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Portugues - Questoes Cebraspe (Multipla Escolha)

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SISTEMA DE ENSINO
LÍNGUA 
PORTUGUESA
Caderno de Questões – Cebraspe 
(Múltipla Escolha)
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
Sumário
Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha) ............................................................. 3
Introdução ........................................................................................................................................ 3
Exercícios .......................................................................................................................................... 5
Gabarito .......................................................................................................................................... 113
Gabarito Comentado ................................................................................................................... 115
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
CADERNO DE QUESTÕES – CEBRASPE 
(MÚLTIPLA ESCOLHA)
Introdução
Neste Caderno de Questões de Língua Portuguesa, meu objetivo é tornar a sua preparação 
mais eficiente. Para isso, adoto uma estratégia simples: resolver o maior número de questões 
da banca CEBRASPE (modalidade Múltipla Escolha), mapeando o modo como a banca avalia 
os seus conhecimentos.
Ao resolver as questões, você perceberá a predominância dos seguintes conteúdos (áreas 
de Texto e Gramática), exatamente como retratado na plataforma Gran Cursos Questões (área 
“Assuntos Frequentes”):
Obs.: � https://questoes.grancursosonline.com.br/
Conteúdo N. de questões Porcentagem
1. Compreensão e interpretação 
de textos 129 32%
2. Equivalência, substituição, 
reorganização e transformação de 
palavras ou trechos do texto
82 20%
3. Sentidos do texto 46 11%
4. Pontuação 31 8%
5. Coesão 26 6%
6. Correção 20 5%
7. Semântica 20 5%
8. Morfossintaxe do período 19 4%
9. Tipologias e gêneros textuais 16 3%
10. Classes de palavras 16 3%
Outros - 3%
Tabela – Top 10 dos conteúdos mais recorrentes de Língua Portuguesa nas provas da banca CEBRASPE nos 
anos de 2019, 2020 e 2021
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
Gráfico – porcentagem de cada conteúdo de Língua Portuguesa cobrado nas provas da banca CEBRASPE nos 
anos de 2019, 2020 e 2021
Em síntese, então, temos o seguinte: no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Gra-
mática, os conteúdos são mais recorrentes são (i) equivalência, substituição, reorganização e 
transformação de palavras ou trechos do texto; (ii) pontuação; (iii) correção; (iv) morfossintaxe 
do período; e (v) classes de palavras. No âmbito da disciplina de Língua Portuguesa – Texto, 
os conteúdos são mais recorrentes são (i) compreensão e interpretação de textos; (ii) sentidos 
do texto; (iii) coesão; (iv) semântica; e (v) tipologias e gêneros textuais.
Bom, após essa breve introdução, podemos ir direto ao ponto: resolver 150 questões da 
banca CEBRASPE (incluindo exercícios inéditos elaborados por mim)! Ao trabalho!
Obs.: � Ah, é bom lembrar que o Gran Cursos oferece um ótimo espaço de diálogo entre nós: o 
Fórum de Dúvidas. Nele, você pode registrar uma dúvida, um pedido de esclarecimen-
to, uma observação etc. Faça uso dessa ferramenta, ok? Faça também uso do espaço 
de Avaliação do material, apresentando seu elogio/crítica/sugestão. Eu sempre ouço 
as demandas dos alunos, e muito do que pude aperfeiçoar neste curso (em relação à 
primeira edição) foi resultado da interação com você, candidatoa).
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
EXERCÍCIOS
Texto CG2A1-I
Uma das várias falácias urbanas consiste em que cidades densamente povoadas sejam 
um sinal de “excesso de população”, quando de fato é comum, em alguns países, que mais 
da metade de seu povo viva em um punhado de cidades — às vezes em uma só — enquan-
to existem vastas áreas abertas e, em grande parte, vagas nas zonas rurais. Até mesmo em 
uma sociedade urbana e industrial moderna como os Estados Unidos, menos de 5% da área 
são urbanizados — e apenas as florestas, sozinhas, cobrem uma extensão de terra seis vezes 
maior do que a de todas as grandes e pequenas cidades do país reunidas. Fotografias de fa-
velas densamente povoadas em países em desenvolvimento podem levar à conclusão de que 
o “excesso de população” é a causa da pobreza, quando, na verdade, a pobreza é a causa da 
concentração de pessoas que não conseguem arcar com os custos do transporte ou de um 
espaço amplo para viver, mas que, mesmo assim, não estão dispostas a abrir mão dos benefí-
cios de viver na cidade.
Muitas cidades eram mais densamente povoadas no passado, quando as populações na-
cionais e mundial eram bem menores. A expansão dos meios de transporte mais rápidos e 
baratos, com preço viável para uma quantidade muito maior de pessoas, fez com que a popu-
lação urbana se espalhasse para as áreas rurais em torno das cidades à medida que os subúr-
bios se desenvolviam. Devido a um transporte mais rápido, esses subúrbios agora estão próxi-
mos, em termos temporais, das instituições e atividades de uma cidade, embora as distâncias 
físicas sejam cada vez maiores. Alguém em Dallas, nos Estados Unidos, a vários quilômetros 
de distância de um estádio, pode alcançá-lo de carro mais rapidamente do que alguém que, 
vivendo perto do Coliseu na Roma Antiga, fosse até ele a pé.
Thomas Sowell. Fatos e falácias da economia. Record. Edição do Kindle, p. 24-25 (com adaptações).
001. (CEBRASPE/AUXILIAR/MPE-AP/2021) Em cada uma das opções a seguir, é apresenta-
da uma proposta de reescrita do seguinte trecho do texto CG2A1-I: “pessoas que não conse-
guem arcar com os custos do transporte ou de um espaço amplo para viver, mas que, mesmo 
assim, não estão dispostas a abrir mão dos benefícios de viver na cidade” (último período do 
primeiro parágrafo). Assinale a opção cuja proposta de reescrita, além de estar gramatical-
mente correta, preserva os sentidos originais do texto.
a) pessoas que não conseguem arcar com os custos do transporte nem de um espaço am-
plo para viver, mas que, apesar disso, não estão dispostas a desistir dos benefícios de vi-
ver na cidade
b) pessoas que não conseguem custear o transporte ou um espaço amplo para viver mas que, 
do mesmo modo, não estão dispostas a abrir mão dos benefícios de viver na cidade
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
c) pessoas que não tem condições de arcar com os custos do transporte ou de um espaço 
amplo para viver, mas que, mesmo assim, não tem disposição pra dispensar os benefícios de 
viver na cidade
d) pessoas que não estão dispostas a arcar com os custos do transporte ou de um espaço 
amplo para viver, mas que, mesmo assim, querem usufruir dos benefícios de viver na cidade
e) pessoas que não dão conta de arcar com os custos do transporte ou de um espaço amplo 
para viver, nem tão pouco estão dispostas à abrir mão dos benefícios de viver na cidade
Texto 15A2-I
Quando se indaga sobre a diferença entre epidemia e endemia, surge, imediatamente, a 
ideia de que a epidemia se caracteriza pela incidência, em curto período de tempo, de grande 
número de casos de uma doença, ao passo que a endemia se traduz peloaparecimento de 
menor número de casos ao longo do tempo.
A distinção entre epidemia e endemia não pode ser feita, entretanto, com base apenas na 
maior ou menor incidência de determinada enfermidade em uma população. Se o elevado nú-
mero de casos novos e sua rápida difusão constituem a principal característica da epidemia, já 
não basta o critério quantitativo para a definição de endemia. O que define o caráter endêmico 
de uma doença é o fato de ela ser peculiar a um povo, a um país ou a uma região. A própria 
etimologia da palavra endemia denota esse atributo: endemos, em grego clássico, significa 
“originário de um país”, “referente a um país”, “encontrado entre os habitantes de um mesmo 
país”. Esse entendimento perdura na definição de endemia encontrada nos léxicos especializa-
dos em terminologia médica de várias línguas.
Pandemia, palavra de origem grega, formada com o prefixo neutro pan e pelo morfema de-
mos (povo), foi pela primeira vez empregada por Platão, em seu livro Das Leis. Platão a usou no 
sentido genérico, referindo-se a qualquer acontecimento capaz de alcançar toda a população. 
Com esse mesmo sentido, foi também utilizada por Aristóteles.
O conceito moderno de pandemia é o de uma epidemia de grandes proporções, que se es-
palha por vários países e por mais de um continente. Exemplo tantas vezes citado é o da gripe 
espanhola, que se seguiu à I Guerra Mundial, nos anos de 1918 e 1919, e que causou a morte 
de cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo.
Joffre M. de Rezende. Epidemia, endemia, pandemia, epidemiologia. In: Revista de Patologia Tropical, v. 27, n.º 
1, p. 153-155, jan.-jun./1998 (com adaptações).
002. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) Os vocábulos “países” e “línguas”, presentes 
no texto 15A2-I, possuem a mesma classificação quanto à tonicidade, porém um difere do ou-
tro quanto à regra empregada para a utilização do acento agudo. Assinale a opção que indica 
a correta classificação desses vocábulos quanto à tonicidade e que explica corretamente as 
regras de acentuação aplicadas a eles.
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
a) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua última síla-
ba contém um ditongo crescente átono, ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba 
tônica forma um hiato com a vogal da sílaba anterior.
b) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua última 
sílaba contém um ditongo decrescente átono, ao passo que “países” é acentuado porque sua 
última sílaba termina com “s”.
c) Ambos os vocábulos são paroxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque sua última 
sílaba termina com “s”, ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba tônica forma um 
hiato com a vogal da sílaba anterior.
d) Ambos os vocábulos são oxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem três sílabas, 
ao passo que “países” é acentuado porque sua sílaba tônica contém um ditongo crescente.
e) Ambos os vocábulos são proparoxítonos, contudo “línguas” é acentuado porque tem duas 
sílabas, ao passo que “países” é acentuado porque tem três sílabas.
003. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) Assinale a opção em que a palavra apresen-
tada está de acordo com a atual ortografia oficial da língua portuguesa.
a) seminternato
b) hiperssensibilidade
c) contra-regra
d) mão-de-obra
e) autoanálise
Texto 5A2-I
Socorro
Socorro, eu não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
não vai dar mais pra chorar
nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
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LÍNGUA PORTUGUESA
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em qualquer cruzamento,
acostamento, encruzilhada,
socorro, eu já não sinto nada.
Alice Ruiz. Socorro, 1986.
004. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) Sem prejuízo do sentido original do texto 
5A2-I, a forma verbal “tem”, no verso “tem tantos sentimentos”, na terceira estrofe poderia ser 
corretamente substituída por
a) contêm.
b) possuem.
c) aparecem.
d) há.
e) existe.
005. (CEBRASPE/AJUDANTE/PREF. BARRA DOS COQUEIROS/2020) Assinale a opção que 
apresenta a frase gramaticalmente correta.
a) Fazem dois anos que saí do emprego.
b) Beatriz e eu gostamos de ir à praia.
c) Aconteceu muitas festas no ano passado.
d) Os sapatos pretos que combinava com seus vestidos.
e) Têm muito barulho nessa festa.
006. (CEBRASPE/AJUDANTE/PREF.BARRA DOS COQUEIROS/2020/ADAPTADA) Assinale 
a opção que apresenta a frase correta do ponto de vista gramatical e ortográfico.
a) Há pessoas no mundo que precisa usar óculos para enxergar o amor próprio.
b) Há pessoas no mundo que precisam usar óculos para enxergar o amor-próprio.
c) Há pessoas no mundo que precisam usar óculos para enchergar o amor próprio.
d) Hão pessoas no mundo que precisam usar óculos para enxergar o amor-próprio.
e) Há pessoas no mundo que precizam usar óculos para enxergar o amor próprio.
007. (CEBRASPE/AJUDANTE/BARRA DOS COQUEIROS-SE/2020) Assinale a opção em que 
a palavra apresentada está corretamente grafada.
a) atravéz
b) obedescer
c) projeto
d) meza
e) sintonisar
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LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
Texto CB3A2BBB
1 O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos estão na base das Constituições 
democráticas modernas. A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o reconhecimen-
to 4 e a efetiva proteção dos direitos humanos em cada Estado e no sistema internacional. 
Ao mesmo tempo, o processo de democratização do sistema internacional, que é o caminho 
7 obrigatório para a busca do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma gradativa 
ampliação do reconhecimento e da proteção dos direitos humanos, acima de cada Estado. 
Direitos 10 humanos, democracia e paz são três elementos fundamentais do mesmo movi-
mento histórico: sem direitos humanos reconhecidos e protegidos, não há democracia; sem 
13 democracia, não existem as condições mínimas para a solução pacífica dos conflitos. Em 
outras palavras, a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se tornam cidadãos 16 
quando lhes são reconhecidos alguns direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que 
não tenha a guerracomo alternativa, somente quando existirem cidadãos não mais 19 apenas 
deste ou daquele Estado, mas do mundo. Norberto Bobbio. A era dos direitos.
Trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adaptações).
008. (CEBRASPE/TÉCNICO/PREF. SÃO LUÍS-MA/2017) Com relação aos aspectos linguísti-
cos do texto CB3A2BBB, assinale a opção correta.
a) A correção gramatical do texto seria preservada se a palavra “perpétua” (l.7) fosse registra-
da sem o acento.
b) A forma verbal “estão” (l.2) está no plural para concordar com “direitos humanos” (l.1).
c) No texto, a palavra “Estado” refere-se às unidades federativas que constituem o Brasil.
d) A supressão da palavra “três” (l.10) preservaria a correção gramatical do texto
e) O sentido do texto seria preservado caso a palavra “mesmo” (l.11) fosse deslocada para 
imediatamente depois da forma verbal “são” (l.10).
Texto CB1A1AAA
1 Na Idade Média, durante o período feudal, o príncipe era detentor de um poder conhecido 
como jus politiae — direito de polícia —, que designava tudo o que era necessário 4 à boa ordem 
da sociedade civil sob a autoridade do Estado, em contraposição à boa ordem moral e religio-
sa, de competência exclusiva da autoridade eclesiástica. 7 Atualmente, no Brasil, por meio da 
Constituição Federal de 1988, das leis e de outros atos normativos, é conferida aos cidadãos 
uma série de direitos, entre os quais 10 os direitos à liberdade e à propriedade, cujo exercício 
deve ser compatível com o bem-estar social e com as normas de direito público. Para tanto, 
essas normas especificam limitações 13 administrativas à liberdade e à propriedade, de modo 
que, a cada restrição de direito individual — expressa ou implícita na norma legal —, correspon-
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
LÍNGUA PORTUGUESA
Bruno Pilastre
de equivalente poder de polícia 16 administrativa à administração pública, para torná-la efetiva 
e fazê-la obedecida por todos.
Internet: (com adaptações)
009. (CEBRASPE/AGENTE/PC-GO/2016) Quanto aos termos empregados no texto CB1A1A-
AA, às ideias nele contidas e à ortografia oficial da língua portuguesa, assinale a opção correta.
a) O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua por-
tuguesa seriam respeitadas caso se substituísse o trecho “é conferida aos cidadãos uma série 
de direitos” (l.9) por aos cidadões confere-se muitos direitos.
b) O emprego do hífen no vocábulo “bem-estar” justifica-se pela mesma regra ortográfica que 
justifica a grafia do antônimo desse vocábulo: mal-estar.
c) As formas verbais “torná-la” e “fazê-la” (l.16 e 17) recebem acentuação gráfica porque se 
devem acentuar todas as formas verbais combinadas a pronome enclítico.
d) A mesma regra de acentuação justifica o emprego de acento em “à” (l.4) e “é” (l.9).
e) O vocábulo “período” é acentuado em razão da regra que determina que se acentuem pala-
vras paroxítonas com vogal tônica i formadora de hiato.
1 Às vezes, eu sinto a angústia de um menino perdido numa multidão. Vivemos hoje no 
Brasil um período inusitado de estabilidade política permeada pelas superimposições 4 pro-
movidas pelo casamento entre hierarquias aristocráticas ― que, em todas as sociedades (e 
sobretudo na escravidão, como percebeu o seu teórico mais sensível, Joaquim Nabuco), têm 
7 como base a amizade e a simpatia pessoal ― e pelo individualismo moderno relativamente 
igualitário, que demanda burocracia e, com ela, uma impecável, abrangente e 10 inatingível 
impessoalidade.
O hibridismo resultante pode ser negativo ou positivo. Pelo que capturo, o hibridismo é 
sempre mal visto porque ele 13 não cabe no modo ocidental de pensar. Provam isso as Cru-
zadas, a Inquisição, o Puritanismo, as Guerras Mundiais, o Holocausto e a exagerada ênfase 
na purificação e na eugenia ― 16 na coerência absoluta entre gente, terra, língua e costumes, 
típicas do eurocentrismo. A mistura corre do lado errado e tende a derrapar como um carro 
dirigido por jovens bêbados 19 quando saem da balada.
Como gostamos de brincar com fogo, estamos sempre a um passo da legitimação da 
violência, justificada como a voz 22 dos oprimidos que ainda não aprenderam a se manifestar 
corretamente. E como fazê-lo se jamais tivemos um ensino efetivamente igualitário ou instru-
mental para o igualitarismo 25 numa sociedade cunhada pelo escravismo e por uma ética de 
condescendência pelos amigos e conhecidos?
Pressinto uma enorme violência no nosso sistema de 28 vida. Temo que ela venha a ocu-
par um território ainda mais denso e seja usada para legitimar outras violências tanto ou mais 
brutais do que o quebra-quebra hoje redefinido como 31 “manifestações”, protestos que co-
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meçam como demandas legítimas e, infiltrados, tornam-se quebra-quebras. Qual é o lado a 
ser tomado se ambos são legítimos e, como é óbvio, 34 dizem alguma coisa como tudo o 
que é humano?
Estou, pois, um tanto perdido e um tanto achado nessa encruzilhada entre demandas le-
gais e prestígios pessoais. Entre 37 patrimonialismo carismático e burocracia, os quais sus-
tentam o “Você sabe com quem está falando?” ― esse padrinho do “comigo é diferente”, “cada 
caso é um caso”, “ele é meu 40 amigo”, “você está errado mas eu continuo te amando”... E por 
aí vai numa sequência que o leitor pode inferir, deferir ou embargar. Roberto da Mata. Achados 
e perdidos.
In: O Estado de S.Paulo, São Paulo, 23/10/2013 (com adaptações).
010. (CEBRASPE/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/MPE-AP/2021) Considerando os sentidos e 
aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta.
a) No trecho: “Provam isso as Cruzadas, a Inquisição, o Puritanismo, as Guerras Mundiais, o 
Holocausto e a exagerada ênfase na purificação e na eugenia” (l.13-15) os termos empregados 
com letra maiúscula são núcleos do complemento verbal.
b) As vírgulas empregadas na linha 35 isolam oração de valor adverbial.
c) A palavra “sobretudo” (l.5) pode ser substituída, sem prejuízo de sentido, por portanto.
d) Dado o contexto em que está empregada, a palavra “porque” (l.12), pode ser grafada, com 
correção gramatical, separadamente? por que.
e) Em “Pressinto uma enorme violência no nosso sistema de vida” (l.27-28), a forma verbal 
está empregada com o sentido de preconizo.
Texto 25A1-I
1 Quando Osório Duque-Estrada assumiu, em 1915, a cadeira que fora do poeta sergipano 
Sílvio Romero, Coelho Neto reconstituiu uma fala que, supostamente, seria de Romero 4 e que 
se refere à poesia popular e ao espírito sertanejo:
Ninguém imagina como eu quero bem a isto, como acho isto bonito! Este sol que não se 
cansa de nos dar beleza e 7 fartura e dengue às nossas mulheres, palavra que, às vezes, tenho 
vontade de o adorar porque é verdadeiramente um deus! Qual literatura! Se vocês querem po-
esia, mas poesia de 10 verdade, entrem no povo, metam-se por aí, por esses rincões, passem 
uma noite no rancho, à beira do fogo, entre violeiros, ouvindo trovas de desafio. Chamem um 
cantador sertanejo, um 13 desses caboclos distorcidos, de alpercatas e chapéu de couro, e pe-
çam-lhe uma cantiga. Então sim. Poesia é no povo. Poesia para mim é água em que se refresca 
a alma e esses versinhos 16 que por aí andam, muito medidos, podem ser água, mas de chafa-
riz, para banhos mornos em bacia, com sabonete inglês e esponja. Eu, para mim, quero águas 
fartas — rio que corra ou 19 mar que estronde. Bacia é para gente mimosa e eu sou caboclo, 
filho da natureza, criado ao sol.
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Alexei Bueno. Uma história da poesia brasileira. Rio de Janeiro: Germakoff Casa Editorial, 2007, p. 409 (com 
adaptações).
011. (CEBRASPE/PROFESSOR/PREF. BARRA COQUEIROS/2020) No texto 25A1-I, as pala-
vras “isto” (l.5), “mas” (l.9), “alpercatas” (l.13), “muito” (l.16), “corra” (l.18) e “mimosa” (l.19) 
pertencem, respectivamente, às classes de palavras
a) pronome, preposição, substantivo, adjetivo, verbo e adjetivo.
b) preposição, conjunção, advérbio, adjetivo, verbo e substantivo.
c) conjunção, preposição, substantivo, advérbio de intensidade, verbo e adjetivo.
d) pronome, conjunção, substantivo, advérbio, verbo e adjetivo.
e) preposição, conjunção, advérbio de modo, adjetivo, verbo e substantivo.
Texto CG1A01BBB
1 Não são muitas as experiências exitosas de políticas públicas de redução de homicídios 
no Brasil nos últimos vinte anos, e poucas são aquelas que tiveram continuidade. O Pacto 4 
pela Vida, política de segurança pública implantada no estado de Pernambuco em 2007, é iden-
tificado como uma política pública exitosa.
7 O Pacto Pela Vida é um programa do governo do estado de Pernambuco que visa à re-
dução da criminalidade e ao controle da violência. A decisão ou vontade política de 10 eleger 
a segurança pública como prioridade é o primeiro marco que se deve destacar quando se 
pensa em recuperar a memória dessa política, sobretudo quando se considera o fato de que 
o 13 tema da segurança pública, no Brasil, tem sido historicamente negligenciado. Muitas au-
toridades públicas não só evitam associar-se ao assunto como também o tratam de modo 16 
simplista, como uma questão que diz respeito apenas à polícia.
O Pacto pela Vida, entendido como um grande concerto de ações com o objetivo de reduzir 
a violência e, em 19 especial, os crimes contra a vida, foi apresentado à sociedade no início do 
mês de maio de 2007. Em seu bojo, foram estabelecidos os principais valores que orientaram 
a construção 22 da política de segurança, a prioridade do combate aos crimes violentos letais 
intencionais e a meta de reduzir em 12% ao ano, em Pernambuco, a taxa desses crimes.
25 Desse modo, definiu-se, no estado, um novo paradigma de segurança pública, que se 
baseou na consolidação dos valores descritos acima (que estavam em 28 disputa tanto do 
ponto de vista institucional quanto da sociedade), no estabelecimento de prioridades básicas 
(como o foco na redução dos crimes contra a vida) e no intenso debate 31 com a sociedade 
civil. A implementação do Pacto Pela Vida foi responsável pela diminuição de quase 40% dos 
homicídios no estado entre janeiro de 2007 e junho de 2013.
José Luiz Ratton et al. O Pacto Pela Vida e a redução de homicídios em Pernambuco. Rio de Janeiro: Instituto 
Igarapé, 2014. Internet: (com adaptações)
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012. (CEBRASPE/AGENTE DE POLÍCIA/PC-PE/2016) Assinale a opção na qual a palavra apre-
sentada no texto CG1A01BBB classifica-se, do ponto de vista morfossintático, como advérbio.
a) “historicamente” (l.13)
b) “modo” (l.15)
c) “intenso” (l.30)
d) “muitas” (l.1)
e) “quando” (l.11)
1 Nas boas universidades do mundo, é consagrada a prática de acadêmicos ensinarem 
nas áreas científicas e nas de humanidades e de profissionais atuarem nas disciplinas 4 pro-
fissionais.
Érico Veríssimo só conseguiu ser professor de Literatura nos Estados Unidos, já que não 
tinha os diplomas 7 exigidos aqui. Jacques Klein nunca foi convidado para ensinar piano em 
nenhuma universidade brasileira, pois, apesar de ser um grande pianista, tampouco tinha os 
diplomas requeridos 10 para a função.
Em uma época em que quase não havia pósgraduados e, portanto, nem mestres nem dou-
tores, fazia muito 13 sentido criar incentivos robustos para estimular instituições e futuros 
professores a investirem em cursos de pós-graduação.
É a caquética história do pêndulo: ora vai demais para 16 um lado, ora volta para o outro. 
No momento, atingimos um paroxismo de diplomite. Esquecemos que diploma é um recibo de 
conhecimento, mas não pode virar o monopólio do saber. 19 Mais ainda: há áreas em que o 
conhecimento não está nos diplomas, mas na experiência vivida no local de trabalho.
Claudio de Moura Castro. Internet: (com adaptações)
013. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEDUC-CE/2013) A palavra “diplomite” (l.17)
a) é formada, por aproximação, à palavra dinamite, adicionando ao contexto a ideia de explo-
são quantitativa de diplomas.
b) é consagrada pelo uso formal culto da língua portuguesa, com o sentido de diplomacia.
c) integra variedade não padrão da língua portuguesa, representando jargão típico de falantes 
de determinada região do interior do Brasil.
d) é termo técnico, empregado com a ideia de que o diploma deve ser muito valorizado, porque 
é símbolo de esforço e trabalho
e) consiste em neologismo formado com o sufixo -ite, que, no contexto, adquire sentido de-
preciativo e irônico, conferindo à informação a noção de valorização intensa ou exagerada 
do diploma.
Horário de verão — o que é e por que é adotado
1 O principal objetivo do horário de verão é o melhor aproveitamento da luz natural em rela-
ção à artificial, adiantando-se os relógios em uma hora, de forma a se reduzir 4 a concentração 
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de consumo de energia elétrica no horário entre dezoito e vinte horas. A redução no consumo 
simultâneo, considerando-se os vários usos possíveis, prolonga esse 7 período de maior con-
sumo até as vinte e duas horas, diminuindo o seu valor máximo, chamado de demanda. Esse 
fato leva a um menor carregamento de energia nas linhas de 10 transmissão, nas subestações 
e nos sistemas de distribuição, reduzindo o risco de não atendimento às cargas no horário de 
ponta, em uma época do ano em que o sistema é normalmente 13 submetido às mais severas 
condições operacionais, uma vez que esse é um período de grande consumo. A redução da 
demanda máxima impacta também a necessidade de novos 16 investimentos em geração e 
transmissão de energia elétrica, que diminui.
Assim, a redução dos picos máximos nos horários de 19 demanda por energia, propor-
cionando uma utilização mais uniforme durante o dia, é uma medida de eficiência energética. 
Quanto mais uniforme é a utilização da energia nos períodos 22 diário, mensal e anual, mais 
bem aproveitados são o sistema elétrico disponível, os recursos energéticos e os naturais.
Nos últimos anos, a redução média da demanda tem 25 se situado em torno de 5% nas 
regiões onde foi aplicada a medida. As análises também demonstram que essa redução da de-
manda de ponta tem evitado novos investimentos da ordem 28 de dois bilhões de reais a cada 
ano na construção de usinas geradoras de energia. A economia que se obtém no consumo de 
energia, cerca de 0,5%, em MWh, é considerada um ganho 31 decorrente, ou marginal, mas não 
pode ser desprezado.
Internet: (com adaptações).
014. (CEBRASPE/TODOS OS CARGOS/MME/2013) Com relação a palavras em uso no tex-
to, assinale a opção em que os dois vocábulos mencionados pertencem à mesma classe 
gramatical.
a) “artificial” (l.2) e “menor” (l.9)
b) “seu” (l.8) e “um” (l.9)
c) “demanda” (l.8) e “uniforme” (l.20)
d) “que” (l.26) e “que” (l.29)
e) “obtém” (l.29) e “decorrente” (l.31)
Histórico e contextualização da taquigrafia
1 A palavra taquigrafia origina-se dos termos gregos tachys(rápido) e graphein (escrever), 
significando, portanto, escrita rápida. É considerada uma técnica profissional que 4 exige de 
quem a executa determinadas condições físicas, mentais e intelectuais, além de muita prática 
para o seu perfeito domínio. Taquigrafar é escrever tão depressa quanto se fala, 7 por meio de 
sinais (taquigramas) e abreviaturas.
Os hebreus atribuem a si a invenção da taquigrafia, alegando que, em citações feitas por 
Davi, no Salmo 44, há 10 menção à pena de um escritor veloz. Os gregos, por sua vez, querem 
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a primazia da invenção da taquigrafia. O filósofo e general ateniense Xenofonte, em 300 a.C., 
utilizava um sistema 13 de escrita abreviada. Marcus Tullius Tiro, escravo liberto e secretário 
de Cícero, criou, no ano 70 a.C., as Notas Tironianas, provavelmente adaptadas de um sistema 
16 taquigráfico grego, e as utilizou no parlamento romano. Tiro deve ter concluído que, para 
uma verdadeira taquigrafia, havia necessidade de maior brevidade dos sinais para se alcançar 
19 maior velocidade. A ideia básica era, portanto, simplificar para dar velocidade. Importante, 
também, era a posterior legibilidade dos registros. Mas como coletar as oratórias de 22 for-
ma rápida e legível? Quais eram os instrumentos de trabalho dos taquígrafos antigos? Aqui 
convém lembrar que o lápis só apareceu após a descoberta das minas de grafite na Grã 25 
Bretanha, na metade do século XVII. A pena de aço foi inventada na metade do século XVIII. E 
a caneta esferográfica foi inventada por Laszlo Joseph Biro somente em 1943. Além 28 disso, 
na época dos romanos não existia o papel, que só seria fabricado séculos mais tarde.
Giulietti (1950) descreve que os romanos 31 taquigrafavam em tabuletas e usavam, em vez 
de lápis, um ponteiro. A tabuleta era constituída de duas tábuas retangulares, de madeira ou 
de marfim, com uma pequena 34 margem elevada ao longo dos quatro lados. A parte central, 
rebaixada em relação às margens, era recoberta com cera, sobre a qual se escrevia com um 
ponteiro de metal, osso ou marfim. 37 O ponteiro tinha, de um lado, uma ponta aguda, com a 
qual se escrevia na cera, e, do outro, o formato de uma espátula, que era usada para se apagar 
o que estava escrito, alisando a cera. 40 As tabuletas também podiam ser revestidas com cal, 
sobre a qual se escrevia com uma tinta negra. Várias tabuletas podiam ser unidas com corda-
zinhas, que serviam de dobradiças, 43 formando, dessa forma, um livreto com certo número 
de páginas. Havia escravos que eram encarregados de entregar as tabuletas aos taquígrafos. 
No momento em que terminava de 46 escrever em uma tabuleta, o taquígrafo já recebia outra 
tábula rasa, tabuleta com a cera alisada. A tabuleta escrita era levada, então, por um escravo e 
entregue aos librarii, que traduziam e 49 recopiavam tudo por extenso. O texto assim traduzido 
era depois entregue aos oradores para uma revisão. Em seguida, era passado a limpo em per-
gaminhos ou papiros e publicado.
Wladimir Jatobá de Menezes et al. Ambiente de trabalho em taquigrafia: tarefas, atividades, estratégias opera-
tórias e custo humano da atividade. In: Ação Ergonômica, Rio de Janeiro, v. 3, n./ 1, p. 1-17, 2007. Internet: (com 
adaptações).
015. (CEBRASPE/TAQUÍGRAFO PARLAMENTAR/AL-ES/2011) Considerando os processos 
de formação de palavras, assinale a opção correta.
a) A palavra “pena” (l.10) é um caso típico de polissemia, pois pode apresentar as seguin-
tes acepções: plumagem de aves usada como objeto para escrever; piedade; castigo imputa-
do a alguém.
b) Presentes no texto, as palavras “Taquigrafar”, “taquigrafia”, “taquigráfico” e “taquigramas” 
pertencem ao mesmo campo semântico.
c) O radical grego das palavras taquígrafo, taquicárdico e tacógrafo significa rápido.
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d) As palavras “livreto”, “tabuleta”, “espátula”, “pergaminhos”, “papiros” e “papel” formam 
uma série associativa cuja característica comum, no texto, é designarem objeto no qual se 
pode escrever.
e) Pela adjunção dos sufixos -grafia e -gramas, são formados, por sufixação, respectivamente, 
as palavras “taquigrafia” e “taquigramas”.
1 Que tipo de gente joga lixo na rua pela janela do carro ou deixa a praia emporcalhada 
quando sai? Uma das respostas corretas é: um tipo que está se tornando mais raro. Sim. A 
atual 4 geração de adultos foi criança em um tempo em que jogar papel de bala ou caixa vazia 
de biscoitos pela janela do carro quase nunca provocava uma bronca paterna. Foi adolescente 
7 quando amassar o maço vazio de cigarros e chutá-lo para longe não despertava, na audiên-
cia, nenhuma reação especial, além de um “vai ser perna de pau assim na China”. Chegou à 
idade 10 adulta dando como certo que aquelas pessoas de macacão com a sigla do serviço de 
limpeza urbana estampada nas costas precisam trabalhar e, por isso, deve contribuir sujando 
as ruas. 13 Bem, isso mudou. O espírito do nosso tempo pode não impedir, mas, pelo menos, 
não impele mais ninguém com algum grau de conexão com o atual estágio civilizatório da 
humanidade a se 16 livrar de detritos em lugares públicos sem que isso tenha um peso, uma 
consequência. É feio. É um ato que contraria a ideia tão prevalente da sustentabilidade do 
planeta e da preciosidade 19 que são os mananciais de água limpa, as porções de terra não 
contaminadas e as golfadas de ar puro. E, no entanto, as pessoas ainda sujam, e muito, as 
cidades impunemente.
Veja, 9/3/2011, p. 72-3 (com adaptações).
016. (CEBRASPE/AGENTE/CORREIOS/2011) Com relação aos sentidos e aspectos linguísti-
cos do texto, assinale a opção correta.
a) A forma verbal “impele” (l.14) significa desencoraja.
b) O termo “prevalente” (l.18) poderia ser substituído, sem prejuízo à correção e ao sentido do 
texto, por preventiva.
c) O vocábulo “emporcalhada” (l.2) é formado por processo de composição.
d) O sujeito das orações “Foi adolescente” (l.6) e “Chegou à idade adulta” (l.9-10) remete a “A 
atual geração de adultos” (l.3-4).
e) No trecho “Chegou à idade” (l.9), é facultativo o emprego do sinal indicativo de crase.
1 O novo estatuto dos Correios permite à estatal associar-se a companhias públicas e 
privadas, aplicar recursos em grandes projetos, como no do trem-bala, e até abrir 4 agências 
no exterior. O presidente da empresa avisa que as perspectivas são quase ilimitadas e que, 
no horizonte, está a necessidade de adaptação a tempos mais competitivos e de 7 ampliação 
de lucros.
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O balanço da empresa, que será publicado pela primeira vez, mostrará que 2010 foi um 
bom ano para os 10 Correios. O faturamento chegou a R$ 13 bilhões, e a receita líquida, a R$ 
800 milhões. O resultado positivo ajudará a engordar um caixa robusto, que atualmente conta 
com cerca de 13 R$ 4 bilhões livres para investimento. O presidente dos Correios adverte que 
os recursos serão utilizados conforme os interesses da empresa e sob regras de governança 
típicas de 16 companhias de capital aberto. Lançar-se no mercado, no entanto, está fora de 
cogitação.
Correio Braziliense, 20/2/2011 (com adaptações).
017. (CEBRASPE/AGENTE/CORREIOS/2011) A palavra “trem-bala” é composta por justapo-
sição, tal qual o vocábulo
a) governança.
b) ilimitado.
c) passatempo.
d) superprodução.
e) faturamento.
Onde mais?
1 A gente não se dá conta, mas existe um outro vício (eu diria: vírus) de linguagem infectan-
do indiscriminadamente brasileiros de todas as idades, sexos e estratos sociais.
Falo do insidioso “onde”. Sim: insidioso. À primeiravista, “onde” parece uma palavra ino-
cente e inofensiva. Mas, sem 4 fazer alarde, o danado do “onde” foi se imiscuindo na nossa 
vida, invadindo frases que não lhe dizem respeito e diminuindo consideravelmente as oportuni-
dades de emprego para palavras honestas como “que”, “o qual” e “das quais”.
Todos os momentos em que deveríamos usar “em que”, muitas situações nas quais anti-
gamente se usava “nas quais” e 7 uma série de casos “onde” pedem nada além de um simples 
“que”, de repente, viraram momentos “onde”, situações “onde” e casos “onde”. Casos “onde” ?!!
Esse maldito “onde” é ainda mais perigoso, porque, na maioria das vezes, a gente nem nota 
que ele está ali, apodrecendo 10 uma frase inteira. Tem vezes “onde” a gente consegue perce-
ber, mas existem construções mais elaboradas “onde” até os ouvidos mais sensíveis acabam 
engambelados.
É diferente do irritante “com certeza”, que tem uma melancia pendurada no pescoço e não 
esquece de se anunciar a cada 13 aparição. Não é como a praga do gerundismo, que sempre 
vai estar chamando a atenção de todos os que não suportam estar ouvindo quem insiste em 
estar falando desse jeito. O “onde”, não. O “onde” é discreto. Vai chegar um momento “onde” 
você e eu vamos passar a falar assim e vamos achar normal.
16 Confesso que eu não tinha me dado conta do problema até conversar com o professor 
Eduardo Martins em seu programa na Rádio Eldorado, o “De palavra em palavra”. (Parênteses. 
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Sim, existe ALGUÉM nesse país que leva “Xongas” a sério. E esse alguém é ninguém menos 
que o professor Eduardo Martins. Não, leitor, você não precisa mais ler “Xongas” escondido, ou 
19 fingindo que está com os olhos no resto da página. O Eduardo Martins também lê! — obri-
gadíssimo pela audiência, Professor.) Depois do programa do professor Eduardo, vi o assunto 
sendo discutido no programa de TV do professor Pasquale, e ainda recebi várias newsletters 
pela Internet que tocavam no problema do “onde”. Ou seja: os estudiosos já estão há muito 
tempo cientes do 22 problema. Agora é preciso envolver o resto da população no combate a 
essa epidemia. Aliás, aqui vai uma sugestão à produção da próxima “Casa dos Artistas”: va-
mos fazer da Tiazinha, da Feiticeira e dos Gêmeos os garotos-propaganda de uma campanha 
pela erradicação do “com certeza”, do “eu vou estar transferindo a sua ligação” e do “tem casos 
onde”. O absurdo maior é que 25 o “onde” está deixando de ser usado justamente nos momen-
tos em que deveria, ou seja, quando é relativo a lugares.
Quase ninguém mais diz “o lugar onde nasci” ou “as cidades onde morei”. Agora é o lugar 
“que” eu nasci, as cidades “que” eu morei. Se essa troca de função entre o “onde” e o “que” for 
mais longe, aonde (a quê?) vamos parar? Já pensou? Em 28 vez de “a mulher que eu amo”, 
você vai dizer “a mulher onde eu amo”. (Às vezes as duas coisas coincidem, mas outras vezes 
o objeto do desejo está inacessível ou com enxaqueca.) Mas o pior vai ser quando “por que” 
virar “por onde”. “Por que você não foi?” vai virar “Por onde você não foi?”, o que vai suscitar 
múltiplas interpretações.
31 Além do que (do onde?), aprender de novo quando o poronde é junto, quando o por onde 
é separado e quando o porônde leva acento vai ser complicado demais nessa idade.
Ricardo Freire. Época, 25/12/2001 (com adaptações).
018. (CEBRASPE/AGENTE/UEPA/2008) Assinale a opção correta quanto à classificação das 
palavras ou expressões do texto.
a) ‘Xongas’ (l.18) — substantivo próprio, concreto e simples
b) ‘Casa dos Artistas’ (l.23) — substantivo próprio, abstrato e composto
c) “Tiazinha” (l.23) — substantivo comum, concreto e composto
d) “garotos-propaganda” (l.23) — substantivo próprio, concreto e composto
1 A paixão futebolística apresenta características particulares. É quase sempre eterna e 
não é necessariamente sustentada por convenções sociais, mas por dependência a uma re-
lação de apego, de proximidade, 4 necessidade que une os amantes esportivos. É apregoada 
desavergonhadamente a qualquer instante e em qualquer lugar com delicioso orgulho.
7 Porém, quando o desempenho das nossas equipes de coração não atende às expecta-
tivas, mesmo que ocasionalmente passamos a sentir certa rejeição por elas e muitas vezes 
somos levados a atitudes 10 irracionais. Renegar ou esconder as nossas preferências esporti-
vas são condutas aceitáveis, mas conviver com repentes agressivos que violam qualquer tipo 
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de acordo social, não, pois são ações animalescas, 13 que deveriam sofrer severa punição. 
Sócrates. Na idade da pedra.
In: CartaCapital, “Pênalti”, 6/12/2006, p. 53 (com adaptações).
019. (CEBRASPE/AUXILIAR/PGE-PA/2007) Assinale a opção incorreta acerca de aspectos 
linguísticos do texto.
a) A flexão de plural das palavras “paixão”, “coração”, “rejeição” e “punição” segue a mesma 
regra de flexão de “convenções” e “ações”.
b) Em “passamos a sentir certa rejeição” (l.8-9), o vocábulo “certa” classifica-se como adjetivo 
e tem o mesmo sentido que na frase: Ele sempre procurou tomar a atitude certa.
c) Estaria mantida a correção gramatical e não haveria prejuízo ao sentido do texto caso se 
substituísse a palavra “muitas” (l.9) por diversas ou várias.
d) Os termos “sociais” (l.3) e “severa” (l.13) exercem no texto a mesma função sintática.
1 A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, decretou o fim do direito de proprie-
dade de uma pessoa sobre outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de 4 
outra maneira: pela servidão, ou “peonagem”, por dívida. Nela, a pessoa empenha sua própria 
capacidade de trabalho ou a de pessoas sob sua responsabilidade (esposa, filhos, pais) 7 para 
saldar uma conta. E isso acontece sem que o valor do serviço executado seja aplicado, de 
forma razoável, no abatimento da conta, ou que a duração e a natureza do serviço 10 estejam 
claramente definidas.
O sociólogo norte-americano Kevin Bales, considerado um dos maiores especialistas no 
tema, traça em 13 seu livro Disposable People: New Slavery in the Global Economy (Gente 
Descartável: A Nova Escravidão na Economia Mundial) paralelos entre os dois sistemas de 16 
escravidão, que foram adaptados pela Repórter Brasil para a realidade brasileira.
020. (CEBRASPE/ASSISTENTE/PGE-PA/2007) Com relação a aspectos gramaticais do tex-
to, assinale a opção incorreta.
a) Na linha 3, o termo “escravo” está empregado com função adjetiva.
b) O vocábulo “a”, em “ou a de pessoas sob sua responsabilidade” (l.6), refere-se ao termo an-
terior “capacidade de trabalho” (l.5).
c) As palavras “servidão”, “peonagem” e “abatimento” são formadas pelo mesmo processo de 
derivação.
d) A expressão “de forma razoável” (l.8), por ter função adverbial, pode ser deslocada para ime-
diatamente após a forma verbal “acontece” (l.7), sem prejuízo para o sentido original do texto.
Texto 1A11-I
1 Pixis foi um músico medíocre, mas teve o seu dia de glória no distante ano de 1837.
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Em um concerto em Paris, Franz Liszt tocou uma 4 peça do (hoje) desconhecido compo-
sitor, junto com outra, do admirável, maravilhoso e extraordinário Beethoven (os adjetivos aqui 
podem ser verdadeiros, mas — como se 7 verá — relativos). A plateia, formada por um público 
refinado, culto e um pouco bovino, como são, sempre, os homens em ajuntamentos, esperava 
com impaciência.
10 Liszt tocou Beethoven e foi calorosamente aplaudido. Depois, quando chegou a vez do 
obscuro e inferior Pixis, manifestou-se o desprezo coletivo. Alguns,com ouvidos 13 mais sen-
síveis, depois de lerem o programa que anunciava as peças do músico menor, retiraram-se do 
teatro, incapazes de suportar música de má qualidade.
16 Como sabemos, os melômanos são impacientes com as obras de epígonos, tão céleres 
em reproduzir, em clave rebaixada, as novas técnicas inventadas pelos grandes artistas.
19 Liszt, no entanto, registraria que um erro tipográfico invertera, no programa do concerto, 
os nomes de Pixis e Beethoven...
22 A música de Pixis, ouvida como sendo de Beethoven, foi recebida com entusiasmo e 
paixão, e a de Beethoven, ouvida como sendo de Pixis, foi enxovalhada.
25 Esse episódio, cômico se não fosse doloroso, deveria nos tornar mais atentos e menos 
arrogantes a respeito do que julgamos ser arte.
28 Desconsiderar, no fenômeno estético, os mecanismos de recepção é correr o risco de 
aplaudir Pixis como se fosse Beethoven. Charles Kiefer. O paradoxo de Pixis.
In: Para ser escritor. São Paulo: Leya, 2010 (com adaptações).
021. (CEBRASPE/SEFAZ-RS/AUDITOR/2019) No segundo parágrafo do texto 1A11-I, o termo 
“adjetivos” remete às palavras
a) “verdadeiros” e “relativos”.
b) “refinado”, “culto” e “bovino”.
c) “admirável”, “maravilhoso” e “extraordinário”.
d) “desconhecido” e “compositor”.
e) “hoje” e “sempre”.
1 Com 97% das crianças alfabetizadas aos sete anos de idade, a rede municipal de educa-
ção pública de Sobral – CE aparece com destaque no mapa do Índice de Desenvolvimento 4 
da Educação Básica (IDEB). A cada edição, o município registra avanços — em 2005, chegou a 
4 pontos; em 2007, a 4,9; em 2009, a 6,6; em 2011, a 7,3. Ao obter tal pontuação, 7 ultrapassou 
a meta final prevista somente para 2021, de 6,1 pontos.
Tais resultados, de acordo com o secretário municipal 10 de educação, constituem a soma 
de onze anos de política de alfabetização e de investimentos nas crianças e na formação 
continuada de professores da rede de ensino. Em 2001, 48% 13 dos alunos, aos oito anos de 
idade, não conseguiam ler palavras. Hoje, 97% dos estudantes, aos sete anos, têm fluência, 
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entonação e compreensão do que leem. A estratégia 16 do município é utilizar a leitura como 
base do processo.
Internet: (com adaptações).
022. (CEBRASPE/PROFESSOR PLENO I/SEDUC-CE /2013) Em relação ao texto acima, assi-
nale a opção correta.
a) Mantêm-se as informações prestadas no texto caso o termo “somente” (l.7) seja deslocado 
para imediatamente depois de “ultrapassou” (l.7)
b) A substituição de “do município” (l.16) por municipal prejudicaria a correção gramatical e o 
sentido original do texto.
c) Prejudica-se a correção gramatical do período ao se substituir o travessão empregado na 
linha 5 por sinal de dois-pontos.
d) A forma verbal “ultrapassou” (l.7) está no singular porque concorda com “pontuação” (l.6).
e) Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “do” em “do que leem” (l.15) 
por daquilo.
1 Segundo o INMETRO, novas tomadas elétricas passam a ser obrigatórias a partir de 2010 
e o Brasil concluirá em 2011 todas as etapas do processo de criação 4 do padrão brasileiro 
de plugues e tomadas, que passarão a estar em conformidade com as normas da Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
7 A padronização tornou-se obrigatória por meio de uma portaria do instituto publicada em 
2000, quando foram estabelecidos diferentes prazos para que os vários 10 segmentos da in-
dústria adotem as novas regras a partir de janeiro de 2010, com todo o processo de conversão 
concluído, inclusive por parte do comércio, a partir de julho 13 de 2011, quando os aparelhos 
elétricos e eletrônicos à venda terão que estar adaptados.
Segundo o chefe da Divisão de Programa de 16 Avaliação da Conformidade do INMETRO, 
Gustavo Kuster, hoje o Brasil tem mais de doze tipos diferentes de plugues e oito de tomadas. 
“Essa diversidade toda causa 19 uma série de situações de riscos. A incompatibilidade levava 
a que o consumidor adotasse uma série de opções sem qualquer segurança, como lixar o pino 
do plugue”.
22 Para ele, o mérito da padronização que está sendo adotada pelo INMETRO é exatamen-
te o aumento da segurança. “A tomada e o plugue, como hoje são feitos, 25 permitem o que 
chamamos de inserção parcial. A finalidade da padronização que vem sendo discutida desde 
o final da década passada objetiva a segurança”.
Nielmar de Oliveira. Novo padrão de plugues e tomadas chega ao comércio em 2010. I n: Agência Brasil. Internet: 
(com adaptações).
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023. (CEBRASPE/TODOS OS CARGOS/INMETRO/2010) Em relação aos aspectos gramati-
cais do texto, assinale a opção correta.
a) Flexionar no plural a perífrase “a estar” (l.5) manteria a correção gramatical do período.
b) A substituição de “que” (l.14) por de preservaria o sentido do período, mas prejudicaria sua 
correção gramatical.
c) Como empregado no texto, o vocábulo “Segundo” (l.15) classifica-se como numeral ordinal.
d) O trecho “levava a que o consumidor adotasse uma série” (l.20) pode ser reescrito, sem pre-
juízo ao sentido e à correção gramatical, como: levava o consumidor a adotar uma série.
e) O vocábulo “finalidade” (l.25) pode ser substituído por objetivo, sem que isso acarrete preju-
ízo sintático ou semântico ao texto.
1 Uma crise de paradigmas caracteriza-se como uma mudança conceitual, ou uma mu-
dança de visão de mundo, consequência de uma insatisfação com os modelos 4 anteriormen-
te predominantes de explicação. A crise de paradigmas leva geralmente a uma mudança de 
paradigmas, sendo que as mudanças mais radicais consistem em 7 revoluções científicas. 
Há causas internas e externas dessas mudanças. As internas são o resultado de desenvolvi-
mentos teóricos e metodológicos dentro de uma mesma teoria e 10 também do esgotamento 
dos modelos tradicionais de explicação oferecidos pela própria teoria, o que leva à busca de 
alternativas. Causas externas são mudanças na sociedade 13 e na cultura de uma época, que 
fazem com que as teorias tradicionais deixem de ser satisfatórias, perdendo assim o poder 
explicativo. Devem, portanto, ser substituídas por 16 novas teorias, mais adequadas a essas 
ulteriores condições. Frequentemente ambos os tipos de causa vêm juntos em um contexto de 
revolução científica. Danilo Marcondes. A crise de paradigmas e o surgimento da modernidade.
In: Zaia Brandão (Org.). A crise dos paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez, 1999, p. 15-6 (com adaptações)
024. (CEBRASPE/NÍVEL SUPERIOR/INMETRO/2010) Mantêm-se a correção gramatical e a 
coerência entre argumentos no texto ao se
a) substituir a expressão “ulteriores condições” (l.16) por condições prévias.
b) retirar o artigo indefinido presente imediatamente antes de “mudança” (l.5).
c) inserir o termo uma imediatamente antes de “busca” (l.11).
d) eliminar a expressão “com que” (l.13).
e) substituir a forma verbal “perdendo” (l.14) por e perca.
1 Especialistas concordam que é papel do ensino fundamental e médio — e não apenas 
da universidade — cooperar de alguma forma com o processo de 4 formação dos futuros pro-
fissionais. Isso não implica ensinar jovens estudantes a mexer com planilhas de cálculos ou a 
empreender um novo negócio. Requer, sim, dar-lhes recursos 7 para lidar com a realidade e, por 
exemplo, com a competição que um dia virá. Então, a dúvida que permanece é: nossas escolas 
de fato cumprem essa tarefa?
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10 Carlos Alberto Ramos, professor do Departamento de Economia da Universidade de 
Brasília, aponta falhas nessa missão.Ele identifica um abismo na transição entre o sistema 
13 escolar e o mercado de trabalho. “Nosso modelo educacional é muito segmentado, e os 
conhecimentos de línguas e matemática, por exemplo, são muito diferentes dos valores 16 
compreendidos durante a vida profissional”, defende.
O despreparo dos jovens, portanto, é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças 
a pensar e a se adequar a 19 novas realidades”, diz Ramos. “Elas contam, inclusive, com uma 
vantagem para isso: são mais flexíveis a mudanças e estão sempre abertas a novas tecnolo-
gias”. Infelizmente, conclui o 22 especialista, não é isso o que acontece nas escolas.
O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar 
no 25 desenvolvimento do aluno com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um 
fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, con-
junto 28 de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro. Portanto, tal tarefa cabe 
a todos os níveis do ensino básico, dos cinco aos 17 anos.
31 Para Claudio de Moura Castro, especialista em educação, as escolas de ensino infantil 
e fundamental oferecem aos estudantes, geralmente, a proposta correta para a 34 capacitação 
para a vida profissional. Isso significa: ensinar a ler, escrever e falar adequadamente já duran-
te a alfabetização infantil. O problema, segundo o especialista, aparece no ensino 37 médio. 
“Nesse nível, as escolas são desmotivadoras, oferecendo conteúdos específicos para que os 
alunos estejam preparados para o vestibular”, afirma. “Mas, na verdade, não 40 preparam o 
estudante para nada”.
Moura Castro aponta três habilidades fundamentais aos profissionais de hoje e do futuro. 
Elas são decorrentes da 43 boa leitura, da boa escrita e da capacidade de comunicar-se bem. 
“Todos os profissionais precisam saber resolver problemas, falar em público e trabalhar em 
equipe”, sentencia. 46 “É nesse momento de aprendizado que se dissolve a fronteira entre o 
que é acadêmico — ensinado na escola — e o que é profissional e prático para o mercado de 
trabalho.”
Marina Dias. Bom profissional se faz na escola, 4/9/2009. Internet: (com adaptações).
025. (CEBRASPE/TÉCNICO BANCÁRIO/CAIXA/2010) No que se refere a aspectos linguísti-
cos do texto, assinale a opção correta.
a) Na linha 28, o emprego da preposição a, em “ao”, é exigência sintática do substantivo “norte”.
b) No texto, há elipse do objeto direto exigido pela forma verbal “oferecem” (l.32).
c) O vocábulo “jovens” (l.5) é empregado, no texto, como substantivo.
d) O sujeito da forma verbal “identifica” (l.12) é “Carlos Alberto Ramos” (l.10).
e) A expressão “a despeito de” (l.23) é sinônima de apesar de.
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1 As cenas de violência e desespero que tomaram conta do mundo na semana passada 
mostram que a nova crise responde por um nome: comida. Egito, Filipinas, Indonésia e 4 Costa 
do Marfim sofreram ondas de saques em busca de alimentos. Na Tailândia, tropas foram mobi-
lizadas para conter a invasão aos campos de arroz. O governo haitiano chegou a 7 ser deposto, 
devido à fúria da população que não consegue comer. O quadro ganhou rápida resposta, com 
o envio de mantimentos aos países afetados e muita retórica.
10 Em meio ao caos, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o 
Direito à Alimentação, Jean Ziegler, elegeu um culpado. “Uma política de 13 biocombustíveis 
que drena alimentos é a base de um crime contra a humanidade”, disse o suíço. A mesma can-
tilena foi repetida por outros órgãos multilaterais.
16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise: o aumento da 
produção subsidiada de biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do 19 petróleo, 
que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o aumento do consumo em países como Chi-
na, Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise 22 norte-americana, 
que levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos de hedge.
Foi de olho nessa situação que o diretor-geral do FMI 25 rompeu o silêncio constrangedor 
que pairava sobre os escritórios de Washington. “Se os países decidem adotar programas de 
biocombustíveis, quer o façam por segurança 28 energética, quer o façam por outros moti-
vos, precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência”, disse. O recado 
veio mais explícito da boca do presidente do Banco 31 Mundial: “Há uma incongruência em 
manter programas de subsídio ao mesmo tempo em que se têm tarifas, como é o caso norte-
-americano”.
34 Na quarta-feira, 16, a União Européia anunciou que a inflação dos alimentos em março 
ficou em 6,2%. No Brasil, a FIPE divulgou que a inflação de alimentos chegou a 11,24% 37 em 
São Paulo. A redução nos estoques mundiais já chega a 400 milhões de toneladas, o menor 
nível em 30 anos. Esse quadro, certamente, agravará disputas políticas e econômicas 40 nos 
próximos meses. O mundo em guerra pelo pão.
In: Istoé Dinheiro. 23’4’2008, p. 30-2 (com adaptações).
026. (CEBRASPE/ANALISTA/TCE-AC/2008) Com referência às estruturas linguísticas do tex-
to, assinale a opção correta.
a) Os vocábulos “suíço”, “vários” e “países” são acentuados de acordo com a mesma regra de 
acentuação.
b) Nos trechos “cinco fatores estão atuando, em escala mundial, nessa crise” (l.16-17), “e a 
crise norte-americana” (l.21-22) e “o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor...” 
(l.24-25), os termos destacados qualificam os nomes aos quais se referem.
c) No terceiro parágrafo, o emprego de ponto-e-vírgula introduz uma sequência de enunciados.
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d) No trecho ‘precisam olhar com atenção quando temos chamados de emergência’ (l.28-29), 
a substituição do termo ‘quando’ por se manteria a correção gramatical e o sentido do texto.
1 Às vésperas do centenário de sua morte (29 de setembro de 1908), Machado de Assis 
continua a ser uma presença inquietante. Embora ocupe lugar central e mais ou 4 menos in-
disputado na história da literatura produzida no Brasil, o escritor e sua obra ainda hoje guar-
dam algo do caráter excêntrico, inclassificável e surpreendente que 7 assombrou seus primei-
ros críticos.
Quem era Machado de Assis no século XIX? Um grande poeta, homem de teatro e crítico, 
que também se 10 dedicou à crônica, ao conto e ao romance, mantendo em seus escritos uma 
postura indiferente às grandes questões do seu tempo. Fino ironista que, do alto de sua torre 
de marfim, 13 expedia escritos em linguagem levemente arcaizante e estrangeirada, mais con-
dizente com a literatura de outros séculos do que com o que então se produzia nas capitais 16 
literárias do mundo.
Quem é Machado de Assis hoje? O maior contista e romancista brasileiro do século XIX, 
não só profundamente 19 interessado pelas questões de seu tempo e lugar, mas talvez o mais 
agudo e radical crítico das instituições sociais e políticas do Brasil do Segundo Reinado. Um 
escritor que nunca se 22 furtou ao corpo-a-corpo com seus leitores, colaborando com jornais 
e revistas, participando ativamente dos círculos literários, e que teria antecipado na sua escri-
ta procedimentos 25 das vanguardas do século XX, se é que não foi um pósmoderno avant 
la lettre.
Entre aquele escritor alienado e retrógrado do século 28 XIX e o escritor engajado e quase 
“vanguardista” de algumas leituras de hoje, uma pequena multidão de críticos procurou enten-
der esse fenômeno improvável no acanhado ambiente 31 literário e cultural do Brasil — tão 
improvável que até os mais materialistas falaram em milagre. Hélio de Seixas Guimarães. Pre-
sença inquietante.
In: Folha de S.Paulo, 27/1/2008 (com adaptações).027. (CEBRASPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ-RJ/2008) A respeito das estruturas linguísticas 
do texto, assinale a opção correta.
a) De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, o emprego da vírgula no primei-
ro período do texto não tem justificativa gramatical.
b) No período “Embora (...) críticos” (l.3-7), a idéia de concessão é introduzida pela palavra 
“ainda” (l.5), empregada na oração principal.
c) As palavras “inquietante” (l.3), “indisputado” (l.4) e “inclassificável” (l.6) classificam-se como 
adjetivos, os quais são formados por um mesmo prefixo, mas por sufixos diferentes.
d) O pronome relativo “que” (l.6) refere-se a “o escritor” (l.5).
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e) Nas orações “colaborando com jornais e revistas, participando ativamente dos círculos lite-
rários” (Ll.22-24), ambos os verbos estão empregados sem complemento.
028. (CEBRASPE/AUXILIAR/PGE-PA/2017) Assinale a opção em que o fragmento extraído 
do texto contém substantivo coletivo.
a) “Todas as áreas da União habitadas por populações tradicionais em Abaetetuba, nordeste 
do Pará, estão com regularização fundiária completa.”
b) “A região beneficiada, de belas paisagens, fica a cerca de 60 km de Belém, e é tradicional-
mente ocupada por ribeirinhos, que sobrevivem de atividades de extração vegetal e pesca.”
c) “Outra vitória possível depois da entrega dos títulos de posse é a inserção dos moradores 
em programas de saúde e educação.”
d) “Para o procurador da república Felício Pontes Jr., fixar o trabalhador na terra é uma das 
questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável no Pará.”
1 “Por que não pensei nisso antes?” Sempre que nos deparamos com essa indagação, 
estamos diante de uma idéia criativa. A espontaneidade para solucionar problemas é uma 4 
capacidade sempre invejada. Há quem garanta que entrar nesse time seleto é uma questão 
de treino e informação. Entre pesquisadores e pessoas reconhecidas pelo caráter inovador, 7 
existe um consenso: a criatividade é muito menos divina do que se imagina.
Grandes inovadores, como Leonardo da Vinci e Albert 10 Einstein, parecem raros na atua-
lidade, porque é normal dentro do processo criativo que muitos só sejam reconhecidos depois 
de mortos.
13 O processo criativo varia de pessoa a pessoa. Nas artes, por exemplo, a capacidade 
de retratar o cotidiano dos fidalgos e plebeus de uma forma original fez de Molière um 16 gê-
nio da comédia. Mozart se destacou pela ousadia de suas composições. Os heterônimos de 
Fernando Pessoa renderam obras com diferentes nuanças: do sarcasmo ao lirismo. Todos 19 
souberam trabalhar os elementos que tinham à disposição de uma forma que não havia sido 
pensada anteriormente.
João Rafael Torres. Revista do Correio, 9/4/2006, p. 23-4 (com adaptações).
029. (CEBRASPE/AUXILIAR/DETRAN-PA /2006) De acordo com o segundo parágrafo do tex-
to — “Grandes inovadores, como Leonardo da Vinci e Albert Einstein, parecem raros na atuali-
dade, porque é normal dentro do processo criativo que muitos só sejam reconhecidos depois 
de mortos” —, é correto afirmar que, logo após a palavra “muitos”, poderia estar inserido o 
substantivo
a) artistas.
b) pesquisadores.
c) inovadores.
d) pintores.
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1 Quem trabalha no magistério, sentindo as agruras e os percalços do dia-a-dia, leva sem-
pre consigo uma esperança. Quem trabalha no magistério, olhando sensivelmente para o 4 
semblante e para as necessidades dos educandos, leva sempre consigo a confiança. Quem 
trabalha no magistério, vivendo um rol imenso de dificuldades, leva sempre consigo a idéia de 
7 luta e de conquista.
Esperança, confiança e conquista são noções que devem ser aqui entrelaçadas. Os ho-
mens fazem a história 10 quando se movimentam no horizonte da esperança. Os homens 
superam as circunstâncias vividas no presente quando, juntos, em uma mesma motivação, 
compartilham a 13 confiança. Os homens estabelecem novas formas de convivência e de 
ação social quando se situam no horizonte das conquistas.
16 A esperança, essa característica exclusivamente humana, nos dirige para dias melhores 
que os atuais, fazendo nascer a idéia de um Brasil onde não mais existam injustiça, 19 discri-
minação e marginalização social. A confiança, desenvolvida e amadurecida nos processos de 
convivência e de diálogo, nos diz que existem outras pessoas — 22 coparticipantes desses 
processos — que percebem a necessidade de união e mobilização para a transformação da 
sociedade. A conquista, somada à esperança e à confiança entre homens 25 colados em um 
mesmo propósito, dirige a ação coletiva para o enfrentamento e a superação de determinadas 
contradições da realidade.
28 Enganam-se os radicais do determinismo! Os professores praticam em suas vidas a 
esperança e a confiança; por isso mesmo, em que pese a demagogia discursiva dos 31 políti-
cos incompetentes, os professores não foram totalmente massacrados pelas manobras ide-
ológicas. Com a conquista da redemocratização do país pelo povo brasileiro, os professores 
34 reforçam e consolidam os seus movimentos no sentido de reivindicar melhores condições 
para si e, nestes termos, poder trabalhar com mais dignidade. Ao se colocar como uma 37 
classe, os professores instauram e disseminam denúncias, reivindicações e decidem sobre 
diferentes objetos de conquista através da luta unida. Coragem, conflito, 40 desobediência 
etc.... deixam de ser meras palavras de ordem e passam a ser instrumentos concretamente 
vivenciados em práticas associativas de cunho político. No bojo das condições 43 de trabalho 
e de ensino deveriam entrar, também, as condições para o acesso aos livros e para a realização 
de leituras diversas.
Ezequiel T. da Silva. Elementos de pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1998, p. 13-5 (com adapta-
ções).
030. (CEBRASPE/PROFESSOR/HISTÓRIA/SEDUC-PA/2006) Tendo o texto como referência, 
assinale a opção incorreta.
a) “Esperança, confiança e conquista” (l.8) e “Coragem, conflito, desobediência” (l.39-40) per-
tencem à mesma classe gramatical.
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b) Os vocábulos “humana”, “melhores” e “atuais”, todos na linha 17, “injustiça” (l.18), “social” 
(l.19) e “amadurecida” (l.20) estão empregados no texto como adjetivos.
c) Na linha 22, a palavra “que” exerce a função gramatical de sujeito de “percebem” e refere-se 
a “outras pessoas” (l.21).
d) Os conectores “sobre” (l.38) e “através” (l.39) estão utilizados, respectivamente, com sentido 
de a respeito de e por intermédio.
Texto CB1A1-I
Durante um seminário sobre a antropologia do dinheiro ministrado na Escola de Economia 
e Ciência Política de Londres, Jock Stirratt descreveu em um gráfico os usos a que alguns 
pescadores do Sri Lanka que prosperaram nos últimos anos submetiam sua riqueza recém-
-adquirida. A renda desses pescadores, antes muito baixa, deu um grande salto desde que o 
gelo se tornou disponível, o que possibilitou que seus peixes alcançassem, em boas condi-
ções, os mercados distantes da costa, onde atingiram preços altos. No entanto, as aldeias de 
pescadores ainda permanecem isoladas e, à época do estudo, não tinham eletricidade, estra-
das nem água encanada. Apesar desses desincentivos aparentes, os pescadores mais ricos 
gastavam os excedentes de seus lucros na compra de aparelhos de televisão inutilizáveis, na 
construção de garagens em casas a que automóveis sequer tinham acesso e na instalação de 
caixas-d’água jamais abastecidas. De acordo com Stirratt, isso tudo ocorre por uma imitação 
entusiasmada da alta classemédia das zonas urbanas do Sri Lanka.
É fácil rir de despesas tão grosseiramente excêntricas, cuja aparente falta de propósito 
utilitário dá a impressão de que, por comparação, pelo menos parte de nosso próprio con-
sumo tem um caráter racional. Como os objetos adquiridos por esses pescadores parecem 
não ter função em seu meio, não conseguimos entender por que eles deveriam desejá-los. 
Por outro lado, se eles colecionassem peças antigas de porcelana chinesa e as enterrassem, 
como fazem os Ibans, seriam considerados sensatos, senão encantados, tal como os temas 
antropológicos normais. Não pretendo negar as explicações óbvias para esse tipo de compor-
tamento ― ou seja, busca de status, competição entre vizinhos, e assim por diante. Mas penso 
que também dever-se-ia reconhecer a presença de uma certa vitalidade cultural nessas atre-
vidas incursões a campos ainda não inexplorados do consumo: a habilidade de transcender o 
aspecto meramente utilitário dos bens de consumo, de modo que se tornem mais parecidos 
com obras de arte, carregados de expressão pessoal.
Alfred Gell. Recém-chegados ao mundo dos bens: o consumo entre os Gonde Muria. In: Arjun Appadurai (org). 
A vida social das coisas: mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Eduff, 2008, p. 147-48 (com adapta-
ções).
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031. (CEBRASPE/ANALISTA/APEX BRASIL/2021) No trecho “se eles colecionassem peças 
antigas de porcelana chinesa” (segundo parágrafo), do texto CB1A1-I, o modo da forma verbal 
“colecionassem” indica uma
a) hipótese.
b) avaliação.
c) vontade.
d) ordem.
Texto 1A1-I
Não sei quando começou a necessidade de fazer listas, mas posso imaginar nosso ante-
passado mais remoto riscando na parede da caverna, à luz de uma tocha, signos que indica-
vam quanto de alimento havia sido estocado para o inverno que se aproximava ou, como so-
mos competitivos, a relação entre nomes de integrantes da tribo e o número de caças abatidas 
por cada um deles.
Se formos propor uma hermenêutica acerca do tema, talvez possamos afirmar que existem 
dois tipos de listas: as necessárias e as inúteis. Em muitos casos, dialeticamente, as necessá-
rias tornam-se inúteis e as inúteis, necessárias. Tomemos dois exemplos. Todo mês, enumero 
as coisas que faltam na despensa de minha casa antes de me dirigir ao supermercado; essa 
lista arrolo na categoria das necessárias. Por outro lado, há pessoas que anotam suas metas 
para o ano que se inicia: começar a fazer ginástica, parar de fumar, cortar em definitivo o açú-
car, ser mais solidário, menos intolerante... Essa elenco na categoria das inúteis.
Feitas as compras, a lista do supermercado, necessária, torna-se então inútil. A lista con-
tendo nossos desejos de sermos melhores para nós mesmos e para os outros, embora inútil, 
pois dificilmente a cumprimos, converte-se em necessária, porque estabelece um vínculo com 
o futuro, e nos projetar é uma forma de vencer a morte.
Tudo isso para justificar o que se segue. Ninguém me perguntou, mas resolvi organizar 
uma lista dos melhores romances que li em minha vida — escolhi o número vinte, não por mo-
tivos místicos, mas porque talvez, pela amplitude, alinhave, mais que preferências intelectuais, 
uma história afetiva das minhas leituras. Enquadro-a na categoria das listas inúteis, mas, quem 
sabe, se consultada, municie discussões, já que toda escolha é subjetiva e aleatória, ou, na 
melhor das hipóteses, suscite curiosidade a respeito de um título ou de um autor. Ocorresse 
isso, me daria por satisfeito.
Luiz Ruffato. Meus romances preferidos. Internet: <brasil.elpais.com> (com adaptações).
032. (CEBRASPE/AGENTE/IBGE/2021) Mantendo-se o sentido original do texto 1A1-I, a locu-
ção “formos propor” (início do segundo parágrafo) poderia ser corretamente substituída pela 
forma verbal
a) propuséssemos.
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Caderno de Questões – Cebraspe (Múltipla Escolha)
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Bruno Pilastre
b) proporemos.
c) propusermos.
d) proporíamos.
e) propúnhamos.
Texto 15A2-II
Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; 
advirto que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o con-
traste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar 
os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e 
o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si 
mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, 
que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que desabafo! Que liberdade! Como 
a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-se, despintar-se, 
desafeitar-se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há 
vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há plateia. O olhar 
da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; 
não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se 
nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como 
o desdém dos finados.
Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ciranda Cultural, 2018. p. 49.
033. (CEBRASPE/PROFESSOR SÉRIE INICIAIS/SEED-PR /2021) No texto 15A2-II, o narrador 
utiliza majoritariamente verbos flexionados no tempo
a) pretérito perfeito.
b) presente.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do pretérito.
e) futuro do presente.
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Bruno Pilastre
Quino. Mafalda.
034. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR/2021) No texto 5A2-II, a forma verbal “seja” está no 
modo subjuntivo e foi empregada em uma oração que expressa
a) desejo.
b) dúvida.
c) condição.
d) surpresa.
e) concessão.
Texto 5A2-I
Socorro
Socorro, eu não estou sentindo nada.
Nem medo, nem calor, nem fogo,
não vai dar mais pra chorar
nem pra rir.
Socorro, alguma alma, mesmo que penada,
me empreste suas penas.
Já não sinto amor nem dor,
já não sinto nada.
Socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.
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Bruno Pilastre
Socorro, alguma rua que me dê sentido,
em qualquer cruzamento,
acostamento, encruzilhada,
socorro, eu já não sinto nada.
Alice Ruiz. Socorro, 1986.
035. (CEBRASPE/PROFESSOR/SEED-PR /2021) No primeiro verso de cada estrofe do texto 
5A2-I, o termo “Socorro”, isolado por vírgula,
a) tem função de aposto.
b) tem função de vocativo.
c) consiste em um advérbio deslocado nos períodos.
d) consiste em uma interjeição.
e) consiste em uma forma verbal no modo imperativo.
Texto 1A1-II
1 Não se sabe ainda se o mundo acabou realmente no sábado, como fora anunciado. Pode 
ser que sim, e não seria a primeira vez que isso acontece. A falta de sinais estrondosos e 4 
visíveis não é prova bastante da continuação. Muitas vezes o mundo acaba em silêncio, ou 
fazendo um barulho leve de folha. Tempos depois é que se percebe, mas já então vivemos em 
7 outro mundo, com sua estrutura e seus

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