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História- Revisão Extensivo 3 Ano

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História
Curso Extensivo – A
Curso Extensivo – D
3.a Série - Ensino Médio
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II –
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1. (FGV-Adminstração) – Leia com atenção o trecho de Os Lusíadas.
“Quem eram, de que terra, que buscavam,
Ou que partes do mar corrido tinham?
Os fortes Lusitanos lhe tornavam
As discretas respostas que convinham:
– “Os Portugueses somos do Ocidente,
Imos buscando as terras do Oriente.
“Do mar temos corrido e navegado
Toda a parte do Antártico e Calisto,
Toda a costa Africana rodeado;
Diversos céus e terras temos visto;
Dum Rei potente somos, tão amado,
Tão querido de todos e benquisto,
Que não no largo mar, com leda fronte,
Mas no lago entraremos de Aqueronte.”
Luís de Camões, Os Lusíadas, século XVI. (adaptado)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000178.pdf
Sobre a chamada expansão marítima do século XVI, é correto afirmar:
a) Iniciou-se com o Périplo Africano, que representou o primeiro
contato histórico dos europeus com os povos da África.
b) Foi possibilitada pelo processo de descentralização política
portuguesa, que garantiu a participação de grupos particulares nas
atividades marítimas.
c) Teve motivações análogas às da Reconquista, como a conquista de
terras e riquezas, a expansão do Cristianismo e o combate aos
muçulmanos.
d) Foi promovida pela Igreja estabelecida em Roma, que incumbiu os
Estados ibéricos de empreenderem a conquista de novos
continentes.
e) Foi provocada pelos avanços dos povos islamizados do Norte da
África sobre o sul do continente europeu.
RESOLUÇÃO:
A questão estabelece um paralelo entre a Guerra de Reconquista (722-
1492), travada na Península Ibérica contra os mouros, e a Expansão
Marítima Portuguesa, que não apenas contatou povos islamizados, mas
também populações pagãs da África. O relacionamento com estas últimas
envolve outro componente religioso das Grandes Navegações, qual seja o
“impulso salvífico” (desejo de converter os pagãos à fé católica).
Resposta: C 
2. (ETEC) – A colonização europeia da América foi responsável pela
devastação de grandes áreas de floresta em diferentes partes do
continente. Ela também provocou uma corrida por metais, a exemplo
do ouro e da prata, o que teve impacto destrutivo para a natureza e para
a vida das sociedades que aqui viviam, como ocorreu com a prata
espanhola de Potosí, na atual Bolívia, e com o ouro das Minas Gerais,
no atual Brasil. Nessas áreas, economias voltadas para a alimentação
foram urbanizadas e orientadas para a mineração, provocando fome.
Além disso, a grande demanda por mão de obra intensificou as guerras
e a escravização de povos indígenas e africanos por parte dos
colonizadores. O objetivo de buscar avidamente o ouro e a prata da
América estava relacionado a uma política econômica praticada pelas
nações europeias, a partir do século XVI, conhecida como
a) Materialismo, caracterizado pela valorização do desenvolvimento
espiritual em detrimento dos bens materiais.
b) Autoritarismo, caracterizado pela ausência de eleições livres e pelo
uso da força militar para conter as dissidências.
c) Maniqueísmo, caracterizado pela divisão da sociedade em dois
grupos antagônicos, que disputavam espaços de poder e prestígio.
d) Liberalismo, caracterizado pela abertura dos mercados mundiais,
pela livre concorrência e pela criação de mecanismos de
autorregulação do mercado financeiro.
e) Mercantilismo, caracterizado pela acumulação de metais, pela
adoção de medidas econômicas protecionistas e pelo controle mais
rígido das colônias pelas metrópoles europeias.
RESOLUÇÃO:
Durante a Idade Moderna, quando as colônias americanas foram exploradas,
a política econômica europeia era o Mercantilismo, que tinha como suas
principais características o metalismo, a busca por uma balança comercial
favorável, a adoção de medidas protecionistas e o estabelecimento de
monopólios, além da montagem de um sistema colonial.
Resposta: E
3. (PUC-SP) – “Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele.
Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe
queriam pôr mão. Depois lhe pegaram, mas como que espantados.
Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, bolos, mel,
figos-passa. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam
alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma
taça; mal lhe puseram a boca, não gostaram dele nada, nem quiseram
mais.”
(“A carta de Pero Vaz de Caminha”, maio de 1500. 
Extraído de Dea Ribeiro Fenelon. 50 textos de história do Brasil.
São Paulo: Hucitec, 1986, p. 23. – Adaptado)
– 1
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Revisão HISTÓRIA
MÓDULO 11 Sistema Colonial
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O documento descreve o primeiro contato entre portugueses e nativos
do atual Brasil. Podemos afirmar que o texto demonstra
a) a superioridade técnica dos europeus em relação aos indígenas, o
que explica sua pequena resistência à colonização portuguesa.
b) a necessidade de reeducar os hábitos dos indígenas, cuja alimen -
tação era muito menos diversificada que a dos colonizadores.
c) a importância da chegada dos portugueses ao continente americano,
pois eles trouxeram alimentos superiores aos dos indígenas.
d) a diversidade cultural existente entre europeus e indígenas, ao expor
diferenças nos costumes, nos utensílios e na alimentação.
e) a plena harmonia no estabelecimento de relações entre conquista -
dores e conquistados, pois todos se identificaram uns com os outros.
RESOLUÇÃO:
Questão elaborada para atender à crescente presença de uma visão
antropológica nos vestibulares. Nesse sentido, enfatiza as diferen ças
culturais entre nativos da América e europeus, aparentemente sem
estabelecer juízos de valor. Não obstante, é curioso observar que uma
análise mais aprofundada do trecho transcrito revela a visão etnocêntrica
europeia, ao deixar transparecer a estranheza de Caminha diante da
rejeição, pelos indígenas, de alimentos que os portugueses consideravam
refinados.
Resposta: D
4. (FGV) – Comparando-se os regimes de trabalho adotados nas
Américas de colonização ibérica, é possível afirmar que, entre os
séculos XVI e XVIII,
a) a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto no
espanhol a mão de obra principal foi assalariada.
b) a liberdade foi concedida às populações indígenas das Américas
Espa nhola e Portuguesa, enquanto a dos escra vos africanos jamais
o foi.
c) não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes
dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
d) a escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões
da América Espanhola, foi mais generalizada na América
Portuguesa.
e) o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis; estes,
em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
RESOLUÇÃO:
A escravidão de origem africana teve importância apenas relativa nas
colônias hispano-americanas, devido à grande disponibilidade de mão de
obra indígena e à falta de acesso direto da Espanha aos centros africanos
fornecedores de escravos. Assim, foi somente nas colônias antilhanas (Cuba,
São Domingos e Porto Rico), onde os indígenas foram exterminados, que os
espanhóis utilizaram o escravismo negro de forma abrangente. Já no
Brasil, embora a escravização de índios (chamados de “negros da terra”
por alguns colonizadores) tenha existido legalmente até o século XVIII, foi
amplamente suplantada pela utilização de mão de obra originária da
África. O motivo dessa opção não foi a pretensa inadaptação dos indígenas
ao trabalho escravo, mas os altos lucros auferidos pelo tráfico negreiro,
praticado por meio do escambo.
Resposta: D
5. (FAMERP) – “Completam-se assim os três elementos constitutivos
da organização agrária do Brasil colonial: a grande proprie dade, a
monocultura e o trabalho escravo. Estes três elementos se conjugam
num sistema típico, a “grande exploração rural”, isto é, a reuniãonuma
mesma unidade produtora de grande número de indivíduos; é isto que
constitui a célula fundamental da economia agrária brasileira. Como
constituirá também a base principal em que se assenta toda a estrutura
do país, econômica e social.”
(Caio Prado Júnior. Formação do Brasil contemporâneo, 1973.)
O autor descreve a colonização do Brasil como um empreendimento
que
a) procurava enviar para a América o excesso de população dos
continentes europeu e africano.
b) inaugurava a base de uma democracia social, política e econômica
nas terras coloniais da América portuguesa.
c) estava baseado na produção em grande escala de pro du tos tropicais
para exportação.
d) tinha por finalidade defender o território da ocupação de países
europeus inimigos de Portugal.
e) buscava, por meio da exploração da mão de obra escrava africana,
expandir as fronteiras do cristianismo.
RESOLUÇÃO:
Mais uma alternativa escolhida por eliminação porque ultrapassa as
possibilidades de interpretação ofere ci das pelo fragmento transcrito. Com
efeito, o texto de Caio Prado descreve a economia que se convencionou cha -
mar de plantation; mas, embora analise sua estru tu ra de funcionamento,
não menciona que se trata de uma atividade destinada à exportação para
fins mer cantis – ainda que seja esse realmente o objetivo da empresa
colonial portuguesa no Brasil.
Resposta: C
6. (MACKENZIE) – Com a união das Coroas de Portugal e Espanha,
teve início o período conhecido como “União Ibérica” (1580-1640). A
Holanda, que guerreava contra a Espanha, exerceu influência direta na
América Portuguesa, pois
a) procurou apoderar-se das feitorias espanholas instaladas na costa
da África, visto estar interessada em controlar o comércio de
escravos praticado entre África e Brasil.
b) o embargo espanhol representou prejuízos para os interesses dos
holandeses no Brasil, uma vez que participavam do comércio de
produtos tropicais, principalmente de pau-brasil.
c) sofria perseguições religiosas na Europa e retaliações dos católicos
residentes na própria Holanda; por isso, os holandeses pretendiam
montar uma colônia protestante no Brasil.
d) ocupou o Nordeste Brasileiro para evitar a implantação de bases
espanholas e, dessa forma, quebrar o monopólio da Espanha sobre
o transporte da prata proveniente das minas americanas.
e) apoderou-se do Nordeste Brasileiro e retomou o controle da
lucrativa operação de transporte, refino e distribuição comercial do
açúcar brasileiro, perdido a partir da União Ibérica.
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RESOLUÇÃO:
O advento da União Ibérica subordinou Portugal aos interesses da
Espanha, envolvida em uma prolongada guerra contra a Holanda. Por essa
razão, os portugueses romperam relações com os holandeses, que
tinham uma lucrativa participação no comércio do açúcar brasileiro.
Visando recuperar o controle dessa atividade, os flamengos criaram, em
1621, a Companhia das Índias Ocidentais, que tentou apoderar-se dos
centros produtores de açúcar no Brasil, atacando a Bahia em 1624-25 e
Pernambuco (e capitanias vizinhas) em 1630-54.
Resposta: E
7. (FEI) – “Só vinte e cinco habitantes de São Paulo em idade e
condições de pegar em armas, segundo um relato da época, não o
fizeram. Tal era o engajamento que a vila se despovoou de sua
população masculina. A bandeira teria partido em agosto de 1628. Em
janeiro de 1629, estava produzindo os primeiros estragos nas missões
dos jesuítas espanhóis. O método era cercar a povoação e convidar os
habitantes a seguir com os agressores até São Paulo. Caso contrário, as
casas seriam queimadas e ninguém seria poupado.”
(TOLEDO, Roberto Pompeu de. 
A capital da solidão – uma história de São Paulo das origens
a 1900. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012 ed. digital Epub.)
O texto relata qual episódio da história paulista do século dezessete?
a) Uma bandeira em busca do ouro na região das Minas Gerais.
b) A fuga da população da Vila de São Paulo por conta das invasões
francesas.
c) A luta contra os espanhóis pelo controle das minas de prata
encontradas na região de Potosí, atual Bolívia.
d) A luta contra os espanhóis pelo domínio territorial da região sul do
continente durante a União Ibérica.
e) Escravização de índios catequizados pelos jesuítas no período
histórico conhecido como União Ibérica.
RESOLUÇÃO:
Dentre os ciclos do bandeirismo, estava o da caça ao índio, com a captura
de nativos que eram escravizados e comercializados. Um dos alvos dos
bandeirantes foram as missões jesuíticas espanholas, ultrapassando os
limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas. Na primeira metade do
século XVII, os paulistas teriam atacado entre 11 e 14 missões espanholas,
escravizando entre 30 e 50 mil nativos.
Resposta: E
8. (FMJ) – “Se os dados demonstram a grande importância que o
açúcar possuía para a economia e a sociedade coloniais, isso não
significa dizer que tal sociedade se resumia a açúcar e escravos. Mais
do que gerar uma demanda por uma série de produtos, o setor
açucareiro pressupunha uma economia interna pujante, capaz de
atender às suas necessidades básicas e, com isso, permitir-lhe a
especialização.”
(Antônio Carlos Jucá de Sampaio. “Fluxos e refluxos mercantis:
centros, periferias e diversidade regional”.
In: João Luis Ribeiro Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). 
O Brasil Colonial, 2014. Adaptado.)
Essa “economia interna pujante” foi marcada, entre outras atividades,
pela produção de
a) alimentos para o mercado interno e pela criação de gado no interior.
b) café para atender ao consumo internacional e pela exportação de
charque.
c) trigo para a exportação e pela venda de escravos índios na região
platina.
d) algodão para a indústria inglesa e pelo extrativismo da borracha na
Amazônia.
e) tabaco para a troca por escravos e pela fabricação de tecidos de
luxo.
RESOLUÇÃO:
A questão trata das chamadas atividades subsidiárias (auxiliares) dos
grandes ciclos econômicos, voltadas para o mercado interno colonial,
notadamente a agricultura de subsistência e a pecuária.
Resposta: A 
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1. (UPF-Adaptado) – No Brasil do século XVIII, a mineração
marcou o deslocamento do eixo econômico para o Centro,
incorporando os territórios que viriam a compor as capitanias de Minas
Gerais, Goiás e Mato Grosso. Sobre essa atividade, leia as seguintes
afirmações:
I. A ocupação das regiões mineradoras ocorreu de modo diverso
daquela ocorrida nas áreas litorâneas e pecuaristas, pois deu início
à urbanização do interior.
II. O Rio de Janeiro foi o porto de escoamento do ouro para a Europa
e ingresso de mercadorias que iam para as minas.
III.O Rio Grande do Sul integrou-se à economia nacional enviando
gado de corte e animais de carga para a região mineradora, tendo a
vila de Sorocaba (SP) como principal eixo comercial.
IV. A estratificação social nas minas era marcada por uma grande
participação dos setores populares e dos escravos na tomada de
decisões.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) I e II.
e) III e IV.
RESOLUÇÃO:
A afirmação IV está incorreta porque os setores populares e os escravos
não participavam da tomada de decisões na colônia.
Resposta: A
2. (FEI) – Para responder à questão, leia o texto a seguir:
“Juntas da Real Fazenda
Também denominadas Juntas da Administração e Arrecadação da Real
Fazenda, começaram a ser criadas na década que mediou entre 1760 e
1770, como uma consequência direta do estabelecimento do Erário
Régio em Portugal, ocorrido em 1761. A instalação das juntas nas
capitanias mais atrasadas demorou décadas, tanto que em 1820 ainda
não se haviam estabelecido todas. Eram presididas pelo Governador e
Capitão General, tendo como deputados, nas capitanias litorâneas, o
Intendente da Marinha e Armazéns Reais, o Procurador da Coroa e
Fazenda Real, o Tesoureiro, o Contador e o Escrivão da Junta.”
Ministérioda Fazenda Receita Federal do Brasil.
(http://www.receita.fazenda.gov.br/historico/srf/historia/catalogo_col
onial/letrajjuntasreal.htm. Acesso em 29 mar. 2018)
O texto discorre sobre a estrutura de arrecadação criada durante o
governo do Marquês de Pombal, que teve forte impacto na economia
portuguesa e brasileira no período. A este período histórico
denominamos de:
a) despotismo esclarecido.
b) monarquismo parlamentarista.
c) fisiocracia liberal.
d) teocracia mercantilista.
e) monarquia constitucional financista.
RESOLUÇÃO:
Sebastião de Carvalho e Melo, o Marques de Pombal, foi secretário de
Estado (equivalente a primeiro-ministro) do rei D. José I (1750-77), sendo
o representante português do despotismo esclarecido. Em seu esforço para
revitalizar e modernizar a administração (influenciado pelo pensamento
iluminista), criou as Juntas da Real Fazenda (também conhecidas como
Juntas da Administração e Arrecadação da Real Fazenda ou Juntas da
Fazenda) para melhorar a arrecadação e combater fraudes, contrabandos
e corrupção.
Resposta: A
3. (MACKENZIE) – “O vasto empório das douradas Minas / Por mim
o falará; quando mais finas / Se derramam as lágrimas no imposto / De
uma capitação, clama o desgosto de um país decadente.”
(Cláudio Manoel da Costa) 
O intelectual e advogado, autor da poesia acima, foi um dos integrantes
da mais importante revolta colonial brasileira, conhecida como
Inconfidência Mineira. Sobre esse movimento podemos afirmar que 
a) era de natureza nativista e influenciado pelos discursos iluministas.
Buscava a proclamação da república, que teria Ouro Preto como
capital, também o perdão de todas as dívidas para com a Fazenda
Real. 
b) manifestava-se contra os rigores da política fiscal metropolitana
sobre a Capitania das Minas, exercida através da Casa de
Contratação, e inspirava-se nos ideais revolucionários franceses. 
c) visava à independência econômica e à política da Colônia. O
levante foi deflagrado quando se exigiu o pagamento dos impostos
atrasados pelas Casas de Fundição em todo o país. 
d) era de caráter nacionalista, visando à independência da Colônia e ao
rompimento dos laços com a metrópole, com o livre direito de
implantação de manufaturas nas capitanias e ao comércio exterior.
e) foi ideologicamente influenciado pelos princípios iluministas,
divulgados em Minas por uma elite intelectual e acolhidos pela
população local, devido à crise econômica.
RESOLUÇÃO:
A Inconfidência Mineira, movimento emancipacionista de 1789, teve, entre
seus participantes, a elite letrada mineira, em cujas manifestações pode ser
percebida a forte influência dos princípios iluministas de igualdade e
liberdade. O pretexto para a eclosão do movimento foi uma iminente
derrama (cobrança dos impostos atrasados), num cenário de crise da
mineração. 
Resposta: E
MÓDULO 22 Crise do Sistema Colonial e Independências na América
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4. (UDESC) – Leia atentamente o texto a seguir:
“Ó vós Homens cidadãos, ó vós Povos curvados, e abandonados
pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros [...]
A França está cada vez mais exaltada, a Alemanha já lhe dobrou o
joelho, Castela só aspira sua aliança, Roma já vive anexa, O Pontífice
está abandonado, e desterrado; o rei da Prússia está preso pelo seu
próprio povo, as nações do mundo têm seus olhos fixos na França, a
liberdade é agradável para todos; é tempo povo, povo o tempo é
chegado para vós defendereis a vossa liberdade; o dia da nossa
revolução; da nossa liberdade e de nossa felicidade está para chegar,
animai-vos que sereis felizes.”
Trechos de um manifesto afixado na cidade de Salvador em 1798.
A partir da leitura dos trechos do manifesto, é possível afirmar que os
autores do manifesto:
a) eram monarquistas e defendiam uma aliança com o reino de Castela.
b) tinham conhecimento do movimento revolucionário que ocorrera
na França e dos ideais de liberdade que o fundamentavam.
c) refutavam qualquer possibilidade de organização política.
d) não tinham acesso aos eventos políticos que ocorriam fora de
Salvador.
e) atuaram no processo de proclamação da república no Brasil.
RESOLUÇÃO:
A Conjuração Baiana, influenciada pelos ideais iluministas, teve como
inspiração diferentes eventos, como a Revolução Francesa e a Revolução
Haitiana.
Resposta: B
5. (UEMG) – Quanto à vinda da corte portuguesa ao Brasil, assinale
a alternativa correta.
a) Em janeiro de 1808, Portugal estava prestes a ser invadido pelas
tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte. Sem
condições militares para enfrentar os franceses, o príncipe regente
de Portugal, Dom João, resolveu transferir a corte portuguesa para
o Brasil, sua mais importante colônia. Para isso, obteve a ajuda de
alguns aliados, apenas franceses, contrários a Napoleão. 
b) Nos quatorze navios, além da família real, vieram centenas de
funcionários, criados, assessores e pessoas ligadas à corte
portuguesa. Porém, trouxeram pouco dinheiro, deixando suas obras
de arte, livros, bens pessoais, objetos de valor e joias em Portugal,
na pressa para vir para o Brasil, fugindo das tropas francesas de
Napoleão. 
c) Uma das principais medidas tomadas por Dom João foi abrir o
comércio brasileiro aos países amigos de Portugal. A principal
beneficiada com a medida foi a Inglaterra, que passou a ter
vantagens comerciais e a dominar o comércio com o Brasil. Os
produtos ingleses chegavam ao Brasil com impostos de 15%,
enquanto os de outros países chegavam com impostos de 24%. Essa
prerrogativa fez com que, no Brasil, chegassem muitos produtos
ingleses, por vezes, desnecessários. Tal medida acabou atrasando o
desenvolvimento da indústria brasileira. 
d) Dom João adotou várias medidas econômicas que favoreceram o
desenvolvimento brasileiro. Entre as principais, encontram-se:
desestímulo ao estabelecimento de indústrias no Brasil em prol das
importações, construção de estradas, reforma de portos, criação do
Banco do Brasil e instalação da Junta de Comércio.
RESOLUÇÃO:
A alternativa faz referência a duas medidas diferentes tomadas por
D. João: a Abertura dos Portos brasileiros às Nações Amigas (1808), que
permitia à Inglaterra comercializar seus produtos diretamente no mercado
brasileiro, e o Tratado de Comércio e Navegação (parte dos Tratados de
1810), que estabelecia uma tarifa preferencial de 15% para as mercadorias
inglesas e de 24% para produtos dos demais países que entrassem no
Brasil.
Resposta: C
6. (UNIOESTE-Adaptado) – Leia atentamente o que diz a fonte
histórica abaixo:
Nota do jornal Correio Braziliense, sobre a revolta pernambucana de
1817. Disponível em: https://tokdehistoria.com.br/2014/12/03/a-
revolucao-pernambucana-1817. Acesso: 15 ago. 2017, 08h50min. 
Em 2017, o Estado de Pernambuco comemorou os 200 anos da
chamada “Revolução Pernambucana”, um forte movimento de
insurreição ocorrido no período em que a Família Real portuguesa
esteve no Brasil, que culminou com a tomada do poder e a criação de
um governo provisório que tentou arduamente manter-se de pé (como
vemos acima). Evocando ainda os ecos da Revolução Francesa e
inscrita num contexto histórico de processos de independência pela
América Espanhola, a “Revolução Pernambucana” de 1817, apesar de
derrotada (durou pouco mais de 70 dias), pode ser considerada um dos
mais relevantes movimentos de luta pela emancipação política na
história do Brasil. A respeito da Revolução Pernambucana e sua
atualidade histórica, é correto afirmar.
a) Possuía um forte sentimento de defesa da Metrópole portuguesa,
pois os insurretos reivindicavam o aumento dos impostos e grandes
privilégios aos comerciantes portugueses. 
b) O movimento teve a participação apenas de padres e bispos, não
contando com o apoio de outros segmentos da sociedade
pernambucana, pois seus líderes (como Frei Caneca) defendiam
ardorosamente a criação de uma Monarquia de Direito Divino. 
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c) Vista aos olhos do século XXI, a Revolução Pernambucanade 1817,
na história do País, nada significou, pois se tratou de um movimento
liderado por nações estrangeiras como a França e a Inglaterra.
d) Os acontecimentos históricos que geraram o movimento
insurrecional não teriam sido possíveis sem a aliança necessária
com as forças internas, representadas pelas tropas militares de
D. Pedro I, que, cinco anos depois, proclamaria a independência. 
e) Uma das marcas indeléveis e atuais deste movimento na história
política do Brasil foi a luta pela implantação de um governo
republicano, marcado pela igualdade de direitos e tolerância
religiosa, muito embora tenha deixado intocado o tema da
escravidão.
RESOLUÇÃO:
A presença da Família Real no Brasil resultou no aumento de impostos no
território, numa administração opressiva, e numa insatisfação popular
marcada pelos ideais nativistas e pela ideia de extinção do colonialismo.
Foi nesse contexto que ocorreu a eclosão da Revolução Pernambucana
(1817), um movimento de cunho separatista, republicano e antilusitano.
Resposta: E
7. (FAMERP) – “O fato de as colônias inglesas, espanholas e
portuguesas conquistarem sua independência depois de mais de três
séculos de dominação colonial em movimentos sucessivos, a partir da
segunda metade do século XVIII e durante a primeira metade do século
XIX, sugere a existência de determinações gerais que transcendem os
quadros nacionais.”
(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República, 1985.)
As correspondências temporais entre os movimentos de independência
das colônias americanas podem ser explicadas
a) pela crise do antigo regime europeu, pelas transformações
econômicas ocorridas na Europa e pelo surgimento da filosofia
iluminista. 
b) pela união das colônias espanholas, pelo apoio dos Estados Unidos
aos países da América Latina e pela ocupação de Portugal pela
Inglaterra. 
c) pela incorporação da cultura indígena pelos libertadores, pela
divisão dos grandes latifúndios nas áreas coloniais e pela crise da
industrialização inglesa. 
d) pela paz e pela tranquilidade vividas na história europeia, pelo
fortalecimento do capitalismo comercial e pelas rebeliões de
escravos nas colônias. 
e) pela aliança dos países colonizadores, pelo avanço dos movimentos
operários e pela industrialização das colônias. 
RESOLUÇÃO:
A questão aborda os fatores gerais que impulsionaram os movimentos
independentistas americanos, desde a emancipação das Treze Colônias
Inglesas da América do Norte (1776) até a independência da América
Ibérica (1811-25). Esses fatores, aos quais poderiam ser aduzidos outros
mais específicos, foram: a crise do Sistema Colonial (combinada com a crise
do Antigo Regime europeu), que não conseguiu se adaptar às novas
condições do capitalismo; os efeitos da revolução industrial na Inglaterra,
que levaram esse país a buscar novos mercados mediante a quebra do
exclusivo metropolitano ibérico; e a influência da ideologia iluminista,
propagadora de ideais de liberdade econômica, política e intelectual. 
Resposta: A
8. (PUC-RJ) – Sobre a revolução de independência do Haiti, em
1804, e suas repercussões, assinale a alternativa incorreta.
a) O movimento vitorioso em 1804 resultou na única revolta de
escravos bem-sucedida da História − até então uma inédita
conquista nas Américas − e no estabelecimento de um Estado
independente no Haiti. 
b) Apesar de o Haiti ser a mais importante colônia francesa da época,
a França manteve-se afastada do processo de independência,
iniciado em 1791, por estar mergulhada no movimento
revolucionário em seu território com repercussões na Europa. 
c) A base da economia haitiana era o açúcar, mas também eram
produzidos café, algodão e índigo; e essa estrutura econômica era
sustentada pelo trabalho de escravos que movimentavam um dos
maiores mercados para o tráfico negreiro europeu. 
d) O movimento, que começou como uma revolta de escravos, se
converteu em uma guerra civil – de mulatos contra brancos e de
plantadores contra as autoridades metropolitanas – e em uma guerra
internacional com a participação de Espanha, Inglaterra e França. 
e) Os proprietários de escravos de todo o mundo atlântico − dos
Estados Unidos, do Caribe, da América espanhola e do Brasil −
sentiram-se profundamente ameaçados e amedrontados, receosos
de que o exemplo haitiano fosse seguido. 
RESOLUÇÃO:
A alternativa está incorreta, porque a França, mesmo mergulhada no
movimento revolucionário iniciado em 1789, esteve diretamente envolvida
nos acontecimentos que levaram à independência do Haiti, sua colônia
antilhana mais importante na época. 
Resposta: B
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1. (FGV) – A Constituição Brasileira de 1824
a) foi elaborada e aprovada pela Assembleia Geral Constituinte e
organizou o Estado a partir da divisão em três Poderes —
Legislativo, Judiciário e Moderador — equilibrados entre si. 
b) ficou conhecida como “Constituição da Mandioca” por adotar o
sistema censitário, que definia pelo critério de renda e bens aqueles
que poderiam votar e ser votados nas eleições gerais. 
c) foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da
Constituinte e, além dos poderes Legislativo, Executivo e
Judiciário, estabeleceu o Poder Moderador, a ser exercido pelo
monarca. 
d) foi elaborada pelo Conselho de Estado após a dissolução da
Constituinte e garantia a autonomia das províncias, apesar da
implementação do Poder Moderador, a ser exercido pelo monarca. 
e) foi elaborada pela Assembleia Geral Constituinte e caracterizou-se
pela adoção dos princípios liberais, pela garantia dos direitos
fundamentais do homem e pela adoção dos princípios federativos.
RESOLUÇÃO:
A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I, foi elaborada por um
Conselho de Estado nomeado pelo imperador, em um contexto de choque
com a aristocracia rural, a qual pretendia limitar o poder do imperador.
Essa Constituição estabelecia quatro poderes: Executivo, Legislativo,
Judiciário (textualmente: Poder Judicial) e Moderador — este último
exercido pelo imperador, a quem concedia amplos poderes, caracterizando
uma estrutura política centralizada. 
Resposta: C
2. (UNIMONTES) – O período imperial brasileiro estendeu-se a
partir de nossa independência até o final do século XIX. No decorrer
desse período, inúmeras revoltas questionaram o centralismo inerente
à administração imperial das províncias. Entre essas revoltas, desta -
cou-se a Confederação do Equador, que eclodiu em 1824 e foi marcada
por ideais
a) liberais, abolicionistas e democráticos.
b) liberais, republicanos e antilusitanos.
c) socialistas, republicanos e abolicionistas.
d) antilusitanos, federalistas e socialistas.
RESOLUÇÃO:
A alternativa apresenta as principais características da Confederação do
Equador, um movimento revolucionário liberal, republicano e antilusitano,
que eclodiu em Pernambucano em 1824.
Resposta: B
3. (MACKENZIE) – “Evento emblemático, o 7 de abril consagrou o
espaço público como arena de luta dos mais diversos grupos políticos e
camadas sociais, marcando a emergência de novas formas de ação
política, em momento no qual, transbordando a tradicional esfera dos
círculos palacianos e das instituições representativas, tornava-se pública
e se assistia a uma rápida politização das ruas.” 
(Marcello Basile. “O laboratório da nação: a era regencial – 1831-
1840”. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles. O Brasil Imperial. Volume
II – 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 59.) 
O texto aponta para a “emergência de novas formas de ação política”
nos eventos que levaram ao fim do Primeiro Reinado (1822-1831), mas
que também estiveram presentes no Período Regencial (1831-1840).
Trata-se da
a) forte pressão popular, manifestada por movimentos de protesto nas
ruas da corte – no final do Primeiro Reinado – e por revoltas em
diversas províncias – durante a Regência. 
b) defesa da Constituição de 1824, que reuniu representantes das
camadas populares e das elites em manifestações de rua, tantono
Primeiro Reinado quanto no Período Regencial. 
c) quebra da legalidade no momento da abdicação, permitindo a
D. Pedro I escolher seu filho, mas não herdeiro legal, como sucessor
do trono brasileiro, por meio de um pacto político com as elites. 
d) adesão de camadas populares na defesa da continuidade de
D. Pedro I no trono brasileiro, resultando em protestos de rua – no
Primeiro Reinado – e conflitos armados, na Regência. 
e) ativa participação popular que resultou na queda de D. Pedro I, em
1831, e na suspensão de reformas elitistas, durante a Regência,
como o fim do Poder Moderador. 
RESOLUÇÃO:
A questão estabelece uma conexão entre o movimento popular que, na
noite/madrugada de 7 de abril de 1831, forçou D. Pedro I a abdicar e as
revoltas desse mesmo estrato social ocorridas no período regencial.
Entretanto, é preciso observar que, apesar do tom otimista adotado pelo
autor quanto à emergência das camadas subalternas na vida política
brasileira, esses movimentos foram todos esmagados, não expressando,
portanto, a concretização da tendência vislumbrada no texto. Ao contrário,
a estrutura consolidada no país durante o Segundo Reinado foi a
monárquico-aristocrático-latifundiário-escravista herdada do Período
Colonial. 
Resposta: A
4. (MACKENZIE-Adaptado) – “Estabelecer um Estado nos moldes
europeus não era tarefa fácil em uma sociedade escravista como a
brasileira. O poder público teria de fazer leis que se aplicassem a todos
os cidadãos, sem distinção. No entanto, os grandes proprietários de
terras e de escravos estavam habituados, desde o Período Colonial, a
práticas cotidianas que conflitavam com a existência de um poder
público.”
(Flávio de Campos)
MÓDULO 33 Primeiro Reinado e Regências
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Em 12 de agosto de 1834, a Assembleia Geral do Império promulgou
o Ato Adicional, que tinha, entre seus objetivos, tentar conciliar
os interesses dos exaltados e dos moderados. O Ato Adicional
a) fundiu o poder público com o poder privado e criou a Guarda
Nacional, organização paramilitar na qual apenas poderiam
ingressar os que detivessem uma renda mínima de 100 mil-réis.
b) instituiu as assembleias legislativas provinciais, extinguiu o
Conselho de Estado, concedeu autonomia às províncias e
substituiu a Regência Trina pela Regência Una, eleita por voto
direto.
c) expulsou da Marinha e do Exército a maior parte da alta
oficialidade, composta de portugueses que comandavam
marinheiros e soldados recrutados entre as camadas mais pobres
das cidades e vilas.
d) promoveu a união das forças políticas ao suprimir a autonomia das
províncias, garantindo a centralização do poder e submetendo
a Guarda Nacional a delegados eleitos pelos cidadãos.
e) instituiu o sistema parlamentarista de governo e decretou a
antecipação da maioridade do imperador, colocando no trono um
monarca adolescente, na época com apenas 14 anos de idade.
RESOLUÇÃO:
O Ato Adicional de 1834 foi uma tentativa frustrada de solucionar a crise
regencial, fazendo concessões políticas aos liberais exaltados, que
reivindicavam a federação. Esta, porém, não chegou a se concretizar
porque a autonomia concedida às províncias foi apenas relativa.
Resposta: B
5. (UNESP) – A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 na Bahia,
contou com ampla participação popular e defendeu, entre outras
propostas,
a) a rejeição ao catolicismo e a construção de uma ordem islâmica. 
b) a manutenção da escravidão de africanos e a ampliação da
escravização de indígenas. 
c) o retorno de D. Pedro I e o restabelecimento da monarquia
absolutista. 
d) a ampliação das relações diplomáticas e comerciais com os países
africanos. 
e) o reconhecimento dos direitos e deveres de todo cidadão brasileiro.
RESOLUÇÃO:
Os “malês” eram escravos africanos pertencentes ao grande grupo
conhecido genericamente como sudanês, originários do Golfo da Guiné e
fortemente influenciados pela ação islamizante dos mercadores
transaarianos. Essa vertente religiosa influenciou a revolta de 1835, no
sentido de criar na Bahia um Estado negro islamizado. Outra influência
que não pode ser desprezada proveio do exemplo proporcionado pela
independência do Haiti. 
Resposta: A
6. (FMJ) – Examine o mapa.
(José Jobson de A. Arruda. Atlas histórico básico, 2002.)
CEARÁCEARÁ
RIO GRANDE DO NORTERIO GRANDE DO NORTE
PARAÍBAPARAÍBA
PERNAMBUCOPERNAMBUCO
PIAUÍ
BAHIA
ALAGOASALAGOAS
SERGIPE
G O I Á S
PARANÁ
SANTA
CATARINA
SANTA
CATARINA
MATO GROSSO
MARANHÃO
ARGENTINA
PARAGUAI
C
H
ILE
CISPLATINA
(URUGUAI)
ESPÍRITO
SANTO
ESPÍRITO
SANTO
RIO DE JANEIRORIO DE JANEIRO
SÃO PAULOSÃO PAULO
BOLÍVIA
PERU
PARÁAMAZONAS
EQUADOR
VENEZUELA
RIO GRANDE
DO SUL
RIO GRANDE
DO SUL
Cabanagem : 1835 -1841
Balaiada : 1838 - 1840
MINAS GERAISMINAS GERAIS
Cabanagem
Fronteiras internacionais
Divisão administrativa do Brasil durante
o Império: províncias
Guerras de independência (1822-1823)
Guerra da Cisplatina (1828)
Confederação do Equador (1824)
Os quadros indicam os conflitos do
Período Regencial
Revolução Farroupilha ou Guerra dos
Farrapos (1835-1845)
Revolução liberal (1842)
Revolução Praieira (1848-1849)
Campanhas contra Oribe e Rosas
(1850-1852) e contra Aguirre (1864-1865)
Guerra do Paraguai (1865-1870)
Setembrada: 1831
Novembrada: 1831
Abrilada: 1832
Carneirada: 1834 - 1835
Guerra dos Cabanos:
1832 - 1834
Sabinada: 1837 - 1838
CONFLITOS NO IMPÉRIO
COLÔMBIA
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No contexto do Brasil Imperial, o mapa atesta que 
a) as rebeliões regionais ocorreram no Primeiro Reinado e no período
regencial, enquanto no Segundo Reinado houve apenas conflitos
internacionais. 
b) o Primeiro Reinado foi um período de poucos conflitos devido à
aprovação de uma Carta Constitucional, que limitou o poder do
monarca. 
c) a Guerra da Cisplatina ocorreu devido à lealdade de suas lideranças
políticas à monarquia portuguesa. 
d) o processo de independência política do Brasil foi completamente
pacífico e resumiu-se às articulações entre o príncipe regente e a
elite do Centro-Sul. 
e) o período regencial foi marcado por uma série de revoltas
provinciais, que ameaçaram a unidade política do país.
RESOLUÇÃO:
Durante o Período Regencial (1831-40) eclodiram no país rebeliões que
colocaram em risco a unidade política brasileira da época, por serem
separatistas e republicanas, como a Farroupilha e a Sabinada, ou
populares, como a Cabanagem e a Balaiada. Assim sendo, a derrota desses
movimentos significou a consolidação da ordem monárquico-aristocrático-
latifundiário-escravista que caracterizou o Segundo Reinado.
Resposta: E
7. (MACKENZIE) – “... esses males, nós os temos suportado em
comum com as outras Províncias da União Brasileira (...). Para que
lançássemos mãos das armas foi preciso a concorrência de outras
causas (...) que nos dizem respeito (...) e que nos trouxeram íntima
convicção da impossibilidade de avançarmos na carreira da Civilização
e prosperidade sujeitos a um governo que há formado o projeto iníquo
de nos submeter à mais abjeta escravidão (...).” 
O trecho do Manifesto Farroupilha de 1838, referia-se ao
a) fortalecimento do poder central nas mãos da elite latifundiária,
ligados ao setor exportador, impedindo assim a participação política
das camadas médias urbanas, sobretudo dos militares. 
b) estabelecimento de tarifas alfandegárias favoráveis aos interesses
dos estanceiros gaúchos e charqueadores e maior autonomia aos
governos provinciais. 
c) desejo de um governo federalista capaz de limitar o anseio e efetiva
participação das classes populares e ampliar o poder dos grandes
proprietários de escravos junto ao governo. 
d) anseio autonomista das diversas províncias do país e eliminação do
regime de produção escravista, vigente também no sul do país, para
tentar dinamizar o mercado consumidor nacional. 
e) repúdio à política centralizadora do governo imperial, assim como
às demais rebeliões popularesque assolavam o país, defendendo
reformas sociais e a adesão a um regime unitarista. 
RESOLUÇÃO:
O manifesto citado visava reiterar os motivos que levaram estancieiros e
charqueadores gaúchos a iniciar a Revolução Farroupilha em 1835 e a
proclamar a independência do Rio Grande do Sul em 1836: os anseios
federalistas, contrários ao centralismo imperial imposto pela Constituição
de 1824, e a questão do charque rio-grandense, cuja taxação era superior à
cobrada sobre o produto importado do Uruguai. 
Resposta: B
8. (MACKENZIE) – “(...) no segundo ano do governo de Araújo
Lima aumentaram as disputas políticas no Congresso. (...) por lá os
ânimos estavam divididos. A saída veio rápida, e inesperada, a despeito
de não ser de todo inusitada. O único consenso possível foi antecipar
a maioridade política do menino Pedro, que na época contava apenas
catorze anos. (...) Por isso preparou-se um golpe, o golpe da
maioridade, e o maior ritual público que o Brasil já conheceu”.
(Lilia M. Schwarcz e Heloísa M. Starling. Brasil: Uma biografia.
São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 266.) 
Assinale a alternativa correta que contenha o contexto em que ocorreu
o golpe a que o texto se refere. 
a) A antecipação da maioridade do imperador demonstrou a
incapacidade política das elites brasileiras, reunidas no partido
conservador, em gerenciar o país; daí a necessidade de recorrer à
figura de D. Pedro, ainda menino, para solucionar o problema. 
b) O golpe da maioridade foi a resposta dos Conservadores às
reformas promovidas pelos Liberais, o que reforçou o clima de
instabilidade política vivida no país e acentuou a crise política, só
superada, por sua vez, com a proclamação da República. 
c) Diante das várias rebeliões regenciais, dos projetos republicanos e
da radicalização da situação, reforçou-se uma saída simbólica,
sustentada em um regime monárquico de governo, em que só o
monarca poderia garantir a unidade nacional. 
d) Diante das pressões políticas, da crise econômica e das insatisfações
sociais, a maioridade de D. Pedro foi a saída encontrada pela família
imperial, à revelia do Congresso, para se manter a unidade nacional
e o poder das elites agrárias nacionais. 
e) Venerado pelas camadas populares, D. Pedro II usou de sua
popularidade para angariar apoio à sua ascensão ao poder, mesmo
que, para isso, tenha mergulhado o país em uma instabilidade
política que só seria superada com a Lei Áurea. 
RESOLUÇÃO:
Embora organizado pelos liberais como uma manobra para reassumir o
poder, o Golpe da Maioridade acabou sendo aceito também pelos
conservadores como uma saída para a crise regencial, pois daria ao País um
símbolo da unidade nacional, na figura do imperador-menino alçado à
chefia do Estado. Apesar de seu defeito inicial (uma solução
extraconstitucional), o Segundo Reinado conseguiu superar as rebeliões do
período, consolidando a ordem monárquico-aristocrático-latifundiário-
escravista.
Resposta: C
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MÓDULO 44 Segundo Reinado
1. (MACKENZIE) – No quadro político brasileiro do Segundo
Reinado, criou-se em 1847 o cargo de presidente do Conselho de
Ministros, dando ao País uma forma peculiar de parlamentarismo.
Sobre esse fato, analise as afirmações que se seguem.
I. Como resultado direto dessa inovação política, eclodiram rebeliões
em diversas províncias, sendo as mais importantes a Farroupilha,
no Rio Grande do Sul, e a Praieira, em Pernambuco.
II. A presidência do Conselho de Ministros enfraqueceu e ofuscou o
papel político de D. Pedro II, transformado daí em diante em mero
joguete nas mãos de liberais e conservadores.
III. Na prática, o novo sistema de governo funcionava segundo o
modelo inglês, subordinando-se o Poder Executivo, exercido pelo
imperador, ao Poder Legislativo, exercido pela Câmara.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
d) Todas as afirmações são verdadeiras.
e) Todas as afirmações são falsas.
RESOLUÇÃO:
A afirmação I é falsa porque a Farroupilha é anterior a 1847 e a Praieira
não tem relação direta com a instituição do parlamentarismo. A afirmação
II é falsa porque o imperador continuou a ser a principal força política do
Império, graças ao exercício do Poder Moderador. E a afirmação III é falsa
porque o parlamentarismo brasileiro funcionava “às avessas”.
Resposta: E
2. (MACKENZIE) – O café, principal responsável pelas
transformações sociais, econômicas e políticas ocorridas no Brasil na
segunda metade do século XIX, foi também elemento que determinou:
a) a recuperação das regiões Norte e Nordeste do País, que passaram
a ser integradas à produção cafeeira do Sudeste, fornecendo a mão
de obra escrava necessária para o desenvolvimento da lavoura de
café.
b) a completa alteração dos quadros econômicos herdados do nosso
passado colonial, ao possibilitar expansão de outros setores, como
o industrial, favorecido pelo expressivo aumento do mercado
consumidor interno.
c) a estabilização da economia nacional, que é favorecida pela
exportação de sucessivas supersafras do produto e pela
rentabilidade dos preços, garantida pela Convenção de Taubaté, que
determinava o valor mínimo por saca exportada.
d) o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a
acumulação de capitais que, além de reinvestidos na própria
expansão da lavoura cafeeira, foi, por vezes, aplicado em outros
setores de produção, como o industrial.
e) a estabilização da balança comercial nacional, que passou a
apresentar superávit, em contraponto aos constantes déficits do I
Reinado; porém, isso não foi suficiente para contrair novos
empréstimos no exterior.
RESOLUÇÃO:
Na segunda metade do século XIX, a economia cafeeira no Oeste Paulista
foi responsável por uma grande acumulação de capitais, investidos em
diversos setores, como transportes (ferrovias e portos), comércio, bancos e
indústrias. Destaca-se ainda a utilização da mão de obra assalariada do
imigrante europeu.
Resposta: D
3. (ESPM) – “Somente a partir de 1850 vai se observar um maior
dinamismo no desenvolvimento econômico do país em geral e de suas
manufaturas em particular. O crescimento do número de empresas
industriais se faria com relativa rapidez.”
(Sonia Mendonça. A Industrialização Brasileira)
O assunto tratado no texto guarda relação com: 
a) a eficácia duradoura da tarifa Alves Branco que protegeu a
produção brasileira da concorrência dos produtos estrangeiros,
sobretudo ingleses. 
b) o fim do tráfico de africanos para o Brasil, estipulado pela Lei
Eusébio de Queirós, medida que liberou capitais, até então
utilizados na compra de escravos, para outras atividades, como
indústria, serviços urbanos e bancos. 
c) a opção firme do governo imperial por apoiar a indústria em
detrimento da agricultura, o que é comprovado pelo auxílio
irrestrito às atividades do Visconde de Mauá. 
d) a expansão da indústria, a partir de meados do século XIX, que
ocorreu em todos os grandes centros do País, conforme compro va-
se o elevado número de empresas com mais de cem trabalhadores
em regiões como a norte e a nordeste. 
e) a formação de um consistente mercado interno decorrente da
mineração, que impulsionou uma robusta urbanização capaz de
oferecer escoamento da produção no âmbito local.
RESOLUÇÃO:
As atividades industriais, durante o Segundo Reinado, tiveram como
causas para o seu desenvolvimento a disponibilidade de capitais excedentes
do café e ociosos com a extinção do tráfico negreiro, o aumento do meio
circulante e o protecionismo alfandegário da Tarifa Alves Branco (1844).
Resposta: B
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4. (FAMEMA) – Leia o excerto de Brasil Pitoresco, escrito pelo
francês Charles Ribeyrolles, sobre as fazendas de café do Vale do
Paraíba.
“A fazenda brasileira, viveiro de escravos, é umainstituição fatal. Sua
oficina não pode se renovar, e a ciência, mãe de todas as forças, fugirá
dela enquanto campearem a ignorância e a servidão. O dilema consiste,
pois, no seguinte: transformar ou morrer.”
(Charles Ribeyrolles, 1859. Apud Ana Luiza Martins. 
O trabalho nas fazendas de café, 1994.)
Na região do Oeste paulista, esse “dilema”
a) persistiu, o que impediu a modernização das fazendas de café, cujos
proprietários lucravam com o tráfico negreiro.
b) inexistiu, pois a mecanização já predominava na cafeicultura, o que
dispensou a maioria dos trabalhadores.
c) resultou na crise da cafeicultura após a aprovação da Lei Áurea,
devido à escassez de mão de obra.
d) foi solucionado com a vinda de imigrantes apoiada pelos
cafeicultores, que investiam também em ferrovias.
e) dificultou o trabalho assalariado em função do preconceito gerado
pelo atraso tecnológico da lavoura cafeeira.
RESOLUÇÃO:
No Oeste Paulista, a falta de braços escravos, mormente após a
promulgação da Lei Eusébio de Queirós (1850), que extinguiu o tráfico
negreiro para o Brasil, foi superada com a contratação de imigrantes
europeus, cuja vinda muitas vezes era subvencionada por associações de
cafeicultores ou pelo próprio governo, interessado no “branqueamento”
da população.
Resposta: D
5. (UEMG-Adaptado) – “As denúncias de que o exército brasileiro
ao lutar na guerra (1864-1870) era formado por escravos não são novas.
Ao contrário, têm pelo menos cento e vinte anos. Seus primeiros
autores foram os redatores dos jornais paraguaios da época que
tratavam de menosprezar o exército brasileiro com base no duvidoso
argumento de que, por ser formado por negros, deveria ser de qualidade
inferior.”
(TORAL, André Amaral de. A participação dos negros escravos na
guerra do Paraguai. Estudos Avançados. v. 9, n.º 24,
São Paulo, May/ Aug. 1995 (Adaptado).)
Sobre os negros como partícipes da Guerra do Paraguai, analise as
assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Os exércitos paraguaio, brasileiro e uruguaio tinham alguns
batalhões formados exclusivamente por negros. Como exemplos,
têm-se o Corpo dos Zuavos da Bahia e o batalhão uruguaio Florida. 
II. Na época da Guerra do Paraguai, não existiam negros escravos ou
ex-escravos no exército paraguaio. A escravidão havia sido abolida
no Paraguai em 1842, por Carlos López, pai de Francisco Solano
López. 
III. Na época da guerra (1864-1870), no Paraguai, o negro brasileiro era
representado como inimigo. O exército brasileiro era o exército
macacuno e seus líderes, segundo a propaganda lopizta, eram
macacos que pretendiam escravizar o povo paraguaio, conduzin -
do-os da liberdade à escravidão. 
IV. Havia negros no exército brasileiro na Guerra do Paraguai, mas não
na condição de libertos. 
a) Apenas I e III. 
b) Apenas II e IV. 
c) Apenas I e IV. 
d) Apenas I, II e III.
RESOLUÇÃO:
A assertiva II está incorreta porque no exército paraguaio existiam negros
escravos ou ex-escravos recrutados durante o conflito. A assertiva IV está
incorreta porque os escravos que eram alistados no exército recebiam a
alforria, sendo, portanto, libertos.
Resposta: A
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6. (FUVEST) – O descontentamento do Exército, que culminou na
Questão Militar, já no ocaso do Império, pode ser atribuído
a) às pressões exercidas pela Igreja junto aos militares, no sentido de
induzi-los a derrubar o governo imperial.
b) à exaltação do militarismo sul-americano pela imprensa brasileira,
a qual tomava os caudilhos argentinos como exemplo.
c) às tendências ultrademocráticas das Forças Armadas, que
defendiam a participação dos analfabetos na vida política.
d) à ambição de muitos oficiais do Exército, os quais pretendiam
iniciar um programa de expansão imperialista na América Latina.
e) à predominância do poder civil, que não prestigiava os militares e
lhes proibia o debate político pela imprensa.
RESOLUÇÃO:
A Questão Militar teve como ponto central a proibição de os oficiais se
manifestarem sobre questões de interesse nacional, principalmente por
meio da imprensa. Como pano de fundo, havia a resistência dos políticos
civis em aceitar a participação de membros das Forças Armadas na vida
partidária do Império.
Resposta: E
7. (UNICENTRO) – “A Lei Áurea era mesmo popular e conferia
nova visibilidade à princesa Isabel e à Monarquia. No entanto,
politicamente, o Império tinha seus dias contados ao perder o apoio
dos fazendeiros do Vale do Paraíba. Apesar do clima de euforia
reinante, parecia ser o último ato do teatro imperial. [...]. Nos jornais e
nas imagens da época, Isabel passa a ser retratada como uma santa a
redimir os escravos, que aparecem sempre descalços e ajoelhados,
como a rezar e a abençoar a padroeira. Já a princesa surge de pé e ereta,
contrastada com a posição curvada e humilde dos ex-escravos, que
parecem manter a sua situação – se não mais real, ao menos simbólica.
Aos escravos recém-libertos só restaria a resposta servil e subserviente,
reconhecedora do tamanho do “presente” recebido. Estava inaugurada
uma maneira complicada de lidar com a questão dos direitos civis. Sem
a compreensão de que a abolição era resultado de um movimento
coletivo, permaneceríamos atados ao complicado jogo das relações
pessoais, suas contraprestações e deveres: chave do personalismo e do
próprio clientelismo. Nova versão para uma estrutura antiga em que as
relações privadas se impõem sobre as esferas públicas de atuação.
Como se fôssemos avessos a qualquer associação com a violência,
apenas reproduzimos hierarquias que, de tão assentadas, pareciam
legitimadas pela própria natureza. Péssima lição de cidadania: a
liberdade combinada com humildade e servidão, distante das noções de
livre-arbítrio e de responsabilidade individual. ”
(SCHWARCZ, Lilia. “Abolição como Dádiva”.
In: FIGUEIREDO, Luciano (org.). A Era da Escravidão. 
Rio de Janeiro: Sabin, 2009, p. 88-90.) 
A respeito da Lei Áurea é correto afirmar.
a) Além da liberdade, foi concedida para cada ex-escravizado uma
gleba de terras para que pudesse trabalhar e manter sua família. 
b) Foi estipulada uma indenização individual de um conto de réis para
cada ex-escravizado a título de indenização pelo seu trabalho
compulsório anterior. 
c) A lei estipulou um sistema jurídico que punia como crime contra a
humanidade qualquer forma de exploração e preconceito. 
d) A Abolição da escravidão proporcionou, ao Imperador Pedro II,
maior apoio dos cafeicultores e, dessa forma, protelou a
Proclamação da República. 
e) A assinatura da Lei Áurea não significou o fim do preconceito racial
e não propiciou acesso à terra ou a qualquer outra forma de
indenização às populações libertas.
RESOLUÇÃO:
Com a abolição do escravismo, a marginalização socioeconômica do negro
liberto tornou-se um fenômeno nacional já nos fins do século XIX, pois à
liberdade jurídica não corresponderam as demais liberdades essenciais à
sua integração na sociedade, acesso à terra ou pagamento de qualquer tipo
de indenização.
Resposta: E
8. (UERJ-Adaptado) –
(Charge de Angelo Agostini, 1888.)
A charge procura demonstrar o clima político existente no final do Brasil
Império quando da abolição da escravatura, em 1888. A melhor
interpretação da conjuntura que levou à deposição de D. Pedro II é 
a) a existência de conflitos entre republicanos e militares, pois estes
tinham uma posição antiabolicionista.
b) a tensão nos setores pobres da população urbana, os quais temiam
que a República provocasse o retorno da escravidão.
c) a retirada do apoio à Monarquia por parte da elite proprietária de
terras, que se sentiu traída com a abolição da escravatura.
d) o antagonismo do Partido Republicano em relação aos proprietários
de terras, todos eles defensores da escravidão.
e) o republicanismo dominante no clero brasileiro desde os tempos de
Frei Caneca, no Primeiro Reinado.
RESOLUÇÃO:
A abolição da escravatura, sancionada sem prever indenização aos 
ex-senhores de escravos, afastou da Monarquia o últimosetor social que a
apoiava: os cafeicultores escravistas, estabelecidos sobretudo no Vale do
Paraíba. 
Resposta: C
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1. (FATEC) – A primeira Constituição republicana do Brasil foi
promulgada pelo presidente Deodoro da Fonseca, em 1891. Acerca
dessa Carta Constitucional, assinale a alternativa incorreta.
a) Extinguiu o padroado e promoveu o casamento civil no país.
b) Apresentou como novidade o voto secreto para os homens maiores
de 21 anos.
c) Consagrou a fórmula republicana juntamente com o ideal
federalista.
d) Estabeleceu o mandato presidencial de 4 anos, sem a possibilidade
de reeleição presidencial.
RESOLUÇÃO:
Pela Constituição de 1891 ficavam instituídas as eleições diretas em todos os
níveis e o voto universal, masculino e a descoberto (ou seja, não secreto) para
os maiores de 21 anos. Não tinham direito de voto as mulheres, os soldados
e cabos das Forças Armadas e dos corpos policiais, os analfabetos, os
mendigos e os religiosos do clero regular.
Resposta: B
2. (FATEC) – Entre as principais características do modelo político
adotado no Brasil durante a República Velha (1889-1930), destacaram-se 
a) a política do “Regresso Conservador”, o militarismo e o voto
censitário.
b) a “Política dos Governadores”, o coronelismo e o “voto de
cabresto”.
c) o “parlamentarismo às avessas”, o clientelismo e o voto a
descoberto.
d) a “Política do Café com Leite”, o coronelismo e o voto secreto
censitário.
e) a política de valorização do café, a prática do populismo e o voto
universal.
RESOLUÇÃO:
Embora a Primeira República Brasileira se tenha estendido de 1889 a 1930,
as características mencionadas na alternativa são mais aplicáveis à
chamada “República das Oligarquias”, que teve início em 1894, após o
período denominado “República da Espada”. A “Política dos Governado -
res”, que embasou a “Política do Café com Leite”, consistia no apoio
recíproco entre o governo federal e as oligarquias estaduais; estas, por sua
vez, apoiavam-se no coronelismo (mandonismo local dos grandes
proprietários) e na prática do voto aberto, que ensejava a pressão sobre o
eleitor, configurando o “voto de cabresto”.
Resposta: B
3. (UNICENTRO) – Sobre a Guerra do Contestado (1912-1916) é
correto afirmar que
a) o Contestado é a denominação do conflito armado que ocorreu no
final do século XIX entre Paraná e Santa Catarina pela posse dos
Campos de Palmas. 
b) trata-se de uma contestação – por isso o nome Contestado – feita
pelo governo da Argentina acerca da posse do território de Palmas
no início do século XX. 
c) a Brazil Railway Company obteve do governo brasileiro a
concessão de terras como remuneração pela construção da ferrovia
que liga São Paulo ao Rio Grande do Sul, ocasionando a expulsão
dos moradores da região, os quais resistiram. 
d) o conflito ocorreu quando da construção de uma rodovia entre os
estados de Santa Catarina e Paraná, seguindo as fronteiras
estabelecidas pelo Caminho dos Tropeiros. 
e) o Contestado foi um levante apenas de caráter religioso liderado
por Antônio Conselheiro.
RESOLUÇÃO:
Em 1912, a construção de uma ferrovia na região limítrofe entre Paraná e
Santa Catarina, que era disputada pelos dois estados, acabou desalojando
milhares de posseiros, deflagrando a Guerra do Contestado – um
movimento de fundo messiânico, caracterizado pelo fanatismo religioso. 
Resposta: C
4. (FMJ) – “O interior do país foi então percorrido por viagens
científicas do Instituto Oswaldo Cruz, que levaram a saúde do litoral
ao encontro dos sertões brasileiros. Entre 1907 e 1913, regiões do
interior paulista, de Minas, da Bahia, os vales do São Francisco e do
Tocantins, alcançando até a Amazônia, entraram na rota de tais
expedições higienistas. As “patologias do Brasil” pareciam atingir a
todos, mas os grandes alvos – além dos sertanejos, caipiras e
populações do interior – foram os ex-escravos, os habitantes pobres
das cidades, os moradores dos cortiços e favelas, os imigrantes,
trabalhadores e camponeses.”
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling.
Brasil: uma biografia, 2015. Adaptado.)
Esses projetos médicos do início da República brasileira
a) confirmavam a marginalização das massas rurais e urbanas, alijadas
do poder e sujeitas a precárias condições de vida.
b) relacionavam-se ao humanitarismo de cientistas estrangeiros,
precursores de ações sanitárias eficazes no combate às epidemias.
c) atendiam aos interesses das oligarquias agrárias e dos empresários
urbanos, preocupados com a ampliação do eleitorado.
d) fundamentavam-se no método científico em voga no mundo dito
civilizado, que procurava integrar sertão e litoral.
e) combatiam as teorias baseadas na eugenia e no darwinismo social,
uma vez que pretendiam assimilar a população mestiça.
RESOLUÇÃO:
A alternativa confirma o texto, que afirma que os grandes alvos das
expedições higienistas eram “os sertanejos, caipiras e populações do
interior (...) – os ex-escravos, os habitantes pobres das cidades, os
moradores dos cortiços e favelas, os imigrantes, trabalhadores e
camponeses”. Além da questão higienista, devido ao sistema político da
República das Oligarquias, essas populações também estavam “alijadas do
poder”.
Resposta: A
5. (UFPR – Adaptado) – Os movimentos messiânicos brasileiros,
como Canudos e Contestado, ocorreram entre o final do século XIX e
o início do XX. Sobre eles, considere as afirmações a seguir.
I. Foram movimentos de resistência social, liderados por anarquistas
de origem italiana.
MÓDULO 55 Primeira República
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II. Foram movimentos baseados na religiosidade popular, em meio à
laicização do Estado Brasileiro imposta pela proclamação da
República.
III.Foram movimentos religiosos liderados pela Igreja Católica,
contrária às reformas políticas do Estado Brasileiro.
IV. Foram movimentos relacionados com a disputa pelo poder local e
com a luta pela terra.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras.
e) Apenas as afirmações II e IV são verdadeiras.
RESOLUÇÃO:
A afirmação I é falsa porque não houve participação de anarquistas nos
movimentos de Canudos e do Contestado. A afirmação III é falsa porque a
religiosidade dos camponeses tinha caráter popular e não estava vinculada
à Igreja Católica.
Resposta: E
6. (UNESP) – A disputa pelo Acre, entre Brasil e Bolívia, na passagem
do século XIX para o XX, envolveu
a) guerra entre os dois países, que durou mais de dez anos e provocou
a destruição de boa parte das áreas de plantio e extrativismo na
região.
b) atuação militar e política da Grã-Bretanha, que mediou as
negociações entre os países sul-americanos e estabeleceu a
hegemonia britânica na região amazônica.
c) interesses dos dois países relacionados à exploração do látex, que
atraíra grande contingente de brasileiros para a região, na segunda
metade do século XIX.
d) intervenção dos Estados Unidos, que aproveitaram o conflito entre
os países sul-americanos para assumir o controle sobre a exploração
do gás natural boliviano.
e) conflitos armados, que se alastraram por toda a região amazônica no
princípio do século XX e dos quais participaram, também, a
Colômbia e a Venezuela.
RESOLUÇÃO:
O início da Segunda Revolução Industrial criou novas necessidades, com
destaque para a borracha, cuja grande área produtora era a Bacia do alto
Amazonas. O Acre, então território boliviano, tinha importância nesse
contexto, devido à abundância de seringueiras. Numerosos brasileiros
penetraram na região, entrando em confronto com forças bolivianas.
Liderados pelo engenheiro Plácido de Castro, chegaram a proclamar o
“Estado Independente do Acre”, em 1901. Finalmente, pelo Tratado de
Petrópolis, o Brasil comprou o Acre da Bolívia, incorporando-o ao
território nacional.Resposta: C
7. (UNESP) – A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil
quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se
a) ao florianismo, do qual se originou, e ao repúdio às fraudes
eleitorais da Primeira República.
b) à tentativa de implantação de um poder popular, expressa na defesa
de pressupostos marxistas.
c) ao movimento tenentista, do qual foi oriunda, e à tentativa de
derrubar o presidente Artur Bernardes.
d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira República e ao apoio à
candidatura presidencial de Getúlio Vargas.
e) ao esforço de implantação de um regime militar e à primeira
mobilização política de massas na história brasileira.
RESOLUÇÃO:
A Coluna Prestes (da qual Luís Carlos Prestes foi subcomandante)
constituiu o ponto alto do movimento tenentista iniciado com o episódio
dos 18 do Forte. Embora o objetivo imediato da Coluna fosse a derrubada
do presidente Artur Bernardes (1922-26), o movimento tinha uma
dimensão mais ampla, contrária à República Oligárquica e favorável a
reformas políticas, com uma inserção maior dos cidadãos na vida nacional.
Resposta: C
8. (UFAM) – “A revolução estourou em Minas Gerais e no Rio
Grande do Sul na data de 3 outubro de 1930. Em São Paulo, o PD
(Partido Democrático) esteve praticamente à margem das articulações
revolucionárias e a situação não se alterou. Em Minas houve alguma
resistência. No Nordeste o movimento foi desfechado na madrugada do
dia 04, sob o comando de Juarez Távora, tendo a Paraíba como centro
de operações. Para garantir o êxito da revolução em Pernambuco,
Juarez contou com o apoio da população do Recife. O povo ocupou
prédios federais e um depósito de armas, enquanto os ferroviários da
Gret Western entraram em greve.”
FAUSTO, Bóris, História concisa do Brasil.
São Paulo: EDUSP, 2011, p. 180
O trecho anterior se refere a um dos episódios da História do Brasil
conhecido como Revolução de 1930. Este movimento pôs fim à
Primeira República e iniciou uma nova etapa na história do nosso país,
na qual o comando coube a Getúlio Vargas. Assinale a alternativa
correta quanto aos motivos que propiciaram a Revolução de 1930:
a) A crise de 1929, que reduziu os preços do café que o Brasil
exportava (ocasionando a falência de cafeicultores); e a ruptura
entre as oligarquias tradicionais de São Paulo e Minas Gerais
favoreceram a criação da Aliança Liberal, a qual lançou a
candidatura de Vargas à presidência. 
b) A aliança entre a ANL (Aliança Nacional Libertadora) e a AIB
(Ação Integralista Brasileira), juntamente com a crise de 1929,
criaram um cenário favorável aos grupos políticos insatisfeitos com
o governo de Washington Luís. 
c) O rompimento entre as oligarquias do Rio Grande do Sul e de
Minas Gerais e o movimento tenentista favoreceram a ascensão de
Vargas ao governo. 
d) O estabelecimento de alianças políticas entre os tenentes e Júlio
Prestes, bem como a ascensão do café brasileiro no mercado
internacional, culminaram na Revolução de 1930. 
e) O apoio de Luís Carlos Prestes a Getúlio Vargas e o agravamento
de tensões políticas ao longo da década de 1920.
RESOLUÇÃO:
A alternativa trata dos principais fatores (interno e externo) que levaram
à Revolução de 1930: internamente, houve a ruptura entra as oligarquias
paulista e mineira devido ao fato de Washington Luís ter preferido o nome
do paulista Júlio Prestes em vez de um mineiro, o que desagradou a Antônio
Carlos Ribeiro de Andrada, governador do estado de Minas Gerais e levou
ao rompimento da política do Café com Leite; já externamente, efeitos
iniciais da Crise de 1929 já abalavam o setor cafeeiro, fato que foi
percebido, pelos adversários da oligarquia cafeicultora, como uma
oportunidade de derrubá-la.
Resposta: A 
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1. (UNIPAR) – A veiculação de propaganda política através do rádio
foi um recurso amplamente usado pelos governos populistas de Vargas
e Perón na América Latina. A transmissão de discursos presidenciais
especialmente direcionados aos ouvintes tinha por objetivo principal:
a) ampliar a participação popular nas esferas do poder político do
Estado.
b) informar a população da situação econômica do país e das medidas
aprovadas pelo Congresso.
c) promover a identificação do cidadão com o líder político,
autointitulado protetor dos pobres.
d) assegurar a não realização de greves e reivindicações trabalhistas
que prejudicassem a estabilidade nacional.
e) veicular campanhas sociais contra o analfabetismo, a fome e as
mazelas que atingiam a população humilde.
RESOLUÇÃO:
Sendo o populismo um movimento de massas, o uso de um meio de
comunicação que atingisse a todos foi essencial para seus líderes. Por meio
do rádio, a população estaria mais próxima de seus líderes, que se
apresentavam como seus defensores: Vargas era o “pai dos pobres” e Eva
Perón, esposa de Juan Domingo Perón, era a “mãe dos descamisados”.
Resposta: C
2. (UNIPAR) – “Foi a ascensão das classes sociais urbanas, com a
deposição do governo Washington Luís, em 1930, que criou novas
condições sociais e políticas para a conversão do Estado Oligárquico
em Estado Burguês. Esse foi o contexto em que o Governo Getúlio
Vargas, nos anos 1930-1945, passou a pôr em prática novas diretrizes
políticas quanto às relações entre assalariados e empregadores”.
(Ianni, Octávio. Estado e planejamento econômico no Brasil (1930-1970).
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977, p. 34.)
Conforme o texto, novas diretrizes políticas passaram a nortear o
governo Vargas, especialmente após 1937, quando foi decretado o
Estado Novo, que intensificou a regulamentação das relações entre as
classes patronais e os trabalhadores, no processo de industrialização
vivido pelo Brasil no período posterior a 1930. O espírito dessa
intervenção estatal se expressa na:
a) negação de práticas valorizadas pelo fascismo, como o
corporativismo e a máquina de propaganda.
b) busca da harmonia social caracterizada pelo fortalecimento do
Estado, que passa a tutelar as divergências e conflitos.
c) tentativa de aproximar a política trabalhista, cada vez mais, dos
integralistas, com vistas a aliciar Plínio Salgado para a chefia do
PTB.
d) valorização exclusiva dos trabalhadores nacionais, objetivando
dar-lhes oportunidade de alcançar o poder e assim fazer prevalecer
sua ideologia, conforme legislação que previa expulsão dos judeus
e outros estrangeiros, residentes no Brasil.
e) concessão do direito de greve aos trabalhadores e do de “lockout”
aos empresários, com o fim de dirimir conflitos trabalhistas.
RESOLUÇÃO:
O Estado Novo (1937-45) implantado por Getúlio Vargas inspirou-se – ao
menos parcialmente – no modelo fascista italiano; daí a influência do
corporativismo de Mussolini, que estabelecia o controle do Estado sobre
as classes trabalhadoras e também sobre o patronato.
Resposta: B
3. (VUNESP) 
O cartaz alusivo à Revolução de 1932, contendo a mensagem “Você
tem um dever a cumprir”, conclamava
a) os gaúchos à defesa do Governo Provisório de Vargas, ameaçado
pelas forças separatistas dos estados.
b) os paulistas e outros moradores do estado de São Paulo à luta pela
reconstitucionalização do País.
c) os jovens a ingressarem na Força Expedicionária Brasileira, na luta
contra o nazifascismo.
d) os operários à mobilização em prol da legislação trabalhista, cujo
projeto fora vetado pelo Congresso Nacional.
e) os empresários a defenderem a livre-iniciativa econômica, amea -
ça da pelo governo da Aliança Liberal.
RESOLUÇÃO:
A Revolução Constitucionalista de 32 representou um esforço da oligarquia
paulista para recuperar o poder político, do qual fora alijada em 1930.
Visando cooptar toda a população do estado (o que incluía brasileiros 
não paulistas e numerosos imigrantes), a propaganda revolucionária
realçou o fato de o Governo Provisório de Vargas não ser regido por uma
Constituição. Os líderes do movimento esperavam também que o tema da
reconstitucionalização sensibilizasse outros estados – o que não ocorreu,
pois somenteMato Grosso apoiou São Paulo.
Resposta: B
MÓDULO 66 Era Vargas
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4. (PUC-PR) – “O ano de 1930 tem grande significado na vida de
Prestes; é o momento em que, diante da pressão para que assumisse a
liderança do movimento que ficaria conhecido como a “Revolução de
30”, ele rompe com seus antigos companheiros, os “tenentes”, e se
posiciona publicamente a favor do programa do Partido Comunista.”
(PRESTES, Anita Leocadia. Luiz Carlos Prestes: um comunista
brasileiro. São Paulo: Boitempo, 2015.)
Presente em diferentes momentos da história do Brasil, Luiz Carlos
Prestes tornou-se personagem importante da República Velha até a
Redemocratização. Primeiramente integrante do movimento tenentista,
durante os anos de exílio, após o fim da Coluna Prestes (1925-27),
estuda e se aproxima do comunismo, regressando clandestinamente ao
país como líder da Intentona Comunista (1935). Uma tentativa de
revolução que faz parte de um contexto histórico, a respeito do qual
podemos afirmar que 
a) composto por grupos diferentes como líderes sindicais, comunistas
e intelectuais, o levante de 35 foi amplamente combatido pelos
militares, cujos batalhões se levantaram contra os revoltosos a partir
de Natal chegando até o Rio de Janeiro, antiga capital do país. 
b) os integralistas participaram ativamente do aparelhamento da
Intentona Comunista, movimento articulado entre antigos membros
da ANL e da AIB, ambos partidos políticos contrários ao governo
Vargas. 
c) a ANL, agremiação política apoiada por Prestes, defendia
principalmente a reforma agrária, a suspensão do pagamento da
dívida externa e o combate ao fascismo. Com seu fechamento pelo
governo Vargas, teve início a organização do levante armado
conhecido sob o nome de Intentona Comunista com diversos de
seus remanescentes. 
d) o recém-criado PCB contava com amplo apoio popular, fato que
ajudou no alastramento da revolta pelo país e gerou forte reação do
governo, que respondeu com grande número de prisões e cassações
políticas. 
e) o presidente Vargas conseguiu contornar o levante comunista de
1935, contudo, dois anos depois, um novo movimento chamado
Plano Cohen teve início, provocando o decreto de estado de sítio e
o início de um governo ditatorial, o Estado Novo (1937-45). 
RESOLUÇÃO:
A ANL reunia algumas correntes ideológicas que até então haviam seguido
caminhos independentes e mesmo opostos: tenentes esquerdistas,
socialistas, comunistas etc. As reivindicações básicas da ANL eram:
suspensão do pagamento das dívidas externas (“imperialistas”), a
nacionalização de todas as empresas estrangeiras; reforma agrária;
garantia das mais amplas liberdades populares pelo povo brasileiro; e
constituição de um governo popular. Em 1935 Luís Carlos Prestes, líder da
ANL, lançou violento discurso contra Vargas, que terminou com a frase:
“Abaixo o governo odioso de Vargas! Todo o poder à Aliança Nacional
Libertadora!”. A reação governamental foi imediata e determinou-se o
fechamento da sede da ANL por seis meses e muitos de seus líderes foram
presos. Enquanto isso, outros membros da ANL, conduzidos por Prestes,
secretamente, conspiravam a revolta – era o início da Intentona Comunista.
Resposta: C
5. (UFAM) – No Brasil, em setembro de 1937, após a divulgação de
um falso plano de insurreição comunista (Plano Cohen), Getúlio Vargas
fecha o Congresso Nacional e impõe uma nova Constituição,
inaugurando assim o Estado Novo. Sobre esse período, é incorreto
afirmar que:
a) a Constituição de 1937 foi redigida pelo jurista Francisco Campos,
ministro da Justiça de Vargas, tendo sido inspirada nas constituições
fascistas da Itália e da Polônia e, por isso, foi apelidada de “Polaca”.
Entretanto, não é correto considerar o Estado Novo como um
regime fascista, mas sim uma ditadura inspirada no fascismo
europeu. 
b) a Constituição de 1937 tinha como características fundamentais: a
centralização da política, fortalecendo o poder do presidente; a
extinção do Legislativo; a indicação de governadores
(interventores) dos estados pelo presidente; legislação trabalhista. 
c) a Constituição de 1937 foi elaborada por uma Assembleia
Constituinte convocada, às pressas, por Getúlio Vargas e composta
por um seleto grupo de juristas brasileiros e estrangeiros que,
liderados por Francisco Campos, Ministro da Justiça de Vargas,
contou ainda com a importante participação de um conhecido jurista
polonês, Raphael Lemkin, que apelidou a nova Constituição de
“Polaca”. 
d) o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) foi criado com o
objetivo de fortalecer a ditadura varguista. Por um lado, enaltecia a
figura do presidente através de ampla propaganda de seus atos e, por
outro lado, controlava os meios de comunicação de massa,
realizando violentas censuras e promovendo eventos culturais que
valorizassem a figura de Vargas. 
e) no Estado Novo, Vargas investiu pesadamente em industrialização,
criando grandes indústrias estatais como, por exemplo, a
Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Vale do Rio Doce.
Dessa forma, pode-se afirmar que a Era Vargas caracterizou-se por
uma modernização conservadora.
RESOLUÇÃO:
A alternativa C está incorreta porque a Constituição foi outorgada por
Vargas em 1937, dando início à ditadura do Estado Novo. Foi elaborada
pelo jurista Francisco Campos e ficou conhecida como “A Polaca”, por ter
sido inspirada na Constituição autoritária da Polônia.
Resposta: C
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6. (FGV) – Leia com atenção trechos selecionados da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT), de 1943:
Título I
Introdução
Art. 1º – Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações
individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.
Art. 2º – Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva,
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º – Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da
relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
(...)
Art. 3º – Considera-se empregado toda pessoa física que prestar
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência
deste e mediante salário. 
Parágrafo único – Não haverá distinções relativas à espécie de emprego
e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico
e manual.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm>.
Acesso em: 16/2/2019.
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi
a) caracterizada pela participação ativa do Estado brasileiro como
mediador e árbitro das relações entre capital e trabalho.
b) estabelecida durante a Assembleia Constituinte, que organizou o
ordenamento jurídico do país na década de 1940.
c) marcada pelos princípios liberais que defendiam o
empreendedorismo e a livre concorrência como práticas
econômicas e trabalhistas.
d) resultado da imposição dos interesses dos operários aos empresários
e ao Estado em virtude da forte mobilização dos trabalhadores no
governo Vargas.
e) fruto de discussões livres e democráticas entre trabalhadores e
empresários e tornou-se modelo de legislação trabalhista na
América do Sul.
RESOLUÇÃO:
A Consolidação das Leis do Trabalho posta em vigor por Getúlio Vargas,
em 1943, inspirou-se na Carta del Lavoro fascista italiana, segundo a qual
cabia ao Estado regular as relações entre patrões e empregados, com vistas
à manutenção da “paz social”.
Resposta: A
7. (ESPM) – Em meados de 1944, partiu para a Itália a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), formada por 25.000 combatentes que
se incorporaram às forças norte-americanas na Itália. Assinale a
alternativa que se relaciona com a participação brasileira na Segunda
Guerra Mundial.
a) O governo de Getúlio Vargas fortaleceu-se com a derrota do Eixo
no conflito, o que permitiu a sobrevida

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