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A EXPEDIÇÃO DE PEDRO TEIXEIRA ❖ A expedição de Pedro Teixeira foi organizada por Jácome de Noronha (1637-1638), após a expedição de Brieba e Toledo que lhe deram as informações necessárias. Em 27 de outubro de 1637, a expedição partiu de Cametá e subiu o rio Amazonas. Os relatos foram feitos pelos padres Cristóbal de Acuña e Alonso de Rojas. ❖ O relato de Alonso de Rojas, intitulado “Descobrimento do Rio Amazonas”, junto com o relato do padre Cristóbal de Acuña, “Descobrimento Del Grand Rio de la Amazonas”, surpreendem pela precisão dos dados técnicos sobre a largura, a profundidade e o comprimento do rio; as sugestões de aproveitamento das terras que o margeiam, assim como a construção de fortalezas em pontos estratégicos. ❖ As crônicas enfatizam a densidade populacional às margens do grande rio e dos tributários, informa sobre a diversidade linguística, as habitações asseadas, a alimentação farta, os feiticeiros temidos e a inexistência de templos, ritos e cerimônias religiosas. ❖ A expedição de Pedro Teixeira abriu as comunicações com Quito, provando-as exequíveis; tornou o trecho entre os Andes e o Atlântico conhecido, possibilitando, dessa forma, o domínio português. Do ponto de vista geopolítico, a expedição contribuiu para a reforma territorial, até então determinada pelo Tratado de Tordesilhas. http://www.dphcex.eb.mil.br/noticias/542-expedicao-de-pedro-teixeira-e-a-conquista-da-amazonia http://www.dphcex.eb.mil.br/noticias/542-expedicao-de-pedro-teixeira-e-a-conquista-da-amazonia Graciete Guerra da Costa - FORTES PORTUGUESES NA AMAZÔNIA BRASILEIRA Pós-doutora na Universidade de Brasília pelo Programa de Pesquisa e Pós-Graduação no Instituto de Relações internacionais ❖ Forte do Presépio – Belém - PA (1616) ❖ Forte de Santo Antônio de Gurupá – PA (1623) ❖ Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro – Manaus – AM (1669) ❖ Forte de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Paru – Almeirim – PA (1680) ❖ Forte de Santo Antônio dos Pauxis de Óbidos – PA (1685) ❖ Fortaleza do Tapajós – Santarém – PA (1697) ❖ Forte Nossa Senhora da Conceição – Costa Marques - RO (1754) ❖ Forte de São Gabriel da Cachoeira – AM (1761) ❖ Fortaleza de São José de Macapá – AP (1764) ❖ Forte São Francisco Xavier de Tabatinga – AM (1766) ❖ Forte de São Joaquim do Rio Branco – Boa Vista – RR (1775) ❖ Real Forte Príncipe da Beira – Costa Marques – RO (1776) TRATADO DE MADRI ❖ Com o passar do tempo, no século XVIII, o Tratado de Limites entre Portugal e Espanha, chamado Tratado de Madri e assinado em 1750, deu a Portugal o território devassado por Pedro Teixeira. ❖ o trabalho cartográfico, geográfico e histórico que permitiu a realização desse Tratado deve-se ao paulista Alexandre de Gusmão. ❖ Esse Tratado, embora mais tarde anulado e substituído por outro, deu ao Brasil o feitio que tem hoje, como assinala o poeta Cassiano Ricardo, "e o Brasil tomou forma de harpa". MISSIONÁRIOS E CATEQUESES ❖ Desde o século XVI a Igreja se colocou “ao lado do índio”, defendendo-o, procurando impedir a sua escravização, o que em parte não conseguiu fazer ainda que levantasse sua voz contra os massacres das tribos. ❖ Era comum o uso do braço indígena onde o escravo negro era ausente ou muito caro. ❖ São Paulo, ao Sul, e a Amazônia, ao Norte, tiveram sempre o índio como elemento escravizado e, assim a cultura indígena, principalmente a sua língua, teve forte influência no linguajar dessas regiões. ❖ Destacamos como elemento de catequese na região os jesuítas, os franciscanos, os carmelitas e os memenários, também conhecidos como mercedários. ECONOMIA DA REGIÃO NORTE ❖ Após a efetivação do Tratado de Madrid, em 1750, Portugal intensificou a ocupação das terras amazônicas com a criação da Companhia Geral do Comércio do Grão- Pará e Maranhão, no intuito de organizar a produção de drogas do sertão realizada na região e comercializada com a Europa. ❖ Durante o século XIX teve início na região Norte o Ciclo da Borracha (1870-1910). O látex extraído da seringueira sempre foi de conhecimento dos índios, que o utilizavam para a impermeabilização de materiais e para a confecção de combustíveis e tochas. ❖ Com o avanço da industrialização nos países centrais e as descobertas do processo de vulcanização e do pneumático, aumentou a demanda pela borracha, cuja extração, ainda em 1840, começou a prosperar a região. Júlio César Lázaro da Silva ❖ O processo atraiu um grande contingente de população proveniente da região Nordeste, em geral os imigrantes que fugiam da seca, ao mesmo tempo em que ocorreu uma grande pressão internacional pelo aumento da produção. Em 1876, foram contrabandeadas algumas mudas de seringueira para a Inglaterra, que foram plantadas em colônias inglesas asiáticas, em destaque Índia, Malásia e Ceilão – atual Sri-Lanka, exercendo uma enorme concorrência com a borracha produzida no Brasil. ❖ Em 1912 começou o declínio da produção de borracha na Amazônia, causando desemprego e fuga de capitais. No período entre guerras (1929-1946) houve um refluxo, em razão dos interesses norte- americanos, viabilizados na construção da Fordlândia, que tinha como intuito fornecer pneus para as fábricas da Ford. Em geral, o ciclo da borracha obteve como resultados: ✓ Compra do Acre junto à Bolívia (1903) – Tratado de Petrópolis, ✓ Construção das ferrovias Madeira-Mamoré (1903) e Belém-Bragança (1908); ✓ Aumento dos movimentos migratórios para a região (espanhóis, franceses, açorianos e principalmente cearenses que fugiam das secas); ✓ Consolidação da lógica predatória e desmatamento. ✓ Crescimento urbano das cidades de Manaus e Belém. Júlio César Lázaro da Silva ❖ No período colonial a área da Região Amazônica estava dividida em dez unidades político-territoriais entre capitanias gerais e secundárias, subordinadas diretamente ao Governo Central de Portugal. Eram elas Maranhão, Grão Pará, Tapuiara, Gurupá, Cametá, Cabo Norte (Amapá), São José do Rio Negro (Amazonas), Mato Grosso e Goiás. ❖ Proclamada a independência, toda vasta região Amazônica ficou sob a administração de uma única unidade política, a Província do Pará, que, logicamente não condições para tal. ❖ O Constituinte de 1823, Antonio Carlos de Andrade e Silva, propôs a reformulação da divisão do País, criando várias unidades políticas na Amazônia. Em 1849, o visconde de Porto Seguro (Francisco Adolfo de Varnhagen) propôs a divisão da Amazônia em oito províncias: Centro Amazonas, Rio Negro, Paraguai-Xingu, Madeira, Pará, Novo Piauí Goiás e Maranhão. Porém, a única modificação ocorrida foi a criação da Província do Amazonas, em 1850, desmembrada da Província do Grão-Pará. ❖ República em 15 de novembro de 1889, as Províncias passaram a ser identificadas como Estados. Apenas uma nova unidade federativa foi criada, em 1903, o Território do Acre, para dar solução ao problema decorrente da compra da área que pertencia à Bolívia. Nilson Montoril TERRITÓRIOS / POLÍTICO ❖ A eclosão da II Guerra Mundial contribuiu bastante para que o Governo Federal atentasse para a necessidade de criar fronteiras vivas e a defesa da Segurança Nacional. No dia 11 de outubro de 1940, o Presidente Getúlio Vargas, que tinha estado em Manaus estendeu sua viagem até a cidade amazonense de Porto Velho. ❖ A área do atual Estado de Rondônia era conhecida como região do Alto Madeira e seus ocupantes reivindicavam há bastante tempo a criação de um território federal com sede em Porto Velho. ❖ Getúlio Vargas era defensor da campanha “Marcha para o Oeste” e sabia ser necessária a ocupação de áreas de fronteiras, caso do atual Estado de Rondônia, onde funcionava a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, dirigida pelo Tenente Aluisio Ferreira. ❖ A borracha produzida no vale do Guaporé e regiões limítrofes eram transportadas através da ferrovia. Ao ver a relativa infraestrutura local, Getúlio disse: ”Isso já é um Território Federal”. ❖ Autorizou os estudos para a criação de cinco Territórios Federais: ✓ Guaporé (desmembrado do Amazonas e Mato Grosso), “Rondônia” ✓ Rio Branco (Amazonas); ✓ Amapá(Pará), ✓ Iguaçu (Paraná) ✓ Ponta Porã (Mato Grosso). ❖ Às 16 horas do dia 13 de setembro de 1943, no salão dos despachos do Palácio do Catete, Getúlio Vargas assinou o Decreto-Lei nº 5.812, instituindo as novas unidades federais. ESTADOS DA REGIÃO NORTE ❖ Amazonas (AM) - Manaus ❖ Pará (PA) - Belém ❖ Acre (AC) - Rio Branco – Território em 1904 e Estado em 1962 ❖ Rondônia (RO) - Porto Velho – Território em 1943 e Estado em 1981. ❖ Roraima (RR) - Boa Vista – Território em 1943 e Estado em 1988. ❖ Amapá (AP) – Macapá – Território em 1943 e Estado em 1988 ❖ Tocantins (TO) – Palmas – Estado criado em 1988.
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