Buscar

SUCESSÕES - RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 82 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUCESSÕES
TIPOS DE SUCESSÕES
MORTIS CAUSA:
Legítima (a título universal)
 Derivada da lei
Testamentária (a título universal e singular)
 Derivada da vontade do testador
TIPOS DE HERDEIROS
Legítima
 Direito à herança (cláusula pétrea)
 Princípio da proteção à família
Herdeiros legítimos:
Necessários
Facultativos
Testamentária
 Definida pelo titular do patrimônio
Herdeiros testamentários: partes iguais
Legatários: bem específico ou direito específico
Obs:
 Tanto a legítima quanto a testamentária podem ser alteradas por lei ordinária
 Qualquer pessoa pode fazer testamento, desde que tenha no mínimo 16 anos, mesmo não tendo qualquer bem, pois o patrimônio a ser herdado será o que ela tiver quando morrer
 O testamento pode ser modificado/revogado
 Caso não haja testamento, haverá a sucessão legítima
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (sucessão legítima)
Classes/herdeiros:
1º Descendentes em concorrência com cônjuge/companheiro, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1640, parágrafo único; ou, se no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares
	Regimes em que o cônjuge herda em concorrência
	Regimes em que o cônjuge não herda em concorrência
	 Regime da comunhão parcial de bens, em havendo bens particulares do falecido
 Regime da participação final nos aquestos
 Regime da separação convencional de bens
	 Regime da comunhão parcial de bens, não havendo bens particulares do falecido
 Regime da comunhão universal de bens
 Regime da separação legal ou obrigatória de bens
2º Ascendentes em concorrência com cônjuge/companheiro
3º Cônjuge/companheiro
4º Colaterais
Considerações/exemplos:
 “Título universal”: refere-se à sucessão por causa mortis. Só existe título universal nesta.
 A sucessão ocorre com a morte do titular do patrimônio, ou seja, com a morte automaticamente os bens passam a ser dos herdeiros
Exemplo:
João falece e, em razão da sucessão a título universal, deixa para seus 3 filhos:
Campo
Casa
Máquina agrícola
Aplicações e dívidas
Nesse caso, cada um dos filhos ficará com 1/3 de cada um dos patrimônios, incluindo as aplicações e dívidas, como exposto logo abaixo:
Campo (1/3)
Casa (1/3)
Máquina agrícola (1/3)
Aplicações (1/3)
Dívidas (1/3)
 
 CONDOMÍNIO 
RESSALTA-SE QUE OS HERDEIROS SÓ RECEBERÃO O PATRIMÔNIO QUANDO PAGAREM AS DÍVIDAS!
Exemplo de vocação hereditária na CUB:
Cônjuge/companheiro: só irão receber a meação, não a herança
1º herdeiro (descendentes): filhos, independentemente da origem, e assim sucessivamente
Para se passar à classe dos ascendentes, primeiro deve-se esgotar a dos descendentes
2º herdeiro (ascendentes): Pai/mãe; avô/avó, e assim sucessivamente
3º herdeiro (cônjuge/companheiro): 
 Herdeiros exclusivos
 Não há partilha, os bens são adjudicados
4º colaterais:
Caso não haja nenhum herdeiro:
 Poder público, arrecadado pelo município do local dos bens
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
 É personalíssima, sendo nula se realizada por outra pessoa
 Não se pode negociar com outra pessoa (pacto sucessório), sob pena de nulidade
 Deve se dar por total liberalidade
 Nenhuma pessoa pode se beneficiar com o seu auto testamento
 Caso não haja herdeiros necessários, o titular do patrimônio poderá se utilizar tão somente do testamento
Sucessão testamentária a título universal
João beneficia “X” em testamento, deixando 1/4 de seu patrimônio para esse. O que sobrar é dividido com os demais filhos.
Sucessão a título singular/coisa certa (legatário)
 Especifica o bem deixado ou até mesmo um direito real, não preciso esperar a partilha para ter conhecimento do bem a ser recebido, a exemplo de um trator. Caso haja dívidas muito altas, de modo que se tornam inviáveis de serem pagas com outros bens e todo o restante do patrimônio for prejudicado, não receberei o trator. Ademais, se sobrar apenas este, terá de ser dividido em partes iguais
CLASSES/HERDEIROS:
1º Descendentes em concorrência com cônjuge/companheiro, dependendo do regime de bens
2º Ascendentes em concorrência com cônjuge/companheiro
3º Cônjuge/companheiro
4º Colaterais
 SÃO HERDEIROS NECESSÁRIOS/LEGÍTIMOS AS 3 PRIMEIRAS CLASSES ELENCADAS ACIMA(TEM DIREITO A 50% DO PATRIMÔNIO)
 SÃO HERDEIROS FACULTATIVOS OS COLATERAIS
Exemplo (1ª classe):
Patrimônio do casal: R$ 400.000,00
João ––––––––––––– Maria
 A B
Regime de casamento: CUB
1º passo – MEAÇÃO: Maria terá direito a 50% decorrente da meação, portanto, R$ 200.00,00. NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS
Assim, sobrou R$ 200.000,00 a ser partilhado na herança. QUANDO SE FALA EM HERANÇA, JÁ NÃO HÁ MAIS MEAÇÃO. JÁ HOUVE DIMINUIÇÃO DO VALOR EM RAZÃO DA MEAÇÃO
2º passo – HERANÇA:
 
 50% 50% 25% (A)
 (Disponível) (Indisponível) Herdeiros necessários
 Legítima 25% (B) 
 
 Para filhos, a cota da legítima é igual. Pode o filho renunciar
 Em relação à parte disponível (50%), o pai poderia favorecer apenas um dos filhos, de modo que esse ficaria com um total de 75% (50% da parte disponível + 25% da legítima)
 Se eu desse 40% da parte disponível 60% faria parte da legítima. Tudo o que sobra do testamento entra na legítima
 NA HERANÇA, HÁ A INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS 
Exemplo (2ª classe):
 
Patrimônio do casal: R$ 400.000,00
 Pai Mãe
João ––––––––––––– Maria
 
Regime de casamento: CUB
João falece e não deixa filhos com Maria
1º passo – MEAÇÃO: Maria terá direito a 50% decorrente da meação, portanto, R$ 200.00,00. NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS
Assim, sobrou R$ 200.000,00 a ser partilhado na herança. QUANDO SE FALA EM HERANÇA, JÁ NÃO HÁ MAIS MEAÇÃO. JÁ HOUVE DIMINUIÇÃO DO VALOR EM RAZÃO DA MEAÇÃO
2º passo – HERANÇA: como o casal não possui filhos, Maria, além de ter recebido a meação, receberá também 1/3 da herança, uma vez que concorre com os pais de João
1/3 pai
1/3 mãe
1/3 cônjuge (Maria)
 ASSIM, QUANDO HÁ DESCENDENTES, O CÔNJUGE RECEBERÁ A HERANÇA A DEPENDER DO REGIME. EM CONTRAPARTIDA, QUANDO HÁ APENAS ASCENDENTES, O CÔNJUGE IRÁ RECEBER HERANÇA, INDEPENDENTEMENTE DO REGIME DE BENS
Obs:
Art. 1790, CC (companheiro)
 O STF não decidiu se companheiro é herdeiro necessário
 Herdeiro facultativo: só será herdeiro se não houver testamento (?)
 Herança e legado não são a mesma coisa. Legado se dá somente por causa mortis, sendo um bem específico. É semelhante a doação, mas se dá por causa mortis.
 Não incide a meação se houve divórcio
PRINCÍPIOS DO DIREITO SUCESSÓRIO
1) Princípio da Saisine
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.
 Principal princípio do direito sucessório
 Os bens passam a pertencer aos herdeiros desde a morte do de cujus. É possível renunciar à condição de herdeiro. Portanto, o fato gerador da sucessão se dá no momento da morte
 Morte até Dezembro de 2002: aplica-se as regras do CC/1916
 Comoriência: não se transmite de um para o outro
 Súmula 112 STF: O imposto de transmissão "causa mortis" é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão.
 O IMPOSTO INICIA NA ÉPOCA DA ABERTURA DA SUCESSÃO. SE POSTERIORMENTE HOUVER UM AUMENTO (FRUTOS), NÃO HÁ TRIBUTO/IMPOSTO
Ex: dinheiro aplicado: na época da morte (será tributado)
Rendimentos da aplicação após a morte: dos herdeiros, não há impostos
Efeitos:
a) A propriedade e a posse dos bens deixados são transmitidos na abertura da sucessão, com os mesmos caracteres
b) A legitimaçãodos herdeiros e legatários se dá no exato momento da abertura da sucessão
 Herdeiros são os existentes nesse momento
c) Cria-se um condomínio legal entre todos os herdeiros, até a partilha
 Casa; apartamento; campo; dívida: 1/3 para cada um dos herdeiros, no caso, 3 filhos
 É possível vender direitos hereditários, só que quem comprar entra no condomínio. Ademais, os co-herdeiros tem direito de preferência
 O condomínio só termina no inventário/partilha
 O condomínio é administrado pelo inventariante. Este só pode mexer no patrimônio mediante autorização judicial/alvará judicial. Caso haja herdeiros menores, deve passar pelo MP
d) A sucessão aberta tem a natureza de imóvel
 A cessão de direitos hereditários deve se dar por escritura (INSTRUMENTO PÚBLICO). Caso eu seja casado, ainda tem que haver a anuência do cônjuge
e) A legislação em vigor na abertura da sucessão regulamenta todo o processo de transmissão dos bens, independente da data do inventário
2) Princípio da proteção à família (sucessão legítima)
 Direito à herança (cláusula pétrea)
3) Princípio da autonomia da vontade do testador (sucessão testamentária)
 Não havendo herdeiros necessários, pode beneficiar quem quiser
4) Princípio da supremacia da ordem pública
 Normas imperativas
 Cláusula de impenhorabilidade/inalienabilidade: deve haver um motivo
 Função social da propriedade
 Não se pode fazer uma corrente de sucessões
5) Princípio do favor testamenti
 Deve ser interpretado de acordo com a vontade do testador. Deve-se interpretar reconstruindo a vontade do testador
 Não se pode ir além do que o testamento prever
 O que não for cumprido do testamento, incorpora-se à legítima
EXERCÍCIO 1
Falece em um acidente aéreo a seguinte família:
 Antônio, pai de Jorge e Luciano, casado com Beatriz, no regime de comunhão parcial de bens
 Beatriz, que também possui como filho somente Jorge e Luciano
 Eva, viúva, mãe de Antônio, seu único filho
Os patrimônios dos falecidos é o seguinte:
a) Bens comuns do casal: R$ 800.000,00
b) Bens particulares de Antônio: R$ 300.000,00
c) Bens particulares de Beatriz: R$ 200.000,00
d) Bens de Eva: R$: 600.000,00
e) Jorge e Luciano: não possuem patrimônio
Os parentes mais próximos são:
a) Luiz, irmão de Eva e tio de Antônio
b) Rita e Marta, primas de Beatriz
Identifique os herdeiros e o valor herdado nas seguintes hipóteses:
1) Ocorre comoriência entre todos os membros da família, vítimas do acidente
2) Antônio sobrevive por algumas horas, falecendo após
3) Beatriz sobrevive por algumas horas, falecendo após
4) Eva sobrevive por algumas horas, falecendo após
5) Luciano sobrevive por algumas horas, falecendo após
Relação dos patrimônios:
Antônio: 300.000 + 400.000 => 700.000
Beatriz: 200.000 + 400.000 => 600.000
Eva: 600.000
1) Ocorre comoriência entre todos os membros da família, vítimas do acidente
	SUCESSÃO DE ANTÔNIO
	SUCESSÃO DE BEATRIZ
	SUCESSÃO DE EVA
	Patrimônio: 700.000
Herdeiro: Luiz: 700.000
	Patrimônio: 600.000
Herdeiros: Marta e Rita: 300.000 para cada uma
	Patrimônio: 600.000
Herdeiro: Luiz: 600.000
2) Antônio sobrevive por algumas horas, falecendo após
	SUCESSÃO DE EVA
	SUCESSÃO DE BEATRIZ
	SUCESSÃO DE ANTÔNIO
	Patrimônio: 600.000
Herdeiro: Antônio: 600.000
	Patrimônio: 600.000
Herdeiro: Antônio: 600.000 
	Patrimônio: 700.000 + 600.000 + 600.000
Herdeiro: Luiz: 1.900.000
3) Beatriz sobrevive por algumas horas, falecendo após
	SUCESSÃO DE ANTÔNIO
	SUCESSÃO DE EVA
	SUCESSÃO DE BEATRIZ
	Patrimônio: 700.000
Herdeiro: Beatriz: 700.000
	Patrimônio: 600.000
Herdeiro: Luiz: 600.000
	Patrimônio: 600.000 + 700.000
Herdeiros: Marta e Rita: 650.000 para cada uma
4) Eva sobrevive por algumas horas, falecendo após
	SUCESSÃO DE ANTÔNIO
	SUCESSÃO DE BEATRIZ
	SUCESSÃO DE EVA
	Patrimônio: 700.000
Herdeiro: Eva: 700.000
	Patrimônio: 600.000
Herdeiros: Marta e Rita: 300.000 para cada uma
	Patrimônio: 600.000 + 700.000
Herdeiro: Luiz: 1.300.000
5) Luciano sobrevive por algumas horas, falecendo após
	SUCESSÃO DE ANTÔNIO
	SUCESSÃO DE BEATRIZ
	SUCESSÃO DE EVA
	SUCESSÃO DE LUCIANO
	Patrimônio: 700.000
Herdeiro: Luciano: 700.000
	Patrimônio: 600.000
Herdeiro: Luciano: 600.000
	Patrimônio: 600.000 
Herdeiro: Luciano: 600.000 
	Patrimônio:
1.900.000
Herdeiro: Luiz: 1.900.000 
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
 A aceitação é pura e simples, ou seja, não se pode aceitar o patrimônio e negar as dívidas
 Confirmação do Princípio da Saisine
 Também chamada de adição de herança
 Depois que aceita, não pode renunciar. Não se pode escolher os bens a serem aceitos
 Se aceita, não se pode mais renunciar
 Caso haja 1 título sucessório: OU se aceita OU se renuncia. NÃO PODE HAVER A IMPOSIÇÃO DE TERMOS, ENCARGOS...)
 Caso a mesma pessoa seja herdeira legítima e testamentária, essa poderá aceitar as duas, uma, ou nenhuma
Tipos de aceitação:
Tácita: - age-se como herdeiro
Expressa: não é mais exigida
Presumida: O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
RENÚNCIA DA HERANÇA
 Afasta os efeitos do Princípio da Saisine
 Efeito retroativo (retroage à data da abertura da sucessão)
 NÃO HAVERÁ INCIDÊNCIA DE IMPOSTOS PARA OS FILHOS SE NÃO PASSAR DO VALOR LEGAL PREVISTO EM LEI
 SEMPRE É EXPRESSA (escritura pública ou termo nos autos). Não se admite a renúncia tácita, presumida ou verbal
 O herdeiro menor/incapaz só pode renunciar mediante autorização judicial
Obs:
Caso o renunciante seja casado, é necessário outorga do cônjuge?
 Questão controvertida. Os cartórios exigem. Todavia, a renúncia gera um efeito retroativo, ou seja, é como se o renunciante nunca recebeu a herança. Nesse sentido, não precisaria autorização do cônjuge
Duas são as modalidades de renúncia à herança
Renúncia abdicativa: 
 O herdeiro diz simplesmente que não quer a herança, havendo cessão pura e simples a todos os coerdeiros, o que equivale à renúncia. Em casos tais, não há a incidência de imposto de transmissão inter vivos contra o renunciante
Renúncia translativa:
 Quando o herdeiro cede seus direitos a favor de determinada pessoa. Como h;a um negócio jurídico de transmissão, incide o imposto inter vivos
CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS
 Não se pode vender um bem específico, somente mediante autorização judicial
 Incide imposto de transmissão inter vivos
Casos práticos envolvendo aceitação e renúncia de herança:
1)
“A” (pai) falece em um acidente. Seu filho (C), falece logo após
 Uma vez que não teve tempo de aceitar ou renunciar a herança, quem deve fazer isso são os herdeiros de C
2) Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.
Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
A
 B D
 C 
 
 F
 F tem que aceitar a herança de C para poder deliberar acerca da herança de A. Não se pode renunciar à herança de C e aceitar a herança de A. O resto pode.
2)
A
 B D
 C 
 x y n p
 o
 m
 Filhos: não importa se o pai ou a mãe se casou novamenteClasse dos descendentes:
 Possuem DIREITO DE REPRESENTAÇÃO, sendo esse infinito
 D falece antes de A (pré-morto). A parte de D vai para os seus três herdeiros. Caso haja renúncia, não há direito de representação. Se B renunciar a herança, esta será dividida entre C e os herdeiros de D
 B e C renunciam, D é pré-morto. Nesse caso, haverá divisão entre todos os netos por SUCESSÃO POR DIREITO PRÓPRIO, NÃO POR DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
 A renúncia afasta o direito de representação
 Se o pré-morto for indigno, mesmo assim os filhos terão direito de representação
Exercícios de fixação
1) Falece uma senhora, deixando 10 netos, 8 filhos de 1 filho pré-morto e 2 filhos de 1 filho que renuncia a herança. O patrimônio é de R$ 36.000,00
R: O patrimônio total será dividido por 10 (36.000,00/10)
2) Falece João, casado no regime de CUB com Sônia. O patrimônio do casal é de R$ 480.000,00. O casal teve dois filhos: Jane e Tarcísio. João ainda tem um filho de outra relação: Pedro. Jane é mãe de Renata e Daniel, e Pedro é pai de Bento.
Considere as hipóteses, isoladamente, e indique os herdeiros e valores recebidos
a) Todos têm capacidade sucessória
b) Tarcísio renuncia à herança
c) Tarcísio renuncia e Jane é pré-morta
d) Todos os filhos renunciam
Patrimônio: R$ 480.000,00
João ––––––––––––––––––– Sônia
 Pedro
 Jane Tarcísio
 Bento
 Renata Daniel
R:
Meação de Sônia: 240.000,00
Herança a ser partilhada: 240.000,00
a) Todos têm capacidade sucessória
Pedro: 80.000,00
Jane: 80.000,00
Tarcísio: 80.000,00
b) Tarcísio renuncia à herança
Pedro: 120.000,00
Jane: 120.000,00
c) Tarcísio renuncia e Jane é pré-morta
Pedro: 120.000,00
Renata: 60.000,00
Daniel: 60.000,00
d) Todos os filhos renunciam
Bento: 80.000,00
Renata: 80.000,00
Daniel: 80.000,00
CAPACIDADE SUCESSÓRIA
Sucessão legítima (1798)
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Sucessão testamentária (1799)
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
 Se não há herdeiros necessários, é possível destinar todo o patrimônio para determinada pessoa em testamento
 É possível destinar o patrimônio para o 1º sobrinho que meu filho tiver, por exemplo. Chama-se isso de prole eventual (prazo: art. 1800, pár. 4)
§ 4o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.
 É possível deixar bens para pessoa jurídica. No entanto, há que se ressaltar que essa deve estar regularmente constituída na abertura da sucessão. Assim, caso a entidade já não exista mais (cláusula caduca), o patrimônio destinado irá para a sucessão legítima.
 Caso o patrimônio destinado para a criação de uma fundação não for suficiente, pode-se destiná-lo a uma fundação já existente, sob a condição de que tenha os mesmos objetivos
LEGITIMIDADE SUCESSÓRIA
 Ninguém que se envolver no testamento pode se beneficiar desse
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.
Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.
EXCLUSÃO DE HERDEIROS
INDIGNIDADE
 Possibilidade de exclusão de qualquer tipo de herdeiro, por sentença, em virtude de atos reprováveis definidos por lei
 Serve para afastar qualquer tipo de herdeiro
 Atrelada à sucessão legítima
 Exclusão se dá por sentença, não é um efeito automático
 Caso haja absolvição por falta de provas, poderá haver condenação pela indignidade. Se agiu em legítima defesa, não pode ser declarado indigno.
Causas:
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
Denunciação caluniosa: ação penal pública incondicionada
Crimes contra a honra:
Injúria: honra subjetiva (ex: tu é um viciado)
Calúnia: honra objetiva (ex: quando lhe é imputado falso crime)
Difamação: honra objetiva (ex: reputação)
 As três dependem de queixa-crime
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
 O artigo tem sofrido diversas críticas, uma vez que as situações aqui previstas são limitadas. No caso de lesão corporal seguida de morte, por exemplo, ou até mesmo o induzimento ao suicídio, não há previsão de indignidade, quando deveria ter.
Efeitos (1816, 1817):
 O herdeiro excluído é equiparado ao pré-morto e considerado possuidor de má-fé. É, pois, um herdeiro aparente
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos.
Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles.
 O herdeiro indigno terá direito à indenização pelas benfeitorias necessárias
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária.
Legitimidade:
 Interessados
 Caso seja criança, poderá o MP mover a ação
 Recentemente, a jurisprudência entendeu que o MP também pode ingressar coma ação nos casos de homicídio (1814)
Prazo:
 4 anos (da abertura da SUCESSÃO). É decadencial.
Exemplo (caso Suzane):
 
 Avós Avós
 Pai Mãe
Suzane –––––––– irmão da Suzane
 Pelas disposições atuais, Suzane perderia o direito à herança dos avós, pois assassinou os descendentes desses
Exemplo 2:
 “A” matou o pai. É declarado indigno em relação à herança desse. Quando a mãe morrer, abre o prazo para entrar com a ação (para não receber a herança da mãe) em razão de ter matado o pai. A mãe pode perdoar (reabilitaçãodo indigno)
 A reabilitação do indigno não é presumida e deve ser por escrito. Uma vez perdoado, os demais herdeiros não terão mais direito a mover uma ação
Exemplo 3:
 Caso o Leandro Boldrini seja absolvido no Júri, a sentença de indignidade é anulada
EXERCÍCIOS
A PARTIR DO CASO A SEGUIR, MARQUE V OU F, JUSTIFICANDO AS ALTERNATIVAS FALSAS:
Caso 1: Jorge faleceu em 2007. Ele era pai de Carla, falecida em 2000, e casado em Comunhão Universal de Bens com Luciana. Carla deixou dois filhos: Marina e Samira. Marina foi beneficiada em testamento feito por Jorge, em 1998, com um carro da marca Ford.
 CUB
Jorge ––––––––––––––––– Luciana
 (†2007)
 Carla
(†2000)
 
 Marina Samira
 (carro em test)
1) Luciana, Marina e Samira são herdeiras legítimas necessárias
FALSO: Luciana não é herdeira necessária, tendo direito apenas à meação
2) Marina é herdeira legítima necessária e legatária
VERDADEIRO
3) Caso Carla fosse viva e declarada indigna, suas filhas exerceriam o direito de representação
FALSO: não é direito de representação, pois não há outro herdeiro. É direito próprio
4) Se Marina for declarada indigna não poderá receber nem a conta da legítima, nem a disposição testamentária
FALSO: desde que fosse provado que na época do testamento ele sabia do fato e quis beneficiá-la
5) Caso Marina e Samira renunciem, Luciana será herdeira legítima, mesmo que existam ascendentes de Jorge
VERDADEIRO
Caso 2: Juliana faleceu sem deixar herdeiros necessários. Deixou em testamento um carro para o Asilo “Amigos dos Idosos”. Seus parentes mais próximos são dois irmãos, um unilateral e o outro bilateral; três sobrinhos, filhos do irmão unilateral, e uma sobrinha, filha do irmão bilateral. Ainda deixa dois tios e um primo.
6) O testamento poderá ser cumprido mesmo que o valor do carro ultrapasse 50% do patrimônio da herança
VERDADEIRO, pois são herdeiros facultativos
7) Os herdeiros legítimos de Juliana são seus irmãos, com cotas diferenciadas
VERDADEIRO
8) Caso um dos seus irmãos renuncie, os credores dele poderão aceitar herança, com autorização judicial
VERDADEIRO (art. 1813, CC)
9) Caso o irmão bilateral renuncie e o irmão unilateral seja pré-morto, os sobrinhos recebem a herança com cotas idênticas
FALSO: recebem por direito próprio, mas com cotas distintas (unilateral recebe 1 cota; bilateral recebe 2 cotas)
10) Para os tios receberem a herança legítima, os irmãos, sobrinhos e primos devem renunciar ou serem excluídos
FALSO: os primos não
Caso 3: Tarcísio, em 23 de Setembro de 1977, casou-se com Neide em regime de Comunhão Universal de Bens. O casal teve quatro filhos: Reinaldo, Jocemar, Kátia e Amanda. Tarcísio faleceu em 13 de julho deste ano, sendo que seu filho Jocemar havia falecido em 15 de janeiro de 2005, deixando dois filhos: Marília e Cezar. O casal tinha os seguintes bens: uma casa recebida em 2000 como herança por Neide, com cláusula de incomunicabilidade, avaliada em R$ 65.000,00; valores em conta corrente de Tarcísio no total de R$ 16.000,00, um apartamento na praia, adquirido por Tarcísio em 1975, avaliado em R$ 48.000,00. Faça a partilha dos bens
 
CUB (1977)
Tarcísio ––––––––––––––– Neide
 (†2018)
 Reinaldo Jocemar Kátia Amanda 
 (†2005)
 
 Marília Cezar
Dados:
Neide: casa recebida em 2000 como herança, com cláusula de incomunicabilidade: R$ 65.000,00
Conta: R$ 16.000,00 TOTAL: R$ 64.000,00 
Apartamento: R$ 48.000,00 
Resolução:
Meação: R$ 32.000,00
Herança: R$ 32.000,00
Herdeiros:
Reinaldo: 8.000,00
Kátia: 8.000,00 DIREITO PRÓPRIO
Amanda: 8.000,00
Marília: 4.000,00 DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
Cezar: 4.000,00
DESERDAÇÃO
 Serve somente para afastar herdeiros NECESSÁRIOS
 Depende da vontade do testador
 Instituto da sucessão TESTAMENTÁRIA
 Não existe deserdação de herdeiros facultativos
 Não basta a vontade. Os demais herdeiros devem provar a ocorrência do fato (deve haver previsão legal)
Requisitos:
a) Testamento válido
b) Causa definida em lei
c) Ação Judicial/ação de deserdação
Causas (1814, 1962, 1963)
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, copanheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - Relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
 É necessário TESTAMENTO + CAUSA + AÇÃO
 Deve-se provar que o fato ocorreu
 A prescrição de um possível ilícito penal não impede a deserdação
Prazo: 4 anos, decadencial, a contar da abertura do TESTAMENTO
	INDIGNIDADE
	DESERDAÇÃO
	 Matéria de sucessão legítima e testamentária
 Forma de exclusão de herdeiros
 Todos os tipos de herdeiros
 Ação de indignidade
 Prazo decadencial: 4 anos, a contar da abertura da sucessão
 Legitimidade: interessados; MP no caso de homicídio
 Basta a causa e a ação
 Causas: art. 1814
 Perdão do indigno: testamento ou ato autêntico. Não se presume perdão
 Efeito: possuidor de má-fé e equiparado ao pré-morto
	Matéria de sucessão testamentária
 Forma de exclusão de herdeiros
 Apenas herdeiros necessários
 Ação de deserdação/ação de impugnação da deserdação
 Prazo decadencial: 4 anos a contar da abertura do testamento
 Legitimidade: interessados
 É necessário testamento + causa + ação
 Causas: art. 1814*, 1962, 1963
*apenas esse se aplica ao cônjuge
 Perdão: necessita de um novo testamento
 Efeito: possuidor de má-fé e equiparado ao pré-morto
CLASSES DE HERDEIROS
1) CLASSE DOS DESCENDENTES
1ª regra: 
Os herdeiros de 1º grau (filhos), sempre recebem a herança por direito próprio e cotas idênticas, independentemente da origem
2ª regra:
A partir do 2º grau, recebe-se por direito próprio ou direito de representação
Direito próprio: POR CABEÇA (quando não há filhos – todos são pré-mortos; todos renunciam)
 Neto só recebe a mesma cota por direito próprio
Direito de representação: POR COTA/ESTIRPE (pré-morto/indigno/deserdado)
3ª regra:
O direito de representação é infinito
4ª regra:
O cônjuge ou companheiro concorrem com os descendentes dependendo do regimede bens
2) CLASSE DOS ASCENDENTES
1ª regra:
São herdeiros necessários
2ª regra:
Sempre concorre com cônjuge ou companheiro (não depende do regime de bens)
3ª regra:
O mais próximo exclui o mais remoto, sem direito de representação
 Avós Avós
Pai –––––––––––– Mãe (†)
 
 Herdeiro sozinho
 (avós não tem direito 
 de representação) A (†) 
 
 
 
 
 
4ª regra:
Quando os herdeiros ascendentes, de mesmo grau, forem de linhas diferentes (materna e paterna), antes de distribuir a herança entre os herdeiros, divide-se 50% para cada linha.
 50% (Paterno) 50% (Materno) 
 Avós Avós
 
 Pai (†) Mãe (†)
 
 
 A (†)
 ASCENDENTES NEM SEMPRE RECEBEM COTAS IGUAIS (PODE TER APENAS UM AVÔ (Ó) NA LINHA (50%) E OS DOIS NA OUTRA (25% PARA CADA)
5ª regra:
Na concorrência com cônjuge ou companheiro, a herança será dividida da seguinte forma:
a) Cônjuge ou companheiro + ascendentes de 1º grau: COTAS IGUAIS
Ex: falece A, deixando pai e cônjuge. 50% para cada
b) Cônjuge ou companheiro + ascendentes de 2º grau ou mais: CÔNJUGE OU COMPANHEIRO RECEBEM 50%. O QUE SOBRAR É DOS ASCENDENTES
O QUE SOBRAR: O QUE SOBRAR: 
50% (Paterno) 50% (Materno)
25% para cada 
 Avô paterno 
 Avó paterna Avô (ó) materno (a)
 
 Pai (†) Mãe (†)
 
 
 A (†) –––––––––––––––––––––––– B (cônjuge)
Exemplo utilizando números:
Patrimônio do casal (A + B): R$ 200.000,00
Meação de B: R$ 100.000,00
Herança de A: R$ 100.000,00
B R$ 50.000,00
AM R$ 25.000,00
AP R$ 12.500,00
AP R$ 12.500,00
Dispositivo legal:
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
3) SUCESSÃO DO CÔNJUGE
1ª regra:
É herdeiro legítimo necessário
2ª regra:
É herdeiro concorrente com descendentes, dependendo do regime de bens (art. 1829, I); e com ascendentes, SEM dependência com o regime de bens
3ª regra:
Na falta ascendentes ou descendentes, é herdeiro exclusivo
4ª regra:
Para haver legitimidade, o casamento deve estar na constância, no momento da abertura da sucessão 
5ª regra:
Em caso de separação de fato, observa-se o seguinte critério:
Menos de 2 anos da separação de fato HERDA
Mais de 2 anos da separação de fato HERDA SE NÃO TIVER CULPA PELA SEPARAÇÃO (discutível). Hoje, doutrina e jurisprudência são unânimes em não aceitar a culpa, mas sim apenas o critério temporal
6ª regra:
Ainda que não tenha a qualidade de herdeiro, terá o direito real de habitação sobre o imóvel residencial do casal (morar na residência do casal, de forma vitalícia e gratuita)
 Se casar novamente, não perde o direito. Só se perde o direito se renunciar
 Caso os filhos herdem o imóvel, podem pagar o aluguel e o cônjuge continuar ali morando. Os móveis não podem ser retirados.
**Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: 
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
NÃO CONCORRE:
EXEMPLO 1 (CUB E SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA)
A ––––––––––––––– B
Patrimônio do casal: 200.000,00
Meação: 100.000,00
Herança: cônjuge não recebe
 Se houver cláusula de incomunicabilidade, será apenas dos filhos, podendo sequer haver meação
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento:
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento;
II - da pessoa maior de sessenta anos;
II - da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010)
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
Art. 1640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
EXEMPLO 2 (CPB)
 Se não houver bens particulares, são bens comuns do casal, de modo que se aplicará a mesma regra da CUB e da SOB
CONCORRE:
CPB, havendo bens particulares
Separação total/convencional de bens
Participação final nos aquestos
Regimes atípicos
EXEMPLO 1 (CPB)
CPB
A ––––––––––––––––––––– B
 
 X Y 
Patrimônio do casal: R$ 200.000,00 (comum)
Herança de A: R$ 600.000,00
Meação de B: 100.000,00 (relativa aos bens comuns do casal)
Herança de A (600.000,00):
B 200.000,00 (SOMENTE CONCORRE NOS BENS PARTICULARES, POIS JÁ RECEBEU A MEAÇÃO)
X 200.000,00 + 50.000,00 => 250.000,00
Y 200.000,00 + 50.000,00 => 250.000,00
 CASO A TENHA DEIXADO DÍVIDAS OU UM PATRIMÔNIO PARA ALGUÉM, DESCONTA-SE DOS DOIS (HERANÇA E MEAÇÃO), PROPORCIONALMENTE
**Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
A (†) ––––––––––––––––––––––––––– B
 1 2 3 4
Patrimônio particular de A: 600.000,00
B: GANHA OBRIGATORIAMENTE 1/4 DA HERANÇA (QUANDO HOUVER 4 OU MAIS HERDEIROS)
1, 2, 3, 4 112.500,00 para cada
 DEVE SER, NECESSARIAMENTE, ASCENDENTE. CASO SEJA MADRASTA/PADRASTO, CONCORRE EM COTAS IGUAIS
EXERCÍCIOS NO OUTRO MATERIAL!
4) SUCESSÃO DOS COLATERAIS
 Não são deserdados
 Havendo cônjuge/companheiro, colateral não herda!
1ª regra:
São herdeiros de 4ª classe, na forma de herdeiros legítimos facultativos
2ª regra
Os mais próximos excluem os mais remotos, com as seguintes exceções
a) Os sobrinhos têm preferência sobre o tio do “de cujus”
b) Existe o direito de representação exclusivopara filhos de irmãos pré-mortos ou excluídos por indignidade (É LIMITADO)
 Sobrinhos
 Irmãos X (direito de representação)
 B (†) 
 Y (†) Sobrinho-neto
 A C (não tem direito de representação)
(†) 
 D
 Nas outras classes, o sobrinho-neto teria direito de representação, uma vez que é infinito
3ª regra:
Na concorrência entre irmãos unilaterais e bilaterais, os primeiros recebem a metade do que recebem os segundos
Herança: R$ 500.000,00
 B (unilateral) 1 COTA R$ 100.000,00
 
 A C (bilateral) 2 COTAS R$ 200.000,00 
(†) 
 D (bilateral) 2 COTAS R$ 200.000,00
Cálculo: 500.000,00/5 (número de cotas)
4ª regra:
A regra número 3 também se aplica na concorrência entre sobrinhos, filhos de irmãos unilaterais e filhos de irmãos bilaterais
 Irmãos Sobrinhos
 1 (bilateral) 
 B (†) (bilateral)
 2 (bilateral)
 
 3 (bilateral)
A C (†) (bilateral) 4 (bilateral)
(†) 5 (bilateral)
 
 6 (unilateral)
 D (†) (unilateral) 
 7 (unilateral)
CÁLCULO: 500.000,000/12
5ª regra:
Na concorrência entre colateral de 4º grau, a herança é dividida entre todos em partes iguais
Dispositivos legais:
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar.
Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais.
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
§ 2o Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles.
§ 3o Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual.
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
SUCESSÃO DO PODER PÚBLICO
 Não é herdeiro
 Arrecada bens que não tem titular
 Irá para o Município onde o bem está localizado
Herança jacente:
 Período de busca de herdeiros legítimos ou testamentários
Ex: prole eventual; nascituro
Herança vacante:
 Reconhecimento judicial de que os bens estão vagos
 É O JUIZ QUE DECLARA
(CONTINUA – ROLAR PARA BAIXO)
90
 Arrecadação de bens; nomeação do curador Propriedade resolúvel do Município
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
											Possibilidade de Ação Direta de Petição de Herança
 1º edital 2º edital 3º edital (EXCEÇÃO: COLATERAIS)
 
 1 ano 
 Obs: entre um edital e outro, deve haver no mínimo 1 mês (30d)
Abertura da sucessão Sentença declaratória de vacância Propr. definitiva do Município
 								 (Bem público) 
 HERANÇA JACENTE
 										 HERANÇA VACANTE
5 ANOS
 
 
Considerações:
 Alguns autores entendem que com a sentença declaratória de vacância já não é mais possível usucapir. ESSA PÕE FIM À FASE JUDICIAL
 Para a propriedade se transferir definitivamente para o Município, deve haver o transcurso do prazo de 5 anos + sentença declaratória de vacância
 Caso seja proferida a sentença, mas não transcorrer o prazo de 5 anos, é possível usucapir
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
PRINCÍPIOS DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA
Princípio da autonomia da vontade do testador:
 Posso impor condições, alterar a ordem da sucessão legítima, colocar encargos
Princípio da supremacia da ordem pública
 Não se pode deixar para várias gerações (cadeia de sucessões)
Princípio do “favor testamenti”
 Interpretar reconstruindo a vontade do testador. É possível a utilização de qualquer prova, até por dedução
 Em havendo duas sobrinhas de nome Maria, se o Juiz não conseguir interpretar o testamento reconstruindo a vontade do testador, não pode simplesmente dar metade para cada uma. Nesse caso, se não conseguir definir o quanto cada uma tem direito, a cláusula será considerada caduca, e os bens passarão a pertencer à legítima
Considerações gerais e características do testamento:
 Formal e solene
 Unilateral
 É proibido testamento conjunto
 Não pode haver contraprestação (ex: deixo meu testamento SE ele me ajudar)
 Gratuito
 Só produz efeito até a morte
 REVOGÁVEL
 É POSSÍVEL INTERDITADO FAZER TESTAMENTO
 Não é necessário possuir o bem no momento de fazer o testamento
 EXIGE-SE APENAS CAPACIDADE MENTAL, NÃO IMPORTANDO A IDADE, POR EXEMPLO
 PODE FAZER COM 16 ANOS SEM SER ASSISTIDO
 NÃO HÁ TESTAMENTO POR VÍDEO
 Testemunhas não podem ser beneficiadas no testamento, nem pessoas interpostas, como parentes, por exemplo
 Não existe doação em testamento (cláusula nula)
LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
	ÉPOCA DA FEITURA DO TESTAMENTO
	ÉPOCA DA ABERTURA DA SUCESSÃO
	Elementos extrínsecos
Capacidade ativa do testador
(FORMA do testamento) 
Ex: número de testemunhas (caso seja feito com menos do número mínimo legal previsto será nulo)
Escrito ou digitado
 
	Elementos intrínsecos
Capacidade sucessória passiva
(CONTEÚDO do testamento)
Ex: colocar animais no testamento
TIPOS DE TESTAMENTOS:
 Público
Ordinários Cerrado 
 Simples
 Particular
 Extraordinário (art. 1879)
 Marítimo
Especiais Aeronáutico 
 Simples
 Militar
 Nuncupativo (art. 1896)
GÊNEROS:
Ordinários: situação normal de vida
Especiais: situação de risco de vida
Obs:
 Não há uma hierarquia de testamentos. Um pode revogar o outro
ESPÉCIES (ORDINÁRIOS):
Público:
 É o mais utilizado
 Escritura Pública especial
 Anotado no livrode escrituras do cartório (é entregue uma certidão ao testador)
 Transcrito pelo tabelião
 SEMPRE é feito em língua nacional
 É A ÚNICA POSSIBILIDADE DE TESTAMENTO PREVISTA PARA CEGOS OU ANALFABETOS (Nesse caso, o tabelião deve ler 2 vezes)
 LIDO EM VOZ ALTA, NA FRENTE DE 2 TESTEMUNHAS E DO TABELIÃO
 As testemunhas devem ficar o tempo todo na sala, devem ouvir toda a leitura do tabelião
 Pode ser feito em QUALQUER PARTE do território nacional, não precisa ser no domicílio
 Quando a pessoa falece, deve ser realizado o registro na Vara de Registros Públicos (Juiz analisará as questões FORMAIS. Se estiver tudo certo, emite-se uma certidão de registro e nomeia-se um testamentário)
 É de 5 anos o prazo decadencial para impugnar o testamento, a contar da data do registro
Cerrado:
 A pessoa leva pronto até o tabelionato, podendo ser escrito pelo testador ou pelo advogado
 O testamento é entregue na frente de 2 testemunhas ao tabelião
 Existência pública, mas conteúdo sigiloso
 Pode ser escrito em língua estrangeira
Particular:
Simples:
 Feito em casa, não envolve o tabelionato
 Necessário no mínimo 3 testemunhas para assinar
 O que vai validar é o depoimento das testemunhas perante o juiz
 Se pelo menos 1 testemunha comparecer, o Juiz PODERÁ validar. O ideal é as 3 comparecerem
 Pode ser escrito em língua estrangeira
 As testemunhas devem também dominar a língua estrangeira
Extraordinário:
 SEM TESTEMUNHAS (O ÚNICO)
 Escrito de próprio punho
 PODERÁ ser validado pelo juiz
ESPÉCIES (ESPECIAIS):
 Pessoa deve morrer 90 dias após fazer o testamento sob pena de caducar. Se sobreviver, deve fazê-lo na forma ordinária
Art. 1.890. O testamento marítimo ou aeronáutico ficará sob a guarda do comandante, que o entregará às autoridades administrativas do primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no diário de bordo.
Marítimo:
 Comandante do Navio
Militar:
Nuncupativo (1896)
Art. 1.896. As pessoas designadas no art. 1.893, estando empenhadas em combate, ou feridas, podem testar oralmente, confiando a sua última vontade a duas testemunhas.
Parágrafo único. Não terá efeito o testamento se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento.
 É ORAL (ÚNICO QUE NÃO É ESCRITO)
Ex: ferido em combate. Deve ser feito perante 2 testemunhas
CODICILO (arts. 1881 a 1885)
Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.
Art. 1.882. Os atos a que se refere o artigo antecedente, salvo direito de terceiro, valerão como codicilos, deixe ou não testamento o autor.
Art. 1.883. Pelo modo estabelecido no art. 1.881, poder-se-ão nomear ou substituir testamenteiros.
Art. 1.884. Os atos previstos nos artigos antecedentes revogam-se por atos iguais, e consideram-se revogados, se, havendo testamento posterior, de qualquer natureza, este os não confirmar ou modificar.
Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado.
 NÃO É TESTAMENTO
 Manifestação de última vontade em relação a BENS MÓVEIS DE PEQUENO VALOR (ATÉ 10% DO PATRIMÔNIO) 
Ex: esmolas, despesas de funeral, relógio antigo, obra de arte, cristaleira
 NÃO PODE REVOGAR TESTAMENTO. ESTE PREVALECE
Requisitos:
a) Escrito
b) Datado
c) Assinado
 Não leva ao cartório
REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO
 Vontade do testador
 Só não pode revogar se não tiver capacidade mental
 Uma pessoa pode morrer com mais de um testamento, se não houver revogado nenhum
Pode ser:
Total
Parcial
Expresso: cláusula revogatória
Tácito: quando uma cláusula do 2º contradiz uma cláusula do 1º
CADUCIDADE DO TESTAMENTO
 Fatores externos que impedem o cumprimento do testamento
 PRODUZ EFEITO REVOGATÓRIO (o testamento anterior deixa de valer)
 O bem não existe mais
 NÃO EXISTE DIREITO DE REPRESENTAÇÃO NO TESTAMENTO, APENAS DE SUBSTITUIÇÃO, SE O TESTADOR ASSIM DISPUSER
 Pode colocar encargos no testamento
Falta de objeto
Falta de beneficiado
Falta de lei (testamentos especiais)
NULIDADE DO TESTAMENTO
 Vício grave que invalida o testamento
 NÃO PRODUZ NENHUM EFEITO, NEM MESMO O REVOGATÓRIO (se o segundo é nulo, o primeiro vale)
Inobservância da forma
Incapacidade ativa do testador
ANULABILIDADE DO TESTAMENTO
 Vício de consentimento na elaboração do testamento (erro, coação, dolo)
 CADA SITUAÇÃO TERÁ QUE SER ANALISADA PARA VERIFICAÇÃO DA EXTENSÃO DA INVALIDADE
ROMPIMENTO DO TESTAMENTO (arts. 1973 a 1975)
Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador.
Art. 1.974. Rompe-se também o testamento feito na ignorância de existirem outros herdeiros necessários.
Art. 1.975. Não se rompe o testamento, se o testador dispuser da sua metade, não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando os exclua dessa parte.
 Revogação legal do testamento
 Surgimento de herdeiro necessário que o testador não tinha, ou desconhecia sua existência
 10 anos (ação de petição de herança)
DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS
Disposições nulas (art. 1900)
Art. 1.900. É nula a disposição:
I - que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro;
II - que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar;
III - que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro;
IV - que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado;
V - que favoreça as pessoas a que se referem os arts. 1.801 e 1.802.
 Pacto sucessório (herança de pessoa viva)
 Cláusula que beneficia a testemunha
Legados (arts. 1912 a 1939)
Ex: Testamento: R$ 100.000,00
Deixo meu carro para “X” R$ 60.000,00
Deixo 80% do meu patrimônio para “Y” R$ 80.000,00
 NESSE CASO, O PATRIMÔNIO DE 80.000,000 SERÁ REDUZIDO PARA 40.000,00, POIS O LEGADO TEM PRIVILÉGIO
 PORTANTO, VIA DE REGRA, O LEGATÁRIO É PRIVILEGIADO, SALVO SE O TESTADOR DISPUSER DIFERENTE
 Pode o legado ser de crédito
Legado de um Apartamento:
3 pessoas:
Testador (legante)
Legatário
Herdeiro onerado (inventariante ou outro determinado pelo testador)
 OS FRUTOS SÃO DO LEGATÁRIO, QUE NÃO PAGA IMPOSTO SOBRE ESSES
 O legatário deve ressarcir o espólio nas despesas
 Imposto de transmissão: responsabilidade dos herdeiros, não do espólio
Legado de quitação de dívida:
 Beneficiar o devedor com quitação da dívida. Paga imposto
 Não há presunção de compensação de dívida, ao menos se o testador assim dispuser
 art. 1939: caducidade dos legados
Direito de acrescer (arts. 1941 a 1946)
Ex 1: Deixo minha casa para “A” e “B”. Nesse caso, se “A” renunciar, vai tudo para “B” CLÁUSULA CONJUNTA COM MAIS DE UM BENEFICIÁRIO
Ex: 2:Deixo 50% da minha casa para “A” e 50% para “B”. Nesse caso, se “A” renunciar, sua parte (50%) irá para a legítima. Portanto, diferentemente do primeiro exemplo, não haverá direito de acrescer
Direito de substituição (arts. 1947 a 1960)
Ex: Deixo minha casa para “A”. Se este não puder receber ou não quiser, fica com “B”
 Pode haver, ao mesmo tempo, direito de acrescer e direito de substituição
Substituição fideicomissária:
 SÓ EXISTE PARA PROLE EVENTUAL
 Se nascer antes do testador falecer, é usufruto do fiduciário
Ex: Deixo meu bem para “A”, que depois deverá deixar para “B”
Testador: fideicomitente
1º beneficiário: fiduciário
2º beneficiário: fideicomissário
REDUÇÃO DAS DISPOSIÇÕES TESTAMENTÁRIAS
(arts. 1966 a 1968)
Art. 1.966. O remanescente pertencerá aos herdeiros legítimos, quando o testador só em parte dispuser da quota hereditária disponível.
Art. 1.967. As disposições que excederem a parte disponível reduzir-se-ão aos limites dela,de conformidade com o disposto nos parágrafos seguintes.
§ 1o Em se verificando excederem as disposições testamentárias a porção disponível, serão proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros instituídos, até onde baste, e, não bastando, também os legados, na proporção do seu valor.
§ 2o Se o testador, prevenindo o caso, dispuser que se inteirem, de preferência, certos herdeiros e legatários, a redução far-se-á nos outros quinhões ou legados, observando-se a seu respeito a ordem estabelecida no parágrafo antecedente.
Art. 1.968. Quando consistir em prédio divisível o legado sujeito a redução, far-se-á esta dividindo-o proporcionalmente.
§ 1o Se não for possível a divisão, e o excesso do legado montar a mais de um quarto do valor do prédio, o legatário deixará inteiro na herança o imóvel legado, ficando com o direito de pedir aos herdeiros o valor que couber na parte disponível; se o excesso não for de mais de um quarto, aos herdeiros fará tornar em dinheiro o legatário, que ficará com o prédio.
§ 2o Se o legatário for ao mesmo tempo herdeiro necessário, poderá inteirar sua legítima no mesmo imóvel, de preferencia aos outros, sempre que ela e a parte subsistente do legado lhe absorverem o valor.
Ex:
Patrimônio: R$ 100.000,00
Parte disponível: R$ 50.000,00
Parte legítima: R$ 50.000,00
a) Herança testamentária: deixo 30% do patrimônio para “x” (refere-se ao todo, patrimônio líquido. Caso fosse apenas o disponível, o problema deveria indicar expressamente).
b) Legado: deixo meu carro para “y”
1ª situação:
Carro: R$ 40.000,00
Herança testamentária: R$ 30.000,00
 Nesse caso, uma vez que a parte disponível da herança é de R$ 50.000,00, o legatário irá receber R$ 40.000,00. Todavia, o testamentário irá receber apenas R$ 10.000,00, ou seja, terá uma redução de R$ 20.000,00. Isso porque o legatário é privilegiado, porquanto terá o valor de seu legado reduzido em última hipótese
2ª situação:
Carro: R$ 60.000,00
Herança testamentária: R$ 30.000,00
 Nesse caso, uma vez que a parte disponível da herança é de R$ 50.000,00, o legatário irá receber R$ 50.000,00. Já, o testamentário, não irá receber nada.
Ex 2:
“”E se o de cujus deixar um bem imóvel indivisível, como uma casa?”
Patrimônio: R$ 400.000,00
Parte disponível: R$ 200.000,00
Parte legítima: R$ 200.000,00
Casa: R$ 240.000,00
 Aqui, haveria um excesso de R$ 40.000,00. Desse modo, deve-se calcular 1/4 de R$ 240.000,00, que será igual a R$ 60.000,00
ASSIM,
SE O EXCESSO FOR IGUAL OU MENOR A 1/4: legatário fica com o bem e indeniza o herdeiro necessário
SE O EXCESSO FOR MAIOR QUE 1/4: necessário fica com o bem e indeniza o legatário
Ex: 3 (art. 1968, pár. 2º )
 B 
 A
 Legatário C
 
 D
Herança: R$ 400.000,00
Parte disponível: R$ 200.000,00
Parte legítima: R$ 200.000,00
Casa: R$ 240.000,00
 Nesse caso, a casa excede o valor da parte disponível, sendo o excesso maior que 1/4. Nesse caso, “A” ficará com a casa, sofrendo uma redução de R$ 40.000,00 de sua parte relativa à legítima. Se não fosse o suficiente, indenizaria os irmãos, não se aplicando o critério do 1/4.	
EFEITOS DA DOAÇÃO NO CÁLCULO DA LEGÍTIMA
Cálculo da legítima, com herdeiros necessários:
 50% 50%
 PD PI 
 Testamento Legítima
a) Se o de cujus era casado ou vivia em união estável, separar a meação considerando as dívidas comuns
b) Tirar da herança bruta as dívidas do espólio = herança líquida
c) Separar a parte disponível e a parte da legítima, considerando as doações
1) Doações inoficiosas (art. 549)
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
 Deve-se observar o patrimônio na época da doação
 Ação prescreve em 10 anos
Ex 1:
Patrimônio: R$ 100.000,00
Doação: R$ 60.000,00
 Nesse caso, como a parte disponível é de R$ 50.000,00, o valor de R$ 50.000,00 relativo à doação é válido. Todavia, os R$ 10.000,00 restantes são inoficiosos, pois ultrapassam a parte disponível.
 Os herdeiros não precisam esperar o testador falecer. Podem entrar com a ação no prazo de 10 anos
Ex 2:
Patrimônio: R$ 200.000,00
Parte disponível: R$ 100.000,00
Parte legítima: R$ 100.000,00
1ª doação: R$ 50.000,00 (válida)
2ª doação: R$ 70.000,00 (válida: R$ 50.000,00; inoficiosa: R$ 20.000,00)
3ª doação: R$ 40.000,00 (inoficiosa)
 Caso fossem efetuadas ao mesmo tempo, a redução seria proporcional, isto é, as três seriam reduzidas até atingir o valor de R$ 100.000,00 (parte disponível)
E se houvesse acréscimo de patrimônio (ex: R$ 20.000,00)?
Patrimônio: R$ 220.000,00
Parte disponível: R$ 110.000,00
2) Doações válidas e testamento
Ex 1:
Falece com R$ 180.000,00
Doa R$ 70.000,00
SOMA-SE: 180.000 + 70.000 => 250.000
Parte disponível: 125.000,000 – 70.000,00 => 55.000,00
Parte legítima: 125.000,00
Ex 2:
Falece com R$ 60.000,00
Doa R$ 70.000,00
SOMA-SE: 50.000 + 70.000 => 120.000
Parte disponível: 60.000 – 70.000 (NÃO TEM O QUE FAZER, HERDEIROS ESTÃO PREJUDICADOS)
Parte legítima: 60.000 – 10.000 => 50.000 (diminui-se 10.000 porque a doação excedeu o patrimônio, por isso salienta-se que os herdeiros necessários estão prejudicados, não havendo solução)
Ex 3:
	2010
	2018
	Patrimônio: R$ 100.000,00
Doação: R$ 50.000,00 (válida)
	Patrimônio: R$ 120.000,00
Deve-se reconstruir o patrimônio:
120.000 + 50.000 = 170.000
PD: 85.000 – 50.000 = 35.000 (é o que posso dispor em testamento)
PL: 85.000
Ex: 4
	2010
	2018
	Patrimônio: R$ 100.000,00
Doação: R$ 50.000,00 (válida)
	Patrimônio: R$ 40.000,00 (redução de patrimônio)
Deve-se reconstruir o patrimônio:
40.000 + 50.000 = 90.000
PD: 45.000 – 50.000 (não haverá testamento, e ainda sobra 5.000)
PL: 45.000 – 5.000 = 40.000 (está prejudicado, não há o que fazer)
3) Doação como adiantamento de legítima para descendente e cônjuge/companheiro herdeiro (arts. 2002 a 2012)
 Se tiver filhos e doar para netos, não se aplica essa regra. Todavia, se não houver filhos e doar para netos, aplica-se.
“Para haver dever de colação, é necessário que o doador já considerasse seu herdeiro o donatário descendente no momento da liberalidade”
Ex 1:
“A” falece, deixando um patrimônio de R$ 200.000,00 e 2 filhos, “B” e “C”. Há uma doação, sem dispensa de colação, no valor de R$ 20.000,00 para “B”
Patrimônio: R$ 200.000,00
Parte disponível: R$ 100.000,00
Parte legítima: R$ 100.000,00
 Nesse caso, para fins de cálculo, o valor de 20.000 deve ser acrescido na parte legítima, totalizando 120.000. Destes, “A” terá direito a 40.000 (60.000 – 20.000). Em contrapartida, “B” terá direito a 60.000. Assim, chega-se ao montante de R$ 100.000,00.
De onde saíram os valores?
Parte legítima: R$ 100.000,00
Doação sem dispensa de colação para “A”: R$ 20.000,00
SOMA-SE: 100.000 + 20.000 => 120.000 (apenas para fins de cálculo)
“A”: receberá 40.000 e não 60.000 (50%), pois o valor da doação deve ser descontado
“B”: receberá 60.000
Ex 2:
“A” falece, deixando um patrimônio de R$ 200.000,00 e 2 filhos, “B” e “C”. Há uma doação, com dispensa de colação, no valor de R$ 20.000,00 para “B”
Patrimônio: R$ 200.000,00
Parte disponível: R$ 100.000,00
Parte legítima: R$ 100.000,00
 Nesse caso, para fins de cálculo, o valor de 20.000 deve ser acrescido ao patrimônio, totalizando 220.000. Assim, ter-se-ia 110.000 na parte disponível e 110.000 na parte legítima. Todavia, deve-se descontar 20.000 da parte disponível, chegando-se ao montante de R$ 90.000,00.
 Na doação com dispensade colação, o donatário é como se fosse um terceiro
Artigos:
Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.
Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível.
Art. 2.003. A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida neste Código, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não possuírem os bens doados.
Parágrafo único. Se, computados os valores das doações feitas em adiantamento de legítima, não houver no acervo bens suficientes para igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge, os bens assim doados serão conferidos em espécie, ou, quando deles já não disponha o donatário, pelo seu valor ao tempo da liberalidade.
Art. 2.004. O valor de colação dos bens doados será aquele, certo ou estimativo, que lhes atribuir o ato de liberalidade.
§ 1º Se do ato de doação não constar valor certo, nem houver estimação feita naquela época, os bens serão conferidos na partilha pelo que então se calcular valessem ao tempo da liberalidade.
§ 2º Só o valor dos bens doados entrará em colação; não assim o das benfeitorias acrescidas, as quais pertencerão ao herdeiro donatário, correndo também à conta deste os rendimentos ou lucros, assim como os danos e perdas que eles sofrerem.
Art. 2.005. São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação.
Parágrafo único. Presume-se imputada na parte disponível a liberalidade feita a descendente que, ao tempo do ato, não seria chamado à sucessão na qualidade de herdeiro necessário.
Art. 2.006. A dispensa da colação pode ser outorgada pelo doador em testamento, ou no próprio título de liberalidade.
Art. 2.007. São sujeitas à redução as doações em que se apurar excesso quanto ao que o doador poderia dispor, no momento da liberalidade.
§ 1º O excesso será apurado com base no valor que os bens doados tinham, no momento da liberalidade.
§ 2º A redução da liberalidade far-se-á pela restituição ao monte do excesso assim apurado; a restituição será em espécie, ou, se não mais existir o bem em poder do donatário, em dinheiro, segundo o seu valor ao tempo da abertura da sucessão, observadas, no que forem aplicáveis, as regras deste Código sobre a redução das disposições testamentárias.
§ 3º Sujeita-se a redução, nos termos do parágrafo antecedente, a parte da doação feita a herdeiros necessários que exceder a legítima e mais a quota disponível.
§ 4º Sendo várias as doações a herdeiros necessários, feitas em diferentes datas, serão elas reduzidas a partir da última, até a eliminação do excesso.
Art. 2.008. Aquele que renunciou a herança ou dela foi excluído, deve, não obstante, conferir as doações recebidas, para o fim de repor o que exceder o disponível.
Art. 2.009. Quando os netos, representando os seus pais, sucederem aos avós, serão obrigados a trazer à colação, ainda que não o hajam herdado, o que os pais teriam de conferir.
Art. 2.010. Não virão à colação os gastos ordinários do ascendente com o descendente, enquanto menor, na sua educação, estudos, sustento, vestuário, tratamento nas enfermidades, enxoval, assim como as despesas de casamento, ou as feitas no interesse de sua defesa em processo-crime.
Art. 2.011. As doações remuneratórias de serviços feitos ao ascendente também não estão sujeitas a colação.
Art. 2.012. Sendo feita a doação por ambos os cônjuges, no inventário de cada um se conferirá por metade.
Doação e o dever de colação
 Preservação da igualdade da legítima dos descendentes
 Proteção dos descendentes (igualdade na legítima)
 Quando se fala em herança líquida, já houve o desconto da meação
 Toda doação que faço a descendentes é adiantamento de legítima. Para não ser, deve haver dispensa de colação
 O donatário deve informar que recebeu a doação, na primeira vez em que se manifestar no processo. Se não informar, os demais herdeiros podem entrar com ação de sonegação
Ex 1:
Filhos: 5
200.000 (patrimônio)
40.000 (doação)
PD: 60.000
PL: 60.000 + 40.000 = 100.000
 4 herdeiros receberão 25.000. Isso porque, a princípio, considerando os 5 filhos, cada um receberia 20.000. Todavia, uma vez que um dos filhos recebeu 40.000 em doação, esse, além de não receber os 20.000 a que teria direito, terá ainda de pagar 20.000 aos demais 4 irmãos.
Obs:
 Não há dever de colação para filho menor
 Tudo que é de sustento não há dever de colação (ex: comida, escola, etc)
 Filho incapaz: dever de sustento se dá até a maioridade. Após isso, há dever de solidariedade
 O representante deve colacionar. No entanto, se a doação é feita para o neto, mas os filhos estão vivos, não haverá o dever de colacionar
Doação remuneratória:
 Como exemplo, temos o filho que cuida da mãe doente, de modo que esta, como forma de agradecimento, doa alguns bens em decorrência disso. NESSE CASO, NÃO É NECESSÁRIO ESTAR EXPRESSA A DISPENSA DE COLAÇÃO
CÁLCULO DA PARTILHA COM LEGÍTIMA
1) Separar a meação, considerando as dívidas comuns;
2) Calcular a herança líquida;
3) Somar na herança líquida a doação inoficiosa;
4) Reconstruir o patrimônio, se houver testamento, somando a doação válida;
5) Dividir em parte disponível e parte da legítima;
6) Na PD, tirar a doação válida;
7) Na PD, cumprir o testamento;
8) Somar o que sobrar da PD na legítima;
9) Dividir a legítima entre os herdeiros necessários, descontando a colação.
INVENTÁRIO E PARTILHA
Inventário: é o levantamento dos bens do de cujus. Deve-se descontar as dívidas
Adjudicação: um único herdeiro
Partilha: mais de um herdeiro
TIPOS DE INVENTÁRIOS
a) Arrolamento extrajudicial (escritura pública): art. 610. pár 1º e 2º, CPC
§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
Requisitos:
1) Consenso
2) Todos os herdeiros devem ser maiores e capazes
3) Não pode haver testamento
Obs:
 Pode ser feito em qualquer lugar do Brasil
 Inventariante dativo é o nomeado pelo Juiz, sendo remunerado
b) Arrolamento judicial simples (art. 659 e 664, CPC)
Art. 659. A partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a 663.
§ 1o O disposto neste artigo aplica-se, também, ao pedido de adjudicação, quando houver herdeiro único.
§ 2o Transitada em julgado a sentença de homologação de partilha ou de adjudicação, será lavrado o formal de partilha ou elaborada a carta de adjudicação e, em seguida, serão expedidos os alvarás referentes aos bens e às rendas por ele abrangidos, intimando-se o fisco para lançamento administrativo do imposto de transmissão e de outros tributos porventura incidentes, conforme dispuser a legislação tributária, nos termos do § 2o do art. 662.
Art. 664. Quando o valor dos bens do espólio for igual ou inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamento, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio e o plano da partilha.
 Quando há menor no inventário. Até 1000 salários mínimos
c) Inventário solene (art. 610, CPC)
Art. 610. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial.
 Juiz não pode terminar o inventário se houver dívidas
TIPOS DE PARTILHA
a) Consensual (art.657, CPC; art. 2015, CC)
Art. 657. A partilha amigável, lavrada em instrumento público, reduzida a termo nos autos do inventário ou constante de escrito particular homologado pelo juiz, pode ser anulada por dolo, coação, erro essencial ou intervenção de incapaz, observado o disposto no § 4o do art. 966.
Parágrafo único. O direito à anulação de partilha amigável extingue-se em 1 (um) ano, contado esse prazo:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessou;
II - no caso de erro ou dolo, do dia em que se realizou o ato;
III - quanto ao incapaz, do dia em que cessar a incapacidade.
Art. 2.015. Se os herdeiros forem capazes, poderão fazer partilha amigável, por escritura pública, termo nos autos do inventário, ou escrito particular, homologado pelo juiz.
 Todos devem ser maiores e capazes. Caso contrário, será judicial
b) Judicial (art. 2016, CC)
Art. 2.016. Será sempre judicial a partilha, se os herdeiros divergirem, assim como se algum deles for incapaz.
 Apresenta-se uma PROPOSTA de partilha
c) Testamentária (art. 2014, CC)
Art. 2.014. Pode o testador indicar os bens e valores que devem compor os quinhões hereditários, deliberando ele próprio a partilha, que prevalecerá, salvo se o valor dos bens não corresponder às quotas estabelecidas.
 Posso dispor, no testamento, a partilha da legítima. Não é obrigado a ser cumprido, mas serve como uma referência para o Juiz na hora da tomada da decisão
d) Sobrepartilha (art. 2002, CC)
Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.
Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível.
 Quando um bem ficou de fora da partilha ou era desconhecido
 Desarquiva-se o processo e faz a sobrepartilha no mesmo
PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO
a) Testamento
b) Partilha em vida
 Adiantar a herança para os descendentes
c) Pacto antenupcial ou contrato de convivência
d) “Holding” familiar
TRANSMISSÃO DE VALORES COM DISPENSA DE INVENTÁRIO
Lei: 6.858
Lei 8.036 (art. 20)

Outros materiais