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PIM VIII CRISTAL MINERAÇÃO Nota 7,0

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UNIVERSIDADE PAULISTA - EAD 
LUCIANA RODRIGUES FONSECA DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VIII 
 CRISTAL MINERAÇÂO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CRISTALINA 
 2021 
 
 
LUCIANA RODRIGUES FONSECA DE CARVALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VIII 
CRISTAL MINERAÇÂO 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho de conclusao de curso para obtenção do titulo de 
graduação em Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental. 
Apresentado à Universidade Paulista- UNIP 
 
 
Orientador: Prof. Tiago Davi 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRISTALINA 
2021 
 
 
 
 
RESUMO 
Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo baseado em levantamentos 
técnicos que expõem e caracterizam o dano ambiental causado pela empresa Cristal 
Mineração, devido a extração de cristal de rocha, em uma área do Município de 
Cristalina, Estado de Goiás, bem como avaliar o processo erosivo resultante do 
garimpo e as dificuldades que impedem o controle da erosão por nome de 
voçoroca,, sugerindo o monitoramento da área atingida, como base técnica para a 
recuperação do solo, situado próximo a residências e comércios. O projeto visa 
demonstrar por meio de uma estrutura organizacional clara, a visão do estudo de 
caso, dentro das disciplinas: Avaliação de Impactos Ambientais e Gerenciamento de 
Riscos que são a base do trabalho, como também as disciplinas: Planejamento 
Estratégico, Economia Ambiental, Financiamento de Projetos e Recuperação de 
Áreas Degradadas. 
 
 
 
Palavras-chave: avaliação, impactos, ambientais, gerenciamento, riscos, 
planejamento, economia, ambiental, financiamento, projetos, recuperação, 
degradadas, voçorocas. 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO...............................................................................................04 
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................06 
 2.1. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS............................................08 
 2.2 GERENCIAMENTO DE RISCOS...............................................................11 
 2.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO...........................................................12 
2.4 ECONOMIA AMBIENTAL E FINANCIAMENTO DE PROJETOS..............14 
2.5. RECUPERAÇÃO DE AREAS DEGRADADAS.........................................16 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................18 
6.REFERENCIAS..............................................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1.Introdução 
 O objetivo deste projeto integrado multidisciplinar é apresentar o dano 
ambiental causado pela Empresa Cristal Mineração1, no Município de 
Cristalina, no Estado de Goiás, no que tange aos princípios das disciplinas: 
Avaliação de Impactos Ambientais e Gerenciamento de Riscos, Planejamento 
Estratégico, Economia Ambiental, Financiamento de Projetos e Recuperação 
de Áreas Degradadas. 
 As disciplinas de Avaliação de Impactos Ambientais e Gerenciamento 
de Riscos têm como objetivo a descrição do grau poluente da empresa; se 
houve dano ambiental dentro dos conceitos de impactos ambientais, tanto 
como quais foram as determinantes, os efeitos e os riscos ambientais para o 
ecossistema, devido a atividade da empresa, nos âmbitos da Legislação 
Ambiental vigente e com isso definir as medidas atenuantes para o problema 
ambiental das voçorocas.. 
 A Disciplina Planejamento Estratégico examinara como um todo o lugar 
onde ocorreu a degradação ecológica, no caso o garimpo que se transformou 
numa imensa erosão, para que seja feito um planejamento dos procedimentos 
precedentes ao EIA - Estudo de Impacto Ambiental. 
 Serão abordados neste trabalho, Economia Ambiental e Financiamento 
de projetos, que têm a incumbência de organizar o vinculo de uma coexistência 
pacifica do processo de mineração da empresa com meio ambiente e a 
economia, tendo em consideração a importância e o desenvolvimento de 
ambos, com vistas às gerações atuais e futuras e ênfase a preservação do 
bem natural, evitando a degradação do mesmo e recuperando a área 
degradada. A mudança do comportamento ambiental da empresa, com a 
implantação de uma gestão ambiental e um modelo de economia ambiental, 
será um dos focos desta pesquisa, assim como demonstrar fontes de 
financiamento de projetos de recuperação de áreas degradadas. 
 No que tange a matéria Recuperação de Áreas Degradadas 
analisaremos ações que possam sanar o aumento da erosão causada pelo 
 
1 Empresa de extração de Cristal de rocha, areia e terras para diversos fins, existente desde 
1940, sendo uma empresa de família, passada de pai para filho. 
 
5 
 
garimpo, seguindo as normas ambientais, com os meios mais adequados no 
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) 
 Analisaremos o problema de erosão, chamado voçorocas, que 
segundo a Embrapa2 é a “formação de grandes buracos de erosão causados 
pela chuva e intempéries, em solos onde a vegetação é escassa e não mais 
protege o solo, que fica cascalhento e suscetível de carregamento por 
enxurradas “Este problema teve inicio com o garimpo da Serra velha, de 
propriedade da Mineradora, e vem se arrastando no decorrer de décadas 
 O interesse por essa temática se deu pelo fato de conhecer a anos as 
áreas do entorno da cidade de Cristalina, que com o tempo foram sendo 
anexadas ao perímetro urbano devido à expansão populacional e a ausência 
de uma política pública apropriada de planejamento urbano, o que ocasionou 
um processo de ocupação desordenada do solo. Atualmente a área da erosão 
foi abandonada e passou a ser no perímetro urbano adjacente a bairros e 
empresas. 
 Em se tratando de relação sócio ecológica, (FREITAS et al)3 definem 
como uma soma que “[...] é capaz de reunir os elementos que compõem o 
ambiente, ou seja, o ser humano, elementos naturais e construídos, e suas 
inter-relações, que podem ser entendidas dentro da visão sistêmica de 
interdependência”, fato que não ocorreu no trabalho da empresa na região da 
erosão. fato que não aconteceu no antigo Garimpo da Serra Velha de 
propriedade da Empresa Cristal Mineração . 
 Dado o exposto se verifica a necessidade de sanar este problema 
ambiental, provocado pela mineradora em questão, pois temos um impacto 
ecológico negativo na atualidade, o qual também refletirá nas gerações futuras. 
 Haja vista que formular e implantar gerenciamento de riscos e planejamento 
estratégico em empresas com as mesmas características da Cristal Mineração, 
voltadas para o desenvolvimento econômico e social, capazes de reduzir os 
 
2https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_58_
210200792814.html#:~:text=Sulcos%2C%20ravinas%20e%20vo%C3%A7orocas%20%2D%20isto,Centro%
2DOeste%20do%20Brasil%20e 
3 FREITAS, MirlaineRotoly de, et. Al. Sistema Socio-Ecológico, Educação Ambiental e Conservação da 
Natureza. Disponível em :<http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1623> Acesso em 12 
setembro de 2021. 
6 
 
impactos ambientais de maneira consistente, tornou-se um desafio a ser 
enfrentado pelos empreendimentos de mineração. 
 Em uma empresaem desenvolvimento constante, o alcance de um 
nível de equilíbrio ambiental sustentável de suas atividades ou simplesmente 
uma relação sócio ecológica, requer dos seus gestores, o planejamento de 
ações pontuais e eficazes, por meio do desenvolvimento de projetos e 
programas ambientais que estejam adequados à situação em que estão 
inseridos no momento ou a qual desejam modificar. 
 
1. Desenvolvimento 
 
 A problemática da erosão, que foi causada pela extração de Cristal de 
rocha no século XX4, e por chuvas associadas a outros fatores, vem 
aumentando, consideravelmente, ao longo dos anos. A voçoroca do antigo 
garimpo da Serra Velha tornou-se um problema com graves conseqüências 
ambientais, no Município de Cristalina. Transformada em depósitos de resíduos 
sólidos e outros dejetos, esta vem expondo perigo a moradores vizinhos, e 
também, causando outros danos ao meio ambiente. 
 O município de Cristalina pela sua formação geológica apresenta um 
solo conhecido como Latossolo, com uma composição hibrida de Cambissolos 
Háplicos e Argilosos (LATRUBESSE, 2005), com frações de Latossolos 
vermelhos Distróficos “[...] Latossolos de textura média, com teores elevados 
de areia, assemelham-se às Areias Quartzosas, sendo muito suscetíveis à 
erosão, requerendo tratos conservacionistas e manejo cuidadoso”, afirmado 
pela AGENCIA DE INFORMAÇÃO EMBRAPA BIOMA CERRADO5. 
 Conforme a morfologia dos Latossolos vermelhos, este tipo de solo está 
propenso por fatores bióticos ou abióticos6, a formações erosivas, que algumas 
se transformam em voçorocas e são conceituadas como “[...] um canal incisivo, 
relativamente profundo, de paredes verticais [...]” (Guerra e Jorge, 2014, pág. 
66), originaram se, em sua maioria de pequenos sulcos na terra, decorrentes 
de água da chuva, falta de drenagem ou da mineração, sendo que “em áreas 
 
4 Os regisstros históricos citam que no ano de 1879 já se sabia da existência deste minério no município. 
Tendo inicio o garimpo no ano de 1880. 
5 http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_96_10112005101956.html 
6 Os fatores bióticos têm a presença de seres vivos, enquanto os abióticos não contem.. 
7 
 
planas do bioma cerrado, o desenvolvimento de voçorocas geralmente está 
associada à limpeza da vegetação natural [...] com a diminuição da infiltração 
e, conseqüentemente, o aumento do escoamento superficial” (Guerra e Jorge, 
2014, pág.67). 
 A área da voçoroca em si dispõe destas características gerais de solo e 
o agravante da ocupação urbana, onde estas áreas abertas estão recebendo 
resíduos de construção e lixo de diversas formas devido a proximidade com as 
casas. 
 O mapa a seguir mostra a elevação do escoamento de águas pluviais 
para a voçoroca, pois “O escoamento pluvial superficial consiste no percurso 
que as águas provenientes das chuvas na superfície, devido à precipitação, 
que é umas das etapas do ciclo hidrológico” (CARVALHO; SILVA, 2006). Esta 
perceptível no mapa, que pelas medidas de elevação do terreno nas voçorocas 
menores, o terreno é mais alto que o da voçoroca em questão, fazendo com 
que a extensão da erosão aumente a cada período chuvoso. Temos medidas 
no mapa que chegam a 48 metros de largura em determinado ponto. 
 
Mapa1: Elevação da área de escoamento entorno da voçoroca. 
 A vegetação reflete de alguma maneira as condições climáticas, suas 
relações com a altitude e a natureza dos solos. Dessa forma, a cobertura 
vegetal da região é bastante diversificada, sendo encontradas vegetação de 
caatinga, cerrado e floresta caducifólia. Merece destaque o cerrado típico do 
8 
 
planalto central do Brasil, uma vez que esse predomina na área da pesquisa e 
no seu entorno. Vale ressaltar que, essa vegetação está intensamente 
degradada em conseqüência do uso intensivo pelo garimpo antigamente e 
atualmente pela ocupação inadequada desse recurso ambiental, o que vem 
favorecendo o desencadeamento de erosão acelerada. 
 
2.1 Avaliação de Impactos Ambientais. 
 
 
 O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é um órgão 
consultivo e deliberativo que segundo Relatório de Pesquisa7 do IPEA - 
Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas 
 
tem a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de 
Governo e demais órgãos ambientais diretrizes e políticas 
governamentais para o meio ambiente e deliberar, no âmbito de 
suas competências, sobre normas e padrões para o meio 
ambiente.(RELATÓRIO DE PESQUISAS, 2011 pag. 04) 
 
 Em sua resolução1 /86, artigo primeiro, o CONAMA define Impacto 
Ambiental como : 
qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia 
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
afetam: 
 I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II - as atividades sociais e econômicas; 
 III - a biota; 
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; 
V - a qualidade dos recursos ambientais. 
 
 
 
 
7 https://ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/relatoriosconselhos/110506_conama.pdf 
9 
 
 A Aval iação de Impactos Ambien tais (AIA) é feita através do 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) onde serão feitas avaliações que constarão 
no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) de forma clara e objetiva. 
Ferramentas como mapas, fotos, imagens de satélites, dentre outros, devem 
ser utilizados, para que estas coordenadas possam ser uma das diretrizes do 
projeto a serem implantados, correlacionando os pontos negativos e positivos 
do mesmo para que ofereça um resultado esperado. 
 O relatório deve descrever o projeto e sua área de abrangência, e seus 
estudos de diagnóstico ambiental, no que se refere aos impactos ambientais 
advindos das atividades de recuperação ambiental da erosão, de acordo com 
artigo 5º e 6º da resolução1 /86 do CONAMA 
 
O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em 
especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política 
Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais: 
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de 
projeto, confrontando as com a hipótese de não execução do projeto; 
II - Identif icar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais 
gerados nas fases de implantação e operação da atividade ; 
III - Def inir os limites da área geográf ica a ser direta ou indiretamente 
afetada pelos impactos, denominada área de inf luência do projeto, 
considerando, em todos os casos, a bacia hidrográf ica na qual se 
localiza; 
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e 
em implantação na área de inf luência do projeto, e sua 
compatibilidade. 
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto 
ambiental o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando 
couber, o Município, f ixará as diretrizes adicionais que, pelas 
peculiaridades do projeto e características ambientais da área, forem 
julgadas necessárias, inclusive os prazos para conclusão e análise 
dos estudos. 
Artigo 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, 
as seguintes atividades técnicas: 
I - Diagnóstico ambiental da área de inf luência do projeto completa 
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal 
como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, 
antes da implantação do projeto, considerando: 
10 
 
a) o meio f ísico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os 
recursos minerais, a topograf ia, os tipos e aptidões do solo, os corpos 
d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes 
atmosféricas; 
 b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a f lora, 
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valo r 
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de 
preservação permanente; c) o meio sócio-econômico - o uso e 
ocupação do solo, os usos da água e a sócioeconomia, destacando 
os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da 
comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os 
recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. 
 II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas 
alternativas, através de identif icação, previsão da magnitude e 
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, 
discriminando: os impactos positivos e negativos (benéf icos e 
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, 
temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas 
propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e 
benef ícios sociais. 
III - Def inição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre 
elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de 
despejos, avaliando a ef iciência de cada uma delas. 
IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento 
(os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros 
a serem considerados. 
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto 
ambiental o órgão estadual competente; ou o IBAMA ou quando 
couber, o Município fornecerá as instruções adicionais que se f izerem 
necessárias, pelas peculiaridades do projeto e características 
ambientais da área. 
 Dentro das normativas acima, o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
deve conter informações relativas a objetivos, e justificativas do projeto de 
recuperação da área degradada, tanto quanto listar o que pode ser conciliado 
com as Políticas Publica para o meio ambiente, para isso devem ser analisados 
os seguintes tópicos: 
a) O espaço que foi impactado e suas imediações; 
 b) Características ambientais da área degradada; 
 c) Conseqüências no meio físico, biológico e sócio econômico; 
11 
 
 d) Conseqüências positivas e negativas do projeto; 
 e) Quais serão as medidas reparadoras; 
 f) Qual será a qualidade ambiental futura. 
 
 O projeto deve mencionar métodos e medidas que serão utilizados em 
todas as suas etapas. Pois segundo SILVA8 
 
Um estudo de impacto ambiental é composto de dois documentos 
básicos para o processo de licenciamento junto ao9s órgãos 
competentes. O que se convencionou, na prática, a se chamar de EIA 
– estudo de Impacto ambiental é composto de diversos volumes 
referentes aos temas dos meios físicos, biótico e antrópico9. È o 
documento analisado pelos técnicos do órgão licenciador, o que 
implica na utilização de farta terminologia técnica. O RIMA, por seu 
turno, deve tão somente refletir as conclusões do EIA, sendo 
apresentado para o publico leigo, o que implica na utilização de 
termos populares, evitando-se, sempre que possível o emprego de 
terminologia técnica. 
 
 
 O objetivo da empresa Cristal Mineração é fazer o Estudo do Impacto 
Ambiental de acordo com as normas e resumir na RIMA, buscando o processo 
de licenciamento do projeto, com o objetivo de reparar o dano causado ao meio 
ambiente. O projeto será executado em toda a área que compreende a erosão 
tanto quanto nas áreas de risco permanentes vinculadas a voçoroca. 
 
2.2. Gerenciamento de Riscos 
 
 O Risco Ambiental é definido como o risco involuntário da exposição 
a perigos, como as emissões de poluentes e substâncias tóxicas, como 
esclarecem Callan e Thomas10, ou seja, dentro do projeto alguma coisa 
negativa pode vir a acontecer, pondo em risco a vida dos trabalhadores da obra 
ou atingindo área e/ou população adjacentes. 
 
8 SILVA, Elias “Técnicas de Avaliação de Impacto Ambientais” Viçosa-MG,CPT,1999, pag.65 
9 Relativo à ação do homem. 
10 Callan, Scott, J. e Janet M. Thomas. Economia ambiental: Aplicações, políticas e teoria – Tradução da 
6ª edição norte-americana. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Cengage Learning Brasil, 
2016. Pag 
12 
 
 O gerenciamento de risco se divide em três etapas: Formulação do 
Problema, Análise e Caracterização do Risco. No caso da erosão, a formulação 
do problema consta deve constar a exposição da saúde dos trabalhadores da 
obra, pois as encostas chegam a mais de 20 metros de altura em alguns 
pontos da voçoroca, desmoronamento de encostas com casas ocupadas, como 
também pode estar ocorrendo no momento atual, à contaminação do lençol 
freático, contaminação de crianças e adolescentes que brincam na voçoroca 
(por gases oriundos do lixo depositado no local, picada de insetos, ingestão de 
água contaminada), desmoronamento das casas próximas as encostas. A 
analise desses itens citados acima irá responder os riscos ambientais que o 
ambiente como um todo está exposto; nesta fase são feitos os cálculos para a 
ultima etapa conter informações do risco a ser caracterizado. 
 
 
2.3. Planejamento Estratégico 
 O Uso e ocupação do solo por empreendimentos de mineração parece 
ser um desafio proporcional às dimensões das cidades, sobretudo porque 
conflitos tendem a aumentar em função do adensamento urbano. No entanto, 
intervenções antrópicas inadequadas em cidades de pequeno porte podem 
gerar conseqüências de difícil mitigação, especialmente quando desassociadas 
de políticas de gestão ambiental na empresa ou planejamento urbano. Este é o 
panorama do dano ambiental feito pela empresa em questão, com delicada 
situação causada pela instalação de incipiente sistema de voçorocas que tem 
gerado transtorno e prejuízos à população e ao meio ambiente. Este contexto 
vem por caracterizar como um fenômeno causador de grandes impactos 
negativos ao meio ambiente e estarem localizadas entre os espaços que se 
projetavam como propícios para o desenvolvimento urbano, a partir da década 
de 1980 a voçoroca do Bairro Santa Clara passa a se configurar como um 
empecilho para o crescimento da cidade naquela localidade. 
 A atividade de extração do Cristal foi incitadora dos impactos 
ambientais, pois não foi seguida pelos princípios da responsabilidade 
ambiental, com poucas normas na época. Cabendo aos administradores atuais 
da empresa desenvolver ações de reparação do meio ambiente degradado. 
13 
 
 Diante do exposto se percebe a necessidade de um planejamento 
estratégico (...) forma de organizar as ações de uma empresa, grande ou 
pequena, para que as coisas funcionem da maneira que foi pensado 
(MORAES, 2020). 
 Para isso os valores organizacionais da empresa devem ser seguidos, 
para que os objetivos sejam atingidos, ou seja, cumprir a missão da mesma. 
Segundo MORAES, 
Os passos básicos para se criar a receita ideal de planejamento para uma 
empresa: 
Etapa 1 – Realizar um detalhado diagnóstico estratégico. 
Etapa 2 – Elaborar a visão da empresa. 
Etapa 3 – Estabelecer as regras de ação e as metas quantitativas. 
Etapa 4 – Criar os mecanismos de controle e avaliação. 
 
 
 Outro ponto do planejamento estratégico é a elaboração de uma 
estratégia para que os seus departamentos e parceiros no projeto de 
recuperação tenham os resultados esperados. O pensamento em longo prazo, 
calculando os riscos e planejando as etapas é de suma importância para que o 
empreendimento tenha sucesso. 
 A informação é fator preponderante no planejamento estratégico, os 
indicadores da área a serem recuperadas, as casas que estão sendo atingidas, 
quantas erosões fazem o escoamento pluvial para a voçoroca, contaminação 
ou não do lençol freático (já que pequenos olhos d’ água11 são visíveis em 
diversas partes da voçoroca em períodos chuvosos) são uns dos itens a serem 
elencados neste planejamento. A elaboração do planejamento deve ser 
executada por um grupo e não uma comissão, tanto quanto o planejamento 
tático12 e o operacional13·.Outro ponto importante é a observação e mitigação 
dos erros ocorridos na fase de elaboração do planejamento. 
 
11 “O olho d’água ou, como também é conhecido, mina d’água, fio d’água, cabeceira e fonte, nada mais 
é que uma nascente, o aparecimento na superfície do terreno de um lençol subterrâneo, que dá origem 
a cursos d’água ou rio”, de acordo com o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco 
12 “Planejamento tático é a ponte entre o nível estratégico e operacional, responsável por dar condições 
para que a operação flua de forma alinhada à estratégia organizacional definida”, segundo o site 
umove.me. 
13 “Plano operacional é a formalização dos objetivos e procedimentos que a empresa deve seguir. É a 
concretização em forma de documentos e metodologias que são escritos pelos colaborad ores de alto 
escalão, como: gerentes, supervisores, diretores, “de acordo com o site consultoriaiso.com 
14 
 
 Diante do exposto evidencia-se a necessidade do planejamento 
estratégico para sanar este processo erosivo, na elaboração do projeto 
reparador. 
 
 
2.4 Economia Ambiental e Financiamento de Projetos 
 
 No começo do século XX a questão da preservação da natureza era 
pouco difundida, e restrita a conhecimentos científicos, mas com o advento da 
informatização, o quesito ambiental foi sendo difundido e ganhando proporções 
mundiais. 
 Quando o garimpo se iniciou na cidade de Cristalina, não se tinha 
conhecimento que praticas não conservacionista poderiam expor o meio 
ambiente a degradação. O trabalho era executado manualmente, sem um 
processo de planejamento anterior e posterior. Não se tinha o conhecimento 
sobre a preservação ambiental que temos hoje em dia, como também não 
havia leis especificas e fiscalização. 
 A economia ambiental esta relacionada ao crescimento industrial, como 
também da população e das cidades, pois existe uma dependência recíproca 
entre elas, devido às transformações que ocorrem em cada uma nessa 
sociedade progressiva.A definição de Economia ambiental (PEACE e TURNE 
1995)14 é citada como 
 
“Uma parte da ecologia que tem por prioridade alcançar um crescimento 
econômico que vise o bem esta r social e simultaneamente a preservação de 
bens naturais suficientes para manter a economia, ou pelo menos manter de 
forma constante estes recursos para que a economia possa se perpetuar”. 
 
 
 
 Analisando o conceito acima, podemos perceber que em qualquer 
intervenção no meio ambiente deve-se visualizar um horizonte temporal de 
longo prazo, levando em consideração as conseqüências para o ecossistema. 
 
14 PEARCE, D; TURNER, K. Economía de los recursos naturales y del medio ambiente. Madrid: Celeste, 
1995. 
15 
 
Este fator esta ocorrendo na atualidade, com a preocupação da mineradora em 
corrigir um erro do passado, pois foi utilizado um bem natural acima da 
capacidade dele se renovar. 
 As funções do bem em questão foi comprometido devido a ação 
humana, passando a gerar diversos problemas que tem valor econômico, 
chamado valoração ambiental. 
 Quanto à valoração ambiental relativa à erosão pode fazer a seguinte 
pergunta: Quanto vale o local para permanecer como está? Quais serão os 
benefícios para a população ao repará-lo? Nessas indagações vemos que a 
vida e a saúde humanas não têm preço, alem dos inúmeros benefícios diretos 
e indiretos para o ecossistema 
 A Mineradora se disponibiliza a fazer investimentos financeiros, em 
medidas que mitigarão o impacto ambiental causado pela extração do minério, 
para corrigir a dinâmica ecológica do local, transformando-o num local 
saudável. 
 Sob o mesmo ponto de vista, Governo Federal, Estadual, Faculdades e 
Universidades, Institutos têm interesse em recuperar áreas degradadas, como 
por exemplo, a Faculdade da Arquitetura e Urbanismo da Universidade de 
Brasília em seu programa de Laboratório de sustentabilidade aplicada à 
arquitetura e urbanismo - Lasus15·. 
 Da mesma forma o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Renováveis - IBAMA, lançou neste ano o Fórum de Programas de 
Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) no Licenciamento Ambiental 
Federal (LAF)16, que segundo o site o “ objetivo do evento é promover um 
espaço de diálogo sobre as técnicas e resultados dos PRAD aplicados em 
empreendimentos licenciados pelo Instituto’, de acordo com o edital17.Alem 
disso, o Governo Federal instituiu a “Política Nacional para Recuperação da 
 
15 O laboratório conta com pesquisadores especializados para desempenhar serviços de 
consultoria para avaliação ambiental integrada, construção de projetos sustentáveis, 
eficiência energética, elaboração de indicadores ambientais, reabilitação de edifícios e áreas 
degradadas e assessoria para revisão e construção de Planos Diretores Participativos tendo 
como foco as dimensões de sustentabilidade ética, temporal, social, prática e econômica. 
 
16 https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/notas/2021/ibama-realiza-ii-forum-de-programas-de-
recuperacao-de-areas-degradadas-prad-no-laf. acesso em 23 de novembro de 2021 
17 https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-15/2021-342467015 
16 
 
Vegetação Nativa, conhecida como Proveg, por meio do Decreto nº 8.972, de 
23 de janeiro de 2017”, conforme o site do ministério do Meio Ambiente18. 
Nesta mesma linha os recursos dos fundos constitucionais de financiamento do 
Centro-Oeste (FCO) e do BNDES19 Restauração ecológica20 podem auxiliar na 
recuperação das erosões. 
 
 
2.5. Recuperação de Áreas Degradadas 
 
 No que tange a questão das áreas degradadas é importante referenciar 
neste capitulo que o conceito de "área degradada" é de certa forma de 
compreensão bastante associável ao próprio efeito de "degradação", pois para 
Tavares (2008)21 “O conceito de degradação tem sido geralmente associado 
aos efeitos ambientais considerados negativos ou adversos e que decorrem 
principalmente de atividades ou intervenções humanas”. 
 Importante também fazer nota sobre Capeche, etal. (2008)22, que escreve que 
a degradação do solo pode ser entendida como a deterioração das suas 
propriedades físicas e tem como uma das principais causas à erosão. Também 
sobre tal apontamento tomei nota de Sanches (2008)23, onde descreveu, “A 
degradação de um objeto ou de um sistema é muitas vezes associada à idéia 
de perda de qualidade. Degradação ambiental seria, assim, uma perda ou 
deterioração da qualidade ambiental. 
 Por fim o Manual de Recuperação de Áreas Degradadas pela 
Mineração do IBAMA, citado por Tavares (2008), fala que a degradação de 
 
18 https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/servicosambientais/ecossistemas -1/conservacao-1/politica-
nacional-de-recuperacao-da-vegetacao-nativa 
19 Banco Nacional de desenvolvimento econômico e social. 
20https://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Galerias/Convivencia/Restauracao_ Ecologica/i
ndex.html 
21 TAVARES, S.R.L. Áreas degradadas: conceitos e caracterização do problema. In: Curso 
de Recuperação de Áreas Degradadas. Rio de Janeiro. 2008. 
22 CAPECHE, Cláudio Lucas; MACEDO,José Ronaldo de; PRADO,Rachel Bardy; 
PIMENTA,Thaís Salgado, MELO, Adoildo da Silva. Degradação do solo e da água:Impactos 
da erosão e estratégias de controle: Curso de Recuperação de Áreas Degradadas – A 
visão da Ciência do solo no Contexto do Diagnóstico, Manejo , Indicadores de 
monitoramento e Estratégias de Recuperação. 21ª Ed. Embrapa Capitulo 
23 SÁNCHES, Luis Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental: conceito e métodos.São 
Paulo: Oficina de Textos,2008. ISBN 9788586238796. 
17 
 
uma área ocorre quando a vegetação nativa e a fauna forem destruídas, 
removidas ou expulsas; a camada fértil do solo for perdida, removida ou 
enterrada; e a qualidade e o regime de vazão do sistema hídrico forem 
alterados. A degradação ambiental ocorre quando háperda de adaptação às 
características físicas, químicas e biológicas e é inviabilizado o 
desenvolvimento sócio-econômico. 
 Nesse sentido, o termo Recuperação pode ser entendido como a 
“Aplicação de técnicas silviculturais, agronômicas e de engenharia, visando à 
recomposição topográfica e a revegetação em que o relevo foi 
descaracterizado pela mineração. Pela abertura de estradas, etc.” (MARTINS, 
2013)24 
 Da mesma forma o IBAMA 25esclarece 
“Recuperação significa que o local degradado será 
retornado a uma forma de utilização de acordo com um 
plano pré-estabelecido para uso do solo. Implica que uma 
condição estável será obtida em conformidade com os 
valores ambientais, econômicos, estéticos e sociais da 
área. (IBAMA, 1990) 
 
 
 Dentro do contexto da análise dos principais pilares que tratam das 
questões ambientais e da organização do espaço urbano, no município de 
Cristalina, o Plano Diretor Participativo, elaborado no ano de 2011, tem por 
finalidades, “o conhecimento da realidade, construção de diagnostico e 
propostas de estratégias de ação” e também cita “possíveis intervenções 
ambientais e físico-territoriais”. Enfatizando que a zona urbana do município 
não tem como se expandir, as áreas adjacentes a voçoroca estão sendo 
ocupadas, entre os Bairros, Santa Clara e Setor Oeste Novo, onde se observa 
casas construídas a menos de três anos, assim como um loteamento privado 
 
24 MARTINS, Sebastião Venancio. Recuperação de áreas degradadas pela mineração:como recuperar 
áreas de preservação permanente,voçorocas,taludes rodoviários e áreas de mineração. 3 ed. – 
Viçosa,MG:Aprenda Fácil,2013. Pag.25. 
25 Manual de recuperação de áreas degra dadas pela mineração: técnicas de revegetação / IBAMA, 1990 . 
Pag. 13. 
 
18 
 
que esta sendo implantado próximo a uma área erodida. Chácaras, de 
loteamentos anteriores ao ano de 1980 estão sendo atingidas por este 
processo de degradação, no Bairro Santa Clara, colocando em risco a vida de 
seus moradores tanto quanto, a deterioração e desvalorização econômica dos 
seus patrimônios. Ademais, espaços deteriorados por voçorocas têm a tutela 
ambiental para recuperação resguardada na Lei 9.985/2000, que diferencia as 
intervenções para equilíbrio ecológico dos ecossistemas, da mesma forma a 
Lei 6938/81 estabelece os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente, 
preconiza em um de seus princípios a recuperação de áreas degradadas. 
 Quanto às medidas mitigadoras que devem ser tomadas, destacamos 
para o inicio o projeto: 
a) Pesquisa junto a população sobre o dano causado pela voçoroca e a 
sua recuperação. 
b) Isolamento do local do projeto 
c) Evacuação das casas situadas nas áreas de risco. 
 Portanto, evidencia-se a importância da recuperação da erosão, 
causada pelo garimpo, pois se tornou uma questão ambiental com vários 
problemas correlacionados. A recuperação e revitalização da área são 
importantes para o equilíbrio do ecossistema, principalmente a relação entre o 
crescimento urbano e a natureza preservada. 
 
3. Considerações Finais 
 
 A instalação de processos erosivos é conseqüência do conjunto de 
fatores geoambientais e antrópicos, a exemplo da retirada da vegetação em 
áreas declivosas, pelo garimpo antigo, bem como associado à concentração 
dos índices pluviométricos e as condições pedológicas. Diante dessa 
perspectiva, evidencia-se um comprometimento das residências adjacentes de 
chácaras e estabelecimentos comerciais, além do dano ambiental em relação 
ao uso da voçoroca como depósito de lixo doméstico, entulhos de construção, 
dentre outros resíduos sólidos. Essa formação erosiva na zona urbana do 
município tem aumentado com o passar dos anos, ameaçando o seu 
biossistema. Uma das alternativas para a recuperação dessa área degradada 
seria incrementar ações voltadas a retroceder o processo de expansão das 
19 
 
voçorocas e, também, a melhoria do solo atingido, com a execução de projeto 
ambiental feito pela Cristal Mineração concomitante como os Poderes Públicos, 
Legislações ambientais e medidas de proteção e correção. 
 No momento atual, em que mudanças climáticas tornam vulnerável o 
meio em que vivemos, é necessário que as empresas desenvolvam uma visão 
crítica, para que unidos encontremos soluções para os danos causados à 
coletividade e ao meio ambiente. Para tanto, dever-se-á fazer levantamentos 
deste processo erosivo, para assim subsidiar a elaboração de projeto que 
possa ser incrementados com a tutela do poder público, da sociedade civil 
organizada e de ONGS de âmbito social e ambiental. Por isso é crucial saber 
qual tipo de projeto podem ser incrementado e instigado pela Empresa, para 
aumentar a segurança ambiental, com medidas corretivas e preventivas, para 
que diminua a dinâmica erosiva da voçoroca. 
 Para melhor compreensão do processo erosivo e das questões legais e 
ambientais que ocorrem no local, faz-se necessário o prosseguimento desta 
pesquisa, a partir de um estudo mais detalhado sobre o solo e suas 
características físicas e químicas, fundamentais para análise dos processos 
que determinam as perdas de solo por erosão, assim como qual o projeto de 
melhor viabilização para ser feito no local. 
 Em virtude dos fatos mencionados, chegamos a conclusão que as 
matérias estudadas são de suma importância para uma relação positiva entre 
empresa e meio ambiente, como também a sua responsabilidade ambiental 
perante a sociedade. 
 As medidas de mitigação e controle dos elementos de risco ambientais 
fazem o empreendimento ter uma atitude de sustentabilidade. 
 É fundamental ressaltar que as práticas propostas visam além da 
preservação ambiental, a adequação a Legislação Ambiental vigente como 
igualmente contribuindo para a Educação Ambiental. 
 Por todos esses aspectos deve-se iniciar o programa de formação de 
novas atitudes, para que os índices pretendidos pela empresa sejam 
almejados, pois a partir de novos paradigmas, o empreendimento estará no rol 
das empresas ambientalmente corretas. 
 
 
20 
 
 
4. REFERÊNCIAS 
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