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Técnicas e Planejamento

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Prévia do material em texto

Indaial – 2019
Técnicas e PlanejamenTo 
e GesTão da Produção 
na consTrução civil
Prof.ª Laura Silvestro
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Laura Silvestro
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SI587t
 Silvestro, Laura
 Técnicas e planejamento e gestão da produção na construção 
civil. / Laura Silvestro. – Indaial: UNIASSELVI, 2019.
 216 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0365-2
1. Gestão da produção na construção civil. - Brasil. II. Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci.
CDD 658
III
aPresenTação
O elevado grau de competitividade e a busca pela excelência das 
empresas no que tange à gestão e planejamento na Indústria da Construção 
Civil, um setor com características únicas que as diferenciam dos demais 
setores de produção, demanda a otimização da utilização de recursos e do 
tempo despendido na execução das atividades. Para isso, é de fundamental 
importância a realização de um planejamento adequado e condizente com 
as características específicas de cada obra, bem como o acompanhamento 
das atividades executadas em relação às previstas, o que possibilitará, nos 
casos necessários, a adoção de medidas corretivas para que o desempenho 
do projeto seja adequado e atinja os objetivos previamente estabelecidos, 
demandando habilidades e conhecimentos em gestão. Isto posto, este livro 
didático tem como objetivo abordar os principais assuntos referentes às 
técnicas de planejamento e gestão da produção na Construção Civil. O livro 
em questão é composto por três unidades que serão descritas brevemente a 
seguir. 
A Unidade 1 aborda as funções da administração, sendo estas, 
planejamento, organização, direção e controle, os conceitos da função de 
produção e do modelo de transformação de inputs em outputs; as principais 
abordagens de trabalho existentes ao longo do tempo e, por fim, as leis e 
normas pertinentes à atividade profissional de engenheiro civil, visando 
nortear o profissional no que diz respeito à importância do conhecimento, 
do cumprimento e das restrições impostas por estas legislações.
A Unidade 2 apresenta as principais diretrizes para o planejamento e 
dimensionamento das áreas de vivência dos canteiros de obras; os diferentes 
tipos de documentos que compõe um projeto como um todo e as diretrizes 
para a elaboração de orçamentos e levantamento de quantitativos de 
materiais. 
A Unidade 3 descreve os principais métodos para o controle de 
custos em obras, dentre os quais destaca-se a curva S e o método do valor 
agregado; os métodos para a programação e controle de obras; o sistema 
de informações gerenciais, composto pelas etapas de coleta de dados de 
entrada, processamento dos dados, informações de saída e uma etapa final 
de feedback e, por fim, os principais sistemas de gestão da qualidade e de 
certificação de obras na construção civil. 
Prof.ª Laura Silvestro
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................ 1
TÓPICO 1 – AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO ....................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................ 4
2.1 PLANEJAMENTO ........................................................................................................................... 4
2.2 ORGANIZAÇÃO ............................................................................................................................. 10
2.2.1 Estrutura organizacional ....................................................................................................... 11
2.2.2 Estrutura vertical .................................................................................................................... 12
2.2.3 Direção .................................................................................................................................... 16
2.2.4 Controle .................................................................................................................................... 18
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 22
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 23
TÓPICO 2 – ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ........................................................................ 25
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 25
2 MODELO DE TRANSFORMAÇÃO ................................................................................................. 25
3 TIPOS DE OPERAÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO ...................................................................... 26
3.1 VOLUME DE OUTPUT ................................................................................................................. 27
3.2 VARIEDADE DE OUTPUT ............................................................................................................ 27
3.3 VARIAÇÃO DA DEMANDA DE OUTPUT ............................................................................... 28
3.4 GRAU DE CONTATO COM O CONSUMIDOR ENVOLVIDO NA PRODUÇÃO DO 
OUTPUT ............................................................................................................................................ 29
3.5 ATIVIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ......................................................... 30
3.6 MODELO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ............................................................... 31
3.7 OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA FUNÇÃO PRODUÇÃO ................................................. 32
3.7.1 Qualidade................................................................................................................................. 32
3.7.2 Rapidez ....................................................................................................................................34
3.7.3 Confiabilidade ........................................................................................................................ 34
3.7.4 Flexibilidade ........................................................................................................................... 35
3.7.5 Custo ........................................................................................................................................ 38
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 39
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 40
TÓPICO 3 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................. 43
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 43
2 OBJETIVOS DO PROJETO DE TRABALHO ................................................................................. 44
2.1 QUALIDADE.................................................................................................................................... 45
2.2 RAPIDEZ .......................................................................................................................................... 45
2.3 CONFIABILIDADE ........................................................................................................................ 46
2.4 FLEXIBILIDADE ............................................................................................................................. 46
2.5 CUSTO .............................................................................................................................................. 46
2.6 SAÚDE E SEGURANÇA ............................................................................................................... 47
sumário
VIII
2.7 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ................................................................................. 47
2.8 ABORDAGENS PARA O PROJETO DE TRABALHO ............................................................... 48
2.8.1 Divisão do trabalho ................................................................................................................ 49
2.8.2 Administração científica ....................................................................................................... 51
2.8.3 Ergonomia ................................................................................................................................ 52
2.8.4 Abordagens comportamentais ............................................................................................. 53
2.8.5 Empowerment ......................................................................................................................... 54
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 56
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 57
TÓPICO 4 – LEGISLAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE OBRAS DE 
 EDIFICAÇÃO .................................................................................................................... 61
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 61
2 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ...................................................................................................... 61
2.1 LEI Nº 5.194 – REGULA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE ENGENHEIRO ..................... 62
2.2 LEI Nº 6.496 – RESPONSABILIDADE TÉCNICA ....................................................................... 62
3 PARCELAMENTO E USO DO SOLO .............................................................................................. 62
3.1 LEI N˚ 6.766 – DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO ......................... 62
3.2 LEI N˚ 6.063 – DO ESTADO DE SANTA CATARINA ............................................................... 63
4 CÓDIGO DE OBRAS .......................................................................................................................... 64
5 PLANO DIRETOR ................................................................................................................................ 64
6 LEI DAS INCORPORAÇÕES E CONDOMÍNIOS ........................................................................ 65
6.1 LEI N˚ 4.591 – CONDOMÍNIOS EM EDIFICAÇÕES E INCORPORAÇÕES 
 IMOBILIÁRIAS ................................................................................................................................ 65
6.2 ABNT NBR 12.721 – AVALIAÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS DE CONSTRUÇÃO PARA 
INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA E OUTRAS DISPOSIÇÕES PARA CONDOMÍNIOS 
EDILÍCIOS ......................................................................................................................................... 65
7 LICITAÇÕES ......................................................................................................................................... 66
7.1 LEI N˚ 8.666 – NORMAS PARA LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA ........................................................................................................................................... 66
7.2 DECRETO N˚ 7.983 – ESTABELECE REGRAS E CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO 
 DE ORÇAMENTOS DE OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA DE OBRAS 
 PÚBLICAS ......................................................................................................................................... 67
8 CONDIÇÕES DE TRABALHO .......................................................................................................... 67
8.1 NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA 
CONSTRUÇÃO ................................................................................................................................ 68
8.2 NR 4 - SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO ........................................................................................................ 68
9 MEIO AMBIENTE ............................................................................................................................... 68
9.1 LEI N˚ 6.938 - POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ............................................... 69
9.2 RESOLUÇÃO CONAMA N˚ 001 - EIA E RIMA ......................................................................... 69
9.3 RESOLUÇÃO CONAMA N˚ 307 – GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL..... 70
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 72
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 75
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 76
UNIDADE 2 – TÉCNICAS E PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................................................ 77
TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO CANTEIRO DE OBRAS .................. 79
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 79
2 DEFINIÇÃO DE CANTEIRO DE OBRAS ....................................................................................... 80
IX
2.1 DEFINIÇÃO DO PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ......................................... 80
2.2 TIPOS DE CANTEIROS ................................................................................................................. 812.3 PLANEJAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ........................................................................ 82
2.3.1 Análise preliminar .................................................................................................................. 83
2.3.2 Diretrizes para a definição dos arranjos físico e detalhado .............................................. 85
2.3.3 Cronograma de implantação do layout ............................................................................... 86
2.4 INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS ................................................................................................... 86
2.4.1 Tipologia das instalações provisórias .................................................................................. 87
2.4.2 Dimensionamento das instalações provisórias .................................................................. 88
2.4.3 Armazenagem e estocagem de materiais ............................................................................ 91
2.4.4 Elevador de carga ................................................................................................................... 92
2.4.5 Grua ......................................................................................................................................... 92
2.4.6 Elevador de passageiros ........................................................................................................ 92
2.5 ADMINISTRAÇÃO E GERENCIAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS .............................. 93
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 94
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 95
TÓPICO 2 – O PROJETO ....................................................................................................................... 99
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 99
2 TERMO DE REFERÊNCIA ................................................................................................................ 101
3 ESTUDO PRELIMINAR ...................................................................................................................... 102
4 ANTEPROJETO..................................................................................................................................... 102
5 PROJETO BÁSICO ............................................................................................................................... 103
6 ANÁLISE DE VIABILIDADE ........................................................................................................... 103
7 PROJETO EXECUTIVO ...................................................................................................................... 103
8 DETALHAMETO DO PROJETO ...................................................................................................... 103
9 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ........................................................................................................ 104
10 MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................................................. 105
11 CADERNO DE ENCARGOS ............................................................................................................ 105
12 LIVRO DE ORDEM ........................................................................................................................... 106
13 MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO ................................................................ 106
14 PROJETO LEGAL ............................................................................................................................... 107
15 RIMA ..................................................................................................................................................... 107
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 108
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 109
TÓPICO 3 – ORÇAMENTOS PARA OBRAS DE EDIFICAÇÕES ................................................ 111
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 111
2 GRAUS DO ORÇAMENTO .............................................................................................................. 112
2.1 ESTIMATIVA DE CUSTOS ............................................................................................................ 112
2.2 ORÇAMENTO PRELIMINAR ....................................................................................................... 114
2.3 ORÇAMENTO ANALÍTICO OU DETALHADO ....................................................................... 114
3 LEVANTAMENTO DE QUANTIDADES ........................................................................................ 114
3.1 DIMENSÕES ..................................................................................................................................... 115
3.2 DEMOLIÇÃO .................................................................................................................................. 115
3.3 FÔRMA ............................................................................................................................................ 116
3.4 ARMADURA ................................................................................................................................... 116
3.5 ALVENARIA ................................................................................................................................... 118
3.6 PINTURA ......................................................................................................................................... 121
3.7 COBERTURA ................................................................................................................................... 121
3.8 PERDAS ............................................................................................................................................. 122
4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS .................................................................................... 123
X
4.1 PRODUTIVIDADE ......................................................................................................................... 125
5 CÁLCULO DO BDI .............................................................................................................................. 129
6 CURVA ABC........................................................................................................................................... 132
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 134
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 139
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 140
UNIDADE 3 – CONTROLE DE CUSTOS E OBRAS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES 
GERENCIAIS E DE QUALIDADE ........................................................................... 143
TÓPICO 1 – CONTROLE DE CUSTOS NAS OBRAS DE EDIFICAÇÃO ................................... 145
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 145
2 ANÁLISE DE CONFORMIDADE .....................................................................................................146
2.1 EVOLUÇÃO DO DESEMPENHO ................................................................................................ 147
2.1.1 Curva S ..................................................................................................................................... 147
2.1.2 Análise do valor agregado ..................................................................................................... 150
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 162
TÓPICO 2 – PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE OBRAS .......................................................... 163
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 163
2 IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES – ESTRUTURA ANALÍTICA DO 
 PROJETO (EAP) .................................................................................................................................... 163
2.1 DURAÇÃO DAS ATIVIDADES .................................................................................................... 166
2.2 PRECEDÊNCIA DAS ATIVIDADES ............................................................................................. 167
2.3 DIAGRAMA DE GANTT ............................................................................................................... 169
2.4 DIAGRAMA DE REDE PERT/CPM .............................................................................................. 170
2.4.1 Método das flechas ................................................................................................................ 170
2.4.2 Método dos blocos ................................................................................................................. 172
2.4.3 Caminho crítico ....................................................................................................................... 173
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 178
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 179
TÓPICO 3 – SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS ....................................................... 181
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 181
2 FLUXO DE INFORMAÇÕES ............................................................................................................. 182
2.1 SUBSISTEMAS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ............................................................ 182
2.1.1 Entrada .................................................................................................................................... 183
2.1.2 Processamento ........................................................................................................................ 184
2.1.3 Saída.......................................................................................................................................... 184
2.1.4 Feedback ................................................................................................................................. 185
2.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ............................................................................................ 186
2.2.1 Hardware ................................................................................................................................. 186
2.2.2 Software .................................................................................................................................... 186
2.2.3 Banco de dados ...................................................................................................................... 187
2.2.4 Telecomunicação .................................................................................................................... 187
2.2.5 Tecnologia da informação na construção civil .................................................................. 187
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 189
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 190
TÓPICO 4 – SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE E CERTIFICAÇÃO .......................... 193
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 193
XI
2 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE .................................................................................. 193
2.1 CICLO PDCA ................................................................................................................................... 194
2.2 CONCEITO KAIZEN ....................................................................................................................... 195
2.3 DIAGRAMA ESPINHA DE PEIXE ............................................................................................... 196
2.4 ISO 9000 ............................................................................................................................................ 197
2.5 ISO 14001 ........................................................................................................................................... 198
2.6 PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE DO 
 HABITAT (PBQP-H) ........................................................................................................................ 198
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 200
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 205
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 206
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 207
1
UNIDADE 1
TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO 
E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer os principais conceitos de administração;
• compreender as quatro funções do processo administrativo e os funda-
mentos da administração visando à aplicação na construção civil;
• definir a função produção e a sua importância dentro de uma organização;
• introduzir os conceitos associados ao modelo de transformação;
• compreender os objetivos da função produção sob o aspecto da constru-
ção civil;
• conhecer as características das principais abordagens do projeto de trabalho;
• informar as legislações pertinentes ao engenheiro civil, relacionadas à 
profissão, ao parcelamento e uso do solo, às incorporações e condomí-
nios; às licitações de obras públicas, às condições de trabalho na indústria 
da construção civil e ao meio ambiente.
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo.
TÓPICO 1 – AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 2 – ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
TÓPICO 3 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
TÓPICO 4 – LEGISLAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE OBRAS 
DE EDIFICAÇÃO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A administração, tal como conhecemos hoje, é resultado histórico e 
integrado de inúmeros precursores. Referências históricasmostram que conceitos 
administrativos de mais de 1.200 a.C. ainda são aplicados no nosso dia a dia. 
Acredita-se que a origem da administração data de 5000 a.C., quando os sumerianos 
aplicavam a arte de administrar para a resolução de problemas práticos do dia 
a dia. Desde então, diversas áreas do conhecimento humano têm contribuído 
para o delineamento da administração ao longo dos anos, dentre as quais se 
destaca a filosofia, com contribuições de filósofos como Platão, Aristóteles, René 
Descartes e Jean-Jacques-Rousseau (ROSSÉS, 2014). Rossés (2014) menciona que 
a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares tiveram papel fundamental 
do ponto de vista de contribuições para o entendimento das organizações e da 
administração em si. 
Chiavenato (2009) destaca a importância da Administração em áreas 
como a medicina, engenharia e tecnologia em geral, uma vez que possibilita 
que os resultados destas áreas sejam transmitidos a fim de serem devidamente 
projetados, desenvolvidos, produzidos, comercializados e entregues como 
produto ou serviço por meio das organizações para o consumidor final. Na área 
de Engenharia Civil, o engenheiro deve apresentar as seguintes competências: 
gerenciar recursos humanos e materiais, cumprir prazos, atingir níveis de 
qualidade estipulados por norma e pelo cliente, ter controle financeiro dos gastos 
e recursos, atender ao cronograma da obra, dentre inúmeras outras competências, 
todas baseadas em princípios da Administração. 
A palavra administração tem sua origem ligada ao latim ad (direção para, 
tendência para) e minister (subordinação ou obediência), e significa a função que se 
desenvolve sob o comando de outro.
NOTA
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
4
2 FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO 
Maximiano (2000) defi ne administração como um processo de tomar 
decisões e realizar ações que compreendem quatro funções básicas. Neste 
contexto, o processo administrativo é composto das funções administrativas: 
planejamento, organização, controle e direção, conforme apresentado na Figura 
1. Esse processo é cíclico, dinâmico e interativo. Nos subitens a seguir, cada uma 
das quatro funções administrativas, mencionadas anteriormente, serão abordadas 
com mais detalhes. 
FIGURA 1 - INTERAÇÃO DAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
2.1 PLANEJAMENTO
O planejamento é a função administrativa que defi ne os objetivos, bem 
como as atividade e recursos necessários para alcançá-los adequadamente, 
levando em consideração a viabilidade e a aceitação pelos gerentes e funcionários 
da organização. “Signifi ca estabelecer planos, métodos e processos que irão 
guiar as ações e os objetivos da organização, eliminando o empirismo e palpites 
das decisões administrativas” (ROSSÉS, 2014, p. 21). Para Maximiano (2000), o 
processo de planejamento é a ferramenta que as pessoas e organizações utilizam 
para administrar sua relação com o futuro. É uma aplicação do processo decisório, 
refl etindo como as decisões visam infl uenciar o futuro, ou como serão postas em 
prática no futuro. 
Essa função administrativa está intrinsicamente relacionada com a 
defi nição de planos, os quais facilitam o alcance das metas e objetivos por parte 
das organizações, além de contribuírem para (CHIAVENATO, 2009): 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
5
• defi nição dos recursos necessários para alcançar os objetivos 
organizacionais; 
• integração dos vários objetivos a serem alcançados em um esquema 
organizacional que facilita a coordenação;
• dar racionalidade ao processo administrativo e permitir que as 
pessoas trabalhem em diferentes atividades para alcançar objetivos 
em comum;
• o monitoramento contínuo do atendimento dos objetivos defi nidos 
em relação a padrões e indicadores pré-estabelecidos, permitindo 
o estabelecimento de ações corretivas quando o desempenho da 
organização não é satisfatório.
O processo de planejamento é composto por seis etapas, as quais se 
encontram apresentadas na Figura 2. Inicialmente é necessária a defi nição dos 
objetivos que a organização pretende alcançar. Estes objetivos servirão de direção 
para os planos a nível departamental e em nível operacional. Posteriormente, deve-
se verifi car a situação atual da organização em relação aos objetivos pré-defi nidos, 
para que se possa determinar as ações e os recursos que deverão ser aplicados 
para o atendimento. A terceira etapa consiste em desenvolver premissas quanto 
às condições futuras da organização, ou seja, quais os ambientes esperados para 
os planos em operação. Essa etapa é de fundamental importância, uma vez que 
consiste em gerar cenários alternativos para os estados futuros da organização, 
além de permitir a antecipação de eventuais problemas, bem como identifi car 
ações que podem contribuir para o progresso em direção aos objetivos. A quarta 
e quinta etapas englobam a análise das alternativas de ação e a defi nição de qual 
ação é a mais adequada e viável para o cumprimento das metas e objetivos. Por 
fi m, a sexta etapa consiste em implementar o plano de ação adotado, avaliar os 
resultados obtidos e, se necessário, tomar ações corretivas no sentido de melhorar 
o desempenho da organização (CHIAVENATO, 2009). 
FIGURA 2 - ETAPAS DO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
Dependendo da abrangência e do impacto que têm sob a organização, 
o planejamento pode ser classifi cado em três níveis principais, sendo estes: 
estratégico, tático e operacional. No Quadro 1 são apresentadas as principais 
características de cada um dos tipos de planejamento. Enquanto o planejamento 
estratégico engloba a organização toda, tem um conteúdo mais genérico e tem 
uma visão a longo prazo, o planejamento operacional tem o foco nas operações 
individuais, possui um grande nível de detalhamento e tem uma visão de curto 
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
6
prazo. Já o planejamento tático encontra-se entre os dois tipos de planejamento 
anteriormente citados. Isto posto, a seguir, cada um dos níveis do planejamento 
será abordado com maiores detalhes. 
Tipo de 
planejamento
Nível 
organizacional Conteúdo Tempo Amplitude
Estratégico Institucional Genérico e sintético Longo prazo
Foco na 
organização 
como um todo
Tático Intermediário
Menos 
genérico 
e mais 
detalhado
Médio prazo Foco na unidade organizacional 
Operacional Operacional Detalhado e analítico Curto prazo
Foco na 
operação
QUADRO 1 – OS TRÊS NÍVEIS DO PLANEJAMENTO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
O planejamento estratégico define os objetivos de toda a organização e 
sua relação pretendida com o ambiente. Estabelece os produtos e serviços que a 
organização pretende oferecer, e os mercados e clientes a que pretende atender. 
Este tipo de planejamento busca responder a questões básicas, como: por que a 
organização existe? O que ela faz? Como ela faz? Qual é a sua missão? Qual é a 
sua visão? E seus valores? 
Estudar a missão de uma organização é uma das principais tarefas no 
desenvolvimento de um plano estratégico. A missão determina o propósito 
e razões para a existência da organização, com foco na sua utilidade para os 
clientes. Para a definição da missão, devem ser respondidas a algumas perguntas 
básicas (MAXIMIANO, 2000):
• Qual é a situação atual da organização?
• Qual é a sua utilidade para os clientes?
• Em que negócio estamos?
• Quem são nossos clientes?
• A que necessidades estamos atendendo?
• Que papéis estamos cumprindo?
De acordo com Chiavenato (2009), o planejamento estratégico possui cinco 
características fundamentais: está relacionado com a adaptação da organização a 
um ambiente mutável; é orientado para o futuro, com um horizonte de tempo a 
longo prazo; envolve um comportamento global, compreensivo e sistêmico da 
organização; é um processo de construção de consenso, ou seja, o planejamento 
estratégico visa atender às necessidades e interessesde todos os parceiros 
internos e externos da empresa da melhor maneira possível e; é uma forma de 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
7
aprendizagem organizacional, uma vez que a empresa precisa se ajustar a um 
ambiente complexo, competitivo e dinâmico. A responsabilidade pela defi nição 
do planejamento estratégico é da alta administração, contudo, se a empresa tiver 
um caráter participativo, pode englobar funcionários de outros níveis (tático e 
operacional) neste processo. 
O planejamento estratégico está apoiado sob três pilares: a visão do 
futuro, os fatores ambientais externos à organização e os fatores organizacionais 
internos (Figura 3). 
FIGURA 3 - PILARES DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
A visão do futuro pode ser encarada como os objetivos que a organização 
pretende alcançar a longo prazo, dentro de 10 a 20 anos. A viabilidade externa 
está relacionada com a condição atual do mercado em que a empresa está 
inserida, com a relação entre oferta e demanda para o serviço/produto oferecido 
e com a concorrência existente. Envolve a comparação da organização com 
outras empresas existentes e a identifi cação da sua participação no mercado. A 
partir desse estudo de participação no mercado, a empresa adquire informações 
do crescimento/declínio dos concorrentes, além de conseguir identifi car as 
principais preferências dos consumidores. Tais informações podem ser utilizadas 
como vantagens competitivas e para traçar tendências de comportamento 
do ambiente externo. Os principais indicadores de tendência, que devem ser 
constantemente monitorados pela organização, são: mudanças tecnológicas; 
ações e controle do governo; mudanças nas condições da economia, tais como 
taxa de desemprego, taxas de juros, valor das ações, fl utuação do poder aquisitivo, 
entre outros; mudanças nas normas sociais, que englobam o estudo das variáveis 
comportamentais do mercado, atitudes e preferências e tendências e hábitos 
coletivos dos potenciais clientes. Por fi m, deve ser avaliada a capacidade interna 
da organização através da identifi cação dos seus pontos fortes e fracos. Isso pode 
ser feito através de três formas (MAXIMIANO, 2000):
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
8
• Estudos das principais áreas funcionais da organização: consiste em uma análise 
rigorosa das competências, deficiências e vulnerabilidades das principais áreas 
da empresa (marketing, produção, operações, recursos humanos e financeiros).
• Estudo do desempenho: foca nos resultados obtidos pela empresa, 
principalmente no que se refere às finanças e vendas. Enquanto o estudo 
do desempenho das vendas enfatiza a identificação do volume de vendas 
e a participação no mercado, o estudo de desempenho financeiro enfatiza a 
lucratividade e a identificação das fontes de lucros.
• Benchmarking: é uma prática na qual a organização compara seus produtos, 
serviços, práticas empresarias e desempenho com outras empresas. Tem 
como objetivo buscar melhores práticas, visando à identificação e o ganho de 
vantagens competitivas. Pode ser encarada como uma prática que consiste em 
aprender com outras empresas.
O planejamento tático, também conhecido como planejamento 
administrativo ou departamental, é um desdobramento do planejamento 
estratégico, e envolve um determinado departamento, divisão ou setor da 
empresa. Independente do seu porte, toda organização é composta por diversas 
áreas funcionais, que agrupam recursos especializados e realizam tarefas 
especializadas. Os planos táticos abrangem áreas de atividades especializadas 
da empresa, tais como: produção, marketing, operação, recursos humanos, 
finanças e novos produtos. Essencialmente, existem quatro tipos de planos táticos 
(CHIAVENATO, 2009):
• Planos de produção: envolve métodos e tecnologias necessárias para a 
realização de um trabalho, assim como o arranjo físico do ambiente de trabalho 
e os equipamentos que servem de suporte para as atividade e tarefas.
• Planos financeiros: envolve a captação e aplicação dos recursos necessários 
para o desenvolvimento de operações da organização.
• Planos de marketing: envolve os requisitos de venda e distribuição de bens e 
serviços e o atendimento das necessidades e requisitos dos clientes.
• Planos de recursos humanos: envolve o recrutamento, seleção e treinamento 
dos funcionários da empresa. 
No Quadro 2 são apresentados os principais aspectos que devem ser 
levados em consideração para a elaboração do planejamento tático das áreas 
funcionais: produção e operações, finanças, marketing e recursos humanos. 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
9
Área 
funcional Principais aspectos do planejamento
Produção e 
operações
• Definição da quantidade de produtos e serviços a serem 
fornecidos.
• Planejamento e forma de implantação da capacidade produtiva.
• Operação dos processos produtivos.
Finanças • Necessidades de investimentos.
• Custo dos investimentos.
• Necessidades de financiamentos.
• Impacto sobre o desempenho financeiro da empresa.
Marketing • Acompanhamento e estudo da concorrência.
• Análise e seleção de mercados e clientes.
• Análise e seleção de produtos e serviços.
• Definição do preço.
• Definição da estratégia promocional.
Recursos 
humanos
• Quantidade necessária de pessoas para fornecer produtos e 
serviços, e administrar a organização.
• Qualificações necessárias para um desempenho satisfatório.
• Estratégias de recrutamento, seleção, treinamento etc.
QUADRO 2 - PRINCIPAIS FOCOS DO PLANEJAMENTO TÁTICO EM FUNÇÃO DA ÁREA 
FUNCIONAL DA ORGANIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Maximiano (2000)
O planejamento operacional engloba cada uma das tarefas ou operações da 
empresa de maneira individual e é caracterizado por um curto horizonte de tempo. 
Esse tipo de planejamento define como, e o quê, a organização deve fazer para 
realizar os objetivos do planejamento estratégico. Apesar de serem heterogêneos e 
diversificados, os planos operacionais podem ser essencialmente classificados em 
quatro categorias (CHIAVENATO, 2009): 
• Procedimentos: relacionados com os métodos.
• Orçamentos: relacionados com os recursos e custos. 
• Programação: relacionados com o tempo.
• Regulamentos: relacionados com o comportamento das pessoas.
Neste contexto, de acordo com Maximiano (2000), o planejamento 
operacional envolve os seguintes aspectos: identificação das atividades, quando 
os objetivos específicos são desdobrados em um conjunto de atividades; 
programação, uma vez definidas as atividades, estas devem ser distribuídas no 
tempo, o que usualmente é feito através de cronogramas; previsão de recursos e 
custos para a realização das atividades; definição de políticas e procedimentos e, 
por fim, estrutura organizacional, a qual funciona como um plano que define as 
responsabilidades, autoridades e níveis de comunicação dentro da organização.
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
10
Após detalhados os três níveis do planejamento, na Figura 4 é apresentado 
um resumo com as principais características dos planejamentos estratégico, tático 
e operacional. 
FIGURA 4 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TRÊS TIPOS DE PLANEJAMENTO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
2.2 ORGANIZAÇÃO
Organização é o processo de alocar e distribuir tarefas, atividades, 
responsabilidades e recursos entre os membros integrantes da organização. 
Representa a adequação da estrutura da organização aos objetivos propostos, 
uma vez que objetivos distintos exigem diferentes adaptações (ROSSÉS, 2014). De 
acordo com Lacombe e Heilborn (2008, p. 13), a defi nição de organização é “um 
grupo de pessoas que se forma de maneira organizada para atingir objetivos em 
comum”. Chiavenato (2009) destaca que a palavra organização pode ser utilizada 
com dois signifi cados, sendo estes (Figura 5): 
• Organização como unidade ou entidade social. Nesse sentido, a palavra 
organização signifi ca qualquer empreendimento humano criadopara atingir 
determinados objetivos. As organizações podem ser empresas, bancos, 
universidades, lojas etc. Neste contexto, a organização pode ser defi nida como 
formal ou informal. A organização formal é baseada numa divisão racional 
do trabalho e na diferenciação e integração de seus órgãos, usualmente 
representada por um organograma. É uma organização planejada e formalizada 
ofi cialmente. Já a organização informal emerge de forma espontânea e natural 
entre as pessoas que integram posições na organização formal, a partir de 
relacionamentos interpessoais. Surge a partir do surgimento de grupos 
informais que não constam no organograma ou em qualquer outro documento 
ofi cial da organização formal. Desta forma, a organização informal ultrapassa a 
organização formal em três aspectos: na duração, na localização e nos assuntos, 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
11
visto que, enquanto a organização formal está limitada aos horários de trabalho 
e a um local físico, a organização informal pode prolongar-se para o período 
de lazer, pode ocorrer em qualquer local e não se limita apenas a assuntos 
exclusivos da organização, podendo englobar interesses em comum entre as 
pessoas que a integram. 
O organograma é um gráfi co da estrutura hierárquica de uma organização, 
que representa simultaneamente todo os integrantes do grupo e as suas ligações.
DICAS
• Organização como função administrativa de organizar. É considerada parte 
integrante do processo administrativo. Neste caso, defi ne o ato de organizar 
e estruturar os recursos e órgãos responsáveis pela sua administração, bem 
como estabelecer relações entre eles e suas atribuições. 
FIGURA 5 - SIGNIFICADOS DO TERMO ORGANIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
2.2.1 Estrutura organizacional
Uma das atividades mais importantes na administração de uma organização 
é a defi nição de sua estrutura organizacional. Esta representa a autoridade e as 
responsabilidades dos indivíduos e das pessoas como parte integrante de um 
grupo. Adicionalmente, a estrutura organizacional defi ne a comunicação entre as 
pessoas e entre os grupos. Usualmente a estrutura organizacional é representada 
por um organograma, e é defi nida de acordo com a divisão do trabalho e dos 
sistemas de autoridade e comunicação existentes. Na Figura 6 é representado um 
organograma padrão. A divisão do trabalho é representada pelos retângulos, que 
indicam as unidades de trabalho e como as responsabilidades estão divididas 
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
12
dentro da organização. A comunicação é representada pelas linhas que ligam os 
retângulos, as quais indicam a interdependência entre as unidades de trabalho. 
Já a autoridade e a hierarquia são expressas pelo número de níveis em que os 
retângulos estão agrupados, indicando como a autoridade está graduada. No 
topo da estrutura temos as pessoas com mais autoridade dentro da organização. 
E na base da estrutura, aquelas com menos autoridade (MAXIMIANO, 2000). 
FIGURA 6 - INFORMAÇÕES CONTIDAS EM UM ORGANOGRAMA
FONTE: Adaptado de Maximiano (2000)
2.2.2 Estrutura vertical
A estrutura vertical de uma organização envolve dois principais fatores, 
sendo estes: amplitude de controle e o grau de centralização ou descentralização 
do processo de tomada de decisão. Se uma organização adiciona um nível 
administrativo à sua estrutura organizacional, sua amplitude de controle fi ca 
mais estreita, a estrutura administrativa mais elevada e o grau de centralização/
descentralização é afetado. Se ela reduz um nível administrativo, sua amplitude 
de controle fi ca mais larga, sua estrutura administrativa mais achatada e o grau 
de centralização/descentralização também é afetado. São dois fatores interligados 
que precisam ser considerados de maneira independente (CHIAVENATO, 2009). 
A seguir, cada um dos dois fatores mencionados anteriormente será abordado 
com mais detalhes. 
I. Amplitude de controle 
A amplitude de controle, também conhecida como amplitude 
administrativa, representa o número de funcionários que devem se reportar 
a um administrador. Determina quanto um administrador deve monitorar 
estreitamente seus subordinados. Quanto maior a amplitude de controle, 
maior é o número de subordinados para cada administrador. Quanto menor a 
amplitude de controle, menor é o número de subordinados que deve se reportar 
a esse administrador. Nessa conjuntura, uma amplitude de controle estreita 
signifi ca um custo administrativo superior, isto porque existe um número de 
administradores maior para supervisionar um número menor de pessoas. Nessa 
situação, o administrador tem poucos subordinados, o que lhe permite investir 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
13
mais tempo nas atividades gerenciais. Além disso, os funcionários recebem 
maior atenção individual e suporte do chefe, contudo, tendem a ter menos 
autonomia. A amplitude estreita tende a produzir estruturas organizacionais 
altas e alongadas, com diversos níveis hierárquicos, o que refl ete em um sistema 
de comunicação mais lento e difi culdades na coordenação entre os diferentes 
grupos. Em contrapartida, uma amplitude de controle larga possibilita custos 
administrativos menores. Entretanto, como os funcionários que se reportam a 
um administrador em específi co é maior, resta menor tempo ao administrador 
para a execução de tarefas administrativas. Neste tipo de sistema, as pessoas têm 
mais liberdade e iniciativa e são encorajadas a desenvolver mais habilidades. 
Uma maior amplitude de controle tende a produzir estruturas organizacionais 
mais baixa e achatadas, caracterizadas por poucos níveis hierárquicos, o que 
possibilita uma comunicação direta entre as pessoas dos níveis altos e baixos da 
organização (CHIAVENATO, 2009). 
Conforme já mencionado, a amplitude de controle afeta diretamente a 
forma da estrutura organizacional, que pode ser verticaliza ou horizontalizada, 
conforme exemplifi cado na Figura 7. Uma estrutura organizacional alta produz 
uma amplitude de controle estreita e muitos níveis hierárquicos, apresentando 
um formato verticalizado. Já uma estrutura organizacional achatada tem 
uma amplitude de controle larga, poucos níveis hierárquicos e apresenta um 
formato horizontalizado. Nesse sentido, é importante levar em consideração 
que a quantidade de níveis hierárquicos está diretamente associada ao custo 
administrativo, à qualidade do trabalho realizado, ao relacionamento interpessoal 
entre as pessoas integrantes da organização e à relação das mesmas com o trabalho 
que desempenham. 
FIGURA 7 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL VERTICALIZADA E HORIZONTALIZADA
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
II. Grau de centralização/descentralização 
O grau de centralização/descentralização refl ete a forma como o poder 
decisório está distribuído dentro de uma organização. Para exemplifi car 
diferentes graus de centralização é apresentada a Figura 8, que contém duas 
confi gurações características que uma organização pode apresentar, sendo estas: 
uma organização centralizada e uma organização descentralizada. Na primeira 
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
14
situação, o poder decisório está concentrado no nível de mais alta gerência, 
enquanto que na segunda, verifi ca-se que está distribuído entre as pessoas 
que compõem os níveis de menor grau hierárquico. Nesse sentido, podem ser 
destacados alguns pontos positivos de cada uma dessas confi gurações, conforme 
será abordado a seguir. 
FIGURA 8 - GRAUS DE CENTRALIZAÇÃO/DESCENTRALIZAÇÃO DE UMA ORGANIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
Conforme já mencionado, a centralização é caracterizada pela retenção 
do poder decisório nos níveis hierárquicos mais altos de uma organização. 
A centralização usualmente é adotada quando quer se manter um nível de 
integração da empresa, a uniformidade das decisões e ações e quando se deseja 
um maior nível de controle da empresa. Existem trêsprincipais vantagens que a 
centralização pode trazer (CHIAVENATO, 2009): 
• Representa o melhor método para controlar e coordenar as atividades, 
recursos e decisões de uma organização, principalmente quando a empresa 
precisa atender a requisitos legais de complexa interpretação e quando existe 
uma grande interdependência entre as partes da organização, de forma que 
uma decisão errada tomada por um setor pode afetar negativamente as demais 
partes da organização. 
• Redução de custos, visto que um número de tarefas desempenhadas em um 
único lugar é maior, o que representa uma economia de recursos e um menor 
número de pessoas necessárias para a realização das atividades.
• O advento de novas tecnologias tem possibilitado a migração de empresas 
descentralizadas para confi gurações centralizadas e vice-versa, sem afetar 
signifi cativamente o processo decisório, uma vez que essas novas tecnologias 
possibilitam uma efi ciente comunicação e informações que são rapidamente 
recebidas, interpretadas e transmitidas. 
A descentralização ocorre quando a maioria das decisões são tomadas nos 
níveis hierárquicos inferiores da estrutura organizacional, o que signifi ca que o 
poder decisório se encontra mais próximo dos níveis de execução. Atualmente, 
existe uma tendência de descentralização das empresas, o que pode ser associado 
à importância que as mesmas dão cliente, visando a uma maior agilidade no 
atendimento das necessidades dos mesmos e um sistema de comunicação mais 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
15
eficiente. Normalmente, a descentralização é adotada quando a carga de trabalho 
dos níveis mais altos da administração está volumosa e/ou excessivamente 
complexa, quando a empresa que dar uma maior no atendimento dos requisitos 
dos clientes e para aumentar o nível de participação e a motivação dos 
funcionários da organização. As principais vantagens desse tipo de configuração 
são (CHIAVENATO, 2009):
• Quando o processo decisório é descentralizado a organização responde mais 
rapidamente aos clientes e às condições locais.
• A descentralização também estimula a criatividade e a independência dos 
funcionários que integram os níveis mais baixos da estrutura organizacional.
• A tecnologia da informação possibilita uma maior descentralização da 
autoridade, permitindo que a autoridade seja delegada aos níveis inferiores, 
enquanto a alta administração recebe a informação em tempo real. 
Para facilitar a comparação da centralização e descentralização do poder 
decisório dentro de uma organização, foi elaborada o Quadro 3, que engloba 
as principais vantagens e desvantagens de cada uma das duas configurações 
abordadas. 
CENTRALIZAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
VANTAGENS DESVANTAGENS VANTAGENS DESVANTAGENS
• As decisões são 
tomadas por 
administradores 
que possuem 
uma visão 
global de toda a 
organização;
• As decisões 
refletem melhor 
os objetivos 
globais da 
organização.
• Os administradores 
que detém o 
poder decisório 
usualmente estão 
distanciados 
dos fatos e das 
situações;
• A comunicação 
entre os níveis 
hierárquicos 
superiores e 
inferiores pode ser 
lenta, tornando 
mais lento a 
tomada de decisão;
• As decisões são 
tomadas mais 
rapidamente;
• As decisões são 
tomadas por 
pessoas que estão 
a par dos fatos e 
situações;
• Desenvolvimento 
da criatividade e 
da independência 
dos funcionários, 
assim como 
um maior nível 
motivacional 
maior.
• Pode ocorrer 
falta de 
informação 
entre os níveis 
hierárquicos 
superiores e 
inferiores;
• As decisões 
tomadas pelos 
departamentos 
nem sempre 
refletem os 
objetivos globais 
da organização. 
QUADRO 3 - RESUMO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA CENTRALIZAÇÃO E 
DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER DECISÓRIO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
16
2.2.3 Direção 
“A direção consiste na terceira função administrativa que compõe o 
processo administrativo, vindo depois do planejamento e da organização e 
antecedendo o controle” (CHIAVENATO, 2009, p. 368). De acordo com Rossés 
(2014, p. 22), “direção significar liderar, influenciar e motivar as pessoas a 
realizarem as tarefas essenciais à obtenção dos resultados” desejados e à 
consolidação dos objetivos globais da organização. Sua função primordial é 
criar uma atmosfera adequada para o exercício de todas as funções dentro de 
uma estrutura organizacional. Dirigir significa interpretar os planos para as 
pessoas que integram a organização e dar instruções e orientações sobre como 
executa-los. 
A direção é uma função administrativa que se distribui por todos os 
níveis hierárquicos de uma organização. No nível institucional é usualmente 
denominada de direção. No nível intermediário é chamada de gerência. Já no 
nível operacional recebe o nome de supervisão de primeira linha (CHIAVENATO, 
2009). Essa função administrativa se refere ao relacionamento interpessoal do 
administrador e seus subordinados. Para que o planejamento e organização 
possam ser eficazes, eles precisam ser complementados pela orientação as pessoas, 
através de uma boa comunicação, liderança e motivação (CHIAVENATO, 2009). 
Desta forma, características fundamentais para um bom administrador envolvem 
uma comunicação clara e inclusiva, bom desempenho frente a ocasiões adversas 
e inesperadas, flexibilidade, autoconfiança, espírito de liderança e de motivação 
dos funcionários. De acordo com Maximiano (2000), as competências que são 
necessárias para que uma pessoa ocupe um cargo de gerência são: habilidades 
de relacionamento com os colegas, habilidades de liderança, habilidades de 
resolução de conflitos, habilidades de processamento de informações, habilidades 
para tomar decisões em condições de ambiguidade, habilidades de alocação de 
recursos e, por fim, habilidades empresariais e de introspecção. 
Linkert (1967), um nome de destaque no campo da teoria comportamental, 
fez uma pesquisa levando em consideração diversos aspectos comportamentais 
importantes dentro de uma organização, dentre os quais se destaca o processo 
decisório adotado, o sistema de comunicação, o relacionamento interpessoal e o 
sistema de recompensa/punições adotado. A partir deste estudo, o autor definiu 
que podem ser estabelecidos quatro tipos de sistemas administrativos:
• O Sistema 1, denominado autoritário-coercitivo, é caracterizado por uma forma 
fechada e arbitrária de administração, pela imposição de regras e regulamentos, 
pela monopolização das decisões por parte dos níveis hierárquicos superiores, 
pela falta de comunicação entre os integrantes da estrutura organizacional, pela 
falta de relações interpessoais entre as pessoas e por um sistema de punições e 
castigos, o que pode gerar um sentimento de intimidação, isolamento e falta de 
liberdade;
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
17
• O Sistema 2, conhecido como autoritário-benevolente, também é um sistema 
autoritário, contudo menos fechado e coercitivo que o Sistema 1. É caracterizado 
pela delegação de algumas decisões em níveis hierárquicos mais baixos, menor 
restrição de liberdade, pela existência de um sistema de informações precário 
e pela utilização de um sistema de punições em conjunto com um sistema de 
recompensas, limitado apenas a recompensas materiais e salariais;
• O Sistema 3, designado de consultivo, tem uma maior abertura em relação 
aos sistemas anteriormente apresentados. Tem como foco a contribuição das 
pessoas, evitando um modo de administração totalmente autocrático. Nesse 
tipo de sistema ocorre a descentralização e a delegação das decisões, um sistema 
de comunicação intenso e a predominância de um sistema de recompensas, 
com eventuais punições; 
• Já o Sistema 4, denominado participativo, é a forma mais democrática e aberta 
de administração. É caracterizado pela total descentralização do processo 
decisório, visto que as decisões passam a ser tomadas pelos níveis hierárquicos 
mais baixos da instituição, por pessoas ligadas diretamenteà execução das 
tarefas. O empoderamento dos funcionários é incentivado e valoriza-se o 
trabalho em equipe. Além das recompensas salariais, também são fornecidas 
recompensas sociais ou simbólicas. Raras são as punições aplicadas, que fi cam 
restritas aos grupos de trabalhos ou equipes. 
Na Figura 9 é apresentado um esquema com as principais características 
dos quatro sistemas administrativos defi nidos por Linkert (1967), no que diz 
respeito às principais variáveis dentro de uma organização. 
FIGURA 9 - CARACTERIZAÇÃO DOS QUATRO SISTEMAS ADMINISTRATIVOS PROPOSTOS POR 
LINKERT (1967)
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
18
Linkert (1967) também identifi cou que o sistema mais adequado para 
lidar com as mudanças que ocorriam na sociedade na época que ele realizou 
sua pesquisa era o Sistema 4. De acordo com Chiavenato (2009), o Sistema 4 tem 
se revelado como o melhor meio de incrementar e impulsionar as habilidades, 
as atitudes, os valores e as necessidades das pessoas em direção aos objetivos 
organizacionais. 
Para auxiliar a fi xação do conteúdo relacionado aos quatro sistemas 
administrativos propostos por Linkert (1967) foi elaborado o Quadro 4, que 
contém um resumo dos Sistemas 1, 2, 3 e 4.
QUADRO 4 - RESUMO DOS QUATRO SISTEMAS ADMINISTRATIVOS PROPOSTOS POR LINKERT 
(1967)
FONTE: Chiavenato (2009, p. 373)
2.2.4 Controle
Controle é a função administrativa que consiste em medir e corrigir 
o desempenho de uma organização para assegurar e garantir que os objetivos 
e metas da empresa sejam atingidos. Desta maneira, controlar consiste em: 
acompanhar ou medir algo, comparar os resultados obtidos com aqueles previstos 
e tomar as medidas e ações corretivas necessárias (LACOMBE; HEILBORN, 2008). 
Rossés (2014, p. 22) defi ne controle como “verifi car, constatar ou certifi car-se da 
realização das atividades e objetivos estabelecidos”. É a função administrativa 
que visa medir o desempenho das pessoas com relação aos objetivos previstos 
para manter a organização no “caminho certo” e assegurar que o planejamento, 
organização e direção sejam bem-sucedidos. Neste contexto, o controle é um 
processo composto por quatro etapas, conforme representado na Figura 10 
(CHIAVENATO, 2009). 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
19
FIGURA 10 - ETAPAS DO PROCESSO DE CONTROLE
FONTE: A autora 
I. Etapas do processo de controle 
a) Estabelecimento de padrões de desempenho: 
A primeira etapa do processo de controle consiste no estabelecimento 
dos padrões de desempenho que a organização pretende alcançar. Padrões de 
desempenho são valores mensuráveis e compreensíveis para medir o progresso 
ou os resultados desejados. Desta forma, os padrões devem ser baseados nos 
planos estabelecidos para atingir os objetivos e metas da empresa. Os padrões 
de desempenho são compostos por uma unidade de medida e por um índice 
numérico da medida, como nos exemplos a seguir: 1,25 reais por peça, ou 
5,45 peças por minuto, quando os valores numéricos correspondem ao índice, 
enquanto que a unidade de medida é reais/peça e peças/minuto, respectivamente 
(LACOMBE; HEILBORN, 2008).
Existem vários tipos de padrões utilizados para avaliar e controlar os 
diferentes aspectos de uma organização, tais como (CHIAVENATO, 2009):
• padrões de quantidade: como número de empregados, volume de produção, 
índice de acidentes; índice de rotação de estoque etc.;
• padrões de qualidade: como padrões de qualidade da produção, qualidade 
dos produtos e serviços oferecidos; satisfação do atendimento ao cliente etc.; 
• padrões de tempo: como tempos padrões de produção, permanência média do 
empregado na organização etc.;
• padrões de custo: como custo de estocagem da matéria prima, custos diretos e 
indiretos da produção etc.;
Lacombe e Heilborn (2008) destacam a importância do estabelecimento 
de padrões de desempenho realistas, enfatizando que devem ser altos, mas ao 
mesmo tempo atingíveis, ou seja, devem representar um desafi o alcançável. 
b) Avaliação ou mensuração do desempenho atual: 
A mensuração do desempenho corresponde ao registro do trabalho 
efetuado, à medida que vai sendo realizado, para que, posteriormente, o 
desempenho atual da organização seja comparado com os padrões estabelecidos. 
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
20
Essas medidas podem ser expressas em unidades de volume de produção, 
produtividade, custo unitário ou nível de qualidade. Essa etapa do processo de 
controle também engloba o envio das informações dos resultados das atividades 
para o responsável pela análise destes valores frente aos padrões de desempenho 
e pela tomada de decisões no que se refere às ações corretivas (LACOMBE; 
HEILBORN, 2008). 
c) Comparação do desempenho atual com os objetivos estabelecidos:
O desempenho atual da organização deve ser avaliado em função dos 
padrões estabelecidos. A análise envolve não apenas a comparação dos valores 
reais com os padrões de desempenho pré-definidos, mas também a identificação 
das causas das variações encontradas. Cabe lembrar que a conjuntura econômica 
nacional e internacional pode afetar a demanda por produtos e serviços de uma 
organização e, portanto, seu desempenho atual e metas e objetivos (LACOMBE; 
HEILBORN, 2008).
 
d) Ação corretiva: 
Quando ocorrem desvios entre o desempenho da organização e os 
padrões de desempenho pré-estabelecidos, é necessária a aplicação de ações 
corretivas, as quais podem ser encaradas como medidas que devem ser tomadas 
para atingir os resultados esperados. Essa etapa do processo de controle pode ser 
encarada como a etapa voltada para o futuro da empresa e reflete a capacidade 
do administrador de impor mudanças. As ações corretivas podem envolver 
medidas simples de correção, ou exigir alterações nos processos produtivos ou 
nos sistemas administrativos, treinamento ou troca de funcionários, mudanças 
na estrutura organizacional da empresa e, em situações extremas, alterações 
nas técnicas de gestão e a reformulação dos planos e objetivos da organização 
(LACOMBE; HEILBORN, 2008). 
II. Tipos de controle 
Em função do nível que o controle é aplicado, o mesmo pode ser 
classificado em controle estratégico, tático e operacional, conforme reportado 
na Figura 11. 
TÓPICO 1 | AS FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
21
FIGURA 11 - TIPOS DE CONTROLE DENTRO DE UMA ORGANIZAÇÃO
FONTE: Adaptado de Chiavenato (2009)
Isto posto, é importante salientar que os conceitos de administração 
apresentados neste tópico podem ser aplicados diretamente na construção civil. 
As quatros funções administrativas anteriormente apresentadas, planejamento, 
organização, direção e controle, possuem aspectos que estão intrinsicamente 
relacionados com o gerenciamento e o planejamento na indústria da construção 
civil. Considerando a execução de uma obra de um condomínio residencial, 
espera-se que o engenheiro civil responsável tenha o pleno domínio destas 
quatro funções administrativas. O profi ssional precisa realizar o planejamento 
das atividades de longo, médio e curto prazos, defi nindo o cronograma da obra. 
Além disso, precisa organizar as diversas equipes de trabalho da melhor maneira 
possível, levando em consideração a duração e a interdependência entre as 
atividades. No que tange à função direção, é imprescindível que o engenheiro 
responsável pela obra tenha um bom relacionamento interpessoal com seus 
funcionários subordinados, que os incentive e os motive a desenvolver um bom 
trabalho. Por fi m, deve acompanhar a qualidade das atividades desenvolvidas 
e verifi car se elas atendem aos padrões estabelecidos e, se necessário, tomar 
medidas corretivas. 
22
Neste tópico, você aprendeu que:
• O processo administrativo é composto por quatro funções: o planejamento, a 
organização, a direção e o controle.
• Em função da abrangência e do impacto sob a organização o planejamento 
pode ser estratégico, tático ou operacional.• A organização pode ser encarada como uma unidade/entidade social, ou como 
uma função administrativa.
• A amplitude de controle e o grau de centralização/descentralização influenciam 
na estrutura organizacional de uma empresa.
• Os sistemas administrativos podem ser classificados em quatro tipos, sendo 
denominados de autoritário-coercitivo, autoritário-benevolente, consultivo e 
participativo.
• A função administrativa controle, consiste em um processo composto pela 
definição dos padrões de desempenho, avaliação do desempenho atual, 
comparação do desempenho atual com os objetivos estabelecidos e, por fim, 
por ações corretivas.
RESUMO DO TÓPICO 1
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1 (IBGE, 2008) Quando os administradores concentram a autoridade e as 
decisões no topo da organização, esse processo chama-se:
FONTE:<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-
federal-2008-aula-04-05-08?part=5>. Acesso em: 10 jun. 2019.
a) ( ) Planejamento.
b) ( ) Centralização.
c) ( ) Controle.
d) ( ) Descentralização.
2 (IBGE, 2008) Quanto à execução, o planejamento estratégico para uma 
empresa tende a ser responsabilidade dos:
FONTE:<https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-
federal-2008-aula-04-05-08?part=5>. Acesso em: 10 jun. 2019.
a) ( ) Altos executivos. 
b) ( ) Gerentes de nível médio.
c) ( ) Administradores.
d) ( ) Diretores de produção.
3 Na Administração são definidas funções para o administrador, com o 
objetivo de otimizar o uso dos recursos organizacionais, para alcançar os 
objetivos pretendidos cujo desempenho independe da característica pública 
ou privada da organização. São elas:
a) ( ) Interpessoais, informacionais, direção e decisão.
b) ( ) Planejar, organizar, dirigir e controlar.
c) ( ) Mapeamento do ambiente, planejamento estratégico, responsabilidade 
social e visão geral.
d) ( ) Planejamento, desburocratização, alinhamento político e gerencia 
participativa.
4 (FUNCAB, 2014) A função administrativa que se refere ao relacionamento 
do administrador com os seus subordinados é:
FONTE:<https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/347102>. 
Acesso em: 10 jun. 2019.
a) ( ) Avaliação.
b) ( ) Organização.
c) ( ) Planejamento.
d) ( ) Direção.
AUTOATIVIDADE
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.aprovaconcursos.com.br/questoes-de-concurso/questao/347102
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5 O processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro 
está associado ao conceito de:
a) ( ) Planejamento.
b) ( ) Contabilidade.
c) ( ) Controle.
d) ( ) Fluxo de caixa.
6 (ESAF, 2004) Tomando por base o processo de controle, identifique a opção 
que apresenta, de forma sequencial, as fases deste processo:
FONTE: <https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-
federal-2008-aula-04-05-08?part=5>. Acesso em: 10 jun. 2019.
a) ( ) Definição da meta; padrão de medida; comparação entre planejado e 
executado; e decisão e ação.
b) ( ) Identificação do problema; medidas corretivas; padrão de medida; e 
comparação entre planejado e executado.
c) ( ) Definição da meta; identificação do problema; medidas corretivas; 
comparação entre planejado e executado; e decisão e ação.
d) ( ) Identificação do problema; padrão de medida; medidas corretivas; e 
decisão e ação.
7 (CESPE, 2007) Planejamento pode ser conceituado como um processo 
desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de modo mais 
eficiente, eficaz e efetivo. A esse respeito, assinale a opção incorreta:
FONTE: <https://www.estudegratis.com.br/questao-de-concurso/19865>. Acesso em: 10 jun. 
2019.
a) ( ) O documento formal que representa a consolidação do processo de 
planejamento é denominado plano.
b) ( ) O princípio da precedência significa que o planejamento ocorre antes 
das funções administrativas: organizar, coordenar, comandar e controlar.
c) ( ) Planejar se relaciona a tomada de decisões futuras baseada na análise 
ambiental.
d) ( ) O tipo de planejamento que busca otimizar os resultados de 
determinadas áreas da organização e denominado planejamento tático.
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.ebah.com.br/content/ABAAABi-oAE/apostila-lfg-administracao-policia-federal-2008-aula-04-05-08?part=5
https://www.estudegratis.com.br/questao-de-concurso/19865
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TÓPICO 2
ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Gaither e Frazier (2002) definem administração da produção como a 
administração do sistema produtivo de uma organização que visa à transformação 
de insumos em produtos ou serviços. Silva, Ba e Nicolau (2015, p. 305) citam que 
“a administração da produção é uma atividade orientada para a produção de um 
bem físico ou para a prestação de um serviço, tendo como função administrativa 
a responsabilidade pelo desempenho de técnicas de gestão da produção de bens 
e serviços”. Slack et al. (2006, p. 28) destacam a importância da definição do termo 
função produção, que pode ser compreendido como a “reunião de recursos 
destinados à produção de bens e serviços”. Os autores salientam que nem todas 
as organizações denominam a função produção com este nome. Dentre os termos 
utilizados, comumente esta função é designada de produção ou sistema de 
produção. Para Martins e Laugeni (2005) a função produção pode ser entendida 
como o conjunto de atividades que levam a transformação de um bem tangível 
em um outro com maior utilidade.
A função produção é central dentro de uma organização, uma vez 
que produz os bens e serviços que são a razão de sua existência, embora não 
é a única nem, necessariamente, a mais importante. Além da função produção 
existem outras três funções principais, sendo estas: a função marketing, a função 
contábil-financeira e a função de desenvolvimento de produto/serviço; e funções 
complementares que servem de apoio às funções principais, sendo estas: função 
recursos humanos, função compras e função suporte técnico. Entretanto, é 
importante destacar que o nome das funções, suas fronteiras e responsabilidade 
variam entre as diferentes organizações (SLACK et al., 2006).
2 MODELO DE TRANSFORMAÇÃO
Qualquer operação que produz bens ou serviços realiza essa ação através 
de um modelo de processo de transformação. Neste âmbito, o termo transformação 
refere-se à utilização de recursos para alterar o estado ou condição de algo 
para produção dos outputs (saídas). Na Figura 12 é apresentado um modelo 
de transformação utilizado para representar a natureza da produção. Pode-se 
constatar que a produção envolve um conjunto de recursos de inputs (entradas) 
usado para transformar algo ou para ser transformado em outputs de bens ou 
serviços. Dentre os recursos transformados, os quais são tratados, transformados 
ou convertidos de alguma forma, cita-se como exemplo os materiais, informações 
UNIDADE 1 | TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DA PRODUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
26
e consumidores. Já como exemplo de recursos de transformação dos inputs, 
os quais agem sobre os recursos transformados, podemos citar as instalações 
e as pessoas envolvidas no processo (SLACK et al., 2006). Desta maneira, 
qualquer atividade de produção pode ser vista sob a perspectiva no modelo de 
transformação de inputs e outputs. Por exemplo, um canteiro de obras de uma 
edifi cação residencial possui inputs de pedreiros, ajudantes de pedreiros, mestre 
de obras, engenheiros, estagiários, equipamentos, materiais de construção civil 
etc. Já o output deste processo é a edifi

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