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Direito Administrativo Licitação e Contratos Administrativos

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1 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................................... 5 
1. Licitação ........................................................................................................................................................................ 7 
1.1 Conceito .................................................................................................................................................................... 7 
1.2 Competência para legislar ................................................................................................................................. 8 
1.3 Finalidades................................................................................................................................................................ 9 
1.4 Princípios ................................................................................................................................................................ 11 
1.4.1 Isonomia ................................................................................................................................................................. 11 
1.4.2 Competitividade .................................................................................................................................................. 11 
1.4.3 Vinculação ao instrumento convocatório ................................................................................................ 12 
1.4.4 Julgamento objetivo ......................................................................................................................................... 12 
1.4.5 Sigilos das propostas ....................................................................................................................................... 13 
1.4.6 Adjudicação compulsória ................................................................................................................................ 13 
1.4.7 Procedimento formal ........................................................................................................................................ 13 
1.5 Modalidades de licitação ................................................................................................................................ 14 
1.5.1 Concorrência ........................................................................................................................................................ 15 
1.5.2 Tomada de preços ............................................................................................................................................. 16 
1.5.3 Convite .................................................................................................................................................................... 17 
1.5.4 Concurso ................................................................................................................................................................ 18 
1.5.5 Leilão ....................................................................................................................................................................... 19 
1.5.6 Pregão ..................................................................................................................................................................... 19 
1.6 Tipos de licitação ............................................................................................................................................... 26 
1.6.1 Menor preço ......................................................................................................................................................... 26 
 
 
3 
 
1.6.2 Maior lance ou oferta ...................................................................................................................................... 26 
1.6.3 Melhor técnica ..................................................................................................................................................... 27 
1.6.4 Técnica e preço ................................................................................................................................................... 27 
1.7 Critérios de desempate ................................................................................................................................... 28 
1.8 Fases da licitação ............................................................................................................................................... 29 
1.8.1 Fase interna .......................................................................................................................................................... 29 
1.8.2 Fase externa .......................................................................................................................................................... 30 
1.9 Instrumento convocatório .............................................................................................................................. 35 
1.10 Comissão de licitação ....................................................................................................................................... 36 
1.11 Contratação direta ............................................................................................................................................. 37 
1.12 Alienação de bens ............................................................................................................................................. 38 
1.13 Parcelamento de obras, serviços e compras .......................................................................................... 39 
1.14 Recursos administrativos ................................................................................................................................ 40 
1.15 Revogação e Anulação .................................................................................................................................... 40 
1.16 Licitação para Registro de Preços ............................................................................................................... 42 
1.17 Licitação “Carona” .............................................................................................................................................. 42 
1.18 Contratações para enfrentamento da calamidade pública decorrente do COVID-19 ........ 43 
QUADRO SINÓTICO ....................................................................................................................................................... 47 
2. Contratos Administrativos ................................................................................................................................ 59 
2.1 Introdução ............................................................................................................................................................. 59 
2.2 Conceito ................................................................................................................................................................. 59 
2.3 Características ...................................................................................................................................................... 60 
2.4 Garantia .................................................................................................................................................................. 62 
2.5 Cláusulas Exorbitantes ...................................................................................................................................... 63 
 
 
4 
 
2.5.1 Alteração Unilateral do Contrato ................................................................................................................63 
2.5.2 Rescisão unilateral ............................................................................................................................................. 64 
2.5.3 Exceção do contrato não cumprido........................................................................................................... 65 
2.5.4 Fiscalização da execução do contrato ...................................................................................................... 65 
2.5.5 Ocupação temporária ....................................................................................................................................... 66 
2.5.6 Aplicação de penalidades ............................................................................................................................... 66 
2.6 Equilíbrio Econômico-financeiro .................................................................................................................. 67 
2.7 Teoria da Imprevisão ........................................................................................................................................ 68 
2.8 Duração dos contratos .................................................................................................................................... 68 
2.9 Responsabilidades contratuais ..................................................................................................................... 70 
2.10 Recebimento do objeto do contrato ........................................................................................................ 71 
2.11 Extinção do contrato ........................................................................................................................................ 72 
QUADRO SINÓTICO ....................................................................................................................................................... 74 
QUESTÕES COMENTADAS .......................................................................................................................................... 84 
GABARITO ........................................................................................................................................................................ 105 
QUESTÃO DESAFIO ...................................................................................................................................................... 107 
GABARITO DA QUESTÃO DESAFIO....................................................................................................................... 108 
LEGISLAÇÃO COMPILADA......................................................................................................................................... 110 
JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................................................................................ 112 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................................. 117 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
Olá, concurseiros e concurseiras! 
A preparação para concursos públicos envolve, necessariamente, planejamento e foco. 
Diante da extensão dos editais e do tempo, por muitas vezes exíguo, de preparação até a prova, 
estudar com base nos assuntos objetivamente mais recorrentes é fundamental para alavancar 
os resultados. 
Justamente pensando nisso, o Setor de Inteligência do CERS realizou uma análise acurada 
de mais de 260 provas dos principais cargos das Carreiras Jurídicas, Policiais e das áreas de 
Tribunais e de Cartório, identificando os temas mais recorrentes para os concursos públicos 
realizados nos últimos 4 anos (2020, 2019, 2018 e 2017). 
Nessa análise, verificamos que a disciplina de Direito Administrativo é uma das mais 
recorrentes nos principais certames, dentro da qual verificou-se elevado percentual de 
recorrência do tema “Licitação e Contratos Administrativos”. 
Trata-se de um assunto bem abordado e distribuído na legislação (principalmente na Lei 
nº 8.666/1993), possuindo considerável cobrança de Lei Seca. 
Nesse sentido, importa denotar que as subdivisões relativas ao tema “Licitações e Contratos 
administrativos” devem ser estudadas não apenas com a leitura e absorção dos dispositivos 
legais aplicáveis, mas também com o aprofundamento em torno dos posicionamentos 
doutrinários majoritários e das principais súmulas e julgados correlatos dos Tribunais 
Superiores – STF e STJ. 
A seguir, confira um gráfico ilustrativo da relevância do supracitado tema, no âmbito 
das já mencionadas mais de 260 provas analisadas: 
 
 
6 
 
 
Destaca-se que a relevância do tema em questão foi extraída de um universo de 
aproximadamente 30 outros temas, razão pela qual o seu percentual de representatividade é 
considerável, se comparado com os demais. 
Posto isso, aproveite este material de apoio correlato, seguido da compilação da 
legislação e da jurisprudência cabíveis, além de questões comentadas pertinentes (incluindo 
uma questão desafio), a fim de sedimentar os seus conhecimentos jurídicos acerca do assunto. 
Vamos juntos! 
 
 
 
 
Licitação e Contratos 
Administrativos
Outros temas
DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitação e Contratos
Administrativos
Outros temas
 
 
7 
 
 DIREITO ADMINISTRATIVO 
1. Licitação 
1.1 Conceito 
A licitação – regulamentada pela Lei nº 8.666/93 - é uma série de atos, ou seja, um 
procedimento, que antecede a celebração do contrato administrativo. 
O art. 37, XXI, da CRFB/88 determina que os contratos administrativos sejam 
precedidos de licitação pública. Há exceções a essa regra, que serão estudadas em tópico 
específico. 
 Subordinam-se ao regime da Lei de Licitação, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
O objeto da licitação poderá ser obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, 
alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública. 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, a licitação é “o procedimento administrativo 
vinculado por meio do qual os entes da Administração Pública e aqueles por ela controlados 
selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos 
– a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou científico.” 
Cumpre apontar também o conceito de Maria Sylvia Zanella Di Pietro que diz 
“aproveitando, parcialmente, conceito de José Roberto Dromi (1975:92), pode-se definir a 
licitação como o procedimento administrativo pelo qual um ente público, no exercício da função 
administrativa, abre a todos os interessados, que se sujeitem às condições fixadas no 
 
 
8 
 
instrumento convocatório, a possibilidade de formularem propostas dentre as quais selecionará 
e aceitará a mais conveniente para a celebração de contrato.” 
 
1.2 Competência para legislar 
Considerando a previsão do art. 22, XXVII, da CRFB/88, a competência para legislar 
sobre licitações e contratos administrativos é privativa da União. 
Porém, a União se restringe a editar normais gerais, sendo possível que os estados, 
o DF e os municípios legislem sobre questões específicas. 
Ressalte-se que, em determinadas situações, a União expede normas específicas que 
se aplicarão somente no âmbito dos procedimentos licitatórios deste ente, não podendo atingir 
os Estados, Municípios e Distrito Federal. Em todos os casos, se o ente federado não houver 
expedido qualquer norma específica em seu âmbito, a legislação federal lhe será aplicável 
integralmente. 
Por ser uma lei nacional, subordinam-se ao regime da Lei 8.666/93, além dos órgãos 
da administração direta, os fundos especiais, as autarquias,as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou 
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – na ADI n. 927 - reconheceu que alguns 
dispositivos da Lei de licitações e contratos, especificamente a norma que trata acerca de 
permuta de bens imóveis, editada pela União como normas gerais, extrapolam esse caráter e 
definem regras específicas de licitação. Nesses casos, os dispositivos serão aplicáveis somente 
 
 
9 
 
às licitações realizadas no âmbito federal. Na oportunidade, a Suprema Corte determinou que 
seja feita uma interpretação conforme esses dispositivos, excluindo a sua aplicação dos demais 
entes federados. 
 
1.3 Finalidades 
Segundo o artigo 3º, da Lei nº 8.666/93, são 3 (três) as finalidades: a licitação 
destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da 
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável. 
 
 
 
Nos processos de licitação, com o propósito de garantir o desenvolvimento nacional, 
a lei autoriza o estabelecimento de margem de preferência para produtos manufaturados e 
para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras. 
Para o emprego das margens de preferência, alguns requisitos devem ser observados: 
1) As margens de preferencias serão definidas pelo Executivo Federal, por meio 
de decreto e serão definidas por produto e serviços e não para uma licitação 
específica; 
Selecionar a proposta mais vantajosa para a administração;
Garantir a isonomia nos contratos do Estado;
Promover o desenvolvimento nacional sustentável.
 
 
10 
 
2) Os produtos manufaturados e os serviços nacionais resultantes de 
desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país poderão ter uma 
margem de preferência adicional; 
3) A soma das margens de preferência (normal e adicional) não pode ultrapassar 
o montante de 25%; 
4) A margem de preferência poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos 
bens e serviços originários dos Estados do MERCOSUL; 
5) A aplicação da margem de preferência deve estar fundamentada em estudos 
revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos que 
considerem: (i) geração de emprego e renda; (ii) efeito a arrecadação de 
tributos; (iii) desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país; (iv) 
custo adicional dos produtos e serviços; e (v) em suas revisões, análise 
retrospectiva de resultados. 
6) Não podem ser utilizadas margens de preferência para produtos e serviços cuja 
capacidade de produção ou prestação no País cuja capacidade de produção 
ou prestação no país seja inferior à quantidade a ser adquirida ou inferior ao 
quantitativo mínimo para preservar a economia de escala. 
 
Poderá, ainda, ser estabelecida margem de preferência para bens e serviços 
produzidos ou prestados por empresas que reservem cargos para pessoas com deficiência 
ou reabilitados da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade durante 
todo o período de contrato. 
Adicionalmente aos critérios de preferência, o princípio do desenvolvimento nacional 
sustentável permite à Administração Pública, em detrimento de critérios exclusivamente 
econômico-financeiros, restringir a licitação a empresas que possuam práticas ambientalmente 
corretas, nas chamadas licitações sustentáveis. 
É previsto, ainda, que os editais de licitação, mediante prévia justificativa da 
autoridade competente, exijam que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade da 
 
 
11 
 
Administração ou daqueles por ela indicados, medidas de compensação comercial, industrial, 
tecnológica ou acesso à condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, como 
por exemplo: treinamento de RH e transferência de tecnologias. 
 
1.4 Princípios 
1.4.1 Isonomia 
O princípio da isonomia impõe um tratamento igualitário entre os licitantes no 
procedimento, não se admitindo tratamento que vise beneficiar ou prejudicar qualquer 
participante. 
Além disso, deve ser dada oportunidade de participação nas licitações a quaisquer 
interessados, só sendo aceitas exigências de qualificação indispensáveis à garantia do 
cumprimento da obrigação. 
Porém, consagrou-se na doutrina que a isonomia deve ser observada sob dois 
aspectos: a isonomia formal – na lei - e a isonomia material – perante a lei. 
A isonomia material permite que se trate igualmente os iguais e desigualmente os 
desiguais na medida de suas desigualdades. É esse conceito que justifica tratamento 
diferenciado dispensado a microempresas e empresas de pequeno porte pela Lei 
Complementar 123/06, bem como a possibilidade de criação de preferências para aquisição 
de produtos manufaturados ou serviços nacionais. 
1.4.2 Competitividade 
A lei veda aos agentes diminuir o caráter competitivo das licitações por meio de 
estabelecimento de regras que o frustrem. 
Neste sentido é vedada a imposição de marcas, salvo para fins de padronização, 
nos casos em que for tecnicamente justificável. 
 
 
12 
 
 
Nas contratações destinadas à implantação, à manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas 
de tecnologia da informação e comunicação consideradas estratégicas, a licitação poderá ser 
restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvidas no país. 
 
1.4.3 Vinculação ao instrumento convocatório 
Inicialmente, cumpre mencionar que o instrumento convocatório da licitação é, em 
regra, o edital, salvo na modalidade convite, em que a lei prevê a convocação por carta-convite. 
O edital é a lei interna da licitação que vincula tanto a Administração quanto os 
licitantes e qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o 
texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, SALVO quando não afetar a 
formulação das propostas. 
1.4.4 Julgamento objetivo 
O edital deve conter critérios objetivos de julgamento, determinando qual será o 
critério utilizado na seleção da proposta vencedora. 
 Por essa razão, os administradores não podem julgar as propostas com critérios 
deferentes dos previamente delimitados no edital. 
 
 
13 
 
1.4.5 Sigilos das propostas 
O conteúdo das propostas apresentadas pelos licitantes deve ser secreto até a data 
designada para abertura. Ressalta-se que a violação do sigilo da proposta representa 
Improbidade Administrativa e crime definido na própria Lei de Licitações. 
Já a licitação e os atos praticados no bojo do procedimento não serão sigilosos. 
 
1.4.6 Adjudicação compulsória 
O princípio da adjudicação compulsória impede que a Administração assine o 
contrato com o segundo colocado ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório. 
A adjudicação deve ser feita com o vencedor, salvo se este desistir ou não firmar 
o contrato no prazo. Esse princípio veda também a abertura de nova licitação enquanto 
válida a adjudicação anterior. 
Esclarece-se que a Administração Pública não está obrigada a celebrar o contrato 
administrativo, mas caso necessite realizar a contratação, só pode fazê-lo com o vencedor da 
licitação. 
O licitante vencedor será liberado da proposta apresentada caso a assinatura do 
contrato não ocorra em até 60 dias da abertura dos envelopes. 
Porém, caso o vencedor seja convocado para assinar o contrato dentro do prazo, e 
sem justo motivo, recusar, seu direito de contratação irá decair e ele ficará sujeito a sanções 
administrativas. Quando isso ocorrer, a Administração poderá convocar os licitantes 
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo e igual prazo e nas mesmas condições 
propostas pelo licitante vencedor. 
1.4.7 Procedimento formal 
O procedimento licitatório deve atender a todas as formalidades previstas em lei. 
 
 
14 
 
Porém, cumpre ressaltar que, em matéria de processos administrativos, vige o 
formalismo necessário,que resulta na máxima de que não há nulidade sem prejuízo para os 
interessados. 
 
1.5 Modalidades de licitação 
As modalidades de licitação são: a concorrência, a tomada de preços, o convite, o 
concurso, e o leilão (Lei nº 8.666/93); o pregão (Lei nº 11.520/02) e a consulta – aplicável às 
agências reguladoras. 
A concorrência, tomada de preços e convite são utilizadas, em regra, conforme o 
valor da contratação. O leilão e o concurso em situações específicas e o pregão para a 
finalidade e a aquisição de bens e serviços comuns. 
Esquema: 
 
MODALIDADE 
OBRAS E SERVIÇOS DE 
ENGENHARIA 
COMPRAS DE BENS 
CONCORRÊNCIA superior a R$ 3.300.000,00 superior a R$ 1.430.000,00 
TOMADA DE PREÇOS até R$ 3.300.000,00 até R$ 1.430.000,00 
CONVITE até R$ 330.000,00 até R$ 176.000,00 
DISPENSA até 33.000,00 até 17.600,00 
 
No caso de consórcios públicos formados por até 3 entes da federação, aplicar-se-á 
o dobro desses valores. Se formados por mais de 3 entes da federação, aplicar-se-á o triplo 
dos valores. 
 
 
15 
 
 
 
É proibida a criação de novas modalidades de licitação, bem como a combinação de 
modalidades. 
 
1.5.1 Concorrência 
A concorrência é a modalidade voltada para licitações de grande valor, em que se 
admite a participação de quaisquer interessados, cadastrados ou não, que na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital para execução de seu objeto. 
A concorrência pode ser exigida em razão de dois critérios: valor e natureza do 
objeto 
Em relação ao valor, é modalidade obrigatória para contratações de obras e serviços 
de engenharia acima de três milhões e trezentos mil reais (R$ 3.300.000,00) e para a aquisição 
de bens e serviços, que não de engenharia, acima de um milhão quatrocentos e trinta mil 
reais (R$ 1.430.000,00). 
Há casos em que a concorrência será obrigatória, independentemente do valor, por 
conta da natureza do objeto. São eles: 
1) Compra ou alienação de bens imóveis, exceto na alienação de imóveis cuja 
aquisição por parte da Administração tenha sido derivada de procedimento 
judicial ou dação em pagamento, casos em que se admite também o leilão;1 
 
1 Vide questão 2 
 
 
16 
 
2) Concessão de direito real de uso; 
3) Concessão de serviços públicos; 
4) Contratos de PPP; 
5) Licitações internacionais, admitindo-se a tomada de preços quando o valor 
estiver no limite dessa modalidade e quando o órgão/entidade dispuser de 
cadastro internacional de fornecedores ou convite, quando não houver 
fornecedor do bem ou serviço no país; 
6) Registro de preços, podendo também ser utilizado o pregão; 
7) Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral. 
 
1.5.2 Tomada de preços 
A tomada de preços é possível para contratos de valores médios, sendo, por isso, 
uma mais simples que a concorrência. 
É possível sua realização para contratações de obras e serviços de engenharia até três 
milhões e trezentos mil reais (R$ 3.300.000,00) e para a aquisição de bens e serviços, que 
não de engenharia, até um milhão quatrocentos e trinta mil reais (R$ 1.430.000,00). 
Ademais, a tomada de preço é a modalidade realizada entre os interessados 
previamente cadastrados ou que atenderem as condições exigidas para o cadastramento até 
o 3º dia anterior à data marcada para o recebimento das propostas. 
 
O cadastro prévio é, me verdade, um conjunto de documentos arquivados no órgão público 
que demonstram a idoneidade financeira da empresa. Após realizado o cadastro, será emitido 
 
 
17 
 
ao interessado um certificado, que substitui os documentos de habilitação, de com validade de 
1 ano, podendo ser renovado. 
 
1.5.3 Convite 
A lei aponta que o convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo 
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 
3 (três) pela unidade administrativa. 
Além disso, é utilizada para as contratações de pequeno valor, ou seja, serve 
contratações de obras e serviços de engenharia até trezentos e trinta mil reais (R$ 
330.000,00) e para a aquisição de bens e serviços, que não de engenharia, até cento e setenta 
e seis mil reais (R$ 176.000,00). 
O instrumento convocatório é a carta-convite, que deve ser enviada para, pelo menos 
3 (três) interessados do ramo pertinente ao objeto, cadastrados ou não. 
A carta-convite não precisa ser publicada, basta que a Administração afixe em local 
apropriado, a fim de que os demais cadastrados, não originalmente convidados, possam 
participar, desde que manifestem seu interesse com antecedência de até 24 horas da 
apresentação das propostas. 
 
A carta-convite prescinde de publicação, mas não de publicidade! 
 
 
 
18 
 
Quando, por limitação do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for 
impossível a obtenção do número mínimo de 3 licitantes, essas circunstâncias deverão ser 
devidamente justificadas, hipótese em que a licitação poderá ocorrer com menos de três 
propostas. 
Na hipótese de existirem mais de três possíveis interessados, a cada novo convite, 
realizado para objeto idêntico ou semelhante, é obrigatório o envio do convite a no mínimo 
mais de um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados. 
Excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas em que haja exíguo 
número de servidores, a comissão poderá ser substituída por um único servidor. 
 
1.5.4 Concurso 
Objetiva escolher um trabalho técnico, artístico ou cientifico, não importando o valor. 
Deve ser precedido de regulamento próprio que deve indicar: 
1) A qualificação exigida dos participantes; 
2) As diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; e 
3) As condições de realização do concurso e os prêmios. 
 
O vencedor do concurso não é definido pelos critérios de “menor preço”, “melhor técnica”, 
“técnica e preço”, ou seja, não se prende ao princípio do julgamento objetivo. 
 
Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo 
quando julgar conveniente. O julgamento será feito por uma Comissão Especial integrada por 
 
 
19 
 
pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores ou 
não. 
Os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados 
deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, ressalvados 
os casos de inexigibilidade. 
1.5.5 Leilão 
O leilão serve para alienação de: 
1) Bens móveis inservíveis (limitados até o valor de até R$ 1,43 milhões); 
2) Produtos legalmente apreendidos ou penhorados; e 
3) Bens imóveis recebidos em procedimentos judiciais ou por dação em 
pagamento 
Quaisquer interessados podem participar do leilão. Além disso, é sempre julgado pelo 
critério de “melhor lance ou oferta” que deverá ser maior ou igual à avaliação do bem. 
Será conduzido por leiloeiro oficial (leilão comum) ou por servidor designado (leilão 
administrativo). 
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, 
não inferior a 5%. Após a assinatura da ata, lavrada no local do leilão, os bens serão 
imediatamente entregues ao arrematante, o qual estará obrigado ao pagamento do saldo 
devedor no prazo estipulado no edital, sob pena de perder o valor já recolhido em favor da 
Administração. 
Nos leilões internacionais, o pagamento à vista poderá ser feito em até 24 horas. 
1.5.6 Pregão 
É a modalidade licitatória – regida pela Lei nº 10.520/02 – que serve para aquisição 
de bens e serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, ou seja, aqueles 
 
 
20 
 
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por 
meio de especificações usuais no mercado.2 
 
Para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federativos, com a 
utilização de recursos da Uniãodecorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios 
e contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da 
dispensa eletrônica será obrigatória, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação 
específica que dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa as 
contratações com os recursos do repasse. 
 
É realizado por meio de propostas e lances sucessivos, em sessão pública, sempre 
do tipo menor preço e menor desconto3 e divide-se em duas fases: 
1) Preparatória: 
Nessa fase, a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e 
definirá o objeto, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação da proposta, as 
sanções e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para o fornecimento do 
bem. 
Além disso, designará o pregoeiro e a respectiva equipe de apoio. A lei não 
restringe a qualificação do pregoeiro, por isso, a função poderá ser ocupada por qualquer 
servidor. 
 
2 Vide questão 3 e 4 
3 Vide questão 3 
 
 
21 
 
Quanto à equipe de apoio, destaca-se que essa não tem competência decisória, 
nem poder para conduzir a sessão. Sua função é prestar o necessário apoio ao pregoeiro. Deve 
ser integrada, em sua maioria, por servidores de cargo efetivo ou emprego, preferencialmente, 
pertencentes ao quadro permanente. 
 
No pregão é obrigatória a realização do termo de referência, que deve dispor, de forma 
precisa, suficiente e clara sobre as características do objeto. É elaborado na fase preparatória 
pelo setor requisitante em conjunto com a área de compras e aprovado por quem autorizou o 
pregão. Serve de base para elaboração do edital. 
 
2) Externa: 
Inicia-se com a convocação dos interessados com antecedência mínima de 8 dias 
úteis. 
A convocação dos interessados por meio de publicação de aviso de edital no 
Diário Oficial da União e no sítio oficial do órgão ou entidade promotora da licitação, e na 
internet. E nas hipóteses de transferências voluntárias da União por intermédio dos instrumentos 
previstos em lei aos demais entes federados, a publicação ocorre no Diário Oficial do respectivo 
local: Estado, Município ou Distrito Federal. 
Antes da abertura deve ser postado os documentos de habilitação exigidos no edital 
de forma obrigatória, e exclusivamente por meio eletrônico via sistema, junto com a proposta 
com a descrição do objeto ofertado e o preço, podendo ser postado ao longo do prazo até a 
data e horários estabelecidos para abertura da sessão pública, no Artigo 25 coloca que este 
 
 
22 
 
prazo não poderá ser, inferior a 08 (oito) dias úteis contatos da data de publicação do aviso do 
edital. 
Após a abertura dos envelopes, o licitante que oferecer o menor preço e os que 
oferecerem proposta até 10% superiores ao menor valor poderão fazer lances verbais e 
sucessivos, descrente, até a proclamação do vencedor. Se não houver pelo menos 3 ofertas que 
atendam aos requisitos para apresentar os lances verbais, serão chamados os autores das 
melhores propostas – quaisquer que sejam os preços – até atingir o número máximo de 3 
licitantes. 4 
O pregoeiro deverá negociar diretamente com o apresentador do menor lance para 
obter uma redução no preço. 
Após, será aberto o envelope com os documentos de habilitação do licitante que 
apresentou a melhor proposta. Verificado o atendimento das exigências de habilitação, o 
licitante será declarado vencedor. 
Porém, se a oferta não for aceitável ou se não forem obedecidas as exigências de 
habilitação, o pregoeiro verificará os documentos dos demais, na ordem de classificação dos 
preços. Esses licitantes não precisarão apresentar a mesma proposta do anteriormente 
considerado vencedor, mas o pregoeiro poderá negociar o preço. 
Declarado o vencedor, os licitantes que quiserem recorrer deverão manifestar a 
intenção imediatamente, sob pena de decadência do direito de recurso e adjudicação do objeto 
ao vencedor. Terão prazo de 3 dias para apresentar as razões de recurso.5 
Decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação e em seguida a 
homologação. Percebe-se que no pregão há inversão das fases. 
 
4 Vide questão 7 
5 Vide questão 9 
 
 
23 
 
 
Se não forem interpostos recursos, o próprio pregoeiro é quem irá adjudicar o 
procedimento. 
 
No pregão são vedadas as exigências de: (i) garantia de proposta; (ii) aquisição de 
edital como condição para participação; (iii) pagamento de taxas e emolumentos, salvo 
referentes ao custo de fornecimento do edital que não serão superiores ao custo de sua 
reprodução gráfica e aos custos de utilização de recursos de TI. 
Ressalta-se, ainda, que o licitante que cometer alguma das infrações elencadas na Lei 
nº 10.520/02 ficará impedido de licitar e contratar com a União, os Estados, o DF ou os 
Municípios e será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento semelhantes, pelo 
prazo de até 5 anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais 
cominações legais. 
 Pregão Eletrônico: 
A utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, pelos órgãos da 
administração pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais 
é obrigatória (Decreto 10.024/2019). 
Os licitantes apresentam as propostas e disputam os lances à distância, por meio de 
sistema que promova a comunicação pela internet. O edital será divulgado no endereço 
eletrônico. 
Todos os participantes, incluindo o pregoeiro, equipe de apoio e autoridade 
competente, serão previamente credenciados perante o provedor do sistema. Tal 
credenciamento dependerá de registro no Sicaf. 
 
 
24 
 
Na fase de lances, os licitantes poderão encaminhá-los, exclusivamente, pelo sistema 
eletrônico e serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, mas não o 
seu autor. 
No regramento anterior, as propostas inicialmente registradas já se encontravam 
empatadas, ou no menor valor possível, e nenhum lance era ofertado o sistema considerava 
vencedora a proposta cadastrada em primeiro lugar, agora a Lei define no art. 37 que, na 
persistência de empate diante dos critérios contidos no art. 36, a proposta vencedora será 
sorteada pelo sistema eletrônico dentre as propostas empatadas. 
 MODO DE DISPUTA – DIFERENTES TIPOS: 
1. Aberto: 
Basicamente é semelhante ao que já existia anteriormente, sua alteração é justamente 
no fechamento da fase competitiva, o encerramento aleatório é extinto nesta nova regra, no 
seu lugar entra a prorrogação automática de lances, que funciona da seguinte maneira: 
Prorrogação automática: após a abertura do item colocado em disputa, a fase de lances terá 
duração de dez minutos. Após esse período, o sistema encerrará a competição caso seja nenhum 
lance seja apresentado dentro do intervalo de 2 (dois) minutos. Resumindo após os dez minutos, 
inicia-se uma contagem regressiva de 2 minutos que será reiniciada a cada lance ofertado. Não 
havendo qualquer nova oferta durante esse intervalo, o sistema encerrará automaticamente a 
etapa de lances. 
Resumidamente o modo aberto os participantes apresentarão lances abertos, ou 
seja, públicos e sucessivos, com prorrogações, conforme os critérios do edital, e, no modo 
aberto e fechado os licitantes apresentarão lances públicos (abertos) sucessivos, com lance final 
e fechado (sigiloso), nos termos dos critérios de julgamento exigidos no instrumento 
convocatório. 
 
2. Aberto e Fechado: 
 
 
25 
 
Como foi eliminado o encerramento aleatório, este modo terá duração de lances em 
15 (quinze) minutos, e ao final deste prazo entrará em fechamento iminente por um período de 
10 (dez) minutos, e será aleatoriamente determinado. E neste ponto a inovação já que acabou 
com o encerramento aleatório que era tão criticado,e por muitos considerados injusto, agora 
após o final do tempo normal de lances e do iminente, a proposta do licitante que ofertou o 
melhor lance e mais outros proponentes que ofertaram lances de no máximo, até 10% (dez por 
cento) superiores a sua proposta e no máximo de três, vão formando assim o grupo de licitantes 
que terá oportunidade de oferecer uma proposta final fechada dentro do prazo de 5 (cinco) 
minutos, que será sigilosa até o término desse período. 
Aqui se evita assim mais uma vez a combinação ou fraude, já que terão direito um 
lance/proposta final, e com o fim da argumentação dos participantes do antigo sistema, no qual 
afirmavam que poderiam reduzir e vencer, mas o tempo aleatório os impediu, agora assim o 
lance que será dado não vai se basear no último lance do outro, já que seu lance ser, como 
prevê a lei terá sigilo. 
Temos ainda que se no critério de 10% não tem número mínimo de três participantes 
é convocado os subsequente pela ordem de classificação, até completar o número exigido, 
também está previsto que se durante esta etapa não for dado lance final e fechado, haverá o 
reinicio da etapa fechada para que os demais participantes possam ofertar lance, sempre no 
máximo três, o que pode ocorrer também na hipótese de que os licitantes classificados sejam 
inabilitados, poderá o pregoeiro reaver início desta etapa. 
 
 
 
 
26 
 
De acordo com o decreto nº 10.024/2019, o prazo para apresentar a impugnação ao 
edital é de até 3 dias úteis antes da data fixada para abertura de sessão pública. A nova regra 
agora define o prazo fixo de 02 (dois) dias úteis, para responder uma impugnação, contado da 
data de recebimento da impugnação, anteriormente o prazo era vinte e quatro horas. 
 
1.6 Tipos de licitação 
É o critério básico de julgamento das propostas que deverá ser sempre objetivo. A 
única modalidade que foge ao princípio do julgamento objetivo das propostas é o concurso. 
É vedada a utilização de outros tipos de licitação além dos indicados na lei, que 
são: 
1.6.1 Menor preço 
É quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração 
determinar que será vencedor o licitante que ofertar o menor preço. É utilizado quando o 
produto pretendido pela Administração não tiver nenhuma característica especial. 
O pregão utiliza, obrigatoriamente, apenas esse tipo de licitação. 
1.6.2 Maior lance ou oferta 
Nesse tipo de licitação, o vencedor é quem apresenta o maior lance que deve ser 
igual ou superior ao valor da avaliação feita pelo ente público. 
Esse tipo de licitação é utilizado para alienação de bens ou concessão de direito real 
de uso. 
O leilão usa, obrigatoriamente, esse tipo de licitação. 
 
 
27 
 
1.6.3 Melhor técnica 
Neste tipo de licitação, os licitantes deverão apresentar, na sessão pública, 3 
envelopes: um contento a proposta de preço, outro com a documentação de habilitação e outro 
com a proposta técnica para execução. Após a classificação das propostas técnicas, na qual são 
atribuídas notas, serão abertos os envelopes de preços. 
Depois, será feita uma negociação direta de preços com o proponente que obtive a 
melhor técnica (melhor nota), tendo como referência o menor valor apresentado. 
No caso de impasse, procedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com os 
demais proponentes pela ordem de classificação. 
Além disso, o edital fixará o preço máximo que a Administração se propõe a pagar. 
1.6.4 Técnica e preço 
Os licitantes deverão apresentar, na sessão pública, 3 envelopes: um contento a 
proposta de preço, outro com a documentação de habilitação e outro com a proposta técnica 
para execução. Após a classificação das propostas técnicas, na qual são atribuídas notas, serão 
abertos os envelopes de preços. 
Neste tipo, não há negociação direta de preços. O edital fixa critérios objetivos de 
atribuição de notas a cada proposta de preços. Atribuídas as notas para os preços, será, então, 
obtida uma média (fórmula previamente definida em edital) das notas de técnica e das notas 
de preço, sendo vencedor o de melhor média. 
 
 
 
28 
 
Os tipos melhor técnica e melhor técnica e preço são utilizados exclusivamente para 
serviços de natureza predominantemente intelectual. A lei autoriza a utilização desses tipos, 
de forma excepcional, para contratações relativas a fornecimento de bens e execução de obras 
ou serviços, desde que exista autorização expressa e justificada da autoridade e o objeto seja 
de grande vulto e dependente de tecnóloga sofisticada. 
Além disso, são utilizados para contratação de bens e serviços de informática. Porém, 
para bens e serviços de informática considerados comuns usa-se o pregão. 
1.7 Critérios de desempate 
Quando em igualdade de condições, há empate na licitação, a lei prevê critérios de 
desempate, para que seja assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:6 
1) Produzidos no país; 
2) Produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 
3) Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no 
desenvolvimento de tecnologia do país; 
4) Produzidos ou prestados por empresas que comprovem o cumprimento de 
reserva de cargo prevista e lei para deficientes ou para reabilitados da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade. 
 
A lei, ainda, menciona que se nenhum dos critérios de desempate acima elencados 
alcançar o propósito, deve ser feito o desempate por meio de sorteio. 
Frise-se que os critérios de desempate são sucessivos e não alternativos. 
É importante frisar que, como já mencionado anteriormente, a LC 123/06 prevê 
tratamento diferenciado para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. 
 
6 Vide questão 10 
 
 
29 
 
A Lei Complementar dispõe que em igualdade de condições, caso a ME ou a EPP 
apresente uma proposta igual ou até 10% superior à proposta vencedora, considera-se ter 
havido empate na licitação. 
Neste caso, antes de fazer a análise dos critérios de desempate, a ME ou a EPP poderá 
reduzir o valor de sua proposta e vencer a licitação. 
No entanto, nas licitações de modalidade pregão, o benefício concedido às ME e às 
EPP limita-se ao percentual de 5%, ou seja, será considerado empatada as propostas igual ou 
até 5% superiores à vencedora. 
1.8 Fases da licitação 
É aplicável às modalidades ditas comuns, ou seja, concorrência, tomada de preços e 
convite. 
1.8.1 Fase interna 
Ocorre dentro do órgão ou entidade e vai até a elaboração do edital ou carta-convite. 
 
O procedimento da licitação se inicia com a abertura do processo administrativo, o 
qual deve conter a autorização respectiva, a indicação do objeto dos recursos orçamentários. 
Na fase interna, o órgão ou a entidade adotará as medidas preparatórias exigidas por 
lei, como por exemplo: orçamento detalhado em planilhas com todos os custos, elaborar edital, 
realizar audiência pública para licitações de imenso vulto e designar comissões. 
 
ABERTURA ORÇAMENTO
ELABORAÇÃO 
DO EDITAL
DESIGNAÇÃO 
DA COMISSÃO
 
 
30 
 
 
Valores iguais a 100 vezes o valor da concorrência para obras e serviços de 
engenharia (R$ 330 milhões) são consideradas licitações de imenso vulto. 
Já as audiências de grande vulto são as que possuem 25 vezes o valor da 
concorrência para obras e serviços de engenharia (R$ 82,5 milhões). 
 
Não há necessidade de os recursos que serão gastos com a contratação já estarem 
de pronto liberados ou empenhados. É suficiente a existência de previsão de créditos na Lei 
Orçamentária. 
1.8.2 Fase externa 
 
 
É necessário ressaltar que essas fases podem ser inverter, conforme a modalidade de 
licitação a ser adotada, como ocorre no pregão, na concorrência – nos casos de concessão de 
serviços públicos- e também pode ocorrer a supressão de alguma das fases, como ocorre no 
convite. 
Analisaremos a seguir as etapas da fase externa. 
 Publicidade:A divulgação do instrumento convocatório é o início da fase externa. 
PUBLICAÇÃO 
DO EDITAL
ABERTURA DOS 
ENVELOPES
HABILITAÇÃO JULGAMENTO
HOMOLOGAÇ
ÃO
ADJUDICAÇÃ
O
 
 
31 
 
A publicação deve ocorrer, no mínimo, uma vez no Diário Oficial da União, se a 
licitação for feita pela Administração Federal ou com recursos federais, ou no Diário Oficial do 
Estado, quando a licitação for feita pela Administração Estadual ou Municipal e em jornal de 
grande circulação. 
No caso da carta-convite não há necessidade de publicação, pois, conforma já 
apontado, ela prescinde de publicação. Mas não prescinde de publicidade, eis que deve ser 
afixada em local visível. 
Em verdade, publica-se um aviso contendo o resumo do edital. Esse aviso conterá a 
indicação do local em que os interessados poderão ler e obter o texto integral do edital. 
A lei impõe um intervalo mínimo de observância obrigatória entre e a publicação do 
instrumento convocatório e a data da abertura dos envelopes de documentação e de propostas: 
1) Concorrência: a) prazo mínimo de 45 dias para licitação do tipo melhor 
técnica e melhor técnica e preço ou quando for regime de empreitada integral; 
e b) prazo mínimo de 30 dias nos demais casos; 
2) Tomada de preços: a) prazo mínimo de 30 dias nas licitações do tipo melhor 
técnica e melhor técnica e preço; e b) prazo mínimo de 15 dias nos demais 
casos; 
3) Convite: prazo mínimo de 5 dias úteis; 
4) Leilão: prazo mínimo de 15 dias 
5) Pregão: prazo mínimo de 8 dias úteis. 
 
 
 
 
 
32 
 
Se o valor estimado para a licitação ou para o conjunto de licitações simultâneas ou 
sucessivas for superior a 100x o valor da concorrência para obras e serviços de engenharia, 
a Administração deverá, obrigatoriamente, realizar uma audiência pública, com 
antecedência mínima de 15 dias úteis da publicação do edital. Essa audiência deve ser 
divulgada, no mínimo, 10 dias úteis antes da sua realização. 
 
 
 
 Recebimento e Julgamento das propostas: 
O processamento das propostas se inicia com a habilitação. Nessa fase a 
Administração verifica se o licitante preenche ou não os requisitos necessários previstos no 
edital. Para a habilitação exigir-se-á, exclusivamente, documentação relativa à: 
1) Habilitação jurídica; 
2) Regularidade fiscal e trabalhista; 
3) Qualificação Técnica: são vedadas exigências de quantidades mínimas ou 
prazos máximos, assim como a exigência de comprovação de atividade ou de 
aptidão com limitações de tempo ou época ou anda em locais específicos; 
4) Qualificação econômico-financeira: serve para verificar a boa situação 
financeira da empresa. Poderá ser exigida: demonstrações contábeis, certidão 
negativa de falência ou concordata, exigência de garantia de até 1% do valor 
estimado para contratação (garantia de proposta), exigência de capital mínimo 
ou patrimônio líquido mínio no valor de até 10% da estimativa contratual. São 
• 10 dias úteis antes 
da data fixada 
para realização da 
audiência 
DIVULGAÇÃO 
DA AUDIÊNCIA
• 15 dias úteis 
antes da 
publicação do 
edital
DATA DA 
AUDIÊNCIA
PUBLICAÇÃO 
DO EDITAL
 
 
33 
 
vedadas: as exigências de valores mínios de faturamento anterior, índices 
de rentabilidade ou lucratividade, bem como a exigência de índices e 
valores não usualmente adotados; 
5) Cumprimento do artigo 7º, XXXIII da CRFB/88: esse artigo proíbe o trabalho 
noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a 
menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14. 
 
Essa documentação poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, 
leilão e fornecimento de bens para pronta entrega. 
 
Nas concorrências, é possível uma fase de pré-qualificação, que se restingue ao 
aspecto técnico, sempre que objeto da licitação recomende análise mais detalhada da 
qualificação técnica. Não se confunde com a habilitação, eis que essa ainda assim será realizada. 
Após a habilitação, proceder-se-á a abertura dos envelopes com as propostas de 
preço. Os licitantes inabilitados não poderão participar das etapas subsequentes – o envelope 
de preço dos licitantes inabilitados será devolvido lacrado. 
Aberta as propostas não cabe mais desclassificação por motivos relacionamos à 
habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento. 
No julgamento das propostas, a comissão as classificará ou desclassificará levado em 
consideração os critérios objetivos definidos no edital, em conformidade com o tipo de licitação. 
Não será admitida proposta de preço baseada nas ofertas dos demais licitantes nem 
propostas com preços simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços de 
 
 
34 
 
mercado, exceto quando se referiram a materiais e instalações de propriedade do próprio 
licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou a totalidade da remuneração. 
Serão desclassificadas as propostas com valor global superior ao limite estabelecido 
ou com preços manifestamente inexequíveis. 
Nas licitações do tipo menor preço, para obras e serviços de engenharia, serão 
consideradas propostas manifestamente inexequíveis as que apresentem preços inferiores a 70% 
dos seguintes valores: a) média aritmética dos valores das propostas superiores a 50% do valor 
orçado pela Administração; ou b) valor orçado pela administração. 
 
 
Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas – 
licitação fracassada -, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 8 dias úteis para 
apresentação de nova documentação ou novas propostas, facultada, no caso de convite a 
redução para 3 dias úteis. 
 Homologação: 
Encerrada a participação da comissão - ocorre após ela proceder ao julgamento das 
propostas –, o processo licitatório será submetido para a autoridade competente. 
A homologação consiste no reconhecimento da perfeição e licitude de todo o 
procedimento, configurando um ato típico de controle. 
 Adjudicação: 
 
 
35 
 
É o ato pelo qual a autoridade competente “entrega” o objeto da licitação ao 
vencedor. É ato final do procedimento licitatório e gera apenas expectativa do direito de 
contratação. 
Ressalte-se que a assinatura do contrato não faz parte da licitação, sendo apenas uma 
consequência dela. 
 
1.9 Instrumento convocatório 
O instrumento convocatório na maioria das modalidades de licitação é o edital. No 
convite, será a carta-convite. 
O edital deve conter algumas informações obrigatórias, conforme o artigo 40 da Lei 
nº 8.666/93. Além disso, a minuta do contrato deve constituir anexo do edital. 
Importa ressaltar que as minutas dos editais, dos contratos, dos acordos, dos 
convênios ou de qualquer ajuste realizado pela Administração devem ser previamente 
examinadas e aprovadas por assessoria jurídica da própria Administração. 
Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação até 5 (cinco) dias 
úteis antes da data fixada para abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração 
Pública julgar em até 3 (três) dias úteis. 
Já o prazo de impugnação pelo licitante é de até 2 (dois) dias úteis antes da abertura 
dos envelopes, sob pena de decadência do direito. Esclarece-se que essa impugnação não 
impede o licitante de participar da licitação até a decisão final. 
Além da impugnação do edital, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou 
jurídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de 
controle interno contra irregularidades existentes. 
 
 
 
36 
 
1.10 Comissão de licitação 
A função da comissão é a de receber, examinar e julgar todos os documentos e 
procedimentos relativos à licitação e ao cadastramento de licitantes. 
Pode ser: (i) permanente: para o julgamento de todas as licitações do órgão/entidade; 
ou (ii) especial: designada para cada licitação específica. 
 
 
A investidura dosmembros da comissão permanente não excederá 1 ano, vedada a 
recondução da totalidade de seus membros para a mesma comissão no período subsequente. 
 
As comissões, via de regra, são compostas de 3 (três) membro, sendo pelo menos 
dois deles servidores qualificados pertencentes ao quanto permanente do órgão. Exceto: a) 
convite: em pequenas unidades onde há exiguidade de pessoal a comissão pode ser substituída 
por apenas 1 servidor; e b) Pregão: não há comissão. É conduzido por um pregoeiro, auxiliado 
por uma equipe de apoio. 
Os membros responderão solidariamente por todos os atos praticados pela 
comissão, salvo se registrar em ata a sua divergência, devidamente, fundamentada. Hipótese 
em que ficará afastada a sua responsabilidade solidária pelo ato. 
 
 
 
37 
 
1.11 Contratação direta 
Apesar de ser regra para as contratações públicas, a lei admite que em alguns casos, 
essas contratações ocorram sem o procedimento prévio de licitação, ocorrendo uma contratação 
direta. As hipóteses de contratação direta são duas: inexigibilidade e dispensa. 
A inexigibilidade de licitação ocorre quando há uma inviabilidade de competição, ou 
seja, resta impossível licitar7. Alguns casos estão exemplificados, ou seja, não se trata de um 
rol taxativo, no artigo 25 na Lei nº 8.666/93. 
O mencionado artigo define que se considera inviável a competição em casos de 
aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, 
empresa ou representante comercial exclusivo, não sendo admitida a escolha de marca pela 
Administração Pública, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado 
fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra 
ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades 
equivalentes. 
Também não se considera viável competir para a contratação de serviços técnicos 
especializados enumerados no art. 13 da própria Lei 8.666/93, de natureza singular, com 
profissionais ou empresas de notória especialização e para contratação de profissional de 
qualquer setor artístico, seja a contratação feita diretamente ou através de empresário exclusivo, 
desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
É vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de divulgação e serviços de publicidade. 
 
7 Vide questão 1 
 
 
38 
 
 
As hipóteses de dispensa de licitação estampadas nos artigos da Lei 8.666/1993 são 
taxativas ou exaustivas. Na dispensa de licitação há viabilidade de competição, mas a lei 
dispensa ou autoriza a dispensa do certame.8 
 Ainda assim, costuma- se estabelecer hipóteses em que a licitação é: (i) dispensável 
(art. 24): o administrador poderá licitar, sendo um ato discricionário; e (ii) dispensada (art. 17): 
o administrador não poderá licitar, sendo ato vinculado. 
 
 
É de extrema importância a leitura atenta dos artigos 17 e 24 da Lei nº 8.666/93 
 
Nos casos em que caiba a contratação direta, a Administração, deve, 
obrigatoriamente, realizar um processo administrativo para justificar a dispensa, bem como a 
razão da escolha do fornecedor e o preço contratado. 
 
1.12 Alienação de bens 
A inalienabilidade é, via de regra, a característica básica de bens públicos. Porém, tal 
regra se aplica aos bens de uso especial e os de uso comum que são os bens afetados, ou seja, 
possuem uma destinação pública. 
 
8 Vide questão 5 
 
 
39 
 
 Se os bens públicos forem desafetados, eles passam a ser alienáveis, desde que 
cumpram determinados requisitos. Sendo assim, os artigos 17 a 19 da lei 8666/93 estabelecem 
os requisitos para alienação de bens públicos desafetados, ou seja, desvinculados de qualquer 
utilização de interesse público. 
Para alienação de bens imóveis deverá haver: 
1) Interesse público justificado; 
2) Avaliação prévia; 
3) Licitação; 
4) Autorização legislativa. 
 
Já para a alienação de bens móveis:9 
 
1) Interesse público justificado; 
2) Avaliação prévia; e 
3) Licitação. 
 
A modalidade utilizada para alienação de bens móveis, em regra, é o leilão. Porém, 
se o valor for superior a R$ 1,43 milhões deverá ser utilizada a concorrência. Para a alienação 
de bens imóveis, a regra é a concorrência. Mas, se o bem tiver sido adquirido em razão de 
procedimento judicial ou dação em pagamento pode-se, também, usar o leilão. 
 
1.13 Parcelamento de obras, serviços e compras 
As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração deverão ser parceladas 
em várias licitações sempre que tal parcelamento se mostrar mais vantajoso. 
A modalidade a ser adotada em cada uma das parcelas deve ser aquela que seria 
utilizada caso houvesse uma contratação única. 
 
9 Vide questão 8 
 
 
40 
 
Frise-se que o fracionamento do objeto com vistas a utilizar modalidade de licitação 
mais simples do que se o objeto fosse licitado em sua totalidade é vedado. 
 
1.14 Recursos administrativos 
Podem ser impetrados contra os atos da licitação e do contrato: (i) recurso em 
sentido estrito; (ii) representação; e (iii) pedido de reconsideração. 
O recurso em sentido estrito é cabível no prazo de 5 dias úteis - ou 2 dias úteis no 
caso de convite. Os recursos relativos à habilitação ou inabilitação e ao julgamento das 
propostas possuem necessariamente efeito suspensivo e será dirigido a autoridade superior 
por intermédio da autoridade que praticou o ato. Esta poderá reconsiderar a decisão, antes de 
encaminhar para a autoridade superior, no prazo de 5 dias úteis. Caso não haja reconsideração 
da decisão terá esse mesmo prazo para encaminhar o recurso. E a autoridade superior terá o 
mesmo prazo para decidir. 
A representação é possível quando não couber recurso hierárquico tendo prazo de 
5 dias úteis ou 2 dias úteis em caso de convite. 
Já o pedido de reconsideração é cabível no prazo de 10 dias úteis – inclusive para 
o convite - para o contratado se defender da punição de declaração de idoneidade para licitar 
ou contratar com a Administração. A autoridade competente para apreciar o pedido de 
reconsideração é a mesma que aplicou a sanção: Ministro de Estado, Secretário Estadual ou 
Municipal. 
 
1.15 Revogação e Anulação 
A revogação é feita pela própria Administração baseada em juízo de conveniência e 
oportunidade. Na licitação, somente pode ocorrer em duas hipóteses: 
 
 
41 
 
1) Por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente 
comprovado; 
2) Quando o adjudicatário convocado não assinar o termo de contrato ou não 
aceitar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidas. 
A anulação ocorre por motivo de ilegalidade, podendo ser feita de ofício ou por 
provocação, mediante parecer escrito fundamentado. Também pode ser decretada pelo 
Judiciário, quando provocado. Pode ocorrer, inclusive, durante a execução contratual, caso em 
que induz também a anulação do contrato. 
Frise-se que a revogação não pode ocorrer após a assinatura do contrato, apenas 
a anulação. 
Ademais, a anulação pode ser total ou parcial. A parcial, contudo, implica nulidade 
de todas as etapas posteriores que sejam dependentes ou consequentes do ato anulado. 
Diversamente, a revogação deve ser sempre total. 
Em regra, nas duas ficam assegurados o contraditório e a ampla defesa. Todavia, a 
jurisprudência dos Tribunais Superiores tem sido no sentido de que a revogação nem sempre o 
contraditório se faz necessário, ou seja, se realizada antes da homologação e da adjudicação 
não enseja o contraditório e nem a ampla defesa. 
A anulação não gera para a Administração a obrigação de indenizar, exceto pelo 
que a empresa contratada já tiver executado – quando ocorre após a contratação – e por outros 
prejuízosregularmente comprovados, desde que a anulação não tenha ocorrido por culpa da 
empresa. 
 
 
 
42 
 
1.16 Licitação para Registro de Preços 
Há situações em que a Administração Pública licita apenas para registrar os preços, 
para o caso de eventual contratação posterior, quando um bem ou serviço é adquirido com 
frequência. 
É a chama licitação para registro de preços. Tal instituto é previsto no art. 15 da Lei 
nº 8.666/93 e foi regulamentado pelo Decreto 7.892/13, alterado pelo Decreto 8.250/14. 
Os licitantes apresentam o valor unitário dos produtos, uma vez que não há 
quantitativo exato a ser adquirido pelo Estado. Porém, a Administração Pública deve informar 
a quantidade máxima que poderá adquirir por meio da ata decorrente do certame. 
Os preços obtidos na licitação são registrados em uma ata de registro de preços. 
Esta ata, decorrente do registro, terá validade de 1 ano. Durante esse prazo, a proposta fica à 
disposição da Administração Pública, que poderá adquirir o bem selecionado quantas vezes 
precisar, desde que não ultrapasse o quantitativo máximo informado. 
Após o prazo de 1 ano, a ata perde a validade e a Administração deve realizar um 
novo procedimento licitatório caso queira adquirir o produto. 
Cumpre esclarecer que essa licitação não obriga a Administração a contratar com 
o vencedor. 
 
1.17 Licitação “Carona” 
 
Conforme dito anteriormente, durante o período de vigência da ata de registro de 
preços, a proposta selecionada fica à disposição da Administração Pública. 
Acontece que, em algumas situações, um órgão ou entidade pública que não 
participou da licitação de registro de preços pode querer contratar com o licitante vencedor, 
 
 
43 
 
em uma espécie de adesão à ata de registro de preços, mediante anuência do órgão 
gerenciador que poderá aceitar ou não. É a chamada licitação "carona". 
Além da anuência do órgão gerenciador, o fornecedor deverá optar pela realização 
da contratação ou não, ou seja, o fornecedor não está obrigado a celebrar o contrato com o 
licitante carona. 
É importante destacar que, conforme disposição do decreto, a soma das aquisições 
efetivadas pelos licitantes que estão aderindo à ata de registro de preços poderá ultrapassar o 
quantitativo da ata, porém, não podem ultrapassar o quíntuplo da quantidade total da 
licitação. 
Além disso, é vedada aos órgãos e entidades da Administração Pública federal a 
adesão à ata de registro de preços de órgão/entidade municipal, distrital ou estadual, mas os 
órgãos/entidades municipais, distritais ou estaduais podem aderir à ata de registro de preços 
da Administração Pública Federal. 
 
1.18 Contratações para enfrentamento da calamidade 
pública decorrente do COVID-19 
 
 Emenda Constitucional nº 106/2020: 
No dia 08 de maio de 2020 foi publicada a EC 106/20. A mencionada emenda instituiu 
o regime extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para enfrentamento da calamidade 
pública nacional decorrente de pandemia. 
Aqui vamos nos ater apenas ao aspecto das contratações, que é o que interessa 
para o Direito Administrativo. 
Porém, antes de adentrarmos na EC 106, é necessário pontuar duas 
peculiaridades: 
 
 
44 
 
 A EC 106/20 é uma Emenda constitucional avulsa, ou seja, é uma emenda 
constitucional que não modifica o texto da CRFB/88. Explica-se: a EC 106/2020 é uma norma 
constitucional não prevista no texto da Constituição Federal de 1988, apenas integra o bloco de 
constitucionalidade. No conceito de bloco de constitucionalidade inserem-se normas que não 
estão necessariamente expressas no texto constitucional. Trata-se de um conceito que permite 
ao intérprete ampliar o conceito de normas constitucionais para além daquelas previstas 
expressamente na Constituição, não se restringindo mais àquelas prescritas no ordenamento 
jurídico 
 A EC 106/2020 tem vigência temporária. O art. 11 da emenda prevê 
expressamente que a EC 106/2020 “ficará automaticamente revogada na data do encerramento 
do estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional.” Ressalta-se que a 
situação de calamidade pública em razão da pandemia causada pelo coronavírus 
reconhecida pelo Congresso Nacional (Decreto Legislativo 06/2020) está prevista para durar 
até 31/12/2020. 
Após essas considerações importantes, vamos especificar o que foi instituído pela EC 
106 para as Contratações para enfrentamento da calamidade pública decorrente do COVID-19. 
Durante a vigência do estado de calamidade pública nacional reconhecido pelo 
Congresso Nacional em razão da pandemia do novo coronavírus, a União adotará regime 
extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades dele decorrentes. 
Esse regime extraordinário somente deverá ser adotado naquilo em que, em 
virtude da urgência, não for possível ser cumprido com o regime regular. 
Pelo texto da EC, o Poder Executivo federal, no âmbito de suas competências, fica 
autorizado a adotar processos simplificados para a: 
• contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial e 
• contratação de obras, serviços e compras. 
 Nas hipóteses de distribuição de equipamentos e insumos de saúde imprescindíveis 
ao enfrentamento da calamidade, a União adotará critérios objetivos, devidamente publicados, 
para a respectiva destinação a Estados e a Municípios. 
 
 
 
45 
 
 
Esses processos simplificados somente poderão ser realizados com propósito exclusivo de 
enfrentamento do contexto da calamidade e de seus efeitos sociais e econômicos, no seu 
período de duração. 
 
 Trata-se, portanto, de uma exceção constitucional temporária da regra da licitação e 
do concurso público. Vale ressaltar, no entanto, que esse processo simplificado de contratação 
deve assegurar, quando possível, competição e igualdade de condições a todos os 
concorrentes. 
A EC ainda aduz que durante o regime extraordinário, as proposições legislativas e 
os atos do Poder Executivo que tenham o propósito exclusivo de enfrentar a calamidade e suas 
consequências sociais e econômicas ficam dispensados da observância das limitações 
governamentais legais de gerar aumento de despesa ou conceder incentivos ou benefícios 
tributários/renúncia de receita, desde que isso não implique em despesas permanentes. 
Por fim, aponta-se que o § 3º do art. 195 da CRFB/88 prevê que a pessoa jurídica que 
estiver em débito com a Previdência Social fica impedida de celebrar contratos com o Poder 
Público e consequentemente impedida de licitar. Mas a EC 106/2020 trouxe uma exceção 
temporária para essa exigência e permitiu que, durante o período de calamidade decorrente 
da COVID-19, as pessoas jurídicas com débitos na previdência possam celebrar contratos com 
o poder público ou receber benefícios e incentivos ao mencionar expressamente que: “durante 
a vigência da calamidade pública nacional de que trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, 
não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 da Constituição Federal.” 
 
 Lei 13.979/20: 
 
 
46 
 
A Lei nº 13.979, de 06 de fevereiro de 2020, em seu art. 4º dispôs sobre a dispensa 
de licitações para aquisição de bens, serviços, inclusive de engenharia, destinados ao 
enfretamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do 
coronavírus até mesmo daquelas empresas que estão com a inidoneidade declarada. 
A dispensa de licitação a que se refere o caput do artigo 4º é temporária e aplica-se 
apenas enquanto perdurar a emergência de saúde pública de importância internacional 
decorrente do coronavírus. 
Importa mencionar que a Medida Provisória nº 961, incluiu dispositivos na Lei 
13.979/20, e dentre outras inovações, autorizou o pagamento antecipado dos contratos 
administrativos sem apresentação de garantias, desde que represente condição essencial para 
assegurar a prestação do serviço ou propicie uma economia dos recursos significativa. 
Além disso, permitiu o uso do RegimeDiferenciado de Contratações Públicas para 
quaisquer obras, serviços, compras, alienações e locações, deixando ao largo as determinações 
da Lei nº 8.666. 
 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/853088824/lei-13979-20
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/264319683/artigo-4-da-lei-n-13979-de-06-de-fevereiro-de-2020
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/841681329/medida-provisoria-961-20
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1027021/lei-de-licita%C3%A7%C3%B5es-lei-8666-93
 
 
47 
 
 
 
 QUADRO SINÓTICO 
LICITAÇÃO 
É uma série de atos, ou seja, um procedimento, que antecede a celebração do contrato 
administrativo. 
Quem deve licitar 
Além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, 
as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia 
mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Competência para 
legislar 
A competência é privativa da União. Porém, a União se restringe a editar 
normais gerais, sendo possível que os estados, o DF e os municípios 
legislem sobre questões específicas. 
Finalidades 
Garantir a observância do princípio constitucional da isonomia; 
Seleção da proposta mais vantajosa para a administração; 
Promoção do 
desenvolvimento 
nacional sustentável 
Para garantir o desenvolvimento nacional, a lei 
autoriza o estabelecimento de margem de 
preferência para produtos manufaturados e 
para serviços nacionais que atendam a 
normas técnicas brasileiras. 
PRINCÍPIOS 
 
 
 
48 
 
Princípio da 
Isonomia 
Impõe um tratamento igualitário entre os licitantes no procedimento, não 
se admitindo tratamento que vise beneficiar ou prejudicar qualquer 
participante. 
A isonomia material justifica tratamento diferenciado dispensado a 
microempresas e empresas de pequeno porte pela LC 123/06, bem como 
a possibilidade de criação de preferências para aquisição de produtos 
manufaturados ou serviços nacionais. 
Princípio da 
Competitividade 
A lei veda aos agentes diminuir o caráter competitivo das licitações por 
meio de estabelecimento de regras que o frustrem. 
É vedada a imposição de marcas, salvo para fins de padronização, nos 
casos em que for tecnicamente justificável. 
Princípio 
Vinculação ao 
instrumento 
convocatório 
O edital é a lei interna da licitação que vincula tanto a Administração 
quanto os licitantes. 
Princípio do 
Julgamento 
objetivo 
O edital deve conter critérios objetivos de julgamento, determinando qual 
será o critério utilizado na seleção da proposta vencedora. 
Princípio do sigilo 
das propostas 
O conteúdo das propostas apresentadas pelos licitantes deve ser secreto 
até a data designada para abertura. 
Princípio do 
procedimento 
formal 
O procedimento licitatório deve atender a todas as formalidades previstas 
em lei. 
Princípio da 
Adjudicação 
compulsória 
Impede que a Administração assine o contrato com o segundo colocado 
ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório. 
A Administração Pública não está obrigada a celebrar o contrato 
administrativo, mas caso necessite realizar a contratação, só pode fazê-lo 
com o vencedor da licitação. 
 
 
49 
 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
CONCORRÊNCIA 
Modalidade voltada para licitações de grande valor, em que se admite a 
participação de quaisquer interessados, cadastrados ou não, que na fase 
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos 
de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto. 
Em razão do valor 
Obras e serviços de 
engenharia 
Acima de R$ 
3.300.000,00 
Aquisição de bens e serviços 
Acima de R$ 
1.430.000,00 
Em razão do objeto 
Compra ou alienação de bens 
imóveis 
Se o imóvel 
for oriundo 
de processo 
judicial ou 
dação em 
pagamento, 
cabe também 
leilão 
Concessão de direito real de uso 
Concessão de serviços públicos 
Contratos de PPP 
Licitações internacionais 
Registro de preços 
Empreitada Integral 
TOMADA DE 
PREÇOS 
Modalidade realizada entre os interessados previamente cadastrados ou 
que atenderem as condições exigidas para o cadastramento até o 3º dia 
anterior à data marcada para o recebimento das propostas. 
 
 
50 
 
Em razão do valor 
Obras e serviços de 
engenharia 
Até de R$ 
3.300.000,00 
Aquisição de bens e 
serviços 
Até de R$ 
1.430.000,00 
CONVITE 
Modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu 
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo 
de 3 pela Administração. 
Em razão do valor 
Obras e serviços de 
engenharia 
Até R$ 
330.000,00 
Aquisição de bens e 
serviços 
Até R$ 
176.000,00 
CONCURSO 
Modalidade para escolha de trabalho técnico, artístico ou cientifico, não 
importando o valor. 
LEILÃO 
Modalidade para alienação de: 
Bens móveis inservíveis (limitados 
até o valor de até R$ 1,43 
milhões); 
Produtos legalmente apreendidos 
ou penhorados; 
Bens imóveis recebidos em 
procedimentos judiciais ou por 
dação em pagamento. 
Sempre é do tipo maior lance ou oferta – que deve ser maior ou igual à 
avaliação prévia 
PREGÃO 
Modalidade que serve para aquisição de bens e serviços comuns, ou seja, 
aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser 
 
 
51 
 
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no 
mercado. 
Sempre no tipo menor preço 
É realizado por meio de propostas e 
lances sucessivos, em sessão pública 
O licitante que oferecer o menor 
preço e os que oferecerem proposta 
até 10% superiores ao menor valor 
poderão fazer lances verbais 
PREGÃO ELETRÔNICO 
Na esfera federal é obrigatório o uso 
do pregão para aquisição de bens e 
serviços comuns, sendo 
preferencialmente o uso do pregão 
eletrônico. 
Os licitantes apresentam as 
propostas e disputam os lances à 
distância, por meio de sistema que 
promova a comunicação pela 
internet. O edital será divulgado no 
endereço eletrônico. 
TIPOS DE LICITAÇÃO 
MENOR PREÇO 
É quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração determinar que será vencedor o licitante que ofertar 
o menor preço. 
MAIOR LANCE OU 
OFERTA 
O vencedor é quem apresenta o maior lance que deve ser igual ou 
superior ao valor da avaliação feita pelo ente público. 
MELHOR TÉCNICA 
Os licitantes deverão apresentar, na sessão pública, 3 envelopes: um 
contento a proposta de preço, outro com a documentação de 
habilitação e outro com a proposta técnica para execução. Após a 
classificação das propostas técnicas, na qual são atribuídas notas, 
serão abertos os envelopes de preços. 
 
 
52 
 
MELHOR TÉCNICA E 
PREÇO 
O edital fixa critérios objetivos de atribuição de notas a cada 
proposta de preços. Atribuídas as notas para os preços, será, então, 
obtida uma média (fórmula previamente definida em edital) das 
notas de técnica e das notas de preço, sendo vencedor o de melhor 
média. 
CRITÉRIOS DE DESEMPATE 
A lei prevê critérios de 
desempate, para que seja 
assegurada preferência, 
sucessivamente, aos 
bens e serviços: 
Produzidos no país; 
Produzidos ou prestados por empresas brasileiras; 
Produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa 
e no desenvolvimento de tecnologia do país 
Produzidos ou prestados por empresas que comprovem o 
cumprimento de reserva de cargo prevista e lei para deficientes 
ou para reabilitados da Previdência Social e que atendam às 
regras de acessibilidade. 
Se nenhum dos critérios de desempate acima elencados alcançar o propósito, deve ser feito o 
desempate por meio de sorteio. 
MICROEMPRESAS E 
EMPRESAS DE PEQUENO 
PORTE 
A LC 123/06 dispõe que em igualdade 
de condições, caso a ME ou a EPP 
apresente uma proposta igual ou até 
10% superior à proposta vencedora, 
considera-se ter havido empate na 
licitação. 
Na modalidade 
pregão, o benefício 
concedido às ME e às 
EPP limita-se ao 
percentual

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