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TCC 2 Eliz Carniel

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE NOVA MUTUM 
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E AGRÁRIAS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
ELIZANGELA CARNIEL 
 
 
 
 
PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DE FONTES 
BORATADAS EM SOLO ARENOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA MUTUM – MT 
2019 
 
 
 
ELIZANGELA CARNIEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DE FONTES BORATADAS EM SOLO 
ARENOSO 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como requisito 
obrigatório para obtenção do título de Bacharel 
em Agronomia da Universidade do Estado de 
Mato Grosso – Câmpus Nova Mutum. 
 
 
 
 
 
 
Orientador 
Prof. Dr. Evandro Luiz Schoninger 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA MUTUM - MT 
2019 
 
 
 
 
 
ATA DA APRESENTAÇÃO PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico aos meus pais Delcir José Carniel e Helia Garcia Carniel e irmãs Eliangela Carniel e 
Elisane Carniel, que com muito amor e compreensão sempre me apoiaram nesta etapa da 
minha vida. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Em primeiro lugar quero agradecer a Deus por ter me amparado, me ajudando a superar 
meus medos e todos os obstáculos que enfrentei. Obrigado por me dar força e coragem 
necessárias para lutar por este sonho. 
 Aos meus pais Delcir José Carniel e Helia Garcia Carniel, meus maiores exemplos. Que 
durante toda esta etapa estiveram presentes, iluminando meu caminho com muito amor e 
dedicação. 
 As minhas irmãs Eliangela Carniel e Elisane Carniel, pelo estímulo e apoio 
incondicional. 
A Universidade do Estado de Mato Grosso pela oportunidade oferecida e ensino de 
qualidade. 
A todo o corpo Docente do curso de agronomia que se dedicaram para passar seus 
conhecimentos e informação, contribuindo para a minha formação técnica 
 Ao meu orientador Prof. Dr. Evandro Luiz Schoninger por sempre me mostrar o 
caminho certo a ser seguido, de forma única, admirável e exemplar. 
 Ao meu amigo Engenheiro Agrônomo Rodrigo Gonçalves Trevisan por me auxiliar em 
todos os momentos que precisei, sempre me aconselhando sobre o melhor caminho a seguir. 
 Aos meus amigos e colegas Kátila Freitas, Raisse Luana, Isabelly Nogueira, Rayla 
Nemis, Rafael Rocha, Bruno Real, Isaac Nogueira, Crislaine Borges, Jéssica Dias e Renan 
Campos que me acompanharam desde o início nessa caminhada. 
 Aos proprietários da Fazenda Colorado, família Coradini, por ceder o local para a 
condução do meu experimento. 
E a todas as pessoas que de alguma forma direta ou indiretamente colaboraram para que 
eu pudesse concluir mais essa etapa da minha vida. 
Muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A única maneira de fazer um bom trabalho é amando o que você faz. Se ainda não 
encontrou, continue procurando. Não se desespere. Assim como no amor, você saberá 
quando tiver encontrado. ” 
(Steve Jobs) 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A soja (Glycine max (L.) Merrill) teve origem no continente asiático. Para alcançar elevadas 
produtividade, esta leguminosa exige uma nutrição equilibrada de macro e micronutrientes. É 
uma das culturas anuais mais exigentes em boro (B). Entretanto, o manejo da adubação boratada 
deve ser realizado com muita cautela, principalmente no que diz respeito às doses a serem 
aplicadas, devido a estreita faixa entre o nível adequado e o tóxico para este nutriente no solo. 
Neste contexto, este trabalho objetivou avaliar a produtividade de grãos da soja em função da 
aplicação de fontes boratadas em um solo arenoso. O experimento foi conduzido a campo, na 
Fazenda Colorado, localizada a 35 km de Nova Mutum – MT. Utilizou-se o delineamento 
experimental de blocos casualizado, com cinco tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos 
consistiram em uma testemunha (sem aplicação de B) e quatro fontes boratadas, sendo elas: 
Granulex®, Produbor® 10% e ácido bórico parcelado em duas aplicações e ácido bórico em 
aplicação única. Cada parcela possuía área de 20m2, totalizando uma área experimental de 
400m2. A primeira adubação foi realizada nove dias antes da semeadura, dia 05 de outubro de 
2018. A segunda adubação, restando apenas o Ácido bórico parcelado foi realizada no dia 01 
de novembro de 2018. Para cada parcela foi utilizado 1,7 kg de B/ha para todas as fontes. As 
características avaliadas foram o número de legumes por planta, número de grãos por legume, 
massa de cem grãos (g) e a produtividade de grãos (kg ha-1). Os resultados obtidos indicaram 
que a aplicação de B independente da fonte não altera massa de cem grãos e número de grãos 
por legumes e que a aplicação de boro com fontes menos solúveis não altera a produtividade de 
grãos, por outro lado, aplicação de fontes de alta solubilidade causa toxidez na cultura reduzindo 
a produtividade em solo arenoso. 
 
Palavras-chave: Glycine max (L.) Merrill, Ácido bórico, Granulex®, Produbor® 10%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Dados da precipitação pluviométrica ocorrida no ciclo vegetativo da cultura da soja 
em Nova Mutum-MT. .............................................................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1. Massa de cem grãos (MCG), número de legumes por planta (NLP), número de grãos 
por legume (NGL) e produtividade de grãos (PROD) em função da aplicação de fontes 
boratadas na cultura da soja em Nova Mutum – MT. .............................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................... 12 
2.1 A Cultura da Soja ............................................................................................................. 12 
2.2 Produtividade da soja ....................................................................................................... 13 
2.3 B na planta ........................................................................................................................ 13 
2.4 Deficiência e toxicidade de B na planta .......................................................................... 14 
2.5 B no solo ............................................................................................................................. 15 
2.6 Fontes de B ........................................................................................................................ 15 
2.5.1 Granulex® ....................................................................................................................... 15 
2.5.2 Produbor® 10% ............................................................................................................... 16 
2.5.3 Ácido bórico .................................................................................................................... 16 
3 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................ 17 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................ 19 
5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 24 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Brasilé o segundo maior produtor de soja no mundo, estando somente atrás dos 
EUA na safra 2016/17, o que representou cerca de 30% da produção mundial. A oleaginosa tem 
sido a principal cultura cultivada no território brasileiro, ocupando 33,91 milhões de hectares, 
área essa equivalente a 56% da área total semeada, incluídas as demais culturas (CONAB, 
2017). 
A produção brasileira de grãos fechou a safra 2017/2018 com produção estimada em 
228,3 milhões de toneladas. O número confirma a colheita como a segunda maior do país, atrás 
apenas da registrada na safra passada. A área manteve-se próxima à estabilidade, com ligeira 
alta de 1,4%, passando de 60,9 milhões de hectares para 61,7 milhões de hectares. Neste cenário 
somente a oleaginosa ocupou uma área de 35,1 milhões de hectares e produção estimada de 
116,996 milhões de toneladas e neste caso Mato Grosso teve destaque nacional, como maior 
produtor do país, 31,887 milhões de toneladas (CONAB, 2018). 
Para a safra 2018/19, a oleaginosa obteve crescimento na área plantada de 1,8% em 
relação à safra passada, correspondendo ao plantio de 35,78 milhões de hectares. Em Mato 
Grosso, principal região produtora do país, o incremento na área plantada atingiu 2,7% em 
relação ao exercício anterior (CONAB, 2018). 
A agricultura brasileira passa por uma fase em que a produtividade, a eficiência, a 
lucratividade e a sustentabilidade dos processos produtivos são aspectos de maior relevância. 
Neste contexto, os micronutrientes, cuja importância é conhecida a muitos anos, apenas 
recentemente passaram a ser mais utilizados de forma mais rotineira nas adubações em muitas 
regiões e para as mais diversas condições de solo, clima e culturas no Brasil (ABREU; LOPES; 
SANTOS, 2007). 
Os micronutrientes são elementos essenciais para o crescimento das plantas e se 
caracterizam por serem absorvidos em pequenas quantidades. Isso se deve ao fato de eles não 
participarem de estruturas da planta, mas da constituição de enzimas ou então atuar como seus 
ativadores. A deficiência de qualquer micronutriente pode provocar problemas no crescimento 
e desenvolvimento das plantas, repercutindo na qualidade e quantidade da produção 
(DECHEN; NACHTIGALL, 2006). 
Dentre os micronutrientes, se destaca o Boro (B), que em sua deficiência acaba 
provocando baixo rendimento na produtividade, pois desempenha papel importante no 
florescimento, no crescimento do tubo polínico, nos processos de frutificação, no metabolismo 
do N e na atividade de hormônios, tendo como sintomas mais comuns, a diminuição da 
11 
 
superfície foliar, crescimento reduzido de raízes, abortamento floral e redução e deformações 
nas zonas de crescimento (DECHEN; NACHTGALL, 2006) 
Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade de grãos da soja em 
função da aplicação de fontes boratadas em um solo arenoso. 
 
 
 
 
 
12 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 A Cultura da Soja 
 
A soja, cereal cultivado em várias partes do mundo, apresenta características bem 
diferente dos ancestrais que a originaram, sendo estas, plantas rasteiras que se desenvolviam na 
costa leste da Ásia, ao longo do Rio Amarelo, na China, e explorada a mais de cinco mil anos 
no Oriente. Através de cruzamentos naturais entre duas espécies selvagens, se iniciou o 
processo de evolução, sendo domesticadas e melhoradas por cientistas da antiga China, 
passando a ser considerada um grão sagrado depois que a antiga civilização chinesa descobriu 
a sua importância para alimentação humana, promovendo assim na época da semeadura e 
colheita, cerimoniais ritualísticos (EMBRAPA, 2003). 
No Ocidente, seu cultivo foi ignorado até a segunda década do século XX, até que os 
Estados Unidos começaram a utilizar a planta comercialmente, primeiro como forrageira, em 
1940, logo após como grão. A partir de 1941 com o crescimento da produção de grãos, o cultivo 
de forragem foi declinando-se, até desaparecer, por volta de 1960. No Brasil, em 1882, no 
estado da Bahia, foram introduzidos e testados os primeiros materiais genéticos, onde não 
obteve êxito. Em 1891, em São Paulo foram testados novos materiais, obtendo êxito para 
produção de feno e grãos. Anos mais tarde, em 1900, a soja foi testada no Rio Grande do Sul, 
onde as condições climáticas se assimilavam com as mesmas dos Estados Unidos (EMBRAPA, 
2004). 
 Após algumas décadas, entre 1960 e 1970, na região Sul, decorrente a sua adaptabilidade 
as condições edafoclimáticas, como visto anteriormente, a soja já era vista como uma 
importante cultura, e entre 1980 e 1990, na região centro-oeste, sendo que em 1970 ocupava 
somente uma área de 2%, se elevando para 20% em 1980, e atingindo mais de 40% em 1990. 
Em 2003 já ocupava aproximadamente 60% e através desses números, o Estado de Mato Grosso 
passou a ser líder nacional de produção de soja, tornando-a a única cultura com crescimento 
expressivo ao decorrer das décadas (EMBRAPA, 2003). 
 Sua importância até os dias atuais pode ser mensurada tanto pelo crescimento na sua 
produção, quanto pela arrecadação com as exportações de soja em grãos e derivados (óleo e 
farelo de soja). Por ser fonte de proteínas, não só para alimentação humana, mas também de 
grande parte dos animais que produzem carne, leite e ovos, oferece diversos tipos de produtos, 
assim sendo, uma cadeia produtiva altamente abrangente (SANCHES, MICHELLON, 
ROESSING, 2005). 
13 
 
 A crescente alta de produção da soja, deve-se também a avanços científicos em 
tecnologias para manejo de solos, com técnicas de correção da acidez, inoculação das sementes 
para fixação biológica do nitrogênio, adubação balanceada com macro e micronutrientes, 
permitindo assim que a cultura expresse a sua potencialidade nas diversas condições 
edafoclimáticas do território brasileiro (FREITAS, 2011). 
 
2.2 Produtividade da soja 
 
No Centro-Oeste, principal região produtora do país, o incremento na área plantada para 
a safra 2018/19 atingiu 2,7% em relação ao exercício anterior, ultrapassando os 16 milhões de 
hectares semeados (CONAB, 2019). 
Segundo a Conab (2019), o produtor rural está utilizando todos os meios para 
incrementar o uso de tecnologia a fim de reduzir seus custos, aumentar sua produtividade e, 
dessa forma, melhorar sua rentabilidade. Desta maneira, a produtividade da soja saltou de 2.823 
kg ha-1 na safra 2006/07 para 3.394 kg ha-1 na safra 2017/18, tendo incremento de 20%. 
Na safra 2017/18, no Estado de Mato Grosso, a lavoura da oleaginosa apresentou 
recorde tanto de área quanto de rendimento médio, resultando numa produção inédita de soja. 
A área semeada contabilizou 9.518,6 mil hectares, 2,1% superior aos 9.322,8 mil hectares 
semeados no ciclo anterior, e a produtividade média obteve fechamento de 3.394 kg ha-1, 3,7% 
maior do que os 3.273 kg ha-1 registrados em 2016/17, resultando na produção de 32,3 milhões 
de toneladas, enquanto que, no ciclo anterior, 30,5 milhões toneladas haviam sido colhidas. 
Este resultado foi ocasionado por alguns fatores, dentre eles, o clima favorável e por melhorias 
nas sementes (CONAB, 2018). 
 
2.3 B na planta 
 
O boro está presente no solo na forma de ácido bórico, quando o pH é menor que 7. 
Nesta forma, é altamente solúvel e facilmente permeável na membrana das células. As funções 
do boro nas plantas estão relacionadas com a estrutura da parede celular e com substâncias 
pécticas associadas a ela. Especialmente na lamela média, o boro está ligado ao metabolismo 
de carboidratos como a síntese da hemicelulose (EPSTEIN, 2006). 
A condição de deficiência aguda de B pode resultar na redução da população, devido à 
planta de soja não conseguir formar as folhas primárias, enquanto em solos com deficiência 
14 
 
menos severa ocorre a formação das folhas primárias, mas com morte da gema apical, ambos 
resultando na redução de população e produtividade (MASCARENHAS et al., 1988). 
Deve ser dada atenção aomonitoramento da disponibilidade de B no solo. Em virtude 
de sua ocorrência como molécula neutra (H3BO3), ele pode ser lixiviado com relativa facilidade. 
Assim, o efeito de adubações sucessivas na elevação dos teores de B no solo é bem menos 
evidente do que o observado para outros micronutrientes com Zn e Cu. Uma preocupação é na 
questão de o B ser considerado o micronutriente para o qual é mais estreita a faixa de teores 
entre os limites de deficiência e toxidez para as plantas (RESENDE, 2004). 
 
2.4 Deficiência e toxicidade de B na planta 
 
 O sintoma de deficiência da maioria dos nutrientes aparece nas folhas mais novas das 
plantas, e isso se deve ao fato de que a maioria dos micronutrientes não é facilmente translocado 
no meristema da planta. Temos como exceção o molibdênio, pois é facilmente translocado e os 
sintomas de deficiência deste aparecem na planta inteira (GUPTA, 1997 apud TRAUTMANN, 
2009). Sintomas de toxicidade aparecem na maioria das culturas, nas folhas mais velhas das 
plantas, que é muito marcante para o boro (DECHEN; NACHTGALL, 2006). 
 Ohlrogge e Kamprath (1968 apud TRAUTMANN, 2009), chegaram aos teores 
adequados de 21 a 55 mg kg-1 de B nas folhas recém maduras, na época do florescimento da 
soja. Mais recentemente, Rosolem (2007) apresentou dados demonstrando que os valores 
considerados adequados de B para se obter alta produtividade de grãos de soja são de 25 a 55 
mg kg-1. A faixa entre deficiência e toxicidade é relativamente estreita, aparecendo sintomas de 
toxidade se um pequeno excesso estiver presente. 
 Em experimento conduzido em vaso com diferentes doses de B, foi possível analisar 
que, quando o solo apresentava menos que 0,24 mg dm-3 de B, extraído pelo método de água 
quente, havia prejuízo na produtividade, e quando os teores do nutriente do solo estavam acima 
de aproximadamente 0,6 mg dm-3 de B, a produção também foi prejudicada (BUZETTI et al., 
1990 apud RESENDE, 2004). Deve-se considerar que a condução de experimentos em vaso 
impõe certas restrições. Em condições de campo o limiar do nível considerado tóxico, no solo, 
é de 5 mg dm-3 (MARSCHNER, 1986). 
 
 
 
15 
 
2.5 B no solo 
 
 Os teores de B total nos solos variam entre 3 e 100 mg kg-1, com valores médios entre 
10 e 20 mg kg-1 (LINDSAY, 1979 apud DECHEN; NATCHTIGALL, 2006). Para as plantas, 
as formas de B disponível representam uma fração muito pequena do B total, tendo teores entre 
0,1 a 0,3 mg kg-1. Isso é influenciado por vários fatores, dentre ele, o pH, sendo máxima em pH 
entre 8 e 9 (DECHEN; NACHTIGALL, 2006). 
Solos de textura arenosa, pobres em matéria orgânica, tendem a apresentar baixa 
disponibilidade de B. Isto é especialmente importante em áreas muito chuvosas, onde o B pode 
ser lixiviado (SILVA et al., 1995). No entanto, os solos de texturas mais argilosas tendem a 
reter o B adicionado por períodos mais longos, o que também ocorre em solos com mais 
carbono orgânico e maior capacidade de troca catiônica (CHAUDARY; SHUKLA, 2004). 
Geralmente o B solúvel é encontrado ligado a matéria orgânica do solo. Nas camadas 
superficiais de solos bem drenados e em períodos de seca, sua absorção pelas plantas pode ser 
difícil. Vale a pena ressaltar que, solos com excesso de calagem podem fazer com que a 
disponibilidade de B seja reduzida (DECHEN; NACHTIGAL, 2006). 
 
2.6 Fontes de B 
 
 A escolha da melhor fonte para utilização na adubação das culturas vai depender do tipo 
de solo, da cultura e do regime hídrico. A maioria dos adubos borratados apresentam alta 
solubilidade e grande mobilidade no solo, causando consequentemente, maior grau de 
lixiviação no perfil do solo, principalmente em solo arenoso. Desta forma, é dada preferência 
para fontes com solubilidade lenta, que são menos suscetíveis a perdas por lixiviação 
(MORTVEDT, 1994). 
 Desta forma, existem várias fontes de boro usadas em aplicações no solo e algumas 
delas estão descritas a seguir. 
 
2.6.1 Granulex® 
 
 Produto a base de boro, micronutriente com funções fundamentais para o florescimento, 
a frutificação e a absorção de água para as plantas, além de outras funções importantes para seu 
crescimento. Dentre as deficiências de nutrientes nas plantas, a de boro é uma das que mais 
afeta o rendimento na produção de grãos e frutos (INNOVA, 2019). 
16 
 
 
2.6.2 Produbor® 10% 
 
Produto granulado com 10% de Boro, diâmetro de 1 a 4 mm. Indicado para aplicação 
no solo, tendo disponibilidade imediata as plantas. Utiliza a ulexita (borato duplo de sódio e 
cálcio), previamente moída, permitindo uma eficiente acidulação, resistente a fortes impactos e 
ainda possibilita uma mistura homogênea com NPK (AGROADS, 2019). 
A ulexita é um borato de sódio e cálcio (NaCaB5O2-8H2O). Dentre os boratos, é o mais 
solúvel, liberando boro mais lentamente de acordo com sua granulometria. Sua solubilidade 
depende diretamente da harmonia de Na e Ca presentes no mineral (BYERS et al., 2001). O 
teor de boro varia de 10 a 15 % e Ca de 12 a 14%. 
 
2.6.3 Ácido bórico 
 
Ocorre na forma de cristais de ácido bórico H3BO3 com teores de boro na faixa de 17 a 
18%. Devido sua alta solubilidade em água e baixa reatividade com o solo, esta fonte é 
extremamente suscetível a lixiviação, principalmente em solos arenosos e em locais sujeitos a 
elevada precipitação (BYERS et al., 2001). A alta disponibilidade inicial pode provocar 
sintomas de toxidez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
O experimento foi realizado na safra 2018/19, na Fazenda Colorado, localizada a uma 
distância de 35 km do perímetro urbano do município de Nova Mutum – MT. O clima é do tipo 
Aw (Koppen), tropical quente e semiúmido. Segundo a Prefeitura Municipal de Nova Mutum 
(2014), possui duas estações bem definidas, divididas em período chuvoso, de outubro a abril 
e período seco, de maio a setembro, com temperatura média anual de 24ºC, sendo a máxima 
média de 34ºC e mínima média de 4ºC. De acordo com Vargas et al. (2015), a precipitação 
média anual é de 2.200 mm. 
O solo do experimento é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico, 
de textura arenosa (SANTOS et al., 2013). 
Para verificar as condições de fertilidade do solo, foi coletado a amostra de solo, na 
profundidade de 0 a 0,20 m, para a realização da análise química e física. O solo apresentou os 
seguintes resultados: pH H2O= 5,5; P= 13,0 mg dm
-³; K= 8,50 mg dm-³; Ca= 1,1 cmolc dm
-³; 
Mg= 0,4 cmolc dm
-³; H + Al= 2,0 cmolc dm
-³; CTC= 3,7 cmolc dm
-³; V= 42%; Matéria orgânica 
= 9,18 g dm-³; areia= 874 g kg-1; silte= 25 g kg-1 e argila= 101 g kg-1. 
O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso (DBC), com cinco tratamentos 
e quatro repetições. Os tratamentos consistiram em uma testemunha (sem aplicação de B) e 
quatro fontes boratadas, sendo elas: Granulex®, Produbor® 10% e ácido bórico parcelado em 
duas aplicações e ácido bórico em aplicação única. Cada parcela possuía área de 20m2, 
totalizando uma área experimental de 400m2. 
A semeadura mecanizada foi efetuada no dia 14 de outubro de 2018, utilizando-se a 
cultivar TMG 2181 IPRO. A primeira adubação foi realizada nove dias antes da semeadura, dia 
05 de outubro de 2018. A segunda adubação, apenas para o ácido bórico parcelado foi realizada 
no dia 01 de novembro de 2018. Em cada tratamento foram utilizados 1,7 kg de B ha-1, 
independentemente das fontes, exceto para a testemunha. Para uniformizar a aplicação do ácido 
bórico, que é um material em pó, usou-se areia para a homogeneização e posteriormente 
aplicação. Ambas aplicações foram feitas manualmente. Os restantes dos tratos culturais 
seguiram os utilizados pela fazenda. 
A colheita do experimento foi realizada de forma manual no estádio fenológico R9 
(ponto de maturação de colheita), sete dias após a dessecação, no dia 07 de fevereiro quando as 
plantas apresentavam hastes secas, legumes com coloração madura, não exibiammais folhas e 
os grãos apresentavam umidade próxima a 14%. 
18 
 
Em todas as parcelas foram colhidas 10 plantas dentro da área útil (três linhas centrais 
de cada parcela, desprezando-se um metro em cada extremidade das linhas). Nessas foram 
quantificados os legumes e debulhados manualmente mensurando o número de grãos. Os 
restantes dos grãos da área útil de cada parcela foram debulhados manualmente e pesados. A 
umidade foi mensurada após a secagem em estufa a 65° durante 48 horas, tomando-se 3 
amostras de 200 g cada de cada tratamento. Após isso, a umidade dos grãos foi corrigida para 
130 g kg-1, corrigindo-se o valor de massa dos grãos, e extrapolando-se para kg ha-1. 
As variáveis analisadas foram: massa de cem grãos (g); número de legumes por planta; 
número de grãos por legume e produtividade de grãos (kg ha-1). Os dados foram submetidos à 
análise de variância (teste F) a 5% de probabilidade, e quando observados efeitos significativos 
dos tratamentos, este foram comparados pelo teste Tukey à 5 % de significância, utilizando-se 
o software SAS (SAS INSTITUTE, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Durante todo o ciclo vegetativo da cultura, houve oscilações na precipitação (Figura 1), 
porém estas irregularidades das chuvas não limitaram o desenvolvimento da planta, e desta 
maneira, não prejudicaram significativamente a sua produtividade de grãos. 
 
Figura 1. Dados da precipitação pluviométrica ocorrida no ciclo vegetativo da cultura da soja 
em Nova Mutum-MT. 
 
Neste experimento foi possível observar que houve diferença significativa para número 
de legumes por planta e produtividade de grãos em função da aplicação de diferentes fontes 
boratadas (Tabela 1). 
 
Tabela 1. Massa de cem grãos (MCG), número de legumes por planta (NLP), número de grãos 
por legume (NGL) e produtividade de grãos (PROD) em função da aplicação de fontes 
boratadas na cultura da soja em Nova Mutum – MT. 
FATOR MCG NLP NGL PROD 
Tratamento Gramas kg ha-1 
Testemunha 17,97 a 43,12 ab 1,87 a 3860,7 ab 
Ác. Bór. Parcelado 
Ác. Bór. Total 
Produbor® 10% 
Granulex® 
 19,65 a 
 19,92 a 
 18,56 a 
 18,87 a 
 
 
33,65 b 
42,97 ab 
39,92 ab 
50,57 a 
 2,04 a 
1,93 a 
1,91 a 
1,91 a 
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3246,0 bc 
3574,7 ab 
4083,8 a 
 
 
 
Valor de F 0,942 ns 5,346* 1.057 ns 13,13* 
CV (%) 6,67 12,59 6,49 6,60 
ns: não significativo, * significativo a 5% probabilidade pelo teste F. Médias seguidas de mesma letra não diferem 
entre si, pelo teste de Tukey à 5 % de significância. 
 
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Data
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Em relação a massa de cem grãos, podemos verificar que não houve diferenças 
significativas entre os tratamentos. Para Malavolta et al. (2002), apesar do B atuar também na 
translocação de açúcares para os órgãos propagativos, não foram observados resultados 
significativos em relação à massa de 1000 grãos, estando em conformidade com Pandey e 
Torrie (1973), ao relatarem que esta é uma característica determinada geneticamente. 
Bevilaqua et al. (2002), em experimento realizado em um Planossolo Hidromórfico 
Eutrófico, solo de várzea do Rio Grande do Sul, obtiveram um aumento no peso dos grãos ao 
aplicar B via foliar, especialmente quando a pulverização foi realizada na fase de floração plena 
ou 15 dias depois da floração, mostrando que em determinadas condições de aplicação e épocas, 
este fator pode apresentar diferenças em relação a massa de grãos. 
Em experimento realizado por Venturini (2017), com a cultura do girassol, em um 
Latossolo Vermelho, afim de avaliar a viabilidade técnica de doses de boro na semeadura (0, 2, 
4 e 8 kg ha-1 de B através do bórax (11% B)) e via foliar (1 e 2 kg ha-1 de B via ácido bórico 
(17% B)), verificou que as doses e formas de aplicação influenciaram significativamente a 
produtividade de grãos e o peso de 1000 aquênios do girassol. O tratamento com 8 kg ha-1 na 
semeadura proporcionou produtividade média de 5.055 kg ha-1 e peso médio de 1000 aquênios 
de 63,3 g na condição de solo avaliada. 
Para número de legumes por planta (NLP), verificou-se que houve influência da 
adubação boratada, em que o Granulex® proporcionou maior NLP em comparação com o ácido 
bórico parcelado. Os demais tratamentos proporcionaram valor intermediários, sem diferir dos 
dois anteriores. 
Segundo Bevilaqua et al. (2002), para melhor eficiência do B no aumento de número de 
legumes por planta, a aplicação de B deve ser feita na fase da floração em soja e na parte foliar, 
reduzindo, portanto, a queda de botões florais. 
Em experimento realizado por Silveira et al. (1996) com feijão em um Latossolo 
Vermelho-amarelo, textura franco-argilosa-arenosa, utilizando doses de B, na forma de ácido 
bórico (17,5% B), nas doses de 1,75; 3,50 e 5,25 kg ha-1, o número de legumes por planta 
aumentou com o aumento da dose de boro, atingindo um máximo com a dose de 2,7 kg B ha-1. 
Em se tratando ao número de grãos por legume (NGL), não houve diferença significativa 
entre os tratamentos, pois, essa característica é própria da cultivar TMG 2181 IPRO utilizada 
no experimento. 
Em trabalho realizado por Macedo et al. (2002), em um solo Podzólico Vermelho-
Amarelo, utilizando B no solo, associação de B e Ca com aplicação logo após o plantio e 
aplicação foliar de B não diferiram em número de grãos por legumes. 
21 
 
Resultados contraditórios foram obtidas por Souza et al. (2011), em trabalho com a 
cultura do feijão, em um Latossolo Vermelho-escuro Distrófico A moderado, textura argilosa, 
utilizando como fonte o ácido bórico (17% B), nas doses 0; 0,6; 1,2; 1,8 e 2,4 kg ha-1 e doses 
crescentes de calcário, os quais obtiveram incremento no número de grãos por legumes na dose 
de 1,2 kg ha-1 de B com 1,22 t ha-1 de calcário, para uma produção de 4,68 grãos por vagem, 
mostrando assim a influência na interação entre calcário e boro. 
Para produtividade de grãos houve diferença significativa, no qual a adubação com 
Granulex foi avaliada como a parcela mais produtiva em comparação ao ácido bórico parcelado 
ou total. Como não houve diferença entre Granulex, Produbor e testemunha, é provável que a 
aplicação de ácido bórico tenha causado toxidez à cultura. 
 Este resultado está em conformidade com os obtidos em pesquisa realizada pela 
Fundação MT (2017), em um solo de textura média, sendo utilizado doses de Produbor (0; 0,5; 
1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16 kg ha-1), onde foi possível identificar a toxidez do boro nas doses a partir 
de 2,0 kg ha-1, e este efeito tóxico foi permanente durante todo o ciclo da cultura, reduzindo 
área foliar, estruturas reprodutivas, volume de raízes e consequentemente a produtividade. 
 Em pesquisa realizada por Fageria (2000), para verificar os níveis tóxicos de B na 
produção de arroz, feijão, milho, soja e trigo, realizado em vasos, em um Latossolo Vermelho-
escuro de textura argilosa, mostrou que acima de 2,3 kg há-1 para este solo, os sintomas de 
toxidez são visíveis para a cultura da soja, sendo variável para as outras culturas citadas acima. 
 Em experimento conduzido por Mantovani et al. (2013) com a cultura do amendoimem 
um Latossolo Vermelho-Distroférrico em Rubiácea (SP), com doses de 0; 0,5; 1,0; 1,5 e 2,0 kg 
há-1 de B, utilizando ácido bórico, aplicados via foliar em dose única, obtiveram resultado 
positivo somente na dose de 1,5 kg há-1 e utilização de 2,0 kg ha-1 de B foliar no amendoim 
causou efeito depressivo na produtividade, rendimento e número de vagens por planta 
Rosolem et al. (2008), na realização de um experimento em um Latossolo Vermelho-
Amarelo, avaliaram a disponibilidade de B com três extratores, nas doses de 0, 1, 3, 5, 7 e 10 
kg ha-1 durante três anos, observaram que houve resposta da soja, em produtividade, até 1,0 kg 
ha-1 de B, atingindo a produtividade máxima em cada ano. 
Souza et al. (2011), após desenvolvimento de um experimento com feijão em um 
Latossolo Vermelho-escuro Distrófico A Moderado, textura argilosa, utilizando como fonte o 
ácido bórico (17% B), nas doses 0; 0,6; 1,2; 1,8 e 2,4 kg ha-1 e doses de calcário crescente, 
atingiram bons índices de produção com a utilização de 1,8 kg ha-1 de B com doses crescentes 
de calcário. 
22 
 
Echer et al. (2009), em pesquisa realizada com batata doce em um Argissolo Vermelho-
Amarelo Arenoso utilizando doses de adubação boratadas (0, 1, 2 e 3 kg ha-1), obtiveram a 
maior produtividade, 27,7 t ha-1 com a dose de 2 kg ha-1, mostrando um comportamento positivo 
também em culturas diferentes em relação a dose ligada a produtividade em relação a toxidez, 
em que cada cultura atinge este ponto negativo em doses variáveis, dependentes de outros 
diversos fatores. 
Contudo, a adubação com boro para a cultura da soja ainda requer estudos, devido ao 
fato de que existe inconsistência na sua efetividade pelas diferentes respostas à aplicação de 
doses de boro, estádios de aplicação, tipo de solo, clima e altitude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A aplicação de ácido bórico independente da fonte não altera massa de cem grãos e 
número de grãos por legumes. 
A aplicação de ácido bórico com fontes menos solúveis não altera a produtividade de 
grãos, por outro lado, aplicação de ácido bórico com fontes de alta solubilidade causa toxidez 
na cultura, reduzindo a produtividade em solo arenoso. 
 
 
24 
 
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