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Direito de Herança

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O que é a Partilha de Bens? 
É o processo pelo qual a herança 
é dividida entre os herdeiros 
necessários ou testamentários. 
Este processo pode ser ou não 
legalmente conduzido, dado que 
também é possível ser feito fora 
dos fóruns caso as partes 
estejam em consenso sobre a 
herança. 
Passos que seguem para a Partilha 
Identificação de existência ou 
não de testamento (isso vai 
definir como será parte do 
processo de partilha); 
Levantamento de patrimônio, 
identificando todos os bens e 
dívidas (inventário); 
Regularização de documentação 
relativa aos bens patrimoniais; 
e escolha da via processual, que 
pode ser judicial ou 
extrajudicial; 
Escolha do inventariante em 
caso de inventário judicial, que 
é a pessoa responsável por 
representar a herança em juízo; 
 
Negociação das dívidas com 
credores (a quem se deve 
dinheiro); 
Definição da partilha de bens, 
que deve ser feita com o 
testamento, caso exista, ou de 
comum acordo, quando 
aplicável; 
Pagamento de impostos, que 
possui porcentual estabelecido 
por cada estado e é limitado a 
8%. 
Autorização da Fazenda, que 
permitirá que a partilha ocorra. 
 
Material por: Cecília 
Herdeiros Necessários 
1º- Descendentes: filhos, netos e 
bisnetos concorrendo com o 
viúvo (a). 
2º- Ascendentes: pais, avós e 
bisavós concorrendo com o 
viúvo (a). 
3º- Não havendo descendentes, 
nem ascendentes: a herança é 
transmitida ao cônjuge por 
inteiro. 
4º- Não havendo descendentes, 
ascendentes e nem cônjuge: os 
bens são destinados aos 
herdeiros colaterais (irmãos, 
sobrinhos e tios, que não são 
considerados H. necessários. 
Herdeiros Testamentários 
O testamento serve para que o 
falecido proprietário tenha 
algum dizer acerca de como quer 
que seus bens sejam 
distribuídos, determinando 
privilégios em detrimento de 
uma pessoa ou outra. 
Utilizamos a expressão “algum 
dizer” porque a legislação 
brasileira não permite autonomia 
total para encaminhar seus bens. 
Acontece que pelo menos 50% de 
todo o patrimônio é separado 
para os herdeiros necessários, 
sendo a lei extremamente 
irredutível quanto a isso. Os 
outros 50% é deliberado como um 
espaço em branco para o 
proprietário direcionar a quem 
quiser parte de seus bens. 
O Inventário 
O inventário é o primeiro 
procedimento a ser feito após a 
morte de um proprietário. Ele é o 
grande definidor da herança, à 
medida que identifica tanto os 
herdeiros quanto os bens, 
direitos e dívidas deixados pelo 
falecido para se chegar à herança 
líquida, que é o que de fato será 
transmitido. 
A ação deve ser proposta por 
um dos herdeiros dentro dos 60 
primeiros dias após o óbito, à 
pena de multa caso ultrapasse 
esse prazo. Mas onde fazê-la? 
Bem, existem dois caminhos 
para isso. O primeiro deles é pela 
via extrajudicial, realizada no 
cartório mais próximo perante 
um escrivão. Na ocasião, todas 
as partes assinam um Contrato 
Particular de Compromisso de 
Divisão e Partilha Amigável, 
indicando a concordância com o 
acordo firmado. No entanto, 
existem alguns requisitos para 
que o procedimento possa ser 
feito judicialmente. Não pode 
haver nenhum herdeiro menor ou 
incapaz. Também não podem 
existir conflitos entre os 
herdeiros. 
A via judicial, por assim dizer, 
é cabida para todos os outros 
casos. Ou seja, se há conflitos, 
menores incapazes e/ou 
testamento, o inventário é 
obrigatoriamente feito em uma 
das varas de Direito de Família e 
sucessão. 
O Testamento 
Permite a pessoa documentar 
sua última vontade. Assim, de 
100% de seu patrimônio, ele pode 
passar 50% para quem bem 
entender, porque os outros 50% 
a lei reserva aos herdeiros 
necessários. 
Testamento Público 
Deve ser escrito pelo escrivão no 
livro de notas. 
Compete ao profissional 
escrever exatamente o que ouvir. 
Se acaso o testador não falar, 
haverá nulidade do testamento. 
Além disso, na ocasião, é 
obrigatória a presença de duas 
testemunhas, que deverão 
acompanhar do início ao fim, 
do contrário, acarretará na 
nulidade. 
Concluída a escrituração, por 
fim, é realizada sua leitura e 
todos devem assinar o 
documento. 
No testamento particular, deve 
ser escrito pelo próprio 
testador, não podendo conter 
rasuras. Seu testamento deve 
ser assinado na presença de no 
mínimo 3 testemunhas. 
Algumas dúvidas 
frequentes sobre a 
Herança 
 
 
Quando o cônjuge concorre com os 
descendentes à herança? 
Tudo vai depender do regime de 
bens adotado pelo casal no 
momento do casamento. 
Caso tenha sido o regime de 
separação convencional ou de 
comunhão parcial de bens, o 
cônjuge sobrevivente é 
considerado um herdeiro e 
legítimo concorrente à herança 
junto aos descendentes (filhos, 
netos e bisnetos) 
Mas atenção, somente se o 
falecido tiver deixado os bens 
particulares e participação final 
de aquesto, ou seja, os bens 
materiais adquiridos por ambas 
as partes a partir da união de 
um matrimônio. 
 
 
O falecido deixou dívidas. Os 
parentes herdam? 
Sim, os parentes herdam, mas 
quem responde é o patrimônio, 
não eles. Além disso, pagam 
nos limites da força da herança. 
Isso quer dizer que, se o 
falecido deixou R$ 500 mil reais 
de dívidas e R$ 300 mil reais de 
herança, os herdeiros pagarão 
R$ 300 mil reais, ficando 
isentos dos R$ 200 mil 
restantes. 
Quando o cônjuge não concorre 
com descendentes à herança? 
Como dito logo acima, tudo 
depende do regime de bens 
adotado pelo casal. Portanto, 
aqui não concorrem com 
descendentes (filhos, netos e 
bisnetos) cônjuges advindos 
dos dois outros regimes 
restantes – comunhão parcial, 
universal ou obrigatória de bens. 
A legislação vigente dita que o 
cônjuge viúvo é considerado um 
meeiro, não um herdeiro.

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