Buscar

História_7ano_Módulo12

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

As apresentações foram complementadas com o Congado de Quilombolas de Patos e Paracatu (MG); 
letras de coco – ritmo nordestino influenciado pelas culturas africana e indígena – na voz de Martinha do 
Coco; e o grupo TAMNOÁ (Tambores do Paranoá), do DF. 
COMISSÃO da Verdade da Escravidão Negra inicia trabalhos em Brasília. Disponível em: <https://agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/racismo/comissao-da-
verdade-da-escravidao-negra-inicia-os-trabalhos-em-brasilia/>. Acesso em: 31 out. 2019. 
● Qual é a importância da criação de uma Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra? 
Que outras ações estão sendo tomadas para reduzir as consequências negativas trazidas pelos 
séculos de escravidão? Você as considera importantes? Concorda com elas? Por quê?
No continente africano, assim como em diversas civilizações europeias da Antiguidade, a prática 
da escravatura era bastante comum, embora não tivesse o mesmo teor econômico que adquiriu a 
partir do comércio transatlântico entre os séculos XV e XIX. 
Com a Expansão Marítima iniciada no final do século XIV, o comércio de escravizados se inten-
sificou, tornando-se uma das principais atividades econômicas europeias. Os escravizados eram 
comprados na África e levados para atender à demanda por mão de obra nas colônias da América 
em longas, arriscadas e insalubres viagens a bordo de navios negreiros. 
A pessoa escravizada era considerada um objeto de posse de seu dono. Assim, os escravizados 
recebiam castigos físicos e passavam por um intenso processo de afastamento de sua cultura, que 
procurava distanciá-los de suas raízes geográficas e familiares. Como resistência a esse processo, 
muitos deles desenvolveram formas de sincretismo cultural e religioso.
A Situação-
-problema deste 
módulo busca 
problematizar as 
consequências 
negativas de séculos 
de escravidão no 
Brasil. É importante 
destacar os dados 
levantados pelo 
IPEA, a fim de que 
os alunos possam 
ter uma noção das 
disparidades na 
sociedade brasileira 
decorrentes do 
racismo e de como 
as políticas públicas e 
ações afirmativas são 
formas de combate 
a esse preconceito. 
Além da Comissão 
Nacional da Verdade 
da Escravidão Negra, 
que busca discutir as 
sequelas decorrentes 
dos anos de 
escravidão no Brasil, 
é importante levar 
em consideração as 
políticas de afirmação, 
como as de cotas, 
e debater com os 
alunos a relevância 
desses termos.
1 Caracterize a escravidão praticada na África.
A escravidão na África não era racial; ocorria normalmente quando 
povos derrotados em guerras eram escravizados dentro do próprio 
continente.
2 Quais foram as mudanças ocorridas na escravidão afri-
cana a partir da chegada dos europeus no século XV?
A escravidão transatlântica gerou uma intensa “corrida” por escravizados, 
alterando a lógica interna dos povos africanos e gerando altos lucros 
para os europeus.
3 Apresente duas consequências da escravidão para os 
descendentes dos escravizados.
A dificuldade de inserção na sociedade por conta do preconceito 
racial e a falta de acesso à educação, à saúde, etc.
4 Explique a importância econômica do tráfico negreiro. 
O tráfico negreiro foi importante, pois a mão de obra escravizada africana 
foi largamente utilizada nas colônias; além disso, o comércio de 
escravizados vindos da África representou um lucrativo negócio para os 
traficantes e para a colônia portuguesa.
PARA CONCLUIR
PRATICANDO O APRENDIZADO
209
H
IS
T
Ó
R
IA
 
M
Ó
D
U
LO
 1
2
PH_EF2_7ANO_HIS_201a211_CAD2_MOD12_CA.indd 209 11/27/19 15:50
1 Leia o trecho a seguir.
Eram traficados na maioria das vezes homens jovens 
entre 8 a 25 anos, contudo não deixavam de traficar também 
mulheres, crianças, idosos, enfim, tudo que era possível. 
Eram empilhados em péssimas condições e acorrentados 
como animais nos pequenos e escuros compartimentos 
dos navios, onde se causava o encontro de várias etnias 
por muitas vezes inimigas. 
Como as correntes limitavam seus movimentos, as fezes 
e a urina eram feitas no mesmo local. Quando enjoavam, 
vomitavam também ali onde permaneciam. Tudo sem o 
mínimo cuidado com a higiene. Raramente, para a higiene 
bucal, faziam bochechos com vinagre. Para limpar o corpo, 
podiam se enxaguar apenas duas vezes durante toda a 
viagem. Muitos padeciam de graves infecções oculares e 
intestinais. Ali dentro tudo se misturava. A fome e a sede, 
as doenças e a sujeira, os agonizantes e os mortos. Uma 
ou duas vezes por dia, a comida era simplesmente joga-
da nos compartimentos e cabia aos próprios prisioneiros 
promover a divisão da alimentação. Devido a estas hor-
rendas condições de viagem, pouquíssimos resistiam e, 
assim, acabavam morrendo. Como os marujos não tinham 
o costume de entrar no porão, os mortos começavam a se 
decompor ao lado dos vivos.
MARQUES, Deliene Jéssica. Navios negreiros. Laboratório de ensino e 
aprendizagem em História. Universidade Federal de Uberlândia – UFU. 
Disponível em: <www.leah.inhis.ufu.br/node/366>. Acesso em: 20 out. 2019. 
 Caracterize a viagem dos escravos da África para o Brasil.
Os navios negreiros transportavam centenas de escravizados apinhados, 
sem acesso a janelas; as pessoas defecavam, comiam e morriam no 
mesmo espaço; doenças eram contraídas, etc.
2 Leia o trecho a seguir e depois responda à questão.
Entre 1500 e 1856, a cada cinco pessoas no mundo 
que foram escravizadas, uma colocou os pés no Rio de 
Janeiro. Foi na região do Porto, onde hoje estão as ave-
nidas Venezuela e Barão de Tefé, que atracou boa parte 
dos navios negreiros vindos da África, trazendo, inclusive, 
corpos de quem não resistiu à viagem. Por muito tempo, 
imaginou-se que pouco mais de um milhão de escravos 
desembarcaram na cidade — e mais 2,6 milhões teriam 
sido levados para outros pontos do litoral brasileiro. Ago-
ra, estudiosos afirmam que o número relativo ao Rio é 
muito maior que o estimado por vários historiadores. A 
tese é baseada em um minucioso banco de dados criado 
pela Universidade de Emory, em Atlanta, nos Estados 
Unidos: o arquivo reúne registros portuários feitos ao 
longo de três séculos e meio. [...] Segundo o novo levan-
tamento, cerca de 2 milhões de escravos teriam chegado 
ao Rio de Janeiro.
FRANÇA, Renan. Pesquisa americana indica que o Rio recebeu 2 milhões de escravos. 
O Globo, 5 abr. 2015. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/rio/pesquisa-americana-
indica-que-rio-recebeu-2-milhoes-de-escravos-africanos-15784551>. Acesso em: 20 out. 2019.
 Qual é a novidade apresentada pela reportagem?
A reportagem, baseada em um estudo de uma universidade 
estadunidense, estima em 2 milhões – e não em 1 milhão, como 
se acreditava até então – o número de escravizados que provavelmente 
entrou no Rio de Janeiro entre os séculos XVI e XIX. Portanto, esses 
números indicam que o tráfico de pessoas para o Brasil foi muito mais 
intenso do que se pensava até então.
3 Leia o poema a seguir.
[…] Quem são estes desgraçados,
Que não encontram em vós,
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa musa,
Musa libérrima, audaz!
São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz.
Onde voa em campo aberto
A tribo dos homens nus...
APLICANDO O CONHECIMENTO
210
H
IS
T
Ó
R
IA
 
M
Ó
D
U
LO
 1
2
PH_EF2_7ANO_HIS_201a211_CAD2_MOD12_CA.indd 210 11/27/19 15:50
1 Sobre a escravidão praticada na Antiguidade, podemos 
afirmar que:
a) era igual às formas de trabalho escravo utilizadas na 
Europa e na América.
b) substituiu o trabalho servil nos feudos europeus.
c) foi praticada apenas por gregos e romanos.
d) constituiu-se como uma atividade comum entre di-
versos povos da época.
2 Sobre as viagens nos navios negreiros, está correta a 
seguinte alternativa:
a) eram rápidas e seguras, pois os escravizados eram 
mercadorias caras e valorizadas.
b) apresentavam péssimas condições de higienee ali-
mentação para os escravizados transportados.
c) acabavam não sendo lucrativas por conta da alta 
mortalidade nos trajetos.
d) eram realizadas apenas por negociantes autorizados 
pela Coroa portuguesa, o que garantia bons serviços.
3 A respeito das diferenças entre o trabalho servil e o 
escravo, podemos afirmar que:
a) o servo trabalhava em troca de moradia, mas não 
era considerado um objeto.
b) o escravizado e o servo realizavam as mesmas fun-
ções, porém o servo recebia salários.
c) o trabalho servil desapareceu completamente após 
a Idade Média.
d) a escravidão foi praticada apenas nas colônias por-
tuguesas da América.
4 Entre as formas de resistência africana à escravidão, 
podemos citar:
a) sincretismo religioso.
b) ruptura com os traços culturais africanos.
c) conversão espontânea ao catolicismo.
d) manutenção dos laços familiares.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das alternativas 
sinalizadas com asterisco.
ANOTAÇÕES
São os guerreiros ousados,
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão...
Homens simples, fortes, bravos...
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão...
ALVES, Castro. O navio negreiro. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/
download/texto/bv000068.pdf>. Acesso em: 20 out. 2019.
 Qual é o assunto principal do poema? Em que versos 
você conseguiu identificar essa temática?
A escravidão. “Homens simples, fortes, bravos... / Hoje míseros 
escravos / Sem ar, sem luz, sem razão...”
211
H
IS
T
Ó
R
IA
 
M
Ó
D
U
LO
 1
2
PH_EF2_7ANO_HIS_201a211_CAD2_MOD12_CA.indd 211 11/27/19 15:50

Continue navegando