Buscar

ebook (10)

Prévia do material em texto

Unidade 3
Abordagens 
Modernas da 
Administração
Antonio Carlos Pisicchio
Evolução do 
Pensamento em 
Administração
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor
ANTONIO CARLOS PISICCHIO
O AUTOR
Antonio Carlos Pisicchio
Olá. Meu nome é Antonio Carlos Pisicchio. Sou formado em 
Administração pela Universidade Estadual de Londrina e sou Mestre em 
Administração pela Universidade Federal do Paraná, com uma experiência 
técnico-profissional na área de administração, estratégia e marketing. 
Passei por empresas de diversos setores como Engenharia e Construção 
Civil, Recuperação de Crédito e Educação, atuando em setores de 
estratégia e inteligência de mercado. Sou apaixonado pelo que faço e 
adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando 
em suas profissões. Por isso, fui convidado pela Editora Telesapiens a 
integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder 
ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
INTRODUÇÃO:
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova compe-
tência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA:
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou dis-
cutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das últi-
mas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO:
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Administração por Objetivos .................................................................. 12
Origem da Administração por Objetivos ........................................................................ 12
Características da APO ................................................................................................................ 13
Estabelecimento Conjunto de Objetivos .................................................. 15
Estabelecimento de Objetivos de cada Departamento ou 
Função.................................................................................................................................. 16
Interligação entre os Vários Objetivos Departamentais .................... 16
Ênfase na Mensuração e Controle de Resultados .............................. 16
Continua Avaliação, Revisão e Reciclagem dos Planos .................. 16
Participação Atuante dos Gestores e Subordinados ........................ 17
Apoio Intensivo do Staff ........................................................................................... 17
Objetivos ................................................................................................................................................ 17
Como Definir Objetivos? .......................................................................................... 18
Hierarquia dos Objetivos ........................................................................................ 19
Estratégia Organizacional ......................................................................................................... 20
Qual a Diferença entre Estratégia e Tática ................................................ 20
Planejamento Estratégico ...................................................................................... 21
Matriz SWOT ....................................................................................................................23
Ciclo APO ..............................................................................................................................................24
Críticas à Administração por Objetivos............................................................................25
Abordagem Estruturalista .......................................................................27
Origens da Teoria Estruturalista ............................................................................................28
Teoria Burocrática de Weber ...............................................................................29
Sociedade de Organizações .................................................................................................. 30
Organizações Formais .............................................................................................. 31
Organizações Complexas ...................................................................................... 31
O Homem Organizacional ......................................................................................................... 31
Características da Teoria Estruturalista ...........................................................................32
Análise de Organizações ...........................................................................................................33
Organização Formal e Informal ..........................................................................33
Recompensas Materiais e Sociais ...................................................................33
Diferentes Enfoques de Organização............................................................34
Níveis Organizacionais .............................................................................................34
Diversidade de Organizações .............................................................................34
Análise Inter Organizacional .................................................................................35
Tipologia de Organização de Etzioni ................................................................................35
Ambiente Organizacional ..........................................................................................................37
Estratégia Organizacional ..........................................................................................................37
Conflitos Organizacionais ......................................................................................................... 39
Críticas a Teoria Estruturalista ............................................................................................... 40
Abordagem Comportamental ................................................................ 41
Origens da Teoria Comportamental ..................................................................................42
Pressupostos da Teoria Comportamental..................................................43
Teoria da Hierarquia de Necessidades de Maslow ................................................43
O que a Teoria de Maslow Mostra ...................................................................45
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg ...............................................................................45
Teoria X e Teoria Y ...........................................................................................................................47
Teoria X ................................................................................................................................47
Teoria Y ................................................................................................................................47
Processo Decisório .......................................................................................................................48
Teoria do Equilíbrio Organizacional................................................................................... 49
Conflitos entre a Organização e seus Participantes ............................................. 50
Liderança ............................................................................................................................................... 51
Críticas à Teoria Comportamental ....................................................................................... 51
Teoria de Sistemas......................................................................................54
Premissas Básicas da Teoria de Sistemas ....................................................................55
Conceito de Sistemas ..................................................................................................................55
Classificação de Sistemas .................................................................................... 56
Componentes dos Sistemas ............................................................................... 56
Organização como um Sistema Aberto ..........................................................................57
ENTRADA ...........................................................................................................................57
AMBIENTE .........................................................................................................................57
REALIMENTAÇÃO ........................................................................................................57
PROCESSAMENTO......................................................................................................57
SAÍDA ....................................................................................................................................57
Modelo de Organização de Katz e Kahn ...................................................................... 58
Contribuições e Críticas à Teoria de Sistemas ..........................................................60
Evolução do Pensamento em Administração 9
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL
UNIDADE
03
Evolução do Pensamento em Administração10
INTRODUÇÃO
Estamos chegando na parte final de nossa disciplina, onde buscamos 
estudar os conceitos centrais de administração, que são fundamentais 
para basear os demais aprendizados nessa área. Dessa forma, estudamos 
inicialmente conceitos básicos como o que é administração, o que faz um 
administrador, para em seguida nos aprofundarmos e estudar as origens de 
administração e os primeiros pensadores da área.
Dessa forma, estudamos a administração cientifica, teoria clássica, 
teoria das relações humanas e teoria neoclássica, que foram as primeiras 
abordagens de administração, sendo predominantes até meados de 1950-
1970, e mesmo após esse período ainda exercem influência tanto nas teorias 
que veremos a seguir quanto diretamente no trabalho dos administradores.
Nessa unidade, veremos teorias mais recentes de administração, 
essas teorias se iniciaram em decorrência das abordagens clássicas que 
estudamos na última unidade, buscando resolver algumas das críticas que 
essas teorias sofrem e ao mesmo tempo focando no desenvolvimento de 
novos conceitos, inserindo novas áreas de pesquisa e ampliando o escopo 
e atuação da administração.
Evolução do Pensamento em Administração 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Explicar a origem, os conceitos e os avanços propostos pela 
administração por objetivos.
2. Interpretar o que é a abordagem estruturalista, como ela une os 
conceitos de burocracia, teoria clássica e relações humanas.
3. Identificar as mudanças propostas pela abordagem comportamental 
e como ela avança os temas da teoria das relações humanas.
4. Explicar a teoria de sistemas e como ela impacta na visão das 
organizações.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? 
Ao trabalho! 
Evolução do Pensamento em Administração12
Administração por Objetivos
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo, teremos explorado a teoria da 
administração por objetivos, uma teoria derivada da teoria 
neoclássica, que introduziu o chamado planejamento 
estratégico, e buscou ampliar o conceito de planejamento, 
objetivos e metas, para dessa forma atingir os resultados 
que as organizações esperam. E aí, achou interessante? 
Essa teoria repercute até hoje no planejamento realizado 
pelas empresas.
Ao estudarmos a administração por objetivos, percebemos que, 
em decorrência dessa teoria, ela busca estabelecer princípios universais, 
mas também altera o foco da função do administrador para os objetivos 
organizacionais.
Dessa forma, a administração por objetivos entende que a principal 
função da administração é traçar os objetivos organizacionais e destrinchar 
esses objetivos em metas para as os demais níveis organizacionais. 
Para tanto, iremos estudar a origem dessa teoria, o que ela propõe, 
o processo de planejamento estratégico, como definir objetivos, o ciclo 
APO e, por fim, veremos quais críticas são feitas a essa abordagem.
Origem da Administração por Objetivos
A administração por objetivos (APO), surge como um ramo da teoria 
neoclássica, sendo iniciada por Peter Drucker (1909-2005), que em 1954 
publicou o livro The Practice of Management, que trouxe as primeiras 
ideias ligadas a administração por objetivos
Evolução do Pensamento em Administração 13
Figura 1: Peter Drucker
Fonte: @commons
Neste livro, Drucker defende a mudança do foco da administração 
das atividades meio (tarefas e processo administrativo), para as atividades 
fim, ou resultados, dessa forma, o foco deixa de ser “como administrar” para 
ser “por que administrar”. Dessa forma, Drucker defende um pensamento 
pragmático para a administração, que deve focar nos resultados a serem 
obtidos e buscar planejar metas e ações para atingir os objetivos esperados
Características da APO
Como vimos anteriormente, a APO é uma teoria focada nos objetivos. 
Dessa forma, defende que gestores e subordinados identifiquem objetivos 
comuns, definir responsabilidades e com isso guiar todas as atividades da 
organização para cada objetivo específico.
Evolução do Pensamento em Administração14
EXPLICANDO MELHOR:
A APO defende que o foco da administração é definir 
objetivos e planejar ações para atingi-los, buscando se 
antecipar ao mercado e desenhar ações claras e bem 
definidas para cumprir tais objetivos. Ao mesmo tempo, 
a APO acredita que existe vantagem em desenvolver os 
objetivos de forma conjunta entre gestores e subordinados.
Com os objetivos traçados e realizadas as ações para atingi-los, 
cabe aos gestores avaliar o desempenho das ações, assim, podemos 
afirmar que outra parte fundamental da APO é a avaliação de desempenho, 
ou controle dos resultados esperados, a partir do monitoramento desses 
resultados é que a APO irá traçar novos objetivos e ações, podendo 
também alterar as ações conforme estão se desenvolvendo. Em resumo, 
a APO trabalha da seguinte maneira
1. O gestor e subordinados discutem os desempenhos anteriores, 
avaliam os resultados e formulam objetivos em conjunto;
REFLITA:
O que você acha de uma gestão mais participativa? Acredita 
que pode trazer vantagens para as organizações? Será que 
um funcionário que participa das decisões tem melhor 
qualidade de vida no trabalho? Será que é possível haver 
participação de forma organizada?
2. O gestor com base nos objetivos traçados deve organizar os recursos 
da organização para servir de apoio para as equipes que irão realizar 
as ações planejadas. Dessa forma, não basta apenas traçar objetivos, 
mas fornecer apoio para o desenvolvimento desses, seja apoio em 
recursos financeiros, treinamentos, tempo entre outros fatores;
Evolução do Pensamento em Administração 153. As equipes desenvolvem as ações e são monitoradas pelos gestores;
4. Periodicamente, ocorrem reuniões para avaliar o andamento das 
ações de forma conjunta;
5. A partir dessa avaliação, os processos e tarefas desenvolvidos são 
reavaliados e possivelmente modificados para atingir os objetivos da 
melhor forma.
SAIBA MAIS:
Para entender melhor como a APO enxerga a função dos 
gestores assista dois filmes, o primeiro O Patriota (2000) 
de Roland Emerich e O Resgate do Soldado Ryan (1998) 
de Steven Spilberg, podemos observar as mudanças nas 
estratégias de guerra ao longo dos anos. No primeiro 
filme, observamos que os exércitos se movimentavam 
em grandes blocos, onde cada soldado tem uma única 
função, no segundo filme, observamos que na guerra mais 
moderna, cada equipe possui um objetivo e uma meta 
de tempo para atingir esse objetivo, para tanto, recebem 
recursos e soldados e devem atingir esse objetivo, de 
forma similar ao que a APO prega.
Segundo Chiavenato (2011), a APO apresentas as seguintes 
características, que veremos a seguir:
Estabelecimento Conjunto de Objetivos 
Conforme vimos anteriormente, a APO acredita que tanto os gestores 
quanto os colaboradores podem contribuir para o estabelecimento de 
objetivos, com seus conhecimentos e experiência. No entanto, cada 
organização tem um grau de participação diferente da outra.
Evolução do Pensamento em Administração16
Estabelecimento de Objetivos de cada Departamento 
ou Função
Para a APO, a organização deve estabelecer objetivos gerais, 
também chamados de objetivos organizacionais, esses objetivos devem 
ser segmentados para cada função ou departamento da organização, 
também é importante definir métricas para garantir o cumprimento desses 
objetivos.
Interligação entre os Vários Objetivos 
Departamentais
Para a APO, é fundamental que haja coerência entre os objetivos 
organizacionais e os demais objetivos departamentais, dessa forma, todos 
objetivos estão estritamente ligados e conectados.
Ênfase na Mensuração e Controle de Resultados
Controlar os resultados e tarefas é fundamental para a APO. Dessa 
forma, as organizações devem estabelecer objetivos organizacionais, 
destrinchar esses objetivos em ações que devem possuir objetivos 
táticos e operacionais. Em todos esses objetivos e ações, a APO foca 
em determinar mecanismos de controle e mensuração de desempenho, 
sendo também elementos de difícil implementação e que demanda mais 
trabalho dos gestores para a APO.
Continua Avaliação, Revisão e Reciclagem dos 
Planos
A APO é uma filosofia de trabalho que gira em torno do 
estabelecimento de objetivos e do alcance desses objetivos, dessa 
forma, é necessário um acompanhamento constante das ações e tarefas, 
com métodos de controle e reuniões, que servem de base para o 
acompanhamento de resultados, a partir disso, os resultados servem de 
base para novos objetivos e planos de ação.
Evolução do Pensamento em Administração 17
Participação Atuante dos Gestores e Subordinados 
Como vimos, a APO enxerga valor na participação conjunta 
de gestores e funcionários, tanto no desenvolvimento dos objetivos, 
quanto na aplicação e controle das ações, sendo necessário o trabalho 
em conjunto para produzir as informações e controles que baseiam os 
próximos objetivos e ações.
Apoio Intensivo do Staff
Como vimos, a APO demonstra que são necessários recursos 
para desenvolver ações e atingir os objetivos, dessa forma, a gerência 
deve apoiar constantemente os funcionários, tanto com recursos físicos, 
treinamentos, informações, conhecimentos e ferramentas para atingir os 
objetivos.
Objetivos
Para APO, os objetivos são centrais, o que possibilita a compreensão 
do que são objetivos, o que definem e como estabelecer esses objetivos 
da melhor forma. Podemos dessa forma entender que os objetivos 
proporcionam:
1. Diretriz ou uma finalidade comum;
2. Melhorias no trabalho em equipe, que passa a ser guiado por essa 
diretriz;
3. Base para avaliação e desenvolvimento de planos e ações;
4. Maior capacidade de previsão do futuro, uma vez que são uma 
expectativa do futuro, permitindo que a organização tenha um rumo 
para o seu futuro;
5. Uma melhor distribuição dos recursos, uma vez que, proporcionam 
prioridades que devem receber esses recursos.
Evolução do Pensamento em Administração18
Como Definir Objetivos?
Dado a importância da definição dos objetivos possui, é necessário 
entender como definir objetivos, uma vez que segundo a APO, os 
objetivos irão guiar toda a estrutura de ações da organização. Assim, 
segundo Chiavenato (2011) os seguintes critérios são necessários para 
definir objetivos:
1. Procurar as atividades de maior impacto
2. O objetivos deve ser mensurável, específico e claro. Para tanto, deve-
se basear em dados concretos, respondendo às perguntas: Oque? 
Quanto? Quando? 
3. Focalizar os objetivos nas atividades e não nas pessoas
4. Detalhar cada objetivo em metas secundarias
5. Usar linguagem compreensível
6. Indicar resultados a serem atingidos, mas não limitando como atingir 
o objetivo, dessa forma, deve indicar o quanto e o que, e não como 
limitar como fazer
7. Deve ser difícil de atingir, porém, deve ser possível de ser atingido
REFLITA:
Qual é o efeito de estabelecer metas inalcançáveis? Muitas 
empresas colocam metas muito difíceis de ser alcançadas 
para evitar premiar resultados, será que no fim das contas o 
resultado final compensa? Será que as metas são capazes 
de motivar os funcionários?
Evolução do Pensamento em Administração 19
EXPLICANDO MELHOR:
Quais são os objetivos mais comuns? Cada organização 
atua em um segmento diferente, o que acaba gerando 
objetivos diferentes, porém, alguns dos objetivos mais 
comuns são: (1) Obter uma posição competitiva no 
mercado; (2) Desenvolver novos produtos e inovações; (3) 
Ter eficiência produtiva e qualidade; (4) Responsabilidade 
social e transparência; (5) Satisfação dos clientes e bom 
atendimento.
Em resumo, para a APO, desenvolver objetivos é fundamental para 
guiar as ações, dessa forma, os gestores e equipe devem desenvolver 
objetivos que sejam claros, mensuráveis, de fácil entendimento, possível 
de ser atingido e que seja capaz de gerar resultados para sustentar a 
organização.
Hierarquia dos Objetivos
As organizações não possuem um único objetivo, mas sim um 
conjunto de objetivos e sub-objetivos, dessa forma, surge o problema de 
como priorizar e organizar esses objetivos, quais são mais importantes, 
para resolver esse problema, a APO propõe que se deve organizar os 
objetivos de acordo com o nível organizacional que se relaciona, dessa 
forma temos:
1. Objetivos estratégicos: são os objetivos organizacionais, são 
relacionados ao longo-prazo, abrangem a organização como um todo 
e possuem uma grande amplitude. 
2. Objetivos táticos: são objetivos departamentais, referentes à 
cada função organizacional (Ex. Marketing, finanças, recursos 
humanos, pesquisa e desenvolvimento e produção). Abrangem cada 
departamento ou área e estão relacionados ao médio e curto prazo.
3. Objetivos operacionais: são os objetivos de cada tarefa ou ação, 
abrangem aquela ação e estão relacionados ao curto prazo.
Evolução do Pensamento em Administração20
Exemplo: Um exemplo de definição de objetivos: Uma 
concessionaria pode estabelecer como objetivo estratégico se tornar a 
maior concessionaria da região, dessa forma pode colocar para o seu 
departamento de marketing um objetivo de atingir uma taxa de conversão 
de 70% das vendas, com isso em mente o gestor de marketing pode 
organizar uma promoção que tem como objetivo cadastrar 90 clientes 
novos no sistema da empresa.
Estratégia Organizacional
Como vimos, para APO, é central a figura do planejamento que é a 
função responsável por estabelecer os objetivos, a partir desses objetivos, 
cada organização estabelece sua estratégia e o chamado planejamento 
estratégico, que veremos a seguir.
Qual a Diferençaentre Estratégia e Tática
Para entendermos o que é planejamento estratégico e o que é 
estratégia, é necessário entendermos primeiramente o que é estratégia e 
qual a diferença em relação a tática, uma vez que usualmente confundimos 
esses dois termos.
A palavra estratégia é derivada do grego stratego, que era como se 
chamava o comandante militar de um strato, que significa um conjunto 
de pessoas. Dessa forma, a palavra estratégia surge no contexto militar, 
indicando um general que é responsável por comandar um grupo. 
No contexto de organizações, estratégia indica um meio, um 
conjunto de ações para se atingir objetivos globais, é focada no futuro e no 
longo-prazo, guiando todas as ações da organização rumo aos objetivos 
organizacionais ou estratégicos. A estratégia é composta por diversas 
ações táticas, que são um plano para atingir-se os sub-objetivos que uma 
vez alcançados irão contribuir para atingir-se os objetivos estratégicos.
Evolução do Pensamento em Administração 21
Planejamento Estratégico
Tendo definido estratégia, passamos para o processo de 
planejamento estratégico, que é central para APO, pois é a partir do 
planejamento estratégico que a organização irá definir sua missão, visão e 
valores. Além disso, o planejamento estratégico é que irá definir as bases 
para o desenvolvimento do planejamento tático e desenvolvimento das 
ações, para tanto, segue-se os seguintes passos:
1. Formulação dos objetivos organizacionais: etapa onde se definem 
os objetivos globais, de longo-prazo, identificando as alternativas 
estratégicas, quando a empresa está em operação, deve-se basear 
na missão, visão e valores da empresa. Caso a organização esteja em 
formação, deve-se desenvolver a missão, visão e valores da empresa.
EXPLICANDO MELHOR:
O que é missão, visão e valores? São componentes 
estratégicos da organização, a missão é a razão de 
existência daquela organização. Já a visão é como a 
organização enxerga seu futuro no longo-prazo, e como 
enxerga o ambiente externo no futuro. Por fim, os valores 
da empresa definem como a organização deve trabalhar, 
quais os valores éticos e morais daquela organização.
2. Análise do ambiente externo: uma vez definidos os objetivos, a 
organização deve analisar o ambiente externo, para compreender 
o mercado em que a organização atua, qual é a concorrência e 
competição que sofre e quais fatores globais afetam a organização.
3. Análise interna da organização: além de compreender o ambiente 
externo, a organização deve fazer uma análise interna, buscando 
compreender quais recursos dispõe, quais as fraquezas e qualidades 
de sua estrutura organizacional e como tem desempenhado no 
passado.
Evolução do Pensamento em Administração22
4. Formulação de alternativas estratégicas: essa fase leva em conta 
os dados, informações e conhecimentos adquiridos nas duas análises 
anteriores para desenvolver o plano estratégico da organização. 
Nesse estágio, a organização também desenvolve métricas, controles 
e metas para o plano estratégico.
5. Desenvolvimento de planos táticos e operacionais: com base nas 
alternavas estratégicas, a organização planeja quais ações deve 
desenvolver formulando como agir e quais resultados devem ser 
obtidos por essas ações, além de estabelecer os controles e metas 
para essas ações.
Figura 2 : Planejamento Estratégico 
Fonte: Adaptado (CHIAVENATO, 2011)
Evolução do Pensamento em Administração 23
Matriz SWOT
Como vimos, anteriormente, a organização para desenvolver o 
planejamento estratégico deve analisar tanto o ambiente externo quanto 
o ambiente interno, esse modelo fez muito sucesso e até hoje é utilizado, 
gerando diversas ferramentas como a matriz SWOT ou o modelo CANVAS, 
no caso vamos focar na matriz SWOT, que é o modelo mais tradicional de 
análise de fatores para o desenvolvimento do planejamento estratégico.
A matriz SWOT, o nome deriva do inglês Strenghts, Weaknesses, 
Oportunities e Threats. É uma ferramenta utilizada para facilitar a análise 
interna e externa, ela indica que a organização deve analisar as forças 
e fraquezas internas e contrapor com as ameaças e oportunidades do 
ambiente externo, conforme a figura 3 abaixo:
Figura 3 : Matriz SWOT 
FA
T
O
R
E
S
 
IN
T
E
R
N
O
S
FA
T
O
R
E
S
 
E
X
T
E
R
N
O
S
FATORES 
POSITIVOS
FATORES 
NEGATIVOS
STRENGTHS (FORÇA)
THREATS (AMEAÇAS)
WEAKNESSES 
(FRAQUEZAS)
OPORTUNITIES 
(OPORTUNIDADES)
SWOT
Fonte: @freepik.
Evolução do Pensamento em Administração24
Ciclo APO
A APO entende que o planejamento estratégico não é algo fixo e 
imutável, mas sim um ciclo, onde os resultados obtidos impactam na 
formulação dos futuros objetivos, sendo um sistema dinâmico requer os 
seguintes cuidados:
1. Revisão crítica dos planos estratégicos;
2. Esclarecimento dos resultados-chave;
3. Criação de um plano de melhoria que permita mensurar a contribuição 
de cada gestor;
4. Proporcionar condições e recursos para atingir os objetivos;
5. Uso sistemático da avaliação de desempenho.
Figura 4 : Ciclo APO
Fonte: Adaptado (CHIAVENATO, 2011).
Evolução do Pensamento em Administração 25
Críticas à Administração por Objetivos
A APO sofre diversas críticas nas quais destacamos o fato de que 
o foco excessivo na estratégia pode fazer com que a organização fique 
muito travada e incapaz de enxergar as mudanças no ambiente externo e 
se adaptar ao novo contexto.
A estratégia, também ajuda a focalizar e reunir os esforços coletivos 
em torno dos objetivos, porém, pode dificultar o desenvolvimento de 
novas ideias, mudanças, adaptações e inovações, impossibilitando 
comportamentos que extravasem positivamente aquilo que foi planejado, 
levando a rotinas improdutivas.
Outra crítica que se faz a APO é o fato que o processo de 
planejamento estratégico e monitoramento de resultados é constante 
e, portanto, muito trabalhoso, sendo de difícil aplicação. Muitas vezes as 
organizações planejam com clareza, porém, falham no desenvolvimento 
das ações, ao mesmo tempo, existem organizações que falham no 
planejamento e monitoramento focando apenas nas ações.
Também pode-se colocar que o excesso de controles e 
planejamentos pode tornar a organização lenta e burocrática, podendo 
também criar uma cadeia de comando muito forte, que por sua vez pode 
resultar em insatisfação e conflitos. Tudo isso pode se refletir em baixa 
motivação para os subordinados que podem se sentir extremamente 
controlados e muito engessados em suas atribuições.
RESUMINDO:
E então, o que achou da administração por objetivos? 
Conseguiu compreender como desenvolver um 
planejamento estratégico e quais os benefícios do 
planejamento?
Podemos, dessa forma, resumir a APO como uma abordagem 
que foca no planejamento e estabelecimento de objetivos, buscando 
Evolução do Pensamento em Administração26
estruturar planos e ações coerentes com esses objetivos, e com um 
monitoramento constante do andamento dessas ações e dos resultados 
obtidos.
Observamos também qual a importância dos objetivos, entendendo 
que servem como uma ferramenta para motivas e manter a coerência das 
equipes de trabalho, servindo de base para estruturar as ações e servir de 
guia para os trabalhos desenvolvidos nas organizações. Aprendemos que 
os objetivos devem ser claros, mensuráveis, atingíveis e coerentes entre 
si, sendo divididos em objetivos estratégicos, táticos e operacionais.
Outro ponto fundamental dessa abordagem é a planejamento 
estratégico, vimos que para desenvolver esse planejamento é necessário 
se fazer uma análise de fatores internos e externos, que geram opções 
estratégicas e que depois são destrinchadas em planos operacionais e 
táticos.
Por fim, vimos que o excesso de planejamento, o custo tanto 
em tempo quanto em trabalho para desenvolve-lo junto com um 
monitoramento constante podem sofre críticas, uma vez que podem 
engessar a organização e seus funcionários, impedindo de desenvolver 
açõesdiferentes daquilo que foi planejado anteriormente, o que se reflete 
em possível insatisfação das equipes.
Para finalizar, a APO é uma abordagem que contribuiu para o 
avança das organizações, ajudou a desenvolver diversas ferramentas de 
planejamento, que geraram resultados e melhorias para as organizações, 
até hoje, o modelo de planejamento estratégico é usado por diversas 
organizações, que observam também as críticas feitas a APO para guiar 
suas ações.
Evolução do Pensamento em Administração 27
Abordagem Estruturalista
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, observaremos as teorias da organização, 
mais especificamente a teoria estruturalista, desenvolvida 
entre 1940 e 1950, se baseando na teoria burocrática do 
filosofo e sociólogo Max Weber. Ao mesmo tempo, ela 
busca superar as abordagens clássicas da administração 
e conciliar essas abordagens com a teoria burocrática e 
teoria das relações humanas. 
Para tanto, vamos estudar as origens dessa teoria, suas 
características, como observa a sociedade de organizações e o homem 
nessa sociedade, também vamos estudar a análise de organizações e, 
por fim, observar as críticas que são feitas a essa teoria.
A teoria estruturalista tem suas raízes na teoria burocrática de 
Max Weber (1864 – 1920), essa teoria pregava uma gestão impessoal 
e focada no desenvolvimento de tarefas especificas, dessa forma se 
tornou popular e influenciou fortemente a maneira de administrar das 
organizações e empresas da segunda revolução industrial, é possível 
observar a influência do modo de pensar burocrático nas abordagens 
clássicas da administração, uma vez que essas abordagens pregavam a 
especialização do trabalho, uma divisão do trabalho, impessoalidade e 
foco na realização de uma única função.
Pensando nisso, podemos dizer que as teorias clássicas e a teoria 
burocrática, possuem um foco interno (tarefas e na organização da 
estrutura organizacional), porém, com o passar do tempo passou-se 
a haver uma preocupação com a sociedade de organizações, ou seja, 
os estudiosos e a sociedade como um todo passaram a entender que o 
mundo moderno é um mundo formado por organizações, nas quais as 
pessoas vivem, trabalham, atuam e se relacionam de diferentes formas, 
ou seja, o foco passa a ser externo, nas relações entre organizações e na 
relação das pessoas com essas organizações.
Evolução do Pensamento em Administração28
Com isso, formou-se a chamada teoria estruturalista, que busca um 
enfoque inter-organizacional, ou seja, nas relações entre organizações, 
com o objetivo de ampliar a visão da administração sobre as organizações 
e sociedade como um todo, além disso, a teoria estruturalista busca 
incorporar certos valores da teoria das relações humanas e ampliar o 
escopo para além das organizações industriais (foco da teoria clássica) 
para todas as organizações.
Origens da Teoria Estruturalista
Segundo Chiavenato (2011), temos 4 pontos que definiram a origem 
da teoria estruturalista:
1. Oposição entre a teoria das relações humanas e teoria clássica da 
administração: a teoria estruturalista compreende que essas teorias 
são opostas, porém, enxerga que ambas têm pontos válidos, dessa 
forma busca sintetizar ambas com o apoio da teoria burocrática de 
Weber.
Figura 5 : Origens Teoria Estruturalista 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
Evolução do Pensamento em Administração 29
2. Visão das organizações como uma unidade social onde grupos 
interagem: essa visão foi iniciada pela teoria das relações humanas, 
onde observou-se que existem grupos informais nas organizações, 
que muitas vezes possuem objetivos em comum com as organizações 
e muitas vezes possuem objetivos conflitantes.
3. Influencia do estruturalismo nas ciências como um todo: 
diversos teóricos como Karl Marx, Levy-Strauss e Redcliff-Brown 
desenvolveram ideias baseadas no estruturalismo, onde buscavam 
enxergar a sociedade e organizações por meio de suas partes para 
entender o todo, ao mesmo tempo, compreendendo que as partes 
em conjunto somam mais que o todo, e que ao mesmo tempo passam 
a ter certa autonomia.
4. Novo conceito de estrutura: passou-se a compreender que a 
estrutura é o que permite identificar algo, sendo um conjunto de 
elementos que permanece inalterado.
Teoria Burocrática de Weber
Para entender-se a teoria estruturalista, primeiramente devemos 
compreender a teoria burocrática de Weber, segundo essa teoria, existe 
um modelo ideal de organização, ou seja, um modelo mais eficiente, e 
esse modelo são as burocracias, para tanto, as burocracias devem possuir 
as seguintes características:
1. Normas legais;
2. Comunicações formais;
3. Caráter racional e divisão do trabalho;
4. Impessoalidade;
5. Hierarquia;
6. Rotinas e procedimentos padronizados;
7. Competência técnica e meritocracia;
8. Especialização;
Evolução do Pensamento em Administração30
9. Profissionalismo;
10. Previsibilidade.
Dessa forma, podemos entender que para Max Weber, uma 
organização que é claramente estruturada, executa as mesmas tarefas de 
maneira especializada e com profissionalismo seria a organização ideal.
Usualmente, o termo burocracia é utilizado como sinônimo de 
algo lento, geralmente para designar uma disfunção do serviço público 
(excesso de papelada, demora, atraso entre outros). Porém, é importante 
entendermos que para a teoria estruturalista e teoria burocrática, a 
burocracia é um modelo ideal, uma vez que é clara, reduz erros, é 
profissional e previsível.
Exemplo: Um exemplo de como ideias da teoria burocrática ainda 
funcionam e podem ser positivas é o restaurante Mac Donald’s, que é um 
restaurante que sempre tem o mesmo padrão em qualquer lugar, sempre 
é previsível e possui com tarefas bem divididas, dessa forma, não importa 
em qual unidade, o cliente sempre sabe que será atendido com a mesma 
qualidade e padrão.
Sociedade de Organizações
Um avanço da teoria estruturalista é o fato que ela busca expandir 
a atuação da administração. Podemos observar que as teorias que vimos 
anteriormente (Adm. cientifica, teoria clássica, teoria das relações humanas 
e teoria neoclássica) nascem com o intuito de resolver os problemas das 
novas organizações industriais, mais especificamente as empresas.
A teoria estruturalista entende que a sociedade moderna é formada 
por um conjunto de organizações, algumas com caráter formal como 
as empresas e outras organizações como a família, igreja, estado entre 
outros. Dessa forma, o estruturalismo amplia o estudo de administração 
ao observar as relações entre as organizações e a relação entre pessoas 
e organizações.
A teoria estruturalista entende que a sociedade passou por um 
processo histórico de evolução, onde passou de um estado natural, onde 
Evolução do Pensamento em Administração 31
o homem buscava a subsistência através da natureza, passando por 
uma etapa do trabalho e uma etapa do capital para chegar ao estado 
atual, a chamada etapa da organização, onde a natureza, o trabalho e o 
capital estão submetidos a organizações, ou seja, as organizações estão 
presentes em todos os aspectos humanos. 
Para a abordagem estruturalista, as organizações se dividem em 
organizações formais e organizações complexas, como veremos a seguir:
Organizações Formais
São as burocracias, organizações formadas de maneira proposital 
e com um objetivo já estabelecido, é caracterizada por regras, 
regulamentos, estrutura rígida e hierarquia. A organização formal reduz 
as incertezas, uma vez que busca sempre desempenhar as tarefas da 
mesma forma, consegue também se aproveitar da divisão do trabalho e 
da especialização do trabalho para garantir produtividade.
Organizações Complexas
São um conjunto de organizações formais que possuem alto grau 
de complexidade, isto é, um grande tamanho, participação de diversos 
grupos de pessoas, interesses diversos e muitas vezes conflitantes (Ex. 
grandes empresas, governos, igreja, escola entre outros).As organizações 
complexas são o foco de estudos da teoria estruturalista, junto com as 
pessoas e o ambiente.
O Homem Organizacional
A teoria estruturalista parte da ideia de que o homem está sempre 
inserido em um ambiente de organizações complexas, dessa forma, cria 
sua própria caracterização para o homem, o homem organizacional. 
Assim, essa teoria enxerga que o homem na sociedade moderna 
deve estar adaptado para esse novo contexto e deve possuir as seguintes 
características para conseguir ser bem-sucedido:
1. Flexibilidade: em cada organização o homem está sucedido a 
exercer papeis diferentes, além disso, ocorrem mudanças constantes 
Evolução do Pensamento em Administração32
nas organizações, dessa forma, o homem deve ser flexível para se 
manter nesse ambiente
2. Tolerância a frustrações: as organizações muitas vezes têm normas 
e interesses conflitantes com os interesses individuais, dessa forma, o 
homem deve saber tolerar e buscar mediar esses conflitos.
3. Capacidade de adiar as recompensas
4. Permanente desejo de realização: esse desejo auxilia o homem a 
buscar a cooperação para atingir seus objetivos
Figura 6: Indivíduo organizacional
Fonte: @freepik
Características da Teoria Estruturalista
Podemos colocar como a principal característica da teoria é o fato 
de ser uma teoria com abordagem múltipla, ou seja, não foca em apenas 
uma coisa, isso é demonstrado pelo foco dessa teoria que estuda não 
apenas as organizações formais, mas também as organizações informais 
e a sociedade como um todo. A teoria estruturalista utiliza a chamada 
análise de organizações para compreender os aspectos das organizações, 
Evolução do Pensamento em Administração 33
através dessa análise que veremos a seguir será possível perceber a 
multiplicidade como característica dessa teoria.
Análise de Organizações
Conforme comentamos anteriormente, a análise de organizações 
é a técnica utilizada pelos estruturalistas para compreender o fenômeno 
das organizações, essa análise envolve observar os seguintes aspectos 
que veremos a seguir.
Organização Formal e Informal
A teoria estruturalista avança ao entender que as organizações 
não são apenas formais (como a teoria clássica acreditava) e não apenas 
aspectos informais (como a teoria das relações humanas defende). Dessa 
forma é uma abordagem múltipla e busca um posicionamento não 
ingênuo, pois busca não ter uma posição favorável tanto para um lado 
como para outro, tendo uma visão não valorativa tanto para o lado do 
operário quanto para o lado da empresa, dessa forma, entende que deve-
se encontrar um equilíbrio entre os aspectos formais e informais.
EXPLICANDO MELHOR:
A administração clássica se preocupa apenas com o 
aspecto formal da organização, trabalhando apenas a 
estrutura organizacional. Já a teoria das relações humanas 
foca apenas nos funcionários e grupos informais, a teoria 
estruturalista entende que esses fatores são conflitantes, 
porém, propõe que se pode equilibrar ambos.
Recompensas Materiais e Sociais
A teoria estruturalista entende que o ser humano é complexo, dessa 
forma, afirma que para as organizações motivarem os funcionários devem 
combinar tanto recompensas materiais (Ex. Salários e promoções) com 
recompensas sociais (Ex. Reconhecimento, símbolos).
Evolução do Pensamento em Administração34
Diferentes Enfoques de Organização
Para a teoria estruturalista, as organizações podem ser concebidas 
segundo duas concepções diferentes:
1. Modelo racional da organização: É uma forma de projetar a 
organização de acordo com meios formalizados e explicitados, as 
organizações projetadas dessa forma tentem a parecer mais com 
burocracias, possuindo um planejamento claro, objetivos específicos 
e um modo de trabalho modelado e regulado, se aproximando 
mais das organizações estudadas pelas abordagens clássicas da 
administração.
2. Modelo natural de organização: É um modo de pensar a organização 
como um conjunto de partes interdependentes e que trabalham em 
prol de um todo, essas organizações funcionam de forma mais livre, 
buscando a sobrevivência por uma adaptação mais natural que ocorre 
de acordo com o ambiente externo, se aproxima mais das teorias 
modernas de administração.
Níveis Organizacionais
A teoria estruturalista entende que todos os níveis organizacionais 
são relevantes, dessa forma, se constitui como uma abordagem múltipla, 
uma vez que não foca apenas no nível tático como a administração 
cientifica e não apenas no nível estratégico como a teoria clássica e 
neoclássica. 
Diversidade de Organizações
A teoria estruturalista é uma abordagem múltipla pois não foca em 
apenas um tipo de organização (Ex. A administração clássica foca nas 
industrias), dessa forma busca entender todos os tipos de organização 
e não restringe seus estudos a uma única forma de organização, 
entendendo ser necessário estudar as indústrias, famílias, empresas, 
governos, entidades, igrejas entre outros.
Evolução do Pensamento em Administração 35
Análise Inter Organizacional
A abordagem estruturalista inicia uma corrente de estudos que 
considera as relações entre as organizações e o ambiente, tendo uma 
visão múltipla ao analisar a organização por dentro e ao mesmo tempo 
observar sua relação com as outras organizações e com o ambiente em 
geral.
Tipologia de Organização de Etzioni
Amitai Etzioni (1929 – presente) é um dos principais teóricos 
estruturalistas, ele busca fazer uma análise comparativa entre as 
organizações, para tanto, faz uma classificação das organizações 
usando como base o tipo de poder que a organização exerce sobre seus 
componentes.
1. Características da organização: para Etzioni, as organizações 
possuem 3 características: (1) divisão do trabalho, (2) centros de poder, 
e (3) substituição de pessoal. Dessa forma as organizações realizam 
os trabalhos de forma dividida, coordenada por centros de poder, que 
são responsáveis por delegar funções e recompensas dessa forma 
exercitado o poder, sendo que nessas organizações as pessoas são 
substituíveis.
2. Controles: para Etzioni, as organizações exercem 3 tipos de controle 
diferentes sobre as pessoas: (1) controles físicos, baseados em 
sanções e restrições físicas, (2) controle material, que é o controle 
baseado em recompensas materiais, e (3) controle normativo, que é 
o controle ético e moral.
3. Efeitos do controle: cada tipo de controle exerce um poder de 
influência diferente sobre os indivíduos: (1) alienatório, o indivíduo 
sem interesse é forçado a participar, (2) calculista, ocorre quando o 
indivíduo enxerga vantagem na sua participação com a organização, 
e (3) moral, quando o sujeito é eticamente forçado a participar.
4. Tipos de organização: dados os tipos de controles e seus efeitos, 
Etzioni traça 3 tipos de organização: (1) organização coercitivas, 
Evolução do Pensamento em Administração36
que são aquelas que obrigam as pessoas a participar por meio de 
controles físicos (Ex. Prisões), (2) organização utilitária, que exercem 
controle material (Ex. Empresas), e (3) organizações normativas, que 
exercem controle moral (Ex. Igreja, família).
Tabela 1: Tipologia de Etzioni 
Tipo de 
Organização
Tipo de 
Poder
Controle 
Utilizado
Mantem os 
membros 
por meio 
de:
Envolvimento 
pessoal dos 
participantes
Exemplo
Coercitiva Coercitivo
Prêmios e 
Punições
Coação, 
imposição, 
medo, 
força e 
ameaça
Sem escolha, 
com base no 
temor
Prisões, 
Exército, 
Estado
Normativas Normativo
Moral e 
Ético
Convicção, 
fé, crença 
e ideologia
Moral e 
motivacional, 
uma forma 
de expressão 
pessoal
Igrejas, 
Hospitais, 
Partidos 
Políticos, 
Grupos.
Utilitárias Utilitário
Incentivo 
Econômico
Interesse, 
Vantagem 
Percebida
Calculista, 
busca de 
vantagens
Empresas
Fonte: Adaptado (CHIAVENATO, 2011) 
REFLITA:
Como você enxerga a relação de poder entre as 
organizações e você? As organizações exercem controlessobre as pessoas? Esse controle é proposital ou natural?
Evolução do Pensamento em Administração 37
Ambiente Organizacional
Como vimos, a teoria estruturalista acredita que é necessário 
entender as relações entre as organizações, e não apenas as relações que 
ocorrem internamente. Dessa forma, enxerga que as organizações vivem 
em um mundo social, político e econômico, o que gera uma sociedade 
de organizações, para entender as relações entre as organizações e o 
ambiente é fundamental entendermos dois fatores:
1. Interdependência entre as organizações e a sociedade: entende 
que as organizações são sistemas abertos, nenhuma organização 
existe em si mesma e para si mesma, sendo necessário trocas com 
o ambiente para assegurar a sobrevivência das organizações, essa 
dependência que as organizações possuem da sociedade e do 
ambiente é que faz com que elas mudem e se adaptem conforme a 
sociedade e ambiente mudam.
2. Conjunto organizacional: ee refere ao conjunto de papeis que as 
organizações operam. Para os estruturalistas, cada organização e 
cada pessoa exercem papeis diferentes quando relacionados com 
outras organizações e o ambiente.
Estratégia Organizacional
Os estruturalistas também buscaram contribuir com a ideia de 
estratégia, avançando os tópicos das teorias clássicas e neoclássicas da 
administração.
Dessa forma, acreditam que a estratégia é uma função da política 
organizacional, que é formada pelo conjunto de indivíduos dentro da 
organização, afirmam também que existem diferenças entre os indivíduos 
que impactam a organização, assim, a estratégia envolve escolhas 
e alocação de recursos escassos de acordo com as negociações e 
manobras políticas dentro da organização.
Evolução do Pensamento em Administração38
Por fim, para os estruturalistas existem dois tipos de estratégia: 
1. Estratégias de competição: Envolvem a rivalidade entre as 
organizações, onde ambas disputam recursos, envolvendo também 
a interação direta ou indireta das organizações
Exemplo: Um exemplo de estratégia de competição é a rivalidade 
entre Pepsi e Coca-Cola, ambas as empresas atuam em segmentos 
semelhantes e disputam recursos como clientes, mercados e matérias-
primas.
Figura 7: Coca cola e Pepsi
Fonte: @freepik. 
Fonte: @freepik
Evolução do Pensamento em Administração 39
2. Estratégias de cooperação: Ocorre quando organizações buscam 
atingir objetivos em comum, agindo como uma só em relação a 
determinado objetivo.
Exemplo: Um exemplo de estratégia de cooperação é a atuação do 
Sebrae no Brasil, que busca auxiliar as organizações a atingirem objetivos 
competitivos, para tanto contribui com conhecimentos e trabalha em 
conjunto com as empresas.
Conflitos Organizacionais
Os estruturalistas discordam da visão de coerência e concordância 
entre os objetivos pessoais dos indivíduos e os objetivos organizacionais, 
acreditam que exista um conflito entre esses interesses, que pode gerar 
mudanças e inovações nas organizações. 
Dessa forma, para a teoria estruturalista, ao contrário do que afirma 
a teoria das relações humanas, não se deve sempre buscar a harmonia 
dentro das organizações, uma vez que o excesso de harmonia pode trazer 
um comportamento estável demais e incapaz de adaptação.
Ao mesmo tempo não se deve sempre estar em conflito, porém, 
os conflitos são fatores capazes de gerar mudanças e inovações. Dessa 
forma, podemos dizer que para os estruturalistas deve haver um equilíbrio 
entre harmonia e conflito para que as organizações se sustentem no 
ambiente organizacional em constante mudança.
REFLITA:
O que você acha disso? Acredita que do conflito podem 
sair soluções boas? Ou acredita que tudo deve manter-se 
estável?
Evolução do Pensamento em Administração40
Críticas a Teoria Estruturalista
Assim como todas as demais teorias, a abordagem estruturalista 
sofreu e ainda sofre críticas, segundo Chiavenato (2011), as principais 
críticas são:
1. Inadequação de tipologias: os críticos afirmam que a teoria 
estruturalista é reducionista ao classificar as organizações apenas por 
um fator, exemplo disso é a tipologia de Etzioni, que traça perfis de 
organização baseado apenas na ideia de poder.
2. Teoria de crise: a teoria estruturalista é criticada por outros autores 
pelo fato de se concentrar demais em organizações com problemas 
e conflitos, o que faz com que se distancie do todo.
3. Teoria de transição: a teoria estruturalista é uma teoria de transição, 
pois inicia algumas ideias como análise inter organizacional, servindo 
de base para outras teorias como a teoria de sistemas 
RESUMINDO:
Podemos colocar que a abordagem estruturalista é a 
primeira teoria organizacional a considerar a sociedade 
como uma estrutura composta de diversas organizações, 
ao mesmo tempo, propõe outra novidade ao colocar que 
é necessário estudar as relações entre as organizações e 
ambiente e entre as pessoas e organizações. Nesse sentido, 
é inovadora ao aproximar teoria das relações humanas, 
teoria clássica e teoria burocrática.
Vimos nesse capítulo que essa abordagem se inicia com a junção 
das três teorias citadas acima, e que nasce da ideia e buscar-se conciliar 
essas teorias para entender o ambiente de organizações como um todo.
Também aprendemos que a palavra que a principal característica 
da teoria estruturalista á a multiplicidade, ela busca uma visão ampliada 
e não ingênua do fenômeno das organizações, dessa forma, enxerga 
que deve-se considerar tanto a organização formal quanto a informal, 
tanto recompensas materiais quanto recompensas sociais, tanto o nível 
Evolução do Pensamento em Administração 41
estratégico quanto os níveis táticos e operacionais, e além disso todas as 
organizações, não apenas as organizações capitalistas.
Exemplo dessa multiplicidade é como a teoria neoclássica entende 
a estratégia, observa que é mais do que um processo formal, sendo 
também um resultado das relações políticas que ocorrem dentro da 
empresa. Outro ponto que demonstra isso é o interesse dessa teoria nos 
conflitos organizacionais, onde busca uma visão não ingênua do conflito, 
considerando que este também é capaz de gerar mudanças uteis e 
inovações.
Por fim, podemos afirmar que a teoria estruturalista consegue dar 
início aos estudos inter-organizacionais, traz importantes considerações 
sobre como sistemas formais e informais atuam em conjunto e mostra 
como uma abordagem baseada na multiplicidade é capaz de explicar o 
fenômeno das organizações.
Abordagem Comportamental
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, estudaremos a abordagem comportamental. 
Tal teoria, da mesma forma que a APO, é uma derivação de 
outra teoria que estudamos anteriormente, porém, no caso 
da abordagem comportamental ela é uma decorrência da 
teoria de relações humanas..
Essa abordagem da continuidade a teoria das relações humanas, 
porém, busca se distanciar da visão ingênua sobre o trabalhador, além 
disso, tenta aprofundar alguns temas iniciados por essa teoria.
Veremos a origem e os pressupostos da teoria comportamental, suas 
considerações sobre o ser humano, sua consideração sobre motivação, 
suas principais teorias e as críticas que são feitas a essa abordagem.
A teoria comportamental ou teoria behaviorista, é uma teoria que 
começou a se desenvolver a partir de 1950, essa abordagem é derivada 
Evolução do Pensamento em Administração42
da teoria das relações humanas, incorporando ideias da psicologia 
organizacional e do trabalho.
Essa teoria buscou avançar os temas propostos pela teoria das 
relações humanas, porém, abandonou as ideias prescritivas dessa teoria, 
sendo uma abordagem descritiva, ou seja, uma abordagem que busca 
muito mais explicar os fenômenos do que traçar regras para a resolução 
de problemas.
Podemos então entender que a teoria comportamental mantém 
o foco nas pessoas e sua relação com as organizações, porém, buscou 
incorporar ideias mais modernas da psicologia organizacional e abandonao enfoque prescritivo para uma abordagem descritiva.
Origens da Teoria Comportamental
Como vimos, a teoria comportamental surge a partir de 1950, porém 
alguns fatos são destaque para o seu desenvolvimento:
1. Oposição à teoria das relações humanas e administração clássica: 
a teoria comportamental se opõe a essas duas abordagens, buscando 
ser uma nova forma de entender as organizações formais com o 
enfoque nas pessoas
2. Rejeição a concepção romântica da teoria das relações humanas: 
passa-se a ver as pessoas de forma mais clara, entendendo que 
possuem motivações e que são resultados de suas experiências 
prévias.
3. Critica aos princípios formais da teoria clássica: a teoria 
comportamental enxerga que as pessoas são socialmente construídas, 
dessa forma princípios hierárquicos extremamente rígidos não se 
mostram eficientes para entender-se o comportamento do indivíduo.
4. Critica ao modelo burocrático: a abordagem behaviorista critica 
esse posicionamento, uma vez que enxerga que as organizações não 
podem ser entendidas como estáveis ou como máquinas. 
Evolução do Pensamento em Administração 43
Pressupostos da Teoria Comportamental
Para entendermos a teoria comportamental, é necessário observar 
os pressupostos que servem de base para o seu desenvolvimento, muitas 
dessas ideias derivam da psicologia organizacional e aparecem como 
críticas ao modelo clássico de gestão:
1. O homem é social e possui necessidades: o homem possui 
necessidades e por isso desenvolve relacionamentos e 
interdependência de outras pessoas.
2. O homem possui um sistema psíquico: ou seja, cada indivíduo é 
único e possui características próprias
3. O homem possui linguagem e conhecimento abstrato: refere-se à 
capacidade de comunicação e aprendizagem do ser humano
4. O homem é apto a aprender: enxerga que as pessoas são capazes 
de melhorar e modificar comportamentos
5. O comportamento é orientado para objetivos: as pessoas possuem 
objetivos individuais complexos e que mudam constantemente, 
esses objetivos estão estritamente relacionados com sua psique e 
com o convívio social.
6. O homem possui comportamentos dualísticos: ou seja, pode 
cooperar e competir
Teoria da Hierarquia de Necessidades de 
Maslow
Abraham H. Maslow (1908 – 1970), desenvolve uma teoria na qual 
afirma que a motivação humana é determinada pelas necessidades, e 
que essas necessidades estão organizadas na forma de uma pirâmide, 
onde no nível mais baixo encontram-se as necessidades fundamentais e 
no nível superior as necessidades de auto realização ligadas aos desejos 
pessoais de cada indivíduo.
Evolução do Pensamento em Administração44
Figura 8 : Pirâmide de Maslow 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019)
1. Necessidades Fisiológicas: são as necessidades básicas do ser 
humano, relacionadas à sobrevivência do indivíduo (Ex. fome, frio, 
repouso, sono, saúde). Se não forem atendidas tornam impossível 
outro comportamento que não seja atendê-las.
2. Necessidades de Segurança: são referentes ao perigo e segurança, 
surgem quando as necessidades fisiológicas estão satisfeitas (Ex. 
segurança, medo de ser roubado, abrigo).
3. Necessidades Sociais: surgem do comportamento e convívio em 
sociedade, ocorrem quando as duas necessidades anteriores estão 
satisfeitas (Ex. Necessidade de associação, amizade, amor, afeição, 
relacionamentos).
4. Necessidades de Estima: são necessidades relacionadas a como a 
pessoa se enxerga, incluem o desejo de força, reconhecimento. Estão 
relacionadas a como a pessoa quer ser considerada pela sociedade.
5. Necessidades de Autorrealização: são as necessidades mais 
elevadas, ligadas ao ser humano realizar seu potencial e se auto 
desenvolver.
Evolução do Pensamento em Administração 45
O que a Teoria de Maslow Mostra
A pirâmide de necessidades de Maslow, nos mostra que para motivar 
um indivíduo, é necessário atender às suas necessidades, seguindo-se a 
hierarquia de necessidades, dessa forma, não se pode esperar que um 
indivíduo esteja autorrealizado se passa fome ou frio.
Nem todos os indivíduos são capazes de atingir suas necessidades 
mais elevadas, muitas vezes acabam parando em um nível de 
necessidades, sem buscar as necessidades mais elevadas.
Quando as necessidades básicas ou mais baixas estão atendidas, 
as pessoas passam a focar nas necessidades situadas num nível acima, 
o que acaba dominando seu comportamento, porém, se porventura 
uma necessidade mais baixa deixar de ser atendida, esse fato irá gerar 
insatisfação e tensão.
Por fim, as pessoas possuem mais de uma motivação, e as 
necessidades atuam em conjunto sobre as pessoas, dessa forma, o 
comportamento é motivado pelas necessidades.
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg
Frederick Herzberg (1923 - 2000), foi um psicólogo e consultor 
empresarial, buscou também estudar a motivação humana no contexto 
de organizações. Desenvolveu a chamada teoria de dois fatores, onde 
afirma que existem dois tipos de fatores que influenciam a motivação:
1. Fatores Higiênicos: não confundir com a questão de saúde e higiene, 
os fatores higiênicos são referentes ao ambiente que envolve as 
pessoas, incluindo as condições de trabalho, dessa forma, incluem 
o salário pago, as condições de iluminação, segurança, condições 
físicas e ambientais. Em seu estudo, Herzberg afirma que no início 
da revolução industrial esses fatores eram usados para motivar as 
pessoas, onde o trabalho era considerado algo desagradável e onde 
apenas se busca dinheiro. Porém, em um contexto mais moderno, 
observamos que esses fatores apenas evitam a insatisfação dos 
funcionários e se trazem satisfação é apenas momentânea.
Evolução do Pensamento em Administração46
Exemplo: O salário apenas evita que a pessoa se sinta insatisfeita 
no trabalho, será que uma pessoa que recebe um ótimo salário para 
realizar uma função que não a agrada se mantem satisfeita e motivada 
por muito tempo? A teoria de Herzberg afirma que os fatores higiênicos 
não conseguem sustentar no longo-prazo a satisfação dos funcionários.
2. Fatores Motivacionais: são os fatores internos, relativos ao conteúdo 
do cargo, reconhecimento, e Autorrealização que o trabalho 
proporciona as pessoas. Herzberg, afirma que o trabalho possui 
significado para as pessoas, e é esse significado que é capaz de 
motivar as pessoas, sendo capaz de manter a pessoa satisfeita no 
longo-prazo.
Figura 9 : Teoria de Dois Fatores de Herzberg 
Fatores Motivacionais Fatores Higiênicos
Trabalho em si Condições de trabalho
Realização Administração da empresa
Reconhecimento Salário
Progresso Relações com o supervisor
Responsabilidade Benefícios e incentivos sociais
• A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais.
• A insatisfação no cargo depende dos fatores higiênicos.
MOTIVACIONAISNão 
Satisfação
Satisfação
HIGIÊNICOS
Insatisfação Nenhuma 
Satisfação
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).
A teoria de Herzberg nos mostra que a satisfação no ambiente 
organizacional depende tanto de fatores higiênicos como fatores 
motivacionais, dessa forma, para proporcionar motivação, Herzberg 
coloca que é necessário se fazer o enriquecimento do cargo, o que 
significa substituir as tarefas simples por tarefas mais complexas, dessa 
forma se acrescenta significado para o cargo e para o trabalho, o que traz 
motivação e satisfação.
Evolução do Pensamento em Administração 47
Teoria X e Teoria Y
Douglas McGregor (1906 – 1964), foi um economista que buscou 
estudar os diferentes estilos de administrar, dessa forma, coloca que existe 
um estilo pragmático, tradicional e mecanicista (Teoria X) e um outro estilo 
mais moderno e que leva em conta o comportamento humano (Teoria Y).
Teoria X
É a concepção tradicional de administração, baseada no 
pensamento mais tradicional, se baseando em convicções antiquadas 
sobre o ser humano como:
1. As pessoas são preguiçosas e trabalham apenas motivadas por 
dinheiro, evitando o trabalho omáximo possível;
2. As pessoas não possuem ambição e não gostam de assumir 
responsabilidades, pensando apenas em si mesmo e evitando 
trabalho desnecessário;
3. A natureza humana busca resistir as mudanças, tenta se manter 
estável e sem mudança;
4. As pessoas são dependentes de ordens e precisam ter a disciplina 
imposta, dessa forma, precisam ser dirigidas e orientadas constantemente.
Com base nessas convicções, as organizações que se baseiam em 
teoria X possuem um estilo de administração semelhante a aquele pregado 
na revolução industrial, que considera as pessoas motivadas apenas por 
dinheiro, busca regular todas as atividades e impor a hierarquia. Dessa 
forma as pessoas devem ser constantemente orientadas e persuadidas a 
realizar atividades monótonas e sem mudanças.
Teoria Y
A teoria Y representa uma abordagem mais moderna de 
administração, que se baseia em preceitos mais humanistas como:
1. As pessoas não têm desprazer inerente no trabalho, isso vai depender 
da natureza do trabalho, dessa forma, o trabalho pode também ser 
uma fonte de satisfação e recompensas;
Evolução do Pensamento em Administração48
2. As pessoas não são passivas naturalmente, isso é resultado do 
processo histórico de suas vidas, que pode ter construído esse tipo 
de atitude;
3. As pessoas têm motivação e possuem capacidade para assumir 
responsabilidades e para mudar seu comportamento;
4. O homem possui capacidade para aprender e ser responsável, 
quando tem uma postura diferente dessa e mais auto defensiva é um 
resultado de suas experiências insatisfatórias.
Com base nessas ideias, a teoria Y desenvolve um estilo de gestão 
mais participativo, e que entende que o trabalho possui significado, dessa 
forma, essas organizações possuem decisões mais descentralizadas, 
buscam ampliar o significado dos cargos, tentam fazer uma gestão mais 
participativa e acreditam que as pessoas possuem visão crítica para se 
auto avaliar.
REFLITA:
E você, qual concepção acredita que é mais adequada? 
Acha que é possível uma organização mais participativa e 
que acredite no significado do trabalho?
Processo Decisório
A teoria behaviorista também buscou entender o processo decisório 
que ocorre dentro das organizações, decisão é o processo de análise e 
escolha de alternativas possíveis, sendo composta de 6 elementos:
1. Tomador de decisão;
2. Objetivos;
3. Preferências;
4. Estratégia;
5. Situação;
6. Resultado.
Evolução do Pensamento em Administração 49
Nesse processo, o tomador de decisão está inserido em uma 
situação, pretende alcançar objetivos, ao mesmo tempo possui 
preferencias e deve desenvolver uma estratégia para trazer um resultado. 
Assim, o processo decisório ocorre seguindo as seguintes etapas:
1. Percepção da situação;
2. Análise e definição do problema;
3. Definição dos objetivos;
4. Busca de alternativas;
5. Escolha e seleção de uma alternativa;
6. Avaliação e comparação das alternativas;
7. Implementação da estratégia.
Além de formular essas etapas, a teoria behaviorista também 
comenta que as pessoas possuem racionalidade limitada na hora de 
tomada de decisão, ou seja, sua capacidade individual limita a qualidade 
da tomada de decisão. Também apontam que existe imperfeições na 
tomada de decisão e que ao escolher uma opção necessariamente deve-
se deixar de lado as demais opções.
Teoria do Equilíbrio Organizacional
O comportamento organizacional é o estudo da dinâmica das 
organizações e como os grupos e indivíduos se comportam dentro delas. 
Esse é um dos focos da teoria behaviorista, que estuda também os 
motivos pelos quais as pessoas cooperam dentro das organizações, que 
possui os seguintes conceitos básicos:
1. Incentivos: são os pagamentos feitos pela organização (Ex. prêmios, 
benefícios e salários)
2. Utilidade de incentivos: cada incentivo possui um valor que varia de 
acordo com a percepção dos indivíduos (Ex. O mesmo valor de salário 
possui utilidade diferente para cada pessoa)
Evolução do Pensamento em Administração50
3. Contribuições: são os pagamentos que as pessoas fazem a 
sua organização, normalmente ocorrem na forma de trabalho, 
conhecimento, dedicação, esforço entre outros.
4. Utilidade das contribuições: a organização também percebe de 
forma diferente a utilidade dos trabalhos que as pessoas realizam, 
dessa forma, a utilidade das contribuições é o valor que a organização 
da para o trabalho das pessoas.
Partindo desses conceitos, estipula os seguintes postulados 
básicos:
1. As organizações são sistemas complexos que possuem várias 
pessoas e grupos interagindo entre si.
2. Cada participante e cada grupo recebe incentivos em troca das 
contribuições que realiza.
3. Os participantes se mantem na organização quando os incentivos 
forem iguais ou maiores que a contribuição que realiza.
4. É através das contribuições das pessoas que a organização gera 
resultados que possibilitam pagar incentivos para as pessoas.
5. As organizações conseguiram se manter apenas quando as 
contribuições forem suficientes para propiciar os incentivos para 
manter as pessoas dentro da organização.
Dessa forma, o equilíbrio organizacional ocorre quando a 
organização é capaz de remunerar seus participantes para mantê-los 
dentro da organização.
Conflitos entre a Organização e seus 
Participantes
Outro tema estudado pelos behavioristas é o conflito entre os 
objetivos pessoais de cada participante e objetivos organizacionais. 
Segundo Argyris (1968) existe um inevitável conflito entre o indivíduo e 
organização e que é incompatível. A organização formal faz exigências aos 
Evolução do Pensamento em Administração 51
indivíduos que são incongruentes com as necessidades dos indivíduos. 
Contudo o mesmo autor conclui que também:
1. É possível se integrar as necessidades individuais de auto expressão 
com os requisitos de produção da organização.
2. As organizações que buscam conciliar objetivos pessoais e 
organizacionais são mais produtivas.
3. As organizações podem tanto reprimir quanto incentivar o 
desenvolvimento pessoal.
Dessa forma, existe uma interdependência entre as organizações e 
as pessoas, que possuem objetivos diferentes, porém, ao mesmo tempo 
é possível que a administração busque conciliar esses objetivos.
Liderança
A teoria behaviorista também avança na questão da liderança, 
Likert (1976), traça quatro estilos de liderança:
1. Autoritário explorador: gestão baseada na punição e medo.
2. Autoritário benevolente: baseado na hierarquia.
3. Consultivo: baseado na comunicação vertical, com maioria das 
decisões vindas do topo.
4. Participativo: baseado no processo decisório em grupos, gestão 
descentralizada.
Kotter (1997) identifica que a liderança deve estabelecer direção, 
alinhar as pessoas, motivar e inspirar. Dessa forma, a teoria comportamental 
contribui para entender o que a liderança deve realizar e quais estilos que 
pode adotar.
Críticas à Teoria Comportamental
A teoria behaviorista apresenta diversos avanços para a 
administração, sendo uma teoria focada nas pessoas e que traz uma nova 
Evolução do Pensamento em Administração52
visão do ser humano no ambiente organizacional, apesar disso, algumas 
críticas são feitas a essa teoria, onde podemos destacar:
1. Abordagem mais descritiva e menos prescritiva: a teoria behaviorista 
tem um enfoque muito maior em compreender os fenômenos, dessa 
forma, acaba por dificultar a aplicação de certos preceitos que 
defende.
2. Relatividade das teorias de motivação: a abordagem 
comportamental coloca diversas ideias sobre motivação, conforme 
vimos anteriormente, porém, essas teorias são relativistas uma 
vez que colocam que existe variação devido a fatores pessoais e 
psicológicos.
3. Visão tendenciosa: ao mesmo tempo que possui uma característica 
descritiva, algumas vezes a teoria behaviorista aponta o “melhor 
a se fazer”, sendo as vezes tendenciosa para um lado da relação 
organização-funcionário.
RESUMINDO:E aí, conseguiu entender como a teoria comportamental 
avançou os temas propostos pela teoria das relações 
humanas?
Vimos que a teoria comportamental buscou ter uma visão mais 
moderna e menos romantizada do ser humano, onde enxerga que as 
pessoas são socialmente construídas, que são capazes de aprender e 
que tem seu comportamento motivado de acordo com um conjunto de 
objetivos.
Estudamos duas teorias motivacionais, a de Maslow e a teoria de 
dois fatores de Herzberg, onde ambas demonstram que as pessoas são 
motivadas por diversos fatores e dão base para as organizações consigam 
atender as necessidades de seus trabalhadores.
Também estudamos a teoria X e teoria Y, quando vimos que a teoria X 
é baseada em preceitos mais mecanicistas sobre o trabalho humano, onde 
enxerga que as pessoas trabalham apenas pela recompensa financeira, 
Evolução do Pensamento em Administração 53
não assumem responsabilidades, não assumem riscos e não enxergam 
valor no trabalho. Já a teoria Y enxerga o ser humano como socialmente 
construído, sendo capaz de aprender, assumir riscos e responsabilidades 
e tendo seu comportamento explicado pela sua história.
Por fim, vimos outros pontos da teoria behaviorista, como sua 
visão de liderança e equilíbrio organizacional. Dessa forma, a abordagem 
comportamental enxerga que existem conflitos dentro das organizações 
causados pelos diferentes objetivos que as pessoas e organizações 
possuem, ao mesmo tempo, cabe à administração buscar conciliar 
e implementar significado no trabalho realizado pelas pessoas nas 
organizações.
Podemos, então, resumir a abordagem comportamental como 
uma abordagem que defende uma administração mais moderna, que 
considera o significado do trabalho para as pessoas e que busca construir 
em conjunto com o trabalhador um melhor ambiente que minimize os 
conflitos entre organização e trabalhador.
Evolução do Pensamento em Administração54
Teoria de Sistemas
INTRODUÇÃO:
Neste capítulo, estudaremos a teoria de sistemas. Ela teve 
início em 1960, e buscou incluir a ideia de sistemas dentro 
da organização. Dessa forma, sofreu influência das ciências 
naturais como biologia e física e, ao mesmo tempo, avançou 
alguns assuntos iniciados pela teoria estruturalista, como a 
relação entre organizações e ambiente externo, além de 
compreender que as organizações são interdependentes.
Assim, estudaremos a origem e os princípios básicos da teoria de 
sistemas, o conceito de sistemas, como as organizações são sistemas 
e como se relacionam com outros sistemas e por fim veremos as 
contribuições e críticas feitas a essa teoria.
A teoria de sistemas (TS) é um ramo da teoria geral de sistemas, se 
originou a partir dos trabalhos do biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy 
(1901 – 1972). Assim, a teoria de sistemas surge da ideia das ciências 
naturais em estudar grupos de elementos e suas interações, possuindo 
os seguintes pressupostos básicos:
1. Integração entre ciências naturais e sociais;
2. Integração;
3. Estudo de forma abrangente;
4. Princípios unificadores e que atravessam as diversas ciências.
Dessa forma, a teoria de sistemas não enxerga o mundo como 
dividido entre as ciências (Ex. Biologia, química e física), buscando integrar 
essas ciências para gerar um entendimento maior sobre o universo. A 
teoria de sistemas se apropria dessas ideias e entende que o mundo 
das organizações e a sociedade em geral não pode ser entendida de 
forma separada, dessa forma, busca integrar os conhecimentos sobre 
organizações.
Evolução do Pensamento em Administração 55
Premissas Básicas da Teoria de Sistemas
Como vimos anteriormente, a teoria de sistemas tem origem na 
teoria geral de sistemas (TGS), e busca integrar os conhecimentos de 
administração, para dessa forma proporcionar uma visão holística, sendo 
dessa forma uma abordagem global, que segue as 3 premissas básicas 
abaixo:
1. Existem sistemas dentro de sistemas: A teoria de sistemas enxerga 
que os sistemas são interdependentes, dessa forma, cada sistema é 
formado por um conjunto de subsistemas, que são interligados entre 
si.
2. Os sistemas são abertos: A teoria de sistemas enxerga que o ambiente 
é formado por sistemas e que esses sistemas interagem entre si. 
Da mesma forma que os subsistemas são interligados, os sistemas 
também são interligados, para tanto, é necessário que sejam abertos 
para fazer trocas entre si e com o ambiente formado de sistemas.
3. As funções dos sistemas dependem de sua estrutura: Cada sistema 
possui um objetivo específico, que corresponde a seu papel no 
ambiente.
Razões pelas quais a teoria de sistemas se incorporou à 
administração:
1. Necessidade de sintetizar e unir os conhecimentos produzidos até 
o momento. Buscando unir as variáveis e explicar fenômenos mais 
globais;
2. Início da cibernética, que introduziu sistemas e gestão de dados à 
administração;
3. Sucesso da teoria de sistemas em outras ciências.
Conceito de Sistemas
Sistemas são o conceito central da TS, dessa forma, é necessário 
contextualizá-los, assim, podemos afirmar que os sistemas são um 
Evolução do Pensamento em Administração56
conjunto de elementos interligados para formar um todo, sendo que esse 
todo apresenta características diferentes que as partes.
Assim, todos os sistemas possuem duas características básicas:
1. Proposito ou objetivo: Todo sistema nasce com um objetivo que irá 
definir como se organiza, dessa forma, os objetivos definem o formato 
e componentes do sistema.
2. Globalismo ou totalidade: Os sistemas são orgânicos, ou seja, uma 
mudança em um elemento irá causar impacto no sistema como um 
todo.
Classificação de Sistemas
Podemos classificar os sistemas de acordo com:
1. Sua constituição: Dessa forma existem sistemas físicos que são 
compostos por elementos reais e tangíveis (Ex. Hardware, máquinas, 
equipamentos) também existem sistemas abstratos que são conceitos 
ou elementos intangíveis (Ex. Software, ideias, planos)
2. Sua natureza: Nessa classificação existem sistemas fechados, que 
são aqueles que não realizam trocas com o ambiente, e sistemas 
abertos, que são aqueles que realizam trocas com o ambiente.
Existem sistemas fechados de verdade? Na realidade não existem 
sistemas que não realizam troca alguma com o ambiente, porém, ao 
mesmo tempo existem sistemas que realizam pouquíssimas trocas com 
o ambiente.
Todas as organizações são sistemas abertos, isso ocorre pois são 
um conjunto de esforções coletivos, que possui um objetivo específico 
e que realiza trocas com o ambiente (Ex. As organizações compram e 
vendem produtos em trocas com o ambiente).
Componentes dos Sistemas
Todos os sistemas funcionam em uma lógica de: entrada, 
processamento, saída, retroalimentação (feedback) e ambiente, conforme 
a figura a seguir:
Evolução do Pensamento em Administração 57
Figura 10 : Componentes de Sistemas
AMBIENTE
ENTRADA PROCESSAMENTO SAÍDA
REALIMENTAÇÃO
Fonte: Adaptado (CHIAVENATO, 2011).
1. Entradas: é o elemento inicial do sistema, traz os materiais e recursos 
para o processamento (Ex. Em uma empresa são os funcionários, 
matérias primas e máquinas).
2. Processamento: é onde ocorrem a transformação das entradas em 
saídas (Ex. Um material entra na fábrica e se torna um produto, ou 
processamento de dados).
3. Saídas: é a consequência do trabalho do sistema, são as saídas que 
são responsáveis pelo cumprimento do objetivo (Ex. Vendas, Produtos 
ou dados processados)
4. Ambiente: é o meio que envolve o sistema, responsável por fornecer 
entradas e receber as saídas do sistema
5. Realimentação (feedback): é a função do sistema que verifica se as 
saídas estão de acordo com o esperado, é onde as saídas do sistema 
interagem com o ambiente, fornecendo informações para que o 
sistema possa mudar e aprimorar-se.
Organização como um Sistema Aberto
Conforme afirmamos anteriormente, sistemas abertos são aqueles 
sistemas que realizam trocas com

Continue navegando