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AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL unidade 3

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- -1
AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL TB
UNIDADE 3 - QUAIS OS PASSOS PARA A 
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS?
Débora Rodrigues Barbosa
- -2
Introdução
Na década de 1950, o Brasil estava sob a ótica do progresso, em um período conhecido como “milagre
econômico”, quando o crescimento acontecia a qualquer custo ecológico. O fenômeno deu-se pela dependência
de matérias-primas e de energia como solução para o desenvolvimento da economia da época. Nesse período,
instalaram-se indústrias importantes como a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN, em Volta Redonda), a
Refinaria Duque de Caxias (Reduc, na Baía de Guanabara) e a Álcalis, indústria química, em Arraial do Cabo, nas
quais os processos industriais foram causadores de grandes impactos ambientais.
Nas décadas seguintes, o país começou a se desenvolver, iniciando um período histórico que chamou atenção de
investidores externos pelo fato de o Brasil possuir grandes extensões continentais, além de ser detentor de uma
diversidade biológica fascinante, mas sem a aplicação de práticas ambientais efetivas. É dentro desse contexto
que se compreende a publicação de importantes aparatos jurídicos de proteção ambiental e o desenvolvimento
de estudos e métodos para avaliação ambiental, assim como de procedimentos para o licenciamento, impactando
os novos e antigos empreendimentos.
Dentre as normativas, destacam-se as Resoluções Conama 01/1986 e 237/1997, que regulamentam e oferecem
as diretrizes básicas para o licenciamento ambiental e a elaboração da Avaliação de Impactos Ambientais (AIA),
bem como organizam as competências do processo e determinam os conteúdos dos documentos ambientais. Os
métodos de avaliação ambiental foram inicialmente importados de grandes instituições cujas políticas
ambientais estavam mais avançadas e, atualmente, o Brasil é detentor de métodos importantes nessa área.
Atualmente, é importante conhecer as formas de construir estudos ambientais, os procedimentos de
licenciamento e estabelecer métodos de proteção ambiental eficientes.
Bom estudo!
3.1 Estudos ambientais
No Brasil, os estudos ambientais são constituídos por diferentes dimensões (física, biótica, socioeconômica) e
subsidiam análises de zoneamento para planejamento e gestão, estudos etnográficos e estudos de impactos
ambientais na área do licenciamento ambiental (Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente).
A Avaliação de Impacto Ambiental foi vinculada ao processo de licenciamento ambiental por meio da Resolução
Conama no 001/1986, que estabelece os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação de
avaliação de impactos ambientais (BRASIL, 1986; 2009).
O entendimento dos processos que se desenvolvem regionalmente nas áreas que fazem interferência com as
instalações dos empreendimentos de significativo impacto – Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o respectivo
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) –, contribuem para a transformação das paisagens, muitas vezes
modificando o cotidiano de famílias, quando interferem diretamente com áreas produtivas e turísticas, por
exemplo. Podem, inclusive, comprometer a capacidade de suporte dos sistemas ecológicos e o uso direto dos
recursos naturais, afetados pelas obras dessas instalações. Para tal problemática, a legislação ambiental
demonstra-se dinâmica, tentando acompanhar como a sociedade caminha rumo aos processos de (des)
envolvimento em equilíbrio com ambiente e cultura.
3.1.1 Os estudos ambientais nas Resoluções Conama 01/1986 e 237/1997
De acordo com Bolea (1984, p. 45), as avaliações de impactos ambientais são “estudos realizados para
identificar, prever e interpretar, assim como prevenir, as consequências ou efeitos ambientais que determinadas
ações, planos, programas ou projetos podem causar à saúde, ao bem-estar humano e ao entorno”.
Por meio da Resolução Conama no 01/1986, criou-se no Brasil a obrigatoriedade da apresentação de um estudo
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Por meio da Resolução Conama no 01/1986, criou-se no Brasil a obrigatoriedade da apresentação de um estudo
e relatório durante o licenciamento ambiental das atividades industriais potencialmente poluidoras. Nesse caso,
é obrigatória a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto ao Meio Ambiente
(RIMA), principais documentos apresentados para a primeira fase do licenciamento, a Licença Prévia. Clique no
recurso a seguir.
EIA
Estudo de Impacto Ambiental: pesquisa com diagnóstico ambiental de toda a área de
influência que abrange o empreendimento. É um estudo complexo que contempla todas as
interferências no ambiente, incluindo as alternativas locacionais do empreendimento, que
justifique uma escolha menos impactante e economicamente viável para o empreendedor.
RIMA
Relatório de Impacto ao Meio Ambiente: relatório que apresente o contexto do EIA de
maneira compacta, em uma linguagem de fácil entendimento, pois será distribuído para a
população/comunidades da área de influência que abrange o empreendimento. Cópias do
RIMA devem ficar à disposição em locais determinados para consulta pública.
O licenciamento ambiental impõe alguns desafios no século XXI, diante dos princípios econômicos, culturais e
ecológicos. A base social se estabelece pelas interações entre as dimensões geo-bio-físicas e sociais e as
diferentes escalas operacionais (local, regional ou global) na análise socioecológicas, ou seja, interações
antropolatrias (BARBIERI, 2011). Nesse sentido, os estudos ambientais surgem como parte das estratégias de
gestão ambiental, a exemplo do EIA/RIMA como um diagnóstico técnico-científico das áreas que inevitavelmente
terão interferências diretas e indiretas pela instalação de obras por determinado período e, logo depois, a
operação dessa atividade. Todo esse contexto, produz novas dinâmicas espaciais, sejam sociais ou ecológicas.
Na figura a seguir, você observará algumas das atividades que modificam significativamente o ambiente, e que,
portanto, estarão sujeitas ao EIA/RIMA, fase inicial do processo de licenciamento ambiental.
Figura 1 - Tipos de empreendimentos com atividades de significativos impactos ambientais.
O EIA precisa conter alguns itens fundamentais, além de atender legislação, expressa em vários normativos
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O EIA precisa conter alguns itens fundamentais, além de atender legislação, expressa em vários normativos
ambientais, reunidos, sobretudo, através das Resoluções Conama. De acordo com a Resolução Conama n.º 01
/1986 (BRASIL, 1986, p. 1) o EIA deve: clique nos ícones a seguir para saber sobre o assunto.
I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de
não execução do projeto.
II. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da
atividade.
III. Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza.
IV. Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do
projeto, e sua compatibilidade.
Contudo, enquanto órgão competente, o Conama pode determinar que sejam adicionadas novas diretrizes, caso
sejam identificadas especificidades do projeto que mereçam especial atenção.
Mas você sabe qual o conteúdo principal de um estudo ambiental? Observe a figura a seguir, que reúne as
atividades técnicas contidas em um EIA.
Figura 2 - Conteúdo principal do Estudo de Impacto Ambiental.
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em Barbieri (2011, p. 291).
O diagnóstico é o raio-x da situação antes da implantação do empreendimento e descreve e analisa os recursos
ambientais e suas interações, estando reunidos em três grupos: Físico, Biótico e Socioeconômico. De acordo com
a Resolução Conama n.º 01/1986, no meio físico, busca-se o levantamento de “o subsolo, as águas, o ar e o clima,
destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regimehidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas” (BRASIL, 1986, p. 1). Por sua vez, o meio biótico
(ou biológico) conta com estudos sobre a flora e fauna, buscando a identificação de “espécies indicadoras da
qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação
permanente” (BRASIL, 1986, p. 1). Por fim, o meio socioeconômico reúne as características do “uso e ocupação
do solo, os usos da água e a socioeconômica, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e
culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos” (BRASIL, 1986, p. 1).
Para se fazer uma boa análise dos impactos ambientais do empreendimento e de suas alternativas, é
fundamental um amplo levantamento, identificando e prevendo a magnitude do impacto, bem como interpretar
a importância dos prováveis impactos considerados relevantes. Busca-se constatar se são “impactos positivos e
negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
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negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
permanentes” (BRASIL, 1986, p. 1). Também é legal identificar se é possível reverter determinado impacto, suas
propriedades cumulativas e sinérgicas e a capacidade de causar ônus econômico, social ou ambiental.
Para o EIA, também é necessária a definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos. Por exemplo, para
o caso de desmatamento, que causa erosão, é possível o replantio ou a captação da água da chuva, impedindo o
livre escoamento em superfície. É importante buscar equipamentos de controle e sistemas de tratamento de
despejos, avaliando a eficiência de cada uma dessas medidas. No caso de impactos positivos, é fundamental
encontrar maneiras de sua potencialização, como é o caso de geração de empregos, um impacto positivo de
qualquer obra, mas que pode ser amplificado, se a população local passar por qualificação para ocupar as vagas
disponíveis. Essa situação tem consequências relevantes na redefinição do espaço local e regional, pois muitas
vezes esse tipo de impacto amplia-se após as obras, normalmente estabelecendo novas relações locais, a
exemplo do aumento da população do entorno, arrecadação de tributos, instalação de serviços – cenário que
pode estabelecer novas dinâmicas sociais para a região
Durante a instalação e operação da obra será importante o acompanhamento dos impactos previstos e não
previstos, determinando-se formas de controle e mitigação. Por isso, os planos de programas de
acompanhamento e monitoramento dos impactos têm extrema relevância.
Lembrando-se sempre de que, de acordo com a resolução citada, “os estudos necessários ao processo de
licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor”
(BRASIL, 1986, p. 1). Ou seja, quem paga a conta dos estudos é o empreendedor – e não os diferentes entes
federativos.
De acordo com Barbieri (2011), o conteúdo do RIMA é bem próximo do que se espera do EIA, com a diferença de
que precisa ter um conteúdo menos técnico, para o entendimento geral da população.
A Resolução Conama n.º 01/1986 também indica a necessidade de se definirem os limites da área geográfica a
ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos – denominada Área de Influência (AI) do projeto –,
considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza. Ou seja, em uma implantação de
empreendimento, é fundamental a identificação da bacia hidrográfica à qual o seu terreno pertence e, portanto,
primariamente estará estabelecida a Área de Influência.
Além da AI, há outros dois tipos de áreas de influência, que variam conforme a abrangência do impacto. A Área
Diretamente Afetada (ADA) corresponde ao uso do solo que faz interceptação com o projeto executivo do
empreendimento, passível de remoção e impactos diretos representados pelas estruturas da obra em questão. A
Área de Influência Direta (AID) sofre impactos diários, e sua abrangência está estreitamente relacionada ao
empreendimento. Já a Área de Influência Indireta (AII) compreende locais do entorno que potencialmente
podem ser afetados pelos impactos do empreendimento, porém com menos intensidade e/ou durabilidade.
Destaca-se que a presente resolução informa que o processo de licenciamento poderá ocorrer a partir de
VOCÊ SABIA?
A implantação de uma rodovia poderá facilitar o transporte das mercadorias e o acesso a
determinadas localidades (impacto positivo), no entanto causa muito barulho durante as obras
(impacto reversível) e desmatamento (impacto negativo). Dependendo da localização da obra,
um tipo de impacto negativo muito comum refere-se ao atropelamento de fauna (FREITAS,
2012).
- -6
Destaca-se que a presente resolução informa que o processo de licenciamento poderá ocorrer a partir de
diferentes estudos ambientais, mas as atividades consideradas efetivas ou potencialmente causadoras de 
 degradação do meio ambiente é que dependem do EIA/RIMA, um documento ambiental maissignificativa
completo e detalhado.
Para casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de pequeno porte, com pequeno impacto ambiental,
como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), alguns tipos de sistemas de transmissão de energia elétrica e
usinas eólicas, por exemplo, pode não haver a necessidade de elaboração de EIA/RIMA para a obtenção de
Licença Prévia. Nesse caso, a Resolução Conama n.º 279/2001 (BRASIL, 2001) estabeleceu o Relatório Ambiental
Simplificado (RAS), um documento que oferece a análise da viabilidade ambiental dos empreendimentos
impactantes ao meio ambiente.
No caso de atividades de extração mineral da classe II, a exemplo das jazidas de substâncias minerais de uso
imediato na construção civil, a Resolução Conama n.º 010/1990 estabelece a elaboração de Relatório de Controle
Ambiental (RCA), um relatório que subsidia informações de caracterização ambiental do empreendimento a ser
licenciado.
Durante o processo de licenciamento – que precise ou não da elaboração do EIA/RIMA –, há outros documentos
a serem exigidos em diferentes momentos, conforme descritos na figura a seguir.
Figura 3 - Documentos exigidos para o licenciamento ambiental.
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 2017.
Os estudos acima relacionados, e outros que podem ser solicitados de maneira complementar pelos órgãos
ambientais, são solicitados ao empreendedor através de documento conhecido como Termo de Referência (TR)
em níveis federal e estadual, e também por meio de uma Instrução Técnica (IT) em nível municipal. O TR e o IT
são elaborados por especialistas dos órgãos ambientais com as diretrizes e normas a serem atendidas
especificamente para cada tipo de empreendimento.
Nesse sentido, o TR é guia na elaboração de um estudo ambiental (EIA/RIMA, PBA, RAS, EMI, PRAD etc.). São
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Nesse sentido, o TR é guia na elaboração de um estudo ambiental (EIA/RIMA, PBA, RAS, EMI, PRAD etc.). São
documentos estritamente técnicos que orientam os estudos a partir de dados secundários e primários, portanto,
de caráter técnico/científico em concordância com a legislação ambiental brasileira.
3.2 Procedimentos para o licenciamento
Neste tópico, serão abordados os aspectos gerais do processo de Licenciamento Ambiental e suas jurisdições, de
modo que se torne compreensível o contexto no qual se inserem as fases do processo administrativo, os
diferentes estudos ambientais.
É importante a compreensão de que o licenciamento é um dos 13 instrumentos da Política Nacional de Meio
Ambiente, sendo instituído pela Lei n.º 6938, de 31 de agosto de 1981, e tem como objetivo o controle e gestão
das obras dos empreendimentos, ampliação de estruturas desse empreendimento licenciado e controle sobre a
operação e funcionamento das atividades com capacidade potencial a mudanças ambientais relacionadas à fase
de obras da engenharia ou mesmo após o empreendimentoestar em atividade.
Portanto, torna-se relevante em nossos estudos a compreensão da importância da avaliação ambiental em fase
prévia à instalação do empreendimento, a gestão da obra e dos recursos naturais através dos programas
estabelecidos nas condicionantes ambientais, e também gestão e monitoramento na fase de operação da
atividade.
3.2.1 O processo decisório
O licenciamento ambiental é um processo administrativo que está previsto como um instrumento de controle
recomendado pela Política Nacional de Meio Ambiente. A lei determina que o processo de licenciamento não
serve apenas para a instalação de empreendimentos:
[...] a localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e
atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras,
bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental,
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras
licenças legalmente exigíveis (BRASIL, 1997, p. 1).
O Anexo I da Resolução 237/1997 (Brasil, 1997), apresenta uma extensa lista de atividades ou
empreendimentos sujeitos ao licenciamento. Veja na figura a seguir algumas dessas atividades.
- -8
Figura 4 - Atividades poluidoras presentes na Resolução Conama n.º 237/1997.
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 1997.
De acordo com Field e Field (2014), a lei também organiza a competência para o licenciamento ambiental,
associando-a à área de atuação dos impactos ambientais. Caberá à União (através do Ibama e do Instituto Chico
Mendes) o julgamento do processo de empreendimentos cujos impactos atinjam mais de um estado, assim como
os instalados nas fronteiras, nas áreas associadas à estrutura produtiva de energia nuclear e/ou em reservas
indígenas. Aos órgãos ambientais estaduais (ou do Distrito Federal), caberá a competência para o
acompanhamento de licenciamento de atividades que tenham impactos em mais de um município, dentro de um
único estado. Mas a União poderá delegar, a um estado específico, o licenciamento de atividade com significativo
impacto ambiental de âmbito regional, caso entenda que sua equipe técnica esteja preparada para acompanhar o
processo com um todo.
A competência da maior parte das atividades degradadoras está atrelada aos órgãos estaduais e da União, mas os
municípios, em casos excepcionais, poderão julgar o processo de licenciamento, desde que os impactos sejam
locais (ou que lhe forem delegadas pelo estado, por instrumento legal). Destaca-se, no entanto, que deverão ser
ouvidos os organismos ambientais da União, do Distrito Federal e dos estados, quando couber (BARBIERI, 2011).
De forma geral, a União determina as etapas do processo licenciador, mas cada estado tem o seu próprio formato
de organização das etapas de licenciamento. As regras gerais delimitadas pelo Conama estão presentes na figura
a seguir.
- -9
Figura 5 - Procedimento para obtenção da licença ambiental conforme Resolução Conama n.º 237/1997.
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 1997.
Observe que a entrega dos estudos ambientais, apenas, não aprova automaticamente o licenciamento ambiental.
É necessário que o estudo ambiental esteja atendendo aos requisitos do órgão ambiental que, mesmo o
aceitando, não quer dizer que vá aprová-lo. E se o órgão competente entender que são necessários estudos
complementares, poderá solicitá-lo, atribuindo um prazo para a entrega do empreendedor.
A Audiência Pública é regulamentada pela Resolução Conama n.º 09, de 03 de dezembro de 1987 e “tem por
finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e
recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a respeito” (BRASIL, 1987, p. 1). A reunião somente será
realizada se for solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por um mínimo de 50 cidadãos com
interesse no licenciamento. Após o atendimento dos esclarecimentos/alterações em questão, o órgão ambiental
expõe o parecer técnico – que pode ser positivo ou negativo.
É sempre bom deixar claro que muitos processos de licenciamento não chegam até o final, e por motivos
variados: desinteresse do empreendedor, pressão da opinião pública, perda de prazo do empreendedor quanto
aos estudos complementares, dentre outras possibilidades. No item 3.4 deste capítulo, você conhecerá casos
específicos.
- -10
O processo de licenciamento foi implantado no Brasil a partir dos anos 1980. Contudo, existiam empresas
operando atividades com potencial poluidor antes desse período de formulação de um arcabouço legal no
âmbito do meio ambiente.
A Petrobrás S.A. começou a operar desde meados do século XX, quando pouco se discutia a questão ambiental no
Brasil. De lá para cá, essa e outras empresas precisaram se ajustar às normativas jurídicas.
No caso de uma empresa instalar ou operar atividades com potencial poluidor sem licenciamento ambiental,
esse empreendedor deverá procurar o órgão ambiental licenciador e discutir as diferentes possibilidades de
licenciamento, buscando a sua regularização. As licenças Prévia e de Instalação (LP e LI) já não se aplicam a essa
proposta, mas será possível requerer a Licença de Operação, caso ainda não esteja funcionando. Também poderá
requerer a LO aquele que já estiver operando fora das regras ambientais, justamente para regularizar sua
situação.
Para proceder com o licenciamento corretivo, o órgão competente exigirá estudos ambientais que comprovem a
não degradação do meio ambiente e as medidas mitigadoras de seus impactos. Estes documentos – que guardam
semelhanças com aqueles previstos e exigidos nas diferentes fases do licenciamento (LP, LI e LO) – terão um
prazo determinado para entrega, estipulado a critério do órgão ambiental.
No caso de efetivo impacto ambiental da atividade, o órgão poderá determinar o final das atividades
operacionais do empreendimento ou exigir a celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
De acordo com Brambilla (2010, p. 1), o TAC “é um título executivo extrajudicial, lavrado pelos órgãos públicos
(Ministério Público), após a realização de acordo entre o órgão fiscalizador e garantidor da preservação
ambiental e o agente responsável pelo dano ou pela iminência de causar algum prejuízo ambiental”. Esse
ajustamento está previsto na Lei de Crimes Ambientais, em seu artigo sétimo ao estabelecer “as hipóteses em
que as penas restritivas de direito substituem as penas privativas de liberdade” (BRASIL, 1998, p. 2).
Para entender melhor a aplicação do TAC, acompanhe o exemplo a seguir:
VOCÊ SABIA?
O Ibama publicita os processos de licenciamento ambiental sob a sua responsabilidade, que
podem ser consultados. Acesse o endereço <ibama.gov.br> e busque, no lado esquerdo, a aba
[licenciamento ambiental]. Terá acesso às listagens anuais, audiências públicas e explicações
sobre os trâmites legais.
VOCÊ QUER LER?
A lei de crimes ambientais foi estabelecida pela Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. O
livro de Frederico Amado, denominado Direito Ambiental Esquematizado (2016), traz um
capítulo completo sobre a Responsabilidade Criminal Ambiental, inspirado nessa lei, que
dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente.
- -11
De acordo com o exemplo, portanto, o processo de licenciamento ambiental poderá ser concluído, e a Licença de
Operação ser adquirida, desde que as empresas cumpram o TAC e façam o devido ajuste ambiental.
3.3 Métodos para avaliação ambiental
Para Lago e Pádua (1984), a Avaliação de Impacto Ambiental se dá como instrumento de gestão e controle para
mediar o crescimento econômico e transformação espacial. Para Sadler e Verheem (1996), a avaliação ambiental
é definida pela sistematização de processos de avaliação e documentação de informações sobre a capacidade
sistêmica dos recursos naturais e suas potencialidades, tendo em vista contribuir para o planejamento e
desenvolvimento sustentável de decisão.Avaliação Ambiental é uma expressão utilizada com o mesmo significado da Avaliação de Impacto Ambiental, em
decorrência de terminologia adotada por algumas agências internacionais de cooperação técnica e econômica,
correspondendo às vezes a um conceito amplo que inclui outras formas de avaliação, como a análise de risco, a
auditoria ambiental e outros procedimentos de gestão ambiental (BRASIL, 2002). Observe os exemplos na figura
a seguir:
CASO
Localizada no município fluminense de Volta Redonda, a Usina Presidente Vargas (UPV) é a
principal siderúrgica da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), construída nos anos 1950 e
uma das grandes produtoras de aço em território nacional. Construída antes da primeira lei
ambiental do país (Lei 6.938/1981), a usina vem sofrendo pequenos ajustes ambientais. Mas,
em 2016, a CNS firmou um grande TAC com o Instituto Estadual do Ambiente (INEA), após ter
descumprido o TAC anterior, que previa formas de controlar as condições ambientais de suas
águas pluviais, emissões atmosféricas, efluentes líquidos, ruídos e riscos potenciais da UPV. O
empreendedor comprometeu-se a implantar um plano de ação com as 15 obrigações e
desenvolver um plano de monitoramento do Rio Paraíba do Sul, o principal corpo hídrico
receptador de seus rejeitos industriais tratados.
- -12
Figura 6 - Tipos Formais de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).
Fonte: Elaborada pela autora, baseada em BRASIL, 2017.
Em instâncias estratégicas, a Avaliação Ambiental tem a função de instrumento de planejamento e de apoio a
processos de tomada de decisão, portanto, nesse âmbito também é conhecida como Avaliação Ambiental
Estratégica (AEE). Como instrumento de política ambiental, pode ser aplicada em diferentes jurisdições –
regionalmente, no âmbito nacional e também local.
Em relação aos métodos e técnicas para a avaliação de impactos ambientais, dispõem-se de algumas
metodologias conhecidas como espontâneas, de listagem, matrizes de interações, redes de interações
quantitativas, mapas síntese, modelagens preditivas (cenários), entre outras. Veja alguns exemplos de métodos
para a avaliação ambiental no quadro a seguir:
- -13
Quadro 1 - Lista de métodos para a avaliação ambiental.
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em REIS, 2001.
Navegue no recurso a seguir para conhecer métodos e matrizes sobre o assunto.
Método AD HOC:
O Método AD HOC surgiu da necessidade de tomar decisões sobre a implementação de projetos, considerando a
opinião de especialistas em cada tipo de impacto resultante do projeto, além dos pontos econômicos e técnicos.
Consiste na formação de grupos de trabalho multidisciplinares com profissionais qualificados em diferentes
áreas de atuação, apresentando suas impressões com base na experiência para preparar um relatório que
relacionará o projeto a ser implementado com seus possíveis impactos causados (CREMONEZ et al., 2014). Na
verdade, essa metodologia é organizada a partir da experiência dos profissionais, e é muito utilizada quando há
insuficiência de dados disponíveis e pouco tempo para uma avaliação mais sistematizada.
Método da listagem:
O método da listagem, um dos mais utilizados na AIA, é elaborado por um conjunto de especialistas – com acesso
a diagnósticos ambientais – que organizam uma lista com a identificação e enumeração de impactos. Dessa
forma, de acordo com Ribeiro (2014), são relacionados os possíveis impactos decorrentes das fases de
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forma, de acordo com Ribeiro (2014), são relacionados os possíveis impactos decorrentes das fases de
implementação e operação da empresa, classificando-os como positivo ou negativo ou mesmo difuso,
dependendo do tipo de modificação antropogênica sob influência dos sistemas socioecológicos em questão.
Matrizes de interação:
Por sua vez, as matrizes de interação referem-se a técnicas bidimensionais que relacionam ações com fatores.
Embora possam incorporar parâmetros de avaliação, eles são basicamente de identificação. As matrizes
originaram-se a partir da tentativa de preencher uma lista de controle.
Matriz de Leopld:
Um dos métodos mais difundidos de matrizes, em nível nacional e internacional, foi a Matriz de Leopold,
organizada para atendimento das demandas do Serviço Geológico do Interior dos Estados Unidos, ainda nos
anos 1970. O seu princípio básico é organizar as interações entre ações e fatores, e, somente após essa
organização, constituir uma listagem na qual a magnitude e importância de cada impacto é estabelecida em uma
escala de 1 a 10, classificando-se entre positivo ou negativo. De acordo com Ribeiro (2014), embora a avaliação
de magnitude seja relativamente objetiva ou empírica, por se referir ao grau de mudança causado pela ação
sobre o fato ambiental, a pontuação da importância é subjetiva ou normativa, uma vez que envolve atribuição de
peso em relação aos impactos sob influenciado projeto.
Métodos das redes de interação:
Os métodos das redes de interação estabelecem relações causa-condição-efeito, a partir de uma identificação
sucinta dos impactos e suas inter-relações, bem como a identificação de impactos indiretos e suas inter-relações.
A possibilidade de cruzar disciplinas, sendo capaz de analisar na mesma cadeia de impactos os efeitos na
economia, fauna, água, entre outros, é considerado positivo na análise (CREMONEZ et al., 2014). Veja, na figura a
seguir, uma cadeia de impactos após a implantação de refeitórios para os trabalhadores, em uma obra para
instalação de central hidrelétrica.
Métodos de simulações:
Os métodos de simulações consistem em modelos de simulações computadorizadas usando inteligência artificial
ou modelos matemáticos, projetados para reproduzir – tanto quanto possível – o comportamento dos
parâmetros e fatores ambientais ou inter-relações entre as causas e os efeitos de certas ações (OLIVEIRA;
MOURA, 2009). Em geral, essas simulações são capazes de processar variáveis qualitativas e quantitativas e
incorporar medidas de magnitude e importância dos impactos ambientais, além de se adaptarem a diferentes
processos de decisão e facilitarem o envolvimento de vários transformadores nesses processos. Este método
requer profissionais técnicos e experientes, bem como programas e o uso de equipamentos apropriados e
dispendiosos, capazes de avaliar as limitações das variáveis estudadas e condições dos dados adequados para a
realização das modelagens (CREMONEZ et al., 2014).
Veja na figura a seguir, um exemplo de método de rede de interação, que é um dos métodos mencionados através
do recurso acima.
Figura 7 - Exemplo de método de rede de interação.
A metodologia consiste na superposição de cartas, ou combinação de uma série de mapas temáticos, em cada
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A metodologia consiste na superposição de cartas, ou combinação de uma série de mapas temáticos, em cada
caso o mapa indica uma característica cultural, social e física que reflete um impacto. Estes mapas-síntese da
situação ambiental de uma dada área geográfica são elaborados a partir de conceitos como os de vulnerabilidade
ou potencial de recursos ambientais. Nesses mapas, a graduação de cores (do tom mais intenso ao menos
intenso) é entendida como áreas com impactos ambientais, onde as maiores intensidades de cor representam
áreas com índices de maior potencial aos impactos discutidos, e as áreas com cores menos intensas relacionam-
se aos índices de menores impactos. Podemos citar como exemplo o estudo de Avaliação Ambiental Integrada da
Bacia do Rio Paraíba do Sul, entre outros, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), disponível no
endereço < >. Ohttp://www.epe.gov.br/MeioAmbiente/Paginas/AAI/MeioAmbiente_6.aspx?CategoriaID=101
referido método tem sido útil ao avaliar questões de dimensionamento espacial, como comparação entre as
alternativas analisadas em um estudo de impacto ambiental (EIA). Ressalta-se o apoio de imagens de satélites e
geoprocessamento, para tornar essas aplicações mais simples e rápidas.
3.4 Aplicação do licenciamento e estudo ambiental
Na Serra Sul da província mineral de Carajás, umnovo projeto de mineração, chamado de S11D, tem passado
pelo processo de licenciamento ambiental, prometendo inovar nesse segmento produtivo. O empreendimento é
composto não só pela abertura da mina, mas também pela instalação de usina de processamento e viabilização
do transporte das mercadorias extraídas que, nesse caso, será através de ferrovia, no Pará.
O minério a ser extraído tem baixa concentração de impurezas, por isso não precisa de grandes movimentos de
beneficiamento. A ausência de água, no processamento, reduzirá a geração de rejeitos, maximizando o
aproveitamento do minério. Além disso, o seu transporte até a central de organização e beneficiamento primário
será realizado por correias, sem uso de caminhões, que emitem muito ruído, tremem o chão e ainda têm
potencial vazamento de óleo combustível no solo. Enfim, quando em uso, S11D poderá economizar quase 90%
do consumo de água e 70%de combustível, o que resulta em menos emissão de gases estufa que contribuem
para o aquecimento global (VALE.COM, 2016).
VOCÊ O CONHECE?
Andriele Ribeiro é um especialista em certificação de Gerenciamento de Projeto (Project
Management Professional – PMP) e pode explicar sobre um dos métodos AD HOC mais comum,
a técnica Delphi. É utilizada para obter consenso de especialistas que precisam ficar anônimos.
Conheça Andriele Ribeiro e entenda a sua proposta assistindo ao vídeo disponível no
endereço: < >.https://www.youtube.com/watch?v=VCNS4NC31Eo
http://www.epe.gov.br/MeioAmbiente/Paginas/AAI/MeioAmbiente_6.aspx?CategoriaID=101
https://www.youtube.com/watch?v=VCNS4NC31Eo
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Os estudos ambientais foram entregues em 2011, e no ano seguinte o Ibama emitiu a Licença Prévia, solicitando
melhor discriminação dos programas ambientais. Em 2013, o órgão ambiental permitiu a instalação do
empreendimento, emitindo a Licença de Instalação em julho. Somente em 2016, a LO n. 1361/2016 autorizou a
Vale a operar o empreendimento, sem a presença de barragens de rejeitos.
Foi um processo de licenciamento rápido e limpo, pouco comum nos processos de instalação e operação de
empreendimentos de grande porte.
Veja outro exemplo, desta vez, no Rio de Janeiro. De acordo com RAP (2016), durante as Obras de Recuperação
Ambiental do Sistema Lagunar da Baixada de Jacarepaguá, um projeto já aprovado pelos órgãos ambientais do
estado do Rio de Janeiro, houve a previsão de amplas dragagens. No entanto, o Grupo de Atuação Especializada
no Meio Ambiente do Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro (GAEMA-INEA), em maio de
2015, entendendo que apenas a dragagem não seria o suficiente para a recuperação do Sistema Lagunar,
recomendou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Dentre as exigências, estava a de que a obra para a
execução da extensão do molhe existente na barra do Canal da Joatinga fosse desmembrada e tivesse estudos
ambientais próprios (EIA/RIMA).
Após várias reuniões do GAEMA com especialistas, para determinação das especificidades do EIA/RIMA a ser
apresentado para o processo de licenciamento e construções coletivas, os estudos ambientais foram
apresentados ao INEA. A premissa básica que norteou o projeto foi encontrar o ponto ideal, sob o aspecto
técnico, econômico e ambiental, que permitisse a recuperação das lagoas e canais dragando o menor volume
possível, de forma a causar o menor impacto ambiental às comunidades vizinhas.
O projeto apresenta quatro alternativas para a obra principal. O EIA descreve a localização do projeto e faz
amplo diagnóstico dos meios físico, biótico e socioeconômico. Destaca-se que há extensas áreas ocupadas com
ecossistemas de manguezais e vegetação de restinga, mesmo com a qualidade da água tão comprometida pelo
lançamento de esgoto sanitário diretamente nos corpos hídricos, uma vez que a área e é densamente povoada
(RAP, 2016).
O documento também apresenta os seus limites geográficos e as áreas afetadas. Na sua descrição dos impactos
avaliados, há a separação de quase 40 eventos que acontecerão durante a execução e operação do
empreendimento. Ressalta-se ainda que, dentre os impactos considerados positivos, estariam a alteração na
qualidade das águas superficiais das lagoas, recuperação de ecossistemas terrestres naturais e o aumento na
produtividade do ambiente aquático (RAP, 2016). Por outro lado, durante a execução da obra, é possível que
outros impactos incidam negativamente sobre a área de influência, entre os quais interferências na circulação de
embarcações nas lagoas, alteração nos níveis de ruídos e da permeabilidade dos solos nas áreas de bota-espera.
Para potencializar os impactos positivos e mitigar os impactos negativos foram elaborados programas
ambientais, dentre eles estão o Monitoramento e Controle de Ruídos, Monitoramento e Controle da Qualidade do
Ar, Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e do Sedimento e Programas de Resgate e
Acompanhamento da Fauna. Na área socioeconômica, recomenda-se o planejamento da operação de dragagem
VOCÊ QUER VER?
A Vale publica inúmeros vídeos demonstrando suas etapas produtivas, experiências
inovadoras, entrevistas com técnicos e engenheiros sobre as mais diferentes formas de
atuação da empresa. No vídeo intitulado "S11D: uma forma diferente de fazer mineração", há
uma explicação detalhada sobre o processo de produção mineral no município de Canaã (PA),
onde uma nova mina acabou de passar pelo processo de licenciamento. Para assistir, visite o
endereço: <http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/megaconstrucoes-inovacao-e-
>.tecnologia.aspx
http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/megaconstrucoes-inovacao-e-tecnologia.aspx
http://www.vale.com/hotsite/PT/Paginas/megaconstrucoes-inovacao-e-tecnologia.aspx
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Acompanhamento da Fauna. Na área socioeconômica, recomenda-se o planejamento da operação de dragagem
de forma a minimizar as interferências sobre a circulação de embarcações de lazer e transporte aquaviário.
Por fim, o documento apresenta um prognóstico sem a obra, com o crescimento da acumulação de sedimentos
oriundos do esgotamento sanitário, e destaca a necessidade da mesma mão de obra para contribuir na melhora
da circulação de água nas lagoas.
O EIA/RIMA foi entregue em outubro de 2015, e no mês seguinte já havia a análise, através do Parecer Técnico
359/2015 do Grupo de Apoio Técnico Especializado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GATE
/MPRJ), que constatou ausências, insuficiências e/ou inadequações identificadas no âmbito do documento. Havia
informações específicas sobre a metodologia escolhida para a implantação do projeto, utilizando área de bota-
fora que causaria a compactação devido à sobrecarga que será lançada na área, além da impermeabilização do
terreno. Havia o questionamento sobre a identificação dos proprietários das áreas de bota-fora, bem como se já
havia alguma previsão sobre o uso futuro previsto nessas áreas.
O estudo previa o uso de áreas de restinga nas Lagoas da Tijuca e Jacarepaguá como área de bota-espera, e os
analistas ambientais queriam entender os motivos para escolha tão significativa. O EIA também não apresentava
a análise de impacto social pela alteração da hidrodinâmica e das condições da água e de uso recreacional nas
praias adjacentes ao Canal da Joatinga.
Esses são exemplos do extenso relatório elaborado pelo do grupo de trabalho a partir da análise do EIA, que
finalizava solicitando informações complementares ao EIA através de pareceres técnicos. Até janeiro de 2016,
muitos estudos complementares foram solicitados e, por mais que a empresa Masterplan venha desenvolvendo
adições científicas, eles não estão sendo considerados consistentes e definitivos pelo órgão ambiental. A Licença
de Instalação estava suspensa e até meados de 2017 – mesmo sendo uma obra pública ainda não tinha uma
definição sobre o seu futuro.
Síntese
Entender o processo de licenciamento ambiental, bem com os principais estudos necessários para o
procedimento, é fundamental para qualquer gestor ambiental que necessita contribuir para as ações de
sustentabilidade de empresas públicasou privadas, de grande ou pequeno porte, bem como àquelas voltadas
para a atividade industrial, militar, comercial ou agropecuária.
As metodologias de avaliação de impacto ambiental são variadas e podem ser simples, complexas, sintetizadas
ou sinergéticas, mas é fundamental escolher o melhor método de acordo com os recursos disponíveis, sejam eles,
humanos, tecnológicos, temporais e/ou espaciais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
VOCÊ QUER LER?
O EIA das obras de prolongamento do enrocamento (molhe) existente na entrada do canal da
Joatinga, e as melhorias da circulação hídrica do Sistema Lagunar de Jacarepaguá, foi realizado
pela empresa Masterplan – Consultoria de Projetos e Execução Ltda. e contém 4.120 páginas
com inúmeras informações valiosas sobre os meios físico, biótico e socioeconômico, bem como
impactos ambientais e projetos ambientais. Na página do INEA, acesse <Estudos e
Publicações> e depois <EIA/RIMA>. Para consulta acesse o link a seguir: <http://200.20.53.3:
>.8081/Portal/MegaDropDown/EstudosePublicacoes/EIARIMA/index.htm&lang=
http://200.20.53.3:8081/Portal/MegaDropDown/EstudosePublicacoes/EIARIMA/index.htm&lang=
http://200.20.53.3:8081/Portal/MegaDropDown/EstudosePublicacoes/EIARIMA/index.htm&lang=
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humanos, tecnológicos, temporais e/ou espaciais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Identificar os principais estudos ambientais;
• Entender as principais resoluções Conama de licenciamento ambiental;
• Estabelecer as principais etapas do licenciamento;
• Identificar os principais métodos para avaliação ambiental;
• Conhecer a aplicação do licenciamento e estudo ambiental em uma realidade efetiva.
Bibliografia
AMADO, Frederico. Direito Ambiental Esquematizado. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Método,2016.
BARBIERI, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3.ed. São Paulo:
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penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
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	Introdução
	3.1 Estudos ambientais
	3.1.1 Os estudos ambientais nas Resoluções Conama 01/1986 e 237/1997
	3.2 Procedimentos para o licenciamento
	3.2.1 O processo decisório
	3.3 Métodos para avaliação ambiental
	3.4 Aplicação do licenciamento e estudo ambiental
	Síntese
	Bibliografia

Outros materiais