Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Mocambique, 2021

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Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Moçambique 
 
 Domingos Januário Mateus Uane 
domingosuane83@gmail.com 
Instituto Nacional de Turismo, I. P. 
 
RESUMO 
O presente trabalho pretende falar sobre o impacto do Covid-19 na Indústria do Turismo, um dos 
sectores mais fustigado pela pandemia, com as restrições impostas, muitas empresas da área do 
turismo foram encerrando as portas como forma de evitar propagação do Covid-19. Neste contexto, o 
trabalho tem como objectivo, analisar o impacto da Covid-19 no sector do turismo em Moçambique. 
Desde a eclosão da pandemia do Coronavírus trouxe consigo um novo modelos, realidade de vida aos 
moçambicanos, visto que, Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o distanciamento social, 
encerramento das empresas, o comércio, as viagens, que são medidas com vista a reduzir a velocidade 
da propagação da doença. Desde Dezembro de 2019, o mundo vive sobre os efeitos do surto causado 
pelo novo Coronavírus (SARS- COV-2). A OMS declarou a Covid-19 como sendo uma emergência 
mundial de saúde pública e, a 10 de Março de 2020 passou a ser considerada uma pandemia. Desde a 
notificação do 1º caso no país, a forma habitual de vida passou a ter um novo rumo, muitos desafios 
foram impostas ao governo, autoridades da saúde, ramos empresariais e a própria comunidade em 
geral. A COVID-19, no país trás impactos extremamente negativas em diversos sector de actividades, 
tornando assim a vida mais amarga e ao avesso e com dificuldades influenciados pela doença. 
Palavras-chave: COVID-19, Impacto, Turismo, Moçambique. 
 
ABSTRACT 
 
This paper intends to talk about the impact of Covid-19 on the Tourism Industry, one of the sectors 
most hit by the pandemic, with the restrictions imposed, many companies in the tourism area were 
closing their doors as a way to prevent the spread of Covid-19. In this context, the work aims to 
analyze the impact of Covid-19 on the tourism sector in Mozambique. Since the outbreak of the 
Coronavirus pandemic, it has brought with it a new model, a reality of life for Mozambicans, as the 
World Health Organization (WHO) recommends social distancing, business closure, trade, travel, 
which are measures with a view to reduce the speed of spread of the disease. Since December 2019, 
the world has been living under the effects of the outbreak caused by the new Coronavirus (SARS-
COV-2). WHO declared Covid-19 to be a global public health emergency and, on March 10, 2020, it 
was considered a pandemic. Since the notification of the 1st case in the country, the usual way of life 
has taken a new direction; many challenges have been imposed on the government, health authorities, 
business branches and the community in general. COVID-19 in country brings extremely negative 
impacts in several sectors of activities, thus making life more bitter and upside down and with 
difficulties influenced by the disease. 
Keywords: COVID-19, Impact, Tourism, Mozambique 
 
mailto:domingosuane83@gmail.com
Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Moçambique 
 UANE, Domingos 
Setembro, 2021 
Introdução 
O presente trabalho aborda sobre o impacto da Covid-19 no sector do turismo em 
Moçambique. Desta feita, desde o Decreto sob situação de calamidade pública por tempo 
indeterminado, a pandemia do novo coronavírus em Moçambique continua a constituir crise. 
As medidas impostas pelas autoridades de saúde no país, a situação sócio económico dos 
Moçambicanos está cada vez mais difícil, no sector empresarial há crise, as actividades 
económicas foram parcialmente paralisadas, o comércio, as agências de viagem encerradas e 
o sector do turismo foi um dos mais afectados pela pandemia de coronavírus. 
A indústria do Turismo viu-se obrigada a encerrar suas portas quase em sua totalidade, as 
áreas que opera, a pandemia de coronavírus contribuiu bastante para a maior taxa de 
desemprego no país. Como método de combate a pandemia actividades ficaram paralisadas. O 
impacto da doença se reflecte de forma extremamente negativa, a total paralisação do tecido 
económico no país, é devastador para as famílias e vem se agravando de forma significativa. 
Contudo, a pandemia não afectou directamente só a saúde dos Moçambicanos, mas também a 
forma como as pessoas se relaciona, os meios de transporte, os meios de trabalho e 
especialmente toda a cadeia produtiva, haja vista que uma das medidas adoptadas para conter 
a disseminação é o distanciamento social, por isso, que o seu impacto é negativo. 
 Todavia, actividades foram profundamente afectadas sofrendo com paralisações pontuais, 
restrições quanto ao seu funcionamento ou até mesmo com o contínuo fechamento até 
adopção de protocolos sanitário mais rigoroso. 
Portanto, quanto maior for o grau de incerteza sobre as tendências da expansão da COVID-19 
e seu impacto no sector, menor será a participação dos agentes económicos na economia, 
proporcionando deste modo um fluxo financeiro cada vez menor, resultante da diminuição do 
volume de produção e da geração de rendimento, criando assim um ciclo vicioso. 
Neste contexto, no decurso desta situação da pandemia do covid-19, desenvolve-se a pesquisa 
bibliográfica e documental, com o objectivo de analisar o impacto da pandemia da Covid-19 
efeitos do novo coronavirus sobre o turismo em Moçambique. 
 
 
Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Moçambique 
 UANE, Domingos 
Setembro, 2021 
Impacto da COVID-19 no Sector de Turismo em Moçambique 
Um dos sectores mais afectados pelos efeitos da pandemia é o turismo, sendo que as suas 
receitas são suportadas pelos turistas, logo, com as medidas restritivas, grandes e pequenos 
espaços geográficos estão desertos no país, pontos turísticos que costumam atrair multidões 
estão quase sem um único visitante; praias vazias em dias quentes; feriados prolongados como 
(Ponta de ouro, Macaneta, Costa do Sol, Tofo, Bilene, e Wimbe) sem grandes movimentos 
nos aeroportos, como (Maputo, Vilanculo, Inhambane, Nacala e Pemba). 
Impacto da Pandemia de Covid-19 em Moçambique é visível, apresenta um cenário de 
paralisação total das actividades, com um crescimento do número de infectados e de mortes. E 
os meses de Julho a Agosto foram mais críticos do país com registo de maiores números de 
infecções e mortes, desde a 1ª notificação da doença em Moçambique, isso é lastimável. 
É certo que o início da campanha de vacinação promove grandes avanços, mas, sem dúvida, 
ainda há um longo caminho a ser percorrido até a retomada normal de actividades no país. 
Enquanto não houver uma vacinação em massa para o país inteiro, vão permanecer a adopção 
dos protocolos sanitários de segurança mais rigorosos para evitar a propagação do vírus por 
meio do distanciamento social, da utilização de máscaras e lavagem frequente de mãos. 
Conforme dados divulgados pela Organização Mundial do Turismo (OMT), a pandemia de 
COVID-19 promoveu a redução nas chegadas de turistas internacionais no mundo, nos dez 
primeiros meses de 2020, que podem ser semelhante aos dos anos 1990. Representando, 
também, prejuízos consideráveis nas receitas nacionais e internacionais do turismo. 
Nesta perspectiva, fazendo uma análise profunda sobre a situação da pandemia no país, pode 
concluir-se que o sector do turismo especialmente, nos subsectores: hotelaria, restauração, 
cultura, área de conservação natural, transporte, foram as áreas observadas com a maior 
queda, ou seja, com maior estabelecimento da indústria turística encerradas, como resultado 
do impacto negativo da pandemia. 
O turismo vinha sendo um dos sectores de maior crescimento da 
economia no país antes da pandemia, foi responsável pela injecção de 
milhões de Meticais na economia, acrescentando assim, o Produto 
Interno Bruto (PIB) para Moçambique. Em relação aos empregos, a 
indústria do turismo tem sido o maior responsável empregador dos 
trabalhadores, com mais postos de trabalhos em diferentes áreas doturismo, (MOCAMBIQUE, 2020b). 
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O Turismo e a Pandemia da Covid-19 em Moçambique 
O impacto do novo Coronavírus no sector de turismo é extremamente negativo, e estes efeitos 
paralisaram toda a cadeia de negócios de turismo em Moçambique, deixando desta feita, o 
volume de procura de produtos e serviços sem nenhuma actividade. 
No sector de turismo há uma preocupação acentuada nos hotéis, restaurantes, guia turística 
devido a covid-19, porém, muitas empresas ligadas ao ramo enfrentam problemas financeiros 
que as impossibilitam de cumprir com as suas obrigações, tais como pagamentos de 
funcionários, manutenção de áreas de trabalho, segurar ou não os trabalhadores, entre outras 
despesas, porque o sector não produz mais, (MOÇAMBIQUE, 2020b). 
Na base do pressuposto acima supracitada, conclui-se que, a Covid-19 atrapalha o 
atendimento directo ao turista, efeitos da pandemia vieram interromper esse ciclo de 
crescimento económico, deixando assim, então, despesas, dívidas a saldar e o desemprego, 
isto porque, as despesas e receitas suportadas pelo sector são produzidas pelo turista. Sem 
actividade turística, não há contas a pagar seus funcionários e outras obrigações fiscais. 
Impacto da Covid-19 em Moçambique 
O COVID-19 não selecciona os atingidos, produzindo efeitos sobre grandes empresas e 
pequenos negócios, como é o caso de comércio informal em Moçambique são a representação 
clara dos nefastos efeitos da pandemia, produz distorções sociais e contribui para a elevação 
de custo de vida e dos índices de pobreza aos moçambicanos. 
Com a necessidade de adoptar distanciamento social e evitar aglomerações, a actividade 
turística foi directamente afectada. Pontos turísticos foram fechados, voos suspensos, eventos 
cancelados, fronteiras interditadas, hotéis, pousadas, bares e restaurantes obrigados a fechar as 
portas. Em todo território Moçambicano, o sector acumula perdas desde o início da pandemia, 
haja vista que até mesmo as grandes festividades populares deixaram de ser realizadas em 
função do necessário distanciamento social, (WHO, 2021). 
A Negatividade da Covid-19 nos Subsector do Turismo em Moçambique 
O turismo sendo um dos sectores fortemente impactado pela pandemia, as medidas restritivas 
de isolamento social sugeridas pelos organismos de saúde impedem de maneira significativa a 
mobilidade das pessoas e, assim, tornam as viagens bem menos frequentes, influenciando 
assim, a negatividade do tecido económico e social do país. 
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No ramo da indústria turística são subdivididas as actividades que impulsiona o 
desenvolvimento da economia, é o caso de, Alojamento, Agências de Viagem, Transporte 
Aéreo, Terrestre, marítima, Aluguer de Transporte, Alimentação, Cultura e Lazer, o que 
possibilita ter um panorama de várias actividades que compõem o sector. Além disso, a 
divisão permite identificar quais dessas actividades são mais relevantes para a economia, a 
nível nacional, (MOÇAMBIQUE, 2004). 
Impacto de Covid-19 no Sector de Hotelaria e Turismo 
As instâncias hoteleiras, vê-se a obrigação de encerrar as suas portas por um tempo 
indeterminado devido o impacto negativo da covid-19 país, verificou-se que a indústria 
hoteleira enfrenta dias difíceis, facto que certamente baixa confiança do negócio no futuro. 
Todavia, constatou-se que não são apenas os hotéis prejudicados pela crise, mas também as 
diversas áreas do sector. O movimento reduziu drasticamente para serviços turísticos, é uma 
situação extremamente negativa e preocupante que tem afectado pagamento a fornecedores, 
salários e obrigações fiscais, e, para minimizar o impacto, grande parte dos trabalhadores 
foram dispensados para as férias. 
Neste sentido, conclui-se que, a doenças além deixar a sociedade sem formas de garantir a 
renda do seu agregado familiar, destrói vidas humanas, põe empresas a falências e 
empresários endividados, e o governo numa situação de caos, com incremento substância de 
desempregos. 
Impacto de Covid-19 no Sector Cultura e Turismo 
O sector da Cultura e Turismo também sente efeitos negativos da pandemia Covid-19, em 
decorrência da natureza das actividades a ele subjacente. Na área da cultura, verifica-se 
museus e instituições similares como escolas de ensino artístico e bibliotecas públicas, todas 
encerradas, incluindo a suspensão de serviços conexos (lojas museus e de artesanato). 
A suspensão de mais serviços na arena cultural, tais como edição de músicas e as produções 
cinematográficas de curta e longa-metragem, para além do encerramento de outros, vários 
estabelecimentos de entretenimento, os casinos e as salas de máquinas de jogos de fortuna ou 
azar, afectam muitas pessoas singulares e colectivas, (Jornal Noticias, 09/09.2020). 
Com isso, pode se reafirma que, suspensão/encerramento destes serviços impacta a vida social 
negativamente, sendo que, dele se conseguia ter um sustendo para a familiar. 
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Entretanto, no campo cultural, muitas mudanças já podem ser sentidas após o impacto da 
pandemia de Covid-19. O sector sofreu uma migração para as plataformas virtuais até aonde 
esta foi capaz de absorver as práticas e o público de cultura, como forma reduzir os impactos. 
Impacto de Covid-19 no Sector Transporte 
O turismo é uma prática socioeconómica que envolve deslocamento espacial, ou seja, viajar, 
que na maior parte das vezes implica a utilização do transporte, neste caso, transporte e o 
turismo constitui como vectores de disseminação do vírus. 
Os transportes, desde rodoviários, fluviais e aéreos, são áreas com impacto 
negativo da Covid-19, estão afectados na cadeia de negócio, devido as fortes 
medidas restritivas tomadas pelo país, a procura pelo transporte diminuiu 
drasticamente em Moçambique. Sem deslocação de pessoas, principalmente 
para fora do país, o funcionamento das agências de viagens é também 
titubeante. As agências estão fechadas, algumas já estão a despedir 
trabalhadores em causa está a falta de clientes. Já não há mais quem queira 
viajar nem de modo doméstico ou internacional, por causa dos efeitos da crise 
e medidas restritiva, (Jornal o País, 09.09.2020). 
O transporte rodoviário é largamente afectado pela crise. Neste caso, o destaque vai para o 
serviço de táxi, transporte semi-colectivo vulgo os (chapa 100) e aqueles que cuja sua 
natureza é interligar entre distritos e províncias devido a fortes medidas restritivas imposta. 
Numa análise sobre a situação do transporte aéreo nos municípios de Maputo, Inhambane, 
Vilanculo e Pemba, pode-se fazer uma comparação através de indicadores, dos quais, a 
evolução mensal do número de voos domésticos e internacionais, e do número de passageiros 
nacionais e internacionais, tomando como base os anos de 2020 até então, são claramente 
visíveis os impactos negativos sobre a Covid-19. 
Impacto de Covid-19 e Turismo nas Áreas de Conservação Naturais 
O potencial turístico do património natural na forma de unidades de conservação, tem 
recebido também especial atenção dos órgãos governamentais para o seu aproveitamento 
económico e turístico. 
 As restrições afectaram de forma negativa o sector de conservação e turismo, teve que 
suspender a maioria das actividades como o encerramento das instalações para turistas, 
consequentemente causou a demissão de trabalhadores de apoio essencial (ex. cozinheiros, 
guardas, pessoal de limpeza entre outros) afectando de forma significativa as operações 
quotidianas fundamentais das Áreas de Conservação. 
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Para fazer face a esta situação, a Fundação para Conservação da 
Biodiversidade - BIOFUND criou em Junhode 2020, um Fundo de 
Emergência denominado “BIO - Fundo de Emergência” sob o lema 
"Protegendo os Recursos Naturais em Tempos de Crise" com o objectivo de 
apoiar as Áreas de Conservação sob gestão pública e privada, com vista a 
garantir o funcionamento de actividades de patrulhamento e fiscalização 
durante o período em que não existem receitas do turismo devido à pandemia 
do COVID-19, (NAZERALI, et al.2021, p.1). 
Embora se reconheçam os vários desafios enfrentados pelas Áreas de Conservação nesta crise, 
este apoio está focado no pagamento de salários dos fiscais e do pessoal de apoio, custos 
operacionais e material de prevenção contra o COVID-19 de forma a garantir a realização de 
actividades de patrulhamento e assegurar os postos de trabalho dos fiscais e pessoal essencial 
para apoiar nas patrulhas. 
 Neste âmbito, para compreender o impacto do COVID-19 na conservação da biodiversidade 
e gestão das ACs, a BIOFUND realizou um inquérito aos gestores das Área de Conservação 
do sector privado (beneficiários do BIO-Fundo de Emergência) com o objectivo de perceber o 
impacto real do COVID-19 nas actividades realizadas no ano de 2020 e expectativas aos 
impactos potenciais em 2021. Procurou-se também perceber as intervenções e os 
investimentos que seriam necessários para evitar a perda da biodiversidade e dos meios de 
subsistência das comunidades ao redor destas áreas. 
Análise do Impacto da Covid-19 no Sector do Turismo 
Com o lockdown, o país faz o cancelamento de vários eventos no âmbito das medidas do 
Estado de Emergência, as empresas do Sector de Turismo, assistem uma drástica redução na 
procura dos serviços facto que obrigou ao encerramento de alguns estabelecimentos devido 
aos elevados custos por estes suportados sem fonte de receita para sua cobertura. 
Este facto traz consigo efeitos nefastos à indústria do turismo, visto que o encerramento de 
actividades por parte de empresas deste sector não significa somente perdas em termos de 
receitas, mas, também, o número de pessoas sem emprego, o que por seu turno tem 
consequências graves para as famílias. 
Em suma, a pesquisa mostra os desafios trazidos pelos efeitos da pandemia Covid-19, no 
sector, a manutenção da massa laboral nas empresas. Este facto deriva pela fraca capacidade 
das empresas em gerar receitas causada, a fraca procura dos serviços do ramo, pela estrutura 
de custos que as empresas do sector suportam. 
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Covid-19 e Turismo nas regiões Sul, Centro e Norte de Moçambique 
Moçambique é um país com enorme potencialidade de atracções para a prática de Turismo. 
Oferece mosaicos diversos e inéditos inexploráveis para desenvolver actividades, destaca-se 
praias lindas e águas de cristalinas, cachoeiras e cataratas, oferece turismo religioso, cultural. 
O Turismo na província de Inhambane em particular (a segunda com maior capacidade de 
oferta de serviços hoteleiros) registou uma redução significativa na procura deste tipo de 
serviços o que obrigou que mais de metade dos trabalhadores saíssem de férias colectivas, 
(GUAMBE, 2018). 
A zona norte e cento estão a sofrer muito mais, registam-se problemas económicos devido aos 
ataques protagonizados pelos insurgentes e, caso da província Cabo Delgado, os turistas tem 
medo da situação (factor repulsivo) com a eclosão da pandemia do coronavírus em 
Moçambique só veio piorar ainda mais e a cadeia de negócio de turismo afunda-se 
completamente nestes pontos. 
Conclusão, não obstante, do enorme mosaico que Moçambique dispõe a oferecer, os efeitos 
da doença vieram para condicional a controvérsia, paralisação, com efeitos irreversíveis, 
negativo e incontornáveis estão ser sentidas, em todas as regiões do belo Moçambique. 
Tendências e propostas para o Turismo em Moçambique em tempo de pandemia 
De fato, a sociedade está à espera, avaliando como a situação evolui, antes de planejar futuras 
actividades turísticas e voltar a frequentar actividades artísticas e culturais no ritmo anterior à 
pandemia. 
Segundo NAZERALI, et al, (2021, p. 5), acredita-se que há uma grande expectativa para que 
a retomada das actividades de ambos os sectores consiga manter postos de trabalho e volte 
aos níveis de arrecadação anteriores à pandemia o mais rapidamente possível. 
A proposta para o recurso turismo para retomada da actividade possivelmente em 2023 será 
melhoria dos serviços digitais. Expandir a presença online em diferentes plataformas, 
incluindo mídias sociais, está se tornando essencial. 
O turista precisará vivenciar experiências digitais enriquecidas para ter segurança ao realizar a 
melhor escolha do seu destino. Ambos os sectores, necessitam retomar suas actividades em 
face à crise e buscar práticas inovadoras que pode ser uma saída viável. 
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Discussão 
Em Moçambique, a pandemia do coronavírus está a provocar vários e graves impactos 
negativos, que vão crescendo diariamente, principalmente nas duas esferas (económica e 
social), com destaque para sérios problemas de saúde pública causados pelas dificuldades do 
governo fazer face à doença. 
A situação actual resultante dos efeitos da pandemia de COVID-19 exige um posicionamento 
cada vez mais actualizado às novas tecnologias. Tal premissa cabe tanto aos consumidores, 
empresas, quanto ao sector público. É cada vez mais necessário o investimento em novas 
tecnologias para apoiar a digitalização de alguns serviços, para promover a desburocratização 
e auxiliar no processo de retomada, (MS, 2020, p.05). 
Na base do pressuposto acima mencionada, conclui-se que o combate a pandemia do Covid-
19, deve ser feita em esforços da conjuntura, por elevado níveis da consciencialização, todos 
devemos fazer valer apenas as medidas, como forma de conter e ninguém deve estar isenta. 
O Governo não está alheio a esta situação, e por tal, o Ministério da Cultura e Turismo criou 
um Gabinete de Gestão de Crise cujo principal objectivo é auscultar os profissionais e o 
empresariado que actuam nas áreas da cultura e do turismo, buscando colher as principais 
preocupações e propostas de soluções. 
É de domínio público que para mitigar os efeitos económicos decorrentes desta pandemia, o 
Governo tem vindo a aprovar diversas medidas ponderadas desde a introdução pelo Banco de 
Moçambique de uma linha de financiamento em moeda estrangeira para as instituições 
participantes no mercado cambial interbancário, no montante global de milhões de dólares 
para um período de 9 meses. 
As medidas adoptadas pelo Governo de Moçambique visam essencialmente preservar a 
liquidez das empresas e a manutenção do emprego, mediante principalmente medidas de 
alívio temporário da carga fiscal e de intervenções ao nível do crédito bancário, destacando-se 
a implementação, pela banca comercial privada, de moratórias ao crédito. 
No sector do turismo, o Ministério pelouro deve reforçar a actuação institucional para 
identificar possíveis propostas legislativas que possam auxiliar no processo de retomada, bem 
como apoiar a criação ou a manutenção de Frentes Parlamentares que auxiliarão no processo 
de acompanhamento legislativo. 
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Resultados 
A adopção de medidas para mitigar os efeitos da pandemia no sector é fundamental e urgente, 
e a aliança entre o sector público e o sector privado é a chave para impulsionar acções 
almejando a mudança. Tal conjuntura faz-se necessária para reverter a visão céptica dos 
consumidores quanto à possibilidade de viajar, bem como para adoptar ou reforçar rigorosos 
protocolos sanitários nos destinos turísticos no país. 
A partir deste estudo, é esperado que as actividades turísticas domésticas ganhem fôlego nos 
curtos e médio prazos, enquanto actividades internacionaisainda demandarão maior tempo de 
maturidade para apresentarem os primeiros números de recuperação. 
A luz da ideia acima, o período de estabilização, o turismo doméstico será o primeiro factor 
motivador do retorno das actividades, enquanto o internacional levará, pelo menos mais 
tempo, para atingir recuperação económica do sector, de forma a recuperar o nível. 
A partir de tais premissas, é fundamental que sejam avaliadas ou adoptadas medidas com o 
objectivo de superar o quadro. Tendo por base a actual capacidade de articulação do 
Ministério do Turismo, os projectos em desenvolvimento e o cenário económico, o presente 
trabalho destaca algumas sugestões: 
i. Busca por turismo de isolamento onde o indivíduo opta pelo isolamento. Tal 
segmento possui convergência em certa medida com o turismo de aventura e com 
o turismo rural, razão pela qual sugere-se maior actuação; 
ii. A elaboração de um plano de retomada que considere a participação do sector 
privado, dos órgãos municipais, bem como empresários e que tenham 
convergência com o Planeamento Estratégico do Ministério do Turismo e com as 
actuais políticas em vigor para aproveitar a capacidade já estabelecida. 
iii. A luz no fundo do túnel é a produção de vacinas para imunização em massa da 
população, campanha de vacinação, pode contribuir como um alívio para a retoma 
das actividades turísticas. 
 
 
 
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Considerações finais 
Como forma de garantir a indústria do Turismo em Moçambique devem mandar carta ao 
Governo, com vista a pedir incentivos, desde o adiamento do pagamento dos impostos, uma 
linha de financiamento e demais impulsos laborais. A reacção favorável do Governo é a única 
esperança para salvar as empresas bem como os postos de trabalhos. 
A infra-estrutura turística, como rede hoteleira, terá que acolher equipamentos de acordo com 
as exigências sanitárias actuais e respeitando as regras de distanciamento. Para se adaptar e 
inovar nos meios de hospedagem, pode ser necessário imaginar um espaço de trabalho 
mobiliado e adicionar um ambiente de escritório aos quartos, proporcionando acomodações 
práticas e agradáveis. 
O Governo deve agir com muito atenção de modo a adoptar melhores medidas fiscais, 
aduaneiras, laborais e financeiras, com vista a assegurar a sobrevivência das empresas e 
garantir a recuperação das suas actividades. Pois é a única esperança dos operadores da 
indústria hoteleira no país, pois não basta que tomem medidas paliativas como encerrar, 
suspender e diminuir os trabalhadores, os prejuízos continuam enormes para a classe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Moçambique 
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Referência bibliográfica 
GUAMBE, José. Turismo na Zona Costeira de Inhambane: Conflitos na Produção do 
Espaço. Tese de Doutorado em Geografia, Universidade Pedagógica, Maputo, 2018 
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NAZERALI, Sean, el al. Impacto da pandemia do COVID-19 nas Áreas de Conservação 
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____________. Impacto Económico do Covid-19: Propostas para o Turismo Moçambicano 
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_____________ Jornal O País, 09.09.2020, Moçambique 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.biofund.org.mz/
Impacto da COVID-19 no Sector do Turismo em Moçambique 
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As Imagens ilustram as Medidas para combater propagação da Covid-19 
 
Figura nº1: Lave bem as mãos. Fig. Nº2: Uso da máscara. Fig. Nº3: Pratique distanciamento social