Buscar

Manejo-do-enxofre-na-agricultura_Vitti-Otto_INPI_152_2015

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 1
INtERNAtIONAL PLANt NUtRItION INStItUtE - BRASIL
Avenida Independencia, nº 350, Edifício Primus Center, salas 141 e 142 - Fone/Fax: (19) 3433-3254 - CEP13419-160 - Piracicaba-SP, Brasil 
website: http://brasil.ipni.net - E-mail: kfurlan@ipni.net - Twitter: @IPNIBrasil - Facebook: https://www.facebook.com/IPNIBrasil
1 Professor Titular Sênior, Departamento de Ciência do Solo, ESALQ, Piracicaba, SP; e-mail: gcvitti@usp.br
2 Professor Doutor, Departamento de Ciência do Solo, ESALQ, Piracicaba, SP; e-mail: rotto@usp.br
3 Acadêmica de Engenharia Agronômica, Membro do GAPE, Departamento de Ciência do Solo, ESALQ, Piracicaba, SP; e-mail: savieto.julia@gmail.com
 MANEJO DO ENXOFRE NA AGRICULTURA
Godofredo Cesar Vitti1
Rafael Otto2 
Julia Savieto3
INFORMAÇÕES
AGRONÔMICAS
No 152 DEZEMBRO/2015
ISSN 2311-5904
Abreviações: Ca = cálcio; CS2 = bissulfeto de alila; DAP = fosfato diamônio; K2SO4 = sulfato de potássio; Mg = magnésio; N = nitrogênio; MAP = fosfato 
monoamônio; P = fósforo; S = enxofre; SAM = sulfato de amônio; TSP = superfosfato triplo; UR = ureia.
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a legislação brasileira, o enxofre (S) é classifi cado como macronutriente secundário, junta-mente com o cálcio (Ca) e o magnésio (Mg), sendo 
expresso na forma de S elementar ou de SO3. Para transformar S em 
SO3 deve-se multiplicá-lo por 2,5, ou seja, 1 S equivale a 2,5 SO3.
O S é denominado macronutriente secundário não por ser 
menos importante do que os macronutrientes primários (N, P2O5 e 
K2O), mas sim por estar contido em fórmulas de baixa concentra-
ção, como nos fertilizantes nitrogenados (sulfato de amônio, 24% 
S) e fosfatados (superfosfato simples, 12% S). Entretanto, com o 
aumento da utilização de fórmulas mais concentradas em nitrogê-
nio (N) (ureia e nitrato de amônio) e em P2O5 (superfosfato triplo, 
MAP e DAP), o S passou a ser fator limitante da produtividade e 
qualidade das culturas de interesse econômico.
2. ENXOFRE NA PLANTA
O S desempenha funções essenciais no desenvolvimento 
e na qualidade das plantas, desde a participação na formação de 
aminoácidos e proteínas até controle hormonal, fotossíntese e 
mecanismos de defesa da planta contra patógenos. 
2.1. Metabolismo do nitrogênio
O S e o N “andam juntos” no metabolismo das plantas 
(Figura 1) por meio de duas rotas principais: a) formação de proteí-
nas de qualidade e b) fi xação biológica do N2 do ar e incorporação 
do N mineral em aminoácidos.
2.1.1. Formação de proteínas de qualidade
As proteínas são formadas por 20 aminoácidos, sendo que, 
evidentemente, todos apresentam N em sua composição. Já o S 
participa da composição de quatro aminoácidos: cistina, metionina, 
cisteína e taurina. Esta interação tem duas implicações fi siológicas: 
(1) a relação N/S para a maior parte das plantas varia de 10/1 a 15/1 
e está associada ao crescimento e à produção, e (2) na ausência 
Figura 1. Interações de nitrogênio e enxofre em plantas de arroz. SAM = 
sulfato de amônio; UR = ureia.
Fonte: Lefroy et al. (1992).
Desenvolver	e	promover	informações	científi	cas	sobre	
o manejo responsável dos nutrientes das plantas para o 
benefício da família humana
MISSÃO
 2 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS
NOTA DOS EDITORES
Todos os artigos publicados no Informações Agronômicas estão disponíveis 
em formato pdf no website do IPNI Brasil: <http://brasil.ipni.net>
Opiniões e conclusões expressas pelos autores nos artigos não re�etem 
necessariamente as mesmas do IPNI ou dos editores deste jornal.
N0 152 DEZEMBRO/2015
CONTEÚDO 
Manejo do enxofre na agricultura
Godofredo Cesar Vitti, Rafael Otto, Julia Savieto .....................................1
Evolução dos sistemas de cultivo de milho no Brasil
Aildson Pereira Duarte; Claudinei Kappes .............................................15
Divulgando a Pesquisa ...........................................................................19
IPNI em Destaque ..................................................................................20
Painel Agronômico .................................................................................23
Cursos, Simpósios e outros Eventos .....................................................24
Publicações Recentes .............................................................................25
Publicação Recente do IPNI ..................................................................26
Ponto de Vista .........................................................................................28
FOTO DESTAQUE
Publicação trimestral gratuita do International Plant 
Nutrition Institute (IPNI), Programa Brasil. O jornal 
publica artigos técnico-científicos elaborados pela 
comunidade científica nacional e internacional visando 
o manejo responsável dos nutrientes das plantas.
COMISSÃO EDITORIAL
Editor
Valter Casarin
Editores Assistentes
Luís Ignácio Prochnow, Eros Francisco, Silvia Regina Stipp
Gerente de Distribuição
Evandro Luis Lavorenti
INTERNATIONAL PLANT NuTRITION INSTITuTE (IPNI)
Presidente do Conselho 
Mostafa Terrab (OCP Group)
Vice-Presidente do Conselho
Oleg Petrov (Uralkali)
Tesoureiro
Tony Will (CF Industries Holdings, Inc.)
Presidente
Terry L. Roberts
Vice-Presidente, Coordenador do Grupo da Ásia e África
A.M. Johnston
Vice-Presidente, Coordenadora do Grupo do 
Oeste Europeu/Ásia Central e Oriente Médio
Svetlana Ivanova
Vice-Presidente Senior, Diretor de Pesquisa e
Coordenador do Grupo das Américas e Oceania
Paul E. Fixen
PROGRAMA BRASIL
Diretor
Luís Ignácio Prochnow
Diretores Adjuntos
Valter Casarin, Eros Francisco
Publicações
Silvia Regina Stipp
Analista de Sistemas e Coordenador Administrativo
Evandro Luis Lavorenti
Assistente Administrativa
Elisangela Toledo Lavorenti
Secretária
Kelly Furlan
ASSINATuRAS 
Assinaturas gratuitas são concedidas mediante aprovação prévia 
da diretoria. O cadastramento pode ser realizado no site do IPNI: 
http://brasil.ipni.net
Mudanças de endereço podem ser solicitadas por email para: 
kfurlan@ipni.net ou etoledo@ipni.net
ISSN 2311-5904
Dr. Luís Ignácio Prochnow (ao centro), Dr. Aildson Pereira Duarte (à esquerda) 
e Dr. Claudinei Kappes (à direita) durante visita a uma propriedade produtora 
de milho nos Estados Unidos.
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 3
ou deficiência de S há formação de proteína de baixa qualidade, 
principalmente devido à falta dos aminoácidos essenciais cistina e 
metionina, ou seja, aqueles que são metabolizados somente pelas 
plantas superiores. O consumo de plantas deficientes em cistina e 
metionina resultará em doenças irreversíveis no animal e no homem, 
como escorbuto, hemofilia, cegueira noturna, dentre outras.
2.1.2. Fixação biológica do N2 do ar atmosférico e incorpo-
ração do N mineral em aminoácidos
A equação geral e simplificada da fixação do N2 do ar 
atmosférico do solo é:
O H2 se origina da ação da enzima ferrodoxina, contendo 
S na sua estrutura, sobre a molécula de água (hidrólise), conforme 
equação simplificada a seguir:
Assim, na falta de S não há geração de H2 para a fixação 
biológica de N (Figura 2).
Figura 2. Nódulos de soja sem e com a presença de enxofre.
Fonte: Malavolta (1982).
A via de assimilação do N é um processo vital que controla 
o crescimento e o desenvolvimento das plantas e tem efeitos mar-
cantes sobre a produtividade final das culturas. O S faz parte da 
enzima redutase do nitrito (NO2
-), e participa do processo, conforme 
equação simplificada a seguir:
O S faz parte da composição de coenzimas, como tiamina 
(B1) e biotina, essenciais para a nutrição humana, bem como da 
coenzima A (CoA), composto essencial no estágio inicial do ciclo 
de Krebs – uma das etapas do processo da respiração celular dos 
organismos aeróbios.
2.2. Qualidade do produto agrícola
Em hortaliças, o S dá origem ao aroma e a sabor caracte-
rísticos devido à formação de bissulfeto de alila (CS2), presente no 
alho, cebolae mostarda.
O S faz parte de enzimas proteolíticas que conferem sabor 
específico às frutas, como a papaína no mamão, a bromelina no aba-
caxi e a ficinase no figo. Assim, na deficiência de S os frutos ficam 
com sabor aguado, reduzindo, assim, sua qualidade. Na Figura 3 
nota-se o efeito do S na qualidade do abacaxi: o uso do sulfato pro-
move maturação uniforme e menor acidez, seja com o uso de sulfato 
de potássio (K2SO4) como de cloreto de potássio (KCl) associado 
ao gesso. Intuitivamente, os produtores de abacaxi têm utilizado 
misturas de KCl com sulfato de amônio visando os efeitos positivos 
do S nessa cultura.
A deficiência de S, além de afetar a qualidade da proteína, 
no caso do trigo, afeta também a qualidade da panificação, pela sua 
influência na extensibilidade da massa, conforme apresentado na 
Figura 4. Além de pães menores, a textura fica mais granulada, a 
massa mais rígida, o miolo mais firme e pesado, causando envelhe-
cimento precoce. Esse processo é contornado utilizando-se brometo 
na panificação, porém, este é um composto altamente tóxico para 
o ser humano.
Figura 3. Efeito do S na qualidade do abacaxi.
Fonte: Vitti e Heirinchs (2007).
Figura 4. Influência do enxofre na extensibilidade da massa de pão. À 
esquerda, trigo com presença de S.
Fonte: The Sulphur Institute (1987).
 Nitrogenase
N2 + 3H2 2NH3
 Mo / Fe
Ferrodoxina
 2H2O 2H2 + O2
 S
Redutase do nitrito
NO2
- NH2 
S
 4 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
2.4. Qualidade da forragem
No Centro Internacional de Agricultura 
Tropical (CIATI), Colômbia, foi desenvolvida uma 
leguminosa forrageira, Desmodium ovalifolium, 
considerada adequada pela sua adaptabilidade a 
solos de baixa fertilidade, pisoteio e à seca; entre-
tanto, ela foi refugada pelo gado devido à baixa 
palatabilidade. Acidentalmente, esses pastos foram 
adubados com S e o problema foi sanado.
Fato semelhante foi observado em expe-
rimento realizado no cerrado de Minas Gerais: 
a utilização de S na forma de gesso agrícola 
aumentou a palatabilidade do capim pela ocor-
rência de leguminosas nativas, como Stylosantes, 
Centrosema e Desmodium, conforme pode ser 
observado na Tabela 1.
2.3. Resistência ao frio e à seca
O sulfato, quando absorvido pela planta, é 
reduzido a radicais sulfidrilos (-SH) e dissulfeto 
(-S-S), os quais aumentam a resistência das plan-
tas às baixas temperaturas e ao estresse hídrico, 
principalmente em culturas de inverno. Na cultura 
da soja, a ausência desses radicais ocasiona maior 
acamamento das plantas.
2.4. Deficiências visuais na planta
A deficiência de S é uma manifestação morfológica das 
alterações fisiológicas ocorridas no interior da planta; assim, quando 
os sintomas visuais de deficiência são observados, já ocorreram 
perdas na produtividade e na qualidade da cultura. 
O S é um elemento relativamente imóvel na planta, portanto, 
as deficiências ocorrem inicialmente nas partes novas da planta, 
principalmente nas folhas novas, com clorose (amarelecimento) 
em toda a extensão do limbo. Em estádios mais avançados, além 
da clorose, a deficiência de S ocasiona hastes e colmos mais curtos 
e crescimento reduzido (Figura 5), causados pela menor síntese 
de proteínas e maior relação N solúvel/N protéico, ou seja, menor 
atividade das redutases de nitrato e de nitrito, não incorporando o 
N mineral (solúvel) em N protéico.
2.5. Exigências nutricionais
As quantidades de S extraídas pelos vegetais superiores são 
variáveis, de 0,02% a 1,8% na matéria seca. De modo geral, tem-se 
a seguinte ordem decrescente de extração: hortaliças > algodão > 
leguminosas > cereais e gramíneas.
Em culturas de interesse agronômico o S é extraído em quan-
tidades superiores às de fósforo (P), conforme pode ser observado 
na Tabela 2. Além da maior extração de S pelas culturas de alto 
Tabela 1. Gesso e fosfato em pastagem de Brachiaria brizanta.
Tratamento Matéria seca Proteína bruta Taxa de lotação Peso vivo
(kg ha-1) (%) (UA ha-1) (kg ha-1 ano-1)
Fosfato + gesso agrícola 2.775 7,19 0,70 161,3
Fosfato 2.304 6,25 0,58 110,1
Controle 1.851 6,19 0,47 69,1
Fonte: Vilela (1986).
Figura 5. Deficiência de S em diversas culturas: 1 = arroz, 2 e 3 = algodão, 4 = cana-de- 
açúcar, 5 e 6 = café.
Fonte: Rosolem et al. (2007); Lott et al. (1960).
valor econômico e pelas forrageiras, verifica-se também elevada 
extração do elemento pelas hortaliças crucíferas, as quais, na dieta 
dos seres humanos, têm resultado na diminuição de doenças de alta 
periculosidade. Na Tabela 3 estão apresentadas as quantidades de 
S necessárias para a obtenção de altas produtividades das culturas.
2.6. Diagnose foliar
Além da técnica de avaliação da necessidade de S por meio 
da diagnose visual, utiliza-se a diagnose foliar (análise de tecidos 
vegetais) para a recomendação da adubação sulfatada. A diagnose 
foliar é realizada em época de maior transporte do nutriente para 
as flores em formação.
Para a diagnose foliar é necessário coletar um tipo especí-
fico de folha da planta e em período determinado (Tabela 4). Para 
a obtenção de produtividades elevadas, os teores de S devem estar 
dentro de determinado intervalo, que varia de acordo com a cultura 
(Tabela 5).
3. ENXOFRE NO SOLO
A maior proporção do S no solo encontra-se na matéria 
orgânica (cerca de 95%) e seu ciclo assemelha-se ao do N, sendo 
o fluxo controlado por reações de oxidação e redução mediadas por 
organismos presentes no solo (Tabela 6).
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 5
Tabela 2. Quantidade de enxofre e fósforo extraídos por diversas culturas. 
Cultura S P Colheita
 - - - - (kg ha-1) - - - - (t ha-1)
Algodão 33 8 1,3
Cana-de-açúcar 58 21 100
Feijão 25 9 1
Batatinha 38 27 27,6
Café 27 9 2 (coco)
Abacaxi 41 33 50.000 pés
Forrageiras
• Colonião 45 44 23
• Napier 75 64 25
• Alfafa 24 21 5
Hortaliças
• Couve-flor 21 9 9,2
• Repolho 64 31 84
• Ervilha 19 8 100.000 plantas
• Espinafre 6 5 22.222 plantas
• Nabo 13 11 -
Fonte: Malavolta (1976).
Tabela 3. Quantidade de S total na produtividade de culturas de interesse 
econômico.
Cultura Produção S 
(t ha-1) (kg ha-1)
Arroz 8 12
Trigo 5,4 22
Milho 11,2 34
Amendoim 4,5 24
Soja 4 28
Algodão 4,3 34
Capim pangola 26,4 52
Abacaxi 40 16
Cana-de-açúcar 224 96
Fonte: Adaptada de Kamprath e Till (1983).
Tabela 4. Cultura, época e tipo de folha para a diagnose foliar.
Cultura Época Tipo de folha
Soja Início do florescimento 3° trifólio com ou sem pecíolo
Milho Aparecimento de inflorescência feminina Folha abaixo e oposta à espiga superior
Algodão Início do florescimento 5a folha a partir do ápice sem pecíolo
Feijão No florescimento 3a folha com pecíolo
Cana-de-açúcar Primavera-verão Folha +1 (3a a partir do ápice com bainha visível)
Café Início do verão (dezembro e janeiro) 3° par de folhas a partir do ápice
Citros Primavera 3a folha a partir do fruto
Fonte: Raij et al. (1997).
Tabela 5. Níveis adequados de S foliar.
Cultura S (g kg-1)
Soja 2,1 - 4,0
Milho 1,5 - 2,1
Algodão 4,0 - 6,0
Feijão 2,0 - 3,0
Cana-de-açúcar 3,0 - 5,0
Café 1,5 - 2,0
Citros 2,0 - 3,0
Fonte: Raij et al. (1997).
Em solos mal drenados, como os de várzea, predomina a 
forma menos oxidada de S, o sulfeto – gás altamente volátil e de 
odor desagradável. A redução do sulfato ocorre principalmente em 
condições de anaerobiose e na presença de substâncias doadoras 
de elétrons como, por exemplo, a matéria orgânica. O agente de tal 
reação é a bactéria anaeróbia Desulfovibrio desulfuricans. 
Em solos bem drenados e oxigenados predomina a forma 
mais oxidada, o sulfato – fonte primordial de S para as plantas. Pode 
ser encontrado na solução do solo, adsorvido a partículas de argila ou 
em complexos organominerais. Os agentes responsáveis pelas reações 
de oxidação são os Thiobacillus (MALAVOLTA, 1976).
A Figura 6 apresenta o ciclo simplificado do S no solo.
Tabela 6. Formas de oxidação do enxofreno solo.
Meio anaeróbico (sem O2) Meio aeróbico (com O2)
Estado de oxidação S2- S0 S2+ S4+ S6+
Composto ou íon H2S 
Sulfetos
S
Enxofre elementar
S2O3
2-
Tiossulfato
SO2
- 
Dióxido de enxofre
SO4
2- 
Sulfato
Capacidade de campo Solos de baixa drenagem (inundado) ou compactado Solo com alta drenagem e "poroso"
Fonte: Adaptada de Horowitz (2003).
Figura 6. Ciclo simplificado do S no solo.
 6 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
O processo de oxi-redução do S apresenta duas implicações 
importantes para o manejo adequado desse nutriente: (1) oxidação 
do sulfeto e do S elementar para a forma de sulfato, com elevação 
do pH do solo e (2) redução do sulfato para a forma de sulfeto, com 
redução do pH do solo.
(1) Oxidação do S elementar
Tabela 7. Relação entre C-orgânico, N-total, P-orgânico e S-total nos solos 
de diferentes regiões.
Local C : N : P : S
EUA-Iowa 110 : 10 : 1,4 : 1,2
Brasil 194 : 10 : 1,2 : 1,4
Escócia
- Calcários 113 : 10 : 1,3 : 1,3
- Não calcários 147 : 10 : 2,5 : 1,4
Nova Zelândia 140 : 10 : 2,1 : 1,3
Fonte: Stevenson (1982).
Tabela 8. Quantidade de S-orgânico e S-total em solos tropicais.
Área N° locais
S-orgânico S-total
Intervalo Média Intervalo Média
 - - - - - - - - - - - - - (ppm) - - - - - - - - - - - - - -
Brasil 3 33-137 81 34-139 83
 6 33-173 154 43-398 166
16 30-272 145 37-409 235
Colômbia 2 322-352 337 394-405 400
Fonte: Adaptada de Kamprath e Till (1983).
 Thiobacillus thiooxidans
 H2S + 1,5 O2 + H2O H2SO4
Drenagem
Sulfaquent Sulfaquept
pH > 7 pH < 3,5
 Thiobacillus
 S0 + 1,5 O2 + H2O H2SO 2H
+ + SO4
-
Assim, a utilização de adubos sulfatados em áreas com alta 
umidade e alta quantidade de matéria orgânica ocasiona perda de 
S por volatilização na forma de H2S, aliada ao fato de que esse 
gás é um dos principais inibidores da absorção iônica, levando a 
planta à morte.
O sulfato também permanece imobilizado na matéria orgâ-
nica das plantas e dos microrganismos, pois representa a principal 
forma de absorção de S pelos seres vivos. Em relação à imobiliza-
ção do S pelos microrganismos, esta ocorre sob condições de alta 
relação C/S (> 200/1). Essa observação é importante no caso da 
cana-de-açúcar colhida sem despalha à fogo, condição na qual a 
relação C/S é muito alta, maior que 455 (OLIVEIRA et al., 1999), 
ocasionando menor mineralização da palhada.
Em solos salinos (CE > 4 mmhos a 12,5 °C) contendo H2S, 
denominados solos Gley Thiomórficos (“Cat Clay”) pelo Serviço 
Nacional de Levantamento e Conservação de Solos (SNLCS), 
ocorre diminuição brusca do pH de cerca de 7,0 para < 3,5, tornando 
esses solos irrecuperáveis para cultivo. Por isso , o “Soil Taxonomy” 
denomina duas ordens de solo – Entisols e Inceptisols – antes e após 
a drenagem, respectivamente, conforme equação a seguir:
 
Esses solos são facilmente reconhecidos pelo odor indesejá-
vel de gás H2S, bem como pela formação de mosqueados amarelados 
na interface água-atmosfera devido à formação do mineral jarosita 
Fe2(SO4)3. Assim, no caso desses solos, é fundamental jamais pro-
ceder a drenagem.
3.1. Fatores associados à deficiência e à disponibilidade 
de enxofre
As principais causas da deficiência de S nos solos tropi-
cais estão associadas às quantidades frequentemente baixas de S 
encontradas no perfil explorado pelas raízes, quando comparadas 
às das regiões temperadas, e à alta mobilidade do íon sulfato no 
solo, conforme observado por Vitti (1989) em 8.500 amostras de 
solo, das quais 75% apresentaram teores baixos ou muito baixos 
de S. As classes de teores de S no solo, obtidas com os dois extra-
tores mais utilizados no Brasil – acetato neutro de amônio e fosfato 
monocálcico –, estão apresentadas na Tabela 9.
Devido à alta mobilidade do S no solo na forma de sulfato, 
recomenda-se considerar também a camada subsuperficial (20 a 
40 cm) para o diagnóstico do teor de S no solo, e realizar a adubação 
utilizando uma fonte de S sempre que o teor no solo estiver menor 
que o nível crítico indicado na Tabela 9.
O aumento considerável no uso de adubos simples e de 
fórmulas de adubação carentes (isentas) em S também contri-
buem para a deficiência de S nos solos. Considerando os adubos 
nitrogenados, cerca de 58% do N é utilizado na forma de ureia 
e 19% na forma de fosfato de amônio MAP e DAP. Em relação 
aos adubos fosfatados, cerca de 37% do P é utilizado na forma de 
superfosfato triplo e 35% na forma de fosfato de amônio MAP e 
DAP. Quanto aos adubos potássicos, cerca de 97% do K é usado 
na forma de KCl.
Analisando os dados da Tabela 8 nota-se que os teores de 
S orgânico e de S total aumentam com as latitudes mais baixas. 
Esses teores são insuficientes para manter a nutrição adequada da 
planta, pois é preciso um teor mínimo de 450 ppm de S orgânico 
considerando a taxa de mineralização de 1% a 2%. É necessário, 
portanto, o fornecimento de S através da adubação mineral.
(2) Redução do S
Em condições de má drenagem o sulfato (SO4
2-) é reduzido 
a sulfeto, de acordo com a seguinte reação simplificada:
A oxidação do S elementar apresenta duas implicações prá-
ticas: (a) depende da ação de microrganismos (Thiobacilus), que 
por sua vez depende das condições de temperatura e umidade e do 
contato do S com o solo; e (b) a reação gera acidez. Portanto, na 
prática, uma das poucas formas de reduzir o pH de solos alcalinos 
é por meio da aplicação de S elementar. Os produtos comerciais 
à base de S elementar que vem sendo utilizados na agricultura 
atualmente, nas doses de cerca de 50 kg ha-1, não promovem aci-
dificação significativa. 
Conforme já comentado, a fração de S predominante no solo 
é orgânica (95 a 98% S). A Tabela 7 apresenta a relação C:N:P:S em 
diferentes regiões do mundo, e a Tabela 8 apresenta as quantidades 
de S orgânico e de sulfato em solos tropicais.
 
 SO4
2- + H2O H2S
 Desulfovibrio desulfuricans
e-
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 7
Além desses fatores, existem outros que também colaboram 
para a deficiência de S nos solos:
• Uso de variedades mais produtivas, como soja RR, milho 
Bt, algodão e cana-de-açúcar, por exemplo, as quais 
extraem e exportam maiores quantidades de S.
• Diminuição na utilização de pesticidas com S.
• Diminuição no consumo de combustíveis fósseis, os quais 
promovem a emissão de SO2, que pode ser absorvido 
diretamente pelas folhas ou levado pela chuva ao solo, 
formando íon sulfato, que é absorvido pelas raízes.
• Utilização de práticas culturais, como calagem e fosfatagem. 
A calagem aumenta a CTC efetiva do solo (carga negativa), o 
que também aumenta a lixiviação do SO4
2- no solo. A aduba-
ção fosfatada, por sua vez, aumenta a desorção e a lixiviação 
do SO4
-, pois o fósforo fixado nas camadas superficiais do 
solo promove a lixiviação do S (Tabela 10 e Tabela 11).
Tabela 10. Quantidade de sulfato adsorvido e desorvido nos horizontes 
Ap e B2 de um Oxissol.
Horizonte S-SO4adsorvido
Quantidade
desorvida
%
Desorvido
 - - - - - - - - - - - - - - (ppm) - - - - - - - - - - - - - -
Ap 114 107 97
B2 179 82 46
Fonte: Adaptada de Kamprath e Till (1983).
Tabela 11. Efeito do fosfato na desorção do sulfato.
Fosfato adicionado S-SO4 adsorvido
 - - - - - - - - - - - - - - - (meq 100g-1) - - - - - - - - - - - - - - -
0 2,9
0,12 1,7
0,24 0,6
0,36 0
Fonte: Adaptada de Kamprath e Till (1983).
Tabela 12. Fontes tradicionais para o fornecimento de enxofre.
Material fertilizante Fórmula química Teor de S (%)
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 24
Superfosfato simples Ca(H2PO4)2 + 2CaSO4.2H2O 12
Gesso natural ou agrícola CaSO4.2H2O 15-18
Sulfato de potássio K2SO4 18
Sulfato de potássio emagnésio
K2SO4.2MgSO4 22
Sulfato de magnésio MgSO4.7H2O 13
Tiossulfato de amônio (NH4)2S2O3.5H2O 26
Polissulfato K2Ca2Mg(SO4)4 19
Kieserita MgSO4.H2O 20
Fonte: Modificada de Vitti et al. (2006).
Tabela 9. Classificação dos teores de enxofre no solo de acordo com dois 
extratores: acetato neutro de amônio e fosfato monocálcico.
Classes
S (mg dm-3)
NH4OAc.HOAc. Ca(H2PO4)2 - 500 ppm P
Muito baixo 0,0 - 5,0 0,0 - 2,5
Baixo 5,1 - 10,0 2,5 - 5,0
Médio 10,1 - 15,0* 5,1 - 10,0*
Adequado > 15,0 > 10,0
* Nível crítico.
Fonte: Vitti (1989).
4. MANEJO DA ADUBAÇÃO SULFATADA
A adubação sulfatada pode ser realizada utilizando-se tanto 
fontes tradicionais de S, comumente empregadas na agricultura há 
décadas, como fontes mais modernas, principalmente as obtidas a 
partir do S elementar. 
4.1. Fertilizantes tradicionais
As fontes tradicionais para o fornecimento de S às culturas 
estão apresentadas na Tabela 12.
Dentre as fontes tradicionais, as mais utilizadas são o sulfato 
de amônio, o superfosfato simples e o gesso agrícola, junto a outras 
fontes alternativas, citadas na Tabela 13.
Tabela 13. Fontes alternativas para o fornecimento de enxofre.
Fertilizante % enxofre Densidade
Sulfonitrato de amônio1 6 -
Nitrosulfato de amônio2 12 -
Ureia + sulfato de amônio3 12 -
Sulfuran4 4 1,26
Fosfosulfato de amônio 14-20 -
Resíduos orgânicos
Subproduto da produção de 
aminoácidos
3 1,16
Vinhaça 0,13 1,01
1 Mistura de 75% de nitrato de amônio + 25% de sulfato de amônio (30% 
de N).
2 Mistura de 50% de nitrato de amônio + 50% de sulfato de amônio (27% 
de N).
3 Mistura de 50% de ureia + 50% de sulfato de amônio (32% de N).
4 Mistura de 50% uran + 50% de sulfato de amônio.
Fonte: Adaptada de Vitti e Heirinchs (2007).
Destacam-se também, como fontes tradicionais de S, o gesso 
natural (gipsita, contendo cerca de 15% de S) e o gesso agrícola, 
quando utilizado como condicionador de subsuperficie, bem como 
a vinhaça e o Ajifer na cultura da cana-de-açúcar. Com relação ao 
gesso agrícola e ao superfosfato simples, os mesmos apresentam a 
vantagem de ter o sulfato ligado ao cálcio, o que facilita a mobili-
dade no perfil do solo, como mostra a equação simplificada:
Vitti et al. (2008) estudaram a aplicação de sulfato de amô-
nio, superfosfato simples e sulfato de potássio e magnésio, na dose 
de 20 kg ha-1 S, na cultura da soja cultivada em solo de cerrado, no 
município de Conceição das Alagoas, MG e observaram que as três 
fontes utilizadas foram eficientes em suprir S para a cultura (Figura 7).
Broch (sd) verificou que o uso de gesso agrícola como fonte 
de enxofre na cultura de trigo refletiu em efeito positivo no cultivo 
posterior de soja (Figura 8).
 H2O
 CaSO4.2H2O Ca
2+ + SO4
2- + CaSO4
0
 Nutriente Condicionador de 
 subsuperfície
 8 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
Figura 7. Experimento realizado em Conceição das Alagoas, MG, com diferentes fontes de 
enxofre.
Fonte: Vitti et al. (2008).
Figura 8. Aplicação de gesso agrícola em trigo e efeito na cultura da soja 
em sucessão. À esquerda, com adição de S.
Fonte: Broch, D. Fundação MS.
4.2. Fertilizantes com enxofre elementar
A incorporação de S elementar (90% S) aos fertilizantes 
minerais é uma alternativa que vem sendo adotada atualmente como 
forma de diminuir os custos de produção, transporte, estocagem e 
aplicação, além de outras vantagens, mostradas na Figura 9. Esta 
estratégia está se tornando atrativa especialmente em condições de 
aumento do preço do gesso agrícola, assim como em regiões onde 
o custo de transporte do gesso agrícola torna-se muito alto devido 
à distância do local de produção, como ocorre em boa parte da 
região dos Cerrados.
Entretanto, deve-se observar que o S na forma elementar 
não pode ser absorvido diretamente pelas plantas, precisando, 
primeiro, ser oxidado para ser convertido em sulfato, conforme 
a reação:
Figura 9. Usos de enxofre elementar.
Observa-se que a oxidação do S elemen-
tar gera acidez (íons H+) no solo. Esse fato foi 
comprovado em experimento de Ferreira et al. 
(1977) em dois solos, um Latossolo Roxo (LR), 
com pH inicial de 6,4, e um Latossolo Vermelho- 
Escuro (LEa) de textura arenosa, com pH inicial 
de 5,7. Aos 50 dias de incubação foi observada 
correlação linear negativa entre pH e quantidade 
de S adsorvido ao solo.
A oxidação ocorre por meio de reações 
catalisadas por enzimas (arisulfatases e rodanases) 
produzidas por microrganismos de solos, como as 
bactérias do gênero Thiobacillus, consideradas de 
maior importância, além de vários outros micror-
ganismos heterotróficos (bactérias e fungos). 
A Tabela 14 apresenta a atividade das enzimas 
arilsulfatases e rodanases em diversos tipos de 
vegetação. Nota-se que a atividade das enzimas 
aumenta de acordo com o aumento dos teores de 
carbono orgânico, S total e S orgânico. 
Os diversos tipos de microrganismos 
envolvidos na oxidação do S elementar no solo 
podem ser observados na Tabela 15. Solos de 
pastagem, eucalipto e de florestas isolada e integrada estimulam 
o crescimento da população de bactérias autotróficas oxidantes 
de S elementar e florestas integradas estimulam o crescimento de 
bactérias heterotróficas oxidantes de S2O3
2-.
Portanto, esse é um processo biológico que depende de várias 
condições ambientais propícias para que se obtenha maior eficiência 
na adubação. A oxidação do S elementar em sulfato é influenciada 
por diversos fatores, os quais estão apresentados na Figura 10.
Além da presença da população microbiológica desejável, 
são importantes as condições de:
• Temperatura. Embora a temperatura ótima para a oxidação 
ainda não esteja bem definida, estudos publicados por diversos 
autores demonstram que as maiores taxas ocorrem entre 30 °C e 
40 °C. Em temperaturas inferiores a 5 °C, a oxidação torna-se nula 
ou inexpressiva, conforme mostra a Figura 11.
• Umidade e aeração. As taxas máximas de oxidação ocor-
rem ao redor da capacidade de campo. Em condições de baixa 
umidade no solo a oxidação é limitada por insuficiência de água 
para a atividade microbiana, ao passo que em solos com alto teor 
de umidade ela é limitada pela aeração inadequada.
• Textura do solo e matéria orgânica. Quanto maior o teor 
de argila e matéria orgânica no solo, maior a tendência de oxidação. 
 Thiobacillus
S0 + 1,5 O2 + H2O H2SO4 
 2H+ + SO4
-
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 9
Porém, o efeito positivo depende mais do teor de matéria orgânica 
do que da textura, o que pode ser atribuído ao seu uso como fonte 
de energia para a população de microrganismos.
• Valores de pH. Em solos tropicais, a taxa de oxidação do 
S elementar aumenta à medida que aumenta o pH do solo, con-
forme mostra a Figura 12 (HOROWITZ, 2003). Nos solos ácidos, 
a velocidade de oxidação é maior nos solos com pH próximo a 6,0, 
comparada aos menores valores de pH. A Tabela 16 mostra a faixa 
adequada de pH para a oxidação do S elementar pelos microrga-
nismos. A Tabela 17 apresenta a oxidação diária de S realizada por 
microrganismos heterotróficos.
• Presença de outros nutrientes. A oxidação do S tende a ser 
mais rápida em solos mais férteis, devido à maior manutenção da 
população microbiana.
Figura 10. Diagrama das relações variáveis (Xn) e dependente (Y) correlatas que afetam a oxidação do S-elementar a S-sulfato.
Fonte: Horowitz (2003).
Tabela 15. Oxidação autotrófica e heterotrófica em diferentes tipos de 
vegetação.
Vegetação Bactéria total (x 108)
Oxidação 
autotrófica S0 
(x 105)
Oxidação 
heterotrófica 
S2O3
2- (x 105)
Floresta isolada 5,6 b 32,3 ab 12,8 b
Floresta integrada 28,7 ab 57,5 ab 68,8 a
Milho 194,9 ab 5,6 b 13,4 b
Eucalipto 19,2 ab 59,9 a 13,8 b
Pastagem 77,5 ab 88,9 a 13,2b
CV (%) 6,41 5,9 5,1
1 Em cada coluna, as médias seguidas pela mesma letra não diferem em 
5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Fonte: Pinto e Nahas (2002).
Tabela 14. Atividade das enzimas arilsulfatases e rodanases em diferentes 
tipos de vegetação.
Vegetação
Arilsulfatase Rodanase
 (µg p-nitrofenol g-1 
solo seco h-1)
 (nmoles de SCN- g-1 
solo seco h-1)
Floresta isolada 22,93 b1 679,89 b
Floresta integrada 37,02 a 1.682,98 a
 Milho 0,15 d 270,27 c
Eucalipto 15,74 c 154,24 c
Pastagem 13,83 c 1.747,07 a
CV (%) 15,09 10,89
1 Em cada coluna, médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si 
em 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Fonte: Pinto e Nahas (2002).
Figura 11. Relação entre taxa de oxidação do S elementar e temperatura.
Fonte: Adaptada de Janzen e Bettany (1987).
 10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
• Granulometria das partículas do adubo. Reduzindo-se o 
tamanho das partículas do S-elementar adicionado ao solo ocorre 
aumento acentuado na taxa de oxidação devido ao aumento da 
área superficial das partículas, o que favorece o contato com os 
microrganismos oxidantes. De maneira geral, considera-se que, para 
rápida oxidação do S elementar a ser aplicado, as partículas deste 
fertilizante devem ser de tamanho inferior a 0,15 mm.
4.2.1. Fatores que afetam a eficiência de fontes com 
enxofre elementar
• Área da superfície específica do adubo. A oxidação do S 
elementar é função direta da superfície da partícula diretamente 
exposta à atividade microbiana, conforme apresentado por FOX 
et al. (1964) por meio da seguinte equação:
S = 6 /  d
em que:
S = superfície específica (cm2 g-1) 
d = diâmetro (cm)
 = densidade (g cm-3)
Assim, adubos com formas pastilhadas são mais eficien-
tes do que os que apresentam formas esféricas ou em blocos por 
apresentarem maior superfície específica (WATKINSON, 1993).
• Tamanho da partícula do adubo. Quanto menor o tamanho 
da partícula do adubo, maior é a taxa de oxidação do S (WAIN-
GHRIGHT, 1984). Na Tabela 18, na Tabela 19 e na Tabela 20 são 
apresentadas as taxas de oxidação do S em função do tamanho das 
partículas obtidas por diferentes pesquisadores.
Tabela 16. Formas de bactérias quimioautotróficas do gênero Thiobacillus 
e faixa adequada de pH.
Tipo pH
Thiobacillus thiooxidans 2,0 a 5,0
Thiobacillus ferrooxidans -
Thiobacillus neapolitanus 7,0
Thiobacillus denitrificans -
Thiobacillus thioparus 7,0
Fonte: Horowitz (2003).
Trabalhos desenvolvidos em solos de Cerrado mostraram 
que o S elementar aplicado em solos com partículas menores que 
0,50 mm apresentou eficiência agronômica similar à do gesso 
agrícola. Entretanto, essa fonte não foi eficiente no primeiro ano 
de cultivo do milho (EMBRAPA, 1997).
• Dose de aplicação do adubo. A taxa de oxidação do S 
elementar varia de acordo com a dose de aplicação do adubo. Em 
pesquisa de Janzen e Bettany (1987), a maior taxa de oxidação 
ocorreu com a aplicação de doses entre 0 e 4.000 mg kg-1 de S 
para partículas de tamanho entre 0,106 e 0,150 mm, enquanto para 
partículas < 0,053 mm a taxa de oxidação ocorreu com doses de 
até 400 mg kg-1 de S.
Horowizt e Meurer (2006), utilizando doses de S elementar 
de 0, 1,5, 3, 6, 9 e 12 g kg-1 em Argissolo e Latossolo (Ultissolo e 
Oxissolo, respectivamente), observaram oxidação máxima com até 
3 g kg-1 de S0 no solo, ocorrida aos 70 dias de incubação (Figura 
13 e Figura 14). Observou-se também que o processo de oxidação 
iniciou aos 20 dias e se completou aproximadamente aos 70 dias. 
Entretanto, o processo foi maior no Argissolo (pH 6,4) do que 
no Oxissolo (pH 4,2), com valores de 56 mg dm-3 de S-SO4 e 
207 mg dm-3 de S-SO4, respectivamente, mostrando a ocorrência 
de maior oxidação em solos com pH mais elevado.
Tabela 17. Oxidações diárias de S por microrganismos.
Organismo País mg S0 cm-2 dia-1
Thiobacillus Austrália 50
Heterotróficos Canadá 5
Fonte: Watkinson (1989); Janzen e Bettany (1987).
Figura 12. Relação entre pH e taxa de oxidação de S em Latossolo Ver-
mellho, após 90 dias de incubação com S elementar.
Fonte: Horowitz (2003).
Tabela 18. Taxa de oxidação diária do S elementar em função do tamanho 
da partícula.
Tamanho da partícula Taxa de oxidação do S elementar
(mm) (Mg S0 cm-2 dia-1)
< 0,048 21,3
< 0,125 3,7
Fonte: Donald e Chapman (1998).
Tabela 19. Taxa de oxidação anual do S elementar em função do tamanho 
da partícula.
Tamanho da partícula (mm) Oxidação
< 0,15 90% (1 ano)
0,25 a 0,50 3 anos
1,00 a 2,00 Longo período
Fonte: Boswell (1997).
Tabela 20. Taxa de oxidação do S elementar após 340 dias em função do 
tamanho da partícula.
Tamanho da partícula Oxidação
(mm) (340 dias)
< 0,15 90% oxidado
> 0,15 24 a 55% oxidado
Fonte: Lee et al. (1988).
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 11
• Dispersão do S elementar no solo. A inadequada disper-
são das partículas de S reduz a taxa de oxidação do S. A dispersão 
decresce até a dose de 1 g de S elementar para 50 g de solo em 
decorrência de dois motivos: (a) acúmulo excessivo de produtos de 
oxidação (tóxicos e ácidos) e (b) caráter hidrofóbico das partículas.
A potencialização da oxidação do S elementar pode ser 
obtida de várias formas, como: aplicação de uma quantidade mínima 
de S elementar ao solo (1 cg em 1.000 cg de solo); incorporação do 
adubo ao solo; aplicação do adubo em área total ao invés da apli-
cação localizada e correção prévia do solo com calcário, visando 
aumentar a taxa de oxidação do S elementar.
Figura 13. Teor de S-sulfato no Argissolo em função dos períodos de 
incubação para doses de S-elementar adicionadas ao solo.
Fonte: Horowitz e Meurer (2006).
Figura 14. Teor de S-sulfato no Latossolo em função dos períodos de 
incubação para doses de S-elementar adicionadas ao solo.
Fonte: Horowitz e Meurer (2006).
4.2.2. Formas de aplicação do enxofre elementar
Uma metodologia desenvolvida no Canadá, e que atualmente 
é a forma mais comum e eficiente de aplicação dos produtos com 
S elementar, é a utilização da bentonita, uma argila expansiva que 
é fundida às partículas finas do S elementar com a finalidade de 
obter um fertilizante granulado e facilitar a aplicação do produto 
(BOSWELL et al., 1988).
O objetivo desse processo industrial é que, com a umidade 
do solo, os grânulos de S elementar com betonita se desintegrem, 
expondo a grande área superficial das partículas finas à atividade 
microbiana, já que a betonita, sendo uma argila expansiva, em con-
tato com a umidade do solo tem seu volume aumentado em torno 
de 20 vezes, conforme descrito por Tisdale et al. (1993).
Um dos primeiros estudos utilizando fertilizantes à base de 
S elementar e bentonita em condições brasileiras foi realizado por 
Prochnow et al. (2007). Eles observaram, em condições de casa 
de vegetação, o efeito imediato e residual de fontes de S para a 
cultura do milho e concluíram que essas fontes podem apresentar 
bom potencial de uso nos solos brasileiros ao longo dos cultivos, 
principalmente devido à carência generalizada do nutriente nos 
sistemas agrícolas, assim como pela grande importância da liberação 
gradual dos nutrientes proporcionada pelo produto, considerando 
a alta lixiviação do sulfato em solos tropicais.
As alternativas para o uso de S elementar no solo são: S 
pastilhado; S incorporado em grânulos fosfatados e S revestindo 
ureia, fosfato monoamônio (MAP) e superfosfato triplo (TSP). 
4.2.2.1. Enxofre pastilhado
Trabalhos desenvolvidos no Canadá, Austrália e Nova 
Zelândia demonstraram a possibilidade de utilização segura do S 
elementar puro ou incorporado a fertilizantes. 
Considerando a comercialização de diferentes fontes de S 
elementar pastilhado no mercado brasileiro nos últimos anos, é 
necessário desenvolver uma metodologia adequada para avaliar 
a taxa de oxidação do S dessas fontes, uma vez que isso afetará o 
sucesso ou não do uso do produto pelos agricultores. Tem-se obser-
vado no mercado a presença de S elementar pastilhado com ou sem 
a adiçãode argilas expansivas, o que tem ocasionado preocupações 
a respeito da eficiência da conversão do S elementar a sulfato em 
condições de campo. Isso ocorre devido às várias origens (países) 
do S elementar pastilhado que está sendo comercializado no Brasil, 
especialmente nos últimos anos. 
Apesar de não existir metodologia padronizada para esta 
finalidade, o Grupo de Apoio à Pesquisa e Extensão (GAPE), na 
ESALQ, tem realizado testes preliminares para verificar a capaci-
dade de dissolução em água de fontes comerciais de S elementar 
disponíveis no Brasil. Considerando que é necessário o contato 
entre o S elementar e as partículas de solo para que a oxidação 
microbiana seja efetiva, é evidente que os produtos pastilhados 
que apresentem maior capacidade de dissolução terão maior taxa 
de oxidação em nossos solos. Testes preliminares têm demonstrado 
diferença expressiva da capacidade de dissolução em água do S 
elementar pastilhado, sem e com bentonita, no processo de produ-
ção após permanência em água durante 24 h (Figura 15). Este teste 
simples pode ser realizado pelos agricultores antes da aquisição dos 
produtos à base de S elementar. 
A legislação brasileira, por meio da instrução normativa n°5 de 
23/02/2007, regulamenta as garantias mínimas de utilização simples 
com S elementar, conforme apresentado na Tabela 21. Entretanto, 
 12 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
para cumprir essa legislação é necessário o uso de S elementar na 
forma de pó, tornando-se grande problema na utilização do produto 
por diversas razões, como: segregação do produto se o mesmo 
entrar em misturas com outras fontes granuladas; dificuldade de 
aplicação localizada, por falta de mecanismos aplicadores efi-
cientes para adubação com fertilizantes na forma de pó; e riscos 
para operadores nas aplicações do produto a lanço em superfície, 
pois o contato do S elementar com a pele acarreta rápidas reações 
de oxidação, causando irritações e queimaduras. Por isso, até 
poucos anos atrás, a utilização do S elementar nas adubações era 
irrisória no Brasil.
Damato et al. (2008) avaliaram a taxa de oxidação do S 
elementar pastilhado com bentonita em comparação ao produto 
convencional na forma de pó, em três tipos de solo brasileiros, e 
concluíram que ambas as formas físicas do produto foram simila-
res e de mesma eficácia no aumento do teor de sulfato nos solos 
(Figura 16).
4.2.2.2. Enxofre incorporado em grânulos 
fosfatados
O processo de enriquecimento do MAP com S consiste na 
mistura de sulfato e de S elementar no processo de granulação, 
aumentando o conteúdo de S no adubo, porém sem diminuir o con-
teúdo de P (Figura 17). Desta forma, o N e o P2O5 são liberados 
mais rapidamente e o S mais lentamente. O pH do solo decresce 
em torno do grânulo, aumentando a solubilidade do P2O5 em solos 
neutros e alcalinos. Pode-se encontrar produtos no mercado com 
os três nutrientes em um único grânulo, metade do S na forma 
de sulfato e outra metade na forma elementar, como a fórmula 
13-33-00 + 15% de S.
Tabela 21. Legislação brasileira referente ao uso de S-elementar.
Nutriente Garantia mínima Forma Especificação granulométrica Origem
Enxofre 95% S Determinado como 
enxofre total
Pó Extração de depósitos naturais de enxofre ou da rocha pirita, 
subproduto de gás natural, gás de refinaria e fundição do 
carvão. Podem ser obtidos também do sulfato de cálcio ou 
da anidrita.
Figura 15. Enxofre elementar pastilhado sem (à esquerda) ou com (à 
direita) adição de bentonita (50 g em 200 ml de água deioni-
zada) após repouso durante 24 horas.
Fonte: GAPE, 2015 (dados não publicados).
Figura 16. Fontes e doses de S-elementar aplicados em solos de textura arenosa, intermediária e argilosa.
Fonte: Damato et al. (2008).
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 13
A incorporação de sulfato e de S elementar ao fertilizante 
por meio de formas sólidas fundidas pode resultar em produto com 
partículas com granulometria de 5 a 200 micrometros de S elemen-
tar, combinadas com MAP, DAP ou TSP e misturas NPK (trituração 
úmida contendo aditivos). No caso do TSP, o produto final apresenta 
12% de S micronizado, similar ao conteúdo de S no superfosfato 
simples, porém com 2 a 2,5 vezes mais P2O5 (Figura 18).
Figura 17. MAP enriquecido com S elementar.
Fonte: Mosaic Fertilizantes.
Figura 19. Recobrimento do MAP com S elementar.
Fonte: Mosaic Fertilizantes.
Figura 18. Tecnologia de incorporação de sulfato e de S elementar em 
MAP granulado resultando na formulação 11-40-0 12 S (70% 
de S elementar e 30% de S sulfato).
Fonte: Shell.
4.2.2.3. Enxofre revestindo ureia, MAP e TSP
Esse processo envolve a aspersão do S elementar em pó, a 
102°C, sobre os grânulos de ureia, MAP ou TSP visando a fusão do 
S elementar e o recobrimento dos grânulos (Figura 19). O resultado 
desse processo está apresentado na Tabela 22.
4. CONCLUSÃO
A deficiência de S em diversas culturas agrícolas no Brasil 
é uma realidade atualmente. A deficiência nas lavouras, além de 
afetar negativamente a produtividade, diminui a qualidade do 
produto colhido. 
A utilização de fertilizantes simples mais concentrados, 
como ureia, nitrato de amônio, superfosfato triplo, MAP e DAP tem 
diminuído a adição de S por meio de fertilizantes simples. O gesso 
agrícola tem sido utilizado em larga escala na agricultura brasileira 
como condicionador de solo e como fonte de S. Entretanto, as 
questões logísticas e o aumento recente nos preços do gesso agrícola 
tem tornado necessário desenvolver fontes não convencionais de 
S para as culturas. Nesse sentido, produtos a partir de S elementar 
tem sido desenvolvidos, tanto para aplicação isolada em área total 
quanto para mistura em formulações NPK, ou ainda como revesti-
mento de fertilizantes fosfatados.
Diferentemente do gesso agrícola, do sulfato de amônio e do 
superfosfato simples, nos quais o S encontra-se na forma de sulfato 
(SO4
2-) prontamente disponível para as plantas, fontes a partir de 
S elementar (S0) precisam sofrer oxidação microbiana para trans-
formar o S elementar em sulfato e ser efetivamente aproveitado 
pelas plantas.
Em solos tropicais, os fatores climáticos não limitam a 
oxidação do S elementar, porém, quando no uso dessa fonte é 
essencial observar a qualidade da mesma, principalmente quanto à 
granulometria, grau de dispersão, tamanho e forma das partículas e 
qualidade de aplicação. Portanto, considerando que diversas fontes 
de S elementar têm surgido no mercado brasileiro recentemente, os 
agricultores tem que estar atentos a estes fatores para que seu uso 
promova os efeitos desejados em sua lavoura. 
5. REFERÊNCIAS
BOSWELL, C. C. Dryland lucerne responses to elemental sulphur 
of diferente particle sizes applied at diferente rates and frequencies 
in North Otago, New Zealand. New Zealand Journal of Agricul-
tural Research, Wellington, v. 40, p. 283-295, 1997.
BOSWELL, C. C.; SWANNEY, B.; OWERS, W. R. Sulfur/sodium 
bentonite prills as sulfur fertilizers. 2. Effect of sulfur-sodium ben-
tonite ratios on the availability of sulfur to pasture plants in the 
field. Fertilizer Research, Wageningen, v. 15, p. 33-46, 1988.
DAMATO, H.; MORAES, M. F.; CABRAL, C. P.; LAVRES 
JUNIOR, J.; MALAVOLTA, E.; ABREU JUNIOR, C. H. Oxidação 
do enxofre elementar do Sulfurgran em três solos do Estado de 
Tabela 22. Fontes de N e P2O5 recobertas com S elementar.
Fertilizante N (%) P2O5 (%) S (%)
Ureia 37 - 16
MAP 9 43 16
TSP - 37 16
Fonte: Fertilizantes Heringer.
 14 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
São Paulo. In: SIMPóSIO INTERNACIONAL DE INICIAçãO 
CIENTíFICA DA UNIVERSIDADE DE SãO PAULO - AGRO-
PECUÁRIA, 16., 2008, Piracicaba, SP. Anais... Piracicaba, SP: 
EDUSP, 2008. v. 1. p. 1.
DONALD, D.; CHAPMAN, S. J. Use of powdered elemental sul-
phur as a sulphur source for grass and clover. Communications 
in Soil Science and Plant Analysis, Madison, v. 29, n. 9 -10, 
p. 1315-1328, 1998.
EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuária dosCerrados. 
Efeito da granulometria na eficiência agronômica de fontes de 
enxofre em solo de Cerrado. Planaltina, DF: EMBRAPA/CPAC; 
Porto Alegre: Adubos Trevo, 1997. n. p. Relatório Final elaborado 
em 12/97.
FERREIRA, M. E.; VITTI, G. C.; PERECIM, D.; CASTELLANE, 
P. D. Uso do enxofre elementar na acidificação de solos. Revista 
Científica, Jaboticabal, v. 5, n. 3, p. 287-295, 1977.
FOX, R. L.; ATESALP, H. M.; KAMPBELL, D. H.; RHOADES, 
H. F. Factors influencing the availability of sulfur fertilizers to 
alfafa and corn. Soil Science Society Proceedings, Madison, v. 
28, p. 406-408, 1964.
HOROWITZ, N. Oxidação e eficiência agronômica do enxofre 
elementar em solos do Brasil. 2003. 109 p. Tese (Doutorado) – 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
HOROWITZ, N.; MEURER, E. J. Oxidação do enxofre elemen-
tar em solos tropicais. Ciência Rural, Santa Maria, v. 36, n. 3, 
p. 822-828, 2006.
JANZEN, H. H.; BETTANY, J. R. Measurement of sulfur oxidation 
in sois. Soil Science, Baltimore, v. 134, n. 6, p. 444-452, 1987.
KAMPRATH, E. J.; TILL, A. R. Sulfur cycling in the tropics. In: 
BLAIR, G. J.; TILL, A. R. (Ed.). Sulfur in S.E. Asian and S. 
Pacif Agriculture. Indonesia: Univ. New England, 1938. p. 1-14.
LEE, A.; BOSWELL, C.C.; WATKINSON, J. H. Effect of 
particle size on the oxidation of elemental sulphur, thiobacili 
numbers, soil sulfate and its availability to pasture. New Zea-
land Journal of Agricultural Research, Wellington, v. 13, 
p. 179-186, 1988.
LEFROY, R. D. B.; MAMARIL,C. P.; BLAIR, G. J.; GONZA-
LES, P. B. Sulfur cycling in rice wetlands. In: HOWARTH, R. W.; 
STEWART, J. W. B.; IVANOV, M. V. (Ed.). Sulfur cycling on the 
continents: Wetlands, terrestrial ecosystems and associated water 
bodies. New York: John Wiley & Sons, 1992. p. 279-299.
LOTT, W. L.; McLUNG, A. C.; MEDCALF, J. C. Deficiência de 
enxofre no cafeeiro. New York: IBEC Research Institute, 1960. 
19 p. (IBEC. Boletim Técnico, 32)
MALAVOLTA, E. Manual de química agrícola: Nutrição de 
plantas e fertilidade do solo. 1. ed. São Paulo: Editora Agronômica 
Ceres, 1976. 528 p.
MALAVOLTA, E. Potássio, magnésio e enxofre nos solos e cul-
turas brasileiras. Piracicaba: Instituto Internacional da Potassa, 
1982. 92 p. (Boletim Técnico, 4) 
RAIJ, B. V.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A.; FURLANI, 
A. M. C. Recomendação de adubação e calagem para solos 
do estado de São Paulo. 2. ed. rev. atual. Campinas: Instituto 
Agronômico/Fundação IAC, 1997. 285 p. (Boletim Técnico, 100)
ROSOLEM, C. A.; ZANCANARO, L.; TESSARO, L. C. Nitro-
gênio e enxofre na cultura do algodoeiro. In: YAMADA, T.; 
ABDALLA, S. R. S.; VITTI, G. C. Nitrogênio e enxofre na 
agricultura brasileira. Piracicaba: International Plant Nutrition 
Institute, 2007. p. 322-347.
OLIVEIRA, M. V.; TRIVELIN, P. C. O.; PENATTI, C. P.; PIC-
COLLO, M. C. Decomposição e liberação de nutrientes da palhada 
de cana-de-açúcar em campo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 
v. 34, n. 12, p. 2359-2362, 1999.
PINTO, C. R. O.; NAHAS, E. Atividade e população microbiana 
envolvida nas transformações do enxofre em solos com diferentes 
vegetações Jaboticabal. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 37, 
n. 12, p. 1751-1756, 2002.
PROCHNOW, L. I.; FAIRCHILD, D.; OLSON, R.; LAMBAIS, 
M.; PEREIRA, J.; DIAS, P. Agronomy effectives of sources of 
sulfur in four Brazilian soils. In: ASA-CSSA-SSSA INTERNA-
TIONAL ANNUAL MEETINGS, 2007. New Orleans, 2007. 
(CD-ROM)
TISDALE, S. L.; NELSON, W. L.; BEATON, J. D.; HAVLIN, J. L. 
Soil and fertilizer sulphur, calcium and magnesium. In: Soil fertility 
and fertilizers. 5. ed. New York: MacMillan, 1993. p. 266-303.
THE SULPHUR INSTITUTE. Sulphur: Do Canada’s crops get 
enought? Washington, 1987. Snp. (Folheto)
VILELA, H. Gesso e fosfato natural na recuperação de pastagens. 
In: ENCONTRO TÉCNICO SOBRE GESSO AGRíCOLA. Anais... 
Belo Horizonte: Petrobras, 1986.
VITTI, G. C. O enxofre do solo. In: BULL, L. T.; ROSOLEM, C. 
A. (Ed.). Interpretação de análise química de solo e planta para 
fins de adubação. Botucatu: Fundação de Estudos e Pesquisas 
Agrícolas e Florestais, 1989. p. 129-175.
VITTI, G. C.; HEIRINCHS, R. Formas tradicionais e alternativas de 
obtenção e utilização do nitrogênio e do enxofre: uma visão holística 
In: YAMADA, T.; ABDALLA, S. R. S.; VITTI, G. C. Nitrogênio e 
enxofre na agricultura brasileira. Piracicaba: International Plant 
Nutrition Institute, 2007. p. 110- 160.
VITTI, G. C.; LIMA, E.; CICARONE, F. Cálcio, magnésio e 
enxofre. In: FERNANDES, M. S. (Org.). Nutrição mineral de 
plantas. Viçosa: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2006. 
p. 300-322.
VITTI, G. C.; LUZ, P. H. C.; MALAVOLTA, E.; DIAS, A. S.; 
SERRANO, C. G. E. uso do gesso em sistemas de produção 
agrícola. Piracicaba: GAPE, 2008. 104 p. 
WAINWHIGHT, M. Sulfur oxidation in soils. Advances in Agro-
nomy, San Diego, v. 37, p. 346-396, 1984. 
WATKINSON, J. H. Measurement of oxidation rate of elemental 
sulfur in soil. Australian Journal of Soil Research, Collingwood, 
v. 27, p. 365-375, 1989.
WATKINSON, J. H.; BLAIR, G. J. Modeling the oxidation of 
elemental sulfur in soils. Fertilizers Reseach, Netherlands, v. 35, 
p. 115-126, 1993.
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 15
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE 
CULTIVO DE MILHO NO BRASIL
Aildson Pereira Duarte1
Claudinei Kappes2
Abreviações: EUA = Estados Unidos; K = potássio; N = nitrogênio.
1 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador Científico, Instituto Agronômico, Campinas, SP; e-mail: aildson@apta.sp.gov.br
2 Engenheiro Agrônomo, Dr., Pesquisador, Fundação MT, Rondonópolis, MT; e-mail: claudineikappes@fundacaomt.com.br
INTRODUÇÃO
A competitividade da agricultura brasileira no cenário mundial depende, principalmente, da produtividade e da lucratividade das culturas em relação aos prin-
cipais produtores mundiais. Embora a participação efetiva do Brasil 
no mercado internacional de milho seja recente – as exportações 
anuais atingiram pelo menos 20 milhões de toneladas a partir de 
2012 –, o país poderá se consolidar como importante fornecedor 
mundial deste cereal. Neste artigo, são abordados os principais 
fatores limitantes para a cultura de milho e a evolução dos siste-
mas de cultivo, os quais têm possibilitado aumentos crescentes de 
produtividade e assegurado renda aos agricultores.
O BRASIL NO CENÁRIO MUNDIAL
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de milho, 
sendo suplantado apenas pelos Estados Unidos (EUA) e pela 
China, que produzem 350 e 220 milhões de toneladas de grãos, 
respectivamente. O país diferencia-se por produzir duas safras ao 
ano sem o uso de irrigação, com produção total na última safra 
(2014/15) de 85 milhões de toneladas, sendo a segunda safra 
(54,7 milhões de toneladas) superior à primeira (30,7 milhões de 
toneladas), como ocorre desde 2012, quando a segunda safra se tornou 
a mais expressiva. A área total de milho na safra 2014/15 atingiu 
15,8 milhões de hectares, sendo 6,2 e 9,6 milhões na primeira e 
na segunda safra, respectivamente (CONAB, 2015). No entanto, 
a produtividade média nacional ainda é próxima de 5 t ha-1, muito 
inferior à de 10 t ha-1 obtida nos EUA. Ao selecionar regiões pro-
dutoras específicas, verifica-se que a produtividade triplicou nos 
últimos 30 anos, atingindo valores iguais ou superiores a 7,0 t ha-1 e 
5,0 t ha-1 na primeira e na segunda safra, respectivamente. Ressalte-se 
que esses valores não refletem o excelente nível tecnológico alcançado 
por parte dos produtores, os quais têm obtido produtividades acima 
de 12 t ha-1 e 8 t ha-1 na primeira e na segunda safra, respectivamente, 
pois as médias são atingidas em ambientes muito diversos e em 
diferentes épocas de semeadura e sistemas de cultivo.
FATORES CLIMÁTICOS LIMITANTES À CULTURA 
O clima tropical e subtropical geralmente não favorece a 
expressão máxima do potencial genético da cultura de milho em 
decorrência, principalmente, das elevadas temperaturas noturnas e 
poucas horas de insolação direta. Além disso, ocorrem veranicos, 
provocandoestresses hídricos e, na safra de verão, também estresse 
térmico (elevadas temperaturas). 
Na região sudoeste do estado de São Paulo, em baixa alti-
tude, as temperaturas mínimas e máximas diárias atingem picos de 
20 °C a 30 °C, respectivamente, nos meses de novembro a março 
(Figura 1A). No norte do Mato Grosso, a temperatura máxima é elevada 
o ano inteiro, especialmente nos meses de agosto e setembro, com 
valores superiores a 35 °C (Figura 1B). Nas duas regiões, as tempera-
turas mínimas são mais amenas nos meses de maio, junho e julho, mas 
cerca de 5 °C mais baixas em São Paulo, comparado ao Mato Grosso.
A série histórica do Instituto Agronômico (IAC), Campinas, 
SP, indica que o valor das maiores médias diárias de luz solar é 
de aproximadamente 7,5 horas por dia, em abril, julho e agosto, 
enquanto o das menores médias é de 6,0 horas por dia, em dezem-
bro e janeiro (Figura 2). A menor insolação direta ocorre no verão 
devido à elevada nebulosidade e a duração dos dias mais longos 
do ano ser de apenas 13,4 horas. Ao contrário, na região do Corn 
Belt americano, a média diária de insolação é superior a 8 horas nos 
meses de maio a agosto, atingindo 10 horas no mês de julho, quando 
ocorre a duração máxima do dia, de aproximadamente 15 horas. As 
chuvas, por sua vez, são concentradas no período de verão no Mato 
Grosso, onde o inverno é seco, e melhor distribuídas ao longo do ano 
no sudoeste de São Paulo, região de transição climática para inverno 
úmido, típico do sul do país.
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CULTIVO E 
INCREMENTO DE PRODUTIVIDADE
O advento e a tecnificação do milho safrinha foram responsá-
veis pela grande transformação da cultura de milho no Brasil. Houve 
mudança espacial, com o avanço da cultura para o Centro-Oeste e 
recentemente para os chapadões do Maranhão, Piauí e Tocantins, com 
perda de área em regiões tradicionais de cultivo de milho, especial-
mente em regiões de baixa altitude (Paraná e São Paulo), e temporal, 
com a maior parte da área de milho verão sendo substituída pela de 
soja, passando a ser cultivado preferencialmente na segunda safra 
em sucessão a esta leguminosa. Esse sistema teve grande aceitação a 
partir da consolidação do plantio direto (Figura 3), por proporcionar 
redução do tempo entre a colheita da soja e a semeadura do milho. 
A área da segunda safra poderá aumentar ainda mais, por exemplo, 
no estado do Mato Grosso, onde apenas 3,4 milhões de hectares, 
dos 8,9 milhões de hectares, foram cultivados com milho em sua 
sucessão, ou seja, 37% da área de soja (CONAB, 2015). 
 16 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
Figura 1. Média diária da precipitação pluvial e das temperaturas mínimas 
e máximas em 1Assis, SP (A), no período de 1988 a 2014 (27 anos), 
e em 2Sorriso, MT (B), no período de 2005 a 2014 (10 anos), na 
sequência de julho a junho. 
Fonte: 1Instituto Agronômico (IAC); 2Somar Meteorologia.
A boa remuneração da cultura da soja e a oferta de milho 
o ano todo, reduzindo a sazonalidade dos preços durante o ano, 
inviabilizou a produção comercial de milho em lavouras de baixa 
produtividade na safra de verão, as quais ainda persistem apenas 
Figura 3. Semeadura direta de milho sobre a palha de soja.
para consumo dos grãos na propriedade. Assim, o milho verão ficou 
concentrado em regiões de elevada altitude, onde as temperaturas 
noturnas são mais amenas e o estresse hídrico/térmico é menos 
frequente, e com ênfase na rotação com a soja. A semeadura foi 
antecipada para o mês de setembro ou início de outubro, a partir 
do início e estabilização das chuvas, possibilitando que os estádios 
iniciais de desenvolvimento das plantas ocorressem sob temperatu-
ras mais amenas e que o início do enchimento dos grãos ocorresse 
antes do período de grande nebulosidade. Nessas condições, têm 
sido obtidas as maiores médias de produtividade brasileiras, mas 
ainda inferiores a 300 sc ha-1, que é o padrão superior americano. 
Nota-se que o aumento na produtividade de milho na pri-
meira safra (Figura 4) ocorre pela concentração da produção em 
regiões e épocas mais favoráveis e também pelo lançamento de 
cultivares de alto potencial produtivo e modernização das práticas 
culturais, destacando-se o adensamento populacional (de pelo 
menos 65 mil plantas por hectare), o aumento das doses na aduba-
ção, especialmente da nitrogenada, a melhoria na uniformidade de 
distribuição das sementes e a proteção efetiva das plantas contra 
pragas e doenças, incluindo a tecnologia transgênica Bt e os fun-
gicidas, respectivamente.
Figura 2. Número médio de horas de insolação direta por mês (janeiro a 
dezembro) em 1Moline, IL, EUA (41° 30' N), no período de 1943 
a 1987 (45 anos), e em 2Campinas, SP (22º 54' S), no período 
de 1775 a 2006 (32 anos). 
Fonte: 1GCMD; 2Banco de Dados do Instituto Agronômico (IAC).
A
B
Figura 4. Produtividade média de milho na primeira e segunda safras 
nas regiões do cerrado (Goiás e Mato Grosso) e tradicional de 
cultivo de milho (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) no 
período de 1984 a 2015. 
Fonte: CONAB (2015).
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 17
Já o aumento da produtividade do milho safrinha (segunda 
safra em sucessão à soja, e sem irrigação) decorre de fatores mais 
complexos, pois a cultura é desenvolvida em ambientes com elevada 
frequência de estresse hídrico e, ao sul do paralelo 22, com estresse 
pelo frio, incluindo geadas (DUARTE, 2004). Acrescenta-se que 
há 30 anos os agricultores pioneiros utilizavam a semente como 
único insumo, e mesmo assim de cultivares poucos adaptados a esta 
modalidade de cultivo. A partir do início da década de 1990 foram 
desenvolvidas tecnologias apropriadas para o cultivo do milho 
safrinha, quando o IAC implantou a primeira rede de pesquisa dire-
cionada a ele, destacando-se: lançamento e/ou posicionamento de 
cultivares adaptados para cultivo outono-inverno e com resistência 
a doenças, antecipação da época de semeadura, adoção do sistema 
plantio direto e manejo adequado da adubação. 
O aumento mais expressivo na produtividade do milho 
safrinha ocorreu a partir do início deste século (Figura 4 e Figura 5), 
devido, principalmente, à antecipação da colheita da soja e, conse-
quentemente, da semeadura do milho safrinha. Isso ocorreu com o 
aparecimento da ferrugem asiática da soja no Brasil na safra 2001/02 
e com a demanda urgente e imperiosa por cultivares de ciclo mais 
curto para semear mais cedo. 
rendimento operacional contribuiu para antecipar a semeadura 
do milho safrinha, principalmente neste estado.
CUSTO DE PRODUÇÃO DO MILHO SAFRINHA
O custo de produção do milho safrinha é geralmente menor 
do que o do milho verão, principalmente devido à economia na adu-
bação nitrogenada, que é suprida parcialmente pelo nitrogênio (N) 
dos restos culturais da soja. No entanto, a demanda de adubação tem 
aumentado com a melhoria da produtividade, e a referida economia 
deverá se tornar relativamente menor, para evitar a deficiência de N 
no sistema de sucessão soja-milho safrinha. Para o estado de Mato 
Grosso, estima-se que os custos de produção, considerando apenas 
os custos variáveis – sem computar depreciação de máquinas, custo 
da terra, remuneração do capital e impostos –, estão próximos a 
R$ 1.309,79 e R$ 1.451,62, com o emprego de média e alta tecno-
logia, respectivamente, sendo que os fertilizantes representam cerca 
de 40% dos custos, independentemente do nível tecnológico (Tabe- 
la 1). Para o sudoeste do estado de São Paulo, os custos de produção 
estimados, considerando também apenas os custos variáveis, são 
de R$ 1.217,00 e R$ 1.629,80, sendo que os fertilizantes correspon-
dem a 32% e 38% do custo total, com a utilização de média e alta 
tecnologia, respectivamente. Confirma-se que um dos diferenciais 
do milho safrinha, em relação à safra de verão no Brasil e nos EUA, 
é o baixo gasto com fertilizantes quando se utiliza média tecnologia, 
a qual ainda é empregada pela maioria dos produtores. O preço doadubo nitrogenado, que era relativamente baixo nos EUA, agora 
está em patamar próximo ao do Brasil, ou seja, são necessários 
cerca de 10 kg de grãos para comprar 1 kg de N.
FATORES CRÍTICOS NOS SISTEMAS DE CULTIVO
Diante da realidade do clima e das grandes transformações 
ocorridas nos últimos anos na agricultura brasileira, questiona-se 
quais seriam os fatores críticos que poderiam ser melhorados, 
prioritariamente, visando aumentar a produtividade da cultura de 
milho e a lucratividade do agricultor. A questão de logística para o 
escoamento da produção no Brasil Central é recorrente, pois é onde 
se encontra o maior ponto de estrangulamento relativo à exportação, 
bem como a maior oportunidade de inserção do país no mercado 
internacional de milho visando aumentar as vendas antecipadas e 
a pré-fixação do preço, a exemplo da soja, fatores que diminuem 
as incertezas sobre o valor do milho a cada safra. 
Quanto aos sistemas de cultivo, dois fatores merecem 
grande atenção: a uniformidade de desenvolvimento das plantas e 
a adubação de arranque. As lavouras norte-americanas se destacam 
em relação às brasileiras por apresentarem, além da maior dispo-
nibilidade diária de luz e uso de irrigação nas regiões com maior 
Figura 5. Evolução na área e na produtividade média de milho segunda 
safra no Mato Grosso. 
Fonte: CONAB (2015).
Figura 6. Ilustração hipotética do deslocamento da época de semeadura da soja e do milho safrinha no Mato Grosso. 
Fonte: Adaptada de Kappes (2013).
Em Mato Grosso, tem aumentado a preferência por 
cultivares de soja de hábito de crescimento tipo indeterminado 
para semear no final de setembro, embora a grande maioria das 
cultivares ofertada no mercado seja do tipo determinado. A 
antecipação da época de semeadura da soja ao longo do tempo, 
desde novembro até setembro, é ilustrada na Figura 6. Acres-
centa-se que o emprego de implementos agrícolas com elevado 
 18 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
Tabela 1. Estimativas do custo de produção do milho safrinha nos sistemas de produção com média e alta tecnologia no estado do Mato Grosso1 e na 
região paulista do Médio Paranapanema2 (média dos anos 2014 e 2015).
Estado
Insumos
Serviços3 Total
Sementes Fertilizantes Defensivos
Média tecnologia (produtividade esperada: 5 t ha-1)
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (R$/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mato Grosso 289,11 518,09 365,28 137,31 1.309,79
São Paulo 225,00 386,00 198,00 408,00 1.217,00
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (% do custo total) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mato Grosso 22,1 39,6 27,7 10,5 100,0
São Paulo 18,5 31,7 16,3 33,5 100,0
Alta tecnologia (produtividade esperada: 7 t ha-1)
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (R$/ha) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mato Grosso 374,39 614,68 321,23 141,33 1.451,62
São Paulo 306,00 626,00 243,00 454,80 1.629,80
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (% do custo total) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Mato Grosso 26,1 42,3 21,9 9,8 100,0
São Paulo 18,8 38,4 14,9 27,9 100,0
Fonte: 1IMEA (2015) e 2Pecchio (2015).
3 Despesas com operação de máquinas e mão de obra.
ocorrência de seca, maior uniformidade das espigas. No Brasil, é 
comum o arranque inicial pouco vigoroso e a presença de plantas 
sem espigas (“dominadas”) e/ou espigas pequenas ou mal formadas 
(grãos ausentes ou leves na ponta do sabugo). 
A desuniformidade ocorre desde a emergência das plantas, 
mesmo quando são utilizadas sementes com elevado vigor e tratadas 
contra pragas de solo (Figura 7). Quanto mais rápida e uniforme 
a emergência, menor o tempo no qual as plântulas ficam expostas 
às pragas e aos patógenos. Além disso, o trânsito de colhedoras 
em solo muito úmido compacta as faixas de solo, e a deficiência 
na regulagem do picador de palha causa distribuição desuniforme 
dos restos culturais. Esses fatores levam à desuniformidade na pro-
fundidade de semeadura; logo, em uma mesma área, as sementes 
são depositadas tanto em sulcos rasos como em muito profundos, 
podendo ou não aderir ao solo. Outra possível causa é o manejo 
inadequado da adubação, o que dificulta o arranque vigoroso de 
todas as plantas, por exemplo, devido ao efeito salino da adubação 
com potássio (K) no sulco ou à deficiência de N quando toda a 
adubação é aplicada a lanço, principalmente depois da emergência 
das plantas, como ocorre no Mato Grosso.
É importante mencionar que muitas áreas são cultivadas 
continuamente sob sistema de sucessão soja-milho safrinha há 
mais de dez anos, e a ausência de rotação de culturas e o amplo 
escalonamento da semeadura ao longo do ano têm agravado os 
problemas de plantas daninhas, pragas e doenças nas lavouras. A 
“ponte verde” entre lavouras aumenta o potencial de inóculo dos 
patógenos e possibilita inúmeros ciclos de pragas, aumentando os 
custos com o manejo fitossanitário, ao contrário do que ocorre nos 
países de clima temperado, nos quais a estação de cultivo é definida 
e existe interrupção do ciclo biológico pelo frio extremo.
Assim, o aumento da competitividade brasileira na produção 
de milho depende, além de medidas estruturais, da continuidade do 
aperfeiçoamento das práticas de manejo. Os sistemas de cultivo 
de milho têm evoluído muito, maximizando o aproveitamento do 
ambiente e aumentando a lucratividade de exploração da terra, mas 
ainda existem grandes diferenças na produtividade entre lavouras den-
tro de uma mesma região, tanto na primeira como na segunda safra.
Figura 7. Emergência desuniforme de plantas na linha de semeadura.
REFERÊNCIAS
CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra 
brasileira de grãos, v. 2 – safra 2014/15 – n.12: Décimo segundo levantamento, 
set. 2015. Brasília, 2015. 134 p.
DUARTE, A. P. Milho safrinha: Características e sistemas de produção. In: GAL-
VãO, J. C. C.; MIRANDA, G. V. (Ed.). Tecnologias de produção de milho. Viçosa: 
Editora UFV, 2004. p. 109-138.
IMEA. Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária. Custo de produção 
de soja e de milho – safras: Mato Grosso. Cuiabá, 2015. Disponível em: <http://
www.imea.com.br>. Acesso em: 05 nov. 2015.
KAPPES, C. Sistemas de cultivo de milho safrinha no Mato Grosso. In: SEMINÁRIO 
NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, 12., 2013. Anais... Dourados: Embrapa/
UFGD, 2013. p. 1-21. CD-ROM
GCMD. Global Change Master Directory. Historical sunshine and cloud data in 
the united States. Disponível em: <http://gcmd.nasa.gov/records>. Acesso em: 
05 nov. 2015.
PECCHIO, M. S. Sistemas de produção do milho safrinha no Médio Vale Paranapa-
nema, estado de São Paulo. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE MILHO SAFRINHA, 
13., 2015. Anais... Maringá: UEM/IAPAR/EMAER, 2015. p. 592-602. CD-ROM
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 19
DIVuLGANDO A PESQuISA
ADUBAÇÃO FOSFATADA PARA ALTA PRODUTIVIDADE DE SOJA, 
MILHO E CEREAIS DE INVERNO CULTIVADOS EM ROTAÇÃO EM
LATOSSOLOS, EM PLANTIO DIRETO, NO CENTRO-SUL DO PARANÁ 
Renan Costa Beber Vieira1, Sandra Mara Vieira Fontoura2, Cimélio Bayer3, Renato Paulo de Moraes2, Eduardo Carniel4. 
Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 39, n. 3, p. 794-808, 2015.
1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Solos, Programa de Pós-graduação em Ciência do Solo, Porto Alegre, RS.
2 Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária, Guarapuava, PR.
3 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Solos, Porto Alegre, RS.
4 Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Curso de Agronomia, Porto Alegre, RS.
O Estado do Paraná não dispõe de um sistema de recomendação de adubação para rotação de cultu-ras em plantio direto (PD). Em razão disso, utiliza 
indicações geradas para culturas individuaishá mais de 30 anos e 
em preparo convencional. Este estudo teve como objetivo conso-
lidar a calibração de P e avaliar a resposta das culturas à adubação 
fosfatada, visando à proposição de um sistema de indicações téc-
nicas para a adubação fosfatada das culturas de soja, milho, trigo e 
cevada cultivadas em sistema de rotação em Latossolos com longo 
histórico de PD (> 30 anos) na região centro-sul do Paraná, que se 
caracteriza por possuir alto potencial produtivo. 
Três experimentos de calibração foram conduzidos de 
2008 a 2013 e consistiram na criação de níveis de P pela apli-
cação de doses a lanço de até 640 kg ha-1 de P2O5. Quarenta e 
quatro experimentos de resposta a P foram conduzidos entre as 
safras de 2011 a 2012/13, tendo como foco avaliar a resposta das 
culturas a P em solos com distinta disponibilidade do nutriente. 
Os rendimentos relativos [RR = (rendimento sem P/rendimento 
máximo) × 100] das culturas e os teores de P no solo (Mehlich-1) 
foram relacionados, obtendo-se os teores críticos e as classes 
de disponibilidade de P no solo. Para a estimativa das doses 
nas classes de disponibilidade Baixa e Média, foram utilizadas 
as curvas de resposta à adubação de P, seguindo a filosofia de 
suficiência (adubação de cultura). Nas classes de disponibili-
dade Alta e Muito Alta, as doses foram estimadas com base na 
exportação pelos grãos (Tabela 1). 
Conclusões:
• Os teores críticos de fósforo em solos sob plantio direto 
são maiores para os cereais de inverno do que para as culturas de 
soja e milho, bem como na camada diagnóstica de 0-10 cm em 
relação à camada de 0-20 cm.
• As doses de fósforo indicadas para soja, milho, trigo e 
cevada em solos sob plantio direto na região centro-sul do Paraná 
são superiores às atuais indicações de adubação para as culturas 
individuais desse Estado, o que se justifica, ao menos em parte, 
pelas altas produtividades e pela alta capacidade de retenção de 
fósforo dos Latossolos da região.
• Os resultados sugerem que as doses estabelecidas para 
as culturas elevem o teor de fósforo no solo ao teor crítico após 
um ciclo da rotação de culturas (três anos), embora seja adotada 
a filosofia de suficiência/adubação de cultura para a indicação de 
doses de adubação fosfatada em solos abaixo do teor crítico de 
fósforo.
Tabela 1. Doses médias de P2O5 indicadas para soja, milho, trigo e cevada em sistema plantio direto, em diferentes classes de disponibilidade de P, para 
os Latossolos da região centro-sul do Paraná.
Classe de 
disponibilidade P Soja Milho Trigo Cevada
 (mg dm-3) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -(kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Baixa1 < 4 2003 170 140 165
Média1 4 - 8 90 155 90 100
Alta2 8 - 16 65 (R + 20%) 130 (R + 20%) 45 (R + 20%) 50 (R + 20%)
Muito alta2 > 16 55 (R) 115 (R) 35 (R) 40 (R)
1 Doses de P2O5 para rendimento de máxima eficiência econômica.
2 R: valor de reposição por tonelada de grão produzido da cultura: 10, 10, 14 e 8 kg de P2O5 por tonelada de grãos produzidos de trigo, cevada, soja e 
milho, respectivamente; na classe Alta foi acrescido 20 % para suprir possíveis perdas. 
3 Indicações de doses com base nas expectativas de rendimento de 4.000, 14.000, 3.500 e 4.000 kg ha-1 de soja, milho, trigo e cevada, respectivamente.
 20 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015
 EM DESTAQUE
IPNI NO WORKSHOP DA COMIGO
Dr. Eros Francisco proferiu palestra no 14o Workshop CTC 
Agricultura da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais 
do Sudoeste Goiano (Comigo), cujo tema foi Construção do Perfil 
do Solo, realizado no dia 28 de agosto em Rio Verde, Goiás. O 
público de 700 participantes era composto por produtores, agrô-
nomos, técnicos, pesquisadores e estudantes. “O tema em questão 
é de grande interesse regional em virtude dos veranicos ocorridos 
nas duas últimas safras, as quais trouxeram severas perdas de produ-
tividade às lavouras. Diante deste tipo de intempérie, os produtores 
precisam planejar atividades de manejo do solo que proporcionem 
maximização do crescimento radicular, a fim de aumentar o volume 
de solo explorado pelas plantas e, com isso, reduzir os efeitos nega-
tivos do estresse hídrico. Para o IPNI foi uma alegria poder participar 
do evento e contribuir com ideias e sugestões para o ajuste do sistema 
no que tange à construção de um perfil de solo mais favorável ao 
crescimento das plantas”, disse Dr. Francisco. A palestra do Dr. Eros 
Francisco está disponível no site do IPNI Brasil.
SÉRIE WEBINAR DO IPNI DESTACA A ACIDEZ DO SOLO
Dr. Luis Prochnow, Diretor do IPNI Brasil, foi o palestrante do 
mais recente webinar realizado pelo IPNI aberto ao público. Dr. Pro-
chnow apresentou a palestra Avaliação e Manejo da Acidez do Solo. A 
apresentação resumiu os principais tópicos de uma publicação recente 
do IPNI sob o mesmo título (Soil Acidity Evaluation and Management). 
Durante o webinar, Dr. Prochnow discutiu temas que englobaram desde 
princípios da acidez do solo até uso correto de calcário. Ele ilustrou sua 
apresentação mostrando as respostas positivas das culturas à aplicação 
de calcário em muitas partes do mundo. “Sem dúvida, a acidez do solo 
é um dos principais fatores limitantes ao aumento da produtividade 
das culturas em muitos solos e deve ser gerida de forma a promover 
maior produção e lucro aos agricultores”, disse Dr. Prochnow.
O webinar pode ser visto no website do IPNI ou no YouTube: 
http://brasil.ipni.net/article/BRS-3372
IPNI NO ENCONTRO DA MOSAIC CONECTA
No período de 23 a 25 de Setembro, durante o Mosaic 
Conecta para Consultores, a equipe da Mosaic reuniu líderes 
da agricultura nacional e os principais consultores do setor para 
discutir as perspectivas do agronegócio brasileiro e o cenário 
macroeconômico agrícola. Durante a reunião, Dr. Valter Casa-
rin, Diretor Adjunto do IPNI, e Dr. Aildson Duarte, pesquisador 
do IAC, foram responsáveis pelas atividades educativas com os 
consultores. O debate em grupo versou sobre o tema Desafios no 
Uso de Enxofre na Agricultura Brasileira. O objetivo da atividade 
foi envolver líderes do setor agrícola na adoção de boas práticas 
de manejo em relação à nutrição de plantas e fertilidade do solo, 
com ênfase no uso de enxofre. “Este evento foi uma grande opor-
tunidade para avaliar o manejo do enxofre em diferentes regiões 
do Brasil”, comentou Dr. Casarin.
Dr. Casarin e Dr. Aildson discutem o manejo do enxofre.
A acidez do solo é o maior fator limitante da produtividade em todo o 
mundo. À esquerda, parcela sem calcário.
“FUNDAÇÃO NUTRIENTES PARA A VIDA” 
AGORA NO BRASIL
Nos últimos dois anos, Dr. Luis Prochnow, Diretor do IPNI 
Programa Brasil, vem trabalhando para estabelecer a Fundação 
Nutrientes para a Vida (Nutrients for Life Foundation) no Brasil. 
Juntamente com David Roquetti, Diretor-Executivo da Associação 
Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), a ideia foi introduzida 
e fomentada, o que resultou na aprovação, pela ANDA, de um orça-
mento para iniciar as atividades no país. Dr. Prochnow reuniu-se 
com Harriet Wegmeyer, Diretora-Executiva da Nutrients for Life 
Fundation, em Washington, DC, para finalizar os planos. A Funda-
ção começou a operar no mês de Setembro. O grupo espera obter 
mais apoio das empresas de fertilizantes à medida que a Fundação 
estabeleça sua atuação no Brasil, o que deverá traduzir-se na expan-
são das atividades de educação do público acerca dos benefícios da 
adequada nutrição das plantas no aumento da produção de alimentos 
por meio do uso de fertilizantes.
INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 152 – DEZEMBRO/2015 21
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO DE FERTILIZANTES 
EM PASTAGENS
O IPNI Brasil coordenou um painel sobre Boas Práticas 
para Uso Eficiente de Fertilizantes (BPUFs) em Pastagens no 3o 
Encontro de Adubação de Pastagens, organizado pela Scot Con-
sultoria e Tec Fertil, ocorrido em Ribeirão Preto, SP, em 29 de 
setembro. Cerca de 500 pessoas participaram do painel, no qual 
foram discutidos três temas

Outros materiais