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Mudanças na prática de Enfermagem no Brasil Ensino, pesquisa e assistência Mudanças ● Mudanças na prática de enfermagem ● Mudanças nas atribuições do enfermeiro; ● Mudanças na vestimenta - identidade visual. Primórdio da prática de enfermagem no Brasil Período pré-profissional da enfermagem: 1808 - 1890 (Império) Cuidado empírico Santas Cassa de Misericórdia - Irmãs de caridade Exercentes de enfermagem sem qualificação - cunho essencialmente prático para mão de obra Desconhecimento da ciência Atuação do estado - internação de doentes graves: - Lazarentos; - Enfermarias improvisadas, em tempos de epidemias; - Internação dos loucos no Hospício Pedro II Período profissional da enfermagem: 1890 - dias atuais Proclamação da República - 1890: controle do Hospício passou para o Estado que deu aos médicos alienistas, o domínio hierárquico dos profissionais que ali atuavam Irmãs de Caridade - abandonam o serviço Médicos assumem a administração do hospício Falta da mão de obras qualificada → Dificuldade de profissionalização da mulher → Saída das irmãs → Modelo Francês de Assistência de Enfermagem Primeiras Escolas de Enfermagem- definição de um ensino sistematizado do conhecimento na área do cuidado ● 1890- Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras (UNIRIO): - Mão de obra para o serviço de hospícios, hospitais civis e militares; - Preparava profissionais de ambos sexos; - O curso tinha duração de dois anos, dado sob a responsabilidade de médicos e assim permaneceu até 1942; - Modelo Francês de assistência - ligado ao conhecimento dos médicos alienistas. ● 1910- Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha. ● 1923: Escola de Enfermagem do DNSP (EEAN), marco da implantação da Enfermagem Moderna no País Implantação do padrão de ensino (EEAN) Expansão de Escola de Enfermagem pelo País: ● A EEAN redimensionou o modelo da enfermagem profissional no Brasil - práticas ensinadas - rígidos ensinamentos e domínio das técnicas; ● Promulgação da Lei n° 775/1949 - estímulo à ampliação do número de escolas, tornando obrigatória a inclusão do curso de Enfermagem em toda universidade ou sede de faculdade de Medicina, Ensino vinculado à formação hospitalar, centrado no modelo clínico; ● Não obstante, os cuidados de enfermagem se ampliaram muito ao longo de sua profissionalização estendendo-se para questões que envolvem o ensino e a pesquisa - Decorrência da Inserção da Enfermagem na Universidade; - Posteriormente lei da Reforma Universitária (1968)- criação do mestrado e doutorado Legislação, direitos do enfermeiro Divisão técnica do trabalho (auxiliar, técnico e enfermeiro propriamente dito): ● Número de enfermeiras diplomadas insuficiente para assumir essa área e continuar participando da saúde pública; ● A Enfermagem precisava aumentar o quantitativo de pessoal e ainda capacitar profissionais para atender a demanda das instituições de saúde; ● Expansão - carência de pessoal e mão de obras - Criação do curso de auxiliares de enfermagem (lei 775/1949) - preparo de pessoal para auxiliar os enfermeiros, em âmbito hospitalar; - Criação do curso técnico de enfermagem (LDB/1961) - Desenvolvimento econômico - mercado exigência de recursos humanos mais qualificados - amplia os níveis de formação Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período Desenvolvimento científico Teorias de Enfermagem SAE e PE Tecnologias ● Leve ● Leve - dura ● Dura Enfermagem - profissão PARAMÉDICA Divisão vertical ● Equipe de Enfermagem: - Enfermeiro; - Técnico de Enfermagem; - Auxiliar de Enfermagem. Divisão horizontal ● EEAN - 1937 - UB - Serviço social; - Nutrição. ● Fisioterapia ● redefinição da atuação prática do enfermeiro - Definição das atribuições e competência de cada profissional Crítica a divisão técnica do trabalho em enfermagem: ● A prática da enfermagem hospitalar - características do “taylorismo” - Divisão do trabalho e valorização do “como fazer”, especificados em manuais de normas, rotinas e procedimentos técnicos. ● A enfermeira - controle administração - menos onerosos ● Processo de trabalho na enfermagem - característica - divisão técnica do trabalho ● Divisão técnica do trabalho subdivide o cuidado de enfermagem em parcelas - aumenta a destreza dos procedimentos e favorece o capital entretanto, subdivide o homem fragilizado a categoria profissional 1950 - Surgimento das Teorias de Enfermagem ● Teoria - princípio cientificamente aceitável que regula a prática ou se propõe a explicar determinado fato observado ● Primeiras teorias - articulação dos fenômenos entre si, explicar a realidade em seu conjunto, de modo orgânico e coerente, estabelecendo assim as bases de uma ciência de Enfermagem ● Foco na assistência holística da enfermagem ● Finalidade - definir uma expertise de conhecimento para a enfermagem ● BRASIL - 1970 - Wanda Horta Desenvolvimento das Teorias de Enfermagem ● Determinam uma nova fase da evolução histórica da profissão - modificações na prática da enfermagem - Baseado em evidências - Fundamentado numa teoria - Cuidado Sistematizado - SAE ● Definido um Processo de Enfermagem - 5 etapas - redefine o cuidado de enfermagem: - Histórico (anamnese e exame físico); - Diagnóstico de Enfermagem (NANDA, CIPE); - Planejamento; - Intervenção (NIC) - Avaliação (NOC) SAE no Brasil - legislação ● Resolução 358/2009 do COFEN - DIspõe sobre a SAE e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes onde há cuidado profissional de Enfermagem; ● COFEN - ação ostensiva para o cumprimento da lei - casos omissos - ação no Ministério Público Comunidade científica da Enfermagem no Brasil Ano Geração de pesquisadores Observações 1950/1960 Pioneiras Maria Rosa S. Pinheiro Maria Lourdes Verderese Haydée G. Dourado Olga Verderese Elaboração do Levantamento de Recursos e Necessidades de Enfermagem no Brasil 1960/1970 Autodidatas Glete de Alcântara Outras 2 concursos: professor catedrático (USP) e obtenção de títulos de doutor e de livre-docente (UFRJ) 1970/1980 Acadêmicas Criação dos cursos de Mestrado (1972) e Doutorado (1980) 1990 Produção científica sistemática e coletiva A preocupação com a dispersão temática da produção científica da área 2000 do séc 21 Líderes com produção científica internacional Intercâmbio dos PPGs com as universidades estrangeiras Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período A pesquisa na prática - ATENÇÃO ● Todo conhecimento construído tem uma dimensão - Teórica- fundamentações conceituais e filosóficas deste conhecimento; - Prática- aplicação desta teoria a prática assistencial ● Pesquisador- atenção para o retorno que seu produto trará para três grandes áreas, o ensino, a pesquisa e a extensão ● Pesquisa que contribui para melhoria da sociedade, interfere diretamente nas ações da prática da enfermagem ● Cuidado- conhecimento desenvolvido nas pesquisas de enfermagem não se perca em sua existência ● Sem aplicabilidade na prática, o significado da pesquisa fica limitado, afetando os avanços, o que levaria à estagnação do conhecimento - Pesquisa Convergente Assistencial - PCA - Mestrado profissional ● Assim, considero que é preciso que os resultados das investigações cheguem às práticas e demonstrem congruência com a realidade dos cidadãos construindo uma ação resolutiva para desencontro, de forma que a enfermagem efetivamente promova transformações em suas práticas cotidianas Desenvolvimento tecnológico ● Últimas décadas- transformação e inovação tecnológica sem precedentes na área da saúde ● O termo tecnologia não pode pode ser visto apenas como um produto, mas sim como um processo de conhecimentos e instrumentos interligados que fundamentam e delimitam as diversas maneiras de cuidar - Dura: equipamentos e aparelhos permanentes - Leve-dura: conhecimento estruturado nas disciplinas presentes na saúde, normas e protocolo - Leve: processo de comunicação, das relações e vínculos Armadilhas da tecnologia ● O cuidado em saúde pode ser facilitado pelas tecnologias, porém as relações entre os seres humanos não devem sersubstituídas em detrimento do avanço tecnológico duro. ● Setor saúde- sensível à incorporação tecnológicas do tipo material, porém menos agressivo na utilização de inovações do tipo não material, em especial das inovações no campo da organização e relações de trabalho ● O que se observa atualmente é um consumismo tecnológico, onde a tecnologia é mais que um meio, torna-se um fim em si mesma. ● Autonomização da tecnologia- perda do governo da técnica e tornando-se altamente dependentes da tecnologia ● Há espaço para a tecnologia e desde que associado a um cuidado ético/humanizado Conclusões Transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas na sociedade brasileira determinaram o avanço tecnológico da assistência em saúde. Tais mudanças exigiram o desenvolvimento de novos modelos de prestação de serviços de saúde e demandaram o surgimento de novos perfis profissionais de enfermagem, adequados à sustentação dos novos programas. Hoje, muito mais respaldadas legal e cientificamente, a Enfermagem brasileira a cada dia constrói e sedimenta seus conhecimentos, ampliando horizontes, impondo-se como uma profissão que busca e constrói uma história própria, seja na prática, no ensino ou na pesquisa, busca junto às suas entidade de classe e órgãos representativos “um saber, um fazer e um ser enfermagem” valorizando todas as dimensões do ser humano, como um agente inovador, moderador e transformador do processo de cuidar. “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente. E sim o mais adaptável à mudança,” Charles Darwin Yana Sheila - Enfermagem (UFRJ) 3° período