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Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ) Curso de Graduação em Administração PAULIMAICON NERI FRANGILO JAYME DIAS DE OLIVEIRA SOUZA A PERCEPÇÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL DOS COLABORADORES ACERCA DO DESEMPENHO PROFISSIONAL DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Itaperuna, RJ 2021 PAULIMAICON NERI FRANGILO JAYME DIAS DE OLIVEIRA SOUZA A PERCEPÇÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL DOS COLABORADORES ACERCA DO DESEMPENHO PROFISSIONAL DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães. Itaperuna, RJ 2021 PAULIMAICON NERI FRANGILO JAYME DIAS DE OLIVEIRA SOUZA A PERCEPÇÃO DO CLIMA ORGANIZACIONAL DOS COLABORADORES ACERCA DO DESEMPENHO PROFISSIONAL DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Administração. Orientadora: Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães. Itaperuna, 26 de novembro de 2021. Banca Examinadora: ________________________________________________ Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães (Orientadora) UNIFSJ – Itaperuna - RJ ________________________________________________ Professor Mestre Victor Bartolazzi UENF – Campos dos Goytacazes - RJ ________________________________________________ Professora Doutoranda Sabrina Olimpio de Castro UNIFSJ – Itaperuna – RJ ________________________________________________ Professor Doutor Erik da Silva UNIFSJ – Itaperuna – RJ SUMÁRIO Introdução ................................................................................................................... 5 1 Clima organizacional e seus respectivos fatores ...................................................... 6 2 Motivação, satisfação e percepção do colaborador ................................................. 8 3 Avaliação de desempenho ....................................................................................... 9 4 Metodologia ............................................................................................................ 10 5 Estudo de caso ....................................................................................................... 11 6 Coleta de dados e resultados ................................................................................. 12 7 Considerações finais. ............................................................................................. 18 Referências: .............................................................................................................. 18 5 A percepção do clima organizacional dos colaboradores acerca do desempenho profissional durante a pandemia do covid-19: um estudo de caso em uma empresa do ramo da construção civil. Paulimaicon Neri Frangilo1 Jayme Dias de Oliveira Souza2 Armênia Arantes Guimarães3 Resumo: Muito se tem discutido, recentemente, acerca da pandemia causada pelo vírus da Covid-19, consequentemente, os impactos causados nas instituições e na performance de seus colaboradores. Esta pesquisa apresenta a percepção do clima organizacional dos colaboradores acerca do desempenho profissional em uma das sedes de uma empresa atuante no ramo da construção civil, localizada no interior do Estado do Rio de Janeiro. Seu objetivo sendo analisar o cenário de produtividade e desempenho dos colaboradores, com o foco na percepção do colaborador, durante a crise sanitária causada pelo vírus da Covid-19. Este estudo se caracteriza por uma abordagem metodológica do tipo descritivo e quanti-qualitativo. Foi realizado uma análise dos dados obtidos através de um questionário do tipo survey, aplicado aos colaboradores dividido nas seguintes etapas, identificação do perfil dos entrevistados, percepção do colaborador quanto a ações e fatores internos na empresa, o desempenho do colaborador em encontro a um fator externo e a percepção do colaborador quanto ao feedback de seu superior em relação ao seu rendimento e sua indicação da empresa. Após esta análise foi possível identificar que os colaboradores mantiveram um nível de desempenho e produtividade satisfatórios. Porém destaca-se que é preciso uma nova aplicação da pesquisa estendendo a todas as sedes da instituição, como também, em outras empresas do ramo. Podendo assim, ter um panorama geral da percepção dos trabalhadores quanto ao seu desempenho. Palavras-chave: análise de desempenho, clima organizacional, crise sanitária, percepção do colaborador. Introdução Muito se tem discutido, recentemente, acerca da pandemia causada pelo vírus da Covid-19, consequentemente, os impactos causados nas instituições e na performance de seus colaboradores. Para Chiavenato (2010) a avaliação de desempenho é um meio poderoso para resolver problemas de desempenho e melhorar a qualidade de trabalho e de vida na organização. Segundo o mesmo autor o desempenho é um tema constante e comum na vida profissional das pessoas. O 1 Graduando em Administração pelo Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ). Contato: paulimaiconneri@gmail.com. 2 Graduando em Administração pelo Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ). Contato: jaymediasos@gmail.com. 3 Orientadora da pesquisa. Mestra em Administração, pela Universidade Candido Mendes - Campos (UCAM). Contato: armenia_guimaraes@hotmail.com mailto:paulimaiconneri@gmail.com 6 mesmo acontece nas empresas, que sempre precisam avaliar diferentes desempenhos: financeiro, humano, operacional, técnico, comercial e de marketing. O presente artigo objetiva investigar o cenário de produtividade e desempenho dos colaboradores durante o período da Covid-19, levando em consideração as informações obtidas dos funcionários na matriz de uma empresa que atua no ramo da construção civil, localizada no interior do estado do Rio de Janeiro. Tendo como objetivos específicos: 1 - Revisar a literatura sobre clima organizacional; 2 - Evidenciar a visão do colaborador no período; 3 - Aplicar pesquisa de questionário; 4 - Mensurar os resultados dos questionários; 5 - Verificar as informações obtidas. A contribuição do artigo se concentra em proporcionar a empresa e aos gestores um olhar estratégico diante do novo cenário. A metodologia do presente artigo consiste em coletar dados através da aplicação de um questionário virtual, do tipo survey, que visa extrair uma visão do desempenho do colaborador mais próxima de sua realidade, uma vez que a pesquisa foi aplicada somente aos colaboradores e no período pandêmico. O artigo será estruturado com as seguintes seções, a saber: clima organizacional e seus respectivos fatores, motivação, satisfação e percepção do colaborador, avaliação de desempenho, metodologia, estudo de caso, coleta de dados e resultados e considerações finais. 1 Clima organizacional e seus respectivos fatores O clima organizacional é um tema discutido por vários pesquisadores, e também está relacionado à percepção do colaborador a respeito da organização, Maximiano (1995, p.107) define que “o clima é representado pelos conceitos e sentimentos que as pessoas partilham a respeito da organização e que afetam de maneira positiva ou negativa sua satisfação e motivação no trabalho”. Chiavenato (2014, p. 470) afirma que a definição de clima organizacional foi inicialmente planejada para descrever a atmosfera social prevalecente naorganização e as visões, sentimentos e atos das pessoas em relação aos processos sociais. Seguidamente, três fontes foram adicionadas para caracterizar o desenvolvimento do clima: a exposição dos funcionários à mesma estrutura organizacional, processos e práticas que tornam a equipe um acervo homogêneo e o compartilhamento de significados por meio da interação social. Os gestores precisam entender o conceito 7 de clima, pois podem melhorar a eficiência da organização criando um clima organizacional que atenda às necessidades dos membros e, ao mesmo tempo, direcione essa conduta positiva para os objetivos da organização. Por outro lado, Lacombe (2005) entende o clima organizacional como a satisfação dos funcionários, que é o ambiente interno da empresa. É importante destacar que o clima organizacional está relacionado ao ambiente interno de trabalho e às reações das pessoas aos agentes que afetam o ambiente de trabalho. O clima organizacional auxilia no aumento da eficiência no trabalho. Determinar o clima organizacional ajuda a melhorar a eficiência da organização, pois ajuda a criar um ambiente que atenda às necessidades dos colaboradores, ao mesmo tempo em que orienta comportamentos para atingir os objetivos organizacionais. (FERREIRA, 2017, p. 47). Dentro de uma organização podem existir vários fatores que possam afetar o clima organizacional, tanto negativamente quanto positivamente, o que podem ser definidos através da pesquisa de clima. Luz (2003) destacou que as pesquisas de clima devem ser vistas a partir de uma perspectiva estratégica corporativa, pois podem apontar fatores positivos que auxiliam na envoltura do colaborador, que acrescem sua motivação e promovem o aumento da produtividade e da qualidade do produto. Em contrapartida, Bispo (2006) afirma que “é por meio da pesquisa de clima organizacional que é possível se medir o nível de relacionamento entre os funcionários e a empresa”. Segundo Chiavenato (2014, p. 470) as pesquisas de clima organizacional seguem os seguintes objetivos: As pesquisas de clima organizacional procuram coligir informações sobre o campo psicológico que envolve o ambiente de trabalho das pessoas e qual a sua sensação pessoal nesse contexto. O clima organizacional reflete como as pessoas interagem uma com as outras, como os clientes e fornecedores internos e externos, bem como o grau de satisfação com o contexto que as cerca. O clima organizacional pode ser agradável, receptivo, caloroso e envolvente, em um extremo, ou desagradável, agressivo, frio e alienante, em outro extremo. Com base nessas informações, podemos afirmar que a pesquisa de clima tem como objetivo avaliar como os colaboradores percebem seu trabalho, seu relacionamento com a gerência e os outros colaboradores, seu salário e benefícios, além de outros fatores. Luz (2003) afirma que as ferramentas de pesquisa de clima organizacional costumam ter a seguinte estrutura: 8 Instruções de preenchimento: Para obter informações relevantes, os funcionários responderão ao instrumento sem a ajuda de terceiros para evitar erros de preenchimento e danificar as amostras. Identificação da unidade do respondente: Embora a pesquisa seja anônima, é importante especificar a unidade do respondente para analisar os resultados e implementar ações futuras adequadas a cada unidade. Questionário: Uma série de perguntas atribuídas pelos funcionários para medir a atmosfera da organização. Espaço de sugestões: A parte subjetiva da ferramenta visa coletar sugestões dos funcionários para a adoção de melhorias na organização. Folha de respostas: Um documento separado de outros formulários onde os funcionários podem preencher suas respostas. 2 Motivação, satisfação e percepção do colaborador Além de representar o ato ou efeito de motivar, motivação, também pode ser classificada como o conjunto das razões para alguém se comportar de determinada maneira; o processo que dá início a uma ação consciente. (MOTIVAÇÃO, 2021) Já Chiavenato (2004) ressalta que a motivação é um importante processo na concepção do comportamento humano. Juntamente com percepção, atitude, personalidade e aprendizagem, a motivação sobressai como um importante processo na compreensão do comportamento humano. Ela integra e atua em conjunto com os outros processos mediadores e o ambiente. Da mesma forma como ocorre com os processos cognitivos, a motivação não pode ser visualizada. A motivação é um construtor hipotético utilizado para ajudar a compreender o comportamento humano. (CHIAVENATO, 2004, p.230) Ainda Chiavenato (2003, p.165) considera que “a motivação é um dos inúmeros fatores que contribuem para o bom desempenho do trabalho, pode ser conceituada como o esforço e tenacidade exercidos pela pessoa para fazer algo ou alcançar algo”. Robbins (2004, p.46) faz uma ligação da motivação com a satisfação, onde motivação consiste em se dispor a fazer algo que seria acondicionada pela capacidade desse ato satisfazer a pessoa. Uma necessidade que não for satisfeita irá gerar um conflito, consequentemente estimulará o indivíduo. Essa necessidade irá desencadear uma busca por metas particulares que, sendo concluídas, acarretará na satisfação de tal necessidade e solução do conflito. 9 Para Robbins (2005) a satisfação com o trabalho tem ligação com os sentimentos que um indivíduo possui com analogia ao seu trabalho, e a considera ser mais uma atitude do que um comportamento, pois está relacionada com fatores de desempenho e com outros valores preferidos por diversos pesquisadores do comportamento organizacional. Robbins (2003) afirma que o colaborador é estimulado pelas metas difíceis que é designado a desempenhar e que o feedback feito pelo próprio colaborador está ligado diretamente a sua motivação, o que gera a satisfação com o êxito de suas metas. Se fatores tais como habilidade e aceitação das metas forem mantidos constantes, podemos também afirmar seguramente que quanto maior a dificuldade da meta, maior o nível de desempenho. Metas mais difíceis estimulam as pessoas a ir mais longe e a trabalhar mais arduamente. Certamente, é lógico supor que metas mais fáceis têm maior probabilidade de serem aceitas. Mas, uma vez que um funcionário aceite uma tarefa difícil, é provável que ele exerça um alto nível de esforço para cumpri-la. O desafio para os gerentes é o de fazer com que seus funcionários vejam que metas difíceis são atingíveis. Há um número considerável de evidências que nos indicam que as pessoas desempenham melhor suas funções quando recebem feedback de como estão progredindo na direção de suas metas, pois o feedback contribui para a identificação de discrepâncias entre o que elas obtiveram e o que pretendem obter. Ou seja, o feedback atua para guiar o comportamento. Mas nem todo feedback é igualmente poderoso. O feedback feito pelo próprio empregado – em que um funcionário é capaz de monitorar o seu próprio progresso – tem se revelado um motivador mais poderoso que o feedback gerado extremamente por um chefe ou colegas de trabalho. (STEPHEN P. ROBBINS, 2003, p.35) Na visão de Robbins, “os trabalhadores motivados estão em estado de tensão. Para aliviá-la, engajam-se em atividades. Quanto maior a tensão, mais atividades serão necessárias para propor alívio.” (ROBBINS, p.46). 3 Avaliação de desempenho Nesta seção será abordado a avaliação de desempenho que é descrita por Chiavenato (2014, p. 210) como “A avaliação de desempenho é um processo que serve para julgar ou estimar o valor, a excelência e as competências de uma pessoa ou equipe e, sobretudo, qual é a sua contribuição para o negócio da organização. ” Chiavenato (2014) também afirma que a avaliação de desempenho além de receber variadas denominações, muda de uma instituição para outra e ainda ressalta a importância dentro da atividade administrativa nos dias de hoje. Recebe denominaçõesvariadas – como avaliação do mérito, avaliação de pessoal, relatórios de progresso, avaliação de eficiência individual ou grupal, etc. – e varia enormemente de uma organização para outra. Na realidade, a 10 avaliação do desempenho é um processo dinâmico que envolve o avaliado, seu gerente, seus relacionamentos e representa uma técnica de direção imprescindível na atividade administrativa de hoje. É um excelente meio pelo qual localiza problemas de supervisão e gestão, de integração das pessoas à organização e ao trabalho, de localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento, de construção de competências e, consequentemente estabelecer os meios e programas para melhorar continuamente o desempenho humano. No fundo, a avaliação do desempenho constitui um poderoso meio de melhorar a qualidade do trabalho e a qualidade de vida nas organizações. (CHIAVENATO, p. 210, 2014). Ainda Chiavenato (2014) informa que a avaliação de desempenho está se estendendo a um leque mais amplo de ações. As organizações estão se voltando para a chamada gestão de desempenho humano, ou seja, o valor mensurável que a força de trabalho da organização traz para a organização em termos de competências e habilidades coletivas e entusiasmo do pessoal. Esta situação será maximizada quando as pessoas utilizarem ao máximo as suas competências e aptidões nas atividades da organização, e se configurará e reconfigurará para fortalecer e melhorar o desempenho humano e conduzi-lo aos seus objetivos estratégicos. Por outro lado, Robbins (2003, p.54) ressalta que o desempenho do colaborador depende do suporte que ele recebe em seu ambiente de trabalho. “Quando você tentar avaliar a razão pela qual um funcionário não consegue desempenhar sua função no nível que é esperado pela sua capacidade, dê uma olhada no ambiente de trabalho para ver se ele oferece suporte. ” Nesse sentido podemos afirmar que para desenvolver com êxito as atividades empenhadas, além de um clima favorável com normas e métodos é necessário contar com itens que os auxiliam para uma boa execução, como instrumentos, aparelhos e suprimentos adequados. 4 Metodologia Este estudo se caracteriza por uma abordagem metodológica do tipo descritivo e quanti-qualitativo. Na pesquisa descritiva o pesquisador coleta informações sobre o seu objeto de estudo, tendo o objetivo principal descrever as características de determinada população, fenômeno ou estabelecimento de relações entre variáveis. Destaca a característica de utilização de coleta de dados com técnicas padronizadas, como questionário e a observação sistemática. (GIL, 2002). Os métodos qualitativos são métodos muito importantes para os pesquisadores explicarem o fenômeno em estudo e suas opiniões. Nos métodos quantitativos, os 11 dados quantitativos ou numéricos são coletados por meio de medidas quantitativas e os números com suas respectivas unidades são obtidos por meio da metrologia. Os métodos qualitativos e quantitativos não serão eliminados, são muito importantes, pois se complementam e permitem uma melhor compreensão do objeto em estudo. (Pereira, A.S. et al., 2018). Segundo os procedimentos de coleta de dados, o trabalho é caracterizado por estudo de caso, onde foi delimitado a análise em uma das sedes da empresa que é atuante no ramo da construção civil, com a participação de 40 colaboradores, cujos instrumentos de dados foram por meio da aplicação de questionário do tipo survey executada através da ferramenta surveymonkey, disponível através do site https://pt.surveymonkey.com/. Os colaboradores que participaram da pesquisa receberam um link com as perguntas através do whatsapp. A aplicação do questionário ocorreu em 20 de agosto de 2021. O instrumento para coleta de dados foi composto por dez perguntas divididas nas seguintes etapas: (1) as três primeiras perguntas compostas pela identificação do perfil dos entrevistados (idade, sexo, tempo de trabalho na instituição); (2) as três perguntas seguintes investiga a percepção do colaborador quanto a ações e fatores internos na empresa (comunicação, ambiente, estrutura, higiene...); (3) as duas questões seguintes levam em consideração o desempenho do colaborador em encontro a um fator externo (Segurança no trabalho devido ao vírus da Covid-19 e rendimento na função com a crise sanitária); (4) por fim, as duas últimas perguntas com relação a percepção do colaborador quanto ao feedback de seu superior em relação a seu rendimento e a indicação da empresa (feedback de seu superior imediato e a recomendação da empresa para outras pessoas). 5 Estudo de caso A empresa objeto do estudo está no mercado há mais de 30 anos atuando no ramo da construção civil. Hoje em dia conta com mais de 60 filiais espalhadas nos quatro estados da Região Sudeste e, recentemente, com novas unidades implantadas na Região Sul no estado do Paraná e na Região Nordeste na Bahia. Fundada em 1988, no interior do estado do Rio de Janeiro no Noroeste Fluminense, onde ainda mantém sua sede, teve sua origem de uma outra instituição do Grupo que também atua na construção civil com atividades desde a década de 60. https://pt.surveymonkey.com/ 12 Desde seu início passou por algumas reformulações, como, em 1999, a implantação de um novo sistema de gestão que agregou modernidade, agilidade e maior controle, que possibilitou a expansão da empresa. E por fim, no ano de 2004 se consolidando com a criação de sua marca, sendo conhecida nacionalmente nos dias de hoje. Atualmente a empresa tem como diferencial a qualidade em seus produtos, bom relacionamento com os seus parceiros e clientes, comprometimento com os prazos estipulados e investimentos em tecnologia e equipamentos modernos. Conta com uma equipe qualificada e mantém uma ótima estrutura para atender seus clientes. Com responsabilidade ambiental foi adotado práticas sustentáveis, como o reaproveitamento da água em 100% de suas unidades, pelo processo de decantação. Tem em andamento o projeto de energia limpa, onde algumas filiais possuem energia solar e objetivam que todas as unidades também tenham até 2022. 6 Coleta de dados e resultados A pesquisa foi elaborada com questões para identificar a percepção do colaborador quanto ao seu desempenho profissional levando em consideração variáveis nominais, intervalares e fatores internos e externos à empresa, sendo aplicada apenas aos colaboradores da sede (matriz) da empresa. Participaram desta pesquisa, 40 dos 60 colaboradores que atuam na sede, sendo 73% do gênero masculino e 27% do gênero feminino. Compondo a faixa etária de até 20 anos, 17%, de 21 a 30 anos 45%, de 31 a 40 anos 30%, de 41 a 50 anos de 3% e acima de 50 anos 5%. 13 Figura 1: Gênero dos colaboradores Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. Nota-se que a maioria é do gênero masculino, compondo 73% da totalidade. Figura 2: Faixa Etária Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. O quadro de colaboradores na sede é composto por indivíduos em sua maioria com idade entre 21 a 30 anos, sendo 18 colaboradores, seguido por 31 a 40 anos com 12 trabalhadores. 27% 73% 0% GÊNERO Feminino Masculino Outro 17% 45% 30% 3% 5% FAIXA ETÁRIA Até 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 14 Figura 3: Tempo de Empresa Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. Em geral os colaboradores possuem entre 1-10 anos de tempo de trabalho. Como é uma empresa com mais de 30 anos de mercado, nota-se que poucas pessoas permaneceram por um longo período na instituição. Figura 4: Comunicação entre os colaboradores Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 57% dos entrevistados afirmaram que seus colegas se comunicam muito bem com os outros colaboradores e 30% consideram a comunicação extremamente bem. Em sua maioria, os colaboradores têm uma boa comunicação. Apenas3% afirmaram que a comunicação é extremamente mal. 77% 17% 3% 3% TEMPO DE EMPRESA 1-10 anos 11-20 anos 21-30 anos acima de 30 anos 30% 57% 10% 0% 3% COMUNICAÇÃO ENTRE OS COLABORADORES Extremamente bem Muito bem Nem bem, nem mal Muito mal Extremamente mal 15 Figura 5: Ambiente de trabalho (equipamentos, higiene, estrutura) Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. A maioria classifica o ambiente de trabalho bom, porém em seguida temos uma grande porcentagem que considera o ambiente nem bom, nem ruim. A estrutura pode ser um fator que afeta o desempenho dos colaboradores. Figura 6: Nível de conforto no trabalho Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 45% dos entrevistados sentem-se moderadamente confortáveis no ambiente de trabalho. Dado esse, que também pode ser ligado à estrutura do local de trabalho e também ao relacionamento com o superior imediato, conforme mostrado na figura 9. 17% 47% 28% 8% 0% AMBIENTE DE TRABALHO - equipamentos, higiene, estrutura... Muito bom Bom Nem bom, nem ruim Ruim Muito ruim 15% 30% 45% 10% 0% NÍVEL DE CONFORTO NO TRABALHO Extremamente confortável Muito confortável Moderadamen te confortável Pouco confortável Nada confortável 16 Figura 7: Segurança no trabalho devido à crise sanitária Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 80% dos colaboradores sentem que o ambiente de trabalho é seguro, mesmo diante de um período de pandemia, o que leva a ser um fator positivo para empresa diante da complexidade da crise sanitária. Foi possível identificar algumas ações implementadas pela empresa para a segurança dos trabalhadores que justificam esse dado. O home-office foi implementado no período mais crítico. Após, aproximadamente, seis meses foi feito o retorno das atividades presenciais, a empresa fez a distribuição de máscara e a tornou elemento obrigatório dentro de suas instalações, passou a monitorar a temperatura de todos, fez distribuição de álcool 70, as reuniões passaram a ser remotas, entre outras medidas. Figura 8: Queda no rendimento devido à crise sanitária Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 80% 20% AMBIENTE DO TRABALHO SEGURO DIANTE DA CRISE PANDÊMICA SIM NÃO 12% 88% RENDIMENTO NA FUNÇÃO AFETADO DEVIDO A CRISE SANITÁRIA SIM NÃO 17 Nota-se que 88% dos colaboradores afirmam que não tiveram queda em seu rendimento durante o período pandêmico. Apenas cinco funcionários, 12%, alegam que tiveram queda no seu rendimento. Esses dados podem ser corroborados, conforme as ações identificadas na análise da figura 7. Figura 9: Frequência de feedback do superior imediato Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 48% dos colaboradores afirmaram que recebem feedback de seu superior imediato em relação a seu trabalho apenas de vez em quando. Um fator que deve ser melhorado, pois apenas 5 pessoas afirmaram que recebem sempre o feedback de seu superior. Figura 10: Recomendação da Empresa Fonte: SurveyMonkey, elaborada pelos autores, 2021. 12% 17% 48% 15% 8% FREQUÊNCIA DE FEEDBACK DO SUPERIOR IMEDIATO Sempre Quase sempre De vez em quando Quase nunca Nunca 95% 5% INDICAM A EMPRESA SIM NÃO 18 A grande maioria dos trabalhadores estão satisfeitos com a empresa. Apenas 5% dos entrevistados não recomendariam a empresa, ou seja, apenas 2 colaboradores dos 40 entrevistados. 7 Considerações finais. Este estudo objetivou identificar o cenário de produtividade e desempenho dos colaboradores durante o período de pandemia causada pelo vírus da Covid-19, com ênfase na percepção do próprio trabalhador. Tendo como estudo de caso uma empresa atuante no ramo da construção civil. O presente estudo demonstrou que durante o período pandêmico os colaboradores mantiveram um nível de produtividade satisfatório. De acordo com os dados obtidos através da ótica dos mesmos, as adaptações necessárias devido às novas normas de convivência social não afetaram de forma drástica o desenvolvimento de suas funções. Mesmo durante o período em que foi necessário a implantação do sistema home-office, e após, pois a empresa prestou suporte durante o período remoto, e fez as adaptações necessárias para manter a integridade de seus colaboradores durante o período de alta exposição ao vírus. Em relação às limitações do estudo, ressaltamos ter sido a aplicação em apenas uma organização do ramo da construção civil, o que dificulta a generalização dos resultados obtidos para outras instituições do segmento. Outro ponto é o foco em um único momento da empresa, não podendo atribuir a percepção do desempenho a um maior período. Dada a importância da temática, sugerimos uma nova aplicação da pesquisa estendendo a todas as sedes da instituição, como também, em outras empresas do ramo. Podendo assim, ter um panorama geral da percepção dos trabalhadores quanto ao seu desempenho. Referências: BISPO, C.A.F. Um modelo de pesquisa de clima organizacional. Produção, v. 16, n.2, p,258-273, maio/ago 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/prod/v16n2/06.pdf>. Acesso em: 15/09/2021. https://www.scielo.br/pdf/prod/v16n2/06.pdf 19 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: ed. Elsevier, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. Ed. Barueri, SP: Manole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2004. FERREIRA, P. I. Clima organizacional e qualidade de vida no trabalho. Rio de Janeiro: LTC, 2017. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. LACOMBE, Francisco Jose Masset. Recursos humanos: princípios e tendências. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2005. LUZ, R. Gestão do clima organizacional. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003. MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 1995. MOTIVAÇÃO. In.: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2021. Disponível em: https://www.dicio.com.br/motivacao/. Acesso em: 14 de agosto de 2021. PEREIRA, A. S. et. al. Metodologia da pesquisa científica. 1. ed. Santa Maria, RS: UFSM, NTE, 2018. ROBBINS, STEPHEN P. A verdade sobre gerenciar pessoas. 1. ed. São Paulo: Pearson, 2003. ROBBINS, STEPHEN P. Fundamentos do comportamento organizacional. 7. ed. São Paulo: Pearson, 2004. https://www.dicio.com.br/motivacao/ 20 ROBBINS, STEPHEN P. Comportamento organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson, 2005. SURVEYMONKEY, disponível em: <https://pt.surveymonkey.com/>. Acesso em 05 de agosto de 2021 https://pt.surveymonkey.com/
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