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FGV
2016 - 2020
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1. (Fgv 2020) Podem-se apanhar muitos fatos da vida daqueles sertane-
jos dizendo que atravessaram a época do couro. De couro era a porta das 
cabanas, o rude leito aplicado ao chão duro, e mais tarde a cama para os 
partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó 
ou alforge para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para 
milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as 
broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou 
para apurar sal.
(Capistrano de Abreu. Capítulos de história colonial: 1500-1800, 2000.)
O texto descreve a cultura material da pecuária, que a partir do século XVI 
estendeu-se ao interior nordestino da colônia do Brasil. A criação de gado 
a) empregava predominantemente a mão de obra escrava africana e conso-
lidou a pequena propriedade rural às margens dos grandes rios da região. 
b) contribuía com o complexo econômico litorâneo e funcionou em um re-
gime de contenção econômica de gastos devido ao aproveitamento de 
recursos locais. 
c) transgredia os ordenamentos legais da administração metropolitana e 
jamais se caracterizou como atividade econômica lucrativa. 
d) deslocava o centro dinâmico da exploração econômica da colônia e con-
tribuiu para o adensamento demográfico em novos territórios. 
e) favorecia o surgimento de cidades autoadministradas e revelou a existên-
cia de jazidas de metais preciosos nas áreas recém-descobertas. 
 
2. (Fgv 2020) A primeira medida importante tomada pelo Príncipe-Regente 
após sua chegada foi o Alvará de 1o de abril de 1808. O propósito funda-
mental do ato legislativo era promover a industrialização do Brasil. Alguns 
importantes incentivos foram concedidos por meio do Alvará de 28 de abril 
de 1809: isenção de imposto de exportação para manufaturados nacionais, 
uso obrigatório de bens nacionais pelas tropas reais e a distribuição anual 
de 60 mil cruzados entre os industriais na tecelagem de algodão, lã e seda.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. 
Adaptado.)
Considerando as informações do texto e conhecimentos sobre a transferên-
cia da Corte portuguesa para o Brasil, pode-se afirmar que o governo 
a) promovia a industrialização do país, cobrando impostos elevados de mer-
cadorias importadas da Inglaterra. 
b) procurava ampliar o mercado consumidor interno, abolindo gradualmente 
a exploração do trabalho escravo. 
c) desenvolvia a indústria armamentista, objetivando a expulsão das tropas 
bonapartistas do território português. 
d) visava aparelhar a colônia como o centro do Império, viabilizando as polí-
ticas econômicas contrárias aos estatutos coloniais. 
e) invertia a ordem do domínio colonial, bloqueando o desenvolvimento da 
economia manufatureira no reino de Portugal. 
 
3. (Fgv 2020) Leia uma passagem do livro Memórias póstumas de Brás 
Cubas, de Machado de Assis, publicado em primeira edição em 1881. O 
trecho citado passa-se na década de 1840 e apresenta a voz de um perso-
nagem indignado com o momento histórico brasileiro.
Opinava por várias coisas, entre outras, o desenvolvimento do tráfico dos 
africanos e a expulsão dos ingleses. [...] Que os levasse o diabo os ingleses! 
Isto não ficava direito sem irem todos eles barra fora. Que é que a Inglaterra 
podia fazer-nos? Se ele encontrasse algumas pessoas de boa vontade, era 
obra de uma noite a expulsão de tais godemes1... Graças a Deus, tinha pa-
triotismo.
(Memórias póstumas de Brás Cubas, 1970.)
1Godemes: neologismo de grande circulação na cultura brasileira do perío-
do. Fusão de duas palavras inglesas, “god” (Deus) e “demon” (demônio).
Pelo conteúdo dessa passagem, pode-se concluir que 
a) a forte retórica nacionalista do personagem respondia às decisões do 
Parlamento inglês de combate ao comércio oceânico de escravos. 
b) os comerciantes ingleses disputavam com comerciantes brasileiros o 
monopólio do fornecimento dos escravos africanos para as colônias britâ-
nicas das Antilhas. 
c) a ocupação pela marinha inglesa dos portos da África Ocidental encare-
cia o preço da mão de obra escrava no mercado internacional. 
d) as ações das mais rentáveis companhias brasileiras de comércio de es-
cravos foram retiradas do sistema financeiro londrino. 
e) o interlocutor apoiava o decreto imperial de ruptura das relações com a Inglaterra, 
em face das agressões do almirantado contra os navios negreiros em alto mar. 
 
4. (Fgv 2020) O contrato de trabalho na fazenda de café paulista consistia 
no pagamento anual de uma certa quantia por cada mil pés de café cuida-
dos [...]. O colono ainda recebia uma quantia estipulada por alqueire (medi-
da) de café colhido. [...] O que tinha uma importância extraordinária no sis-
tema de trabalho nas fazendas paulistas era, entretanto, a possibilidade de 
plantar produtos de subsistência entre os cafeeiros e a obtenção de um pe-
daço de terra com essa finalidade, além de um pasto para alguns animais.
(Maria Tereza Schorer Petrone. “Imigração”. In: História geral da civilização 
brasileira: O Brasil republicano, tomo III, vol. 2, 1990.)
O estímulo à contratação de trabalhadores estrangeiros pelas fazendas pau-
listas, no contexto de abolição da escravidão no final do século XIX, implicou 
a) a estagnação relativa da economia de exportação e o predomínio gradual 
da industrialização sustentada pela formação do mercado consumidor 
interno. 
b) a permanência da exploração compulsória do trabalho nos moldes colo-
niais e o fracasso da política de transferência de agricultores estrangeiros 
para o Brasil. 
c) a ampliação da base monetária da economia do país e a manutenção do 
ritmo da atividade agroexportadora com a expressiva oferta de mão de 
obra. 
d) a pacificação das relações de trabalho nos latifúndios paulistas e a de-
pendência política do grande proprietário em relação aos eleitores rurais. 
e) a assinatura de acordos do estado de São Paulo com os países de ori-
gem da mão de obra e a pronta aceitação da nacionalidade brasileira 
pelos recém-chegados. 
 
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5. (Fgv 2020) Com a repetição da crise econômica em 1937 e a aproxima-
ção da guerra, não admira que o Estado parecesse melhor preparado do 
que os empresários para resolver o problema da estagnação e incentivar 
a rápida industrialização. Quando se verificou ser um erro a reaplicação da 
teoria do comércio liberal, depois da guerra, os controles foram reassumi-
dos por um governo [...] que se viu também obrigado, por falta de alternati-
va, a chamar o capital estrangeiro nas condições por ele impostas.
(Warren Dean. A industrialização de São Paulo, s/d.)
O texto alude a um período relativamente vasto da história econômica do 
Brasil, em que se compuseram 
a) nacionalizações crescentes de empresas estrangeiras, protecionismo 
alfandegário e política de desvalorização cambial. 
b) criações de empresas estatais, política livre-cambistae estímulos às 
implantações de unidades econômicas privadas. 
c) socializações das indústrias de bens de produção, privatizações de em-
presas produtoras de bens de consumo popular e internacionalização do 
capital financeiro. 
d) impostos elevados sobre os lucros excessivos das empresas estrangei-
ras, proteção governamental aos empresários nacionais e privatização 
de indústrias estatais. 
e) garantias de preços mínimos para os produtos de empresas estatais, 
livre negociação entre patrões e empregados e reserva de mercado para 
as multinacionais. 
 
6. (Fgv 2020) Observe a capa do livro Assim falou Juca Pato, de Belmon-
te, publicado em primeira edição em 1933.
Belmonte é o pseudônimo do jornalista, caricaturista e escritor Benedito 
Barros Barreto. Belmonte criou o personagem Juca Pato nas suas crônicas 
diárias no jornal Folha da Noite, a partir de 1925. O livro Assim falou Juca 
Pato (Aspectos divertidos de uma confusão dramática) é uma coletânea de 
crônicas publicadas no jornal. A capa do livro é uma ilustração dos assun-
tos tratados por Belmonte, tais como: 
a) consolidação do liberalismo econômico, tratados militares, independên-
cia de colônias africanas, primeira República brasileira, sufrágio univer-
sal feminino. 
b) alianças de governos totalitários, vitórias socialistas no Oriente, indus-
trialização colonial, Estado Novo brasileiro e pessimismo cultural. 
c) formação de Estados Nacionais, política de Paz Armada, aliança dos 
países do Terceiro Mundo, República Federal brasileira e dissolução dos 
costumes. 
d) constituição de regimes antidemocráticos, expansionismos militares, con-
testação do domínio colonial, situação política brasileira, modificações 
comportamentais. 
e) fortalecimento da Sociedade das Nações, internacionalismo econômico, 
criação do pan-asiatismo, movimento sindicalista brasileiro e movimento 
feminista. 
 
7. (Fgv 2020) Com efeito, coexistindo duas regiões dentro de uma mesma 
economia – integradas pelo mesmo sistema monetário – o salário de sub-
sistência da população tende a ser relativamente mais elevado ali onde é 
mais baixa a produtividade do homem ocupado na produção de alimentos. A 
coexistência das duas regiões numa mesma economia tem consequências 
práticas de grande importância. Assim, o fluxo de mão de obra da região de 
mais baixa produtividade para a de mais alta tenderá a pressionar sobre o 
nível de salários desta última, impedindo que os mesmos acompanhem a 
elevação da produtividade.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil, 1989.)
O texto apresenta uma teoria econômica geral, que pode ser aplicada à ex-
periência da história social brasileira, a partir, sobretudo, dos anos cinquenta 
do século passado. De fato, o desenvolvimento econômico do país 
a) tendeu à concentração das atividades produtivas mais dinâmicas nas 
regiões de menor concentração de trabalhadores assalariados. 
b) ocorreu por meio do deslocamento de operários especializados formados 
nas regiões de penúria social para os centros industrializados. 
c) provocou uma revolução social nas regiões de menor crescimento com a 
melhoria dos ganhos salariais dos trabalhadores locais com a queda da 
oferta de trabalho. 
d) impediu a constituição de um mercado nacionalmente integrado com a 
inexistência de mercado consumidor nas regiões de economias mais tra-
dicionais. 
e) processou-se em uma situação de deslocamento populacional interno fa-
vorável ao aprofundamento de desigualdades econômicas inter-regionais. 
 
8. (Fgv 2020) Observe o cartaz do documentário Jango, de 1984, dirigido 
por Sílvio Tendler.
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A foto do presidente João Goulart foi registrada durante o seu governo, antes de sua interrupção pelo golpe militar de 1964. Atentando-se, ao mesmo tempo, 
para o momento histórico da realização do filme e para o momento do registro da imagem do cartaz, verifica-se que o cineasta, frente à 
a) conjuntura de aliança entre militares e políticos golpistas, mostra a inocência política do presidente. 
b) Lei de Anistia política, revela a despreocupação do presidente com a gestão da crise econômica do seu governo. 
c) campanha pela volta das eleições diretas para o executivo federal, expressa uma visão serena e cordial do presidente. 
d) reunião da Assembleia Constituinte, alegoriza nas feições do presidente os anos tranquilos da democracia brasileira. 
e) consolidação da Nova República, sugere a passividade do presidente diante da intervenção golpista. 
 
9. (Fgv 2020) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns 
aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, 
associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de maneira mais abstrata, 
como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação 
de todos os cidadãos no exercício do poder.
(Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)
O autor argumenta que a organização da pólis grega 
a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas coletivas. 
b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos econômicos. 
c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos períodos de guerra. 
d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do mundo grego. 
e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um dos cidadãos. 
 
10. (Fgv 2020) [...] no final do século XIX [...] discursos “científicos” estabelecem, a partir de características físicas e culturais, uma classificação dos povos 
e uma desigualdade das raças. [...] Mas são sobretudo as revistas de geografia e de etnografia que influenciam os colonos, ao refletir sobre os melhores 
métodos para “civilizar nossos negros”. Considera-se, de fato, que os povos que não pertencem à “raça” branca são atrasados, infantilizados.
(Marc Ferro. A colonização explicada a todos, 2017.)
Considerando o texto e conhecimentos sobre a história europeia do final do século XIX, pode-se concluir que 
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a) as argumentações ideológicas procuravam legitimar socialmente projetos expansionistas. 
b) as afirmações da antropologia científica refutavam os artigos dos periódicos de grande circulação. 
c) as anexações de territórios estavam desvinculadas de interesses econômicos dos Estados conquistadores. 
d) as trocas culturais entre as nações eram vistas como a comprovação da diversidade social da humanidade. 
e) as potências pretendiam fortalecer militarmente os povos dominados por meio da medicina tropical. 
 
11. (Fgv 2020) Com a vitória do general Francisco Franco na Guerra Civil espanhola (1936-1939), milhares de refugiados espanhóis procuraram asilo no 
território francês. Os jornais da extrema direita francesa comentaram a chegada dos republicanos espanhóis.
[...] na extrema direita, a publicação do Partido Social Francês, Le Petit Journal, [afirma] que “a derrocada dos marxistas espanhóis” impõe a proteção do 
território. “O exército do crime está na França. O que você fará arespeito?” é a manchete do semanário antissemita Gringoire. No dia 8 de fevereiro, o jornal 
literário Candide tocou o alarme: “Toda a escória, toda a gentalha de Barcelona, todos os assassinos, os comunistas, os carrascos, os profanadores, todos 
os ladrões, todos os hereges saqueadores, todos os amotinados sem escrúpulos explodiram em nosso solo”. [...] O Action Française, uma “publicação do 
nacionalismo integral”, pragueja: “A França real não quer servir de depósito para criminosos e assassinos”.
(Anne Mathieu. “Em 1939, mergulhados nos campos de refugiados espanhóis na França”. Le monde diplomatique Brasil, agosto de 2019.)
A reação violenta da extrema direita francesa demonstra 
a) a crítica das organizações conservadoras à participação de tropas francesas na Guerra Civil e a iminente ascensão dos partidos fascistas ao governo 
francês. 
b) o isolamento da ditadura espanhola em uma Europa democrática e o fechamento da fronteira francesa com a Espanha franquista. 
c) a restrição à liberdade de expressão na França e a censura governamental às publicações de natureza extremista. 
d) o conteúdo internacionalizante da guerra civil e a existência de partidos políticos nacionais simpatizantes com governos autoritários europeus. 
e) a propagação de guerras civis nos países da Europa Ocidental e o enfraquecimento da economia capitalista no continente. 
 
12. (Fgv 2020) Por volta do final do século XVI, teve início uma transformação profunda no gênero de vida das classes privilegiadas. Os castelos deixaram 
de ser fortalezas e se tornaram residências de lazer no campo. Seus fossos foram cobertos e suas torres transformaram-se em ornamentos. As famílias ri-
cas tinham, além disso, solares na cidade, onde passavam uma parte do ano. Os divertimentos tornaram-se menos guerreiros, o torneio foi substituído pelo 
carrossel, exercício de habilidades a cavalo, vindo da Itália. O jogo de combate transformou-se na esgrima com espada, de origem italiana, modificada na 
França.
(Charles Seignobos. Histoire sincère de la nation française, 1982. Adaptado.)
As transformações assinaladas pelo texto sugerem 
a) a extinção das famílias nobres medievais com a ascensão social da burguesia de comerciantes e industriais. 
b) a pacificação das disputas entre Estados como resultado da evolução cultural da sociedade europeia. 
c) a passagem do poder político descentralizado para a centralização política do absolutismo monárquico. 
d) a dissolução da hierarquização social com base no nascimento face ao advento da sociedade de classes. 
e) a democratização do uso das terras produtivas com a abolição da exploração da mão de obra servil. 
 
13. (Fgv 2020) No apagar das luzes de um governo eleito em 2015 para tirar a Argentina do lamaçal econômico [...], a inflação passa dos 50%, o desemprego em 2019 
chegou a 10%, a taxa de juros alcança 72% ao ano e a economia em geral, que recuou 2,5% em 2018, deve ir mais para trás ainda neste ano.
(Katia Mello e Fernando Molica. “O perigo mora ao lado”. Veja, 28.08.2019.)
Esses resultados econômicos ocorreram em uma situação de 
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a) pressão internacional pela adoção da moeda única no Mercado Comum do Sul. 
b) esforço governamental de viabilização de uma política econômica neoliberal. 
c) fuga de capitais brasileiros dos mercados financeiros argentinos. 
d) encarecimento de produtos argentinos com a eventual dolarização da economia. 
e) deslocamento massivo de trabalhadores argentinos para estados brasileiros. 
 
14. (Fgv 2020) De maneira geral, a conquista progrediu com mais rapidez e mostrou-se mais eficiente contra os Estados indígenas organizados, uma vez 
que estes se renderam aos espanhóis como entidades unificadas. Quando caía uma capital urbana, todo o território imperial perdia muito do seu poder de 
resistência.
(Charles Gibson. “As sociedades indígenas sob domínio espanhol”. In: Leslie Bethell (org.). História da América Latina, vol. II, 1999.)
O texto alude a um aspecto da conquista espanhola dos povos ameríndios, no século XVI, que 
a) substituiu, em povos tradicionalmente dominados, a escravidão pelo trabalho assalariado. 
b) encontrou nas populações litorâneas da América grandes acúmulos de metais preciosos. 
c) contou com o apoio dos líderes religiosos nativos convertidos ao monoteísmo cristão. 
d) subjugou de forma pacífica antigas instituições imperiais em plena decadência política. 
e) usufruiu de uma estrutura hierárquica de dominação política nativa previamente instalada. 
 
15. (Fgv 2020) O movimento em prol dos direitos civis alcançou o seu apogeu entre 1963 e 1965. Em maio de 1963, o centro simbólico do movimento foi 
Birmingham, Alabama; ali, a polícia empregou uma violência brutal contra os ativistas. Mesmo que a realidade desses fatos já fosse por si mesma escanda-
losa, foi uma das primeiras vezes que imagens televisivas galvanizaram a opinião em vários países a poucas horas do ocorrido: a imagem da polícia sulista 
empregando cães e mangueira d’água contra crianças negras era difícil de esquecer.
(Philip Jenkins. Breve historia de Estados Unidos, 2017. Adaptado.)
O movimento pela igualdade de direitos civis 
a) constituiu uma exceção nos Estados Unidos da América, do ponto de vista das grandes mobilizações populares de contestação. 
b) foi ao longo dos anos basicamente pacífico de acordo com as orientações religiosas das comunidades negras. 
c) resultou da ascensão social da população negra nos Estados Unidos devido à adoção pelos governos sulistas de leis de proteção ao trabalho. 
d) formou uma frente ampla de resistência à exploração capitalista com os sindicatos de trabalhadores das indústrias automobilísticas. 
e) fortaleceu-se com a pronta divulgação das ações repressivas de forças segregacionistas, em uma dimensão internacional. 
 
16. (Fgv 2019) Considere as seguintes afirmações sobre o processo de emancipação política no Brasil:
I. Ocorreu no contexto geral da crise do Antigo Regime e teve como elementos particulares a instalação da Corte no Rio de Janeiro e a articulação política 
entre a elite colonial e setores da burocracia portuguesa.
II. Foi provocado pelas movimentações separatistas na Província de Cisplatina e na Bahia, no contexto de fragmentação da América espanhola.
III. Foi precedido pelo fim da exclusividade comercial da Metrópole e pela transformação do estatuto político do antigo domínio colonial para a condição de 
Reino Unido de Portugal e Algarves.
Está correto que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e III. 
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c) I e II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) III, apenas. 
 
17. (Fgv 2019) A viagem da família Gattai começara, em realidade, dois anos antes de embarcarem no “Città di Roma”, em Gênova. Meu avô tivera a opor-
tunidade de ler um livreto intitulado: “I Comune in Riva ai Maré”, escrito por um certo Dr. Giovanni Rossi — que assinava com o pseudônimo de Cárdias —, 
misto de cientista, botânico e músico. No folheto que tanto fascinara meu avô, Cárdias idealizava a fundação de uma “Colônia Socialista Experimental”, num 
país da América Latina — não especificava qual —, uma sociedade sem leis, sem religião, sem propriedade privada, onde a família fosse constituída de for-
ma mais humana, assegurando às mulheres os mesmos direitos civis e políticos que aos homens.
GATTAI, Zélia, Anarquistas graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, p. 111.
A ColôniaCecília, fundada por italianos anarquistas no Paraná em 1890, foi uma das experiências imigratórias no Brasil. A esse respeito, é correto afirmar: 
a) Muitas outras colônias semelhantes foram formadas no Brasil no século XIX devido à forte influência do anarquismo entre os imigrantes italianos. 
b) A experiência anarquista da Colônia Cecília destoava das características das estruturas agrárias, comportamentais e religiosas predominantes no Brasil. 
c) A Colônia Cecília estruturou-se com base nas experiências de parceria e solidariedade estabelecidas pelo senador Nicolau de Campos Vergueiro. 
d) O investimento público em tecnologia para o beneficiamento do café foi uma das particularidades da Colônia Cecília. 
e) Na Colônia Cecília, trabalhavam imigrantes e africanos escravizados em um sistema ordenado pela complementação de atividades. 
 
18. (Fgv 2019) Houve movimentos militares em 1945, 1954, 1964, uma tentativa frustrada em 1961 e um outro movimento em 1955, que precipitou um con-
tramovimento em defesa das autoridades constitucionais. Os anos de 1945 a 1964 assinalam o período da primeira experiência do Brasil com uma política 
competitiva, democrática e aberta.
Stepan, A., Os militares na política. As mudanças de padrões na vida brasileira. Rio de Janeiro: Artenova, 1975, p. 66.
Sobre os movimentos militares citados no texto é correto afirmar: 
a) Foram movimentos anticomunistas impulsionados pela polarização ideológica da Guerra Fria. 
b) Em 1945 e 1964, os presidentes da República foram destituídos, marcando o início de novos períodos políticos. 
c) A intervenção mais aguda ocorreu em 1961 com a implementação do regime presidencialista. 
d) Em seu conjunto, percebe-se a inexistência de correntes políticas de opiniões distintas no seio das Forças Armadas brasileiras. 
e) Tais intervenções militares revelam a característica democrática e civil da história da República brasileira. 
 
19. (Fgv 2019) Nas vésperas dos Descobrimentos e no próprio momento das viagens de Colombo, de Vasco da Gama e de Vespúcio, nenhuma das cinco 
representações da Terra descritas por Crates, Aristóteles, Parmênides (as zonas), Lactâncio e Ptolomeu parece prevalecer. Embora elas nos apareçam 
como absolutamente incompatíveis, as quatro primeiras tendem, com efeito, a conjugar-se para preservar o paradigma medieval de uma ecúmena plana, 
colocada sobre uma esfera “cosmográfica”.
RANDLES, RW.G.L Da Terra Plana ao Globo Terrestre. Uma rápida mutação epistemológica (1450-1520). Lisboa: Gradiva, 1990, p. 35. ecúmena: área da 
Terra habitada pelos seres humanos.
Acerca das concepções sobre a Terra e da expansão marítima Europeia afirma-se:
I. À época dos Descobrimentos, não havia nenhuma teoria acerca da esfericidade da Terra, o que reforçava a posição de setores religiosos que ainda sus-
tentavam o mito bíblico da Terra Plana.
II. A viagem de circum-navegação realizada por Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522, tornou-se um marco na História mundial por ter comprovado a 
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tese da esfericidade da Terra.
III. As lendas acerca da existência de monstros e de seres fantásticos que habitariam os mares e terras desconhecidos faziam parte do imaginário europeu 
à época dos Descobrimentos.
Está correto o que se afirma em 
a) I e III, apenas. 
b) I, II e III. 
c) II, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I e II, apenas. 
 
20. (Fgv 2019) Leia com atenção o trecho de Os Lusíadas.
Quem eram, de que terra, que buscavam,
Ou que partes do mar corrido tinham?
Os fortes Lusitanos lhe tornavam
As discretas respostas que convinham:
- «Os Portugueses somos do Ocidente,
Imos buscando as terras do Oriente.
«Do mar temos corrido e navegado
Toda a parte do Antártico e Calisto,
Toda a costa Africana rodeado;
Diversos céus e terras temos visto;
Dum Rei potente somos, tão amado,
Tão querido de todos e benquisto,
Que não no largo mar, com leda fronte,
Mas no lago entraremos de Aqueronte.
Luís de Camões, Os Lusíadas, século XVI. (adaptado)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000178.pdf
Sobre a chamada expansão marítima do século XVI, é correto afirmar: 
a) Iniciou-se com o Périplo Africano, que representou o primeiro contato histórico dos europeus com os povos da África. 
b) Foi possibilitada pelo processo de descentralização política portuguesa, que garantiu a participação de grupos particulares nas atividades marítimas. 
c) Teve motivações análogas às da Reconquista, como a conquista de terras e riquezas, a expansão do Cristianismo e o combate aos muçulmanos. 
d) Foi promovida pela Igreja estabelecida em Roma, que incumbiu os Estados ibéricos de empreenderem a conquista de novos continentes. 
e) Foi provocada pelos avanços dos povos islamizados do Norte da África sobre o sul do continente europeu. 
 
21. (Fgv 2019) Em 1962 tem lugar a crise dos ‘mísseis’, quando Kennedy ameaça novamente invadir Cuba pretextando a instalação de mísseis soviéticos 
na ilha. Sem consultar os cubanos, os soviéticos terminam por desmantelar os foguetes, que haviam sido oferecidos para a proteção do regime de Fidel.
SADER, Eder (org.) Che Guevara – Política. São Paulo: Expressão Popular, p. 24.
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Tendo em vista essa informação, é correto afirmar: 
a) O governo dos Estados Unidos fomentou o movimento dirigido por Fidel Castro para derrubar o presidente nacionalista Fulgêncio Batista. 
b) A “crise dos mísseis” provocou o completo isolamento do governo cubano, que se desentendeu tanto com os Estados Unidos quanto com a União Sovié-
tica. 
c) A “crise dos mísseis” provocou a saída de Che Guevara do governo cubano, demitido por Fidel Castro por suas posições radicais contra os Estados Uni-
dos. 
d) A “crise dos mísseis” desencadeou o embargo econômico dos Estados Unidos a Cuba, que foi suspenso com o fim da União Soviética em 1991. 
e) Em 1961, o governo estadunidense patrocinou a invasão da Baía dos Porcos, no sul de Cuba, por tropas integradas por exilados cubanos. 
 
22. (Fgv 2019) Leia com atenção a letra de uma canção composta durante a Segunda Guerra Mundial.
Sai, quinta-coluna,
Por sua causa é que vou me alistar
Quando eu calçar minha botina reiuna
Quero ver, quinta-coluna,
Se manifestar
Se um cavalheiro brasileiro ou estrangeiro
Só vive falando em Roma ou Berlim
Eu vou me desviando
Que esse cara está bancando
O quinta-coluna sobre mim
Antonio Nássara e Eratóstenes Frazão, Sai, quinta coluna, 1943.
Assinale a alternativa correta: 
a) O termo quinta-coluna, cunhado na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), referia-se à presença de agentes estadunidenses infiltrados no Brasil. 
b) A entrada do Brasil na guerra ocorreu após o rompimento das relações diplomáticas com o regime fascista espanhol. 
c) O governo brasileiro manteve uma postura indefinida até 1942, acompanhando o posicionamento e a orientação política da União Soviética. 
d) Com a entrada do Brasil na guerra, italianos, alemães e japoneses foram alvo de desconfianças e perseguições no Brasil. 
e) Durante a guerra, tornou-se obrigatório que um quinto das tropas brasileiras fosse composto por descendentes de alemães e italianos. 
 
23. (Fgv 2019) Costuma-se dizer que a religião deve ser separada da política e que o mundo eclesiástico não se deve imiscuir nos assuntos de Estado. 
Proclama-se que as altas autoridades eclesiásticas muçulmanas não devem intervir nas decisões sociais e políticas dogoverno. Tais afirmações só ema-
nam dos ateus: são ditadas e espalhadas pelos imperialistas. A política estava separada da religião no tempo do Profeta (...)?
AIATOLÁ KHOMEINI, O Livro Verde dos princípios políticos, sociais e religiosos. Rio de Janeiro: Record, 1979, p. 27.
O Aiatolá Khomeini foi um dos líderes da Revolução Iraniana de 1979, que derrubou o regime do Xá Reza Pahlevi. A esse respeito, afirma-se:
I. A Revolução Iraniana provocou a substituição de um regime imperial democrático por um Estado republicano de caráter autoritário.
II. Dirigido pelos xiitas, o movimento instaurou um governo fundamentalista que articulava os interesses do Estado a concepções religiosas muçulmanas.
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III. A ascensão do regime dos aiatolás foi patrocinada pelos governos dos Estados Unidos, interessados em estimular o conflito entre Irã e Iraque, dirigido, 
na época, por Saddam Hussein.
Está correto o que se afirma em 
a) I, apenas. 
b) II e III, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) II, apenas. 
 
24. (Fgv 2019) Em janeiro de 2019, o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela, desencadean-
do a escalada de uma crise política interna e internacional: o país possuía dois presidentes reconhecidos internacionalmente.
As afirmações a seguir caracterizam corretamente consequências dessa crise na Venezuela, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) O presidente autoproclamado foi imediatamente apoiado pelos Estados Unidos, que pressionaram pela queda do governo de Maduro. 
b) Representantes do Brasil e do Chile reconheceram a legitimidade de Juan Guaidó, em detrimento da política bolivariana do governo de Maduro. 
c) A Rússia e a China apoiaram a permanência de Maduro, em função de seus interesses em salvaguardar os investimentos feitos no país. 
d) Juan Guaidó buscou apoio, para sua presidência, na Organização dos Estados Americanos (OEA), solicitando que supervisione as novas eleições. 
e) Guaidó foi apoiado pela maior parte das Forças Armadas e de segurança de seu país, que sustentam o pleito para a redemocratização da Venezuela. 
 
25. (Fgv 2019) 
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) monta força-tarefa anti-fake news para as eleições de 2018
Reúna 145 milhões de eleitores brasileiros, 120 milhões de usuários do WhatsApp, outros 130 milhões no Facebook, opiniões políticas extremamente pola-
rizadas e fake news em profusão. A combinação de todos estes fatores durante as eleições presidenciais, em 2018, preocupa o TSE, que criou um Conse-
lho Consultivo sobre Internet e Eleições, agregando representantes da Justiça Eleitoral, do Governo Federal, do Exército Brasileiro e da sociedade civil. A 
proibição do financiamento de campanhas por empresas pode intensificar o uso de redes sociais, o que torna ainda mais importante controlar a difusão de 
notícias falsas a respeito dos candidatos, influenciando o resultado das eleições, como ocorreu no pleito presidencial norte-americano, de 2016.
Adaptado de https://dialogando.com.br
As afirmativas a seguir descrevem corretamente situações de fake news, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Conteúdo impostor: quando pessoas ou organizações têm seus nomes usados, mas com afirmações que não são suas. 
b) Falsa conexão: quando manchetes, imagens ou legendas apresentam “dicas” falsas em relação ao conteúdo da notícia. 
c) Conteúdo enganoso: quando situações ou personagens políticas são criticadas com ironia e, suas imperfeições, destacadas. 
d) Falso contexto: quando um conteúdo genuíno é compartilhado em um contexto falso para manipular a opinião pública. 
e) Conteúdo fabricado: quando informações corretas sobre pessoas, partidos ou países são veiculadas junto a inverdades. 
 
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26. (Fgv 2019) Em junho de 1979, guerrilheiros sandinistas tomavam a cidade de Manágua, capital da Nicarágua, estabelecendo o fim do governo ditatorial 
de Anastacio Somoza Debayle.
Acerca desse movimento, é correto afirmar: 
a) Representou o fim dos conflitos internos na Nicarágua e deu início a um período de normalidade democrática, em sintonia ao que se estabelecia em toda 
a América Latina. 
b) O apoio dos Estados Unidos foi decisivo para a vitória dos sandinistas e, posteriormente, para a integração da economia nicaraguense aos interesses 
norte-americanos. 
c) O assassinato do jornalista Pedro Joaquin Chamorro, em 1978, contribuiu para a aliança entre liberais e sandinistas contra o regime de Anastacio Somo-
za. 
d) Marcou a introdução da tática do foquismo e da luta armada nos conflitos sociais e políticos da América Latina. 
e) A Revolução Sandinista permitiu uma reaproximação entre os governos dos Estados Unidos e da União Soviética, o que resultaria no fim das tensões 
políticas da Guerra Fria. 
 
27. (Fgv 2018) A agromanufatura da cana resultaria em outro produto tão importante quanto o açúcar: a cachaça. Alambiques proliferaram ao longo dos 
séculos coloniais. A comercialização da bebida afetava profundamente a importação de vinhos de Portugal. Esse comércio era obrigatório, pois por meio 
dos tributos pagos pelas cotas do vinho importado é que a Coroa pagava as suas tropas na Colônia. A cachaça produzida aqui passou a concorrer com os 
vinhos, com vantagens econômicas e culturais. Essa concorrência comercial entre colônia e metrópole se estendeu para as praças negreiras e rotas de 
comercialização de escravos na África portuguesa. A cachaça brasileira, por ser a bebida preferida para os negócios de compra e venda de escravos africa-
nos, colocou em grande desvantagem a comercialização dos vinhos portugueses remetidos à África. A longa queda de braço mercantil acabou favorecendo 
afinal a cachaça, porque sem ela, nada de escravos, nada de produção na Colônia, com consequências graves para a arrecadação do reino.
(Ana Maria da Silva Moura. Doce, amargo açúcar. Nossa História, ano 3, nº 29, 2006. Adaptado)
A partir dessa breve história da cachaça no Brasil, é correto afirmar que 
a) essa produção prejudicou os negócios relacionados ao açúcar, porque desviava parte considerável da mão de obra e dos capitais, além de incentivar o 
tráfico negreiro em detrimento do uso do trabalho compulsório indígena, que mais interessava ao Estado português. 
b) esse item motivou recorrentes conflitos entre as elites colonial e metropolitana, condição em parte solucionada quando as regiões africanas fornecedoras 
de escravos tornaram-se também produtoras de cachaça, o que desestimulou a sua produção na América portuguesa. 
c) essa bebida tem uma trajetória que comprova a ausência de domínio da metrópole sobre a América portuguesa, porque as restrições ao comércio e à 
produção de mercadorias no espaço colonial não surtiam efeitos práticos e coube aos senhores de engenho impor a ordem na Colônia. 
d) esse produto desrespeitava um princípio central nas relações que algumas metrópoles europeias impunham aos seus espaços coloniais, nesse caso, a 
quebra do monopólio de grupos mercantis do reino e a concorrência a produtos da metrópole. 
e) essa mercadoria recebeu um impulso importante, mesmo contrariando as determinações metropolitanas, mas, gradativamente, perdeu a sua importância, 
em especial quando o tabaco e os tecidos de algodão assumiram a função de moeda de troca por escravos na África. 
 
28. (Fgv 2018) Como a sociedade do reino e as dos núcleos mais antigos de povoamento – a de Pernambuco,Bahia ou São Paulo – seguiam, em Minas, 
os princípios estamentais de estratificação, ou seja, pautavam-se pela honra, pela estima, pela preeminência social, pelo privilégio, pelo nascimento. A gran-
de diferença é que, em Minas, o dinheiro podia comprar tanto quanto o nascimento, ou “corrigi-lo”, bem como a outros “defeitos” (...) Como rezava um ditado 
na época, “quem dinheiro tiver, fará o que quiser”.
(Laura de Mello e Souza. Canalha indômita. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 1, nº 2, ago. 2005. Adaptado)
No Brasil colonial, tais “defeitos” referem-se 
a) aos que fossem acusados pelo Tribunal da Santa Inquisição e aos que estivessem na Colônia sem a permissão do soberano português. 
b) ao exercício de qualquer prática comercial desvinculada da exportação e à condição de não ser proprietário de terras e escravos. 
c) aos que explorassem ilegalmente o trabalho compulsório dos indígenas e aos colonos que não fizessem parte de alguma irmandade religiosa. 
d) aos colonos que se casavam com pessoas vindas da Metrópole e aos que afrontassem, por qualquer meio, os chamados “homens bons”. 
e) aos de sangue impuro, representados pela ascendência moura, africana ou judaica, e aos praticantes de atividades artesanais ou relacionadas ao peque-
no comércio. 
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29. (Fgv 2018) A integração da ordem “tradicional” às atividades econômicas e sua redefinição tendo em vista as práticas capitalistas pode também ser ob-
servada em outros setores dos negócios cafeeiros. Ainda a ‘confiança’ que fundamentou o comportamento nesse ramo aparece claramente associada a um 
requisito básico das práticas capitalistas: a rapidez.
No trânsito do café pelo Rio de Janeiro, as operações eram marcadas por um ritmo acelerado. Ao chegar do interior, sua estadia nos armazéns da estrada 
de ferro, sem que os comissários ficassem sujeitos a multas pesadas, era no máximo de oito dias.
FRANCO, M. S. de C., Homens livres na ordem escravocrata. 4a ed., São Paulo: Unesp, 1997, p. 182.
a) Aponte duas diferenças entre a produção cafeeira do Vale do Paraíba e a do Oeste paulista no século XIX.
b) Descreva os papéis dos comissários nos negócios do café.
c) Indique e explique dois aspectos nitidamente capitalistas na produção cafeeira do Oeste paulista. 
 
30. (Fgv 2018) A partir da década de 1970, ganhou espaço a interpretação de que o imperialismo inglês foi a causa da Guerra do Paraguai, deflagrada em 
dezembro de 1864. Segundo essa vertente, o trono britânico teria utilizado o Império do Brasil, a Argentina e o Uruguai para destruir um suposto modelo de 
desenvolvimento paraguaio, industrializante, autônomo, que não se submetia aos mandos e desmandos da potência de então. Estudos desenvolvidos a par-
tir da década de 1980, porém, revelam um panorama bastante distinto.
(Francisco Doratioto. Paraguai: guerra maldita. Em: Luciano Figueiredo, História do Brasil para ocupados, 2013. Adaptado)
Os novos estudos sobre a Guerra do Paraguai 
a) questionam a superioridade militar da aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai e consideram que a vitória dessas nações derivou mais de algumas cir-
cunstâncias favoráveis do que da competência bélica. 
b) apontam para o expansionismo territorial do Império do Brasil como o principal causador dessa guerra, como pode ser verificado por meio das pretensões 
brasileiras por territórios divisos com o Paraguai e a Argentina. 
c) atribuem a responsabilidade do conflito aos quatro países envolvidos, que estavam em um momento particular de suas histórias, porque se encontravam 
em meio aos processos de construção e consolidação dos Estados Nacionais. 
d) demonstram como a inabilidade diplomática das nações envolvidas provocou uma guerra prolongada e muito cara, que, em última instância, gerou forte 
dependência econômica da região durante o resto do século XIX. 
e) realçam a importância do Uruguai e da Argentina como provocadores desse conflito regional porque defendiam que a navegação do estuário do Prata 
fosse exclusividade dessas nações, trazendo imediato prejuízo à Inglaterra. 
 
31. (Fgv 2018) Terra do sonho é distante/e seu nome é Brasil/ plantarei a minha vida/ debaixo de céu anil/ Minha Itália, Alemanha/ Minha Espanha, Portu-
gal/talvez nunca mais eu veja/ minha terra natal.
Milton Nascimento. Sonho imigrante.
Acerca do processo de imigração para o Brasil, registrado no século XIX, é correto afirmar: 
a) O Brasil tornou-se o destino preferencial dos imigrantes europeus graças à possibilidade de se constituírem pequenos proprietários rurais devido à pro-
mulgação da Lei de Terras em 1850. 
b) Desde a proclamação da independência do Brasil, a imigração europeia foi estimulada pelo governo central como uma maneira de atender às pressões 
inglesas pelo fim da escravidão no país. 
c) O fluxo imigratório só deslanchou no Brasil após as alterações nas leis trabalhistas que garantiram condições de trabalho análogas àquelas oferecidas no 
continente europeu. 
d) A partir da década de 1870, com as iniciativas do governo de São Paulo, intensificou-se o fluxo imigratório de europeus para a província paulista destina-
dos, sobretudo, à produção cafeeira. 
e) A modernização das atividades agrícolas brasileiras iniciaram-se a partir do declínio da produção canavieira e com o desenvolvimento do complexo ca-
feeiro na região do Recôncavo Baiano e do Sul da Bahia. 
 
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32. (Fgv 2018) Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. 
Entretanto, ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino.
FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.
Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto apontar: 
a) A anistia aos mineradores da colônia que possuíam débitos tributários com a metrópole portuguesa. 
b) A implementação de medidas liberalizantes e a extinção das companhias de comércio monopolistas. 
c) O estabelecimento do Diretório dos Índios, que significou uma tentativa de enfraquecer o poder dos jesuítas. 
d) A intensificação das perseguições aos judeus e cristãos-novos bem como o fortalecimento do Tribunal do Santo Ofício. 
e) O fortalecimento da nobreza e do clero em detrimento dos setores financeiros e mercantis da sociedade portuguesa. 
 
33. (Fgv 2018) A imagem retrata um episódio de 1943, na cidade de Natal: a presença do presidente do Brasil, Getúlio Vargas, e do presidente dos Estados 
Unidos, Franklin Roosevelt.
Tal episódio faz parte de um contexto mais amplo, representado pela Política de Boa Vizinhança, que se constituiu em uma 
a) forte mobilização dos governos dos Estados Unidos e do Brasil no sentido de uma inédita colaboração econômica, materializada na oferta estadunidense 
de tecnologia para a recente indústria automobilística brasileira e a remessa de aço para as indústrias dos Estados Unidos. 
b) ação conjunta do governo e de grandes empresários norte-americanos para auferir grandes lucros no Brasil e na América Latina por meio de investimen-
tos diretos em equipamentos urbanos, especialmente o transporte público e a produção e distribuição de energia. 
c) nova postura diplomática e comercial dos Estados Unidos para a América Latina, especialmente para a Argentina, o Brasil e o México, que articulavam 
um bloco político-econômicocom o intuito de estabelecer relações mais efetivas com a Inglaterra e a França. 
d) reordenação radical da política externa brasileira, que passou a ser pautada pelo pragmatismo econômico, no qual o governo Vargas procurava as melho-
res condições para garantir o desenvolvimento da indústria de base, alternando aproximações entre os Estados Unidos e a Inglaterra. 
e) prática diplomática estadunidense para a América Latina, que abandonou o intervencionismo, optando pela negociação diplomática e o auxílio econômico 
e militar, como o empréstimo para a construção de uma siderúrgica no Brasil, a fim de limitar a influência europeia na região. 
 
34. (Fgv 2018) Leia o discurso proferido por Tancredo Neves, no plenário da Câmara dos Deputados, em 15 de janeiro de 1985.
Brasileiros, neste momento, alto na História, orgulhamo-nos de pertencer a um povo que não se abate, que sabe afastar o medo e não aceita aco-
lher o ódio. A Nação inteira comunga deste ato de esperança. Reencontramos, depois de ilusões perdidas e pesados sacrifícios, o bom e velho caminho 
democrático. Não há Pátria onde falta democracia. (...)
O entendimento nacional não exclui o confronto das ideias, a defesa de doutrinas políticas divergentes, a pluralidade de opiniões. Não pretendemos 
entendimento que signifique capitulação, nem um morno encontro dos antagonistas políticos em região de imobilismo e apatia. O entendimento se faz em 
torno de razões maiores, as da preservação da integridade e da soberania nacionais. (...) Esta memorável campanha confirmou a ilimitada fé que tenho em 
nosso povo. Nunca, em nossa história, tivemos tanta gente nas ruas, para reclamar a recuperação dos direitos de cidadania e manifestar seu apoio a um 
candidato. (...)
Não vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas praças públicas, com a mesma emoção, a mesma dignidade e a mesma decisão.
http://tancredo-neves.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=68:presidente-eleito-brasilia-15-01-1985&catid=42:discursos&Itemid=125. 
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Acesso em 18 de fevereiro de 2018.
Assinale a alternativa correta: 
a) Tancredo Neves foi o principal líder da oposição política à Ditadura Militar no Brasil e sua eleição indireta em 1985 representou uma ruptura sem concilia-
ções com os setores que apoiaram os militares, a partir de 1964. 
b) Com perfil moderado, Tancredo Neves, que havia sido primeiro-ministro durante o governo de João Goulart, entre setembro de 1961 e junho de 1962, 
articulou a composição política que instaurou a chamada Nova República em 1985. 
c) A eleição direta de Tancredo Neves em 1985 significou o fim da Ditadura Militar no Brasil e garantiu o pleno estabelecimento do regime democrático com 
a instauração do pluripartidarismo. 
d) Como governador de Minas Gerais, Tancredo Neves liderou o processo de anistia aos presos políticos e exilados durante a Ditadura Militar no Brasil e 
promoveu a campanha pelas eleições diretas em 1985. 
e) Vinculado aos sindicatos de trabalhadores, à esquerda democrática e ao trabalhismo, Tancredo Neves foi o principal herdeiro político de Getúlio Vargas e 
de João Goulart, em cujos governos exerceu o cargo de ministro da Justiça. 
 
35. (Fgv 2018) Era a manhã ensolarada do dia 1o de maio de 1980, e as pessoas que haviam chegado ao centro de São Bernardo para a comemoração da 
data se depararam com a cidade ocupada por 8.000 policiais armados, com ordens de impedir qualquer concentração.
É que aquele Dia do Trabalhador ocorria quando uma greve dos metalúrgicos da região alcançava já um mês de duração e levara o chefe do Serviço Nacional de 
Informação a prometer que dobraria a república de São Bernardo. O que poderia ter permanecido em dissídio salarial tornara-se um enfrentamento político que 
polarizava a sociedade. Movidos pela solidariedade à greve, formaram-se comitês de apoio em fábricas e bairros da Grande São Paulo. Pastorais da Igreja, 
parlamentares da oposição, Ordem dos Advogados, sindicatos, artistas, estudantes, jornalistas, professores assumiram a greve do ABC como expressão da 
luta democrática em curso.
(Eder Sader. Quando novos personagens entraram em cena, 1988. Adaptado)
Em relação ao evento apresentado, é correto afirmar que 
a) a ação dos sindicatos dos trabalhadores industriais da Grande São Paulo, especialmente na região do ABC, sob a hegemonia do ilegal Partido Comunista 
Brasileiro, garantiu uma excepcional articulação entre os movimentos sociais, como o de moradia, e o denominado sindicalismo classista. 
b) o ponto central de articulação e unidade das organizações sindicais, políticas e do movimento popular do estado de São Paulo foi à luta contra as modifi-
cações na CLT, pretendidas pelo Ministério do Trabalho, com a anuência da FIESP e de outras confederações e federações patronais. 
c) o sindicalismo brasileiro sofreu um decisivo impulso a partir das greves de boias-frias, em 1978, ocorridas no interior do estado São Paulo, fazendo com 
que a organização dos sindicatos de trabalhadores da indústria se voltassem para a luta pela recuperação das perdas salariais ocorridas desde 1964. 
d) as movimentações operárias da região do ABC paulista foram organizadas por dirigentes do chamado novo sindicalismo, que buscava a autonomia sindi-
cal frente ao Estado e criticava o sindicalismo dos dirigentes pelegos, cuja ação se baseava em práticas assistencialistas. 
e) a reorganização dos movimentos de trabalhadores no Brasil, depois de uma década sem greves e manifestações de ruas, decorreu da ação dos trabalha-
dores da administração pública, especialmente da saúde e da educação, que perderam o direito à sindicalização durante a Ditadura Militar. 
 
36. (Fgv 2018) O ano de 2016 completa o centenário da canção Pelo telefone, de Ernesto dos Santos, o Donga (1889/1974-RJ) e Maurício de Almeida 
(mais conhecido como Peru dos Pés Frios).
Parece que a motivação central da composição foi uma crítica bem-humorada ao chefe da polícia carioca que combatia os jogos de azar na cidade: por isso 
a letra original dizia O chefe da polícia/Pelo telefone/ Mandou avisar/ Que na Carioca/ Tem uma roleta/ Para se jogar. Porém, ao registrar a letra, Donga sub-
traiu a crítica à polícia e mudou para O chefe da folia. Esse autêntico quebra-cabeça melódico e poético teria sido organizado e recomposto pelo jornalista 
e carnavalesco Maurício de Almeida, o Peru dos Pés Frios, que ganhou coautoria da composição. Além disso, o refrão da canção também foi tomado de 
conhecida canção folclórica (Olha a rolinha/Sinhô, sinhô/Se embaraçou/Sinhô, sinhô …).
(José Geraldo Vinci de Moraes. O centenário de Pelo telefone. Em: http://jornal.usp.br/artigos/o-centenario-de-pelo-telefone/. 27.08.2016. Acessado em 
08.09.2017. Adaptado)
É correto inferir que a canção Pelo telefone 
a) marca a origem do samba, a autêntica canção popular brasileira, com referências urbanas, caso do telefone, com letras que mostram, até a Era Vargas, a 
temática da harmonia étnica do Brasil e da arte em geral como um meio de inserção dos ex-escravos à sociedade nacional. 
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b) destaca o papel central exercido pelos artistas populares, que por meio das canções denunciam os malefícios dos novos costumes urbanos, apontando o 
espaço rural como o único capaz de oferecer condições dignas para os que tinham sido escravizados. 
c) representa a transição da cultura rural e urbana porque aborda uma temática essencialmente moderna que éa presença do telefone e, ao mesmo tempo, 
em que trata do universo rural, pois há versos na canção originários de uma produção folclórica. 
d) revela uma faceta pouco reconhecida da classe popular carioca, que era capaz de importantes trocas culturais com escritores e jornalistas, além de a 
mesma classe modificar a trajetória da indústria fonográfica do país, pois o samba se tornou o único produto desse ramo. 
e) manifesta um olhar pouco crítico sobre as condições do Rio de Janeiro, em especial dos trabalhadores mais humildes, porque faz apologia às inovações 
tecnológicas, como o telefone, que serviam às elites cariocas, mas prejudicavam os mais pobres. 
 
37. (Fgv 2018) Observe a imagem a seguir:
a) Qual decisão os eleitores brasileiros foram convocados a tomar no Plebiscito de 1963, no Brasil?
b) Explique o contexto político brasileiro no qual ocorreu o Plebiscito.
c) Exponha os desdobramentos políticos do resultado do Plebiscito de 1963. 
 
38. (Fgv 2018) A vida privada dos escravos romanos à época do Império é um espetáculo pueril que se olha com desdém. No entanto, esses homens ti-
nham vida própria; por exemplo, participavam da religião, e não apenas da religião do lar que, afinal, era o seu: fora de casa, um escravo podia perfeitamen-
te ser aceito como sacerdote pelos fiéis de alguma devoção coletiva; podia também se tornar padre dessa Igreja cristã que nem por um momento pensou 
em abolir a escravidão. Paganismo ou cristianismo, é possível que as coisas religiosas os tenham atraído muito, pois bem poucos outros setores estavam 
abertos para eles. Os escravos também se apaixonavam pelos espetáculos públicos do teatro, do circo e da arena, pois, nos dias de festa, tinham folga, 
assim como os tribunais, as crianças das escolas e... os burros de carga.
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(Paul Veyne, O Império Romano. Em: Paul Veyne (org.). História da vida privada v. 1: do Império Romano ao ano mil, 2009. Adaptado)
A partir da discussão presente no trecho, é correto afirmar: 
a) a característica fundante do escravismo romano era a origem étnica, o que fazia com que a escravização dos povos conquistados e o tráfico nas frontei-
ras do Império proporcionassem a grande maioria da mão de obra servil, ao mesmo tempo em que a escravidão entre os próprios romanos havia caído 
em desuso desde a crise da República. 
b) os escravos na sociedade romana não eram uma coisa, mas seres humanos, na medida em que até os senhores que os tratavam desumanamente impu-
nham-lhes o dever moral de ser bons escravos, de servir com dedicação e fidelidade, características necessariamente humanas; no entanto, esses seres 
humanos eram igualmente um bem cuja propriedade seu amo detinha. 
c) a escravidão caracterizava as relações de produção em Roma e os escravos, em sua inferioridade jurídica, desempenhavam uma função produtiva, mar-
cados por um lugar social de pobreza, privação e precariedade, estando associados às formas braçais de trabalho e à produção de bens materiais em 
uma sociedade altamente hierarquizada. 
d) a justificativa moral da escravidão sofreu uma intensa transformação ao longo dos séculos, de tal forma que a própria sociedade romana passou a ques-
tioná-la, tornando mais brandas as relações escravistas em meio à transformação do cristianismo em religião oficial do Império, o que contribuiu para o 
aprofundamento da crise do escravismo. 
e) as relações escravistas caracterizaram os tempos da República romana, muito associadas ao poder dos patrícios, pertencentes à aristocracia de grandes 
proprietários, mas entraram em decadência na passagem para o Império, pois os generais que centralizaram o poder reconheciam na escravidão um me-
canismo de enfraquecimento do exército. 
 
39. (Fgv 2018) Na sua faceta mais radical, a Revolução Francesa promoveu uma certa redistribuição de terra, por meio de medidas como a venda dos bens 
nacionais. Entretanto, nesse processo de construção de uma ordem jurídica burguesa, o fim da escravidão não seria, no final das contas, incluído. A Decla-
ração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 trazia, no seu artigo 1º, o princípio segundo o qual “os homens nascem e permanecem livres e iguais 
em direitos”. Mas a história revolucionária mostrou que essa fórmula clássica do liberalismo político foi capaz de gerar, de imediato, posturas contraditórias 
entre os diferentes atores históricos do período, que interpretavam os termos liberdade e igualdade à luz de suas próprias aspirações e interesses.
(Laurent Azevedo Marques de Saes. A Societé des Amis des Noirs e o movimento antiescravista sob a Revolução Francesa (1788-1802). Tese (Doutorado 
em História Social) – FFLCH, USP. 2013. Adaptado)
Nesse contexto, é correto afirmar que 
a) a Revolução Francesa, embora conduzida em nome de princípios universais de liberdade e igualdade, acabou incorporando a escravidão colonial na 
nova ordem jurídica, sem que essa instituição tivesse sido posta em discussão nem sequer no período mais radical do processo revolucionário, no mo-
mento no qual os jacobinos tentaram dirigir os rumos da revolução. 
b) os princípios de liberdade e igualdade, para a maioria dos homens nas assembleias revolucionárias, não encontravam fronteiras ou limites ditados pela 
condição da França de potência colonial, mas representavam valores universais a serem difundidos inclusive para a América a partir de Paris, ainda que 
a ascensão de Napoleão tenha freado a propagação das ideias revolucionárias. 
c) o império colonial francês à época girava em torno da “pérola das Antilhas”, São Domingos (futuro Haiti), colônia que havia projetado a França para o topo 
do mercado internacional de produtos tropicais e que transformou o sucesso da produção caribenha na base da riqueza burguesa dos portos franceses, o 
que não impediu que jacobinos e sans culottes defendessem a abolição e a independência colonial desde julho de 1789. 
d) a questão colonial evidenciava, sob certos aspectos, os limites da Revolução Francesa, liberal e burguesa, pois dentro da ótica mercantilista que orientou 
a economia francesa desde o século XVII, a prosperidade da Nação dependia da balança comercial favorável e, nesse sentido, o papel do comércio com 
as colônias e da reexportação dos produtos proporcionados por esse comércio era visto como capital. 
e) a restauração da escravidão nas colônias, ocorrida em 1799 por ordem de Bonaparte depois da abolição em 1789, por exigência dos revolucionários, 
teve como desdobramento o levante negro no Haiti, em que se lutava simultaneamente pela abolição da escravidão e pelo rompimento dos laços colo-
niais com a França, resultando na independência do Haiti, primeiro a libertar os escravos no continente americano. 
 
40. (Fgv 2018) Foi pela espada que nossos ancestrais introduziram, na criação, o poder de cercar a terra e fazê-la sua propriedade; foram eles que primeiro 
mataram os seus próximos, os homens, para assim roubarem ou pilharem a terra que a esses pertencia e deixá-la a vós, seus descendentes. (...)
Eu vos exorto, soldados da República Inglesa! O inimigo não poderia vencer-vos no campo de batalha, porém pode derrotar-vos no campo da política se 
não estabelecem a liberdade para todos.
Onde existe um povo.... unido graças à propriedade coletiva dos meios de subsistência até formar uma só pessoa será o seu país o mais poderoso do mun-
do... a defesa da propriedade e do interesse individual divide o povo de um país e do mundo todo.
(Gerrard Winstanley. Em Cristopher Hill. O mundo de ponta-cabeça, 1987)
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A partir do documento, é correto afirmar que 
a) Gerrard Winstanley defendia a propriedade coletiva da terra, eixo da proposta dos diggers (escavadores), no contexto da Revolução Puritana na Inglater-
ra, contra a classe proprietária que, vitoriosa militarmente com o exército republicano, massacrou a ameaça radical dos não proprietários. 
b) no fim da guerra civil, Gerrard Winstanley, líder do exército republicano inglês, o New Model Army, exortou os soldados a lutarem pela vitória de Cromwell, 
defensor da propriedade privada e do poder dos proprietários, reassentados na Câmara do Comuns. 
c) o líder do partido independente na guerra civil inglesa, Gerrard Winstanley, defendia a propriedade coletiva em nome da liberdade, o que garantiria a reu-
nião de todos os ingleses para a vitória de Cromwell contra Carlos I, decapitado em 1649, o que significou o fim do absolutismo na Inglaterra. 
d) o exército republicano, New Model Army, chefiado por Cromwell e unido ao líder dos levellers (niveladores), Gerrard Winstanley, na Revolução Puritana, 
garantiu a derrota de Carlos I, o que possibilitou a morte do Antigo Regime na Inglaterra e a implantação da propriedade coletiva. 
e) com a morte do rei Carlos I, assumiu a chefia da Câmara dos Comuns o deputado Gerrard Winstanley que, com o seu poder, começaram as mudanças 
radicais, como a propriedade coletiva da terra, anulando os cercamentos que enriqueceram os proprietários e empobreceram os camponeses. 
 
41. (Fgv 2018) Mas por que não falar dos que julgam que, em virtude dos perdões e das indulgências, não têm nenhuma dívida para com a divindade? (...) 
sem recear erro de cálculo, medem os espaços, os séculos, os anos, os meses, os dias – assim também, com essa espécie de falazes remissões medem 
eles as horas do purgatório.
(...)
Persuadidos dos perdões e das indulgências, ao negociante, ao militar, ao juiz, basta atirarem a uma bandeja uma pequena moeda, para ficarem tão limpos 
e tão puros dos seus numerosos roubos como quando saíram da pia batismal.
Erasmo de Roterdã, Elogio da Loucura. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 66-67. Coleção Os Pensadores.
a) Aponte as diferenças entre a Reforma Protestante e a Contrarreforma Católica no século XVI.
b) Identifique e explique uma característica comum à Reforma Protestante e à Contrarreforma católica no século XVI.
c) Do ponto de vista das monarquias europeias, explique o contexto de rivalidades na primeira metade do século XVI. 
 
42. (Fgv 2018) A proclamação da República Popular da China em 1º de outubro de 1949 e a eleição do governo presidido por Mao Tsetung foram resultados 
da luta contra a ocupação da China por potências estrangeiras e contra o regionalismo que fortalecia os senhores de terra.
O movimento camponês, liderado por Mao Tsetung, sagrou-se vitorioso em outubro de 1949. Entretanto, as raízes desse movimento estão no século 19 e 
nas condições que se foram criando a partir da intervenção das potências estrangeiras, no início do século 20.
(Carlos Guilherme Mota. História moderna e contemporânea, 1986)
No que diz respeito às interferências estrangeiras nesse país, é correto afirmar que 
a) a Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) terminou com a vitória do Império Russo e sua decorrente ação do imperialismo russo no processo de partilha de 
grande parte do território da China Imperial. 
b) as Guerras do Ópio (1839-1842 e 1856-1860) garantiram à Inglaterra a abertura comercial da China e permitiram também que outras potências europeias 
e asiáticas revelassem seus interesses no Império Chinês. 
c) a guerra entre o Império Chinês e o Japão (1894-1895) resultou no enfraquecimento da China e no início da hegemonia alemã em grande parte desse 
país, principalmente por meio das amplas inversões de capitais. 
d) a Revolta dos Boxers (1898-1901) representou a luta das classes médias urbanas e da classe operária pela ampliação da cidadania político-eleitoral, 
contra os grandes senhores de terra e a República chinesa recém-proclamada. 
e) a Longa Marcha (1923-1927), organizada pelo Partido Comunista Chinês em aliança com o Partido Nacional do Povo, lutou contra as presenças estran-
geiras na China, e foi derrotada pelos japoneses no momento da invasão da Manchúria. 
 
43. (Fgv 2018) Observe os dois mapas.
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No que diz respeito aos mapas, é correto afirmar que o Mapa 1 representa 
a) a Europa no início do século XIX, no momento da expansão do Império Napoleônico, que se estende até a Rússia; o Mapa 2 mostra a Europa pós-Se-
gunda Guerra, isto é, em plena Guerra Fria, com o aumento do poder da URSS e de seus satélites. 
b) a Europa no início do século XX, com os impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano e as potências como a França e Reino Unido; o Mapa 2 
mostra a divisão política após a Primeira Guerra, com surgimento de novos países a partir do fim desses impérios. 
c) todos os países envolvidos na Guerra dos 7 anos, entre 1756 e 1763, na Europa: França e Espanha de um lado e, Inglaterra e Portugal, de outro; Mapa 2 
mostra os países da OTAN e do Pacto de Varsóvia, blocos militares surgidos no contexto da Guerra Fria. 
d) as transformações geopolíticas das decisões do Congresso de Viena em 1814-1815, reduzindo os territórios dos perdedores, como a França; o Mapa 2 
mostra o resultado político da vitória dos Aliados na Segunda Guerra, como a URSS, a Inglaterra, a França e a Polônia. 
e) o momento final do processo de unificação da Alemanha, na segunda metade do século XIX, com a formação do Segundo Reich; o Mapa 2 mostra a Eu-
ropa no final dos anos 1970, com a queda do Muro de Berlim e as repercussões do fim do avanço soviético. 
 
44. (Fgv 2018) Em 1864, o conselho geral da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) incumbiu Karl Marx de redigir uma carta endereçada a 
Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos, por ocasião de sua reeleição. Nessa carta, Marx felicitava o estadunidense e relacionava a luta contra a 
escravidão na América aos interesses e demandas das classes trabalhadoras.
A respeito do contexto histórico dessa carta, é correto afirmar: 
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a) Nos Estados Unidos da América, desenrolava-se a Guerra de Secessão, provocada pela separação das unidades federativas que desejavam a manuten-
ção da escravidão. 
b) A AIT foi fundada em 1864 como uma organização internacional que se propunha representar tanto a classe operária quanto setores da pequena burgue-
sia democrática. 
c) A Guerra Civil Americana foi provocada pelas ligações do então presidente Abraham Lincoln com a esquerda comunista internacional liderada pelo filóso-
fo alemão Karl Marx. 
d) Na Europa, a fundação da AIT representava uma tentativa de canalizar as lutas operárias para o interior das instituições políticas da sociedade burguesa, 
através da participação eleitoral. 
e) A reeleição de Abraham Lincoln só foi possível devido à extensão do direito universal de voto a todos os estadunidenses, independentemente de sua con-
dição racial ou social. 
 
45. (Fgv 2018) Este documento, do século XIV, encontra-se nos arquivos de Assize, na ilha de Ely, na Inglaterra: Adam Clymne foi preso como insurgente e 
traidor de seu juramento e porque traiçoeiramente com outros celebrou uma insurreição em Ely. Penetrando na casa de Thomas Somenour onde se apos-
sou de diversos documentose papéis selados. E ainda, que o mesmo Adam no momento da insurreição, estava andando armado e oferecendo armas, le-
vando um estandarte, para reunir insurgentes, ordenando que nenhum homem de qualquer condição, livre ou não, deveria obedecer ao senhor e prestar os 
serviços habituais, sob pena de degola.
O acima mencionado Adam é culpado de todas as acusações. Pela ordem da justiça, o mesmo Adam foi levado e enforcado.
(Leo Huberman. História da riqueza do homem, 2008. Adaptado)
Considerando o documento, é correto afirmar que, no século XIV, 
a) as violentas revoltas e mortes de camponeses foram provocadas pelo desespero em não conseguir pagar, em dinheiro, aos senhores feudais, as novas 
taxas e o aumento das já existentes, além da exigência de mais tempo de trabalho nas reservas senhoriais. 
b) as revoltas camponesas aconteceram, tanto na Inglaterra como na França, contra os cercamentos, que empobreceram os trabalhadores e os obrigaram a 
deixar a terra pelo não pagamento do aumento dos aluguéis, o que enriqueceu ainda mais os senhores da terra. 
c) a impossibilidade de juntar dinheiro para a compra da terra onde trabalhavam fez com que muitos camponeses se revoltassem, porque se colocaram con-
tra os senhores que aumentaram os impostos e exigiram o pagamento de novos; algo considerado ilegal. 
d) o recrudescimento da servidão decorria de uma nova estrutura econômica presente na Inglaterra, onde as pequenas propriedades rurais e os campos 
comunais perdiam espaço para os latifúndios produtores de matéria-prima para a nascente indústria. 
e) as insurreições camponesas ocorridas na Inglaterra e parte do Norte da Europa decorreram do rápido processo de dissolução dos laços servis de produ-
ção, dirigido por uma nova elite de proprietários rurais, que detinha forte representação no Parlamento inglês. 
 
46. (Fgv 2018) Aproveitando-se do reforço populacional e espiritual, os reinos cristãos acentuaram sua ofensiva contra os domínios muçulmanos. Em 1492, 
concluía-se a conquista da península, com a incorporação de Granada.
A reconquista representou, para os ibéricos, uma primeira expansão feudal. Caracterizou-se pela incorporação de novas terras, pelo crescimento demográ-
fico, pelo desenvolvimento das cidades, das atividades mercantis e pela expansão cristã. No entanto, 1492 não se encerra em Granada. Meses depois, em 
outubro, Colombo daria continuidade à conquista material e espiritual. Do outro lado do Atlântico.
(Flavio de Campos. Folha de S. Paulo, 17.10.2000. Adaptado)
A Reconquista Ibérica 
a) remonta aos meados do século IX, momento no qual os cristãos ibéricos, refugiados no norte da península, constituíram-se em pequenos reinos indepen-
dentes e, a despeito das suas diferenças étnicas e das rivalidades, edificaram uma identidade cultural e política, porque objetivavam vencer militarmente 
os muçulmanos. 
b) contrapõe-se ao movimento das Cruzadas porque a luta e as ofensivas contra o poder mulçumano não foram realizadas como uma conquista militar, mas 
por meio de lenta e progressiva incorporação de novas terras, obtidas com as relações de vassalagem, em especial a partir do século XII. 
c) significou uma recomposição das forças cristãs ocidentais e parte das orientais, a partir do início do século XIV, unificadas pelo Concílio de Trento, que 
estabeleceu uma nova mística em torno da figura de Jesus Cristo, que passou a ser tratado como tendo essência divina e não humana. 
d) constitui-se em um processo que tem as suas origens localizadas após a formação das nações ibéricas, Portugal e Espanha, em fins do século XIV, por-
que a expulsão dos invasores mouros dependia de uma enorme ação militar que apenas Estados unificados podiam organizar e arcar com os custos. 
e) dependeu menos da ação das forças cristãs ibéricas e muito mais da progressiva fragilização dos domínios mouros nessa região, condição do califado de 
Granada, no século XIII, que foi obrigado a mandar forças militares para conter uma série de invasões aos seus domínios no Norte da África. 
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47. (Fgv 2018) Os escravos provenientes da África chegaram à América espanhola junto com algumas das primeiras expedições. No primeiro e no segun-
do quartel do século XVI, vamos encontrá- los trabalhando no bateamento dos rios auríferos mais ricos e em outros locais de trabalho onde os lucros eram 
elevados ou não existia força de trabalho indígena, ou ambas as coisas. De modo geral, devido às distâncias e aos custos envolvidos, a aquisição e a ma-
nutenção dos escravos africanos eram mais onerosas que as dos índios de aldeia, e não havia aldeia agrícola autossuficiente à qual pudessem retornar na 
baixa temporada.
(Murdo J. Macleod. Aspectos da economia interna da América Espanhola Colonial. Em: Leslie Bethell (org.). História da América Latina v. 2: América Latina 
Colonial, 1998)
Entre as razões para o emprego crescente da mão de obra africana escravizada na América espanhola, é correto identificar: 
a) a intensificação da exploração de metais preciosos como ouro e prata no sul da América do Sul, na região do Rio da Prata, o que exigiu a mobilização de 
um grande contingente de trabalhadores. 
b) a interiorização da ocupação espanhola especialmente no México e na América Central, o que forçou o deslocamento de negros escravizados para essas 
regiões de forma a impulsionar a presença de colonos. 
c) o desenvolvimento da monocultura de exportação especialmente na região do Caribe e no norte da América do Sul, o que proporcionou capital excedente 
suficiente para permitir a aquisição de africanos escravizados. 
d) a decadência do tráfico de escravos e o consequente barateamento de negros africanos escravizados nas colônias, o que estimulou os grandes proprie-
tários da costa do Pacífico a adotarem essa mão de obra. 
e) o estabelecimento do sistema de plantation na região andina, o que determinou a utilização, pelos grandes proprietários, da mão de obra escrava, para 
sustentar o latifúndio monocultor. 
 
48. (Fgv 2018) O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua-matriz religiosa 
de um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da versão bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos 
séculos num processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os costumes das religiões tradicionais da África negra.
A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia 
costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre 
o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do 
sábado e não do domingo como dia consagrado.
(José Rivair Macedo. História da África, 2013. Adaptado)
Nessa versão do cristianismo, há 
a) uma simpatia pelas práticas religiosas externas e restrições à religiosidade tradicional da África. 
b) uma aversão à religiosidade monoteísta de origem oriental, especialmente ao islamismo. 
c) a influência do cristianismo primitivo associado ao paganismo do Norte da Europa, que marcava os principais rituais. 
d) uma certa antecipação das práticas cristãs presentes nas religiões pós-Reforma, como a ligação direta entre Deus e o fiel. 
e) um complexo processo de mistura e ressignificação de uma série de tradições religiosas, caso das africanas e do judaísmo. 
 
49. (Fgv 2018) O ano de 1968 foi marcado por uma série de acontecimentos impactantes:

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