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48 49 Do grego botanikós = relativo a ervas, a Botânica é a área da Biologia que estuda os vegetais em todos os níveis de organização. O Reino Plantae, Metaphyta ou Vegetal abrange todas as plantas ou vegetais eucariontes. Quase todos os repre- sentantes são dotados de plastos com clorofila e, portanto, capazes de realizar fotossíntese, sendo então denominados autótrofos. Suas células possuem parede celular de celulose e armazenam amido como substância de reserva. A classificação das plantas pode ser simplificada de acor- do com o esquema abaixo: As plantas podem ser classificadas de acordo com vários critérios, como mostra o quadro abaixo: CÉLULA VEGETAL A organização de uma célula vegetal é muito parecida com a da célula animal, apresentando muitas organelas co- muns, como mitocôndrias, retículo endoplasmático, comple- xo de Golgi, ribossomos, entre outras. Lembramos que ao se estudar uma célula típica, tomamos como padrão a célula eucariótica. A célula vegetal apresenta estruturas típicas, como a membrana celulósica ou parede celular que reveste exter- namente a célula vegetal, sendo constituída basicamente de celulose, podendo ter deposição de outros polissacarídeos como lignina e suberina. Uma outra estrutura que caracteriza a célula vegetal é o plasto, organela que pode ser ou não pigmentado. Quando os plastos não possuem pigmentos coloridos, são chamados de leucoplastos, como os amiloplastos que armazenam amido, os oleoplastos que armazenam lipídios e os proteplastos, que armazenam proteínas. Entre os cromoplastos, plastos pigmentados, além do cloroplasto que contém clorofila (pigmento verde), existem os xantoplastos, que contém xantofila (pigmento amarelo), os eritroplastos, que contém pigmento vermelho, e assim por diante. O vacúolo é uma organela com dimensões maiores que na célula animal e ocupa grande parte do hialoplasma da célula. Podemos diferenciar a célula vegetal da célula animal tam- bém pela ausência dos centríolos nos vegetais superiores. Principais diferenças entre Células Vegetais e Animais Nos tecidos vegetais, as comunicações entre as células são feitas por meio de estruturas denominadas plasmodes- mos. Eles permitem trocas de materiais entre células vizi- nhas por meio de pontes citoplasmáticas. Osmose na célula vegetal Quando está em meio isotônico, a parede celular não oferece resistência à entrada de água, pois não está sen- do distendida (PT = zero). Mas como as concentrações de partículas dentro e fora da célula são iguais, a diferença de pressão de difusão é nula. A célula, portanto, está flácida, ou seja, a força de entrada de água é igual à força de saída de água da célula. CRITÉRIOS DIVISÕES PRINCIPAIS GRUPOS Sem tecidos diferenciados Algas superiores Com tecidos organizados Talófitas Cormófitas Briófitas, pteridófitas, gimnospermas, angiospermas Sem tecidos conduto- res de seiva Com tecidos conduto- res de seiva Sem flores, frutos ou sementes Com ou sem frutos, mas com flores e sementes Avasculares Vasculares ou Traqueófitas Criptógamas Fanerógamas Algas, briófitas Pteridófitas, gimnosper- mas e angiospermas Algas, briófitas, pteridófitas Gimnospermas, angiospermas A Organização Eucariótica da Célula Vegetal CÉLULA VEGETAL CÉLULA ANIMAL Centríolos Presentes Peroxissomos Ausentes Presentes Presentes Complexo de Golgi Cloroplasto Vacúolos Plasmodesmos Vesículas isoladas Presentes Maiores Presentes Vesículas empilhadas Ausentes Menores Ausentes Parede celular Reserva Presente Amido Ausentes Glicogênio Briófitas e Pteridófitas 50 Do grego bryon = musgo e phyta = planta. São vegetais autótrofos, pluricelulares, sem flores (criptógamos) e de pe- queno porte, devido a ausência de tecidos de condução (avasculares), chegando no máximo a 20 cm de altura. O transporte de água e nutrientes ocorre por difusão e por os- mose de célula para célula. Foram os primeiros vegetais a conquistarem o ambiente terrestre, porém ainda dependem da água para a reprodu- ção. São encontradas geralmente em ambientes quentes e úmidos, especialmente em áreas tropicais e subtropicais. Assim, como os liquens, as briófitas são muito sensíveis à poluição. Existem evidências que esses vegetais tenham surgido das clorófitas (algas verdes). Aproximadamente foram ca- talogadas 24 mil espécies de briófitas, sendo a maioria de água doce, algumas vivem sobre rochas batidas pelas on- das, porém não existem espécies marinhas e outras vivem em margens de cursos d’água e sobre o solo de florestas. Não apresentam raízes, caules e folhas típicas, porém possuem estruturas semelhantes, denominadas rizóides, caulóides e filóides. O grupo compreende 3 classes distintas: Hepaticae, com aproximadamente 9 mil espécies; Anthocerotae, com ape- nas 100 espécies conhecidas e a classe Musci, com aproxi- madamente 15 mil espécies, sendo as principais represen- tantes das briófitas. IMPORTÂNCIAS Embora simples, esses vegetais possuem uma importância ecológica e auxiliam a manter a integridade de uma encosta, pelo entrelaçamento dos rizóides. Algumas apresentam a capacida- de de formarem turfas, formando extensas turfeiras. As turfeiras produzem ácidos e substâncias anti-sépticas que matam fungos e bactérias. A acidez também ajuda a preservar animais mortos e curiosamente esse efeito preservativo certamente foi responsá- vel pela conservação de cadáveres em alguns locais da Europa do Norte, de cerca de 2 mil a 3 mil anos de idade. Quando uma célula vegetal está em meio hipotônico, absorve água. Ao contrário da célula animal, ela não se rompe, pois é revestida pela parede celular ou membrana celulósica, que é totalmente permeável, mas tem elasticidade limitada, restringindo o aumento do volume da célula. Assim, a entrada de água na célula depende da diferença de pressão osmótica entre o meio extra e intracelular e, também, da pressão contrária exercida pela parede celular. Essa pressão é conhecida por pressão de turgescência, ou resistência da membrana celulósica à entrada de água na célula. Quando a célula está em meio hipertônico, perde água e seu citoplasma se retrai, deslocando a membrana plasmática da parede celular. Como não há deformação da parede celular, ela não exerce pressão de turgescência. Diz-se então que a célula está plasmolisada. Se a célula plasmolisada for colocada em meio hipotônico, absorve água e retorna à situação inicial. O fenômeno inverso à plasmólise chama-se deplasmólise. Osmose na célula vegetal Estrutura de um musgo Botânica 51Briófitas e Pteridófitas A turfa é cortada e secada ao ar, para também ser usada como combustível ou obtenção de gás combustível e coque, um resíduo proveniente do aquecimento da turfa em câmara fechada utilizado como combustível em calefação doméstica. Apresentam uma grande capacidade de absorver água, portanto as briófitas que formam turfas são misturadas ao solo, na jardinagem, para aumentar a absorção de água para as plantas. CICLO BIOLÓGICO Caracterizam-se por apresentar uma alternância de gera- ções bem definida. Os gametófitos (n) verdes e duradouros e os esporófitos (2n), formados pela união dos gametas e transitórios. Existem órgãos especializados na produção dos gametas, são chamados gametângios e estão localizados no ápice dos gametófitos. O gametângio masculino é o anterídeo, o qual produz os anterozóides e o gametângio feminino é o arque- gônio, produzindo apenas um gameta feminino, a oosfera. O gametófito é a fase duradoura, adulta. Os gametas são de sexos separados. Para que ocorra a fecundação é ne- cessária a presença de água, onde então, os anterozóides entram no arquegônio e apenas um atinge a oosfera. For- ma-se o zigoto (2n). Este germinará no interior do gametófito para formar um esporófito (2n). Quando o esporófito se tor- nar maduro se desprende do gametófito e liberta os esporos haplóides (resultados de meiose), para dar início a um novo indivíduo. Ciclo reprodutivo do Musgo Musgocom esporófito sobre o gametófito 52 São as espécies conhecidas como xaxins, samambaias, ca- valinhas, avencas, entre outras. Juntamente com as briófitas, compreendem o grupo das Criptógamas, vegetais que não pos- suem flores. Geralmente terrestres e estão distribuídas por todas as zonas climáticas, porém preferem ambientes úmidos. Acredita-se que as pteridófitas tenham surgido paralelamente às briófitas, de um ancestral comum. Já possuem raízes, caules e folhas. Um tipo de caule bastante comum nesses vegetais é um caule subterrâneo chamado rizoma, suas folhas são muitas vezes longas apresentando divisões (folíolos) e as raízes são ad- ventícias e fasciculares. Nas folhas das pteridófitas encontram-se os esporângios (cé- lulas que por meiose origina esporos), esses esporângios em conjunto são chamados soros, que se tornam negros na época de reprodução. IMPORTÂNCIAS O caule de algumas samambaias é utilizado para a fabricação de vasos para plantas, porém uma grande importância do grupo é a formação de combustíveis fósseis, que resultam da decom- posição parcial de vegetais. O resultado desta decomposição é a formação de carvão, petróleo ou gás natural. CICLO BIOLÓGICO Assim como as briófitas, as pteridófitas também apresentam uma alternância de gerações (metagênese). Porém, a fase pre- dominante é a esporofítica (2n), sendo a geração gametofítica (n, denominado prótalo) temporária. No esporófito adulto, células diplóides originam por meiose os esporos (n). Caindo em local apropriado e úmido estes esporos germinam produzindo o gametófito (prótalo), uma estrutura fina, com uma forma semelhante a um coração. Tanto os anterídeos como os arquegônios se desenvolvem na superfície inferior do prótalo. Nesta região, os anterozóides nadam (portanto há ne- cessidade de água) em direção a oosfera. Desenvolve-se um jovem esporófito e ao mesmo tempo ocorre a degeneração do prótalo. O esporófito cresce e surge a planta adulta, fechando o ciclo. As espécies monóicas desenvolvem um só tipo de prótalo hermafrodita, sendo o ciclo reprodutivo isosporado. Mas as es- pécies dióicas produzem prótalos de sexos diferentes, um fem- inino (megaprótalo) e um masculino (microprótalo), sendo daí o ciclo reprodutivo heterosporado. Estrutura de uma Pteridófita Ciclo reprodutivo da Samambaia Botânica 53Briófitas e Pteridófitas 1. (COL. NAVAL) Observe a figura e o texto abaixo. Há aproximadamente 400 milhões de anos, surgiram as primei- ras pteridófitas. Florestas se desenvolveram formadas, basica- mente, de pteridófitas com vários metros de altura. Milhões de anos depois, alterações climáticas sepultaram essas selvas. Com esse fato, as pteridófitas contribuíram para os atuais de- pósitos de carvão. Atualmente, a importância das pteridófitas para o homem restringe-se ao seu valor ornamental. Samam- baias e avencas embelezam as casas e os jardins. Adaptado de: Barros, C. & Paulino, W. Ciências. “Os seres vivos”. Editora Ática S. A. 2011. Assinale a opção que apresenta as informações corretas sobre as pteridófitas. a) Assim como as primeiras pteridófitas, a maioria das atuais só apresenta reprodução sexuada. Formam-se esporos na superfície inferior da folha, que liberam os gametas. b) Divergindo das primeiras pteridófitas, a maioria das pteridófitas atuais possui folhas modificadas que produzem sementes. Elas não dependem da água para a fecundação, pois ocorre o desenvolvi- mento do tubo polínico. c) Assim como as primeiras pteridófitas, as pteridófitas atuais apresen- tam um sistema de vasos condutores que favorece a adaptação ao am- biente terrestre, pois facilita o transporte de água pelo corpo do vegetal. d) Diferindo da maioria das pteridófitas atuais, as pteridófitas ances- trais apresentavam vasos condutores de nutrientes, o que favore- ceu o porte elevado dessas plantas no passado. e) Divergindo das primeiras pteridófitas, a maioria das pteridófitas atuais apresenta cauloide e, assim, os nutrientes são transportados célula a célula. Esse tipo de transporte é lento e limita o tamanho das plantas atuais. 2. (UFRGS) Percorrendo uma trilha em uma floresta úmida do Sul do Brasil, um estudante encontrou duas plantas pequenas cres- cendo sobre uma rocha. Observando-as, concluiu que se tratava de um musgo (Briophyta) e de uma samambaia (Pterídophyta). Considere as afirmações a seguir, sobre essas plantas. I - As pteridófitas, ao contrário das briófitas, apresentam vasos condutores de seiva. II - As pteridófitas e as briófitas são plantas de pequeno porte por não apresentarem tecidos de sustentação. III - Na face inferior das folhas da pteridófita, encontram-se so- ros nos quais ficam armazenados os esporos. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 3. (CFTSC) Observe e analise a figura abaixo: A planta acima possui vasos condutores de seiva, soros, raiz, caule, folha e se desenvolve em ambientes com umidade. Cer- tamente, trata-se de um (a): a) Angiosperma b) Briófita c) Gimnosperma d) Pteridófita e) Líquen 4. (MACKENZIE) No seu ciclo de vida, os vegetais apresentam alternância de gerações como padrão. Nesse tipo de ciclo, a fase gametofítica produz gametas e a fase esporofítica produz esporos. A respeito dos tipos de célu- las reprodutivas citados, é correto afirmar que a) ambos são produzidos por meiose. b) os gametas são produzidos por meiose, e os esporos por mitose. c) os gametas são produzidos por mitose, e os esporos por meiose. d) ambos são produzidos por mitose. e) o esporo sofre meiose para originar os gametas. 5. (UECE) Com relação à reprodução das plantas, é correto afirmar-se que, a) em se tratando de gimnospermas, o gametófito predomina em relação ao esporófito. b) nas pteridófitas, vegetais que não produzem flores, a reprodução se dá somente por meio de esporos produzidos através de divisões mitóticas. c) em todos os vegetais, a fase gametofítica é diploide e a fase esporofítica é haploide. d) em uma briófita, a fase gametofítica é mais duradoura do que a esporofítica. 6. (UERN) As imagens mostram os soros visíveis a olho nu em uma folha de samambaia. Em relação à reprodução das pteridófitas, é INCORRETO afir- mar que a) a sincronia entre a fase do ciclo da planta e a estação úmida do local é importante para que os anterídios, haplóides e flagelados atinjam o arquegônio. b) em relação às briófitas, as pteridófitas possuem uma redução da fase gametofítica, sendo conhecida como fase passageira ou efêmera, e a fase esporófito denomina-se duradoura. c) os soros são agrupamentos de esporângios que se distribuem na AQUECENDO DETONANDO 54 face inferior ou na borda dos folíolos; os esporângios são responsá- veis pela produção de esporos por meio da meiose. d) o zigoto diplóide se divide por mitoses sucessivas, originando o embrião, que será nutrido por substâncias fornecidas pelo gametó- fito e terá suas células diferenciando-se em raiz, caule e folha. 7. (UEM-PAS) Um estudante emitiu algumas considerações ao observar troncos de árvores caídos em clareiras da mata úmi- da da encosta da serra do Mar, onde encontrou exemplares de fungos macroscópicos, musgos, samambaias e plântulas com dois cotilédones. Sobre as considerações efetuadas a respei- to das características desses organismos, assinale o que for correto. 01) Os fungos vivem sobre os troncos porque são organismos auto- tróficos, cujas hifas realizam a fotossíntese. 02) Os musgos são classificados no filo Bryophita, cujos esporófitos são filamentos que crescem sobre os gametófitos. 04) As samambaias são vegetais vasculares, cujas folhas apresen- tam os soros contendo esporos. 08) As plântulas pertencem ao grupo das gimnospermas e, por se- rem muito jovens, não apresentam tecidos condutores. 16) Todos os organismos encontrados se reproduzem sexuadamente. 8. (UEM) Sobre as briófitas, é correto afirmar que 01) apresentam reprodução assexuada através de gemasou de propágulos, que se soltam da planta mãe, são levados pela água e dão origem a um novo indivíduo. 02) o embrião desenvolve-se por mitose e forma um esporófito di- ploide que é dependente do gametófito para sua nutrição. 04) apresentam esporângios agrupados em estruturas chamadas de soros, as quais aparecem na face inferior dos filoides. 08) possuem ciclo de vida com alternância de fases haploides e diploides. 16) a fase esporofítica apresenta rizoides, cauloides e filoides. 9. (UEPB) Observe o esquema simplificado do ciclo de vida de um musgo. A partir da observação realizada e dos conhecimentos cientí- ficos sobre as briófitas, analise as proposições que seguem, colocando V (Verdadeira) ou F (Falsa). ( ) As briófitas fixam-se ao substrato através de rizoides (1), sendo que estes têm também a função de absorção de água e sais minerais. Como as briófitas são avasculares, a distribui- ção dessas substâncias pelo corpo da planta se dá célula a célula, por difusão. ( ) As briófitas apresentam alternância de gerações, isto é, geração haploide (II), formadora de gametas – fase gametofíti- ca, que é sempre a mais desenvolvida, e geração diplóide (III), formadora de esporo – fase esporofítica, que cresce sobre o gametófito, dependendo dele para sua nutrição. ( ) A maioria das espécies de musgos tem sexos separados; o gametângio masculino (V) recebe o nome de arquegônio e o gametângio feminino (IV) recebe o nome de anterídio. ( ) Em (VI), está representado o processo de eliminação dos esporos formados, por meiose, no interior da cápsula do es- porófito, que corresponde, portanto, a um esporângio. Estes esporos, após a geminação, originarão gametófitos. ( ) As briófitas dependem da água para reprodução. A fecun- dação ocorre quando gotículas de água, ao atingirem o ápice do gametófito masculino, fazem com que os anterozóides sejam lançados para fora da planta, atingindo o ápice de uma planta feminina, nadem em direção à oosfera e, lá chegando, ocorre a fecundação. O embrião (VII) formado dará origem ao esporófito. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) V – F – V – V – F b) F – F – V – V – F c) V – F – F – V – V d) V – F – F – F – V e) V – V – F – V – V 10. (UESPI) As plantas avasculares são pequenas e são co- muns em ambientes sombreados. Sobre suas características reprodutivas, observe o ciclo de vida exemplificado abaixo e assinale a alternativa correta. a) Na cápsula, ocorre a meiose, formando-se esporos haplóides que são eliminados no solo (1). b) Cada esporo desenvolve-se formando gametófitos unicamente masculinos (2). c) Anterozóides haplóides fecundam oosferas diplóides (3), ocor- rendo a seguir divisões meióticas sucessivas. d) O arquegônio com o embrião diplóide (4) desenvolve-se forman- do uma estrutura haplóide. e) O esporófito (5) representa a fase assexuada do ciclo reprodutivo. 11. (UFSJ) Dentre as briófitas, as espécies do gênero Sphag- num destacam-se por sua importância econômica, pois for- mam a turfa. A turfa seca é queimada para fornecer energia em regiões como o norte da Europa e Ásia. A utilização da turfa como fonte de energia só é possível por- que é formada pelo acúmulo de musgos mortos em terrenos a) pantanosos, com pouca disponibilidade de oxigênio. A baixa con- centração de oxigênio impede que os micro-organismos decompo- nham o vegetal e liberem o carbono para a atmosfera. b) pantanosos, com pouca disponibilidade de oxigênio. A baixa concentração de oxigênio acelera o processo de decomposição, Botânica 55Briófitas e Pteridófitas realizado pelos micro-organismos anaeróbios, que convertem o carbono na forma de carboidrato em álcool pelo processo da fer- mentação alcoólica. c) arenosos, com alta disponibilidade de oxigênio. As altas concen- trações de oxigênio permitem a oxidação dos carboidratos, como a celulose, em oxicarboidratos compostos altamente energéticos. d) arenosos, com alta disponibilidade de oxigênio. A condição de aeração permite o processo de decomposição, realizado pelos mi- cro-organismos aeróbios, que convertem o tecido vegetal, ao longo do tempo, em combustível fóssil. 12. (UPF) Em relação a musgos e samambaias, as afirmações abaixo estão corretas, exceto: a) Musgos não têm soros. b) Somente em musgos o esporófito é preso ao gametófito. c) Ambos são criptógamos. d) Nas samambaias, a fase assexuada é mais vistosa. e) Os órgãos de ambas são apenas: raízes, caules e folhas. 13. (MACKENZIE) A respeito das plantas representadas acima, são feitas as se- guintes afirmações: I. B e D representam as fases esporofíticas, formadas por célu- las diplóides (2n). II. A e C representam as fases gametofíticas, formadas por cé- lulas haplóides (n). III. B e C são originadas a partir do zigoto. IV. Anterozóide e oosfera são produzidos por meiose. Estão corretas, apenas, a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I e IV. e) III e IV. 14. (UEL 2015) As samambaias pertencem ao grupo das pteri- dófitas, as quais possuem características adaptativas que per- mitiram a conquista do ambiente terrestre com mais eficiência que o grupo das briófitas. Sobre as adaptações morfológicas e reprodutivas que possibi- litaram o sucesso das pteridófitas no ambiente terrestre, con- sidere as afirmativas a seguir. I. A predominância da fase esporofítica. II. O aparecimento dos tecidos xilema e floema. III. O desenvolvimento de rizoides para fixação. IV. O surgimento dos esporos para reprodução. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 15. (FEEVALE) As samambaias são plantas comumente en- contradas no sub-bosque florestal e crescem preferencialmen- te em locais úmidos e sombrios. Sobre as características das samambaias, são feitas algumas afirmações. I. São plantas vasculares sem sementes. II. Apresentam alternância de gerações durante o seu ciclo de vida. III. A fase esporofítica é diplóide e mais longa em relação à fase gametofítica, que é haplóide. Assinale a alternativa correta. a) Apenas a afirmação I está correta. b) Apenas a afirmação II está correta. c) Apenas a afirmação III está correta. d) Apenas as afirmações I e II estão corretas. e) Todas as afirmações estão corretas. 16. (UPF) Considerando o ciclo biológico de um organismo com metagênese, representado no esquema, pode-se dizer que o número de cromossomos presentes nas células I, II, III e IV corresponde, respectivamente, a: a) 2n – n – n – 2n b) 2n – 2n – n – n c) 2n – n – 2n – n d) n – 2n – 2n – n e) n – n – 2n – 2n 17. (UNIFESP) No ciclo de vida de uma samambaia há duas fases: a) Ambas multicelulares: o esporófito haplóide e o gametófito diplóide. b) Ambas multicelulares: o esporófito diplóide e o gametófito haplóide. c) Ambas unicelulares: o esporófito diplóide e o gametófito haplóide. d) O esporófito multicelular diplóide e o gametófito unicelular haplóide. e) O esporófito unicelular haplóide e o gametófito multicelular diplóide. 18. (PUCPR) As briófitas são um grupo de plantas pouco espe- cializadas, algumas extremamente simples, revelando nitida- mente a sua relação filogenética com as algas verdes. De todas as plantas atraqueófitas, os musgos são as mais familiares, mas existem outros grupos importantes, como os antóceros e as hepáticas. Existem mais de 9500 espécies de briófitas, cuja distribuição vai desde as zonas tropicais úmidas a desertos (quentes ou frios). A grande maioria dos musgos, hepáticas e antóceros forma densos tapetes de pequenas plantas, rara- mente maiores que alguns centímetros de altura cobrindo o chão das matas e outras superfícies úmidas e sombreadas. Sobre as briófitas, analise as seguintes proposições: I) Seus gametófitos dióicos representam a fase duradoura,sendo que o esporófito haplóide é parasita temporário do ga- metófito feminino. II) Os gametângios masculino e feminino são denominados ar- quegônio e anterídeo respectivamente, produzindo oosfera e anterozóides. SANGUE NO OLHO 56 III) Os esporófitos diplóides resultam da fecundação da oosfe- ra pelo anterozóide flagelado que atinge a célula feminina com o auxílio da água. IV) Assim como nas pteridófitas, as briófitas apresentam alter- nância de gerações em seus processos de reprodução com es- porófitos dioicos diploides e gametófitos monóicos haplóides. V) O gênero ‘Sphagnum’ parcialmente decomposto, encontra- do em camadas, geralmente em regiões pantanosas, constitui a turfa. Sob condições geológicas adequadas, transforma-se em carvão sendo utilizada como combustível para aquecimen- to doméstico. Estão corretas: a) II e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) I, IV e V. e) III e V. 19. (PUCSP) No ciclo de vida de uma samambaia ocorre meio- se na produção de esporos e mitose na produção de gametas. Suponha que a célula-mãe dos esporos, presente na geração duradoura do ciclo de vida dessa planta, seja heterozigota para dois pares de genes, AaBb, que se segregam independente- mente. Considerando que um esporo formado pela planta apre- senta constituição genética AB e que a partir desse esporo se completará o ciclo de vida, espera-se encontrar constituição genética a) ab nas células da geração esporofítica. b) AB nas células da geração gametofítica. c) ab em um anterozóide (gameta masculino). d) AB em um zigoto. e) ab em uma oosfera (gameta feminino). 20. (UEPG) O reino Plantae é representado por mais de 300 mil espécies de vegetais. Entre eles estão as pteridófitas, impor- tantes representantes do processo evolutivo vegetal. A respei- to dessas plantas, assinale o que for correto. 01) As pteridófitas deram um grande passo na conquista do meio terrestre, pois foram os primeiros vegetais vasculares, capazes, portanto, de transportar facilmente a água das raízes para seus ór- gãos aéreos, o caule e as folhas. 02) As pteridófitas são chamadas traqueófitas, porque seu tecido condutor é representado pelas traqueias ou vasos lenhosos (xile- ma), que transportam água e sais absorvidos pelas raízes e pelos vasos liberianos (floema), os quais, por sua vez, transportam uma solução orgânica com os produtos da fotossíntese. 04) Uma importante especialização dos vasos lenhosos das pteri- dófitas é a impregnação de suas paredes por uma substância de grande resistência, a lignina, que proporciona a sustentação mecâ- nica do caule e das nervuras das folhas. 08) As folhas das pteridófitas em geral têm função dupla: fotossínte- se e reprodução. Na parte inferior dos folíolos estão os esporófitos, responsáveis pela sua disseminação. 16) O mais importante grupo de pteridófitas é o das filicíneas, co- nhecidas popularmente como samambaias. 1: [C] As pteridófitas são plantas traqueófitas, isto é, dotadas de tecidos condutores de seivas: xilema (lenho) que conduz a seiva mineral e floema (líber) que conduz a seiva orgânica. 2: [C] Briófitas são plantas avasculares, ou seja, não apresentam vasos condutores de seiva e, por não ter um sistema eficiente de trans- porte de água, são de pequeno porte. As pteridófitas, por outro lado, são plantas vasculares, possuem vasos condutores de seiva, e por isso podem alcançar um porte maior. Na face inferior das folhas das pteridófitas podem ser observados soros, estruturas que abrigam os esporângios, onde os esporos são produzidos e armazenados. 3: [D] A planta da foto de cima é uma pteridófita, plantas com vasos con- dutores de seiva (traqueófitas), corpo constituído por raízes, caule e folhas. Na face inferior das folhas desenvolvem soros onde são formados os esporos. Esses vegetais preferem ambientes úmidos, já que dependem da água para a sua reprodução. São exemplos de pteridófitas as samambaias e as avencas. 4: [C] Nos vegetais, os gametas são produzidos por mitose e os esporos por meiose, o ciclo de vida dos vegetais pode ser assim resumido: 5: [D] Em briófitas, como musgos, hepáticas e antóceros, a fase dura- doura, verde e sexuada é o gametófito. O esporófito é uma fase reduzida, temporária e dependente do gametófito feminino para sua nutrição. 6: [A] Durante a reprodução das pteridófitas, os anterozoides, gametas flagelados, nadam em direção à abertura do gametângio feminino, denominado arquegônio. 7: 02 + 04 + 16 = 22. Os itens incorretos são: [01] Os fungos são organismos heterótrofos. Os componentes orgâ- nicos do tronco serão digeridos por enzimas liberadas pelos fungos, após este processo os componentes serão absorvidos pelas hifas. [08] Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas são denominadas traqueófitas, portanto, apresentam vasos condutores. 8: 01 + 02 + 08 = 11. [04] Incorreto: As briófitas apresentam esporângios agrupados no interior de cápsulas situadas na extremidade do esporófito. [16] Incorreto: A fase esporofítica das briófitas é reduzida, transitória e dependente do gametófito para a sua nutrição. 9: [E] Em [V] é mostrado o gametângio feminino, estrutura denominada arquegônio. O gametângio masculino, [IV], é denominado anterídio. 10: [A] No ciclo vital alternante dos musgos, a meiose é espórica e ocorre nas células germinativas situadas no esporângio, que é situado na extremidade do esporófito. 11: [A] A turfa é formada pelo acúmulo de musgos mortos em terrenos pan- tanosos com pouca disponibilidade de oxigênio. A decomposição aeróbica fica dificultada, fato que impede a liberação do carboidrato fixado nas plantas para a atmosfera. Botânica 57Briófitas e Pteridófitas 12: [E] Soros são estruturas presentes em samambaias, portanto ausentes em musgos, a geração denominada esporófito nos musgos é de- pendente da geração gametofítica. Por não apresentar órgãos se- xuais evidentes ambos são denominados criptógamos. A fase mais vistosa das samambaias pode apresentar reprodução assexuada. E somente nas pteridófitas há presença dos órgãos vegetativos: raiz, caule e folha. 13: [A] III. Falso. C corresponde ao gametófito originado da germinação dos esporos da samambaia. IV. Falso. Os anterozoides e oosferas são gametas produzidos por mitose. 14: [A] São adaptações que possibilitaram o sucesso das pteridófitas no meio terrestre: a predominância da fase esporofítica sobre a ga- metofítica e o desenvolvimento dos tecidos condutores xilema e floema. 15: [E] Todas as afirmativas estão corretas e correlacionadas ao enunciado. 16: [A] A metagênese ou alternância de gerações representado no esque- ma da questão é de um vegetal. O esporófito é 2n, o esporo fabrica- do pelo processo de meiose é n, que por meio de mitoses gera um adulto n (gametófito). A produção de gametas nos vegetais é por mitose que gera células n, o encontro dos gametas, fecundação, gera a primeira célula denominado zigoto que é 2n. 17: [B] 18: [E] 19: [B] 20: 1 + 2 + 4 + 16 = 23
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