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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SAÚDE DO ABC CURSO DE FISIOTERAPIA JOÃO PEDRO FERREIRA COUTO JOEL ITIROCO SILVA EFICÁCIA DO USO DE CONTROLE DE CARGA EXÊNTRICA ISOINERCIAL COMPARADO COM CARGA VARIÁVEL NA PREVENÇÃO DE LESÕES DE MMII EM ATLETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SANTO ANDRÉ 2021 JOÃO PEDRO FERREIRA COUTO JOEL ITIROCO SILVA EFICÁCIA DO USO DE CONTROLE DE CARGA EXÊNTRICA ISOINERCIAL COMPARADO COM CARGA VARIÁVEL NA PREVENÇÃO DE LESÕES DE MMII EM ATLETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA SANTO ANDRÉ 2021 Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário FMABC, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. André Setti Persiane EFICÁCIA DO USO DE CONTROLE DE CARGA EXÊNTRICA ISOINERCIAL COMPARADO COM CARGA VARIÁVEL NA PREVENÇÃO DE LESÕES DE MMII EM ATLETAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA EFFECTIVENESS OF USING ISOINERCIAL EXENTRIC LOAD CONTROL COMPARED WITH VARIABLE LOAD IN THE PREVENTION OF LLLL INJURIES IN ATHLETES: A LITERATURE REVIEW João Pedro Ferreira Couto¹; Joel Itiroco Silva ²; André Setti Persiane ³ 1. Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Saúde ABC; 2. Acadêmico do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Saúde ABC; 3. Docente da disciplina de Fisioterapia Esportiva do Centro Universitário FMABC. Endereço para correspondência: Centro Universitário Saúde ABC André Setti Persiane Av. Lauro Gomes, 2000, Vila Sacadura Cabral. CEP 09060-870 Tel.: (11) 4993-5427 Endereço eletrônico: andre.persiane @fmabc.ne RESUMO Introdução: As lesões de membros inferiores são cada vez mais frequentes em todos tipos de esportes. Lesões de isquiotibiais, panturrilhas, adutores e do ligamento cruzado anterior (LCA) são, respectivamente, as mais prevalentes e as mais famosas em esportes coletivos. A tecnologia isoinercial utiliza a inércia de uma roda rotatória com a energia armazenada para oferecer maior carga excêntrica em comparação com o treinamento tradicional. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia do treino isoinercial na prevenção de lesões em membros inferiores (MMII) de atletas, quando comparada com o treinamento tradicional. Método: Foi realizado uma revisão de literatura com dados obtidos por buscas nas bases eletrônicas de dados Lilacs, PubMed e Scielo com os descritores, Isoinercial e atletas e treinamento. A seleção teve como critérios de inclusão artigos completos, que utilizava o treino isoinercial em atletas e nos idiomas português espanhol e inglês. Resultados: Foram encontrados 94 artigos, mas apenas sete estavam de acordo com o objetivo dessa revisão. Conclusão: O treinamento com dispositivo Isoinercial apresentou melhorar o desempenho geral dos atletas, como força, resistência, potência e estabilidade em relação ao treinamento tradicional. Palavras-chave: Isoinercial. Técnicas de treinamento. Atletas. Prevenção de lesões. ABSTRACT Introduction: Lower limb injuries are increasingly frequent in all types of sports. Hamstring, calf, adductor and anterior cruciate ligament (ACL) injuries are, respectively, the most prevalent and the most famous in team sports. Isoinertial technology uses the inertia of a rotating wheel with stored energy to provide greater eccentric loading compared to traditional training. The aim of the study was to evaluate the effectiveness of isoinertial training in the prevention of injuries in the lower limbs (LL) of athletes, when compared to traditional training. Method: A literature review was carried out with data obtained by searches in the Lilacs, PubMed and Scielo electronic databases with the descriptors, Isoinertial and athletes and training. The selection had as inclusion criteria complete articles, which used isoinertial training in athletes and in Portuguese, Spanish and English. Results: 94 articles were found, but only seven were in agreement with the objective of this review. Conclusion: Training with an Isoinertial device showed improved overall performance of athletes, such as strength, endurance, power and stability compared to traditional training. Keywords: Isoinertial. Training techniques. Athletes. Injury prevention. LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – FLUXOGRAMA DA REVISÃO, 2021.............................................14 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – OBJETIVOS E CONCLUSÕES DOS ESTUDOS..........................15 LISTA DE SIGLAS COD - Desempenho de mudança de direção PAP - Potenciação pós-ativação SS - Desempenho inicial de natação YWU - Ativação de agachamento YoYo LWU - Aquecimento CJM - Teste de salto com contra movimento FEO - Grupo de sobrecarga excêntrica do volante PT - Grupo de treinamento pliométrico FRTEO - Treinamento resistido volante com excêntrico sobrecarga RM - Repetição máxima SJ - Salto de agachamento EMG - Eletromiografia SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10 2 MÉTODOS ............................................................................................................. 12 3 RESULTADOS ....................................................................................................... 13 4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 17 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 24 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 25 10 1 INTRODUÇÃO As lesões de membros inferiores são cada vez mais frequentes em todos tipos de esportes, sendo tanto traumáticas quanto atraumáticas. As lesões de isquiotibiais, panturrilhas, adutores e do ligamento cruzado anterior (LCA) são, respectivamente, as mais prevalentes e as mais famosas em esportes coletivos. As lesões do LCA são prováveis de acontecer durante os movimentos de aceleração e desaceleração com contração excessiva do quadríceps e redução da ativação dos isquiotibiais ou próximo à extensão total do joelho. Devido à grande demanda no esporte e suas características, os músculos dos membros inferiores como, isquiotibiais, quadríceps, panturrilha e adutores estão seriamente ligados a certos riscos de lesões, por exemplo como uma distensão muscular, devido a movimentos de uma rápida mudança de direção, paradas bruscas e chutes (EKSTRAND et al, 2011). Como citado também por Monajati et al (2021) entre a relação de lesões dessas musculaturas, em que a maior parte ocorre quando estão ativamente alongadas, além de seu comprimento vertical para desacelerar o movimento. A literatura atual sugere que os protocolos preventivos nas lesões de LCA e isquiotibiais envolvem uma combinação de diferentes modalidades de exercícios (equilíbrio, pliometria, força e flexibilidade). Programas preventivos envolvendo saltos, força, instabilidade ou uma combinação de diferentes modos de exercícios têm sido propostos para prevenir lesões do LCA e isquiotibiais. Já existe protocolos como o FIFA 11+ e o Harmoknee bem conceituados em evidências, porém também é necessário protocolos com a especificidade da modalidade esportiva que os atletas competem, sendo em equipe ou individual (DANESHJOO A et al, 2012). Os benefícios das contrações excêntricas, quando comparadas com outras modalidades de contração, incluem a geração de maior força / tensãomáxima, menor custo metabólico para o mesmo trabalho produzido, maior eficácia na estimulação de ganhos de força muscular, hipertrofia regional e remodelação arquitetônica muscular (FRANCHI et al, 2019). Pelo mecanismo durante as contrações excêntricas, em que os músculos agem enquanto se alongam devido à resistência externa aplicada excedendo a força momentânea produzida pelo músculo (DOUGLAS et al, 2017). Sendo uma vantagem da aplicação do dispositivo isoinercial como justificativa que 11 resulta sobrecarga pela inércia acumulada durante a fase concêntrica na condição de que a repetição seja executada com esforço máximo (IZQUIERDO et al, 2017). A tecnologia isoinercial utiliza a inércia de uma roda rotatória e consequente energia cinética armazenada para oferecer maior carga excêntrica em comparação com o treinamento com pesos tradicionais (NORRBRAND et al, 2017). Esse treinamento com dispositivos isoinercial acionados mecanicamente permite que os indivíduos realizem contrações quase máximas durante as ações concêntricas e excêntricas (FRANCHI et al, 2015). Os estudos contribuem a noção de que, fora seus efeitos preventivos, a tecnologia isoinercial também pode melhorar o desempenho geral dos atletas, como força, resistência, potência e estabilidade. (IZQUIERDO et al, 2017; CUENCA- FERNÁNDEZ et al, 2015; HOYO et al, 2015) O presente estudo teve como objetivo, avaliar a eficácia do treino isoinercial na prevenção de lesões em membros inferiores (MMII) de atletas, quando comparada com o treinamento tradicional. 12 2 MÉTODOS Este estudo trata-se de uma revisão de literatura que objetivou descrever a eficácia do treinamento com dispositivo isoinercial na prevenção de lesões nos membros inferiores de atletas. Foram selecionados apenas estudos do tipo ensaios clínicos randomizados, publicados no idioma português, espanhol e inglês, utilizando o treino isoinercial em atletas. Foram excluídos estudos que não avaliavam lesões de membros inferiores, que não utilizavam atletas como participantes e não utilizava dispositivo isoinercial nas pesquisas como protocolo. Os estudos foram avaliados de acordo com análise criteriosa dos títulos e resumos disponíveis, e foram selecionados apenas estudos pertinentes ao tema proposto de abordagem. A pesquisa foi realizada com artigos publicados entre janeiro de 2000 até junho de 2021. Desenvolvida com a construção da pergunta para a busca bibliográfica de evidências PICO, que representa uma abreviação para Paciente, Intervenção, Comparação e “Outcomes” (desfecho). Sendo o Paciente representado por atletas, Intervenção com dispositivo Isoinercial, Comparação do treino tradicional e “Outcomes” sendo o treinamento com isoinercial mais eficiente do que o treino tradicional. Para execução foi realizada uma busca nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), U.S. National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (Scielo) Os Descritores em Ciências da Saúde (DECs) e palavras-chave utilizados foram: Isoinercial, treino e atletas. Entre os DECs e palavras-chave supracitadas foi utilizado o operador booleano AND. Isoinertial AND training AND athletes. Na base de dados Lilacs foram realizadas estratégia buscas simples, utilizando o descritor Isoinertial. Na base de dados PubMed também foi utilizada a estratégia de busca simples utilizando os descritores Isoinercial, Training e Athletes. Já na base de dados Lilacs também se usou estratégia busca simples com o descritor Isoinertial. 13 3 RESULTADOS Na busca simples realizada na base de dados Scielo com o descritor Isoinertial, um o único artigo encontrado e foi incluído por se tratar de um ensaio clinico. Utilizando a palavra-chave Isoinertial na base de dados Lilacs, foram encontrados 3 artigos, 2 foram excluídos após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão. O levantamento realizado na base de dados PubMed obteve um total de 90 estudos, por meio da utilização dos descritores Isoinertial AND training AND athletes. Após a seleção de estudos do tipo ensaios clínicos, e publicadas a partir do ano de 2000, foram selecionados 7 estudos. Portanto, a busca supracitada obteve um total de 36 artigos que foram analisados criteriosamente na íntegra (texto completo). Após análise, foi observado que 2 estudos estavam indexados em ambas as bases de dados e outros 2 não se enquadravam no objetivo proposto pelo atual estudo. Por fim foram incluídos 7 artigos que se enquadravam e estavam de acordo com objetivo da proposta idealizada. Os passos de busca seguem representados na figura 01 e os estudos que compõem a atual revisão de literatura estão apresentados na Tabela 01. Aos países que os estudos foram publicados, identificaram-se quatro na Espanha, um na China, um na Itália e um nos Estado Unidos da América. Em relação aos objetivos dos estudos a maioria verificava quais os benefícios que o treinamento com o dispositivo Isoinercial (volante) apresentava sobre um protocolo de prevenção de lesões, comparando-o com o treinamento tradicional ao atleta. Em relação às conclusões dos autores, uma grande parte dos estudos concluíram que o treinamento com o dispositivo Isoinercial apresentavam grandes vantagens em quesitos como aumento de força, potência, velocidade e agilidade dos atletas e a outra parte correlacionava a melhora no gesto esportivo. 14 Figura 01. Fluxograma dos resultados obtidos para realização da revisão literária. Curso de Fisioterapia, Centro Universitário FMABC, Santo André, São Paulo, 2021. Estudos identificados nas bases de dados PubMed (n= 90) Lilacs (n= 3) Scielo (n= 1) Estudos adicionais identificados nas referências (n = 2) Estudos após remover as duplicadas (n = 2) Estudos selecionados (n = 94) N. de estudos em texto completo avaliados para elegibilidade (n = 36) Estudos excluídos (n = 58) N. estudos em texto completo excluídos (com justificativa) (n = 29) Estudos incluídos na síntese qualitativa (n = 7) 15 Tabela 1 – Apresentação dos estudos utilizados na revisão literária. Centro Universitário FMABC, Santo André, São Paulo, 2021. Título Autores/ País de origem do trabalho Tipo de estudo/ Ano de publicação Objetivo Conclusão Allenamento isoinerziale da sovraccarico eccentrico nei giovani calciatori: effetti su forza, velocità, cambio di direzione, agilità e precisione del calcio Fiorilli et al. Italia Ensaio clinico randomizado/ 2020 Avaliar os efeitos de um programa de treinamento de sobrecarga excêntrica isoinercial de 6 semanas O uso de um dispositivo isoinercial para sobrecarregar os movimentos multidirecionais em condições esportivas específicas leva a maiores melhorias no desempenho do que o treinamento convencional de futebol. Efecto sobre el rendimiento de iniciación a la natación de dos tipos de protocolos de activación Lunge y YoYo Squats Cuenca- Fernández et al. Espanha Ensaio clínico randomizado/ 2015 Comparar os efeitos de dois protocolos de potencialização pós-ativação no desempenho inicial da natação. Conclui-se que a aplicação do dispositivo Isoinercial é o aquecimento mais apropriado em uma largada na natação, pois pode melhorar o desempenho inicial e pode ser especialmente relevante em provas curtas. Efecto de la sobrecarga excéntrica mediante tecnología isoinercial en jugadores profesionales de baloncesto Cabanillas et al. Colômbia / Espanha Ensaio clínico randomizado/ 2020 Comparar o efeito de dois tipos diferentes de exercícios: Comparar o meio agachamento na máquina ProSquat Proinertial e meio agachamento tradicional com peso livre.Programa que afeta a sobrecarga de movimento excêntrico apresenta melhores resultados de desempenho do que o treinamento tradicional. Efectos funcionales y de tamaño muscular de la resistencia del volante Entrenamiento de sobrecarga excéntrica en jugadores profesionales de balonmano Sergio Maroto- Izquierdo et al. Espanha Ensaio clinico randomizado controlado/ 2017 Analisar os efeitos do treinamento resistido com dispositivo Isoinercial sobre diferentes variáveis funcionais e anatômicas em jogadores profissionais de handebol. Treinamento resistido com sobrecarga excêntrica no dispositivo Isoinercial afeta as mudanças funcionais e anatômicas de uma forma que melhora o desempenho em jogadores profissionais de handebol bem treinados. 16 Programa de entrenamiento para la prevención y el desempeño de lesiones musculares en futbolistas juveniles de élite Hoyo et al. Espanha Ensaio clinico não randomizado controlado/ 2015 Analisar o efeito de um programa de treinamento de sobrecarga excêntrica Isoinercial na incidência e severidade de lesões musculares e desempenho em jogadores de futebol de elite juniores Mostra menor número de dias de ausência por lesão com o treinamento dispositivo Isoinercial Injury prevention program based on steering wheel resistance x body weight in athletes Alireza Monajati et al. Estados Unidos da América Ensaio clínico randomizado/ 2021 Comparar os programas de prevenção de lesão usando treinamento com o isoinercial e o peso corporal O protocolo usando o isoinercial parece ser eficiente para melhorar a técnica de pouso, reduzindo o grau de valgo em atletas sendo eficaz para a melhora da força corporal e habilidade de sprints repetidos em um período relativamente curto. Shénjīng jīròu duì chuántǒng yǔ líxīn guòzǎi zǔlì xùnliàn de shìyìng Simon Walker et al. China Ensaio clínico randomizado/ 2016 Verificar o aumento de força, ativação e tamanho muscular no treinamento isoinercial comparado ao treinamento tradicional Concluiu que a carga excêntrica acentuada parece fornecer um estimulo adicional ao treinamento para aumentar a força máxima 17 4 DISCUSSÃO O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do uso do dispositivo isoinercial na prevenção de lesões dos MMII em atletas e podemos observar resultados como uma melhora significativa principalmente do aumento de força, potência, velocidade e agilidade dos atletas que foram submetidos ao treinamento com o dispositivo Isoinercial. Como mostra Fiorilli et al (2020) em seu ensaio clinico randomizado, com objetivo de avaliar os efeitos de um programa de treinamento de sobrecarga excêntrica isoinercial de 6 semanas, usando um dispositivo isoinercial durante a execução de exercícios específicos do futebol, como, força explosiva e reativa, habilidade de sprint, desempenho de mudança de direção (COD) e precisão do chute de futebol. Foi realizado com 34 jogadores júniors altamente treinados do sexo masculino, com idades entre 12 e 14 anos. Os atletas foram divididos em dois grupos, sendo, 18 atletas no grupo FEO (isoinercial) e 16 atletas no grupo PT (pliométrico). Sendo que os dois grupos realizavam seu treinamento habitual de 4 sessões de treinamento em campo com duração de aproximadamente 120 minutos com aquecimento, atividades técnicas e táticas, pequenos jogos e uma partida competitiva. O FEO (isoinercial), durante as 6 semanas de intervenção do estudo, participou de 2 sessões semanais de treinamento isoinercial e o PT (pliométrico) que incluiu um protocolo pliométrico durante as 6 semanas do estudo. Os exercícios em seus protocolos foram os mesmos, que contavam com sprint (tiro a curta distância), salto horizontal, mudança de direção e gesto esportivo de chute. Como principal achado do estudo, a precisão do chute de futebol melhora significativamente após o treinamento isoinercial, conforme demonstrado pelas diferenças significativas entre os grupos FEO (sobrecarga excêntrica do volante) e PT (grupo de treinamento pliométrico) no teste de precisão de chute. Mostrando que o treinamento com isoinercial, pode melhorar significativamente o desempenho mais do que o treinamento pliométrico, na melhora a velocidade excêntrica (GONZALO- SKOK et al, 2016) Neste trabalho de Fiorilli et al (2020) conclui que usar um dispositivo isoinercial para sobrecarregar movimentos multidirecionais (para frente, para trás e lateral), em diferentes ângulos articulares e em condições esportivas específicas, 18 levou as melhores adaptações e melhorias de desempenho do que em vista dos treinamentos convencionais. Cuenca-Fernández et al (2015) mostrou em seu ensaio clinico randomizado, com objetivo de comparar os efeitos de 2 protocolos de uma potencialização pós-ativação (PAP) no desempenho inicial de natação (SS). Foi realizado com 14 nadadores profissionais, sendo 10 do sexo masculino e 4 do sexo feminino, membros de clubes de natação em Granada (Espanha), com idades entre 17 e 23 anos. Os atletas foram separados aleatoriamente em 2 grupos; o primeiro grupo realizou protocolo de ativação: Lunge Warm Up (LWU), que consistiu na realização de um aquecimento padrão (SWU) de alongamentos dinâmicos, seguido de uma Potencialização pós-ativação (PAP) do exercício agachamento unilateral (Afundo) com a barra nas costas, sendo 1 série de 3 repetições a 85% e 1 repetição máxima (1RM). O segundo grupo realizou o protocolo de ativação de agachamento com Isoinercial (YWU), que consistia na realização de um aquecimento padrão (SWU) de alongamentos dinâmicos, seguido de indução a uma Potencialização pós-ativação (PAP) do exercício agachamento unilateral (Afundo) por meio e um colete ligado ao Isoinercial, sendo com 1 série de 4 repetições na contração voluntária máxima. Neste trabalho de Cuenca-Fernández et al (2015) teve conclusão que o segundo grupo (YWU) o qual fez uso do dispositivo Isoinercial obtiveram melhores resultados em cima dessas variantes como; a distância para a entrada na água que foi maior para YWU, diferenças significativas no tempo de vôo (largada) qual foram mais curtos em comparação com o primeiro grupo , a velocidade horizontal média do quadril (durante o vôo), sendo que nadadores foram mais rápidos durante o vôo após o protocolo de ativação YWU. Sendo então mostrado que o uso do Isoinercial está correlacionado com maior força e potência nos membros inferiores do atleta, que possibilitou o desenvolvimento de uma maior velocidade na decolagem. Cabanillas et al (2020) em seu presente estudo clinico randomizado, com objetivo de comparar os efeitos de um meio agachamento utilizando o dispositivo de carga excêntrica em comparação com o meio agachamento com peso tradicional, tendo em vista os Testes de corrida linear e Teste salto com contramovimento (CJM) sendo que o atleta sobe na plataforma e realiza um salto vertical mais alto possível. Foi realizado com 8 atletas profissionais de Basquete, todos do sexo masculino, com idades entre 18 e 25 anos. 19 Os atletas foram divididos em dois grupos aleatoriamente, sendo 4 atletas no grupo com programa de meio agachamento com sobrecarga excêntrica com Isoinercial e 4 atletas no grupo com programa de agachamento com peso tradicional. O treinamento durou 8 semanas, sendo as duas primeiras semanas usadas como avaliação e adaptação ao dispositivo, antes de realizar os exercícios, os atletas realizaram aquecimento, com cinco minutos em cicloergômetro, diversos exercícios de mobilidade, exercícios CORE específicos e ativação dos músculos da parte inferior do corpo por meio de bandas elásticas. Em relação as cargas, para as semanas 1 e 2 de 4 séries de 10 repetições, semanas 3 e 4, 5 sériesde 10 repetições e semanas 5 e 6, 6 séries de 10 repetições. Então durante as seis semanas seguintes, os participantes treinaram 1 dia por semana, 72 horas após o último jogo. No seguinte estudo de Cabanillas et al (2020) conclui-se que foram obtidos efeitos positivos utilizando ambos os programas nas variáveis dependentes Teste de salto com contra movimento (CMJ e Sprint linear), com melhores resultados usando sobrecarga excêntrica do dispositivo Isoinercial. Os autores defendem que os resultados podem ser devido ao fato de que com o dispositivo Isoinercial a musculatura trabalhada chega a um maior pico de potência, a qual relatou maior nível de desempenho para estes testes. Resultado também encontrado por Hoyo et al (2015) em seu presente estudo não randomizado controlado, com objetivo de avaliar o efeito de um treinamento de sobrecarga excêntrica com 10 semanas na prevenção de lesões musculares dos membros inferiores e no desempenho em jovens jogadores de futebol de elite, por meio do Teste de Contra-movimento, sendo a maior altura em um salto vertical (CMJ) e o Teste de Sprint de 20 m (tempo parcial de 10 m). Foi realizado com 36 jovens jogadores de futebol espanhóis de elite do sexo masculino, com idades entre 17 e 19 anos. Foram divididos os atletas 2 grupos diferentes, sendo 18 atletas no grupo com treinamento de sobrecarga excêntrica Isoinercial (EXP) e 15 atletas no grupo controle (CON). Todos os jogadores mantiveram suas rotinas de treinos, ambos os grupos continuaram com seu treinamento de futebol, sendo o volume de treinamento semanal de (4 ou 5 sessões / semana de 60–90 min e 1 jogo / semana). O grupo EXP teve adicional 1 a 2 vezes por semana durante 10 semanas do treinamento excêntrico dos exercícios (meio agachamento e leg curg), com volume de repetições sendo aumentado gradativamente, da semana 1 a 4 de 3× 6 repetições, nas semanas 5 e 6 20 de 4 × 6 repetições, nas semanas 7 e 8 de 5 × 6 repetições e nas semanas 9 e 10 de 6 × 6 repetições. Hoyo et al (2015) conclui, que o treinamento com o dispositivo Isoinercial otimiza a potência máxima individual sendo que foi eficaz para melhorar a habilidade de sprint e salto, que são tarefas explosivas relacionadas à força geralmente associadas ao desempenho no futebol. Foram observadas melhorias do desempenho muscular no geral, mas em especifico na força, em relação aos resultados dos testes salto vertical (CMJ) e sprint. Sergio Maroto-Izquierdo et al (2017) mostrou em seu estudo randomizado controlado, com objetivo de comparar os efeitos do treinamento Isoinercial com atletas treinados tradicionalmente com pesos, em um grupo de jogadores profissionais de handebol que atuavam pelo Clube Balonmano Atlético Valladolid. Foi realizado com 29 atletas do sexo masculinos, com idade média de 21 anos. Os atletas foram divididos aleatoriamente em 2 grupos: sendo 15 atletas no grupo experimental (EXP) que realizou o leg press com base no treinamento com dispositivo de sobrecarga excêntrica isoinercial (FRTEO), e 14 atletas no grupo controle (CON), que realizou um programa semelhante (volume e intensidade) usando uma máquina de pilha de peso tradicional que completaram seis semanas (15 sessões) de treinamento resistido com o exercício leg press. Em seu estudo Sergio Maroto-Izquierdo et al (2017) obteve como medidas Força Dinâmica máxima, seguida por 1RM no leg press; Potência de saída, seguida pela potência concêntrica máxima; Salto vertical, seguidos ao salto de contra movimento (CMJ) e salto de agachamento (SJ); Velocidade e agilidade, seguido pelo tempo de sprint de 20 m; e a espessura do músculo vasto lateral. Tendo como conclusão que todos esses efeitos positivos de potência, força, velocidade e agilidade foram significativamente maiores com o treinamento de força Isoinercial com sobrecarga excêntrica (FRTEO) do que aqueles mostrados por indivíduos que realizaram um programa de treinamento semelhante a base de musculação tradicional (volume e esforço percebido) em uma máquina convencional de perna / peso prensado / pilha. Já Walker et al (2016) em seu estudo que utilizou um desenho de grupo de controle duplo, teve como objetivo, avaliar maiores ganho de força após o treinamento com carga excêntrica acentuada do que cargas isoinerciais tradicionais em homens já treinados em força. Foi realizado com de 33 homens jovens saudáveis, sendo eles 21 divididos em dois grupos; grupo de treinamento isoinercial concêntrico-excêntrico tradicional (TRAD) e o grupo de treinamento com carga excêntrica acentuada (AEL) durante o período de treinamento de 10 semanas, nesse período cinco participantes se retiram do estudo; restando 28 participantes. TRAD e AEL realizaram dois períodos de treinamento de 5 semanas, tendo 48 horas de recuperação do treinamento. Sendo realizadas duas vezes por semana. Todos os participantes realizaram uma sessão de familiarização 1 semana antes do teste de desempenho. O treinamento consistiu em 3 séries de 6-RM (Repetição Máxima) a sessão 1 e a sessão 2 teve 10-RM. Os exercícios escolhidos foram o leg press bilateral e exercícios de unilaterais de extensão e flexão de joelho. O grupo TRAD realizou os exercícios com a mesma carga para as fases concêntricas e excêntricas, já o grupo AEL executou os exercícios com carga 40% maior durante a fase excêntrica em comparação com a fase concêntrica. Foram usadas cargas que provocaram pelo menos uma falha durante a fase concêntrica em pelo menos 1 de 3 séries para ter a RM verdadeiro. Foi usado Eletromiografia de superfície (EMG) para monitorar em tempo real a atividade elétrica dos músculos usados durante o exercício; procedimentos de estimulação elétrica (M - Wave Medição) para induzir contrações musculares; testes isocinéticos máximos de extensão do joelho para verificar os picos de força de torques excêntricos e concêntricos testes de extensão de joelho com uma repetição máxima; testes de repetição máxima; área de seção transversal muscular; medições de composição corporal por absorciometria de raios – x de energia dupla (DXA). Após o treinamento, o torque isométrico máximo aumentou significativamente mais no grupo de carga excêntrica acentuada do que no controle, que foi acompanhado por um aumento na ativação voluntária. O torque excêntrico isocinético aumentou significativamente após o treinamento de carga excêntrica acentuada apenas, enquanto o torque concêntrico aumentou igualmente em ambas as cargas excêntricas acentuadas e tradicional grupos de treinamento de resistência; no entanto, o aumento no grupo de carga excêntrica acentuada foi significativamente maior do que o controle. A repetição até a falha de extensão de joelho melhorou apenas no grupo de carga excêntrica acentuada. Walker et al (2016) concluiu que o treinamento com carga excêntrica acentuada levou a maiores aumentos na produção de força máxima, capacidade de 22 trabalho e ativação muscular, mas não hipertrofia muscular, em indivíduos treinados com força. O estudo de Monajati et al (2018), foi um estudo pré-pós randomizado, com o objetivo que visava a prevenção de lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) e Lesões por distensão de isquiostibiais. No qual teve 20 participantes jogadores recreativos de vôlei com treinamento profissional, sendo 10 mulheres e 10 homens, que foram randomizados em 2 grupos, sedo o grupo que usou o isoinercial (FY) e o outro grupo depende da gravidade (GT), iniciaram um programa de prevenção de 6 semanas (12 sessões). Utilizou de dois protocolos: YoYo squat e Versa-Pulley. Os participantes seriam excluídos se tivessem lesão nos isquiostibiais 6 meses antes do estudo; história de lesão no joelho; ou participou de qualquer programa de prevenção de lesão durante os últimos 12 meses. Uma vez considerados elegíveis para o estudo, os participantes completaram 2 sessõesde familiarização e avaliação pré- intervenção. Após aquecimento padronizado composto por exercícios de flexibilidade dinâmica progressiva, todos os participantes realizaram 2 séries de 8 repetições com 2 minutos de repouso ativo; caminhada ou movimentos leves. Todas as sessões foram concluídas em menos de 25 minutos e monitorados por um treinador de força e condicionamento. Protocolo Isoinercial (FY). Dois dispositivos de volante, YoYo Squat (Inertial Power SRL, Argentina) e Versa-Pulley (Versa-Pulley portátil; Versa-Climber, Halesowen, Reino Unido), foram usados para realizar os seguintes 6 exercícios: agachamento de perna dupla, agachamento unilateral, levantamento terra com perna estendida, flexão de perna, estocadas e extensão do quadril. Protocolo Dependente da Gravidade (GT). Os seguintes exercícios de prevenção de lesões comumente usados e amplamente descritos foram atribuídos ao grupo GT: salto com uma perna, aterrissagem com uma perna, salto com estocada, levantamento terra com uma perna, rosca direta com bola e rosca direta nórdica. Todos os exercícios foram realizados sem resistência externa adicional (apenas o peso corporal). Por motivos não relacionados com a investigação, 2 participantes (1 homem e 1 mulher) alocados no grupo GT abandonaram o estudo. Todos os demais atletas do FY (n = 10, 5 homens e 5 mulheres) e GT (n = 8, 4 homens e 4 mulheres) completaram todas as sessões de treinamento e foram incluídos na análise final. 23 Consequentemente, a composição final dos 2 grupos foi equilibrada (50% mulheres e homens) e equivalente no início do estudo. Os resultados incluíram uma avaliação do tuck jump de 10 segundos (TJA), pontuação valgo do joelho de aterrissagem, isocinética concêntrica e excêntrica dos isquiotibiais e quadríceps pico de torque, localização ideal de pico de torque, razão convencional e funcional entre isquiotibiais e quadríceps e teste de habilidade de velocidade de corrida repetida de 30 m (RSSA). Monajati et al (2018) conclui que um treinamento de prevenção de lesão para Ligamento Cruzado Anterior (LCA) e Lesão por distensão de Isquiostibiais (HAM) em atletas de esportes em equipe pode ser eficaz para a melhora da força corporal e habilidade de sprints repetidos em um período relativamente curto. O protocolo usando o isoinercial parece ser mais eficiente para melhorar a técnica de pouso, reduzindo o grau de valgo em atletas treinados de forma recreativa. O presente estudo apresenta algumas limitações sendo possível destacar a busca limitada em bases de dados, não sendo consultadas bases como Cochrane Library, Embase e PEDro, a restrição para estudos a partir de 2000 é limitação desse estudo também, sendo possível ter artigos prévios importante na literatura. Os futuros estudos devem visar busca sistemática na literatura, estratégia de busca mais específica e análise de risco de viés dos estudos clínicos. 24 5 CONCLUSÃO Através desse estudo foi possível observar uma melhora significativa principalmente do aumento de força, potência, velocidade e agilidade dos atletas que foram submetidos ao treinamento com o dispositivo Isoinercial. Embora não há um consenso na literatura bem definido sobre a prevenção de lesão de MMII com o isoinercial, foi possível observar indicativos de melhora indireta até mesmo nos gestos esportivos como saltos e chutes. Sugerimos a realização de novos estudos para enriquecer os já existentes sobre o dispositivo Isoinercial, gerar maior conhecimento da técnica e também com intuito de não só acrescentar às pesquisas, mas também a otimização da prevenção de lesão. 25 REFERÊNCIAS BEATO, Marco et al. 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