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Aap3 - Relações Interpessoais e Administração de Conflitos 1) Nos municípios que levaram à conclusão de um projeto de gestão democrática, observou-se que ele teve como eixo principal a autonomia da escola, que seria possibilitada pela transferência de poder das instâncias centrais para as unidades escolares e pela inclusão da comunidade educacional nos espaços de decisão. Tais intencionalidades se expressaram pela constituição de mecanismos e práticas de decisão coletiva que, segundo constatam os pesquisadores, nem sempre se efetivaram, em vista da descontinuidade dessas medidas. Isso ocorreu e ainda ocorre devido à dificuldade das autoridades locais de lidar com os conflitos e criar uma cultura participativa que sustente práticas colegiadas de gestão, integrando os diferentes segmentos à dinâmica escolar de forma mais permanente. Fonte: KRAWCZYK, N. R.; VIEIRA, V. L. Homogeneidade e heterogeneidade nos sistemas educacionais: Argentina, Brasil, Chile e México. Cad. Pesqui., São Paulo, v. 36, n. 129, p. 673-704, Dez. 2006. Neste contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: I– É necessário e desejável é de que a educação, pensada enquanto instituição, adote políticas amplas, participativas, acolhedoras a pluralidade de ideias e culturas, respeitando a heterogeneidade da sociedade. PORQUE II– Tanto o mundo da educação, quanto o mundo do trabalho são permeados por consensos que necessitam ser não apenas mitigados, mas sim de uma mediação que busque um equilíbrio decisório e respeito a multiplicidade de valores reproduzidos nas relações de poder. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta: c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 2) Segundo a o pensador francês Michel Foucault, a escola é o espaço onde o poder disciplinar produz saber. Essa situação surgiu no século XIX com a instituição disciplinar que consiste na utilização de métodos que permitem um controle minucioso sobre o corpo do cidadão através dos exercícios de utilização do tempo, espaço, movimento, gestos e atitudes, com uma única finalidade: produzir corpos submissos, exercitados e dóceis. Tudo isso para impor uma relação de docilidade e utilidade. Na escola, ser observado, olhado, contado detalhadamente é um meio de controle, de dominação, um método para documentar individualidades. A criação desse campo documentário permitiu a entrada do indivíduo no campo do saber e, logicamente, um novo tipo de poder emergiu sobre os corpos. Os efeitos do poder se multiplicam na rede escolar devido à cada vez maior acumulação de novos conhecimentos adquiridos a partir da entrada dos indivíduos no campo do saber. Conhecer a alma, a individualidade, a consciência e o comportamento dos alunos é que tornou possível a existência da psicologia da criança e a psicopedagogia. As áreas do saber se formam a partir de práticas políticas disciplinares, fundadas em vigilância. Isso significa manter o aluno sob um olhar permanente, registrar, contabilizar todas as observações e anotações sobre os alunos, através de boletins individuais de avaliação (ou uniformes-modelo, por exemplo), perceber aptidões, estabelecendo classificações rigorosas. Fonte: TRAGTENBERG, Maurício. Relações de poder na escola. Lua Nova, São Paulo , v. 1, n. 4, p. 68-72, Mar. 1985 Com base no contexto apresentado, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso: Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: a) V – F – V – F – V. 3) Existem diversas formas específicas de participação na administração da educação ou no governo da sociedade. No entanto, o tema comum e central, subjacente a todas as formas de participação e de administração, é o do processo decisório. Participar na administração educacional é, essencialmente, tomar parte efetiva no processo das decisões que afetam a vida da escola e as aspirações e interesses de seus integrantes. Como poderoso, antídoto ao autoritarismo institucionalizado na burocracia formal da escola e à ação dogmática de grupos minoritários de qualquer orientação ideológica, propomos a participação coletiva como paradigma da administração da escola e a mediação democrática como seu estilo mais adequado de exercício do poder, tendo em vista o objetivo ético da qualidade de vida humana para todos na sociedade. A tradição brasileira é de autocracia, seja no governo da sociedade, seja na administração da escola. A saída para o país e para a escola é a passagem da autocracia para a democracia. Fonte: SANTOS FILHO, J. C.; CARVALHO, M. L. R. D.; GONÇALVES, C. G. S. Administração educacional como processo de mediação interna e externa à escola. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto , n. 5, p. 39-52, Agosto, 1993. Com base no contexto apresentado, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso: Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: d) F – V – V – F – V. 4) A democracia encerra uma dimensão claramente educativa e, pelo menos em sentido metafórico, também uma didática própria, baseada no exercício continuado da participação ativa, do diálogo e do debate entre posições distintas ou em conflito. E por isso se compreende quão difícil é democratizar a educação e remover das escolas os principais obstáculos políticos, organizacionais, de governo e de gestão, de relações de poder, de teorias e de objetivos educacionais que as vêm impedindo, há séculos – e mesmo em regimes políticos formalmente democráticos –, de se afirmarem como organizações educativas democráticas. Fonte: Lima, L. C, “Por que é tão difícil democratizar a gestão da escola pública?” Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 68, p. 15-28, mar./abr. 2018 Neste contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
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