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Prévia do material em texto

Aureluz Sétimo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formação em Grafoscopia 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 2 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL 
MINISTÉRIO DA CULTURA 
Escritório de Direitos Autorais 
 
 
 
 
Texto Técnico / Científico 
Registro 446.282 – Livro 837 – Folha 442 
Revisão realizada em agosto de 2014 
Formação em Grafoscopia 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 3 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A idade influi, é claro, mas ninguém, normalmente, 
é tão idoso que não consiga fazer mais alguma coisa” 
 
D. Aloísio Lorsheider. 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Você tem que fazer valer a pena” 
 
Do personagem Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) para 
 Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet) no filme Titanic. 
 
 
 
 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 4 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 5 - 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho é dedicado a todos os que tiveram a sensibilidade de perceber a importância do assunto e 
estão se iniciando agora na magia da arte e da ciência da Grafoscopia. 
 
Aos meus alunos. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 6 - 
 
 
 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 7 - 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As pessoas que nos incentivam assumem muita responsabilidade em nossas ações. O incentivo sincero é 
aquele empurrão final que nos precipita na vontade louca e irresistível de realizar os nossos desejos. 
 
Tenho muito a agradecer à minha família, sempre. 
 
Tenho muito a agradecer aos meus amigos, sempre. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 8 - 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 9 - 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vontade de escrever alguma coisa sobre este tema apaixonante, que é a Grafoscopia, sempre me 
acompanhou, desde os tempos em que eu trabalhava como Caixa Executivo de banco. Sete anos 
maravilhosos onde eu tive a oportunidade de verificar os pontos convergentes e os pontos divergentes de 
milhares de assinaturas. 
 
Fui nomeado Gerente de Expediente e continuei a ver assinaturas por todos os lados. 
 
Um dia fui transferido de agência para trabalhar na Direção Geral do banco e pensei que não mais me 
envolveria com assinaturas. 
 
Enganei-me maravilhosamente: fiz dois cursos de especialização e comecei a trabalhar com Perícia 
Grafotécnica. Foi a glória. Analisei mais alguns milhares delas e com um enfoque diferenciado, 
investigativo, deliciosamente demorado. 
 
Aí a aposentadoria chegou. Parei mesmo de vez... 
 
Conversa fiada: não parei nada! Imagine se eu iria deixar de falar sobre Grafoscopia. Imagine se eu iria 
deixar o assunto adormecer em mim, sem falar para ninguém. 
 
Não deu certo parar... 
 
É por essa razão que estou apresentando este trabalho! 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 10 - 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 11 - 
ÍNDICE 
 
 
 
 
ASSUNTO: PÁGINA: 
 
Dedicatória: 5 
 
 
Agradecimentos: 7 
 
 
Apresentação: 9 
 
 
INTRODUÇÃO: INFORMAÇÕES INICIAIS 
 CONCEITO DE GRAFOSCOPIA 15 
 GRAFONOMIA 15 
 SINAIS IDENTIFICADORES 15 
 ASSINATURA 16 
 EDMOND SOLANGE PELLAT 16 
 
 
CAPÍTULO 1: AS LEIS DO GRAFISMO 
 
AS LEIS DO GRAFISMO 
O Princípio Geral, As Leis 
17 
 
 
CAPÍTULO 2: PRODUÇÃO DA ESCRITA 
 
GRAFISMO 
Escritor, instrumento escritor, suporte gráfico 
19 
 
FASES DA PRODUÇÃO DO GRAFISMO 
Ideação, evocação, execução 
19 
 RELAÇÃO ENTRE AS FASES DO GRAFISMO 20 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESCRITA 
Escrita primária, escrita escolar, escrita secundária, escrita senil, quadro síntese da classificação da escrita 
20 
 MUDANÇAS DO GRAFISMO 22 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 12 - 
 
MUDANÇAS NORMAIS DO GRAFISMO 
Evolução, involução 
22 
 
MUDANÇAS ANORMAIS DO GRAFISMO 
Fatores internos, fatores externos 
22 
 
 
CAPÍTULO 3: GÊNESE 
 
A GÊNESE E O ASPECTO FORMAL 
Forma e imagem gráfica 
23 
 O GRAMA 23 
 
FORMAS DO GRAMA 
Circulares, semicirculares, sinuosos, horizontais, verticais, laçadas, duplas laçadas, múltiplas laçadas, presilhas, 
mínimos gráficos 
24 
 FECHAMENTO NOS GRAMAS CIRCULARES 25 
 
SENTIDO NOS GRAMAS RETOS 
Ascendentes, descendentes, sinistrovolventes, dextrovolventes, dextroascendentes, dextrodescendentes, 
sinistroascendentes, sinistrodescendentes 
26 
 
SENTIDO NOS GRAMAS CIRCULARES 
Dextrógiros, sinistrógiros 
27 
 PLANEJAMENTO 28 
 MOMENTOS GRÁFICOS 28 
 
TENDÊNCIAS 
Traços retilíneos, traços curvilíneos 
28 
 VALORES CURVILÍNEOS E ANGULARES 28 
 FORMA E GÊNESE 29 
 CONCLUSÕES SOBRE FORMA E GÊNESE 29 
 CONCEPÇÃO 29 
 ATAQUES E REMATES 30 
 
ATAQUES 
Ataque apoiado, ataque sem apoio, ataque do infinito, ataque em gancho, ataque em arpão 
30 
 
REMATES 
Remate apoiado, remate sem apoio, remate em fuga, remate em gancho, remate em arpão 
31 
 
PESO DE PUNHO 
Leve, médio, pesado 
32 
 
LIMITANTES VERBAIS 
Limitante verbal superior, limitante verbal inferior 
33 
 NÃO PASSANTES 33 
 
PASSANTES 
Passante superior e passante inferior 
33 
 
GLADIOLAGEM 
Escrita ingladiolada, gladiolagem positiva, gladiolagem negativa 
34 
 EIXO AXIAL 35 
 
INCLINAÇÃO AXIAL 
Escrita vertical, inclinação para a esquerda, inclinação para a direita, inclinações mistas 
35 
 LINHA MEDIANA 36 
 
 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 13 - 
 
ESPAÇAMENTO 
Espaçamento intergramatical, espaçamento interliteral, espaçamento intervocabular etc. 
36 
 
ESPAÇAMENTO NA ESCRITA 
Escrita comprimida, escrita regular, escrita espaçada 
37 
 
RELAÇÕES INTERLITERAIS 
Escrita alta, escrita proporcionada, escrita baixa 
38 
 
CALIBRE 
Calibre grande, calibre médio, calibre pequeno 
39 
 ALINHAMENTO GRÁFICO 40 
 ESCRITA APOIADA 40 
 
ESCRITA FLUTUANTE 
Escrita alinhada, escrita ascendente, escrita descendente, escrita sinuosa, escrita convexa etc. 
40 
 
TRAÇO DE LIGAÇÃO 
Por cima, ao centro, por baixo 
42 
 PERNA 42 
 
 
CAPÍTULO 4: PARTICULARIDADES DA ESCRITA 
 PIVÔ DA ESCRITA 43 
 ESQUÍROLA 43 
 ESCRITA HELICOIDAL 43 
 CETRAS 44 
 TRAÇO ORNAMENTAL 45 
 COMPLEXO IDIOGRÁFICO 45 
 FILIFORMISMO 45 
 PRINCÍPIO DA CONTEMPORANEIDADE 45 
 GRAFIAS DO “t” E DO “i” 46 
 
 
CAPÍTULO 5: DINÂMICA E ESPONTANEIDADE 
 DINÂMICA 47 
 
COMANDOS DINÂMICOS 
Pressão, progressão 
47 
 MOMENTO NEGATIVO 48 
 MOMENTO NEGATIVO ACIDENTAL 48 
 
ESPONTANEIDADE 
Zonas de facilidades, zonas de dificuldades 
49 
 
ESPONTANEIDADE EM EXAMES 
Conclusões sobre espontaneidade 
49 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 14 - 
CAPÍTULO 6: INFORMAÇÕES FINAIS 
 FALSIFICAÇÃO DE ASSINATURA 51 
 
 
CLASSES DE FALSIFICAÇÕES DE ASSINATURAS 
Sem imitação, imitação de memória, servil, decalque, livre 
51 
 
MOTIVO E PADRÕES 
Motivo, padrões não específicos, padrões específicos 
51 
 
MÉTODOS DE ANÁLISES DE GRAFISMOS 
Método sinalético, método grafocinético 
52 
 RESUMO DE PROCEDIMENTOS EM EXAMES GRAFOTÉCNICOS 53 
 
 
APÊNDICE: 
 ESTUDO DIRIGIDO – Nº 1 55 
 ESTUDO DIRIGIDO – Nº 2 62 
 EXERCÍCIO PRÁTICO – Nº 1 65 
 EXERCÍCIO PRÁTICO – Nº 2 66 
 EXERCÍCIO PRÁTICO – Nº 3 67 
 GABARITOS DE RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS 68 
 
 
GLOSSÁRIO: 69 
 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 15 - 
INTRODUÇÃO: Informações Iniciais 
 
 
 
 
CONCEITO DE GRAFOSCOPIA: 
 
A técnica baseada em observações sistemáticas de elementos que compõem o grafismo é 
denominada Grafoscopia. 
Grafoscopia é uma palavra de origem grega e significa “observação do escrito”. 
A Grafoscopia pode ser chamada também de Grafotecnia, Perícia Grafotécnica,Grafística, 
Documentoscopia, Grafodocumentoscopia. 
 
 
GRAFONOMIA: 
 
O estudo do grafismo, em todos os seus aspectos, está ligado à ciência denominada de Grafonomia, que 
assim se divide: 
 
Grafologia: 
Estuda o grafismo sob os aspectos psicológicos. 
 
Paleografia: 
Verifica a evolução da escrita na história da humanidade. 
 
Caligrafia: 
Ocupa-se da plástica da escrita. 
 
Grafoscopia: 
Analisa as características técnicas e particulares na execução da escrita. 
 
 
SINAIS IDENTIFICADORES: 
 
Os sinais identificadores estão presentes em tudo ao nosso redor. Cada objeto, normalmente, apresentará 
sempre algum detalhe que se diferencia dos demais da mesma espécie. Dessa forma, podemos identificar o 
nosso carro, mesmo que ele esteja estacionado entre outros dois do mesmo modelo e da mesma cor. 
Alguma coisa nós acrescentamos ao nosso objeto, à nossa marca, um toque especial e personalizado que 
nos diz: este é o meu! 
Também podemos identificar as pessoas através da fisionomia, da voz e talvez em maior grau de 
dificuldade, pelo tato ou pelo estilo de se vestir, de andar ou se portar. Ainda sobre o estilo, podemos 
identificar a autoria de uma obra de arte, pintura ou escultura. Diversas são as maneiras de identificação. 
Se a necessidade de identificar uma pessoa é momentânea e não transcende o momento, a tarefa torna-se 
mais simples. Verifica-se por meio de um documento se a fisionomia da fotografia corresponde à 
fisionomia da pessoa. Feito isso, está finalizada a tarefa da identificação. 
Existe a identificação que tem necessidade de ficar comprovada. É o caso daquela realizada, por exemplo, 
nos bancos ou cartórios. A identificação realizada nesses casos tem de ser feita no momento da ocorrência 
e é necessário que essa condição seja demonstrável posteriormente. Assim sendo, nos trabalhos dos 
bancos e cartórios não há como identificar uma pessoa simplesmente por comparação de fisionomias 
fotográficas e pessoais, pois, se a identificação for posteriormente colocada em dúvida, não haverá forma 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 16 - 
de se rever o fato. Então, no nosso caso, a identificação das pessoas é, obrigatoriamente, realizada através 
da assinatura, que poderá ser confirmada posteriormente em caso de dúvidas sobre a sua autenticidade. 
 
 
 
ASSINATURA: 
 
Todos nós sabemos escrever letras ou números. Muitos de nós escrevemos o caractere “a“ com a mesma 
aparência, mas é só aparência, pois que, na realidade, ao escrevermos este caractere, imprimimos detalhes 
particulares, só nossos, que diferenciam o nosso caractere dos demais. 
A alusão ao caractere “a” é apenas um exemplo, pois o grafismo é criatividade pessoal e esse princípio não 
se modifica com idiomas diferentes. O procedimento de conferência do Grafismo é exatamente igual em 
todos os lugares. 
A escrita traz características pessoais que identificam o escritor. Criamos a escrita do nosso nome e a 
chamamos de assinatura. A grafia da assinatura em local pré-determinado permitirá a identificação do 
escritor, tanto no momento da ocorrência quanto posteriormente, comparando-a com outra, autêntica, 
previamente em poder do conferente. 
Há tempos se começou o estudo do grafismo, aprimorando-se e desenvolvendo-se técnicas para facilitar a 
identificação de traços autênticos. Esta ciência é chamada de Grafoscopia. 
O fraudador falsifica assinaturas em documentos, imitando os traços de outra pessoa e fazendo-se passar 
por ela, a fim de auferir vantagens ilícitas. 
Muitas fraudes são bem sucedidas, por razões diversas, com prejuízos ao cliente, à empresa e ao próprio 
funcionário envolvido. 
A ocorrência de fraude acarreta adversidades variadas: 
� Desgaste e perda de tempo ao cliente. 
� Prejuízos financeiros e de imagem à empresa. 
� Desequilíbrio emocional e prejuízos financeiros aos funcionários. 
No entanto, quando a fraude é obstada o funcionário colherá enormes benefícios pessoais e prestígio 
profissional. 
 
 
 
EDMOND SOLANGE PELLAT: 
 
Os conhecimentos técnicos da Grafoscopia foram desenvolvidos pelo tratadista francês Edmond 
Solange Pellat, que criou um Princípio Geral e quatro Leis sobre o tema em sua monografia "Les lois 
de l'Écriture", publicado por Librairie Vuibert, em Paris. 
Consta na capa da obra que seu autor era "President de la Societé Tecnhique des Experts en Écritures". 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Edmond Solange Pellat. 
 
Figura 2: a obra de Edmond Solange Pellat. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 17 - 
CAPÍTULO 1: As Leis do Grafismo 
 
 
 
 
 
O Princípio Geral e as Leis do Grafismo foram publicados em 1927. 
 
 
O PRINCÍPIO GERAL: 
 
“As Leis do Grafismo independem dos alfabetos empregados”. 
 
A Grafoscopia se ocupa de estudar não só a forma, mas a gênese de todo o gesto gráfico. Assim, o estudo 
abrange a execução do traço desde o início até a sua conclusão, observando e descrevendo as suas 
características, aquelas que individualizam determinado punho escritor. 
Confirma-se, então, que um perito pode realizar o estudo de grafismo tanto nos caracteres de sua língua 
como em qualquer caractere de línguas que lhe sejam desconhecidas como o árabe, japonês, chinês etc. 
 
 
AS LEIS: 
 
Primeira Lei do Grafismo: 
Regula a subordinação do gesto gráfico. 
“O gesto gráfico está sob a influência imediata do cérebro. A sua forma não é modificada se o 
órgão que aciona o instrumento escritor se encontra suficientemente adaptado à sua função”. 
 
A execução do gesto gráfico, realizada pelo punho escritor, está diretamente subordinada ao cérebro, 
naturalmente, considerando que este punho esteja treinado para a escrita. 
O cérebro gera e comanda a realização da escrita, independentemente de qual seja o órgão escritor. 
O escritor destro, treinando adequada e suficientemente o punho esquerdo, produzirá escritas com as 
mesmas qualidades técnicas por ambos os punhos. 
 
Segunda Lei do Grafismo: 
 
Preside o automatismo gráfico. 
“Quando alguém escreve, o seu “eu” está em ação, mas o sentimento quase inconsciente dessa 
ação passa por alternativas contínuas de intensidade entre o máximo, onde existe um esforço a 
fazer e o mínimo, quando esse esforço segue o impulso adquirido”. 
 
O esforço máximo é empregado no início do gesto gráfico de forma que a sequência do grafismo flui 
naturalmente, comandada pelo automatismo, onde o punho escritor corresponde à ordem do cérebro em 
reproduzir o que foi idealizado e evocado. 
O imitador pode iniciar o seu trabalho de imitação de um grafismo alheio, realizando-o com qualidade, 
porém, após o impulso inicial, o seu “eu” entra em ação, passando a reproduzir as próprias 
particularidades, traindo-se por criar provas contra si. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 18 - 
 
Terceira Lei do Grafismo: 
Preside os disfarces gráficos. 
“O grafismo natural não pode ser modificado voluntariamente senão pela introdução no traçado 
de características do esforço despendido”. 
 
As tentativas de disfarces não surtirão efeitos durante a execução do gesto gráfico, pois sendo este 
automático, isto não será possível. Qualquer tentativa posterior também não logrará êxito, já que as 
características particulares já estão registradas. 
 
Quarta Lei do Grafismo: 
Simplificação dos gestos gráficos. O menor esforço. 
“Quando, por qualquer circunstância, o ato de escrever se torna particularmente difícil, o escritor 
instintivamente dá às letras as formas que lhe são mais familiares e mais simples, 
esquematizando-as, de modo que lhe seja mais fácil executar”. 
 
O escritor sempre evolui no sentido de criar a maneira em que o gesto da escrita lhe seja mais fácil 
e prazeroso. A prática proporciona o desenvolvimento de formas de escrita, atribuindo 
características técnicas importantes ao escrito. Nós sempre vamos facilitar o nosso gesto gráfico 
ao longo do tempo, assim, se o volume de assinaturas diárias aumenta em nosso ofício é natural 
que a nossaescrita seja até diminuída em sua extensão ou facilitada em sua construção. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 19 - 
CAPÍTULO 2: Produção da Escrita 
 
 
 
 
GRAFISMO 
 
Qualquer registro gráfico é um grafismo, também chamado gesto gráfico. O grafismo, no entanto, 
nem sempre será uma escrita alfabética. Assim, mesmo os sinais não alfabéticos apresentam 
qualidades que podem ser observadas num exame Grafotécnico. 
 
Escritor: 
Escritor é quem produz um grafismo. 
 
Instrumento escritor: 
É qualquer instrumento utilizado para realizar um grafismo, a exemplo de lápis, caneta, pincel, giz 
etc. 
 
Suporte gráfico: 
É o local apropriado para receber o grafismo, a exemplo de papel. 
 
 
 
 
 
 
FASES DA PRODUÇÃO DO GRAFISMO: 
 
Quando estamos aprendendo a escrever normalmente utilizamos de algum modelo, alguma orientação. 
Mas logo depois nós já iniciamos o nosso processo criativo e a nossa escrita vai tomando formas 
particulares. 
 
Ideação: 
É a fase onde a forma geral da escrita adquire um jeito pessoal. O escritor imagina a trajetória que 
a sua caneta deverá percorrer para reproduzir os caracteres de forma personalizada. 
Escritores diferentes grafam a mesma palavra de formas diferentes na sequência dos movimentos. 
Figura 3: Grafismo de João Paulo II. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 20 - 
 
 
 
Evocação: 
É a fase em que o escritor lembra a forma dos caracteres conhecidos que irão compor o grafismo. 
Caracteres desconhecidos ao escritor não podem ser evocados. As pessoas não alfabetizadas e 
que copiam o nome à vista de um exemplo, não estão fazendo uma evocação, pois desconhecem 
os caracteres. Os escritores semi-alfabetizados escreverão o próprio nome de forma rudimentar, 
mas sem copiar, com uma evocação sofrível. 
 
Execução: 
É a transcrição do grafismo para o papel. O cérebro comanda os movimentos do membro escritor 
durante a execução, enquanto procura estabelecer equilíbrio com as fases precedentes da 
evocação e da ideação. 
 
 
RELAÇÃO ENTRE AS FASES DO GRAFISMO: 
 
A execução depende da ideação e da evocação. As fases que antecedem a execução sempre 
estarão presentes na escrita, mesmo quando os movimentos são automatizados pela repetição ao 
ponto de parecer que se realizam por si mesmos. 
A atenção às formas lembradas e às trajetórias imaginadas, assim como a consciência do ato de 
escrever, pode diminuir quando existe algum grau de automatismo. Mas a atenção jamais será 
nula no ato da escrita. 
Falhas de ideação e de evocação sempre acarretam falhas de execução, mas evocar e idear bem 
não garante execução perfeita. Fatores como doença ou idade avançada podem afetar os 
comandos musculares e prejudicar a qualidade da execução gráfica. 
Uma pessoa destra é aquela que escreve com a mão direita. Ao escrever com a mão esquerda, 
sem que haja treinamento adequado, se produzirá um grafismo precário, sem que tenham 
ocorrido alterações de evocação e ideação. Naturalmente, a prática sistemática resultará em 
produção de grafismo de bom nível de qualidade, correspondendo ao nível da evocação e da 
ideação. Isto significa que não importa qual é o membro escritor atuante e sim que ele esteja 
treinado para a execução. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESCRITA: 
 
A evolução da grafia é gradativa e sistemática, podendo não ocorrer se não houver treinamento 
para se consegui-la. O histórico da evolução da grafia é classificado em quatro idades gráficas, que 
correspondem a quatro tipos de cultura gráfica. 
Figura 4: 
Ilustração de grafismos com ideações diferentes. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 21 - 
Escrita Primária: 
Compreende duas subclassificações, chamadas de rústica e canhestra, essa discretamente melhor, 
muito embora se confundam. Na fase primária é notável que o ato de escrever ainda não faça 
parte dos hábitos do indivíduo e exige grande concentração para cada um dos movimentos. Os 
traços desenvolvem-se lentos, mostram quebras, oscilações e muitas paradas. 
A escrita primária corresponde à baixa cultura gráfica. 
 
 
 
A escrita da figura apresenta dificuldades nas fases da escrita: 
� Ideação: os caracteres “a” grafados com gêneses diferentes. 
� Evocação: o caractere “A” com duplicidade de barra. 
� Execução: a lentidão no traço. 
 
Escrita Escolar: 
Apresenta certa desenvoltura e facilidade. Os traços fluem com maior decisão e rapidez, mas ainda 
se prendem aos símbolos alfabéticos, tais como foram aprendidos. 
A escrita escolar corresponde à média cultura gráfica. 
 
 
 
Escrita secundária: 
A escrita flui de forma automática em sua realização. Não necessita de atenção para cada gesto. 
Mostra formas criativas, de qualidades particulares e velocidade na execução dos traços, mesmo 
quando são reconhecíveis os símbolos alfabéticos. A escrita secundária corresponde a uma alta 
cultura gráfica. 
 
 
 
Escrita senil: 
Esta escrita apresenta sinais de decadência, após ter alcançado algum estágio evolutivo. É, 
naturalmente, mais comum em escritas de pessoas idosas. Porém, nem todo idoso produz escrita 
senil. Um grafismo é senil se a execução foi comprometida por problemas motores ou por falhas 
na evocação e na ideação, quando decorrentes da degeneração natural dos músculos. Uma escrita 
pode ficar senil sem ter atingido a idade secundária, ou a escolar. 
A escrita senil corresponde à cultura gráfica decadente. 
 
 
Figura 5: 
Ilustração de escrita primária. 
 
Figura 6: 
Ilustração da escrita escolar. 
 
Figura 7: 
Ilustração da escrita secundária no grafismo da cantora 
Thalia. 
 
Figura 8: 
Ilustração da escrita senil no grafismo do General Fidel Castro. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 22 - 
Quadro síntese da classificação da escrita: 
 
CLASSIFICAÇÃO DA ESCRITA: CULTURA GRÁFICA: 
Escrita primária Baixa cultura gráfica 
Escrita escolar Média cultura gráfica 
Escrita secundária Alta cultura gráfica 
Escrita senil Escrita decadente 
 
 
MUDANÇAS DO GRAFISMO: 
 
A execução do grafismo está sempre sujeita às alterações em decorrência do tempo. Raros são os 
grafismos que não se alteram, inclusive com a incidência da senilidade, principalmente, mas 
muitas são as influências que levam o grafismo a se modificar e essas influências se dividem em 
mudanças normais e mudanças anormais do grafismo. 
 
 
MUDANÇAS NORMAIS DO GRAFISMO: 
As mudanças normais do grafismo acontecem simplesmente com o passar do tempo e é o próprio 
tempo o fator principal dessa alteração. As mudanças normais se sucedem em duas formas. 
 
Evolução: 
O grafismo evolui de acordo com o que aprendemos em classificação da escrita. O treinamento 
aperfeiçoa as fases de produção do grafismo, resultando no automatismo gráfico. 
A quarta Lei do Grafismo garante a evolução na escrita, quando descreve que o escritor dá às 
letras as formas que lhe são mais familiares e mais simples, atribuindo-lhes particularidades 
importantes. 
 
Involução: 
A senilidade se apresenta como o único fator causador de mudanças normais do grafismo, por se 
tratar, também, de um aspecto normal da vida. Não se quer dizer que a senilidade prejudica todos 
os grafismos, pois temos pessoas idosas que mantêm as mesmas características na forma da 
escrita de outrora. 
 
 
MUDANÇAS ANORMAIS DO GRAFISMO: 
Fatores anormais podem influenciar a qualidade da escrita, quando agem diretamente sobre as 
condições motoras do órgão escritor. Estes fatores podem ser internos e externos. 
 
Fatores internos: 
Dizem respeito ao sistema produtor do grafismo: 
São fatores que exercem influência direta na produção do grafismo como emoção, euforia, 
depressão, medo, raiva, embriaguez, ferimentos, doenças crônicas como o mal de Parkinson etc. 
 
Fatores externos: 
Causas alheias ao sistema produtor do grafismo: 
São fatores que exercem influência indireta na produção do grafismo como instrumento escritor 
defeituoso, postura incômoda, suporte inadequado, iluminação ruim, escritaem movimento etc. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 23 - 
CAPÍTULO 3: Gênese 
 
 
 
 
A GÊNESE E O ASPECTO FORMAL: 
 
A gênese é o segmento que estuda as características individuais do grafismo para determinar a sua 
origem e formação, mostrados na imagem gráfica. 
 
Forma e imagem gráfica: 
A forma ou imagem gráfica é o aspecto formal e visual da escrita e mostra todos os momentos da 
realização de um grafismo: ideação, evocação e execução. A imagem gráfica nos mostra como o 
grafismo foi criado, em todos os detalhes. 
 
 
O GRAMA: 
O grama é o registro mínimo resultante de um gesto gráfico realizado sem mudança brusca de 
sentido. O grama é finalizado com uma parada ou com a existência de um ângulo. O ângulo 
determina o início de um novo grama, pois dá novo direcionamento ao traço. 
Exemplos de contagem dos gramas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: 
A grafia da letra “n”, nesta forma, apresenta dois gramas, por conta de mudança brusca de direção ao final da 
grafia do primeiro arco, mostrado pela seta acrescentada. Um novo grama sempre começa com um ângulo, 
mesmo fechado, 0º, ou sobreposição de traços. 
Figura 10: 
Caractere inexistente em nosso alfabeto, grafado com dois gramas, mostrados pelas setas acrescentadas. Note 
que os dois gramas estão separados por um ângulo. 
Figura 11: 
Caractere inexistente em nosso alfabeto, semelhante ao nosso “o”, grafado com um grama. Observa-se que a 
grafia não exibe ângulos. 
Figura 12: 
A grafia da palavra “ele”, nesta forma, apresenta dois gramas pela existência de ângulo no ápice da laçada do “l”, 
mostrado pela seta acrescentada. Conforme já estudamos, se na parte superior do “l” fosse grafado uma curva, a 
palavra apresentaria somente um grama, pois não apresentaria ângulo na trajetória do traço. 
 ٯ
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Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 24 - 
FORMAS DO GRAMA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: 
Circulares: 
São realizados em curvas, encontrados nas grafias dos caracteres alfanuméricos como “o”, “a”, “8”, “9”, “0” 
etc. 
Figura 14: 
Semicirculares: 
São encontrados nas grafias dos caracteres como “c”, “g”, “q”, “b”, “p”, “d”, “n”, “m” etc. Quando a abertura 
está virada para cima, recebe o nome de guirlanda e quando está virada para baixo é chamada de arco. 
Figura 16: 
Horizontais: 
São os gramas executados no sentido horizontal. Especificamente, são chamados de platô ou mesa na grafia de 
“r”, de barra nas grafias de “F”, “E” etc. Nas grafias de “t” e “7” recebe o nome de barra de corte. 
 
Figura 18: 
Laçadas: 
Podem aparecer nas grafias de “l”, “t”, “e”, “f”, “g”, “q”, “p” etc. Podem ser chamadas ainda de laçadas 
superiores ou laçadas inferiores de acordo com a posição da grafia em relação à linha de base. Podem ser 
chamadas de grande laçada, como no “l” ou pequena laçada como no “e”. 
 
Figura 19: 
Dupla laçada: 
Encontrada na grafia do “f”, na forma ilustrada. 
 ∫ 
 
Figura 15: 
Sinuosos: 
Encontrados nas grafias de “s”, “~” etc. Os gramas sinuosos são chamados também de ondulados. 
 O 
 
 ℓℓℓℓ 
 
q 
Figura 17: 
Verticais: 
São todos os gramas executados no sentido vertical. Também são chamados de hastes superiores, nas grafias de 
“t”, “d”, “E”, “F”, por serem grafados acima da linha de base. São chamados de hastes inferiores nas grafias de 
“p”, “q”, por serem grafados abaixo da linha de base. 
 
Ɔ C 
U ∩ 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 25 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FECHAMENTO NOS GRAMAS CIRCULARES: 
 
Os fechamentos dos gramas circulares apresentam características técnicas importantes dentro do 
estudo da gênese de um grafismo. Geralmente, entre o ataque e o remate de um grama circular, 
existe um espaço em branco ou uma superposição de traços, ou seja, alguns gramas não são 
fechados totalmente, enquanto em outros o remate ultrapassa o ponto de ataque, formando uma 
duplicidade de traços. 
O melhor modo de descrever a localização do fechamento dos gramas circulares é usar as horas do 
relógio como referência. Assim, um grama circular pode ter fechamento “às doze horas”, “às três 
horas” e assim por diante. 
 
 
 
 
 
Figura 20: 
Múltipla laçada: 
Encontrada na grafia do “C”, na forma ilustrada. 
Figura 21: 
Presilha: 
Encontrada na grafia do “r”, à esquerda do platô, na forma ilustrada. A presilha também é chamada de anel. 
 
9 h 6 h 3 h 12 h 
 . Figura 22: 
Mínimo gráfico: 
Podem ser traços pequenos como acentos, aspas, ou, simplesmente um ponto. 
Figura 23: 
Ilustrações dos fechamentos dos gramas circulares. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 26 - 
SENTIDO NOS GRAMAS RETOS: 
Os sentidos de cada traço são revelados considerando a origem, a trajetória e o fim da grafia. 
Imaginemos que os traços abaixo sejam o grafismo de uma assinatura. Analisemos cada um deles, 
de acordo com o sentido: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Veja o nome dos traços de acordo com a numeração: 
 
TRAÇO: SENTIDO: 
1 Dextrovolvente 
2 Sinistroascendente 
3 Descendente 
4 Dextrovolvente 
5 Ascendente 
6 Dextrodescendente 
7 Sinistrodescendente 
8 Sinistrovolvente 
9 Dextroascendente 
 
Os sentidos dos gramas retos recebem nomes difíceis de serem memorizados, daí a idéia de 
apresentar o assunto de uma forma diferente, para melhorar as condições de aprendizagem. 
Considere cada uma das setas que partem do centro do desenho abaixo e reveja os nomes dos 
sentidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dextroascendente Ascendente 
Descendente 
Sinistrovolvente 
Sinistrodescendente 
Sinistroascendente 
Dextrovolvente 
Dextrodescendente 
Figura 25: Nova visão dos sentidos dos gramas retos. 
 
 
1 
2 
3 
4 
5 
6 
7 
8 
9 
Figura 24: Os sentidos dos gramas retos. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 27 - 
Memorize inicialmente os pontos principais, correspondentes a norte, sul, leste e oeste. 
Posteriormente, memorize de acordo com os conjuntos relacionados, se ascendem ou se 
descendem, se estão no sentido da esquerda ou da direita. 
 
Memorize os traços que sobem: 
 
TRAÇO: SENTIDO: 
Ascendente Sobe verticalmente 
Dextroascendente Sobe dirigindo-se gradativamente para a direita 
Sinistroascendente Sobe dirigindo-se gradativamente para a esquerda 
 
Memorize os traços que descem: 
 
TRAÇO: SENTIDO: 
Descendente Desce verticalmente 
Dextrodescendente Desce dirigindo-se gradativamente para a direita 
Sinistrodescendente Desce dirigindo-se gradativamente para a esquerda 
 
Agora memorize os dois restantes: 
 
TRAÇO: SENTIDO: 
Dextrovolvente Horizontal, voltado para a direita 
Sinistrovolvente Horizontal, voltado para a esquerda 
 
 
SENTIDO NOS GRAMAS CIRCULARES: 
 
Quando estudamos os sentidos, verificamos também o direcionamento dos gramas circulares, que 
nos oferece particularidades interessantes. Os gramas circulares podem ser grafados nos sentidos 
dextrógiros ou sinistrógiros. 
Veja exemplos: 
 
 
 
 
DIRECIONAMENTO: NOME: 
Horário: o mesmo sentido dos ponteiros do relógio Dextrógiro 
Anti-horário: sentido inverso aos ponteiros do relógio Sinistrógiro 
 
Figura 26: 
Os sentidos diferentes da grafia do caractere “o”, 
horário e anti-horário. 
 
Dextrógiro Sinistrógiro 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 28 - 
PLANEJAMENTO: 
 
O planejamento determina a quantidade de paradas que o instrumento escritor realiza durante a 
execução de um grafismo. Cada gesto gráfico, compreendido entre um ataque e a próxima parada, 
é chamado de momento gráfico. Então, de acordo com o planejamento, um grafismo pode 
apresentar um, dois ou vários momentos gráficos. 
 
 
MOMENTOS GRÁFICOS: 
 
O momento gráfico é bem caracterizado pelo ataque, a trajetória e o remate. A quantidadede 
paralisações corresponde à quantidade de momentos gráficos que formam um grafismo. 
 
 
 
 
 
TENDÊNCIAS: 
 
O punho escritor produz o grafismo com a sua naturalidade peculiar. Assim, podemos observar 
tanto traços retilíneos, como traços curvilíneos, sem que haja, necessariamente, consciência do 
escritor. Estes detalhes revelam as tendências. 
 
 
 
 
 
 
VALORES CURVILÍNEOS E RETILÍNEOS: 
 
Os valores curvilíneos e retilíneos (que produzem ângulos) aparecem em toda a trajetória do traço. 
Devemos observar a abertura tanto da curva como do ângulo, pois que esta característica da 
tendência representa muito nos confrontos. 
 
 
 
Descrição dos momentos gráficos na assinatura do Pelé: 
1º: Grafia do traço reto no sentido sinistrodescendente, haste do “P”. 
2º: Grafia do movimento em círculo do “P”, grama circular sinistrógiro. 
3º: Grafia dos caracteres “e l e”. 
4º: Grafia do acento, mínimo gráfico, em forma de grama circular. 
 
Figura 27: Assinatura do Pelé, gafada em quatro momentos gráficos. 
 
Figura 28: Grafismo com traços retilíneos. 
 
Figura 29: Grafismo com traços curvilíneos. 
 
Figura 30: 
Observe a semelhança das curvas apontadas pelas setas “a”, referindo-se 
aos valores curvilíneos. Da mesma forma, as setas “b” mostram formações 
angulares muito semelhantes no calibre e na abertura, o que chamamos de 
valores angulares. 
 
a a 
b 
b 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 29 - 
FORMA E GÊNESE: 
 
A forma é uma visão muito simples de observação de um caractere, pois nos mostra apenas a sua 
aparência. A observação da gênese é mais profunda e revela como o caractere foi construído: 
onde o traço iniciou, a sua trajetória e onde finalizou. 
Sendo assim, podemos observar que dois caracteres podem ter a mesma forma de grafismo, sem, 
no entanto, ter a mesma gênese. 
 
 
 
Verificamos na ilustração que o primeiro caractere foi grafado com duplicidade de traços em sua 
parte superior. O segundo caractere exibe a duplicidade de traços na parte inferior. 
A captação da forma mostra que há um predomínio da atividade sensorial da visão. A captação da 
gênese combina a atividade sensorial e a análise interpretativa. 
Comparação: o leigo identifica imediatamente as formas visíveis aos olhos em uma pintura. Mas a 
criatividade e o estilo do pintor, que permitem distinguir um original de uma falsificação, só 
podem ser percebidos com auxílio de sensibilidade e conhecimento, como ocorre nos estudos 
grafotécnicos. 
 
 
CONCLUSÕES SOBRE FORMA E GÊNESE: 
 
Ao examinarmos um caractere ou um grafismo, comparando-o a outro sabidamente autêntico, sob 
os aspectos de forma e gênese, poderemos concluir que: 
� Se a gênese e a forma do caractere examinado são iguais as do caractere padrão, temos uma 
prova de autenticidade. 
� Se a gênese do caractere é igual, mas a forma é diferente, temos uma prova de falsificação, 
normalmente uma falsificação de regular a boa qualidade. 
� Se a gênese do caractere é diferente, mas a forma é igual, temos uma prova de inautenticidade, 
normalmente uma falsificação de má qualidade. 
 
Reveja o assunto: 
 
GÊNESE: FORMA: CONCLUSÃO: 
Convergente Convergente Autenticidade 
Convergente Divergente Boa falsificação 
Divergente Convergente Má falsificação 
 
 
CONCEPÇÃO: 
 
A concepção combina os elementos conscientes e inconscientes do grafismo. As imagens 
particulares, que nasceram da ideação e da evocação do escritor, ganharam forma na execução, 
através de sentidos intencionalmente percorridos e tendências involuntárias. A concepção 
constitui expressão característica de um escritor. É o plano visível da ideação. 
Figura 31: 
Ilustração do caractere “a” grafado de formas iguais e gêneses 
diferentes. Duplicidade de traços em locais divergentes, mostrados 
pelas setas. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 30 - 
ATAQUES E REMATES: 
 
É interessante verificar como se inicia e como se finaliza um grafismo, pois os ataques e remates 
nos oferecem formas variadas de grafismo. 
 
ATAQUES: 
 
Os ataques são os pontos iniciais dos registros gráficos. O primeiro ataque de uma assinatura se 
chama ataque inicial, os demais são chamados simplesmente de ataques. Existem várias maneiras 
de se iniciar uma escrita. Verifique as ilustrações com as respectivas explicações. 
 
Ataque apoiado: 
 
 
 
Ataque sem apoio: 
 
 
 
Ataque do infinito: 
 
 
 
Ataque em arpão: 
 
 
Figura 32: 
O instrumento escritor é colocado com pressão sobre o suporte, possibilitando o aparecimento de um 
depósito de tinta no local. A pressão se estende ao longo do traço, exibindo uniformidade na sua 
espessura. 
 
Figura 34: 
O punho exerce movimentos com o instrumento escritor antes de tocar o suporte. O traço que 
se iniciou claro e delgado vai se tornando escuro e espesso gradativamente em espaço mais 
alongado, se comparado ao ataque sem apoio. 
Figura 35: 
O ataque é executado com pequeno traço, às vezes visível somente com instrumentos óticos, 
antes do traço principal, com formação em ângulo. O nome arpão vem da arma usada para pesca 
submarina. Também recebe o nome de crochê, pela semelhança com a ponta da agulha usada 
no artesanato. 
 
Figura 33: 
O ponto de início do traço não apresenta a mesma espessura da sequência imediata, pois que o toque do 
instrumento escritor não se antecipou ao deslocamento. O instrumento escritor estava em movimento ao 
tocar o papel. O traço que se iniciou claro e delgado vai se tornando escuro e espesso 
gradativamente em curto espaço. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 31 - 
Ataque em Gancho: 
 
 
 
Notas: 
Diferença entre arpão e gancho: 
� O arpão é executado com formação angular. 
� O gancho é executado com formação curvilínea. 
 
REMATES: 
 
Os remates são os pontos finais dos registros gráficos. Existem várias maneiras de se finalizar uma 
escrita. É comum o uso do termo “finalização”. 
Vejamos: 
 
Remate apoiado: 
 
 
 
Remate sem apoio: 
 
 
 
 
Remate desvanecente: 
 
 
 
Figura 36: 
O ataque é executado com pequeno traço, às vezes visível somente com instrumentos óticos, 
antes do traço principal, com formação em curva. O nome vem da semelhança do traço com um 
gancho, como a curvatura de um anzol. O nome colchete, como também é designado, vem da 
peça metálica usada no vestuário feminino. 
 
Figura 37: 
O instrumento escritor somente é deslocado do suporte gráfico depois de parar a sua trajetória, na 
finalização da laçada. Não houve diminuição da pressão, resultando em um traço espesso em todo o 
prolongamento. 
 
Figura 38: 
O remate é realizado de forma discreta, com pressão caracterizada pela espessura do traço, sem, no 
entanto, mostrar pressão equivalente em toda a trajetória. A trajetória desvanecente é curta. 
 
Figura 39: 
A pressão inicial vai cedendo e verifica-se uma progressão se acentuando até que o instrumento 
escritor é deslocado do suporte, continuando, ainda, a sua trajetória no ar. O final do traço se 
apresenta delgado e claro gradativamente, até desaparecer em um espaço mais longo, se 
comparado ao remate sem apoio. É também chamado de finalização em fuga. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 32 - 
Remate em arpão: 
 
 
 
Remate em gancho: 
 
 
 
 
PESO DE PUNHO: 
 
A força exercida na realização do traço é chamada de peso de punho e as suas variações 
classificam a escrita. Verifique as explicações e as ilustrações logo após os textos. 
 
Leve: 
Pressão geral mais suave com traços mais finos e mais claros. 
 
 
 
Médio: 
Pressão geral média com traços de espessura e tonalidade medianas. 
 
 
 
 
Pesado: 
Pressão geral forte com traços mais espessos e escuros, com produção de sulcos observáveis com 
facilidade. 
 
 
 
Nota: 
Não devemos permitir que a nossa interpretação de peso de punho se deixe influenciar pelas 
aparênciasdiversas de instrumentos escritores de traços espessos ou de traços finos, tintas 
escuras ou claras. 
Figura 40: 
O remate é executado com pequeno traço, às vezes visível somente com instrumentos óticos, na 
sequência do traço principal, com formação angular. O nome arpão vem da arma usada para pesca 
submarina. Também recebe o nome de crochê, pela semelhança com a ponta da agulha usada no 
artesanato. 
Figura 41: 
O remate é executado com pequeno traço, às vezes visível somente com instrumentos óticos, na 
sequência do traço principal, com formação curvilínea. O nome vem da semelhança do traço com um 
gancho, como a curvatura de um anzol. O nome colchete, como também é designado, vem da peça 
metálica usada no vestuário feminino. 
Figura 42: 
Peso de punho leve. 
 
Figura 43: 
Peso de punho médio. 
 
Figura 44: 
Peso de punho pesado. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 33 - 
LIMITANTES VERBAIS: 
 
As limitantes verbais são linhas retas imaginárias que traçamos sobre uma escrita para verificações 
de algumas características. 
Vejamos: 
 
 
. 
Limitante verbal superior: 
Quando nós traçamos uma reta acima da nossa escrita, tangenciando a parte superior dos 
caracteres vogais ou não passantes, nós lhe damos o nome de limitante verbal superior ou de linha 
de ápice, representada pela reta “la”. 
 
Limitante verbal inferior: 
Quando nós traçamos uma reta abaixo da nossa escrita, tangenciando a parte inferior dos 
caracteres vogais ou não passantes, nós lhe damos o nome de limitante verbal inferior ou de linha 
de base, representada pela reta “lb”. 
 
 
NÃO PASSANTES: 
 
São todos os gramas grafados entre as linhas imaginárias, limitantes verbais, independentemente 
de pertencerem a caracteres maiúsculos ou minúsculos, mostrados com a seta “np”. 
 
 
PASSANTES: 
 
São todos os gramas grafados fora das linhas imaginárias, limitantes verbais, mostrados com as 
setas “ps” e “pi”. 
 
Passante superior: 
A seta “ps“ mostra a laçada do caractere “L” grafada acima da linha de ápice, portanto, trata-se 
de uma passante superior. 
 
Passante inferior: 
A seta “pi“ mostra a laçada do caractere “y” grafada abaixo da linha de base, portanto, trata-se 
de uma passante inferior. 
 
 
 
 
 
 
pi 
ps 
lb 
la 
np 
Figura 45: 
Os traçados das retas imaginárias. 
Figura 46: 
As retas acrescentadas mostram as passantes superiores e passantes inferiores na assinatura de 
Sharon Stone. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 34 - 
GLADIOLAGEM 
 
A gladiolagem é a inexistência de paralelismo entre as linhas de ápice e linhas de base em uma 
escrita. 
Então, quando essas linhas se encontram à direita do grafismo, nós dizemos que temos uma 
escrita com gladiolagem positiva. 
Se o encontro das linhas se der à esquerda, nós temos uma gladiolagem negativa. Mas se as linhas 
forem paralelas nós teremos uma escrita ingladiolada. 
A verificação da existência ou inexistência de gladiolagem em uma escrita depende da 
“visualização” das retas imaginárias estudadas. 
 
Escrita ingladiolada: 
Inexistência de gladiolagem. As limitantes verbais são paralelas. 
 
 
 
Gladiolagem positiva: 
As limitantes verbais não são paralelas e se encontram à direita da escrita. 
 
 
 
 
Gladiolagem negativa: 
As limitantes verbais não são paralelas e se encontram à esquerda da escrita. 
 
 
 
Alguns grafismos podem, no entanto, apresentar variações na gladiolagem. 
 
lb 
la 
la 
lb 
Figura 47: 
O grafismo do escritor Miguel de Cervantes não apresenta gladiolagem. 
 
Figura 48: 
Ilustração de grafismo com gladiolagem positiva, onde as limitantes verbais “la” e “lb” se 
cruzam à direita. 
 
Figura 49: 
Ilustração de grafismo com gladiolagem negativa, onde a limitante verbal superior “la” encontra a 
limitante verbal inferior “lb”, à esquerda. 
 
Figura 50: 
Ilustração com a assinatura de Monica Lewinsky, exibindo parte em escrita 
ingladiolada e parte gladiolada positiva. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 35 - 
EIXO AXIAL: 
 
O eixo axial é uma linha imaginária traçada perpendicularmente, a 90º, na linha de base do 
grafismo examinado. É de acordo com a visualização do eixo axial que podemos dizer se uma 
escrita apresenta inclinação ou não. 
 
 
 
 
 
INCLINAÇÃO AXIAL 
 
É um aspecto resultante dos sentidos genéticos. A forma do grafismo apresenta-se em posição 
vertical ou inclinada para qualquer dos lados em relação à linha de base. A inclinação axial deve 
ser observada em relação ao eixo axial. 
 
Escritas verticais: 
A linha imaginária eixo axial que passa entre os traços realizados nos sentidos ascendentes e 
descendentes é vertical, conforme figura abaixo. 
 
 
 
 
Inclinação para a direita: 
Os traços realizados no sentido dextroascendente alternam-se com os traços realizados no sentido 
sinistrodescendente. O eixo axial mostra que o grafismo apresenta inclinação para a direita. 
 
 
 
 
Linha de base 
Eixo axial 
Linha de pauta 
Figura 51: 
A ilustração mostra que o grafismo apresenta inclinação para a di- 
reita em relação ao eixo axial. 
 
Figura 52: 
A seta mostra a reta simbolizando o eixo axial, perpendicular à linha de base. 
 
Figura 53: 
O eixo axial, linha imaginária, mostra a inclinação do grafismo para a direita. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 36 - 
Inclinação para a esquerda: 
Os traços realizados no sentido dextrodescendente exibem inclinação para a esquerda. 
 
 
 
 
Inclinações mistas: 
Um grafismo pode apresentar caracteres verticais e caracteres com inclinações tanto para a 
esquerda, quanto para a direita: 
 
 
 
 
LINHA MEDIANA: 
 
A linha mediana é uma reta que traçamos imaginariamente entre os gramas fechados ou não, sejam 
gramas circulares ou gramas semicirculares. 
Esta reta tem o objetivo de nos mostrar a distribuição interna dos espaços para conclusão sobre os 
direcionamentos dos gramas. 
Exemplo: 
A linha mediana “a” foi imaginada dentro do grama circular da grafia do caractere “g”, partindo do ponto 
de fechamento do grama até o ponto mais acentuado da curva (poderia ser um ângulo) oposta. Ela nos 
mostra que os espaços intergramaticais à esquerda e à direita são semelhantes. 
A linha mediana “b” foi imaginada dentro da laçada, passante inferior, do caractere “g”, partindo do 
ponto de fechamento até o ponto mais acentuado da curva (poderia ser um ângulo) oposta. Ela nos mostra 
que os espaços intergramaticais acima e abaixo são desiguais, particularidade do punho escritor. 
 
 
 
 
 
ESPAÇAMENTO: 
 
O espaçamento é detalhe da concepção. É a distância média observável nos grafismos, seja entre 
gramas, caracteres, vocábulos ou linhas. 
Figura 54: 
O eixo axial, linha imaginária, mostra que o grafismo foi executado 
com inclinação para a esquerda. 
 
Figura 55: 
Inclinações mistas neste espécime do Presidente Barack Obama, como 
mostram os eixos axiais. 
 
a 
b 
Figura 56: 
Apresentação de duas linhas medianas, imaginárias “a” e “b”, mostrando 
espaçamentos intergramaticais diferenciados na grafia de Sting. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 37 - 
Espaçamento intergramatical: 
É o espaço compreendido entre os gramas da escrita. 
 
 
 
 
Espaçamento interliteral: 
É o espaço compreendido entre os caracteres alfanuméricos ou símbolos. 
 
 
 
Espaçamento intervocabular: 
É o espaço compreendido entre palavras ou nomes. 
 
 
 
Espaçamento interlinear: 
É o espaço compreendido entre linhas. Neste caso, o estudo se destina às escritas realizadas em 
papeis sem pautas. É um recurso usado na Grafoscopia Pericial. 
 
 
 
 
 
ESPAÇAMENTO NA ESCRITA: 
 
A escrita pode apresentar características diferenciadas, quanto à sua formação, podendo ser 
comprimida, regular ou espaçada. Naturalmente, o espaçamento na escrita é consequência dos 
espaçamentos intergramaticais e interliterais e docalibre. 
Figura 57: 
Espaçamento intergramatical no grafismo do escritor Leon Uris. 
 
Figura 58: 
Espaçamento interliteral no grafismo do Monse-
nhor Bergoglio. 
Figura 59: 
Espaçamento intervocabular bem definido na grafia do escritor Truman 
Capote. 
. 
Figura 60: 
Espaçamento interlinear no grafismo de Madre Teresa de Calcutá. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 38 - 
Escrita comprimida: 
É a escrita que apresenta a grafia de muitos caracteres de forma concentrada, em espaço 
aparentemente inferior ao necessário. 
 
 
 
Escrita regular: 
Escrita caracterizada a meio termo entre a escrita comprimida e a escrita espaçada. Este é o 
aspecto mais comum encontrado nas escritas, onde os caracteres se apresentam acomodados 
naturalmente. 
 
 
 
 
Escrita espaçada: 
É a escrita com poucos caracteres ocupando um espaço maior que o supostamente necessário. 
 
 
 
 
 
RELAÇÕES INTERLITERAIS: 
 
É a proporcionalidade entre a altura dos símbolos passantes e não passantes. Passantes são as 
letras maiúsculas e as hastes, laçadas ou traços que são grafados acima da linha de ápice ou abaixo 
da linha de base das minúsculas. Linha de ápice é a linha imaginária localizada na parte superior 
dos gramas minúsculos. As relações interliterais fazem parte da concepção genética. Uma escrita 
pode ser alta, proporcionada ou baixa. 
 
Escrita alta: 
A escrita alta é caracterizada quando as passantes superam o dobro da altura das não passantes. 
 
 
 
 
Figura 61: 
Escrita comprimida. 
Figura 62: 
Escrita regular. 
Figura 63: 
Escrita espaçada. 
Figura 64: 
Escrita alta caracterizada na assinatura de Frederico García Lorca, poeta espanhol. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 39 - 
Escrita proporcionada: 
As passantes se aproximam do dobro da altura das não passantes, quando se trata de escrita 
proporcionada. 
 
 
 
Escrita baixa: 
Os gramas que seriam passantes têm altura menor que o dobro das não passantes. A escrita baixa 
causa a impressão de que todo o grafismo é executado somente com caracteres minúsculos. 
 
 
 
 
CALIBRE: 
 
O calibre se refere ao tamanho da escrita, seja no todo, ou em qualquer de suas partes. Pode-se 
falar do calibre de uma assinatura, de uma palavra, de uma letra, de um grama. O calibre é 
classificado como grande, médio e pequeno. 
 
Calibre grande: 
Os caracteres são grafados em tamanhos diferenciados, grandes, mostrando palavras que ocupam espaços 
supostamente superiores ao necessário. 
 
 
 
 
Calibre médio: 
Os caracteres são grafados de um tamanho que nos parece mais comum à primeira vista, situando-se entre 
o calibre grande e o calibre pequeno. 
 
 
 
 
Figura 65: 
Escrita proporcionada executada por Annie Lennox, cantora escocesa. 
Figura 66: 
Escrita baixa. 
Figura 67: 
Calibre grande na escrita de Evita Perón, ex-primeira dama da Argentina. 
 
Figura 68: 
Calibre médio na escrita de Dom Desmond Tutu. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 40 - 
Calibre pequeno: 
Os caracteres são grafados de tamanho diminuto, às vezes apresentando dificuldades para a 
leitura fluente. 
 
 
 
 
 
ALINHAMENTO GRÁFICO: 
 
O alinhamento gráfico é um aspecto da ideação. É verificado na situação da linha de base em 
relação à linha de pauta. Quando estudamos o alinhamento gráfico, verificamos a posição no 
espaço do grafismo em relação à linha de pauta, pois esta é mais uma característica que diferencia 
o punho escritor. 
 
 
ESCRITA APOIADA: 
 
A escrita apoiada é caracterizada quando a linha de base, também chamada de limitante verbal 
inferior, coincide com a linha de pauta. As palavras se encontram repousadas sobre a linha de 
pauta. 
 
 
 
 
ESCRITA FLUTUANTE: 
 
A escrita se caracteriza como flutuante quando não se apóia na linha de pauta, podendo variar de 
acordo com o seu posicionamento, observando-se a linha de base em relação à linha de pauta. 
 
Escrita alinhada: 
A escrita alinhada é executa horizontalmente, flutuante sobre a linha de pauta, que se mantêm 
paralela à linha de base. 
 
 
 
 
 
Figura 69: 
Calibre pequeno na escrita de Oscar Niemayer. 
 
Figura 70: 
Ilustração da escrita apoiada. 
 
Figura 71 
Ilustração da escrita alinhada. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 41 - 
Escrita ascendente: 
A escrita ascendente mostra a linha de base, do início para o fim do grafismo, seguindo um sentido 
dextroascendente. 
 
 
 
 
Escrita descendente: 
A escrita descendente está caracterizada quando a linha de base, do início para o fim do grafismo, 
segue um sentido dextrodescendente. 
 
 
 
Escrita sinuosa: 
A particularidade de escrita sinuosa está presente quando a linha de base não é respeitada no 
trajeto do grafismo . Também pode ser chamada de escrita ondulada. 
 
 
 
Escrita convexa: 
A escrita convexa mostra a sua linha de base em forma de arco. As extremidades são grafadas 
mais próximas da linha de pauta. 
 
 
 
 
Escrita côncava: 
A escrita côncava mostra a sua linha de base em forma de um casco de barco. As extremidades da 
escrita estão grafadas mais distantes de uma suposta linha de pauta. 
 
 
 
 
Figura 72: 
Ilustração da escrita ascendente. 
 
Figura 73: 
Ilustração da escrita descendente. 
 
Figura 74: 
Ilustração da escrita sinuosa ou escrita ondulada. 
 
Figura 75: 
Ilustração da escrita convexa. 
 
Figura 76: 
Ilustração de escrita côncava. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 42 - 
Escrita sublinear: 
A escrita sublinear tem a sua linha de base situada abaixo da linha de pauta. As linhas de pauta e 
de base são paralelas. 
 
 
 
 
TRAÇO DE LIGAÇÃO: 
 
O traço que liga dois caracteres, consoantes ou vogais, chama-se traço de ligação. Este traço pode 
nos dizer muito do grafismo, segundo a sua forma, gênese e localização. 
 
Traço de ligação por cima: 
O traço se apresenta próximo à linha de ápice. 
 
 
 
Traço de ligação ao centro: 
Caracterizado pela saída sempre entre as linhas de ápice e de base. 
 
 
 
Traço de ligação por baixo: 
Realizado próximo à linha de base. 
 
 
 
 
 
PERNAS: 
 
As pernas são os traços de finalizações de caracteres, grafados no mesmo momento gráfico ou em 
separado. Podem ser encontrados na grafia do “R”, “a”, “o” etc. 
 
 
Figura 77: 
Ilustração da escrita sublinear. 
Figura 78: 
Traço de ligação alongado na grafia da palavra “March” da lavra de Dom Desmond 
Tutu. Observamos um aspecto técnico bem interessante neste detalhe: o traço de 
ligação representa o caractere “r”. 
 
Figura 79 
Traço de ligação saindo por dentro do caractere “o”, na grafia da palavra Socorro. 
 
Figura 80: 
Traço de ligação saindo por baixo, na palavra “bless”. 
 
Figura 81: 
Ilustração dos gramas denominados pernas. A seta menor mostra a perna do “R”, enquanto a seta maior 
mostra a perna do “a” na grafia do Rivaldo. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 43 - 
CAPÍTULO 4: Particularidades da Escrita 
 
 
 
 
PIVÔ DA ESCRITA: 
 
É a parte do corpo que se apóia no suporte a exemplo do lado direito, no início da palma da mão, 
próximo do pulso, para os escritores destros. 
A escrita sem o uso de pivô também exige treinamento. Quando escrevemos num quadro pela 
primeira vez, sem apoio, a execução poderá sofrer desalinhamento. 
O pivô da escrita nos fornece uma característica muito importante, que é a presença de esquírola 
na escrita. 
 
 
ESQUÍROLA: 
 
A esquírola, também chamada de satélite, aparece na escrita em razão do ângulo formado entre o 
Instrumento escritor e o suporte, diferente de 90º. São pequenos pontos, descarga de tinta, que são 
deixados sempre no mesmo local, em curvas, seja nas passantes ou não passantes. 
No passado, as canetas tinteiro deixavam muitas manchas de tinta, a exemplo da esquírola, 
chamadas pseudo-rebarbas ou rebarbas, que eram muito maiores e consequentemente muito 
feias, podendo ser consideradas como sujeirasna escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCRITA HELICOIDAL: 
 
Os movimentos circulares apresentam laçadas sem grandes espaços intergramaticais oferecendo 
uma forma semelhante a uma mola helicoidal. Mas se existirem espaços interliterais alongados 
demasiadamente, a forma seria de uma sequência de laçadas, sem a forma característica 
apresentada na figura. 
 
 
 Figura 84: ilustração de escrita helicoidal. Figura 85: molas helicoidais. 
Figura 82: 
Sequência de esquírolas em toda a trajetória. 
 
Figura 83: 
Presença de rebarba na escrita. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 44 - 
CETRAS: 
 
O cetras é um traço relativamente alongado, como numa sequência de caracteres minúsculos grafados ao 
final de uma assinatura. 
Pode simbolizar uma letra ou várias e não exibe boas condições de legibilidade. 
O grafismo pode aparecer com formações angulares ou curvilíneas de acordo com a tendência. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAÇO ORNAMENTAL: 
 
O traço ornamental, como o próprio nome já diz, é um adorno do próprio grafismo. É acrescentado ao 
grafismo sem necessidade gramatical, porém, não pode ser desconsiderado, pois que apresenta rico 
detalhe ao estudo grafotécnico. Alguns técnicos e estudiosos chamam-no também de traço pictórico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 86: 
Ilustração do cetras em formações curvilíneas ou ondulada. 
Figura 87: 
Ilustração com duplicidade de grafia do cetras, ambos grafados em 
formações angulares ou retilíneos. 
 
Figura 88: 
Walt Disney apresenta grafismo com traços ornamentais, 
mostrados pelas setas. 
 
Figura 89: 
A ilustração apresenta grafismo com traços ornamentais 
exagerados, mesmo para quem está acostumado a vê-los. 
 
Figura 90: 
Victor Frankl adiciona a própria caricatura. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 45 - 
COMPLEXO IDIOGRÁFICO: 
 
É a junção de duas ou mais letras grafadas de modo muito particular, de acordo com a facilidade que o 
punho descobriu de grafá-las. 
Pode ser chamado de modismo e maneirismo, mas já foi chamado de “idiotismo”, evidentemente por 
quem ainda não havia percebido a sua importância. 
 
 
 
 
 
FILIFORMISMO: 
 
Também chamada escrita filiforme é, notadamente, uma escrita com caracteres quase não visíveis. 
Filiforme também significa delgado. 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIO DA CONTEMPORANEIDADE: 
 
Sabemos que o grafismo de um punho evolui ou retrograda com o tempo e que muitas características 
técnicas se mantêm. Isso nos orienta a verificar com atenção as datas das execuções dos grafismos em 
confronto, o tempo passado entre as emissões, para que possamos analisar todas as particularidades com 
maior segurança. 
 
 
 
 
 
Procedimentos: 
As figuras mostram assinaturas executadas com muito espaço de tempo ente elas. Este é um 
exemplo de que o cartão de assinaturas deveria ser renovado há tempos. O confronto dos 
espécimes mostrados não é um trabalho para o Grafotécnico e sim para o Perito Grafotécnico, que 
detém o mesmo conhecimento, porém tem metodologia de trabalho diferenciada poderá 
constituir uma prova de autoria do grafismo. 
 
Figura 91: 
A caixa de texto destaca a grafia de duas sílabas “ri” e “ze” constituindo o 
complexo idiográfico. Nota-se a particularidade na grafia. 
 
Figura 92: 
O grafismo de Debussy apresenta característica filiforme. Neste 
caso desconsideramos a espessura do traço, porque o texto foi 
realizado em 1898 e o instrumento escritor era inadequado. 
 
Figura 93: 
Grafismo executado em 2002. 
Figura 94: 
Grafismo executado em 1976. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 46 - 
GRAFIAS DO “t” E DO “i”: 
 
Tanto o “t”, como o “i”, nos oferece várias maneiras de escrevê-los. O “t” é constituído de uma 
haste, grama vertical e da barra de corte, grama horizontal. 
O “i” é constituído da pequena haste e do mínimo gráfico. 
Assim, devemos imaginar uma enorme quantidade de formas de escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 95: 
Ilustração de algumas maneiras de grafar “t” e “i”. 
 
Figura 96: 
George Harrison exagera no calibre da barra de corte do “T”. É interessante ver 
que o calibre da barra de corte do “T” corresponde ao calibre da barra do “H”. 
 
Figura 97: 
O grafismo da Giovanna Karlla apresenta particularidade no 
“t”: ataques apoiados, por cima, sentido descendente, 
hastes em curva, sem os traços de ligação com os 
caracteres anteriores. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 47 - 
CAPÍTULO 5: Dinâmica e Espontaneidade 
 
 
 
 
DINÂMICA: 
 
A dinâmica é a parte da Grafoscopia que se ocupa em estudar as forças envolvidas nos 
movimentos que geram o grafismo, como também os efeitos que as distribuições dessas forças 
produzem sobre a aparência dos traços. 
Estudaremos detalhes que envolvem a pressão e a progressão na execução do grafismo. 
A pressão existe sem a progressão: o ponto. A progressão pode existir sem a pressão, na 
ocorrência do momento negativo. 
 
 
COMANDOS DINÂMICOS: 
 
A pressão e a progressão variam na realização de um grafismo, mostrando uma distribuição 
desigual de forças durante a trajetória. 
No decorrer de um gesto gráfico a pressão varia tanto quanto a progressão. Isto significa que essas 
forças distribuem-se de maneira desigual durante o processo de execução da escrita. 
Se o instrumento escritor exercer somente pressão sobre o suporte, teremos apenas a grafia de 
um ponto, denominado de mínimo gráfico, já que pressão, por si só, não tem deslocamento. 
Havendo pressão e progressão (deslocamento) teremos a grafia de um traço. 
Quanto maior for a progressão, menor será a pressão e, neste caso, teremos um traço que nos 
mostra claramente o uso de velocidade na sua execução. 
 
Pressão: 
A pressão é a força que o instrumento escritor exerce contra o suporte. Ela se distingue por um 
traço mais espesso e escuro por aumentar a área de contato do instrumento escritor com o 
suporte gráfico e uma maior liberação de tinta, produzindo sulcos mais profundos. 
 
Progressão: 
A progressão é a força exercida em sentido lateral. É o deslocamento do instrumento escritor 
sobre o suporte, produzindo os traços. A progressão é representada no traço mais delgado e mais 
claro, onde não se nota facilmente a presença de sulcos. A progressão, sem a pressão (pressão 
nula), não deixa registro gráfico, o que chamamos de momento negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: 
Quanto maior for a pressão, menor será a progressão, pois essas são forças inversamente 
proporcionais. 
Figura 98: 
Verifique nas laçadas do grafismo que os traços dextroascendente mostram 
progressão e os sinistrodescendentes mostram pressão. 
 
Pressão 
Progressão 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 48 - 
MOMENTO NEGATIVO: 
 
O momento negativo é observado em grafismos onde é aplicada alta velocidade na execução. 
Em algum local do grafismo o comando de progressão superou totalmente o comando de pressão, 
de tal forma que o instrumento escritor deslocou-se flutuando sobre o suporte, não deixando o 
registro gráfico, mas mantendo a sua trajetória no ar. 
Logo a seguir, continuando a sua trajetória, o instrumento escritor toca novamente o suporte e 
inicia novamente o comando de progressão, que gradativamente se transforma em comando de 
pressão. 
Lembre-se que não falamos em paradas, pois o instrumento escritor apenas flutuou, continuando 
a sua trajetória até finalizar o grafismo. 
O espaço que não apresenta o registro gráfico chama-se momento negativo. 
 
 
 
 
MOMENTO NEGATIVO ACIDENTAL: 
 
Não se trata de uma característica da escrita. É acidental, portanto, aparece em um grafismo, mas 
não se repete em outro da mesma lavra, produzido sobre pontos de apoio diferentes. 
Uma falha do instrumento escritorou mesmo a presença de algum objeto entre o ponto de apoio e 
o suporte gráfico pode causar esta falha. 
Nota-se que as supostas finalizações e reinícios apresentam a mesma pressão, indicando que não 
se trata de momento negativo. 
 
 
 
Figura 99: 
As setas mostram os pontos onde o instrumento 
escritor flutuou e, continuando na mesma 
trajetória, tocou o suporte novamente, 
finalizando as grafias das laçadas. Os trechos de 
flutuações são chamados de momentos negativos. 
 
Figura 100: 
Assinatura de Marilyn Monroe com momentos negativos 
acidentais. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 49 - 
ESPONTANEIDADE 
 
A palavra espontaneidade significa essencialmente naturalidade, de fluência natural e sem 
artificialismo. 
Nós buscamos verificar o grau de facilidade ou de dificuldade com que são produzidos os traços. 
Os traços pesados e indecisos são resultados de movimentos lentos, realizados com mais esforço e 
muita atenção, sem espontaneidade. 
Os traços desenvolvidos com uniformidade, harmonia, sem tremores, denotam velocidade e pouca 
atenção, decorrente do automatismo gráfico na escrita, com espontaneidade. 
 
Zonas de facilidades: 
A escrita primária mostra os traços feitos com dificuldade, aparecendo, ocasionalmente, traços 
discretamente fluentes, o que chamamos de zonas de facilidades. 
 
 
 
Zonas de dificuldades: 
A escrita secundária mostra velocidade e automatismo gráfico e nelas observamos as zonas de 
dificuldades. 
Estes pontos são chamados de qualidades particulares, não representando dificuldades para o 
escritor do grafismo, mas, para quem queira imitá-lo. 
Um trecho é considerado zona de facilidade ou zona de dificuldade somente em comparação com 
o traçado da assinatura como um todo. 
 
 
 
 
E 
 
 
ESPONTANEIDADE EM EXAMES: 
 
A espontaneidade é um aspecto muito importante na escrita e por isso é usado nos exames 
Grafotécnicos. 
Mas não é um fator decisivo, por si só, devendo ser aliado a outros aspectos para imprimir 
segurança na conclusão. 
 
Conclusões sobre espontaneidade: 
� A concordância de espontaneidade entre os grafismos, motivo e padrões, não garante a 
autenticidade do grafismo examinado. 
� A discordância de espontaneidade entre os grafismos, motivo e padrões, garante a falsidade do 
grafismo examinado. 
“Não dá para esquecer...” 
Figura 102: 
Observe que as retas mostram curvas grafadas em lados opostos, inclinações opostas e 
ainda alturas diferentes. Apesar das adversidades, as curvas se apresentam com muita 
harmonia. Já as setas apontam ângulos semelhantes, o que chamamos de valores 
angulares. 
 
Figura 101: 
Esta escrita escolar mostra certo grau de fluência e 
naturalidade. As setas indicam pontos que apresentam 
facilidades de imitação. Nota-se um início de 
espontaneidade 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 50 - 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 51 - 
CAPÍTULO 6: Informações Finais 
 
 
 
 
FALSIFICAÇÃO DE ASSINATURA: 
 
As falsificações de assinaturas ou grafismos apresentam variações quanto à qualidade e o método usado na 
contrafação, naturalmente, dependendo do treinamento do estelionatário. Também são raras as 
perfeições encontradas em falsificações. Essas variações se enquadram em cinco classes. 
 
 
CLASSES DE FALSIFICAÇÕES DE ASSINATURAS: 
 
Sem imitação: 
O falsário desconhece a assinatura. Quando consegue um documento como um cheque em branco, o 
estelionatário, por não conhecer o padrão da assinatura do titular, se limita a escrever o nome, como se 
assim fosse o normal. Neste caso nem houve imitação. 
 
Imitação de memória: 
O falsário memoriza e executa o grafismo. Ele até acredita que está fazendo um bom trabalho, confiando 
no poder da sua memória, sem, no entanto, saber que o grafismo trás muito mais coisas do que 
simplesmente aspecto formal ou aparência. 
 
Servil ou modelo à vista: 
O falsário se serve de um modelo que mantém à vista. Em alguns pontos do grafismo ele consegue manter 
a forma, em outros pontos ele consegue manter a gênese, já que está executando uma cópia. Neste caso 
fica claro o emprego de muita atenção, consequentemente, pouco ou nada de automatismo gráfico, ou 
seja: inexistência de espontaneidade. 
 
Decalque ou debuxo: 
O falsário usa moldes e transparências. Muda o método, mas os procedimentos e implicações são os 
mesmo do método anterior, embora apresente mais qualidade. 
 
Livre: 
O falsário atua livremente. A imitação Livre exige muita memorização e exaustivo treinamento de punho e 
produz imitações de muita qualidade. Também não se fala em perfeição absoluta, pois em se tratando de 
uma falsificação de assinatura, algum detalhe escapará ao falsário. 
 
 
MOTIVOS E PADRÕES: 
 
São assinaturas oferecidas para confronto ou comparação para determinar autenticidade ou para 
constituir prova de autoria. 
 
Motivo: 
É o nome dado ao grafismo a ser submetido a exames. O motivo também é denominado de peça 
questionada nos trabalhos periciais, pois se trata de espécime o qual teve a sua autoria colocada 
em dúvidas. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 52 - 
Padrão: 
É o grafismo garantidamente legítimo e que servirá para comparação ou confronto. Qualifica-se o 
padrão de duas formas: 
 
Padrão específico: 
Trata-se de grafismo colhido com finalidade determinada, para servir de comparação em exames 
solicitados. 
 
Padrão não específico: 
Trata-se grafismo pré-existente, que não fora colhido exatamente para servir de padrão nos 
exames solicitados, mas que foram anexados pela sua utilidade e importância. 
 
Nota: 
O confronto entre motivos e padrões sempre apresentam semelhanças que demonstram 
autenticidade ou diferenças que indicam falsificação, a partir da análise das qualidades dos traços. 
Mas, nem toda semelhança é sinal de autenticidade e nem toda diferença é sinal de falsificação. 
 
 
MÉTODOS DE ANÁLISES DE GRAFISMOS: 
 
Alguns procedimentos são primordiais e não devem ser relegados a segundo plano ao recebermos 
grafismos para realização de exames. Não podemos iniciar os trabalhos sem o conhecimento do 
documento e do seu histórico. A análise geral de grafismo se divide em duas etapas, às quais 
damos os nomes de método sinalético e método grafocinético. 
 
Método sinalético: 
São os procedimentos iniciais em todos os exames. Neste método, devem ser analisadas preliminarmente 
as qualidades gerais dos manuscritos, tanto dos questionados, quanto dos padrões, para, posteriormente, 
serem visualizadas e descritas as características, aquelas que individualizam determinado punho escritor. 
 
Orientação dos trabalhos: 
� Estudo isolado da escrita submetida a exames, devassando as suas particularidades. 
� Estudo isolado dos padrões, assinaturas fornecidas para comparação, devassando as suas 
particularidades. 
 
Método grafocinético: 
O método grafocinético, observação por comparação, utiliza conhecimentos e técnicas na análise do 
movimento, do gesto gráfico, isto é, os aspectos da dinâmica e da gênese da escrita. 
 
Orientação dos trabalhos: 
� Confronto direto entre os grafismos, questionado e padrões. 
� Verificação da importância dos pontos predominantes entre convergências e divergências. 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 53 - 
RESUMO DE PROCEDIMENTOS EM EXAMES GRAFOTÉCNICOS: 
 
A verificação das características técnicas, as particularidades, nos garante uma conclusão segura 
sobre autenticidade ou falsidade de um grafismo. 
 
VERIFIQUE: 
 
 
Espontaneidade: 
� Execução firme, com segurança e velocidade. 
� Tremores, paradas e oscilações. 
 
Nota: 
Ao analisar a existência de espontaneidade você já trilhou metade do caminho. Não importa o que 
você determinou parcialmente... Continue. 
 
 
 
 
VERIFIQUE AINDA: 
 
LEMBRA-SE DESTES ITENS? E DOS SUBITENS? 
Sentidos dos gramas retos Dextrovolvente, sinistrovolvente, dextroascendente etc. 
Sentidos dos gramas circulares Dextrógiros,sinistrógiros. 
Planejamento Verifique as paradas, conte os momentos gráficos. 
Tendências A escrita se apresenta retilínea ou curvilínea. 
Ataques Formas de ataques: apoiado, do infinito, em gancho etc. 
Remates Formas de remates: sem apoio, em fuga, em arpão etc. 
Grafias do “t” e do “i” Lembre-se das combinações com a haste e a barra de corte. 
Peso de punho Leve ou pesado? Se estiver no motivo estará no padrão... 
Limitantes verbais As não passantes respeitam as limitantes? 
Gladiolagem A escrita é ingladiolada ou tem alguma gladiolagem? 
Eixo axial A escrita é vertical ou inclinada para algum lado? 
Linha mediana Espaçamentos intergramaticais nos gramas fechados. 
Espaçamentos Intergramaticais, interliterais e intervocabulares. 
Espaçamentos na escrita Comprimida, regular ou é uma escrita espaçada? 
Relações interliterais Veja a altura das passantes em relação às não passantes. 
Calibre Tamanho da letra: grande, médio ou pequeno. 
Alinhamento gráfico Comportamento da escrita em relação à linha de pauta. 
Traços de ligação Ligue-se nestes traços: por cima, ao centro e por baixo. 
Comandos dinâmicos O grafismo apresenta progressão e pressão? Onde? 
Momento negativo Diretamente relacionado à velocidade do traço. 
Particularidades da escrita Esquírola, complexo idiográfico, traço ornamental etc. 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 54 - 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Concluímos os nossos estudos. 
Os conhecimentos adquiridos sobre Grafoscopia nos habilitam a realizar exames em 
grafismos, para determinar autenticidades ou inautenticidades de assinaturas. 
 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 55 - 
APÊNDICE: 
 
 
 
 
ESTUDO DIRIGIDO – Nº 1: 
 
 
 
MÉTODO SINALÉTICO 
 
 
Observação do Grafismo: 
O aspecto que se apresenta em primeiro plano, quando olhamos uma assinatura, é a sua aparência: letras 
bonitas ou feias, desenhadas ou disformes. 
 
O grafismo, a bem da verdade, não apresenta deformidades, mas sim, diferenciais importantíssimos, aos 
quais damos o nome de características ou particularidades. 
 
A assinatura, como o grafismo em si, portanto, não deve ser apreciada somente pela sua beleza. Uma 
análise mais profunda nos mostra os detalhes que não foram observados à primeira vista. 
 
 
 
 
 
 
Notas: 
� Vamos rever os pontos de importância na assinatura da Roberta, sob os princípios da Grafoscopia, sem, 
no entanto, realizarmos confrontos, pois esta análise é pelo método sinalético, unilateral. 
 
� Destacaremos todos os detalhes desta assinatura, que devem ser observados e considerados no 
trabalho técnico de determinação de autenticidade ou inautenticidade. 
 
 
 
Assinatura para análise sob o método sinalético. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 56 - 
O PRIMEIRO MOMENTO GRÁFICO: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
A haste do caractere “R” se apresenta grafada isoladamente e, portanto, se constitui no primeiro momento 
gráfico. Momento gráfico é todo um traço realizado sem que haja interrupção na grafia, parada. 
Não importa muito determinar se a grafia foi iniciada por cima ou por baixo, neste caso de grama reto, mas 
é importante observar como foram realizados o inicio e o fim: ataques e remates apoiados, neste caso. 
Outro detalhe importante é que o punho escritor exerceu maior pressão em toda a trajetória deste 
momento gráfico. 
A haste apresenta, também, a menor Inclinação em relação ao eixo axial, que é a reta perpendicular 
imaginária localizada a 90º sobre outra reta, também imaginária, localizada na base dos caracteres da 
escrita, limitante verbal inferior. 
 
 
 
TRAÇO ORNAMENTAL OU PICTÓRICO – HARMONIA DAS CURVAS: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
O traço inicial tem o formato de meia-lua em curva aberta, mostrando uma harmonia perfeita. Este grama 
semicircular poderia ser iniciado acima da haste como muitos erres. Este grafismo, no entanto, traz 
novidade ao se iniciar por cima, descer até a linha de pauta e subir para a realização do grama semicircular, 
como que desconhecendo a existência da haste já grafada. Chamamos este traço de traço ornamental ou 
pictórico. Traço ornamental ou pictórico é todo o traço que não faz parte do caractere e a ele é 
acrescentado para embelezá-lo ou personalizá-lo. 
O grama semicircular do “R” é formado por curva em sentido inverso à curva do traço ornamental, 
separados por uma pequena reta, dextroascendente. A inversão, no entanto não influenciou 
negativamente o punho escritor, pois ambas as curvas, muito abertas e em alturas diferentes, estão 
traçadas com muita harmonia e extrema semelhança. 
O “R” apresenta também uma presilha, à meia altura da haste. 
A haste do caractere “R”. 
 
O traço ornamental, à esquerda, na grafia do grama semicircular do “R”. A 
segunda reta foi acrescentada para mostrar a harmonia das curvas. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 57 - 
REDIRECIONAMENTO DO TRAÇO: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
Seria comum se o traço de ligação mostrado com a primeira seta, entre o “o” e a laçada do “b”, subisse 
diretamente. Porém, não é o que podemos perceber. 
O traço de ligação é redirecionado discretamente para a direita com formação de ângulo, como está 
repetido mais claramente na formação do traço de saída do “b”, ao partir para a grafia do “e”. 
A existência do ângulo determina o início de um novo grama. A ligação direta, em um mesmo grama, seria 
o procedimento mais fácil. Temos aí, então, mais uma característica: a existência de mais um grama, 
causado pelo redirecionamento do traço, ou seja, decorrente de um ângulo. 
 
 
 
VALORES CURVILÍNEOS: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
Muitas vezes podemos comparar uma parte de um caractere com uma parte de outro caractere diferente. 
Isto é perfeitamente possível. 
Podemos observar na figura que a base do “b” e a finalização do “e” são semelhantes. Embora estejam 
grafados em caracteres distintos os valores curvilíneos são mantidos. 
Devemos lembrar que este grafismo apresenta velocidade no traço e isso acrescenta grau de dificuldade e 
importância aos detalhes em questão. 
O redirecionamento no traço de ligação se assemelha ao traço de ligação entre o 
“b” e o “e”. 
Conservação dos valores curvilíneos. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 58 - 
A GRAFIA PARTICULAR DO “R”: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
Normalmente o “r” é grafado com platô ou mesa, que é o grama horizontal na parte superior. Podemos 
encontrar escritas com platôs em outros caracteres, mas não é comum. 
Pode-se concluir que a ausência do platô é também um sinal do emprego de velocidade na grafia. O platô 
foi suprimido da escrita sem o comprometimento do caractere. Dizemos que a Quarta Lei do Grafismo está 
empregada neste ponto, a facilitação do gesto gráfico. 
 
 
 
VALORES ANGULARES: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
Os retornos em ângulos, antes e após o “t”, diferem dos retornos em curvas já comentados. A velocidade 
do grafismo e os valores angulares dão maior importância aos retornos em ângulos. 
A orientação do punho escritor é a de manter sempre o mesmo padrão. Neste caso, é até possível 
encontrar outra assinatura da Roberta com estes retornos realizados em curvas e aí seriam absolutamente 
iguais às curvas anteriores, mesmos valores curvilíneos. 
 
 
 
O grafismo mostra o “r” sem platô. 
 
Semelhança nos valores angulares. 
 
Aureluz SÉTIMO 
Treinamentos em Grafodocumentoscopia 
 
 - 59 - 
A GRAFIA DO “a”: 
 
 
 
 
Relatório dos exames: 
 
O caractere “a” está grafado com duplicidade de traços na sua base. Também podemos encontrar grafias 
com os traços duplos na sua parte superior. 
Várias são as maneiras de se grafar o “a”, inclusive sem duplicidade de traços, com quantidade de gramas e 
momentos gráficos diferentes. O aspecto formal pode até guardar semelhanças mas a gênese nos mostrará 
os aspectos divergentes interessantes.

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