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ED RADIACOES ELETROMAGNETICAS

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ED RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS 
 
1) Conceitue energia. 
2) As radiações permitem a propagação de energia à distância, 
podendo transportá-la de duas formas distintas. Que formas são 
essas? 
3) Qual é a origem das radiações particuladas? Dê exemplos de 
alguns tipos de radiações particuladas e cite as suas principais 
características como carga elétrica e massa aproximada. 
4) Em relação às radiações eletromagnéticas, as mesmas são 
caracterizadas basicamente por dois parâmetros: frequência (f) e 
comprimento de onda (λ). Como as radiações eletromagnéticas 
transportam energia (E), uma vez que são constituídas por um 
feixe de fótons, escreva abaixo a equação matemática que 
permite calcular a energia dos fótons de uma radiação 
eletromagnética com determinado comprimento de onda. 
5) Calcule a energia dos fótons (em eV) de uma radiação com λ = 300 
nm, utilizando a versão simplificada da equação matemática 
acima. 
 
Texto para reflexão: 
As radiações eletromagnéticas podem ser diferenciadas pela 
energia fotônica, sendo os efeitos biológicos distintos para cada 
faixa de comprimentos de onda. 
Isso quer dizer que cada tipo de radiação produzirá sobre a 
matéria um efeito diferente que está diretamente relacionado 
com a quantidade de energia dos fótons de cada radiação. 
 
Os efeitos físicos, químicos ou biológicos provocados pela interação 
de um feixe de radiações com a matéria dependem da energia 
absorvida, isto é: “somente a luz absorvida é capaz de produzir uma 
modificação química” (Lei de Grothus e Draper). 
Isso quer dizer que a radiação só vai causar algum efeito (físico, 
químico ou biológico) sobre a matéria, se os átomos que 
constituem a matéria em questão forem capazes de absorver a 
energia proveniente daquela radiação. 
 
Em uma interação, a radiação cede a uma molécula a quantidade 
de energia Q. Esta energia pode ser suficiente para arrancar um 
elétron orbital e comunicar-lhe energia cinética, isto é, provocar a 
ionização; em outros casos, ela pode ser insuficiente para 
promover a ejeção do elétron, mas consegue transportá-lo para 
um nível energético superior (órbita mais externa), acarretando a 
excitação ou ativação. Existem ainda situações nas quais as 
transferências de energia são bastante reduzidas, não podendo 
modificar a configuração eletrônica, mas aumentando a 
velocidade de translação, de rotação ou de vibração de moléculas. 
 
Então, como saber se uma radiação tem energia suficiente para 
arrancar um elétron de um átomo provocando, portanto, a 
ionização do mesmo? 
 
Para tal, é necessário entender o conceito de Primeiro Potencial de 
ionização de um átomo: energia necessária para promover o 
arrancamento do elétron mais fracamente ligado de um átomo. 
Os valores desta energia, para diversos elementos de interesse 
biológico, podem ser vistos na tabela abaixo: 
 
Analisando a tabela de cima e a que está abaixo: 
 
 
É possível concluir que as radiações infravermelhas (IV), visíveis e 
parte das ultravioleta (UV) não possuem energias suficientes para 
promover o arrancamento de elétrons dos elementos químicos 
mais importantes, em termos quantitativos, na matéria viva 
(carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio). Em relação ao UV é 
possível calcular que radiações de comprimento de onda iguais a 
254 nm (as mais emitidas pelas lâmpadas germicidas) possuem 
energia fotônica igual a 4,84 eV e, desta forma, também não 
conseguem promover ionizações nestes elementos. Por esta razão, 
as radiações IV, visível e UV, são consideradas, para fins biológicos, 
como não ionizantes. 
 
6) Do ponto de vista biológico defina radiações ionizantes e não 
ionizantes. 
7) Defina íons. 
 
IONIZAÇÕES 
Tenha em mente! 
Para uma radiação ionizante (QUE AGORA VOCÊ JÁ SABE O QUE É!), 
a quantidade de energia dissipada ao atravessar um material 
depende da natureza química do material e de sua massa 
específica. Isto quer dizer que a absorção de átomos pesados é 
maior que a dos leves (por exemplo, em uma radiografia, onde se 
faz uso dos Raios X, o osso absorve mais radiação que o tecido 
mole, pois contém muito cálcio, que é pesado em relação ao 
carbono, hidrogênio e nitrogênio dos tecidos moles, por isso o osso 
aparece branco). 
É importante ressaltar que a interação das radiações ionizantes com a 
matéria depende dos átomos que a constituem, mas não das estruturas 
moleculares formadas por estes átomos; ou: “a absorção de radiações 
ionizantes pela matéria é um fenômeno atômico e não molecular”. 
Quando falamos de interação das radiações ionizantes (corpusculares ou 
eletromagnéticas) com a matéria, não podemos deixar de falar em 
transferência linear de energia (TLE) que é a grandeza usada para 
descrever esta interação, sendo definida como "a quantidade de energia 
da radiação dissipada por unidade de comprimento da trajetória" e é 
expressa em keV/µm. 
Quando radiações particuladas α, β ou um raio gama penetram num 
pedaço de matéria há transferência de energia (energia cinética) para o 
material através das colisões com os átomos que constituem o material. 
Estas colisões arrancam os elétrons dos átomos do material criando-se 
assim átomos carregados (íons). As radiações particuladas (como as 
partículas α e β) apresentam alta TLE devido principalmente, à sua carga 
elétrica que acarreta a ejeção de elétrons em consequência da interação 
eletrostática. 
As partículas α, com elevada capacidade de ionização, dissipam sua 
energia em percursos muito curtos, percorrendo menos de 10 cm no ar e 
menos de 1 mm nos tecidos biológicos. Após a captura de dois elétrons 
desaparece a sua capacidade de ionização. 
As partículas β possuem energias distribuídas em um espectro contínuo, 
variando desde zero até um valor máximo característico do radionuclídeo 
emissor. Sua capacidade de ionização é reduzida e elas são capazes de 
percorrer alguns metros no ar e 1 a 2 cm nos tecidos biológicos. A 
dissipação de energia ocorre por colisão com elétrons orbitais, que são 
ejetados, ou por frenagem. 
Como as radiações X e gama (γ) não possuem carga elétrica, sua interação 
é através dos campos elétricos e magnéticos. As ionizações provocadas 
por estas radiações de muito baixa TLE são cerca de 100 vezes menores do 
que a causada por partículas β de mesma energia. As radiações 
eletromagnéticas ionizantes (X e γ) transferem energia para os átomos da 
matéria provocando basicamente três efeitos: 
EFEITO FOTOELÉTRICO: o fóton cede toda sua energia, que é utilizada 
para o arrancamento de um elétron do átomo e para conferir energia 
cinética ao elétron ejetado. 
Nota: Normalmente um dos elétrons mais internos é ejetado com alta energia, sendo 
capaz de produzir ionizações secundárias. Com a ejeção do elétron o átomo fica com 
uma vacância de elétron o que acarreta o pulo de um elétron mais externo para 
ocupar o seu lugar, com emissão de radiação eletromagnética característica. 
EFEITO COMPTON: o fóton cede parte de sua energia para o 
arrancamento de um elétron, muda de direção, porém continua existindo 
com energia menor. 
Nota: Normalmente a interação se dá com elétrons das órbitas mais externas e a perda de 
energia das radiações é dependente do ângulo de desvio e, como para o efeito fotoelétrico, o 
elétron Compton ejetado também provoca ionizações secundárias. Este é o principal processo 
de interação das radiações gama com a matéria. 
MATERIALIZAÇÃO: ocorre quando um fóton altamente energético interage com um 
núcleo atômico, transformando-se em um par eletrônico, um elétron e um pósitron. Logo 
após a materialização o pósitron choca-se com um elétron, ocorrendo a aniquilação, com a 
produção de dois fótons com energia de 0,51 MeV cada, equivalente à massa dos dois 
elétrons, ou seja, 0,51 MeV cada um. Portanto, este efeito só é observado para radiações 
acima de 1,02 MeV. 
Se a energia cedida a um elétron for superior à sua energiade ligação, 
ele será ejetado, ficando o átomo ionizado. Neste caso, o elétron pode 
receber qualquer quantidade de energia, desde que superior a um 
determinado valor mínimo. 
OK! MAS E SE A RADIAÇÃO QUE INCIDIR SOBRE A MATÉRIA NÃO POSSUIR 
ENERGIA SUFICIENTE PARA EJETAR O ELÉTRON? SERÁ QUE ESTA 
RADIAÇÃO PODERÁ CAUSAR ALGUM EFEITO? 
INTRODUZINDO A QUESTÃO DAS EXCITAÇÕES ATÔMICAS.... 
Um átomo no estado fundamental se caracteriza por determinada 
configuração eletrônica e por uma quantidade total de energia. A 
interação de uma radiação com este átomo pode provocar a passagem de 
um elétron para um nível energético "mais externo", ficando o átomo com 
uma energia total superior à que tinha anteriormente. Nesta configuração 
o átomo é instável e deve retornar ao estado fundamental, sendo este 
retorno acompanhado de emissão de energia, muitas vezes sob a forma 
de fótons. 
Assim, fótons que possuem energias equivalentes às diferenças entre os 
níveis energéticos de um átomo podem ser por ele absorvidos e os fótons 
que podem ser emitidos possuem energias correspondentes a estas 
diferenças. Logo, "um átomo só pode emitir radiações que também seja 
capaz de absorver" (Lei de Kirchoff). 
A energia da radiação emitida por um átomo ativado depende das órbitas 
entre as quais se processem os saltos eletrônicos; logo, saltos entre 
órbitas mais externas dão origem à luz visível ou ao UV, enquanto que os 
que se processem nas órbitas internas podem conduzir à emissão de raios 
X. 
8) Quais são os processos de obtenção das radiações 
eletromagnéticas? 
9) O que é radiação de frenagem? 
10) Por que a emissão de fótons por pulos eletrônicos em 
orbitais mais externos dá origem à luz visível e UV, e as mais 
internas a raios X? 
EXCITAÇÕES MOLECULARES 
Em moléculas os fenômenos de excitação provocados pela interação 
com a radiação são mais complexos que nos átomos, pois além da 
energia necessária para arrancar elétrons, outra parcela deve ser gasta 
em processos de ativação, uma vez que devemos considerar que os 
átomos que compõem uma molécula apresentam vibração em relação 
às suas posições de equilíbrio. Além disso, há de se considerar também 
a energia de rotação da molécula em torno de seus eixos, assim como a 
energia de agitação térmica ou de translação da molécula. 
Assim: 
A energia total desta molécula, E, compreende: 
a) a energia dos elétrons (Ee); 
b) a energia de oscilação ou de vibração dos átomos em torno de suas 
posições de equilíbrio (Ev); 
c) a energia de rotação da molécula em torno de seus eixos (Er); 
d) a energia de agitação térmica ou de translação da molécula (Et). 
A energia total E será dada por: E = Ee + Ev + Er + Et. 
As ordens de grandeza de Ee, Ev e Er são bastante distintas, 
correspondendo, respectivamente, a alguns eV, décimos de eV e 
centésimos de eV. 
Diversas representações gráficas têm sido adotadas para caracterizar o 
conteúdo energético de uma molécula, uma das mais simples é 
mostrada na figura abaixo: 
Diagrama representativo do processo de ativação molecular. A linha horizontal inferior 
representa o estado fundamental da molécula (So), no qual não há excitação eletrônica, 
mas pode ocorrer aumento das parcelas correspondentes às energias de vibração e de 
rotação; quando um elétron é promovido para um nível energético maior (mais externo) 
caracteriza-se o primeiro estado excitado eletrônico (S1), que também comporta uma 
espécie de estrutura fina de distribuição de energias, dependente das parcelas de 
vibração e rotação; as setas nos retângulos representam os spins (sentido de rotação dos 
elétrons). 
A linha horizontal inferior representa o estado fundamental da 
molécula (So); a absorção de energia pode acarretar o aumento de 
qualquer das quatro parcelas. Se a energia é capaz de "promover" um 
elétron para um nível superior, a molécula passa para um estado 
eletrônico excitado, o primeiro dos quais designado como S1. Mas, 
para cada estado eletrônico, fundamental ou excitado, existe uma 
estrutura fina, simbolizada pelas linhas horizontais mais finas, 
correspondendo a aumentos das energias de vibração e de rotação. 
Nos estados excitados S1, S2, S3, etc, os elétrons, embora promovidos 
a maiores níveis de energia, encontram-se emparelhados, sendo estes 
estados designados como estados singletos. Em certas situações, 
entretanto, ocorre inversão do spin, passando a existir dois elétrons 
não emparelhados; estes são os estados tripletos (T1, T2, T3, etc.) cuja 
duração é bem maior que a dos singletos, podendo chegar a vários 
segundos, minutos ou mesmo horas. Embora a maior parte das 
moléculas tenha, no estado fundamental, a configuração de um 
singleto, algumas, como o oxigênio, apresentam-se em um estado 
tripleto. 
A passagem de uma molécula para níveis superiores de energia (S1, S2, 
S3, etc.) pode dar-se por absorção de um único fóton pela molécula em 
So (So S1, So S2, etc.) ou por absorção bifotônica (So S1 S2, So 
S1 S3, etc.). 
Ok! Os fótons das radiações não ionizantes, ao incidirem sobre as 
moléculas, podem ser absorvidos pelas mesmas dependendo de 
como os átomos estão associados para formar estas moléculas. Ao 
absorver estes fótons, as moléculas ficarão excitadas para sempre? 
DESATIVAÇÕES MOLECULARES 
Formas de desativação 
O excesso de energia adquirido por uma molécula pode ser utilizado 
em reações químicas das quais ela participe ou por meio da sua 
dissociação (fotólise ou radiólise). Mas este excesso pode também ser 
eliminado por outros mecanismos, quais sejam: a) desativação com 
emissão de radiações eletromagnéticas (fluorescência ou 
fosforescência); b) desativação sem emissão de radiação, através de 
choques intermoleculares, transferências de energia ou conversão 
interna. 
Na Figura abaixo podem ser vistas as diferentes formas de desativação, 
em representação esquemática: 
 
Diagrama representativo dos processos de ativação e desativação moleculares. A 
absorção de energia pode levar a molécula ao primeiro estado excitado (S1), ao segundo 
(S2) ou, mais raramente, a estados excitados tripletos (T1, T2, T3), nos quais ocorre 
modificação do sentido de rotação de um elétron, que fica não emparelhado. A 
desativação pode ocorrer por emissão de fótons (fluorescência para o estado singleto e 
fosforescência para o tripleto) ou conversão interna (sem emissão fotônica). O estado S1 
pode gerar o T1 por inversão de spin eletrônico (cruzamento entre sistemas). 
DESATIVAÇÕES COM EMISSÃO DE RADIAÇÃO: FLUORESCÊNCIA X 
FOSFORESCÊNCIA 
A fluorescência pode ser definida como a imediata reemissão da 
energia absorvida por uma molécula. Assim, a molécula A que, ao 
absorver um fóton hf, se ativou, pode retornar ao estado fundamental 
mediante emissão de um fóton, de energia hf', sendo f' menor ou igual 
a f (lembrando que f se refere à frequência da radiação. Menor 
frequência significa fóton de menor energia). 
As principais características da fluorescência são: 
a) a emissão é quase instantânea, cessando logo após a extinção da 
fonte excitante; 
b) o espectro de fluorescência é característico da substância que o 
emite, pois cada radiação deste espectro corresponde a uma diferença 
entre dois níveis energéticos (S1 So) da molécula; logo, a análise do 
espectro de fluorescência pode servir para identificar uma substância; 
c) a intensidade da fluorescência é proporcional à intensidade da 
radiação excitante, propriedade que torna possível o uso de 
fotômetros de fluorescência para dosagens químicas. 
São exemplos de substâncias fluorescentes o tungstato de magnésio e 
o silicato de zinco, utilizados na tinta que recobre internamente as 
lâmpadas fluorescentes. 
11) Como funciona a lâmpada fluorescente? 
 
A fluorescência tem inúmeras aplicações, entre as quais a detecção de 
diversos compostos químicos, a localização de substâncias intracelulares 
(taiscomo hidrocarbonetos cancerígenos), o diagnóstico de doenças, etc. 
A fosforescência pode ser definida como a emissão "retardada" da luz 
após a excitação. Este retardo é característico do sistema em estudo e 
varia de 10-3 s até muitos segundos. Outro aspecto importante é que, para 
uma dada molécula, os comprimentos de onda da emissão por 
fosforescência são maiores que os da fluorescência. Em termos quânticos, 
pode-se dizer que a fosforescência ocorre em consequência de transições 
energéticas "proibidas"(raras); tal tipo de emissão ocorre, por exemplo, na 
passagem do estado tripleto para o singleto fundamental (figura acima). 
Um exemplo de substância fosforescente é o sulfeto de zinco calcinado 
(com traços de sulfeto de cobre) utilizado nos interruptores de corrente 
elétrica fosforescentes. 
Ok! Mas as moléculas só voltam para o estado fundamental emitindo 
radiação? A resposta é NÃO. As moléculas podem se “livrar” do excesso 
de energia de outras formas.... 
DESATIVAÇÕES SEM EMISSÃO DE RADIAÇÃO 
Seja uma molécula ativada A* que, como consequência do movimento 
browniano, se aproxime de outra molécula B; as duas podem se afastar 
bruscamente, com velocidade maior que a de aproximação. Isto 
caracteriza o choque inelástico e representa uma transformação indireta 
de energia radiante em energia cinética. O excesso de energia de uma 
molécula A* pode ser transferido para outra molécula B, que esteja no 
estado fundamental. Este processo se diferencia do choque inelástico, 
pois a energia de ativação passa de uma molécula para outra, em vez de 
se transformar em energia cinética; logo, o local de absorção da energia 
pode não coincidir com o local onde se processam os efeitos biológicos ou 
fotoquímicos. Moléculas ativadas pela absorção de um fóton podem 
transferir seu excesso de energia para uma molécula indispensável ao 
funcionamento da célula e lesá-la; fenômeno que se passa quando a 
acetofenona é ativada e cede seu excesso de energia à timina do ácido 
desoxirribonucleico (DNA), acarretando a produção de lesões. Algumas 
reações bioquímicas podem levar ao aparecimento de moléculas ativadas, 
que posteriormente transferem sua energia para macromoléculas. Isto 
ocorre, por exemplo, quando o aldeído isobutírico é tratado pela 
peroxidase, dando origem ao ácido fórmico e acetona no estado tripleto. 
Esta, ao se desativar, é capaz de produzir quebras em cadeias de DNA, 
alterar a conformação de proteínas e inativar bacteriófagos. A 
possibilidade de obtenção de moléculas ativadas sem a prévia incidência 
de fótons (reações bioenergizadas) constitui a base científica de uma 
verdadeira "fotoquímica no escuro". A conversão interna consiste na 
utilização do excesso da energia da molécula para o aumento da vibração 
atômica e permite a passagem de um estado excitado mais energético que 
tem um tempo de vida muito curto, relaxando rapidamente para o nível 
vibracional mais baixo do S1. Este processo de decaimento entre níveis de 
mesma multiplicidade (S S, T T) é conhecido como conversão interna. 
Outra possibilidade, após a relaxação de um nível excitado mais 
energético para S1 por conversão interna é a ocorrência do cruzamento 
intersistemas que dá origem a elétrons excitados no estado tripleto, com 
os spins não emparelhados. Em algumas moléculas (melanina, por 
exemplo) há possibilidade de um estado muito excitado relaxar até o 
estado fundamental através de cruzamentos intersistemas (passagem de 
S1 para T1 e de T1 para So) sem emissão de fótons. 
12) Quais as diferenças entre fluorescência e fosforescência do 
ponto de vista energético, temporal e estado de excitação das 
moléculas? 
 
 
 Fluorescência Fosforescência 
Temporal (emissão 
quase instantânea ou 
retardada da luz?) 
 
Energético Energia Fluorescência ____ Energia Fosforescência (para a 
 (˂ ou ˃) 
 mesma molécula); 
Estado de excitação 
(S0  S1  S0) 
S0  T1  S0 (rara) 
S0  S1  T1 S0 
 
 
13) Qual a diferença entre estado tripleto e singleto de uma 
molécula? 
14) O material do qual são feitos os interruptores de luz fazem 
uso do efeito de fluorescência ou de fosforescência? 
 
ESPECTROS DE ABSORÇÃO E DE AÇÃO 
 
Quando um sistema biológico é submetido a um feixe complexo de 
radiações, verifica-se que alguns dos componentes do espectro 
podem produzir um efeito, mas o fazem com diferentes eficiências. 
Isto é, todas as radiações são ativas para induzir o efeito 
considerado, mas não são igualmente eficazes. Por exemplo, todos 
os comprimentos de onda do UV na faixa entre 230 e 330 nm 
podem acarretar a transformação da pró-vitamina D em vitamina D, 
mas a quantidade produzida por fótons de 297 nm é o dobro da 
observada com os de 304 nm, para iguais energias absorvidas; logo, 
a primeira radiação é duas vezes mais eficiente que a segunda, para 
este efeito fotoquímico. Efeitos desta natureza, cuja amplitude varia 
com o comprimento de onda, são ditos seletivos e ocorrem 
frequentemente. Os efeitos não seletivos são bastante raros e 
encontram um exemplo na transformação da energia radiante em 
calor. A seletividade dos componentes do espectro eletromagnético 
para a produção de efeitos biológicos pode se tornar mais evidente 
com outro exemplo. A absorção de 3,5 Gy* de raios X, no corpo 
inteiro, acarreta a morte de 50% de uma população humana 
irradiada. Mas a energia total absorvida por um indivíduo, nestas 
condições, é equivalente à recebida por um banhista que 
permaneça em uma praia do Rio de Janeiro por menos de uma 
hora, em um dia claro de verão. Torna-se evidente que um 
processo foto ou radiobiológico não pode ser considerado como 
uma mera consequência da quantidade total de energia absorvida, 
tornando-se indispensável caracterizar a natureza da radiação que 
o produz. 
 
* A dose de radiação absorvida é expressa em gray (Gy), definido 
como "a dose de radiação ionizante que acarreta a liberação de 1 
joule por quilograma de material absorvente". 
 
A absorção de radiações eletromagnéticas pode depender da 
natureza dos átomos que constituem a matéria irradiada 
(radiações ionizantes) ou de como estes átomos estão associados 
para formar moléculas (radiações não ionizantes). A absorção de 
uma radiação não ionizante por uma molécula depende da 
configuração eletrônica desta. Assim, a existência de ligações C=C, 
C=O e C=N faz com que esta molécula apresente bandas de 
absorção na região compreendida entre 190 e 300 nm, sendo a 
posição exata da banda dependente dos outros grupamentos 
químicos das vizinhanças. As proteínas apresentam um máximo de 
absorção em 280 nm, como consequência da presença dos 
aminoácidos aromáticos, enquanto os ácidos nucleicos o possuem 
em 260 nm, por causa das bases purínicas e pirimidínicas. 
 
A transmitância (T) de uma solução é definida pela relação entre a 
inensidade de luz dela emergente (I) e a intensidade incidente (I0), 
ou seja: T = I/ I0. 
 
A densidade ótica ou absorbância é dada pela relação A = log10 I / I0 
e, como expressão da Lei de Beer tem-se: I = I0 
- ɛdc onde c é a 
concentração do soluto (em moles/litro), d é a espessura da solução 
(ou melhor, da cubeta que contém a solução) e ɛ é o coeficiente 
molar de extinção, que corresponde à absorbância de uma solução 
na concentração 1M. É usual representar, graficamente, os 
comprimentos de onda que incidem em uma solução no eixo das 
abcissas e as absorbâncias no eixo das ordenadas. Obtem-se, assim, 
o espectro de absorção da substância em estudo. A comparação das 
eficiências dos diferentes comprimentos de onda, para um dado 
efeito fotoquímico, permite a construção do espectro de ação do 
efeito considerado; para tal, representa-se graficamente a 
intensidade do efeito no eixo das ordenadas e os comprimentos de 
onda no eixo das abcissas. A construção do espectro de ação 
permite, em muitos casos, identificara estrutura responsável pelo 
processo fotoquímico (cromóforo); assim, por exemplo, o espectro 
de ação bactericida da radiação UV apresenta um máximo em 260 
nm, como pode ser visto na figura abaixo (letra A), e este máximo 
coincide com o pico de absorção dos ácidos nucleicos, o que indica 
serem estes os alvos mais importantes no processo de inativação 
das bactérias pela radiação. Muitos outros exemplos de semelhança 
entre os espectros de ação e absorção podem ser apontados: a 
sensibilidade do olho humano aos diferentes comprimentos de 
onda e a absorção da rodopsina são representados por curvas 
superponíveis (figura abaixo, letra B) e o espectro de absorção da 
clorofila e o espectro de ação para fotossíntese apresentam picos 
coincidentes (figura abaixo, letra C) 
 
 
15) Qual a sua explicação para os seguintes fatos: a) No trânsito, 
a luz amarela é a luz de ATENÇÃO. b) A sinalização nas estradas é 
amarela. 
16) Por que se utiliza radiação UV de 254 nm para esterilizações 
hospitalares e de material cirúrgico nos consultórios médicos e 
dentários? 
17) Defina radiações ativas e radiações eficazes, exemplificando. 
18) Defina cromóforo. 
19) Defina espectro de ação e espectro de absorção 
(exemplifique).

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