Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Geometria plana SISTEMA coe DE ENSINO Direção-Geral: Sandro Bonás Direção Pedagógica: Zelei C. de Oliveira Direção Editorial: Roger Trimer Gerência pedagógica: Juliano de Melo Costa Gerência Editorial: Osvaldo Govone Gerência de Relacionamento: Giovanna Tofano Ouvidoria: Regina Gimenes Conselho Editorial: Juliano de Melo Costa, Osvaldo Govone, Sandro Bonás e Zelei C. de Oliveira PRODUÇÃO EDITORIAL Autoria: Frederico R. F. do Amaral Braga Editaria: Clayton Furukawa, José F. Rufato, Marina A. Barreto e Paulo S. Ada mi Assistente editorial: Luzia H. Fávero F. López Assistente administrativo: George R. Baldim Projeto gráfico e direção de arte: Matheus C. Sisdeli Preparação de originais: Marisa A. dos Santos e Silva e Sebastião S. Rodrigues Neto Iconografia e licenciamento de texto: Marcela Pelizaro, Paula de Oliveira Quirino e Cristian N. Zaramella Diagramação: BFS bureau digital Ilustração: BFS bureau digital Revisão: Flávia P. Cruz, Flávio R. Santos, José S. Lara, Leda G. de Almeida, Maria Cecília R. D. B. Ribeiro, Milena C. Lotto e Paula G. de Barros Rodrigues Capa: LABCOM comunicação total Conferência e Fechamento: Edgar M. de Oliveira coe lllil liaailllCdril Elikll Rmnlc..lDI - Td.:(l"lZll-liD ClrMmi-ZlD-Ulllrii-lllliiarma" ~ CAPÍTULO 01 A BASE DA GEOMETRIA 9 1. Introdução 9 2. Conceitos primitivos, definições e notações 9 3. Postulados e teoremas 11 4. Ângulos 12 5. Ângulos determinados por duas retas com uma transversal 16 CAPÍTULO 02 TRIÂNGULOS 20 1. Definição e elementos fundamentais 20 2. Classificação 20 3. Estudo dos ângulos 21 4. Pontos notáveis 23 5. Triângulos congruentes 27 CAPÍTULO 03 QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS 34 1. Definição e elementos 34 2. Classificação dos quadriláteros convexos 34 3. Propriedades dos paralelogramos 35 4. Propriedades dos losangos 36 5. Propriedade do retângulo 38 6. Conclusão importante 38 CAPÍTULO 04 ÂNGULOS NA CIRCUNFERÊNCIA 40 1. Circunferência e círculo 40 2. Ângulo central 44 3. Ângulo inscrito 44 4. Propriedade do ângulo inscrito 44 5. Consequências da propriedade do ângulo inscrito 45 6. Ângulo de segmento 46 7. Ângulo de vértice interno 47 8. Ângulo de vértice externo 47 CAPÍTULO 05 ESTUDO DOS POLÍGONOS 50 1. Definições e elementos 50 2. Posição de um ponto 50 3. Região poligonal 50 4. Polígono convexo e polígono côncavo 50 5. Nomenclatura 51 6. Número de diagonais de um polígono convexo 51 7. Ângulos de um polígono convexo 51 8. Ângulos internos e externos de um polígono regular 54 CAPÍTULO 06 TEOREMAS DE TALES E DA BISSETRIZ INTERNA 57 1. Definições 57 2. Teorema de Tales 57 3. Teorema da bissetriz interna 58 CAPÍTULO 07 SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS 61 1. Semelhança 61 2. Casos de semelhança 63 CAPÍTULO 08 RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA 66 1. Teoremas 66 2. Tangência 67 CAPÍTULO 09 RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 71 1. Triângulos retângulos semelhantes 71 2. Relações métricas 71 3. Teorema de Pitágoras 72 4. Recíproca do teorema de Pitágoras 72 5. Problemas de tangência 74 CAPÍTULO 10 SENOS E COSSENOS: TEOREMAS 78 1. Teorema dos senos 78 2. Teorema dos cossenos 81 3. Natureza de um triângulo 82 CAPÍTULO 11 POLÍGONOS REGULARES: APÓTEMAS 85 1. Apótema de um polígono regular 2. Cálculo do apótema dos principais polígonos regulares 3. Cálculo do raio da circunferência circunscrita CAPÍTULO 12 COMPRIMENTO DE CIRCUNFERÊNCIAS E ARCOS 1. Limites do comprimento de uma circunferência 2. O comprimento da circunferência e o número n 3. Comprimento de um arco de circunferência 85 85 86 88 88 89 89 CAPÍTULO 13 ÁREAS DAS REGIÕES ELEMENTARES 92 1. Conceitos básicos 92 2. Cálculo de áreas 93 3. Divisão de uma região triangular em partes equivalentes 95 4. Área de um triângulo em função da medida de dois lados e do ângulo compreendido 98 5. Fórmula de Heron 98 6. Fórmula da área em função do raio da circunferência inscrita 99 7. Fórmula da área em função do raio da circunferência circunscrita 99 8. Área de um polígono regular 101 9. Área de um círculo 101 10. Área das partes do círculo 101 EXERCÍCIOS PROPOSTOS Capítulo 01 Capítulo 02 Capítulo 03 Capítulo 04 Capítulo 05 Capítulo 06 Capítulo 07 Capítulo 08 Capítulo 09 Capítulo 10 Capítulo 11 Capítulo 12 Capítulo 13 GABARITO 107 114 129 133 140 146 151 161 166 175 184 188 193 211 Geometria plana Matemática CAPÍTULO 01 • A BASE DA GEOMETRIA 1. Introdução Existem indícios de que os primeiros conheci- mentos de geometria foram desenvolvidos por volta de 2 000 a.e. pelos babilônios, e cerca de 1 300 anos a.e. pelos egípcios, na tentativa de resolver problemas do cotidiano, como a demarcação de terras ou a construção de edi- fícios. No entanto, foram os gregos, por volta de 600 a.e., os primeiros a sistematizarem e a organizarem tudo que se conhecia sobre o assunto até essa época. O principal trabalho dos gregos foi um tratado de geometria, chamado Elementos, escrito por Euclides, por volta de 300 a.e. A preocupação central de Euclides em sua obra é a demonstração de propriedades geo- métricas com o auxílio da lógica. Da mesma forma que Euclides, iniciamos este livro apresentando, neste capítulo, os conceitos primitivos, as definições, os postulados e os teoremas, que serão básicos para o desenvolvi- mento da geometria, aqui chamada euclidiana, em homenagem ao seu principal organizador. 2. Conceitos primitivos, definições e notações A. Por que nem tudo pode ser definido em uma teoria? Quando definimos algum elemento em uma teoria, geralmente, usamos como ferramenta de linguagem outros elementos já definidos anteriormente. Exemplo "Triângulo é a reunião de três segmentos con- secutivos determinados por três pontos não colineares." Essa definição só pode ser apresentada após o conhecimento dos conceitos de: reunião, seg- mentos consecutivos e pontos não colineares; e esses conceitos só podem ser apresentados a partir de outros, e assim por diante. Porém, essa sequência de conceitos previa- mente apresentados não pode ser prolonga- da indefinidamente. É necessário estabelecer 9 um ponto de partida, isto é, alguns conceitos devem ser adotados sem definição (conceitos primitivos), para que todos os demais possam ser apresentados a partir deles. São conceitos primitivos na geometria eucli- diana: • Ponto (indicado por letra maiúscula latina) Exemplos • B •A •C • Reta (indicada por letra minúscula latina) Exemplos s r • Plano (indicado por letra minúscula grega) Exemplos a B. Estar entre: um conceito primitivo A noção de estar entre é um conceito primiti- vo que obedece às seguintes condições: 1ª) Se P está entre A e B, então A, B e P são distintos dois a dois. 2ª} Se P está entre A e B, então A, B e P são colineares (estão na mesma reta). 3ª) Se P está entre A e B, então A não está en- tre B e P, e B não está entre A e P. 4ª) Se A e B são dois pontos distintos, então existe um ponto P que está entre A e B . ••• mathe Realce mathe Realce mathe Realce Matemática Geometria plana Exemplos ~ e X está entre e e D. V • F ~ estáentreEeF. C. Definição de segmento de reta Dados dois pontos distintos, chamamos de seg- mento de reta a figura (*) constituída por eles e por todos os pontos que estão entre eles. Exemplo O segmento de reta determinado por A e B é representado por AB, dizemos que A e B são suas extremidades, e representamos por AB a medida de AB. AB = {A,B} u {PI P está entre A e B.} (*) Para apresentarmos a teoria da geometria de modo mais sucinto, admitiremos alguns conceitos como conhecidos, como o de figura (conjunto de pontos não vazio). D. Segmentos congruentes Definição - Dois segmentos de reta são cha- mados congruentes quando tiverem a mesma medida, na mesma unidade. Exemplo Os segmentos de reta AB e CD, da figura, têm medida4 cm, portanto são congruentes. B ~ 4cm C D Indica-se: AB = CD E. Divisão de segmento Definição 1 - Se P é um ponto que está entre A e B, dizemos que P divide interiormente AB ~ k PA numa razao = - . PB A P B eoc 10 Exemplo Na figura abaixo AP = 5 cm e PB = 6 cm, então: A p B - PA 5 P divide AB na razão k = - = - . PB 6 Observação No exemplo acima, o ponto P di- vide o segmento de reta BA na razão k'=PB=~- PA 5 Definição 2 - Se A é um ponto entre P e B, ou B é um ponto entre A e P, dizemos que o ponto d. "d . - ~ k PA P 1v1 e exteriormente AB na razao = - . p A B A B p ou Exemplo Na figura abaixo PA = 3 cm e AB = 5 cm, então: P A B 3cm Sem - PA 3 P divide AB na razão k =-=-. PB 8 Observação PB No exemplo acima, o ponto P divide o - PB 8 segmento de reta BA na razão k' = - = - . PA 3 F. Ponto médio de segmento de reta Definição - Ponto médio de um segmento de reta é o ponto que divide o segmento interior- mente na razão 1. Exemplo Na figura AP = PB, então Pé o ponto médio de - - PA AB, pois P divide AB na razão k = - = 1. PB A p B e ,S' e ,S' e mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce Geometria plana Matemática 3. Postulados e teoremas A. Por que nem tudo pode ser provado em uma teoria? A demonstração de uma propriedade é feita com base em outras propriedades já demons- tradas anteriormente. No entanto, as primei- ras propriedades de uma teoria, porque não têm outras para apoiar as suas demonstra- ções, são simplesmente "aceitas" como ver- dadeiras. Essas propriedades são chamadas de postulados. São postulados na geometria euclidiana: a. Um ponto de uma reta divide-a em duas regiões chamadas semirretas. O ponto O é chamado de origem das se- mirretas, e elas são ditas opostas. Exemplo A o B O ponto O divide a reta AB em duas semir- retas OA e OB, e O é a origem das semirretas. b. Uma reta de um plano divide-o em duas regiões chamadas semiplanos. A reta é chamada de origem dos semiplanos, e eles são ditos opostos. Exemplos A reta r divide o plano a em dois semiplanos, rA e rB, e ré a origem dos semiplanos. e. Dois pontos distintos determinam uma única reta. Exemplo Os dois pontos distintos (não coincidentes) A e B determinam a reta AB. d. Três pontos não colineares determi- nam um único plano. 11 Exemplo Os três pontos não colineares (não situados em uma mesma reta) A, B e C determinam o plano a. B. Teorema Teoremas são proposições que provamos ser verdadeiras a partir de conceitos primitivos, de definições, de postulados, ou de outras proposições já demonstrados. Em um teorema destacam-se três partes: hi- pótese, tese e demonstração. A hipótese é o conjunto de condições que ad- mitimos como verdadeiras, a tese é o que que- remos concluir como verdadeiro e a demons- tração é o raciocínio que usamos para provar a tese. Exemplo Dado um segmento AB e uma razão k, existe um único ponto P que divide interiormente AB na razão dada. Hipótese { P está entre A e B PA =k PB Tese {Pé único} Demonstração Supondo que existe um ponto P' distinto de P, entre A e B, que divide AB na razão k, então: A p P' B k= PA = P'A ⇒ PA+PB = P'A+P'B PB P'B PB P'B Como PA + PB = AB e P'A + P'B = AB, temos: AB AB , -=-⇒ PB=P B PB P'B Assim, P e P' coincidem. Logo, Pé único. (c.q.d.) ••• mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce Matemática Geometria plana C. Teorema recíproco Os teoremas geralmente são enunciados na forma: Se p, então q. em que p é a hipótese e q é a tese. Simbolicamente, temos: Trocando-se a hipótese, temos uma nova pro- posição: que chamamos de teorema recíproco, ou recí- proca do teorema. Exemplo "Se A, B e C são três pontos, tais que A está - - entre B e C e B divide AC na razão 2, então AB e AC são congruentes." A entre B e C} _ _ BA ⇒ AB:::AC -=2 BC A recíproca do teorema acima é: "Se AB e AC são dois segmentos congruentes, então A está entre B e C e B divide AC na razão 2." _ _ {A entre B e C AB::: AC ⇒ BC -=2 BA Observação A recíproca do teorema do exemplo não é verdadeira; observe a figura. A B e 4. Ângulos A. Definição Ângulo é a união de duas semirretas de mes- ma origem e não colineares. Exemplo Na figura, a reunião das semirretas OA e OB é chamada de ângulo e indicada por: AÔB ou BÔA. o O é o vértice do ângulo e OA e OB seus lados. B. Medidas de um ângulo Para medirmos um arco de uma circunferên- cia, inicialmente a dividimos em 360 "partes" e chamamos de grau(º) a cada "parte" obtida. Medir o arco em graus é determinar quantas "partes" o arco compreende. Exemplo A medida do arco APB é 82º. B ' _l_ da circunferência é igual 1º. 360 A medida de um ângulo é a medida do menor arco que o ângulo determina em uma circun- ferência com centro no seu vértice. Exemplo A medida do AÔB é a medida do arco AB AB e AC são dois segmentos congruentes, A assinalado. não está entre B e C. eoc n mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce Geometria plana Matemática Indica-se: m(AÔB) = AÔB = 50º Notamos que o ângulo é medido em graus porque ele é medido a partir do arco que de- termina na circunferência com centro no seu vértice. Observação Sendo a a medida de um ângulo, então Oº< a< 180º. C. Ponto interior de um ângulo Definição - Dado um ângulo e um ponto P, di- zemos que P é um ponto interior ao ângulo quando qualquer reta que passa por P inter- cepta os lados do ângulo em dois pontos dis- tintos A e B de modo que P seja sempre um ponto entre A e B. Exemplo P é interior ao AÔB. D. Setor angular Definição - Chamamos de setor angular à reu- nião dos pontos pertencentes ao ângulo e os seus pontos interiores. Exemplo B Setor angular do ângulo AÔB E. Classificação dos ângulos 1. Quanto à posição 1º) Ângulos consecutivos Definição- Dois ângulos são consecutivos quan- do têm o mesmo vértice e um lado comum. 13 Exemplo São consecutivos os pares de ângulos: AÔB e BÔC; AÔC e AÔB; AÔC e BÔC. 2º) Ângulos adjacentes Definição - Dois ângulos são adjacentes quan- do são consecutivos e não têm ponto interno comum. Exemplo A AÔB e BÔC são adjacentes. 3º) Ângulos opostos pelo vértice (opv) Definição - Dois ângulos são opostos pelo vértice quando os lados de um deles são se- mirretas opostas aos lados do outro. Exemplo Y<= B D AÔD e BÔC são opv. Observação Dois ângulos opostos pelo vértice são sempre congruentes (medidas iguais). li. Ângulos reto, agudo e obtuso 1º) Ângulo reto Definição - Um ângulo é reto quando sua me- dida for igual a 90°. • •• mathe Sublinhado mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce Matemática Geometria plana Exemplo A o B AÔB é um ângulo reto. Observação ~ ~ As retas OA e OB do exemplo são di- tas perpendiculares. 2º) Ângulo agudo Definição - Um ângulo é agudo quando sua medida for menor que 90°. Exemplo AÔB é agudo. Observação As retas OA e OB do exemplo são ditas oblíquas. 3º) Ângulo obtuso Definição - Um ângulo é obtuso quando sua medida for maior que 90°. Exemplo a> 90º o B AÔB é obtuso. Ili. Ângulos complementares e suple- mentares 1º) Ângulos complementares Definição - Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas for 90°. Dize- mos que um é o complemento do outro. eoc 14 Exemplo B 50º o,___,__ ___ _ A e 40º p ~-~----+----- D AÔB e CPD são complementares. Observação Os ângulos AÔB e BÔC da figura abaixo são adjacentes complementares. A B e 2º) Ângulos suplementares Definição - Dois ângulos são suplementares quando a soma de suas medidas for 180°. Dizemos que um é o suplementodo outro. Exemplo A 50º o~-~----+----- B e p D AÔB e CPD são suplementares. Observação Os ângulos AÔB e BÔC da figura abaixo são adjacentes suplementares. .. A o e mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce mathe Realce Geometria plana Matemática F. Bissetriz de um ângulo Dados os ângulos AÔB e BÔC, de vértice O comum e lado OB, também comum, confor- me a figura ao lado, a semirreta OC divide o ângulo AÔB em duas partes congruentes. Essa semirreta é chamada bissetriz do ângulo AÔB. Assim: Bissetriz de um ângulo é a semirreta que tem origem no vértice e o divide em duas partes de medidas iguais. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS A B 01. 03. Dado o segmento de reta AB, P é um ponto Observe a figura abaixo e responda às questões. que divide interiormente o segmento na razão 7:3. Calcule PA, dado AB = 50 cm. Resolução A X 50cm X 7 --= 50-x 3 3x = 350-7x l0x = 350 x= 35 cm Resposta PA = 35 cm 02. P 50-x B PA 7 - - PB 3 Dado o segmento de reta AB, P é um ponto exterior que divide exteriormente o segmento na razão 9:10. Calcule PA, dado AB = 50 cm. Resolução p A X X 9 --= x+50 10 l0x = 9x +450 x=450 Resposta PA = 450 cm B PA 9 50cm PB 10 15 A o F a. Qual o par de ângulos complementa- res? b. Qual o par de ângulos congruentes? e. Qual o par de semirretas perpendicu- lares? d. Qual semirreta é bissetriz? e. Qual é a reta da figura? f. Qual o ângulo raso? Resolução a. AÔB e BÔC ou BÔC e DÔE <=> 20° + 70° = 90° ou 70° + 20° = 90° b. AÔB::: DÔE e. OC ..l OA ou OC ..l OF d. OC, bissetriz de AÔF e. AF f. AÔF ••• mathe Realce mathe Realce Matemática Geometria plana 04. O suplemento da terça parte de um ângulo ex- cede o dobro do complemento do mesmo em 106°40'. Determine o ângulo. Resolução 180° - e = 2 · (90° - 0) + 106°40' 3 540° - 0 = 6 · 90° - 6 · 0 + 3 · (106°40') 6 · 0 - 0 = 540° + 320° - 540° 5 · 0 = 320° ⇒ 0 = 64 º Resposta 64° 05. Na figura a seguir tem-se: 0B é bissetriz de AÔC e OD é bissetriz de CÔE. Determine: a. a medida de BÔD; b. a medida de AÔE. o Resolução A 0B é bissetriz de AÔC, logo: AÔB = BÔC = 30° OD é bissetriz de CÔE, logo: CÔD = DÔE = 45° Pela figura: BÔD = BÔC + CÔD = 30° + 45° = 75° AÔE = AÔB + BÔC + CÔD + DÔE = = 30° + 30° + 45° + 45° = 150° Resposta a. BÔD = 75° b. AÔE = 150° 06. OC é bissetriz de um ângulo AÔB. Conhecen- do a medida de AÔB, determine a medida de BÔC, em cada caso. a. AÔB = 44° b. AÔB = 121° e. AÔB = 25°13' d. AÔB =45° Resolução Basta dividir cada medida por 2 a. 44 : 2 = 22° ⇒ BÔC = 22° b. 121 : 2 = 120°60' : 2 = 60°30' ⇒ BÔC = 60°30' e. 25°13' : 2 = 24°72'60" : 2 = 12°36'30" ⇒ ⇒ BÔC = 12°36'30" d. 45°: 2 = 44°60' : 2 = 22°30' ⇒ BÔC = 22°30' 07. Observe as figuras abaixo e responda às questões. e B e a. Quais os pares de ângulos consecutivos? b. Quais os pares de ângulos adjacentes? Resolução a. Ângulos consecutivos: 1 lado comum a e B; ye a; ye B; À e 0 b. Ângulos adjacentes: 1 lado comum e com intersecção vazia aeB 5. Ângulos determinados por duas retas com uma transversal A. Definição Quando uma transversal a duas retas distintas intercepta essas retas em dois pontos distintos, os oito ângulos determinados são classificados, conforme a figura a seguir, em: eoc 16 ..... Geometria plana Matemática • ângulos colaterais internos: 3 e 6, 4 e 5; • ângulos colaterais externos: 1 e 8, 2 e 7; • ângulos alternos internos: 3 e 5, 4 e 6; • ângulos alternos externos: 1 e 7, 2 e 8; • ângulos correspondentes: 1 e 5, 2 e 6, 4 e 8, 3 e 7. B. Propriedades Quando duas retas paralelas distintas são cortadas por uma transversal, temos: • Os ângulos correspondentes são congruentes; • Os ângulos alternos internos são congruentes; • Os ângulos alternos externos são congruentes; • Os ângulos colaterais internos são suplementares; • Os ângulos colaterais externos são suplementares. C. Teorema t Duas retas são paralelas distintas se, e somente se, formarem com uma transversal ângulos al- ternos internos congruentes . ; EXERCÍCIOS RESOLVIDOS t 01. Na figura abaixo, sendo as retas paralelas, cal- cule x. 17 Resolução Os ângulos a seguir são alternos internos, as- sim são congruentes. 7x-42º = 4x + 17º 3x = 59° 59° x=- 3 X= 19°40' Resposta 19°40' ••• Matemática Geometria plana 02. Determine 0: Resolução ----~~4-0_º _____ r//s .-. e= 120° Resposta X= 120° Obs. - Existe uma regra prática. Se conside- rarmos a menor abertura de cada vértice e observarmos os ângulos internos às paralelas, a soma dos ângulos virados para a direita é a mesma dos ângulos virados para a esquerda. 03. Sendo r e s retas paralelas e a+~= 90º, calcule x na figura abaixo. r X a Resolução Prolongando retas, temos: ', e E eoc s s 18 Consideremos o ~ABC:  = a (OPV) A C = B (correspondentes)  + s + ê = 180° ⇒ a+ s + B = 180° A A 90 + B = 180° ⇒ B = 90° Agora, considerando o quadrilátero BDEF: Ô=F=90º (ambos suplementos de um ângulo reto) A 8=90º B + Ô + E+ F = 360° ⇒90° + 90° + Ê + 90° = 360° A E= x = 360° -270° ⇒ x = 90° Resposta X= 90° 04. Calcule x. Resolução 180° -x = 61 º Resposta X= 119° (180° - x) = 61 ° (A.A.I) r-~-~--~~s (ângulo raso) Obs. - Para aplicarmos a regra prática é preci- so adaptarmos o desenho. Os ângulos têm de estar dentro das paralelas e devemos conside- rar a menor abertura. 29° + (180° - x) = 90° Resposta X= 119° os. Calcule 0. Resolução 1º Modo: 20 + 70° = 120° 0 = 25° Observações r Geometria plana {180° - x) (ângulo raso) ----~--s 2º Modo: r//s s • Observe dentro das paralelas. Matemática • Observe as menores aberturas de cada vértice. • O somatório de um lado é igual ao do outro (A.A.1.) 20 + 70° = 120° 0 = 25° • As propriedades dos pares de ângulos correspondentes, alternos e colaterais são váli- das apenas no caso em que as duas retas são paralelas. • Se as retas não forem paralelas, as propriedades não são válidas, mas os nomes desses pares de ângulos continuam sendo os mesmos. 19 • •• mathe Realce mathe Realce Matemática Geometria plana CAPÍTULO 02 • TRIÂNGULOS 1. Definição e elementos fundamentais Definição Dados três pontos A, B e C não colineares, o triângulo ABC é a reunião dos segmentos AB, - - AC e BC. A ~ABC = AB u AC u BC Elementos • Vértices: são os pontos A, B e C. • Lados: são os segmentos AB, AC e BC. • Ângulos internos: são os ângulos ABC, AêB e BÂC. • Ângulos externos: são os ângulos a, P e 0, que são respectivamente, ad- jacentes e suplementares dos ângu- los internos do triângulo abaixo. a eoc 20 2. Classificação A. Quanto aos lados 1. Triângulo escaleno é o que tem os três lados com medidas diferentes. A AB :;t: AC :;t: BC li. Triângulo isósceles é o que tem pelo menos dois lados com medidas iguais. A AB=AC Ili. Triângulo equilátero é o que tem os três lados com medidas iguais. A AB =AC= BC Geometria plana Matemática B. Quanto aos ângulos 1. Triângulo retângulo é o que tem um ângulo reto. O lado oposto ao ângulo reto é a hipotenusa e os outros, ca- tetos. A Cateto Cateto B,__----------~C Hipotenusa Â=90° li. Triângulo acutângulo é que o tem os três ângulos agudos. A Â<90° A B < 90° A c < 90º Ili. Triângulo obtusângulo é o que tem um ângulo obtuso. Â>90° 21 3. Estudo dos ângulos A. Teorema dos ângulos internos Em todo triângulo a soma das medidas dos três ângulos internos é igual a 180° (teorema angular de Tales). A ,._ A A Q A+ B + C = 180 Demonstração Traçando a reta r paralela ao lado BC, temos: A ---~~----r AI a::B e A alternos internos em paralelas B = c e como a+  + B = 180º ,,.._ A A Q A+ B + C = 180 Exemplo Em um triângulo ABC, 13 é o dobro de ê e  é o triplo de ê . Calcule as medidas dosângulos /\ /\ /\ A, B e C. A 2x C ~~-------~~B /\ C=x /\ B=2x /\ A=3x ••• Matemática Geometria plana Resolução Pelo teorema angular de Tales: ,,._ "' "' o A+ B + C = 180 3x + 2x + x = 180° 6X = 180° ⇒ X = 30° Teremos: /\ A= 3 · 30 = 90° A B = 2 · 30 = 60° ê = 1 · 30° = 30° Resposta A A A A = 90°, B = 60° e C = 30° B. Teorema do ângulo externo Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à soma das medidas dos dois ângulos internos não adjacentes a ele. B a=Â+B Demonstração  + B+ ê = 1so0 A a+C = 180° A (1) (li) e Fazendo 1 = li temos:  + B + ê = a+ ê Assim: a= Â+ B EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 01. A asa delta é um tipo de aeronave composta de tubos de alumínio, que proporcionam a sua rigidez, e uma vela de tecidos, que fun- ciona como superfície que sofre forças ae- rodinâmicas e proporciona a capacidade de planar. O nome asa delta vem da semelhança eoc 22 Observação Esta propriedade é válida para qual- quer ângulo externo de um triângulo. Ob- serve a figura: A A a=A+B B=B+ê 0=A+C e C. Teorema dos ângulos externos Em todo triângulo, a soma das medidas dos ângulos externos é igual a 360°. B a+ B + y= 360º Demonstração A A A 'Y A= 180º -a;B = 180º -B e c = 180º -y " " " o Como A + B + e = 180 , temos: ( 180° - a) + ( 180° -B) + ( 180° - y) = 180° Assim: a+ B + y = 360º com a letra grega, que tem formato de triân- gulo, porém trata-se de um quadrilátero não convexo. A seguir há um manual para monta- gem de uma asa delta. Calcule o ângulo 0 do cotovelo de encaixe D. Geometria plana Matemática Manual de instrução ~ ©1 .:; do Br1..:;il Resolução A A Cotovelo de ---+ . encaixe B e B e Resposta 8 = 120º 02. Shuriken, a lâmina que se atira, usada pelos ninjas, é conhecida como estrela ninja. Ela pode ser chama- da de Bo Shuriken ou Hira Shuriken, de acordo com o formato e o número de pontas. Está entre as 18 disciplinas ninjutsu. Shuriken significa "lâmina atrás das mãos" (Shu = mão; Ri = atrás; Ken = lâmina). Se considerarmos a figura ao lado uma shuriken, qual é o valor de x? 3x + 10º 4. Pontos notáveis A. Baricentro Definições 1ª} Mediana de um triângulo é o segmen- to que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. 2ª} Baricentro de um triângulo é o ponto de encontro das três medianas do triângulo. A AMA 1 BM8 e CMc: medianas G é o baricentro do MBC. 23 Resolução Soma dos ângulos externos: 360°, assim: (3x + 10º) + (Sx - 10º) + 4x = 360° Resposta X= 30° B. Ortocentro Definições 1ª} Altura de um triângulo é o segmento da perpendicular traçada de um vértice à reta suporte do lado oposto e que tem extremidades nesse vértice e no ponto de encontro com essa reta suporte. 2ª} Ortocentro de um triângulo é o ponto de encontro das retas suportes das três alturas de um triângulo. A ~ acutângulo O é o ortocentro do ~ABC. ••• Matemática Geometria plana A retângulo O é o ortocentro do AABC. Observação / / / / / / / / / / / / / / / / / / / o B~L ________ ___.___._ __ ~ c HA A obtusângulo O é o ortocentro do AABC. Sendo ABC um triângulo acutângulo ou obtusângulo, o triângulo com vértices nos pés das alturas (AHAH 8Hc) é o triângulo ártico do triângulo ABC. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 01. Sendo G o baricentro do triângulo ABC, deter- mine o valor de x + y + z. B Resolução 10 = 2x x=S 14 = 2z z=7 v= 2 • 6 v= 12 A X + y + Z = 5 + 7 + 12 = 24 Resposta X+ y + Z = 24 eoc e 24 02. " Sendo H o ortocentro de um AABC e B HC = 150°, " determine A. Resolução A B e BHC é externo ao ACHO ⇒ HêD = 60º No AAEC, temos: Â+ 90° + 60° = 180° Resposta ~ A=30º Geometria plana Matemática C. lncentro Definições 1!) Bissetriz de um ângulo é a semirreta com pontos internos ao ângulo e que determina com seus lados dois ângulos adjacentes congruentes. o B OC é a bissetriz de AÔB. 2!) Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de um ângulo in- terno que tem extremidades no vértice desse ângulo e no ponto de encontro com o lado oposto. 3!) lncentro de um triângulo é o ponto de encontro das bissetrizes internas do triângulo. A 1 é o incentro do LlABC. Observação O incentro de um triângulo é o centro da circunferência nele inscrita. D. Circuncentro Definições 1!) Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a esse segmento que passa pelo seu ponto médio. // ! E] M Tt t é a mediatriz de AB. // • B 25 2!) Circuncentro de um triângulo é o pon- to de encontro das três mediatrizes dos lados do triângulo. Triângulo acutângulo O é o circuncentro do LlABC (ponto interno MBC). Triângulo retângulo O é o circuncentro do LlABC (ponto médio da hipotenusa BC). Triângulo obtusângulo O é o circuncentro do MBC (ponto externo MBC). Observação O circuncentro de um triângulo é o centro da circunferência nele circunscrita. • •• Matemática Geometria plana EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 01. UFMG No triângulo ABC, as seguintes atribuições são feitas: A i m BÂD = CÂD e BM = CM 1. AH = altura, AM = mediana, m = bissetriz li. AD= altura, AM = mediana, m = bissetriz - - Ili. m = mediatriz, AM = mediana, AH = altura IV. AD= bissetriz, AH= altura, m = mediatriz Pode-se afirmar que: a. apenas I e li são verdadeiras. b. apenas li e Ili são verdadeiras. e. apenas Ili e IV são verdadeiras. d. apenas I e IV são verdadeiras. e. apenas li e IV são verdadeiras. Resolução 1) AH = altura (V) AM = mediana (V) m = bissetriz (F) li) AD= altura (F) AM = mediana (V) m = bissetriz (F) Ili) m = mediatriz (V) AM = mediana (V) AH = altura (V) IV) AD = bissetriz (V) AH = altura (V) m = mediatriz (V) Resposta c eoc 26 02. Mackenzie-SP Se um ponto D no plano de um triângulo é equidistante dos três lados desse triângulo, ele é necessariamente a intersecção das: a. alturas. b. mediatrizes dos lados. e. medianas. d. bissetrizes dos ângulos internos. e. nenhuma das alternativas anteriores são corretas. Resolução Se D é equidistante dos três lados de um triân- gulo, então é o centro da circunferência inscrita no triângulo; D é o incentro, ponto de encontro das bissetrizes internas. Resposta D 03. Dado o triângulo ABC, retângulo em Â, e sa- bendo que a altura relativa à hipotenusa for- ma com a bissetriz do vértice A um ângulo de A A 15º, determine os ângulos B e C, C < B. Resolução A AP é bissetriz, assim PÂC = 45°. Como BÂC é 90° e _tiÂP = 15°, temos BÂH = 30°. Desse modo, ABC= 60°. Observando o MBC, o ân- A guio ACB = 30°. 04. Dado o triângulo ABC, retângulo em Â, e sa- bendo que a altura relativa à hipotenusa for- ma com a mediana do vértice A um ângulo de A A A A 20º, determine os ângulos B e C, C < B. Geometria plana Matemática Resolução H M "Todo triângulo retângulo é inscritível em uma semicircunferência de forma que o raio é a media- na relativa ao ângulo reto." /\ Observe o MHM, o ângulo AMH = 70° é externo ao MMC que é isósceles. Assim, pelo teorema do A A ângulo externo, 20 = 70º, 0 = 35º. Como o MBC é retângulo, B = 55º e C = 35º. 05. Dado o triângulo ABC, retângulo em Â, e sabeAndoAqy_e aAmediatriz relativa à hipotenusa forma com a mediana um ângulo de 40°, determine B e C, B > C. Resolução "Todo triângulo retângulo é inscritível uma se- ---+Altura // Mediatriz micircunferência de forma que o raio é a me- ---+Mediatriz diana relativa ao ângulo reto." M • Mediatriz: passa pelo ponto médio formando 90º. 5. Triângulos congruentes A. Definição Dois triângulos ABC e DEF são congruentes se for possível estabelecer uma correspondência entre seus vértices de modo que seus lados sejam dois a dois congruentes e também os seus ângulos internos sejam dois a dois con- gruentes. Assim: A E .._..--,,-------nro F BL....U... ______ .......,.CD 27 Modo 1: Altura! /Mediatriz, assim o problema fica pare- cido com o anterior. Modo 2: • ~AMC é isósceles com o ângulo /\ AMB = 50° e externo ao triângulo AMC. As- sim, 20 = 50°, 0 = 25°. • ~ABC retângulo, então 13 = 65º e ê = 25º. AB = DE e  = D AC= DF e B= Ê {:::>~ABC= ~DEF A A BC= EF e C = F Observações 1!!) A correspondência ABC ç=> DEF é cha- mada de correspondência congruência. 2!!) É possível estabelecer outras corres- pondências entre os triângulos ABC e DEF, po- rém não serão necessariamente correspondên- cia congruência. 3!!) Os triângulos ABC e DEF coincidem por superposição. ••• Matemática Geometria plana Exemplo Na figura abaixo, MBC = L'.lAED, então comple- te: A B C D E a. AB= A d. B = b. AC= e. BÂC = c. BC= A f. ACB= Resolução Como ABC {::::} AED é uma correspondência congruência, temos: - - a. AB = AE a. AC= AD a. BC= ED b. B= Ê c. BÂC = EÂD A A d. ACB::::ADE B. Casos de congruências A definição de triângulos congruentes é por demais "exigente", visto que, para concluir- mos que dois triângulos são congruentes, é necessário compararmos as seis medidas bá- sicas dos triângulos (lados e ângulos). Existem situações em que podemos concluir a congruência de dois triângulos a partir da igualdade de 3 medidas básicas. Essas situações são chamadas de casos de congruência. Verificar se uma situação é caso de congruência é descobrir se as medidas conhecidas de dois triângulos permitem estabelecer uma corres- pondência congruência entre os dois triângu- los. 12 caso de congruência: LAL O primeiro caso de congruência de dois triân- gulos é a correspondência lado-ângulo-lado, e é adotado na geometria euclidiana como um postulado. Se dois triângulos têm ordenadamente con- gruentes dois lados e o ângulo compreendido, então eles são congruentes. eoc 28 A A' AB::::A'B' A A LAL --i A::::A_' _ ⇒ MBC=LlA'B'C' AC::::A'C' MBC = LlA'B'C' de:'.:tº BC= B'C' { B = B' A A C= C' Observação - As marcas nos lados e no ângulo dos ~ABC e ~A'B'C' identificam os elementos correspondentes congruentes. Exemplo de aplicação As retas r e s da figura representam duas estra- das que passam pelas cidades W, X, Y e Z e que se cruzam em P. A partir de P, num mesmo instante, quatro jo- vens A, B, C e D partem com destino às cidades W, X, Y e Z, respectivamente. Os jovens caminham com velocidade constan- te de modo que: VA=V8 eVc=V0 Em que VA, V81 Vc e V0 são as velocidades dos jovens A, B, C e D, respectivamente. Provar que, em qualquer instante do percurso, antes da chegada, a distância entre os jovens A e C é a mesma que a dos jovens B e D. s w X r y z Resolução Num instante t após a partida, os jovens A e B terão percorrido uma distância d1 e os jovens C e D, uma distância d2• Geometria plana Matemática Assim: PA = PB = dl I\ I\ APC = BPD (o.p.v.) CP= DP= d2 lLAL I ⇒ AAPC = ABPD AAPC = ABPD ~ AC= BD Logo, a distância dos jovens A e C é a mesma que a dos jovens B e D. 22 caso de congruência: ALA O segundo caso de congruência de dois triân- gulos é a correspondência ângulo-lado-ângulo. Se dois triângulos têm ordenadamente congruentes um lado e os dois ângulos a ele adja- centes, então esses triângulos são congruentes. - -- ALA B = B' } BC::B'C' ⇒ MBC=M'B'C' I\ I\ C=C' {  = Â' AABC::AA'B'C': AB=A'B' AC=A'C' 29 Demonstração Consideremos sob~a semirreta B'A' um pon- to P tal que PB' = AB. A AB = PB' BC::B'C' I\ I\ B = B' A' LAL ⇒ MBC=APB'C' def. /\ /\ MBC::APB'C' ⇒ ACB::PC'B' I\ I\ ACB::A'C'B' I\ I\ ⇒ A'C'B' = PC'B' } /\ /\ ACB::PC'B' Assim, as retas C'A' e C'P coincidem, e isto significa que A'= P, ou seja, M'B'C' e APB'C' são o mesmo triângulo. Logo: MBC;; M 'B'C' 32 caso de congruência: LLL O terceiro caso de congruência de dois triân- gulos é a correspondência lado-lado-lado. Se dois triângulos têm os três lados ordenadamente congruentes, esses triângulos são congruentes. A A' AB::A'B' AC::A'C' ⇒ AABC=AA'B'C' BC= B'C' def. /\ /\ { A= A· MBC = AA'B'C' ⇒ B = B' I\ I\ C:: C' ••• Matemática Geometria plana Demonstração Tracemos uma semirreta BP no semiplano oposto ao determinado por BC e A, de modo A A - -- que PBC = A'B'C' e BP= B'A'. BP:::B'A' A A PBC = A 'B'C' BC= B'C' LAL ⇒ M'B'C:::APBC def. {PC= A 'C' M'B'C' = APBC ⇒ /\ /\ BPC::: B'A'C' - -} AB:::A'B' - - " " ___ ⇒ AB:::BP ⇒ PAB:::BPA BP: A'B' - -} AC:::A'C' - - " " ___ ⇒ AC:::PC ⇒ PAC:::CPA PC: A'C' /\ /\ PAB:::BPA /\ /\ PAC:::CPA " /\ ⇒ BAC::: BPC /\ /\ /\ BAC=PAB+PAC /\ /\ /\ BPC= BPA+CPA /\ /\ } BAC = BPC " " ⇒ BAC = B'A'C' " " BPC::: B'A'C' --; AB = A'B' A - 1 A 1 1 LAL BAC=B AC ⇒ MBC=AA'B'C' AC= A'C' eoc 30 Exemplo de aplicação Em uma aula de Educação Física, o professor pede que as alunas Ana e Carolina permane- çam fixas em dois pontos distintos A e C da quadra, e que o aluno Paulo, inicialmente no ponto médio de AC, se movimente na quadra, mantendo a equidistância de A e C. Mostre que a trajetória de Paulo é uma reta perpendicular a AC. Resolução Seja P' uma posição de Paulo num instante qualquer: PA:::PC - - 1 PP' é comum. ~ AP'PC = AP'PA P'A:::P'C A A Assim, CPP' = APP' = 90° A Como P'PC é reto, então a trajetória de Paulo é uma reta perpendicular a AC. 42 caso de congruência: LAA0 O quarto caso de congruência de dois triângulos é a correspondência lado-ângulo-ângulo oposto. Se dois triângulos têm ordenadamen- te um lado, um ângulo e o ângulo oposto ao lado, então eles são congruentes. A A' BC:::B'C' LAAO ⇒ MBC= AA'B'C' " " A= A' A A C::: C' def. __ MBC:::M'B'C'⇒ AB:::A'B' AC:::A'C' Geometria plana Matemática Demonstração I\ I\ I\ A+B+C= 180° Â'+B'+ê' = 180° Â=Â' I\ I\ B=B' ___ ALA I\ I\ ⇒ C=C' s=s t BC=B'C' ⇒ MBC::~A'B'C' I\ I\ C=C' Exemplo de aplicação A figura abaixo mostra uma gangorra com has- te rígida de extremidades A e B, apoiada em uma mureta vertical num ponto P. Quando as extremidades A ou B tocam o chão, formam com ele ângulos de medidas iguais. B A· ___ :.-P =====:::> e:==·===,,--~ 1 IP' Prove que o ponto P está no meio da haste rígida. Resolução B A PP' é comum. LAA ⇒ ~AP'P = ~BP'P A A PP'A=PP'B A A PAP'=PBP' Então, AP = BP, ou seja, P está no meio da has- te rígida. Caso especial de congruência O caso especial de congruência de dois triân- gulos é a correspondência hipotenusa-cateto. Se dois triângulos retângulos têm ordenadamente congruentes a hipotenusa e um cateto, então eles são congruentes. 31 caso especial AB = A'B' ⇒ MBC = ~A'B'C'  = Â' = 90º} BC= B'C' definição /\ /\ { e= ê· ~ABC= ~A'B'C' ⇒ B = B'_ AC::A'C' Demonstração B B' Sobre a semirreta oposta a AC' , tomemos um ponto P de modo que A'P = AC. - - } A'P= AC LAL PÂ'B' = CÂB ⇒ M'B'P = ~ABC (1) A'B'=AB Assim, B'P =BC= B'C' A A Então, ~PB'C' é isósceles e P = C' - } A'B' é comum. LAA A A o PA'B'::C'A'B' ⇒ I\ I\ P:: C' ⇒ ~A'B'P=M'B'C' (li) De I e 11, temos: MBC::M'B'C' ••• Matemática Geometria plana C. Consequências importantes 1. Teorema do triângulo isósceles Se um triângulo tem dois lados congruentes, então os ângulos opostos a estes lados são congruentes. Sendo ABC um triângulo isósceles com AB = AC, temos: A Hipótese Tese /\. /\. AB::AC Demonstração B = C Consideremos os triângulos ABC e ACB, isto é, associemos a A, B e C, respectivamente, A, C e B. AB :AC BÂC::CÂB AC ::AB (comum) ⇒ AABC = AACB (hip.) t ALA t t AABC AACB definição /1. /1. AABC = AACB ⇒ B = C EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 01. Classifique em verdadeiro (V) ou falso (F). a. Todo triângulo isósceles é equilátero. b. Todo triângulo equilátero é isósceles. c. Um triângulo escaleno pode ser isósceles. d. Todo triângulo isósceles é triângulo retângulo. e. Todo triângulo retângulo é triângulo es- caleno. f. Existetriângulo retângulo e isósceles. g. Existe triângulo isósceles obtusângulo. h. Todo triângulo acutângulo ou é isósceles ou é equilátero. eoc 32 li. Recíproca do teorema do triângulo isósceles Se um triângulo possui dois ângulos congruen- tes, então esse triângulo tem dois lados con- gruentes. d •A 1 /1. /1. Sen o ABC um tnangu o com B = C, temos: Hipótese /\. /\. B= C Demonstração A Tese AB::AC Consideremos os triângulos ABC e ACB, isto é, associemos a A, B e C, respectivamente, A, C e B. /\. /\. B = C BC =CB /\. /\. C = B t t AABC AACB (hip.) 1 ALA (comum) ⇒ MBC = AACB (hip.) definição _ _ AABC = AACB ⇒ AB = AC Resolução a. Falso. O triângulo isósceles tem, pelo me- nos, dois lados iguais e o equilátero três. b. Verdadeiro. O triângulo equilátero tem, também, dois lados iguais. c. Falso. O triângulo escaleno tem os três la- dos diferentes. d. Falso. Há triângulos retângulos que não são isósceles. e. Falso. Há triângulos retângulos que têm dois lados iguais. f. Verdadeiro. Consequência da anterior. g. Verdadeiro. Há triângulos obtusângulos com dois lados iguais. h. Falso. Há triângulos acutângulos que não são isósceles nem equiláteros. mathe Realce Geometria plana Matemática 02. Observe a figura, sabendo que as retas supor- tes aos lados AB e DE são paralelas e que o ponto C é o ponto médio de BD. Dados: AB = 35 CE= 22 AC= 2x-6 DE= 3y + 5 B A 1 1 1 1 1 1 r//s 1 1 1 s E D Calcule x, y e a razão do perímetro do AABC pelo ACDE. Resolução AABC e ACDE são congruentes pelo critério ALA. Pois: 13 = 6 (ângulp alterno interno); BC= CD (C é o ponto médio); C = C (oposto pelo vértice). As- sim, a razão entre os perímetros é 1. AC = CE ⇒ 2x - 6 = 22 ⇒ x = 14 AB = DE ⇒ 35 = 3y + 5 ⇒ y = 10 Resposta X= 14 e y = 10 33 03. Dado um segmento AB, construimos CÂB = DBA com AB = DB, conforme a figu- ra abaixo. Unindo os pontos C e D obtemos o ponto M no segmento AB. Mostre que M é ponto médio de AB. e ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' A ......_ ___ ____. _____ --r-1 B M',, ' ' (construção) ' ' ' ' ' D Resolução AC::::BD CÂB= DBA LAA (construção) ⇒ ~AMC = ABMD AIVIC = BIVID (o.p.v) definição AAMC = ABMD ⇒ AM = BM :. M é ponto médio de AB. ••• Matemática Geometria plana CAPÍTULO 03 • QUADRILÁTEROS NOTÁVEIS 1. Definição e elementos Sejam A, B, C e D quatro pontos de um mesmo plano todos distintos, sem que existam três colineares. Se os segmentos AB, AC, CD e DA interceptam-se apenas nas extremidades, a reunião desses quatro segmentos é um qua- drilátero. A~--~B B A D e ABCD convexo ABCD côncavo D Elementos de um quadrilátero convexo ABCD • Vértices: são os pontos A, B, C e D. • Lados: são os segmentos AB, AC, CD e DA. • Ângulos internos: são os ângulos DAB, ABC, BeD e CDA. • Ângulos externos: são os ângulos ad- jacentes suplementares dos ângulos internos. 2. Classificação dos quadriláteros convexos A. Trapézio Um quadrilátero convexo é um trapézio se, e somente se, tiver dois lados paralelos. AB = base maior CD = base menor eoc 34 Os trapézios podem ser classificados em: 1. Trapézio isósceles: quando os lados não paralelos são congruentes. º~--~e. AL----------~B AB//CD e AD= BC A A A:::BeD:::C li. Trapézio escaleno: quando os lados não paralelos não são congruentes. D _____ C. A'-----------~B AB // CD e AD -:t:- BC Ili. Trapézio retângulo: quando tem dois ângulos internos retos. :r ~B B. Paralelogramo Um quadrilátero convexo é paralelogramo se, e somente se, possuir os lados opostos paralelos. L 7c A B AB // CD e AD // BC Geometria plana Matemática C. Losango Um quadrilátero convexo é um losango se, e somente se, possuir os quatro lados con- gruentes. D A B AB = BC= CD = DA D. Retângulo e Um quadrilátero convexo é um retângulo se, e somente se, possuir os quatro ângulos inter- nos congruentes. A B l\ /\ 1\/\ A = B = C = D = 90° E. Quadrado Um quadrilátero convexo é um quadrado se, e somente se, possuir os quatro ângulos internos congruentes e os quatro lados congruentes. º~-~-----~e A B -- ~ I\ J\I\ AB = BC= CD= AD e A= B = C = D= 90° 3. Propriedades dos paralelogramos A. Ângulos opostos congruentes 1. Em todo paralelogramo, os ângulos opostos são congruentes. Hipótese: ABCD é paralelogramo. l\ /\ /\ /\ Tese: A = C e B = D 35 º,..........------. ..... e L7 A B Demonstração - - /\ /\ AB//CD ⇒ A+D= 180° - - /\ /\ AD// BC ⇒ C + D = 180° } /\ /\ ⇒ A:C /\ /\ Analogamente, provamos que B =D. li. Todo quadrilátero convexo que possui ângulos opostos congruentes é paralelogramo. l\ /\ /\ /\ Hipótese: A =C e B= D Tese: ABCD é paralelogramo. A Demonstração º~----~~e Â=ê e s=ô ⇒ Â+s=ê+ô} Â+s=180º ⇒ I\ I\ " " " " C+D=180° A+ B + C + D = 360°  + 13 = 180º ⇒ AD/ /BCI ABCD é " " _ _ ⇒ paralelogramo. C+ D= 180° ⇒ AB/ /CD Ili. Consequência: todo retângulo é paralelogramo. B. Lados opostos congruentes 1. Em todo paralelogramo, os lados opostos são congruentes. Hipótese: ABCD é paralelogramo. Tese: AB = CD e BC = AD A ••• Matemática Geometria plana Demonstrações {s=& ABCD é paralelogramo ⇒ " " BAC=DCA AC é comum.}LAAo definição{- - - " " AB=CD B = D ⇒ ABAC = ADCA ⇒ _ _ BÂC=DeA BC=AD li. Todo quadrilátero convexo que possui os lados opostos congruentes é paralelogramo. Hipótese: AB = CD e BC= AD Tese: ABCD é paralelogramo. A Demonstração AB=CD BC=AD AC é comum. LLL ⇒ ABAC = ADCA definição{BÂC = DtA AABC::: ACDA ⇒ A A BCA:::DAC Btc = DeA ⇒ AB / /CD} ABCD é BêA=DÂC ⇒ Bc//AD ⇒paralelogramo. Ili. Consequência: todo losango é paralelogramo. C. Diagonais cortam-se no meio 1. Em todo paralelogramo, as diagonais se interceptam nos respectivos pontos médios. Hipótese: ABCD é paralelogramo. ---- Tese: AM = CM e BM = DM A eoc 36 Demonstração ABCD é {AB = CD (1) paralelogramo.⇒ _ _ {B$.M = D~M (li) AB//CD ⇒ e I\ I\ ABM = CDM (Ili) AM=CM ALA {- - (1),(11),(lll)⇒AMCD= AMAB⇒ _e_ DM=BM li. Todo quadrilátero convexo em que as diagonais se interceptam nos respec- tivos pontos médios é paralelogramo. Hipótese: AM = MC e BM = MD Tese: ABCD é paralelogramo. A Demonstração º·r::----------,:,,c -- } AM:::MC LAL ArO!B = crOiD (o.p.v.) ⇒AAMB:::ACBD BM:::MD AAMB::::ACBD ⇒ AB = CD (1) Analogamente para AAMD e ACMB,temos: - - BC= AD (li) (1) e (li) ⇒ ABCD é paralelogramo. 4. Propriedades dos losangos A. Diagonais perpendiculares 1. Todo losango tem as diagonais perpendiculares. Hipótese: ABCD é losango. - - Tese: AC .l BD A Geometria plana Matemática Demonstração ABCD é ABCD é AM = MC {- - ⇒ ⇒- - losango. paralelogramo. BM = MD _ _ LLL AB::::BC 1 AM::::MC ⇒MMB::::ACMB BM comum Assim: ,,.._ ,,.._ AMB::::CMB=90º Então: AC .l BD li. Todo paralelogramo que tem as diagonais perpendiculares é losango. Hipótese: ABCD é paralelogramo e AC .l BD. Tese: ABCD é losango. D B Demonstração AM é comum. - - LAL - 1 BM::::DM ⇒ MMB=MMD A A AMB::::AMD Analogamente: AAMD = ACMD = ACMB Assim: AB =BC= CD= AD Então: ABCD é losango. B. Diagonais nas bissetrizes dos ângulos internos 1. Todo losango tem as diagonais nas bissetrizes dos ângulos internos. 37 Hipótese: ABCD é losango. { BÂC = DÂC; BtA = DtA Tese: A A A A ABD = CBD; ADB = CDB D,----t-----=C A Demonstração - - LLL AD::::CD ⇒MBC::::ACDA AB= BC 1 AC é comum. { BÂC::::DtA AABC = ACDA ⇒ e BêA::::DÂC (1) (11) AB =BC ⇒ MBC isósceles ⇒ BÂC = BêA (Ili) (1), (11), e (Ili} ⇒ BÂC = DÂC e BêA = DêA Analogamente, provamos que: A A A A ABD = CBD e ADB = CDB li. Todo paralelogramo que tem as diagonais nas bissetrizes dos ângulos internos é losango. { ABCD é paralelogramo e A A A A Hipótese: BAC = DAC; BCA = DCA; A A A A ABD = CBD e ADB = CDB Tese: ABCD é losango. A •••01.pdf 02.pdf 03.pdf 04.pdf 05.pdf 06.pdf 07.pdf 08.pdf 09.pdf 10.pdf 11.pdf 12.pdf 13.pdf 14.pdf 15.pdf 16.pdf 17.pdf 18.pdf 19.pdf 20.pdf 21.pdf 22.pdf 23.pdf 24.pdf 25.pdf 26.pdf 27.pdf 28.pdf 29.pdf 30.pdf 31.pdf 32.pdf 33.pdf 34.pdf 35.pdf 36.pdf 37.pdf 38.pdf 39.pdf 40.pdf 41.pdf 42.pdf 43.pdf 44.pdf 45.pdf 46.pdf 47.pdf 48.pdf 49.pdf 50.pdf 51.pdf 52.pdf 53.pdf 54.pdf 55.pdf 56.pdf 57.pdf 58.pdf 59.pdf 60.pdf 61.pdf 62.pdf 63.pdf 64.pdf 65.pdf 66.pdf 67.pdf 68.pdf 69.pdf 70.pdf 71.pdf 72.pdf 73.pdf 74.pdf 75.pdf 76.pdf 77.pdf 78.pdf 79.pdf 80.pdf 81.pdf 82.pdf 83.pdf 84.pdf 85.pdf 86.pdf 87.pdf 88.pdf 89.pdf 90.pdf 91.pdf 92.pdf 93.pdf 94.pdf 95.pdf 96.pdf 97.pdf 98.pdf 99.pdf 100.pdf 101.pdf 102.pdf 103.pdf 104.pdf 105.pdf 106.pdf 107.pdf 108.pdf 109.pdf 110.pdf 111.pdf 112.pdf 113.pdf 114.pdf 115.pdf 116.pdf 117.pdf 118.pdf 119.pdf 120.pdf 121.pdf 122.pdf 123.pdf 124.pdf 125.pdf 126.pdf 127.pdf 128.pdf 129.pdf 130.pdf 131.pdf 132.pdf 133.pdf 134.pdf 135.pdf 136.pdf 137.pdf 138.pdf 139.pdf 140.pdf 141.pdf 142.pdf 143.pdf 144.pdf 145.pdf 146.pdf 147.pdf 148.pdf 149.pdf 150.pdf 151.pdf 152.pdf 153.pdf 154.pdf 155.pdf 156.pdf 157.pdf 158.pdf 159.pdf 160.pdf 161.pdf 162.pdf 163.pdf 164.pdf 165.pdf 166.pdf 167.pdf 168.pdf 169.pdf 170.pdf 171.pdf 172.pdf 173.pdf 174.pdf 175.pdf 176.pdf 177.pdf 178.pdf 179.pdf 180.pdf 181.pdf 182.pdf 183.pdf 184.pdf 185.pdf 186.pdf 187.pdf 188.pdf 189.pdf 190.pdf 191.pdf 192.pdf 193.pdf 194.pdf 195.pdf 196.pdf 197.pdf 198.pdf 199.pdf 200.pdf 201.pdf 202.pdf 203.pdf 204.pdf 205.pdf 206.pdf 207.pdf 208.pdf 209.pdf 210.pdf 211.pdf 212.pdf 213.pdf 214.pdf 215.pdf 216.pdf 217.pdf 218.pdf 219.pdf
Compartilhar