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Gabarito_História_Módulo20_7ano

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Qual a importância da criação de uma Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra? Que 
outras ações estão sendo tomadas para reduzir as consequências negativas trazidas pelos séculos 
de escravidão? Você as considera importantes? Concorda com elas? Por quê?
PARA CONCLUIR
No continente africano, assim como em diversas civilizações europeias da Antiguidade, a prática 
da escravatura era bastante comum, embora não tivesse o mesmo teor econômico que adquiriu a 
partir do comércio transatlântico entre os séculos XV e XIX. 
Principalmente a partir da expansão marítima iniciada no final do século XIV, o comércio de 
escravizados se intensificou, tornando-se uma das principais atividades econômicas europeias. 
Os escravizados eram comprados na África e levados para atender à demanda por mão de obra 
nas colônias da América em longas, arriscadas e insalubres viagens a bordo de navios negreiros. 
A pessoa escravizada era considerada um objeto de seu dono. Assim, os escravizados recebiam 
castigos físicos e passavam por um intenso processo de aculturação, que procurava distanciá-los 
de suas raízes geográficas, culturais e familiares. Como resistência a esse processo, muitos deles 
desenvolveram formas de sincretismo cultural e religioso.
Além da Comissão 
Nacional da Verdade 
da Escravidão 
Negra, que busca 
discutir as sequelas 
decorrentes dos 
anos de escravidão 
no Brasil, é 
importante levar 
em consideração 
as políticas de 
afirmação, como 
as cotas, e debater 
com os alunos a 
relevância desses 
termos.
1 Diferencie a servidão da escravidão.
Apesar de ambas serem atividades não remuneradas, os servos 
não eram considerados objetos, ou seja, não podiam ser vendidos ou 
comprados, diferentemente dos escravizados.
2 Caracterize a escravidão praticada na África.
A escravidão na África não era racial, ocorria normalmente quando 
povos derrotados em guerras eram escravizados dentro do próprio 
continente.
3 Quais foram as mudanças ocorridas na escravidão afri-
cana a partir da chegada dos europeus, no século XV?
A escravidão transatlântica gerou uma intensa “corrida” por escravizados, 
alterando a lógica interna da África e gerando altos lucros para os 
europeus.
4 Caracterize as viagens nos navios negreiros.
Os navios negreiros levavam centenas de escravizados num espaço 
apertado, sujo, sem as mínimas condições de higiene. Muitas 
pessoas morriam ao longo da viagem ou ficavam muito doentes. 
Eram humilhadas e sofriam vários tipos de violência. Essa prática 
foi bastante comum na época, uma vez que o tráfico de pessoas, 
principalmente as originárias do continente africano, era visto como 
algo normal. 
5 Apresente duas consequências da escravidão para os 
descendentes dos escravizados.
A dificuldade de inserção na sociedade por conta do preconceito 
racial e a falta de acesso à educação, saúde, etc.
6 Explique a importância econômica do tráfico negreiro. 
O tráfico negreiro foi importante, pois a mão de obra escravizada africana 
foi largamente utilizada nas colônias; além disso, o comércio de 
escravizados vindos da África representou um lucrativo negócio para os 
traficantes de escravizados e para a colônia portuguesa.
PRATICANDO O APRENDIZADO
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APLICANDO O CONHECIMENTO
1 Leia o texto a seguir.
Eram traficados na maioria das vezes homens jovens 
entre 8 a 25 anos, contudo não deixavam de traficar também 
mulheres, crianças, idosos, enfim, tudo que era possível. 
Eram empilhados em péssimas condições e acorrentados 
como animais nos pequenos e escuros compartimentos 
dos navios, onde se causava o encontro de várias etnias 
por muitas vezes inimigas. 
Como as correntes limitavam seus movimentos, 
as fezes e a urina eram feitas no mesmo local. Quando 
enjoavam, vomitavam também ali onde permaneciam. 
Tudo sem o mínimo cuidado com a higiene. Raramente, 
para a higiene bucal, faziam bochechos com vinagre. Para 
limpar o corpo, podiam se enxaguar apenas duas vezes 
durante toda a viagem. Muitos padeciam de graves infec-
ções oculares e intestinais. Ali dentro tudo se misturava. 
A fome e a sede, as doenças e a sujeira, os agonizantes 
e os mortos. Uma ou duas vezes por dia, a comida era 
simplesmente jogada nos compartimentos e cabia aos 
próprios prisioneiros promover a divisão da alimentação. 
Devido a estas horrendas condições de viagem, pouquís-
simos resistiam e, assim, acabavam morrendo. Como os 
marujos não tinham o costume de entrar no porão, os 
mortos começavam a se decompor ao lado dos vivos.
MARQUES, Deliene Jéssica. Navios negreiros. Laboratório de ensino e 
aprendizagem em História. Universidade Federal de Uberlândia – UFU. 
Disponível em: <www.leah.inhis.ufu.br/node/366>. Acesso em: 9 jan. 2018. 
 Caracterize a viagem dos escravos da África para o Brasil.
Os navios negreiros transportavam centenas de escravizados apinhados, 
sem acesso a janelas; as pessoas defecavam, comiam e morriam em 
um mesmo espaço; doenças eram contraídas, etc.
2 Leia o texto a seguir:
Entre 1500 e 1856, a cada cinco pessoas no mundo que 
foram escravizadas, uma colocou os pés no Rio de Janeiro. 
Foi na região do Porto, onde hoje estão as avenidas Ve-
nezuela e Barão de Tefé, que atracou boa parte dos navios 
negreiros vindos da África, trazendo, inclusive, corpos de 
quem não resistiu à viagem. Por muito tempo, imaginou-
-se que pouco mais de um milhão de escravos desembar-
caram na cidade — e mais 2,6 milhões teriam sido levados 
para outros pontos do litoral brasileiro. Agora, estudiosos 
afirmam que o número relativo ao Rio é muito maior que 
o estimado por vários historiadores. A tese é baseada em 
um minucioso banco de dados criado pela Universida-
de de Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos: o arquivo 
reúne registros portuários feitos ao longo de três séculos 
e meio. [...] Segundo o novo levantamento, cerca de 2 mi-
lhões de escravos teriam chegado ao Rio de Janeiro.
FRANÇA, Renan. Pesquisa americana indica que o Rio recebeu 2 milhões de escravos. 
O Globo, 5 abr. 2015. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/rio/pesquisa-americana-
indica-que-rio-recebeu-2-milhoes-de-escravos-africanos-15784551>. Acesso em: 9 jan. 2018.
 Qual é a novidade apresentada pela reportagem?
A reportagem, baseada em um estudo de uma universidade 
estadunidense, estima em 2 milhões – e não em 1 milhão, como 
se acreditava até então – o número de escravizados que provavelmente 
entrou no Brasil entre os séculos XVI e XIX. Portanto, esses números
indicam que o tráfico de pessoas para o Brasil foi muito mais 
intenso do que se pensava até então.
7 Explique a importância do sincretismo religioso para a 
manutenção da cultura africana na sociedade brasileira 
atual. 
Foi por meio do sincretismo religioso que houve trocas culturais 
entre os europeus cristãos e as pessoas de etnia africana que foram 
escravizadas. Essas relações deram origem a novas religiões no 
Brasil e proporcionaram a presença de aspectos da cultura africana 
na sociedade brasileira. Eles podem ser observados nas manifestações 
religiosas como a umbanda e o candomblé, nas músicas e expressões 
idiomáticas, entre outros elementos.
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3 Leia o poema a seguir:
[…] Quem são estes desgraçados,
Que não encontram em vós,
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa musa,
Musa libérrima, audaz!
São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz.
Onde voa em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados,
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão...
Homens simples, fortes, bravos...
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão...
ALVES, Castro. O navio negreiro. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br/ 
download/texto/bv000068.pdf>.Acesso em: 9 jan. 2018.
 Qual é o assunto principal do poema? Em que versos 
você conseguiu identificar essa temática?
A escravidão. “Homens simples, fortes, bravos... / Hoje míseros 
escravos / Sem ar, sem luz, sem razão...”
4 Analise a imagem.
À tarde, pequenos capitalistas chegavam das ruas adjacentes do cais para irem 
tomar a fresca na praça do Palácio. Gravura Uma tarde na praça do Palácio, 
Rio de Janeiro, 1826. Aquarela sobre papel de Jean-Baptiste Debret, 1826. 
 Destaque uma atividade realizada pelos escravizados 
na imagem.
Podemos observar escravizados carregando potes de água e tabuleiros 
(provavelmente com doces que eram vendidos pelos escravizados de 
ganho).
5 Leia o texto.
Hepatite B foi trazida em navios negreiros
Estudo indica que o vírus da doença chegou ao Brasil no 
século 19, quando a Coroa portuguesa passou a escravizar 
pessoas da costa leste da África
Retirados à força de suas pátrias e transportados pelo 
Atlântico feito mercadorias, os africanos traficados no 
século 19 podem ter trazido para o Brasil o vírus da he-
patite B. A curiosa descoberta foi feita por cientistas do 
Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Oswaldo 
Cruz (IOC/Fiocruz). Ao sequenciar o DNA do micro-or-
ganismo causador da doença, as pesquisadoras Selma 
Gomes e Bárbara Lago constataram que o genótipo mais 
comum no país não é o que circula na Europa nem na 
costa leste africana, de onde saíram quase 5 milhões de 
escravos entre 1551 e 1840. Na realidade, o perfil do pa-
tógeno brasileiro é compatível ao da porção oriental do 
continente, que forneceu mão de obra forçada quando a 
principal rota do tráfico estava sob fiscalização inglesa.
País sul-americano que mais importou cativos no 
período colonial, durante 300 anos o Brasil recebeu ho-
mens, mulheres e crianças originários da costa ocidental 
da África. Contudo, o cenário mudou na primeira metade 
do século 19, quando a Inglaterra passou a pressionar a 
Coroa portuguesa pela extinção do comércio de escravos. 
Se, na teoria, esse era o fim dos navios negreiros, na prá-
tica, os traficantes apenas mudaram de rota para evitar 
a fiscalização inglesa, que tinha autorização de buscar e 
apreender embarcações suspeitas. Com isso, começaram 
a chegar aos portos brasileiros escravos aprisionados na 
parte oriental da África. 
MACEDO, Jorge de. Hepatite B foi trazida em navios negreiros. Estado de Minas, 15 out. 
2014. Disponível em: <www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2014/10/15/interna_
tecnologia,579795/hepatite-b-foi-trazida-em-navios-negreiros.shtml>. 
Acesso em: 9 jan. 2018.
 Aponte uma das consequências da mudança de rota do 
tráfico atlântico mostrada pela reportagem.
A disseminação do vírus da hepatite B.
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1 Sobre a escravidão praticada na Antiguidade, podemos 
afirmar que:
a) era igual às formas de trabalho escravo utilizadas na 
Europa e na América.
b) substituiu o trabalho servil nos feudos europeus.
c) foi praticada apenas por gregos e romanos.
d) constituiu-se como uma atividade comum entre di-
versos povos da época.
2 Sobre as viagens nos navios negreiros, está correta a 
seguinte alternativa:
a) eram rápidas e seguras, pois os escravizados eram 
mercadorias caras e valorizadas.
b) apresentavam péssimas condições de higiene e ali-
mentação para os escravizados transportados.
c) acabavam não sendo lucrativas por conta da alta 
mortalidade nos trajetos.
d) eram realizadas apenas por negociantes autorizados 
pela Coroa portuguesa, o que garantia bons serviços.
3 A respeito das diferenças entre o trabalho servil e 
escravo, podemos afirmar que:
a) o servo trabalhava em troca de moradia, mas não 
era considerado um objeto.
b) o escravizado e o servo realizavam as mesmas fun-
ções, porém o servo recebia salários.
c) o trabalho servil desapareceu completamente após 
a Idade Média.
d) a escravidão foi praticada apenas nas colônias por-
tuguesas da América.
4 Entre as formas de resistência africana à escravidão, 
podemos citar:
a) sincretismo religioso.
b) ruptura com os traços culturais africanos.
c) conversão espontânea ao catolicismo.
d) manutenção dos laços familiares.
DESENVOLVENDO HABILIDADES
Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado das questões sinalizadas com asterisco.
6 Leia o texto.
A pesada porta de ferro se abre com um baque. O bri-
lho do sol ofusca os homens acorrentados que emergem, 
às dezenas, do calabouço escuro e fétido do castelo. São 
negros da tribo ashanti, capturados em guerra e vendidos 
aos donos da fortaleza. Atordoados pela luz, eles atraves-
sam sem saber a chamada porta sem retorno. Dali serão 
embarcados nos porões do navio para uma torturante 
viagem de dois meses rumo a Salvador. Um quinto mor-
rerá no caminho. Os que sobreviverem terão de traba-
lhar como escravos nas plantações de cana-de-açúcar da 
Bahia. Nunca mais verão sua África natal.
Essa cena se repetiu cotidianamente entre 1620 e 1850 
na fortaleza Elmina, hoje em Gana. Erguida em 1482, foi 
a primeira grande construção europeia na África tropical. 
Para várias tribos e numerosos reinos, como os ashantis e 
os akans, Elmina simboliza o holocausto provocado pelo 
tráfico negreiro. Para as nações europeias que exploraram 
a costa africana, como Portugal, Holanda, Inglaterra, Di-
namarca, Suécia e Alemanha, o lugar foi fonte de riquezas 
durante 400 anos.
TORAL, André. Castelo sinistro. Superinteressante, 31 out. 2016. 
Disponível em: <https://super.abril.com.br/historia/castelo-sinistro/>. 
Acesso em: 9 jan. 2018.
 O que a fortaleza Elmina significou para os povos es-
cravizados e para as nações que exploraram o tráfico 
de escravos?
O texto apresenta o lado negativo da escravidão para os povos 
escravizados e o lado positivo na visão europeia, que enriqueceu os
europeus com a exploração de tal atividade.
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