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Ayana Pôrto 4º período Exame Físico dos órgãos genitais femininos e mamas Revisão Anamnese - História da doença atual; - Antecedentes pessoais fisiológicas: menarca, ritmo e duração. Registro da paciente, exemplo: 11/07/28. Menarca: 11 anos; duração do fluxo:7 dias; intervalo: 28 dias. Ayana Pôrto 4º período - Pubarca e telarca; - Data da última menstruação (DUM) e início da atividade sexual; - Atividade reprodutiva: Número de gestações (G), partos (P) e os tipos, abortos (A). Ex: G2P1A1, sendo parto normal. - Puerpério, amamentação, uso de anticoncepcionais; Sinais e sintomas - São eles: hemorragias, alterações menstruais, dor, tumoração, corrimento, prurido, distúrbios sexuais, alterações dos pelos; Hemorragias -Metrorragia: sangramento não cíclico, que não tem periodicidade; ∙ Pode ser orgânico: inflamações, neoplasias benignas (miomas) ou malignas, ou afecções não ginecológicas (hepatopatias, coagulopatias); ∙ Sangramento uterino disfuncional: falta de ovulação, disfunção ovariana, acompanhada de irregularidade menstrual; ∙ OBS: Ovulação ou uso inadequado de anticoncepcional oral podem causar sangramentos, bem como traumas ou neoplasias vaginais ou vulvares; Alterações menstruais - Menstruação: 21 a 35 dias, dura de 2 a 8 dias. Perda de sangue: 50 a 200mL; - Alterações: quanto ao intervalo entre fluxos, a duração e a intensidade: ∙ Polimenorreia: <21 dias; ∙ Oligomenorreia: > 35 dias; ∙ Amenorreia: ausência de menstruação por um período maior que dos 3 ciclos anteriores; ∙ Hipermenorreia: dura mais de 8 dias; ∙ Hipomenorreia: dura menos de 2 dias; Ayana Pôrto 4º período ∙ Menorragia: Mais sangramento que o normal, durante o fluxo menstrual; ∙ Dismenorreia: conjunto de sintomas que acompanham a menstruação (primária e secundária); Dor - Geralmente é pélvica, podendo ser abdominopélvica ou lombo-sacra ou perineal; - Infecções: aguda, intensa, dispaurenia; - Distopias genitais: a dor é rara, pode acontecer no caso de prolapso uterino (estiramento de ligamentos), útero em RVF fixo, por sequelas de doenças prévias (dor pélvica e lombar); - Gravidez ectópica: dor pélvica, sem irradiação. Se rompe: dor aguda, intensa, acompanhada de sinais de irritação peritoneal; - Endometriose: dor periódica, paroxística e progressiva; - Neoplasias: assintomáticas. Dor: compressão dos órgãos vizinhos ou torção do pedículo tumoral; - Lembrar: bexiga e reto tem as mesmas vias sensoriais do útero e da vagina Tumoração - Avaliar o início do aparecimento, velocidade de crescimento, presença de dor, localização, consistência e mobilidade Ayana Pôrto 4º período Corrimento vaginal - Normal: claro, semelhante a clara de ovo; - Se amarelo, espesso, fétido e espumoso: tricomonas ou gonorreia; - Se aspecto tipo água de carne: neoplasias ou infecções mais graves; - Branco com grumos (nata de leite): candidíase. - PS: Se acompanhado de prurido, ardência e odor fétido indica patologia Prurido - Isolado é raro; - Pode existir nas lesões distróficas da vulva (principalmente em idosas), lesões micóticas ou alérgicas; - Diabetes; - Neoplasias Distúrbios sexuais - Dispaurenia (dor na relação sexual): pode ser de causa orgânica ou emocional; - Anorgasmia (ausência de orgasmo); - Vaginismo (contrações involuntárias dos músculos da vagina que impedem a penetração) Alterações dos pelos - Pode ser por desequilíbrio hormonal: aumento da produção de androgênios pelas glândulas suprarrenais ou ovários; - Certos medicamentos também provocam hirsutismo como o corticoide; Exame físico - Etapas: exame das mamas, abdome e genitália; - Paciente usando avental e de bexiga vazia; - Peso, altura e estado geral; - Avaliação de linfonodos; - Exame das mamas; -Exame do abdome: inspeção, ausculta, percussão e palpação; Exame da genitália: - Inspeção em repouso: avaliar vulva (ulcerações, hiperemia, malformações), períneo (lacerações, cicatrizes) e ânus (hemorroidas, plicomas, fístulas); - Entroabrir os grandes lábios: avaliar o clitóris, óstio uretral, hímen, intróito vaginal; Ayana Pôrto 4º período - Solicitar manobra de esforço (manobra de Valsalva): para avaliar protrusão vaginal ou do colo do útero, incontinência urinária; - Exame especular: exame citológico, bacteriológico, cristalização e filância do muco. Avalia-se também a cor, epitelização, forma do orifício externo e a presença de lesões no colo uterino, bem como a parede vaginal (retirando- se o espéculo devagar); - Toque vaginal: uni (avaliação da vagina e colo do útero) ou bidigital (vagina, colo, fundo de saco), toque combinado (avaliando útero e anexos) tamanho, contorno, consistência, mobilidade, posição, se presença de dor, massas); - Toque retal: Avaliação dos paramétrios, canal anal e reto MAMAS Revisão Ayana Pôrto 4º período Anamnese - Antecedentes pessoais e familiares (telarca, menarca, história familiar de doença das mamas); - Paridade e lactação: maior risco de câncer nas nulíparas, primíparas após 35 anos; - Uso de medicações (secreção papilar); - Traumas, cirurgias, biópsias; Sinais e Sintomas - Nódulo: Uma das principais queixas. Avaliar a localização, tamanho, contorno, consistência, mobilidade, sensibilidade, velocidade de crescimento, modificação do nódulo em relação ao ciclo menstrual; - Dor: Avaliar a localização, periodicidade (relacionada ao ciclo menstrual?), se tem relação com movimentos respiratórios ou com movimentação dos membros superiores (origem muscular, ossos e cartilagens); - Secreção papilar: Avaliar a cor, se é espontânea, recorrente ou intermitente. Se surgiu na gestação, aborto ou lactação recente. Se tem relação com ciclo menstrual. Se é uni ou bilateral. Se tem relação com amenorreia, traumatismo, intervenção cirúrgica ou uso de medicamentos (ex: clorpromazina, metildopa); Exame físico Inspeção estática: paciente sentada, braços lateralmente ao corpo em repouso. Avalia-se volume, simetria, pele, pigmentação das aréolas, papilas, abaulamentos, sinais flogísticos, retrações, circulação venosa; Inspeção dinâmica: paciente ainda sentada, com os braços acima da cabeça. Evidencia-se as retrações e simetrias e avalia a mobilidade da mama; Palpação: Paciente deitada, com braços atrás da cabeça. Inicia-se na região subareolar e segue-se com a mão espalmada até as regiões para- esternais, infra-claviculares e axilares. Avalia-se quantidade de tecido gorduroso e glandular, temperatura da pele, elasticidade da papila, secreção papilar. Avaliação de condensações ou nódulos (limites, contorno, diâmetro, mobilidade, sensibilidade, consistência); Expressão papilar: faz-se pressão delicada ao nível da papila e aréola. Se secreção, faz-se citologia, exceto se a paciente estiver grávida ou amamentando. Avaliação se unilateral ou bilateral e cor da secreção: claro, serosa, sanguinolenta, esverdeada, purulenta, leitosa; Palpação dos linfonodos axilares e supra-claviculares: Antes da palpação, avaliar presença de lesões cutâneas. Se presença de linfonodos palpáveis, Ayana Pôrto 4º período avaliar tamanho, contornos, mobilidade, consistência, quantos aumentados.
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