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O PROFISSIONAL DE RECREAÇÃO - ANIMAÇÃO CULTURAL - BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS

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DESCRIÇÃO
Apresentação de conceitos sobre o profissional que atua na recreação, bem como sua relação
com a animação cultural e o desenvolvimento de brinquedos e brincadeiras.
PROPÓSITO
Conhecer os aspectos que definem o recreador como profissional que atua no âmbito do
desenvolvimento humano a partir do movimento, proporcionando vivências lúdicas para os
diversos públicos a serem atendidos, um importante fator para a formação dos profissionais
que utilizam a recreação como meio de atuação.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar a relação entre o profissional da recreação, os brinquedos e a animação cultural
MÓDULO 2
Reconhecer as diversas possibilidades da brincadeira com bebês e crianças
MÓDULO 3
Identificar o processo de busca de identidade na adolescência e as vivências recreativas
promotoras do senso de coletividade
MÓDULO 4
Descrever atividades recreativas para a prática espontânea e em grupo por parte de adultos e
idosos
INTRODUÇÃO
A partir de agora, identificaremos os recursos práticos para atuação do recreador, os
brinquedos e as brincadeiras e sua relação com a animação cultural.
Além disso, você irá compreender como a recreação pode ser uma importante ferramenta
pedagógica para o desenvolvimento humano, a partir do conhecimento de um repertório
prático, organizado e sistematizado, de maneira a atender diferentes públicos.
MÓDULO 1
 Identificar a relação entre o profissional da recreação, os brinquedos e a animação
cultural
O PROFISSIONAL DA RECREAÇÃO
Recreador é o profissional que utiliza a recreação como recurso para se conectar ao seu
público, seja ele formado por crianças, jovens, adultos, idosos ou pela mescla entre eles. O
recreador deve ter em mente que o brincar pode se configurar como uma importante estratégia
didático-pedagógica, no sentido de que o ser humano, por essência, sente necessidade de
buscar o prazer e a realização pessoal e, na brincadeira, isso pode ser alcançado.
 
Fonte: Shutterstock.com
O recreador tem conhecimento sobre cada fase da vida e daquele grupo específico. Para se
tornar um recreador, o profissional deve desenvolver habilidades, hábitos e comportamentos
como: simpatia, boa comunicação, educação, ludicidade, criatividade e, principalmente, gosto
pelo que faz. Tendo atenção a esses elementos e aprimorando cada um deles, o recreador
pode avançar em sua formação e atuação na carreira.
Para falar de recreação, vamos nos apoiar nas palavras de Gouveia (1963), que define essa
prática como tudo aquilo que promove divertimento e entretenimento às pessoas.
 
Fonte: Shutterstock.com
É importante também que o recreador entenda que a recreação pode ser orientada de acordo
com o nível de participação das pessoas. Segundo Machado e Nunes (2017), esse nível de
participação se divide em recreação ativa e recreação passiva.
RECREAÇÃO ATIVA
Refere-se à pessoa que participa física e diretamente da atividade, sendo sujeito do jogo, como
no jogo de queimado, pique, entre outras formas. Será ativa sempre que o participante estiver
se movimentando em virtude da realização da atividade.
RECREAÇÃO PASSIVA
Ocorre quando o participante está envolvido assistindo a outras pessoas, como ao assistir a
um jogo de futebol pela TV ou a uma peça de teatro.
Ao citar essas formas de recreação, imediatamente podemos considerar que o recreador é o
profissional responsável por pensar, elaborar, aplicar e avaliar um programa recreativo. Esse
programa precisa estar ligado diretamente aos interesses de determinado público ou
comunidade.
Os programas recreativos levam em consideração aquilo que o ser humano deseja realmente
fazer no seu momento de descontração. Nesse sentido, faremos a reflexão sobre a animação
cultural, que se estabelece por meio da observação do profissional a respeito do que
determinada comunidade ou grupo demonstra ter intenção de praticar. A partir daí, o recreador
organiza ações sistematizadas.
Essa animação deve ter o objetivo de levar os sujeitos a desenvolverem uma postura justa e de
igualdade, tendo em vista que os indivíduos devem se respeitar em suas diferenças,
incentivando as potencialidades individuais e proporcionando um momento de prazer. Pontes
(2009) ressalta, ainda, a importância desse comportamento, pois, assim, os participantes
desenvolverão uma postura “crítica e reflexiva perante a sociedade”.
 ATENÇÃO
É importante destacar que a animação cultural deve ser estruturada a partir de uma proposta
pedagógica que vislumbre a arte-educação, como a apresentação de oficinas que envolvam,
por exemplo, artes visuais e plásticas, a dança e o cinema.
OS BRINQUEDOS E SUAS POSSIBILIDADES
PARA O RECREADOR
Na recreação, o recreador tem um recurso (material ou não material) que proporciona vivências
importantes para os praticantes. Esse recurso é o brinquedo, entendido mais popularmente
como todo objeto que a criança (principalmente ela) manipula para se divertir. Esses
brinquedos podem ser desde aqueles que encontramos em lojas, como carrinhos, bonecas e
bolas, até diversos outros, como aqueles que podemos construir com os participantes.
Essa interação com o brinquedo acontece naturalmente, e não apenas com crianças, mas com
qualquer pessoa que esteja envolvida em um momento recreativo.
A abordagem de construir o brinquedo com os participantes torna a atividade ainda mais
significativa. O brinquedo ganha valor não apenas de objeto, mas de algo que foi construído
pelo sujeito. Isso aumenta a relação entre sujeito e objeto, sendo prática comum na Educação
Infantil e no Ensino Fundamental.
Existe também o brinquedo não material, sendo tudo aquilo que nos transporta para o mundo
da imaginação, seja uma lembrança de algo que ocorreu, seja o que é construído apenas na
imaginação da brincadeira. Porém, Vygotsky (2007) entende que esse brinquedo, que aqui
chamamos de não material, está muito mais associado a uma lembrança de alguma coisa que
realmente vivemos do que à criação de novas situações.
 
Fonte: Shutterstock.com
A seguir, veremos algumas possibilidades de brinquedos materiais para serem utilizados e
construídos com a participação dos sujeitos envolvidos.
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Fonte: Shutterstock.com
 Tapete de exploração.
EXPLORAÇÃO EM TAPETES VARIADOS
Há brinquedos em que o bebê é colocado embaixo de uma estrutura de exploração, conhecida
como “ginásio de atividades” ou “tapete de exploração”, no qual se penduram objetos coloridos
que fazem sons, movimentam-se, encantam e envolvem os pequenininhos que ainda
permanecem deitados.
EXPERIMENTAÇÕES COM DOIS OU MAIS OBJETOS
Pegar dois brinquedos/objetos ao mesmo tempo é uma tarefa mais complexa para os bebês. A
partir do sétimo mês, pode-se oferecer dois objetos iguais, como blocos, bolas de pingue-
pongue ou contas de madeira, para observar se eles seguram um em cada mão. No início, os
bebês largam um objeto para pegar outro, depois, percebem que não precisam largar e pegam
um bloco em cada mão a fim de bater para fazer ruído.
A observação sistemática e a gradual complexidade de situações a serem oferecidas aos
bebês ampliam suas experiências.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Experimentação utilizando as duas mãos.
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Fonte: Shutterstock.com
 Adaptação de um rolo para estimulação.
ROLO DE TOALHA
Produzir um rolo feito com toalha e colocá-lo embaixo do bebê, que deve estar de barriga para
baixo. O rolo de toalha servirá de eixo, e o estimulador fará movimentos para frente e para trás.
Dessa forma, o bebê se apoiará nas mãos. Esse tipo de rolo também é vendido pela internet,
feito de material emborrachado ou de espuma.
EMPILHANDO E BRINCANDO
Os brinquedos de empilhar fazem parte da construção, que implica montar. No entanto, o grau
de complexidade é o empilhamento sem derrubar. Costuma-se oferecer “peças” construídas
com materiais de reciclagem, como caixas de papelão ou copos de iogurte, alternativos aos
brinquedos produzidos pela indústria de massa.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Brincando de empilhar.
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Fonte: Shutterstock.com
CAIXA DE SAPATO NOS PÉS
Cada criança deverá pisar em uma caixa de sapato (uma para cada pé) e caminhar livre pelo
espaço. O estimulador deverá orientar a dinâmica, mostrando maneiras mais tranquilas e
lúdicas de percorrer os diversos espaços existentes.
BILBOQUÊ E SUAS VARIAÇÕES
A imagem a seguir mostra um bilboquê tradicional. Porém, esse brinquedo pode ser facilmente
criado a partir de materiais recicláveis, como garrafas PET. Basta cortar uma garrafa, amarrar
uma das pontas de um pequeno barbante no local da tampa e, na outra extremidade, uma
bolinha feita de jornal, folha de papel, ou até mesmo a tampa da garrafa. A atividade consiste
em tentar acertar a bolinha dentro da garrafa.
Uma variação é o bilboquê sem o barbante. Jogam duas crianças, cada uma com uma garrafa
PET cortada. Nessa variação, uma criança utiliza uma das garrafas cortadas e impulsiona uma
tampinha ou uma bola pequena de dentro da garrafa para outra criança, de forma que esta
pegue o objeto com a outra garrafa.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Bilboquê tradicional.
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Fonte: Shutterstock.com
FOLHA MÁGICA DA FADA
Dar uma folha para cada criança e brincar por meio da contação de pequenas histórias,
dizendo que a folha foi dada por uma fada e que tem poderes mágicos, trabalhando a
criatividade e a imaginação. A partir de algumas palavras mágicas, a folha se transforma em
vários objetos, como:
Chapéu: todos os alunos colocam o papel na cabeça e passeiam pelo ambiente.
Barco: os alunos se sentam em cima da folha e iniciam uma navegação guiada pela história
contada.
Animal de estimação: os alunos aprendem os cuidados básicos, como higiene e alimentação.
BEXIGAS DA EXPRESSÃO
Cada participante deve receber uma bexiga, na qual o recreador ou o próprio participante
possa desenhar algumas expressões fisionômicas que indiquem uma pessoa alegre, triste,
assustada, dormindo etc.
No lado oposto do local onde é realizada a atividade, deve-se desenhar, no chão, pequenos
círculos com as mesmas expressões fisionômicas dentro. Ao som de uma música, todos
dançarão jogando as bexigas para o alto, e, quando a música parar, todos deverão pegar uma
bexiga qualquer e correr para entrar no círculo correspondente à expressão que está
desenhada naquela que pegou.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Bexigas permitem múltiplas possibilidades de atividades.
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Fonte: Shutterstock.com
BRINQUEDOS QUE ENCAIXAM
Brinquedos de encaixar que formam torres, carros feitos com blocos para montar e, depois,
serem derrubados, são oferecidos aos bebês que já se sentam com firmeza. Típicos
brinquedos de desafio e lógica propiciam atividades de grande concentração. Peças de
encaixar em locais adequados fazem as crianças analisarem tal dinâmica de maneira mais
concentrada.
GARRAFAS COLORIDAS
Garrafas PET podem ser decoradas com fitas adesivas bem coloridas, com pequenas
pedrinhas dentro ou conchas. Os bebês podem manusear o material, colocando as garrafas
em pé ou deitadas, balançando-as, produzindo sons e tudo mais que a imaginação permitir.
 
Fonte: Shutterstock.com
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NESTE VÍDEO, VOCÊ CONHECERÁ UM POUCO SOBRE
O RECREADOR E AS POSSIBILIDADES DE
BRINQUEDOS.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DENTRE AS OPÇÕES A SEGUIR, IDENTIFIQUE AQUELA QUE NÃO
ESTÁ DE ACORDO COM A ATUAÇÃO DE UM PROFISSIONAL DE
RECREAÇÃO:
A) Atividades de integração social são indicadas para idosos em busca de convívio e novas
amizades.
B) Um recreador pode atuar na estimulação de bebês por meio de atividades condizentes com
seu nível de desenvolvimento.
C) A recreação para crianças pode ser realizada por meio de brincadeiras e brinquedos que
podem ser adquiridos ou construídos de material reciclado.
D) As atividades recreativas podem ser desenvolvidas com qualquer faixa etária a partir de
ações estratégicas e adequadas à realidade.
E) A atividade recreativa necessita de planejamento e organização do recreador e acontece a
partir da separação total por faixa etária.
2. A PARTIR DA REFLEXÃO APRESENTADA NO TEXTO, O BRINQUEDO
NÃO MATERIAL É AQUELE QUE:
A) Apresenta características físicas.
B) Pode ser construído pelo recreador.
C) Pode ser construído pela criança.
D) Está relacionado ao que podemos lembrar e ao mundo da imaginação.
E) Na recreação ativa, representa os objetos de cada jogo.
GABARITO
1. Dentre as opções a seguir, identifique aquela que não está de acordo com a atuação
de um profissional de recreação:
A alternativa "E " está correta.
 
O recreador pode desenvolver suas atividades em qualquer faixa etária, em qualquer lugar e
com todos os tipos de público. Entretanto, há necessidade de um planejamento prévio e de se
utilizar estratégias para atender às necessidades de cada grupo.
2. A partir da reflexão apresentada no texto, o brinquedo não material é aquele que:
A alternativa "D " está correta.
 
Dentre os tipos de brinquedos apresentados, encontramos o brinquedo material e o não
material. Os brinquedos não materiais são aqueles imaginários ou que remetem a uma
lembrança.
MÓDULO 2
 Reconhecer as diversas possibilidades da brincadeira com bebês e crianças
A CRIANÇA E AS BRINCADEIRAS
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criança é toda pessoa que tem
idade entre seu nascimento e os 12 anos incompletos (BRASIL, 1990). Partindo desse
parâmetro, podemos entender que a criança é percebida como o ser que se encontra dentro de
uma faixa etária, que tem o seu momento de transição e que, ao concluir a idade indicada,
deixa essa fase da vida.
O profissional da recreação deve estar atento a essa primeira fase da vida, pois os
comportamentos apresentados pelas crianças, geralmente, são a verdadeira base para que as
entendamos.
 EXEMPLO
Uma criança que chega à escola muito quietinha ou muito agitada pode estar trazendo a
história de alguma alteração na sua rotina, algum fato diferente que pode ter ocorrido no dia
anterior, como um desentendimento entre os pais ou uma noite mal dormida, ou até no próprio
dia da aula, como um aborrecimento que ocorreu no caminho entre a casa e a escola.
Essa percepção é fundamental, pois, ao planejar suas atividades, o recreador deve levar
sempre em conta as características do grupo e a individualidade de seus alunos e,
principalmente, estar pronto para agir diante das necessidades apresentadas por eles.
COMO, ENTÃO, PLANEJAR ATIVIDADES
RECREATIVAS PARA OS PEQUENOS?
 
Fonte: Shutterstock.com
Se pensarmos em uma criança em idade de creche, as atividades propostas devem ser
orientadas para auxiliar o desenvolvimento de seus movimentos básicos, como rolar,
engatinhar, levantar-se, dar os primeiros passos e correr. Porém, antes de tudo isso, como
estamos falando de creche, cabe ressaltar também a importância das brincadeiras que
estimulam os sentidos.
Machado e Nunes (2016), baseados no Manual de orientação pedagógica, do Ministério da
Educação, apresentam uma estrutura para a fase inicial dessa faixa etária, que compreende:
atividades para bebês que ficam deitados; atividades para bebês que sentam; atividades para
bebês que engatinham; atividades para bebês que andam.
 ATENÇÃO
A cada atividade mencionada, observe os comentários acerca dos aspectos da recreação e do
desenvolvimento infantil.
A seguir, veremos exemplos de atividades direcionadas às crianças de até dois anos de idade,
o que não impede que se oferte também àquelas um pouco maiores, desde que essas
atividades sejam apropriadas ou adaptadas.
ATIVIDADES PARA BEBÊS QUE FICAM
DEITADOS
Bebês que ficam deitados: trata-se de crianças que ainda estão em seus primeiros meses ou,
até mesmo, em seus primeiros dias de vida. Essas crianças necessitam das brincadeiras para
introduzir as estimulações fundamentais aos seus sentidos.
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Fonte: Shutterstock.com
 Móbile de berço.
ATIVIDADES VISUAIS E MOTORAS
Móbiles coloridos, sonoros e que se movimentam e criam cintilações encantam os bebês, que
se envolvem prestando atençãoe evidenciando prazer pelo movimento dos braços e das
pernas. Essa atividade é rica, pois estimula não só os sentidos, mas a coordenação de
movimentos entre pernas e braços, além da movimentação ocular, que acompanha o
brinquedo.
PRODUÇÃO DE SONS
Emitir sons com diversos objetos, sejam eles brinquedos, instrumentos musicais, ou até
mesmo com as palmas, do lado esquerdo e direito do bebê, fazendo pequenos comentários
para observar o quanto ele presta atenção ou não à dinâmica.
 
Fonte: Shutterstock.com
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Fonte: Shutterstock.com
BOLAS MUSICAIS
Colocar o bebê em cima de uma bola e movimentá-lo, acompanhando o ritmo da música. Essa
é uma atividade que requer muita atenção do adulto, estimulando diversos movimentos. Por
ser algo novo para o bebê, deve-se iniciar a atividade com movimentos simples, cantando e
tornando a dinâmica agradável e segura.
BALANÇO SUAVE NO COBERTOR
Balançar suavemente o bebê na rede, suspensa por duas pessoas, ou em uma colcha ou
cobertor. Deve-se utilizar redes ou cobertores firmes, com muito cuidado, por se tratar de
movimentos novos para o bebê.
 
Fonte: Shutterstock.com
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Fonte: Shutterstock.com
 Bebê em decúbito ventral e manipulando objeto.
ATIVIDADES TÁTEIS
Disponibilizar objetos de tamanhos, formas e cores diferentes, com texturas diversas, para que
os bebês possam manuseá-los e explorá-los. Com o bebê deitado em decúbito ventral (barriga
para baixo), permitir que ele explore esses objetos. Quanto mais coloridos, melhor!
CHOCALHOS VARIADOS
Chocalhos são brinquedos que produzem sons ao serem balançados, chocalhados. Em geral,
contêm bolinhas ou outros objetos que se movem e fazem som em seu interior. Deve-se
lembrar que os chocalhos construídos com latinhas, garrafas PET ou embalagens de iogurte
não são adequados aos bebês, que colocam tudo na boca para morder e correm o risco de
ingerir as partes da embalagem.
As produções feitas pelas professoras e mães servem para crianças maiores. Nesse caso,
deve-se observar se o som produzido não está muito estridente (atentar para o conforto
acústico do ambiente) e se a criança pode manusear o brinquedo com segurança (sem que
peças internas se soltem ou vazem do brinquedo).
 
Fonte: Shutterstock.com
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ATIVIDADES PARA BEBÊS QUE FICAM
SENTADOS
Bebês que ficam sentados: nesta fase, os bebês já desenvolveram equilíbrio e tônus
muscular suficientes para se sentarem. Importante destacar que esse é um grande avanço no
desenvolvimento dos bebês, pois lhes confere a capacidade de interagir ainda mais com as
pessoas e com os brinquedos à sua volta.
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Fonte: Shutterstock.com
ESCONDENDO OBJETOS
Brincar de esconder pequenos objetos embaixo de um pano é muito estimulante, e os bebês
adoram. O recreador deverá mostrar o brinquedo e escondê-lo na frente do bebê.
MORDEDORES
Todo bebê leva coisas à boca para explorar. Objetos com materiais de texturas leves, como os
mordedores, oferecem algum conforto. Há mordedores com diferentes formatos e cores que
servem também para explorar e brincar. Observar a higienização e o tipo de material,
garantindo que não seja tóxico nem solte tinta.
 
Fonte: Shutterstock.com
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Fonte: Shutterstock.com
MANUSEAR PAPEL E CANUDOS
Dê um papel para o bebê amassar, fazer barulho e rasgar. Se ele puser na boca, o recreador
deverá estar atento e impedi-lo na mesma hora. Se utilizar papel celofane colorido, o barulho
será diferente; as cores e a transparência vão encantar o bebê. Canudinhos são outra opção
para o bebê amassar, permitindo observar sua flexibilidade. Coloque esses canudos dentro de
pequenas garrafas e observe se os bebês repetem o movimento.
TIRAR E PÔR NO POTINHO
Encher um recipiente de plástico com pequenas colheres, rolhas, bolas de tênis, pregadores de
roupa ou outros objetos pequenos e deixar a criança brincar de tirar e colocar. Muito cuidado
com pequenos objetos que podem ser levados à boca. É muito importante planejamento e
atenção para as atividades.
 
Fonte: Shutterstock.com
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 Bebês brincando juntos.
BRINCANDO COM OUTROS BEBÊS
Mesmo pequenos, os bebês já interagem e se aproximam de outros para se comunicar.
Incentive essa aproximação, mas cuidado para que um não machuque o outro pela falta de
coordenação de suas ações.
CONTANDO HISTÓRIAS
A contação de histórias sempre será uma atividade rica em conhecimento e crescimento. A
melhor forma de estimular o amor pelos livros e pela leitura é lendo! O simbolismo criado em
cada cenário da história permite que a criança explore o mundo imaginário e aprenda de forma
criativa e prazerosa.
 
Fonte: Shutterstock.com
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ATIVIDADES PARA BEBÊS QUE
ENGATINHAM
Bebês que engatinham: nesta fase, os bebês têm sua capacidade de deslocamento
ampliada. É uma grande descoberta para eles quando percebem que podem se aproximar de
um objeto ou de alguém com mais facilidade. A curiosidade é potencializada pela liberdade, e
eles passam a explorar o ambiente com muito entusiasmo. O movimento de engatinhar
também contribui significativamente para o fortalecimento de seus músculos, o que irá ajudar,
inclusive, no alcance da próxima etapa, que é ficar de pé e andar.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Processo de desenvolvimento do bebê para se levantar.
PASSANDO PELO TÚNEL
Crie um túnel feito com cadeiras e mesas e estimule o bebê a se movimentar por baixo desses
objetos. Colocar um brinquedo a uma distância não muito grande do bebê é uma boa dica para
que ele tenha maior interesse em realizar a atividade.
 
Fonte: Shutterstock.com
PEGAR O BRINQUEDO
Segure um brinquedo de que o bebê goste a uma certa distância, para que ele queira alcançá-
lo arrastando-se ou engatinhando.
 
Fonte: Shutterstock.com
ESCONDE-ESCONDE
Esconda-se atrás de uma porta ou de algum objeto de tamanho suficiente para que você não
seja visto. Comece a chamar o bebê, de maneira que ele sinta interesse em procurá-lo. Cantar
uma música pode ser um excelente estímulo para chamar atenção do bebê. Permaneça
escondido por alguns segundos e apareça. Nesse momento, coloque um pano sobre sua
cabeça e, depois de alguns segundos, retire-o. Você pode esconder um brinquedo, como um
boneco ou carrinho, e perguntar: “Cadê o carrinho? Onde ele está?”. Incentive a criança a
procurá-lo.
CONDUZINDO COM LENÇOL
Considerando que o bebê nessa fase já está sentado, deve-se propor experiências para que
ele possa aprimorar seu equilíbrio. Sugere-se fazer a brincadeira de colocar o bebê deitado em
um lençol e conduzi-lo pelo ambiente. Naturalmente, ele buscará ficar sentado. Com cuidado, e
o bebê estando sentado, faça a mesma movimentação com o lençol. O equilíbrio será um
grande desafio, e o bebê tentará manter-se sentado. O “arrastar” sobre o cobertor possibilita o
ajustamento do corpo na posição sentada, pois, quando o cobertor é puxado, o bebê contrai a
musculatura necessária para manter-se em equilíbrio.
ENGATINHAR EM OUTROS AMBIENTES
Depois que o bebê aprendeu a engatinhar, ofereça novas experiências: na grama, na areia ou
em um pequeno declive para subir e descer.
 
Fonte: Shutterstock.com
ALCANÇAR BRINQUEDOS
No ambiente destinado à atividade, passe vários fios de barbante, fazendo com que a sala
pareça uma “teia de aranha”. Coloque objetos no fim da “teia” para que os bebês possam
engatinhar e buscá-los. O recreador poderá engatinhar junto, demonstrando o caminho.
ATIVIDADES PARA BEBÊS QUE ANDAM
Bebês que andam: andar é algo ainda mais libertador na vida de uma criança. O nível de
autonomia a partir do momento em que o bebê adquire esta capacidade torna-se muito maior.
Aspectos como independência e agilidade para se deslocar habilitam a criança a interagir com
o ambiente e as pessoas com maior frequência e positividade. Nesse momento, ela consegue
se desprender da cadeira, do sofá ou da mão de um adulto e já é capaz de dar seus passos
sozinha. As brincadeiras agora já podem propor maior movimentação e exploração do
ambiente.EXPERIÊNCIA COM AS CORES
Cortinas coloridas com aplicação de chocalhos e outros objetos sonoros também proporcionam
aos bebês a descoberta de sons na relação com o corpo. O toque, a investigação e a
curiosidade são formas de aquisição de conhecimento de si mesmo e do mundo que os cerca.
DESAFIOS MOTORES
Brincadeiras corporais propiciam desafios motores, como subir em almofadas, pegar um
brinquedo colocado a certa distância, pegar vários materiais com as mãos, tocar seu próprio
corpo e brincar com as mãos, os pés e dedos.
 
Fonte: Shutterstock.com
ATIVIDADES EXPRESSIVAS
Entre as brincadeiras interativas que levam o bebê a se expressar, esta ajuda a aprender os
significados dos movimentos, as regras e a expressão da linguagem oral e dos gestos.
 
Fonte: Shutterstock.com
PRODUZINDO SONS
Ouvir e produzir sons altos e baixos, acompanhados de movimentos e uso de recursos da
natureza, do corpo, dos objetos e de materiais diversos, assim como o conhecimento da
diversidade de músicas infantis, ampliam as experiências das crianças. Brincar com a voz, com
a repetição de sons – como o “ba, ba, ba” que o bebê balbucia –, com o uso de estruturas
melódicas, mas sem as letras das músicas, proporciona experiências prazerosas e contribui
para a musicalização. Pode-se criar sons batendo com uma colher de pau em panelas
enfileiradas, batendo duas tampas de panelas ou tocos de madeira no ritmo das músicas e
falando ou criando sons dentro de tubos e caixas, por exemplo.
ESTANTE DE OBJETOS
Brinquedos e materiais em estantes baixas, na altura do olhar das crianças, separados e
organizados em caixas, oferecem autonomia às crianças para pegá-los, usá-los e, depois,
guardá-los. A responsabilidade de cuidar dos objetos de uso coletivo é adquirida nesse tipo de
brincadeira. A auto-organização da criança, nesse processo de pegar e guardar o brinquedo,
contribui para a sua formação e passa a fazer parte da brincadeira.
 
Fonte: Shutterstock.com
ATIVIDADES COM BOLAS
São ótimos brinquedos para o bebê apertar, sentir a textura, cor e o formato e deixá-los cair. Ao
deixá-los cair, os bebês experienciam, pela observação, como esses objetos rolam, testam a
gravidade e verificam, pela repetição, o comportamento sistemático do objeto; daí a
importância da variedade de formas, materiais e tamanhos, para que os bebês possam repetir
as experiências com materiais diversos.
Essas atividades são sugestões direcionadas ao público infantil, mais especificamente aos
bebês em idade entre o seu nascimento e a fase em que aprendem a andar, o que podemos
esperar que aconteça por volta do seu primeiro aniversário de vida, um pouco antes ou um
pouco depois.
A seguir, você verá algumas brincadeiras a serem direcionadas a crianças maiores, a partir dos
dois anos de idade.
BRINCADEIRAS A PARTIR DOS DOIS ANOS
DE IDADE
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PROCURANDO OS ANIMAIS
Dispor pelo espaço da atividade diversas imagens de animais, algumas colocadas no chão e
outras na parede do ambiente. O recreador deverá preparar previamente um CD, DVD, pen
drive ou aplicativo com o som desses animais (cachorro, gato, leão, elefante, galinha, entre
outros). Quando o som do animal tocar, as crianças deverão procurar as imagens relativas a
esse animal.
COLOQUE O ELÁSTICO
Atividade que consiste em colocar círculos de elásticos em tubos. Com essa atividade, será
estimulada a coordenação motora fina das crianças, podendo ser percebidos os níveis de força
e precisão ao tentarem passar os elásticos pelos tubos.
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JOGO DAS CORES
A turma é disposta em três fileiras com o mesmo número de crianças, uma atrás da outra.
Cada fileira representará uma cor (exemplo: verde, amarelo e azul). Quando o recreador falar
uma das cores, a fileira correspondente deverá se abaixar e as outras deverão continuar em
pé. Caso o recreador fale o nome de uma cor não existente na atividade, a fileira que está
abaixada se levanta e as outras se abaixam, e assim sucessivamente.
A atenção e a concentração são bem exploradas nesta atividade. Caso se trate de um grupo
de crianças que ainda não é capaz de seguir todas essas regras, o recreador pode combinar
que a cor chamada se abaixe e as outras fiquem de pé e chamar apenas as cores que estão
na brincadeira.
PASSANDO A BOLA
Dispor a turma em duas equipes, com cada integrante sentado no chão, um atrás do outro,
formando uma fileira. O primeiro de cada fileira terá uma bola de borracha nas mãos e, ao sinal
do recreador, deverá passá-la para trás, por cima da cabeça, até que chegue ao fim da fileira.
A partir desse posicionamento das crianças, você poderá desenvolver diversas formas de
passar a bola: pelos lados, trabalhando a lateralidade, ou de trás para frente, trabalhando a
percepção e o tato.
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 Criança desenhando.
EXPRESSÕES ARTÍSTICAS
Atividades relacionadas às artes plásticas, que incluem brincar com tinta ou utilizar-se da
natureza para fazer tintas – com plantas e terra –, possibilitando tanto experiências sensoriais e
prazerosas como plásticas. Brincadeiras com cores iniciam-se com a exploração das tintas
com as mãos, o corpo e pincéis, mas ganham qualidade quando a criança aprende a misturá-
las e recriá-las.
Brincar com massinhas, argila, gesso ou materiais de desenho, pintar e fazer colagens e
construções com diferentes objetos são linguagens plásticas associadas a experiências
sociais, motoras e sensoriais prazerosas.
TEATRINHO
Fantoches na forma de famílias, brancas e negras, animais domésticos ou do zoológico,
personagens do folclore, como o saci, o curupira, são importantes recursos nas atividades que
envolvem narrativas. Dedos pintados com carinhas ou dedoches são alternativas simples que
desencadeiam o imaginário e o mundo de interações por meio de brincadeiras.
 
Fonte: Shutterstock.com
 Fantoches.
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BRINCAR DE FOTOGRAFAR
Entregar às crianças uma máquina fotográfica de brinquedo ou confeccionar uma com caixa de
leite ou material similar. Andar pelo ambiente da creche, parar em determinados locais e pedir
aos alunos que fotografem as imagens solicitadas, podendo ser de flores, cores, formatos,
portas de banheiros, bebedouros, brinquedos etc. Ao fim, reunir as crianças e relembrar as
imagens fotografadas.
DESENHANDO OS AMIGOS
Você, recreador, deverá demonstrar a atividade fazendo-a com alguma criança. Esta deverá se
deitar no chão do pátio, com pernas e braços abertos, de barriga para cima. Você, primeiro,
contornará todo o corpo da criança com um pedaço de giz. Auxilie as crianças de forma que
cada uma desenhe um amigo de turma e depois permita ser desenhado por alguém.
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COLCHÕES E ROLAMENTOS
Com o seu auxílio, a criança realizará rolamentos em cima do colchão, deitando-se e girando
corpo. Depois, faça com que uma criança de cada vez realize o rolamento frontal. Sempre
pensando na segurança da atividade, peça a cada criança que execute o movimento
encostando o queixo no peito para proteger a região cervical da coluna e mantendo os pés
ligeiramente afastados e as mãos apoiadas no colchão. Ofereça o suporte necessário para o
rolamento seguro.
ACERTE O ALVO
Montar uma caixa com dez pequenos rolos de papel ou canudos, um ao lado do outro, e
numerá-los de um a dez, dispondo pequenos objetos como obstáculos. Esta caixa deverá estar
com uma pequena inclinação, de maneira que permita que a parte onde estão os canudos
fique mais baixa que o lado oposto. Organizar uma dinâmica em que a criança soltará bolinhas
(bolas de gude, por exemplo), que deverão rolar em direção a um dos rolos ou canudos. Com
isso, o pequeno identificará os números em cada local de acerto.
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NESTE VÍDEO, VOCÊ CONHECERÁ UM POUCO SOBRE
BRINCADEIRAS PARA TODAS AS IDADES.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O DESENVOLVIMENTO DOS BEBÊS OCORRE EM ETAPAS, DENTRE
ELAS: BEBÊS QUE FICAM DEITADOS, BEBÊS QUE FICAM SENTADOS,
BEBÊS QUE ENGATINHAM E BEBÊS QUE ANDAM. PARA CONDUZIR UM
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE ATIVIDADES RECREATIVAS NESSA
FASE DE VIDA,O RECREADOR DEVE CONSIDERAR QUE:
A) A recreação é desenvolvida até a idade da creche.
B) Os bebês têm consciência de seus movimentos.
C) As brincadeiras necessitam de um amadurecimento motor da criança e, por isso, devem ser
apresentadas a partir do momento em que a criança aprende a andar.
D) É importante a brincadeira, pois auxilia na aprendizagem dos movimentos básicos, como
rolar e engatinhar.
E) A partir do segundo mês de vida, a estimulação dos sentidos pode ser reduzida.
2. NA ATIVIDADE “COLOQUE O ELÁSTICO”, NA QUAL A CRIANÇA DEVE
COLOCAR O ELÁSTICO EM TUBOS, SERÃO TRABALHADAS
HABILIDADES COMO FORÇA E PRECISÃO DOS PEQUENOS. ESSAS
HABILIDADES FAZEM PARTE DA(O):
A) Lateralidade.
B) Equilíbrio.
C) Coordenação motora fina.
D) Ritmo.
E) Coordenação motora global.
GABARITO
1. O desenvolvimento dos bebês ocorre em etapas, dentre elas: bebês que ficam
deitados, bebês que ficam sentados, bebês que engatinham e bebês que andam. Para
conduzir um processo de elaboração de atividades recreativas nessa fase de vida, o
recreador deve considerar que:
A alternativa "D " está correta.
 
A brincadeira é indispensável para a aprendizagem em qualquer fase da vida, porém, quando
se trata de bebês, esse brincar deve ser valorizado como aquilo que já é natural da criança,
auxiliando no seu processo de desenvolvimento.
2. Na atividade “Coloque o elástico”, na qual a criança deve colocar o elástico em tubos,
serão trabalhadas habilidades como força e precisão dos pequenos. Essas habilidades
fazem parte da(o):
A alternativa "C " está correta.
 
A coordenação motora fina se encontra nos pequenos grupamentos musculares, como pés,
mãos e músculos dos olhos. Além disso, essa habilidade pode ser desenvolvida por meio de
atividades que requeiram minuciosidade e precisão.
MÓDULO 3
 Identificar o processo de busca de identidade na adolescência e as vivências
recreativas promotoras do senso de coletividade
O ADOLESCENTE E SUA IDENTIDADE
O período da infância se encerra, de acordo com o ECA, aos 12 anos de idade (BRASIL,
1990). Nesse momento, inicia-se a adolescência, que se estende até os 18 anos, período que
marca a passagem entre a infância e a vida adulta.
Não cabe aqui um aprofundamento sobre o desenvolvimento psicomotor na adolescência.
Porém, torna-se importante ter conhecimentos básicos que serão essenciais para que
possamos refletir e entender, mais à frente, as possibilidades recreativas e sua importância
para esse público diante de uma fase que promove muitas transformações.
Um autor nacional relata de forma muito significativa o que é a adolescência. Outeiral (1994)
nos apresenta uma maneira de entender essa fase como o momento em que o indivíduo está
buscando sua identidade. Quando observamos um adolescente em sua rotina de vida, é bem
provável notarmos essa busca por identidade.
“QUEM SOU EU?”
ESSA PERGUNTA LEVA O INDIVÍDUO A
EXPERIMENTAR, TESTAR, ERRAR, APROVAR,
DESAPROVAR. SEJA UM ESTILO DE CABELO, O
TIPO DE MÚSICA OU DE ROUPA, LUGARES
PARA ESTAR, GRUPO DE AMIGOS, REDES
SOCIAIS ETC. TODAS SÃO FORMAS DE SE
CONHECER COMO SUJEITO E SE RECONHECER
COMO UM MEMBRO SOCIAL.
 
Fonte: Shutterstock.com
O aspecto da brincadeira pode ser um grande contribuinte para essa relação do adolescente
com o mundo que o cerca e consigo. Um adolescente que cresceu experimentando e
valorizando o jogo e a brincadeira teve, por diversas vezes, a oportunidade de se relacionar
com diferentes pessoas de diversas maneiras. Certamente, essas experiências conferiram-lhe
a possibilidade de se mostrar como um indivíduo e de lidar com as diferenças. Saber lidar com
as diferenças pode representar um aprendizado para todos os anos que se seguirão na vida.
Na brincadeira, tudo isso fica em evidência.
 EXEMPLO
Na montagem de uma equipe para determinado jogo, qualidades e dificuldades de cada um
deverão ser respeitadas em prol do grupo. Na brincadeira, o adolescente pode ter um encontro
consigo mesmo, conhecer suas potencialidades, buscar formas de se colocar à disposição do
grupo, além de trabalhar suas limitações com os demais integrantes.
ATIVIDADES RECREATIVAS PARA OS
ADOLESCENTES
Apresento, a seguir, algumas possibilidades recreativas com o intuito de que o adolescente se
sinta à vontade para fazer o encontro com ele mesmo e com os outros.
Quero destacar a última atividade apresentada na sequência deste repertório recreativo para
adolescentes, a queimadeirinha. Trata-se de um jogo pensado, organizado, testado,
reorganizado e aprovado por alunos que estavam cursando o 8º ano do Ensino Fundamental.
A valorização desse processo de criação fez com que o jogo fosse apelidado pela turma de
“nosso jogo”.
AGORA, VEJA ALGUNS EXEMPLOS DE ATIVIDADES
PARA ESSA FAIXA ETÁRIA:
CÍRCULO COOPERATIVO
Essa atividade poderá ser feita com uma corda ou até mesmo com uma mangueira de lavar
quintal, desde que as pontas estejam unidas. Os participantes devem fazer um círculo em torno
da mangueira e segurá-la firmemente com as duas mãos. Ao sinal do recreador, todos deverão
abaixar e inclinar levemente o corpo para trás. O desafio aqui é fazer com que todos subam
juntos, sem que nenhum participante perca o equilíbrio.
REPÓRTER, IMITADO E IMITADOR
Separar a turma em trios, em que um será o repórter, outro, o comandante dos movimentos e
outro, o imitador. O imitador terá de copiar os movimentos do comandante e, obrigatoriamente,
terá de responder às perguntas do repórter, simultaneamente. Os grupos deverão trocar as
funções dos integrantes para que todos possam vivenciar as três possibilidades.
Proporcionar atividades em que os participantes vivenciem diversas funções ao mesmo tempo
é uma boa alternativa para a socialização e o desenvolvimento de funções executivas, como
raciocínio e planejamento.
DUELO DOS NOMES
Dispor os participantes em círculo, todos de pé. O recreador estará no centro e iniciará a
atividade. Ele apontará para qualquer participante da roda e, simultaneamente, dirá: “Duelo!”. A
pessoa apontada deverá se abaixar, e os amigos que se encontrarem do seu lado direito e
esquerdo deverão se olhar e dizer seus próprios nomes o mais rápido possível. Quem falar por
último deverá trocar de lugar com o recreador (ou quem estiver no centro) e seguir a dinâmica.
Para aumentar a complexidade dessa brincadeira, é interessante ir adicionando mais pessoas
ao centro para comandar a atividade. O principal intuito dessa dinâmica não é ganhar ou
perder, mas oportunizar a socialização. Teoricamente, em um primeiro momento, quem
dissesse o próprio nome por último “perderia” o jogo, por ter sido mais lento ao se confrontar
com seu companheiro.
O interessante desse jogo é que, ao “perder”, o aluno torna-se líder por alguns instantes, tendo
de ir para o centro da roda comandar a atividade. Essa atividade pode ser utilizada como
quebra-gelo.
BARREIRA DO SOM
Separar três grupos com mesmo número de integrantes. As equipes serão chamadas de grupo
1, grupo 2 e grupo 3. Os grupos estarão distantes aproximadamente três metros um do outro, e
seus integrantes estarão dispostos lado a lado. A atividade consiste no grupo 1 tentar passar
uma frase, escolhida por seus integrantes, para o grupo 3, porém o grupo 2 estará entre eles e
terá como função impedir que essa mensagem chegue (fazendo barulho, esticando os braços
etc.).
Depois disso, invertem-se os papéis. Essa atividade, num primeiro momento, causa certa
“bagunça pedagógica”, uma vez que um grupo deverá passar uma mensagem para o outro
grupo aos gritos e, neste mesmo processo, uma segunda equipe deverá fazer de tudo para que
essa mensagem não chegue. O recreador tem a responsabilidade de conduzir, intervir e mediar
todo esse processo.
JOQUEMPÔ HUMANO
Separar dois grandes grupos e definir previamente o movimento que irá representar o papel
(mãos espalmadas à frente), a pedra (mãos cerradas à frente) e a tesoura (braços cruzados à
frente). Cada grupo irá se reunir e definir qual movimento todos farão juntos. Uma vez definidoo movimento, os grupos irão se posicionar de modo que fiquem se confrontando, em duas
linhas paralelas, distantes uns três metros.
Ao comando do recreador, todos irão executar o movimento que escolheram. O grupo
vencedor será definido de acordo com a seguinte hierarquia: a pedra ganha da tesoura e perde
para o papel; o papel perde para a tesoura e ganha da pedra; a tesoura ganha do papel e
perde para a pedra. A brincadeira, aqui, ultrapassa questões puramente motoras. Possibilita,
de forma bastante eficaz, o atendimento às diversas necessidades individuais, multiplicando as
oportunidades de se obter prazer e, consequentemente, otimizar a qualidade de vida.
Nessa atividade, podemos unir, de forma lúdica, o movimento de correr e pegar, tão comum e
aceito pelas crianças e adolescentes, e a brincadeira tradicional dos jogos de mãos (pedra,
papel e tesoura).
PONTE COOPERATIVA
Dividir o grupo em duas fileiras, uma de frente para a outra, suspendendo uma parte de uma
corda, que deverá ser preparada previamente, entrelaçada, formando nós por onde os
participantes passarão apoiando os pés. Um a um, eles deverão passar pela ponte de corda e
poderão se segurar nos amigos que estão esticando a corda.
EMBARCAÇÕES EM ALTO-MAR
Separar a turma em grupos de seis participantes, de forma que eles fiquem sentados no chão,
um atrás do outro. Cada integrante terá um número que irá de 1 a 6, na ordem crescente. Na
frente do primeiro aluno do grupo, haverá um cone e, no fim, atrás do sexto, também deverá
haver um cone, a fim de delimitar o espaço de cada grupo.
Os grupos simularão embarcações que estão em alto-mar, enquanto o recreador contará uma
história. No decorrer da narrativa, os alunos farão movimentos combinados anteriormente,
como segue na explicação: durante a história, quando você disser o número 1, todos os alunos
que têm esse número deverão trocar de lugar, tendo de ocupar outra “embarcação”.
A mesma dinâmica segue para todos os outros números. Se você disser a palavra “proa” (que
significa a parte da frente do barco), os três primeiros alunos de cada grupo deverão sair
juntos, segurando a cintura do colega da frente, procurando ocupar uma nova embarcação.
Caso diga “popa” (que significa a parte de trás do barco), os três últimos alunos, ou seja, os
números 4, 5 e 6, deverão trocar de lugar, procurando uma nova embarcação.
PEGA-PEGA EM TRIOS
Formar trios em que cada integrante receba um número de 1 a 3. Quando você disser um
número (1, 2 ou 3), o correspondente de cada trio deve tentar pegar os outros dois. É um jogo
de organização espacial e estratégia diferenciado, tendo como base os piques tradicionais. A
cada deslocamento, os alunos têm como referência a fuga de um companheiro, o que ditará
sua direção. Ao mesmo tempo, precisarão desviar dos demais participantes, os quais farão
deslocamentos em direções diversas (lembrando que essa é uma atividade em trios).
CORRIDA DAS CIDADES
Formar a turma em círculo, colocando um participante no centro. Cada participante deve adotar
o nome de uma cidade, país, estado, capital etc. A partir da definição do lugar que cada
participante vai representar, o recreador deve preparar uma lista que ficará sempre com o
aluno que estiver no centro.
Quem estiver no centro diz a seguinte frase: “Enviando uma carta da cidade (nome) para
cidade (nome)”. Essas duas “cidades” devem trocar de lugar imediatamente. Nesse mesmo
instante, quem estava no centro do círculo deve tentar ocupar o lugar de uma delas. O aluno
que ficar sem lugar deverá ir ao centro, repetir a frase e falar novas cidades.
QUEIMADEIRINHA

1
Divide-se o grupo em duas equipes com o mesmo número de componentes, o que dependerá
do espaço físico para o jogo e da quantidade de pessoas disponíveis. Inicia-se a atividade da
mesma forma como se joga o/a tradicional queimado/queimada.
2
A primeira pessoa a ser queimada deverá se dirigir à área dos queimados, chamada, em
muitas regiões do país, de “cemitério”. Esse componente se tornará a bandeira da sua equipe.


3
Chegando ao cemitério, o jogador “bandeirinha” fará um arremesso tentando queimar um de
seus oponentes ou lançando a bola para a área da sua equipe. Se esse jogador queimar um
adversário, ele não retornará ao seu campo. A partir desse momento, o jogo se transforma em
uma grande atividade recreativa, unindo também aspectos como atenção e cooperação.
4
Após o arremesso do jogador bandeirinha, qualquer um dos jogadores de sua equipe deverá
se dirigir ao cemitério para descolá-lo e, assim como no tradicional jogo bandeirinha (ou pique-
bandeira), poderá ser colado por um oponente durante seu deslocamento. Porém, efetuando
essa movimentação com êxito, o jogador deverá tocar no bandeirinha, que, por sua vez, terá o
direito de retornar à sua área de jogo. Os jogadores oponentes terão de impedir sua
passagem colando-o.


5
Se o bandeirinha conseguir retornar ao seu campo sem ser colado, será declarada a vitória
para sua equipe.
 ATENÇÃO
Aquele que for colado durante o deslocamento deverá retornar ao seu campo.
No transcorrer do jogo, os demais participantes que não forem queimados podem ir e vir de
suas áreas de jogo e do cemitério a qualquer momento, buscando estratégias para que o
jogador bandeirinha consiga voltar. Porém, quando forem colados, devem retornar ao local de
origem daquele deslocamento. Os jogadores que forem queimados podem receber um colete
(disponível no cemitério) para facilitar a sua identificação, pois não poderão mais retornar ao
seu campo, mas continuam realizando arremessos e recebendo a bola.
Também é considerado fim de jogo quando todos os componentes de uma mesma equipe são
queimados.
 
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VARIAÇÕES DO JOGO
Inicia-se o jogo e, a partir do segundo jogador queimado, qualquer um deles fará a função de
bandeirinha, tentando retornar à sua área de jogo. Segue-se a dinâmica explicada na forma
original da atividade.
NESTE VÍDEO, VOCÊ CONHECERÁ UM POUCO SOBRE
ATIVIDADES RECREATIVAS PARA ADOLESCENTES.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. NA BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DE SUA IDENTIDADE, O
ADOLESCENTE SE EXPÕE EM DIVERSOS CONFLITOS, TANTO INTERNA
COMO EXTERNAMENTE. NA CONSTRUÇÃO DESSA IDENTIDADE, ELE SE
VÊ TESTANDO E EXPERIMENTANDO AS MAIS VARIADAS
POSSIBILIDADES. PODEMOS CITAR COMO EXPERIMENTAÇÕES DO
ADOLESCENTE OS SEGUINTES ASPECTOS, COM EXCEÇÃO
DO(S)/DA(S):
A) Estilo de cabelo.
B) Novas amizades.
C) Redes sociais.
D) Tipos de roupa.
E) Resgate da autonomia.
2. EM UMA SIMPLES ATIVIDADE RECREATIVA, PODEMOS
DESENVOLVER DIVERSAS HABILIDADES E CAPACIDADES DOS
PARTICIPANTES. NA ATIVIDADE “REPÓRTER, IMITADO E IMITADOR”,
TEMOS A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR COM AS SEGUINTES
FUNÇÕES EXECUTIVAS:
A) Velocidade e agilidade.
B) Raciocínio e planejamento.
C) Coordenação motora fina e global.
D) Lateralidade e força.
E) Ritmo e equilíbrio.
GABARITO
1. Na busca pela construção de sua identidade, o adolescente se expõe em diversos
conflitos, tanto interna como externamente. Na construção dessa identidade, ele se vê
testando e experimentando as mais variadas possibilidades. Podemos citar como
experimentações do adolescente os seguintes aspectos, com exceção do(s)/da(s):
A alternativa "E " está correta.
 
O adolescente precisa se dedicar à sua formação básica escolar, a qual será extremamente
necessária para buscar um lugar no universo profissional. Sendo assim, o resgate da
autonomia nessa idade não deve ser experimentado como forma de construção da sua
identidade.
2. Em uma simples atividade recreativa, podemos desenvolver diversas habilidades e
capacidades dos participantes. Na atividade “Repórter, imitado e imitador”, temos a
oportunidade de trabalhar com as seguintes funções executivas:
A alternativa "B " está correta.
 
Dentre as diversas possibilidades de atividades recreativas, devemos considerar as
características e as necessidades do grupo participante. Desse modo, é fundamental identificar
se as atividades propriamenteditas atendem a essas necessidades.
MÓDULO 4
 Descrever atividades recreativas para a prática espontânea e em grupo por parte de
adultos e idosos
BRINCADEIRAS COM ADULTOS E IDOSOS
O adulto tem muitas responsabilidades e, com o tempo e os compromissos, a tendência é que
ele se afaste dos momentos de recreação e descontração. Ser adulto não significa perder o
direito de recrear e muito menos de se divertir. É muito importante que haja equilíbrio entre as
responsabilidades, os períodos de descanso e os momentos de tempo livre. O equilíbrio a
partir desses três elementos pode ser o caminho para uma boa vida.
No que diz respeito à recreação, o adulto pode encontrar diversas possibilidades, como um
jogo de mesa com amigos e familiares ou jogos corporais em espaços mais amplos (exemplos
da recreação ativa). Porém, é possível considerar uma recreação na qual a pessoa assista a
um filme ou a um evento pela TV (recreação passiva). Essas possibilidades fazem parte do
universo recreativo, pois, como já mencionado, a recreação é o que proporciona diversão e
entretenimento.
 
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Essa perspectiva da diversão e do entretenimento pode também ser estendida ao público
idoso. Contudo, devemos considerar alguns aspectos particulares do grupo: na fase da terceira
idade, a pessoa se encontra num processo de muitas mudanças fisiológicas, como a perda de
força e a diminuição da flexibilidade. Em geral, o estilo de vida é alterado; a pessoa
normalmente não está mais trabalhando, e seu ciclo social também pode estar bastante
reduzido por possíveis dificuldades de se deslocar como quando era jovem.
 
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Essa etapa da vida, segundo Lorda (2019), traz também angústias, mitos, crenças e temores.
Um profissional da recreação pode se instrumentalizar em relação aos processos recreativos
para ajudar o idoso a enfrentar essa fase da melhor forma. A brincadeira, nesse sentido, pode
ser vista como uma terapia que ajuda a reabilitar funções (no corpo e sociais) que se tornaram
uma grande dificuldade na rotina do idoso.
Se pensarmos que uma simples brincadeira pode causar, na pessoa idosa, uma sensação de
prazer que há muito tempo não acontecia, esse fato pode ter um significado importante para o
indivíduo.
Outro elemento muito relevante é o resgate da autonomia. Um corpo que não se movimenta
torna-se rígido, e as articulações perdem flexibilidade. Em um programa recreativo, é possível
que a movimentação corporal caminhe no sentido de reconectar a pessoa com o prazer do
movimento e, assim, fazê-la se sentir capaz de realizar novamente atividades simples da vida
diária, como amarrar os cadarços do sapato ou até mesmo fazer atividades leves, como uma
caminhada.
 
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A seguir, veremos alguns exemplos de atividades que podem ser direcionadas ao público
adulto e idoso.
APRESENTAÇÕES
Caminhar em duplas. Enquanto caminham, apresentam-se. O recreador sinaliza para a troca
de duplas, evitando que se formem as mesmas duplas. Depois de algumas mudanças, o
próximo passo será o caminhar em grupos de quatro pessoas. O recreador solicita algumas
trocas e, em seguida, a atividade passa a ser com trocas para formação de grupos com oito
pessoas.
A partir daí, as apresentações acontecem com uma pessoa apresentando a outra para os
demais companheiros do grupo. Nesse momento, além das trocas que promovem a interação
com diferentes pessoas, também é estimulada a memória, para que, nos últimos movimentos,
já em grandes grupos, as pessoas consigam se lembrar daquilo que outros companheiros
disseram.
 
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 Atividades em grupo ao ar livre para idosos.
OITO VOLTAS
Continuando com a formação anterior (grupos com oito pessoas), deve-se entregar um balão
para cada grupo. O recreador deve determinar qual pessoa em cada grupo iniciará o jogo.
Cada grupo formará um círculo, e o balão será passado de mão em mão. Sempre que passar
pela pessoa que iniciou o jogo, todo o grupo deverá gritar o número de voltas que o balão deu.
Vence o grupo que completar primeiro as oito voltas.
 
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Nesta atividade, a agilidade será muito importante para que a pessoa esteja pronta para
receber o balão e, imediatamente, passar à pessoa ao lado.
SALADA DE FRUTAS
1
Separar o grupo em quatro outros grupos, que ficarão dispostos nas extremidades do espaço.
2
Cada participante de um grupo terá um pequeno papel com o nome de uma fruta.
3
Os outros grupos devem receber os mesmos nomes.
4
Dado o sinal de início, os quatro grupos, nos seus lugares, dançarão ao som de uma cantiga
ou de qualquer outra música.
5
Quando o recreador disser “salada de frutas”, os quatro grupos se misturam e cada pessoa
procura os amigos que têm frutas iguais à sua, formando grupos de frutas específicas.
6
Depois, cada participante deve retornar ao seu grupo inicial e trocar de papel com seus
amigos, repetindo a atividade.
7
É possível explorar qualquer tipo de assunto, como frutas, cores, desenhos, números, letras
etc.
CORREDOR DAS PALAVRAS

1
O recreador formará duas colunas com os participantes.
2
Essas colunas ficarão de frente uma para a outra, a uma distância que simule um corredor.


3
Nas colunas, os participantes se posicionarão um ao lado do outro e de frente para o centro do
corredor.
4
Uma pessoa ficará separada do grupo e não poderá ouvir o que será combinado.
O grupo irá determinar uma palavra com duas sílabas, e cada coluna deverá dizer em voz alta
uma dessas sílabas, para que a pessoa que ficou separada tente adivinhar. Por exemplo: GA-
TO. Uma coluna dirá GA e a outra, TO, ao mesmo tempo, enquanto a pessoa estará
posicionada no centro do corredor.


5
Ao sinal do recreador, as duas colunas dirão as suas sílabas ao mesmo tempo. Caso a pessoa
acerte a palavra (três tentativas ou da forma que o grupo combinar), ela escolherá outro
participante do grupo para adivinhar a próxima.
6
Se não acertar, será oportunizada mais uma chance, e depois o recreador deve escolher outra
pessoa para ocupar seu lugar. Trata-se de mais uma atividade com o propósito de estimular a
atenção.

RESPOSTAS PESSOAIS
Distribui-se um pedaço de papel e uma caneta para cada componente do grupo. Cada um
deverá responder a perguntas como as que se seguem em um tempo determinado:
1
Se você fosse para uma ilha deserta e precisasse ficar lá por muitos anos, quem levaria desse
grupo?
2
Se você fosse montar uma festa e precisasse escolher cinco pessoas desse grupo, quem
escolheria?
3
Se você fosse sorteado em um concurso para uma viagem de avião e só pudesse levar três
pessoas desse grupo, quem levaria?
4
Se você fosse montar um time com os integrantes deste grupo, que nome daria para o time?
 COMENTÁRIO
Pode-se combinar com o grupo que nenhum nome deve se repetir nas respostas. O grupo
também pode sugerir perguntas a serem acrescentadas. Porém, o recreador deve conduzir
essa atividade de forma que não sejam acrescentadas questões que possam constranger
algum participante.
Ao fim da atividade, os alunos devem expor suas respostas.
QUEM É CAPAZ DE DESCOBRIR?
Nesta atividade, será necessário formar um círculo. Cada participante contará ao grupo quatro
coisas sobre si, sendo duas verdades e duas mentiras. O grupo tentará adivinhar o que é
verdade e o que é mentira. Essa brincadeira estabelece o início ou o aprofundamento das
relações interpessoais, pois cada pessoa é convidada a trazer para o grupo situações de sua
vida que podem ser circunstâncias muito simples ou até mesmo experiências mais profundas.
Nesse momento, informações com caráter mais íntimo podem ser preservadas; no entanto, se,
por opção dos participantes da atividade, aconteça, certamente trará aumento da confiança
entre os membros do grupo.
 
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GIRA O GRUPO E ADEDONHA
Nesta atividade, devem ser formados dois círculos concêntricos, sendo que um participante
ficará dentro e outro forado círculo, envolvendo as pessoas que formaram o círculo interior. Ao
som de uma cantiga de roda, os grupos deverão girar de mãos dadas; um para a esquerda e o
outro para a direita.
Quando a música parar, cada participante estará de frente para um companheiro do outro
círculo. Todos, então, deverão tirar adedonha, e a letra que sair em cada dupla indicará uma
palavra a ser dita por ambos. O dinamizador deverá combinar o que será falado no momento
da adedonha, como objeto, cor, nome de pessoa ou de animal etc. Após essa “disputa”, os
círculos iniciarão um novo giro, podendo os círculos trocar de posição, ou seja, o círculo interno
passa a ser o externo, e vice-versa.
Essa é uma oportunidade de trazer para a vivência das pessoas duas atividades muito
conhecidas e que muitos experimentavam bastante quando mais novos, as cantigas de roda e
a adedonha. Essa vivência, normalmente, causa muito prazer aos participantes por fazer com
que as pessoas se lembrem dos tempos em que brincavam assim. Ao fim da atividade, é
interessante abrir espaço para uma conversa, a fim de que aqueles que quiserem possam
compartilhar suas lembranças. Será um momento muito rico e de aproximação do grupo.
 
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CANETA NA GARRAFA
Para esta dinâmica, é preciso preparar antecipadamente barbantes amarrados na extremidade
de uma caneta, uma garrafa e música ambiente. Deve-se propor ao grupo o desafio de colocar
a caneta dentro da garrafa, obedecendo-se às seguintes regras:
1
Cada participante amarrará a ponta de um dos cordões na cintura.
2
Todos os cordões devem estar esticados (como uma grande teia de aranha), e a caneta deve
estar pendurada no centro.
3
A partir do sinal do recreador, o grupo poderá começar o desafio.
Caso se trabalhe com grandes grupos, poderão ser formadas duas ou mais equipes. O desafio
é trabalhar em conjunto. É interessante permitir que o grupo tenha autonomia para se
organizar. Caso surja um líder, valorize-o e oriente-o para que a liderança ocorra de forma
saudável.
OS PASSARINHOS
Separar os participantes em grupos de três, um ao lado do outro. Os dois participantes de fora
darão as mãos, de maneira que o terceiro fique no meio. Quando o recreador indicar, quem
está no meio deverá trocar de “casa”. Depois de um tempo considerável, um dos que está de
mãos dadas passa para o centro. Finalmente, chega a vez de o terceiro ficar no meio.
UMA VARIANTE INTERESSANTE É DEIXAR
“LIVRES” OS INTEGRANTES DE UMA CASA,
DEPOIS DE OUTRAS, SUCESSIVAMENTE.
ENTÃO, CADA UM DEVE ENTRAR EM
QUALQUER CASA – NINGUÉM PODE FICAR SEM
“CASA”. A MISTURA É INTERESSANTE
QUANDO HÁ CASAS COM SEIS OU MAIS
“PASSARINHOS”.
CORRIDA INTELECTUAL
Serão necessários grupos com a mesma quantidade de integrantes. O primeiro de cada equipe
terá uma folha de papel e uma caneta. Você, recreador, propõe o mesmo tema para todas as
equipes. Exemplos: “cidades de qualquer parte do mundo”.
Ao sinal de início, o primeiro integrante escreverá na folha o nome de uma cidade e a passará
para o companheiro do lado, que deverá escrever o nome de outra cidade embaixo do anterior.
Contudo, deverá considerar que a primeira letra dessa cidade deverá ser igual à última letra da
anterior. A atividade termina quando o último da fileira escreve o nome de uma cidade. Outras
sugestões são nomes de comidas, mulheres, países etc.
NESTE VÍDEO, VOCÊ CONHECERÁ UM POUCO SOBRE
BRINCADEIRAS PARA ADULTOS E IDOSOS.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A RECREAÇÃO PODE SER UMA FERRAMENTA IMPORTANTE NA
ELABORAÇÃO DE UM REPERTÓRIO DE ATIVIDADES BEM
DIRECIONADAS A DETERMINADO PÚBLICO. COM IDOSOS, A
RECREAÇÃO TEM OBJETIVOS BEM ESPECÍFICOS. ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE CONTENHA UM OBJETIVO QUE NÃO
CORRESPONDE À RECREAÇÃO DIRECIONADA AOS IDOSOS:
A) Busca da identidade.
B) Melhora da força e da flexibilidade.
C) Resgate da autonomia.
D) Reestabelecimento do convívio social.
E) Diminuição de sintomas, como angústias e temores.
2. O AVANÇAR DA IDADE TEM COMO CARACTERÍSTICA ALTERAÇÕES
FISIOLÓGICAS, COMO A PERDA DE FORÇA DOS MÚSCULOS E DA
FLEXIBILIDADE DAS ARTICULAÇÕES. ATIVIDADES RECREATIVAS
PODEM TORNAR IDOSOS MAIS ATIVOS E MINIMIZAR ESSES EFEITOS,
CONFERINDO-LHES A POSSIBILIDADE DE ATUAR MELHOR EM
ATIVIDADES DIÁRIAS E TER:
A) Estabilidade financeira.
B) Maior autonomia.
C) Maior grau de instrução.
D) Maior interação social.
E) Momentos de lazer.
GABARITO
1. A recreação pode ser uma ferramenta importante na elaboração de um repertório de
atividades bem direcionadas a determinado público. Com idosos, a recreação tem
objetivos bem específicos. Assinale a alternativa que contenha um objetivo que não
corresponde à recreação direcionada aos idosos:
A alternativa "A " está correta.
 
Com os idosos, a perspectiva recreativa é a de reabilitar, reintroduzir, resgatar o que foi perdido
(naturalmente) com o tempo, como a autonomia, que está relacionada à força, a flexibilidade, o
convívio social e a redução de angústias.
2. O avançar da idade tem como característica alterações fisiológicas, como a perda de
força dos músculos e da flexibilidade das articulações. Atividades recreativas podem
tornar idosos mais ativos e minimizar esses efeitos, conferindo-lhes a possibilidade de
atuar melhor em atividades diárias e ter:
A alternativa "B " está correta.
 
A terceira idade é caracterizada por diversas alterações fisiológicas que modificam sua
capacidade de desempenhar atividades do dia a dia, como: locomover-se, utilizar transporte
público ou, em casos mais extremos, amarrar os sapatos. Atividades recreativas remetem a um
estilo de vida ativo que pode ajudar a minimizar esses efeitos, tornando os idosos autônomos
para o seu cotidiano.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o recreador é o profissional com habilidades para planejar, executar e avaliar um
programa recreativo, adequando os brinquedos e as brincadeiras às faixas etárias e condições
devidas.
Compreendemos que a recreação tem a possibilidade de proporcionar diversão e ocupação
prazerosa às pessoas, utilizando recursos como a animação cultural, que é a proposta de
ações sistematizadas com um grupo ou uma comunidade, levando em consideração os seus
interesses.
Também foi possível visualizar exemplos de atividades recreativas que melhor se adequam a
crianças, adolescentes, adultos e idosos, de forma a instrumentalizar a abordagem recreativa.
Cada fase tem suas características, e o recreador, unindo esse conhecimento às suas
habilidades pessoais, será capaz de estar à frente dos mais diversos grupos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente e dá outras providências. Consultado em meio eletrônico em: 3 de out. 2020.
GOUVEIA. R. Recreação. Rio de Janeiro: Agir, 1963.
LORDA, R. Recreação para a terceira idade. In: AWAD, H.; PIMENTEL, G. (org.). Recreação
Total. 2. ed., ampl. Várzea Paulista, SP: Fontoura, 2019.
MACHADO, J. R. M; NUNES, M. V. S. Caldeirão de Recreação. Rio de Janeiro: SPRINT,
2009.
MACHADO, J. R. M; NUNES, M. V. S. Educação Física no Ensino Fundamental I. Rio de
Janeiro: WAK, 2013.
MACHADO, J. R. M; NUNES, M. V. S. Estimulação na creche: práticas para o movimento de
bebês e crianças. Rio de Janeiro: WAK, 2016.
MACHADO, J. R. M; NUNES, M. V. S. Recreação: brincando e jogando na escola. Rio de
Janeiro: WAK, 2017.
OUTEIRAL, J. O. Adolescer: estudos sobre adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
PONTES, M. F. Educação popular – interlocuções com animação cultural: o programa de
animação cultural da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife. 2009. 159 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 7 ed. In: COLE, M.; JOHNSTEINER, V.;
SCRIBNER, S.; SOUBERMAN, E. (org). Tradução de José Cipolla Neto, Luiz Silveira Menna
Barreto e Solange Castro Afeche. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
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Aprofunde seu conhecimentosobre o brinquedo e a brincadeira a partir dos conceitos que
Tizuko Kishimoto apresenta em seu livro Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.
Veja como Bruno Silva investiga o programa de animação cultural em sua dissertação de
mestrado Escola de tempo integral e comunidade: história do Programa de Animação
Cultural dos CIEP’s.
CONTEUDISTA
José Ricardo Martins Machado
 CURRÍCULO LATTES
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