organismos fotossintéticos é extremamente importante como fonte de oxigénio atmosférico utilizado pela maioria dos organismos – incluindo os fotossintéticos – para completarem as suas cadeias respiratórias e obterem daí energia. A fotossíntese poderá ser compartimentada em duas fases: uma que depende directamente da luz – fase fotoquímica e outra que não depende – fase química. A primeira produz ATP e um transportador de electrões reduzido (NADPH + H+), a segunda usa o ATP, NADPH + H+ e CO2 para produzir açúcar. Na fase fotoquímica, a energia luminosa é utilizada para produzir ATP a partir de ADP + Pi, através de um conjunto de reacções mediada por grupos de moléculas – os fotossistemas – num ciclo chamado fotofosforilação. Existem dois tipos de fotofosforilação: uma não cíclica que produz NADPH e ATP e uma cíclica que produz apenas ATP. Na fase química, que não depende directamente da luz, os produtos da fotofosforilação não cíclica – NADPH e ATP – e o CO2 são usados para produzir glicose, no denominado ciclo de Calvin-Benson. Apesar de se denominar também fase escura, não é totalmente independente da luz, uma vez que para a enzima responsável pela fixação do CO2 , a RuBiscCo, requer luz para ser reduzida e estar no seu estado activo. Ambas as fases da fotossíntese decorrem no cloroplasto, mas em locais diferentes deste organelo. Fase dependente da luz 1. fotofosforilação não-cíclica Em termos evolutivos o aparecimento da fotofosforilação não cíclica foi extremamente importante, dado que durante o processo os seres fotossintéticos usam energia luminosa para produzir ATP, NADPH + H+ e libertar O2 o que foi fundamental para o aparecimento/desenvolvimento de seres aeróbios e para a conquista do ambiente terrestre. Durante esta fase ocorrem reacções de oxirredução: as moléculas de água são oxidadas e os electrões libertados vão repor o défice de electrões das moléculas de clorofila excitadas pela luz. Os electrões libertados pelas clorofilas pela acção da luz são transferidos em reacções em cascata através de agentes oxidantes até ao NADP+ que é reduzido para NADPH + H+. Estas reacções de oxirredução espontâneas libertam energia – exergónicas – que é utilizada na fosforilação do ADP formando ATP. São necessários dois tipos de moléculas de clorofila distintos associados a dois fotossistemas diferentes, que consistem em agrupamentos de moléculas de clorofila e pigmentos acessórios. • fotossistema I – contém clorofila a P700 (este valor corresponde ao comprimento de onda – em nanómetros – da luz absorvida pela molécula de clorofila a) e é responsável pela redução do NADPH + H+. • fotossistema II – o centro reactivo do fotossistema II contém clorofila a do tipo P680 – significando que para excitar as suas moélculas de clorofila são necessários fotões mais energéticos do que para o fotossistema I, e utiliza a luz para oxidar as moléculas de água, produzindo electrões, protões (H+) e oxigénio (O2). Os electrões da água passam por uma cascata de transportadores redox localizados na membrana dos tilacóides do cloroplasto. Parte da energia libertada ao longo desta cascata vai ser aproveitada para a fosforilação de ADP + Pi em ATP. O funcionamento destes dois fotossistemas requer um absorção contínua de luz, que excita as moléculas da clorofila a que libertam electrões formando um redutor e um oxidante necessários para que as reacções ocorram. O fotossistema II (P680) absorve fotões, que excitam as moléculas de clorofila libertando electrões para um agente oxidante (feofitina I), e a clorofila P680 fica oxidada (P680+). Os electrões resultantes da oxidação da água passam para a P680+, reduzindo-a à sua forma de P680 novamente e permitindo a continuação da absorção de fotões. Os electrões resultantes da oxidação de P680 são transportados através de uma cascata de reacções de oxirredução que produzem energia que será utilizada para formar ATP. No fotossistema I (P700) a absorção de fotões causa a libertação de electrões que reduzem a ferredoxina ficando na sua forma oxidada de P700+. A clorofila P700 é reduzida pelos electrões libertados nas reacções de oxirredução do fotossistema II. Os electrões do fotossistema I serão necessários no final da fotofosforilação não cíclica em conjunto com protões para a redução da molécula de NADP+ a NADPH + H+. 2. Fotofosforilação cíclica A fotofosforilação responsável por apenas formar ATP é cíclica porque o electrão libertado pela molécula de clorofila fotoexcitada regressará à mesma molécula de clorofila no final das reacções. A água que fornece electrões às clorofilas oxidadas no sistema não cíclico, não participa nestas reacções, logo não há produção de oxigénio. Antes do início da fotofosforilação, a clorofila P700, o centro de reacção da clorofila do fotossistema I, está no seu estado fundamental (não excitado). Quando absorve um fotão e oxida, a sua forma oxidada reage com a ferrodoxina reduzindo-a. Esta reacção é espontânea e exergónica (liberta energia). A ferredoxina reduzida por sua vez reduz a plastoquinona (molécula pertencente à cadeia de oxirredução que liga o fotossistema I e II), e o electrão libertado passapara o complexo citocrómico e é transportado ao longo da cadeia de electrões até se completar o ciclo e regressar à clorofila P700 inicial. A energia libertada durante estas reacções será utilizada na fosforilação do ADP em ATP. Formação de ATP Nos cloroplastos, assim como nas mitocôndrias, os electrões são transportados ao longo de cascatas de transportadores através de reacções de oxirredução libertando energia que é utilizada no transporte de protões através da membrana. No cloroplasto os transportadores de electrões encontram-se na membrana dos tilacóides, promovendo o transporte de protões para o interior do tilacóide, cujo pH é mais ácido do que no exterior. A diferença de pH entre o exterior e o lúmen do tilacóide é resultado do gradiente de protões. Os protões presentes no lúmen têm três origens: a fotólise da água que ocorre no fotossistema II e liberta oxigénio, protões e electrões; protões provenientes da transferência de electrões do fotossistema II para a a plastoquinona na fotofosforilação não cíclica consome dois protões do estroma que são depois libertados no lúmen quando a plastoquinona é oxidada; e por último, a redução das plastoquinona pela ferredoxina durante a fotofosforilação cíclica promove a transferência de protões do estroma para o lúmen. Também responsável pelo gradiente protónico é a redução do NADP+ para NADPH pela NADP redutase. A diferença de pH entre interior e exterior do tilacóide promove o transporte passivo por difusão simples dos protões de volta ao exterior do tilacóide, através de canais de proteínas membranares, as sintetases de ATP. Assim, o movimento dos protões através das sintetases de ATP permite usar a energia da cadeia transportadora de electrões para formar ATP a partir de ADP + Pi. Fase independente da luz A esta segunda fase da fotossíntese corresponde o Ciclo de Calvin-Benson onde ocorre fixação de CO2 com formação de um primeiro composto orgânico com 3 carbonos – denominando-se as plantas com este metabolismo plantas C3 – e como composto final a glicose. Estas reacções ocorrem no estroma do cloroplasto onde se encontram a maior parte das enzimas. O CO2 captado do meio combina-se com uma pentose, a ribulose difosfato ou RuDP (a RuDP é uma molécula orgânica com cinco carbonos - 5C), originando um composto intermédio instável de seis carbonos, que rapidamente forma duas moléculas com três carbonos – ácido fosfoglicérico ou PGA (o PGA possui 3 carbono, 3C e 2 fosfato, 2P). Estas reacções de fixação de CO2 são catalisadas pela enzima ribulose difosfato carboxilase-oxidase (RuBisCo). As moléculas de PGA são fosforiladas pelo ATP e posteriormente reduzidas pelo NADPH proveniente da fase fotodependente, formando o aldeído fosfoglicérico (PGAL, com 3C e 1P). As reacções seguintes do ciclo têm como objectivo produzir mais RuDP e moléculas orgânicas mais complexas, como a glicose. Por cada 12 moléculas de PGAL formadas, 10 serão utilizadas para regenerar RuDP e as duas restantes para sintetizar compostos orgânicos mais complexos (glicose e outros glícidos). O PGAL pode também ser convertido noutros compostos orgânicos como lípidos (glicerol e ácidos gordos) ou prótidos (aminoácidos). Equação global da reacção da fase independente da luz: 6CO2 + 12NADPH2 + 18ATP → 12NADP + 18ADP + 18P + 6H2O + C6H12O6 Os produtos resultantes do ciclo de Calvin-Benson são fundamentais para a dinâmica da biosfera. Muita da energia armazenada nos compostos orgânicos produzidos é utilizada pelas próprias plantas através de processos metabólicos como a glicólise e a respiração celular. E pelos animais e outros consumidores através da ingestão dos organismos fotossintéticos. Como referido anteriormente, embora se denomine fase escura à fase em que decorre o ciclo de Calvin-Benson, a luz é crucial uma vez que a principal enzima responsável pelo processo, a RuBisCo, é fotodependente. As suas propriedades são muito semelhantes em todos os organismos fotossintéticos, desde as bactérias às angiospérmicas (plantas com flor), mas algumas dessas propriedades são limitativas da sua actividade. Para ultrapassar estas limitações os organismos desenvolveram formas alternativas: a fotorespiracão onde o substrato da RuBisCo é o oxigénio e não o dióxido de carbono, e mecanismos e anatomias diferentes de compensação. 3. CONCLUSÃO A bioenergética permite, assim, a compreensão da forma de expressão corporal de cada um, por meio da prática de exercícios que aliam ações corporais, mentais e espirituais, com o objetivo de ajudar as pessoas a liberarem toda sua carga de prazer e alegria reprimida desde cedo. A regulação do metabolismo energético é fundamental para que um organismo possa responder de modo rápido e eficiente a variações das condições ambientais, alimentares ou ainda a condições adversas como traumas e patologias. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • AIRES, MM. Fisiologia. 3 ed. Guanabara Koogan, 2008. • BERG JMT, TYMOCZKO JL, STRYER L. Bioquímica. 6 ed. Guanabara Koogan, 2008. • KOEPPEN BM, STANTON BA. BERNE & LEVY: FISIOLOGIA. 6 ed. Elsevier, 2009. • MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 3ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2011. • NELSON, D.L.; COX, M.M. Lehninger Princípios de bioquímica. 5ª ed. São Paulo: Editora Sarvier, 2011. • RICHARD A H., FERRIER D. R. Bioquímica Ilustrada. 5ª Edição. Editora Artmed, 2012. • SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sangue"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sangue.htm. Acesso em 28 de dezembro de 2021. • STRYER, Lubert. Bioquímica. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan. 5ª edição 2004. CONN, E.E.; STUMPF, P.K. Introdução à bioquímica. São Paulo, Edgard Blücher. Tradução da 4ª edição. 2004.
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