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Unidade II: O Egito Antigo: Nilo: O Rio que dá a vida ao Egito Antigo. •O Egito Antigo, assim como as sociedades antigas mesopotâmicas, tem um rio com papel importante no desenvolvimento de sua sociedade – O Rio Nilo. As cheias do Nilo fecundam as terras às suas margens, com o tempo se formaram nestes locais; as aldeias e as cidades. •Os camponeses, a partir de outubro, com as águas do Nilo em baixa, semeavam a terra que era composta de Húmus(Material orgânico formado por vegetais decompostos ou em decomposição). Os camponeses cultivam o trigo, cevada, ervilha, lentilha, verduras, frutas, linho e outros produtos. Mas também, os egípcios aprenderam a estocar os alimentos, evitando as crises de abastecimento. •Além disso, estes criavam porcos, gansos, carneiros, bois e patos; mas desconheciam as galinhas. Com o papiro, planta fibrosa que crescia às margens do Nilo, os egípcios fabricavam cestas, sandálias e escreviam nos mesmos. O Início: •Por volta de 6.000 a.C, os primeiros povos habitavam a região do Egito antigo. Com o processo de irrigação, houve através dos Nomos (Comunidades egípcias unidas) uma ordenação deste processo. Os Nomarcas eram os líderes destas comunidades tribais. •A união de vários Nomos deu origem a dois reinos: O Alto Egito no sul e o Baixo Egito no norte, isto ocorreu por volta de 3.200 a. C; com a atuação do rei Menés, que unificou os dois reinos e fundou a realeza faraônica. Menés é considerado o primeiro faraó. •Egito Faraônico – 3.200 a. C a 525 a.C. Três Fases: Antigo Império, Médio Império e Novo Império. Também entre estes períodos as chamadas fases intermediárias, que eram as fases que os faraós não tinham tanto poder e existiram algumas invasões estrangeiras. O Egito Faraônico: •O Egito era uma Teofania, isto é, manifestação tangível da divindade, cristalizada na pessoa do faraó, deus encarnado e não simplesmente representante dos deuses. • O Faraó era o rei, o sumo sacerdote, protetor da ordem universal, incorporava o espírito do deus Hórus ( filho de Ísis e Osíris), controlador dos exércitos e administrador de todo o Egito. •No festival de Heb-Sed o faraó sofria um ritual no qual ele morria e renascia; renovando suas forças e dando mais fertilidade e prosperidade para o Egito. Os Períodos Dinásticos: • Antigo Império ( 3200 – 2300 a.C): O território egípcio era dividido em 42 nomos. Neste período também ocorreu a Construção das pirâmides de Gizé e o centro político do Egito Antigo era a cidade de Mênfis. • Também foi criada a escrita Hieroglífica – utilizada pelos membros da realeza, sacerdotes e funcionários de altos cargos, como os escribas – Responsáveis pela cobrança de impostos, supervisão das construções e controle dos estoques alimentícios. • Os egípcios possuíam ainda duas outras escritas: A Hierática– era formada de modo cursivo e utilizada para fins comerciais e Demótica– mais popular e mais simples. • OBS: Saber ler e escrever era um grande diferencial neste Egito antigo. O egípcio que quisesse ter uma carreira administrativa e ficar perto do faraó tinha que ter estes dois pontos como básico em sua vida. Os Períodos Dinásticos: • Antigo Império ( 3200 – 2300 a.C): Os nomos foram abalados com problemas estruturais e econômicos. Os Faraós perderam a força; facilitando as invasões estrangeiras, por volta de 2.300 a.C. • Médio Império ( 2000 -1580 a.C): A capital foi transferida para Tebas. Desenvolvimento da escrita hieroglífica e das literaturas egípcias. Mentuhotep II (imagens ao lado) ampliou o território egípcio (expansões e conquista da região da Núbia – sul do Egito) e restaurou o Estado egípcio. Disputas entre os nomarcas e os faraós enfraqueceram o exército. Por volta de 1800 a.C, os hicsos invadiram o Egito Antigo. Os Períodos Dinásticos: • Novo Império ( 1580 – 525 a.C): Os nomos foram abalados com problemas estruturais e econômicos. Os Faraós perderam a força; facilitando as invasões estrangeiras, por volta de 2.300 a.C. • Dois faraós se destacaram neste período: Tutmés III e Ramsés II (imagens ao lado). O primeiro conquistou os reinos mesopotâmicos e o segundo derrotou os hititas. • Além desses dois faraós também se destacaram: O faraó Amenófis IV (Akenathon) com sua “reforma religiosa” e Tutancâmon (Tuth – o faraó menino, filho de Amenófis IV) que restaurou o Egito ao culto politeísta. • Também foram construídos neste período os Templos de Karnac e Luxor. • Entre estas fases, há o que os historiadores chamam de “ Períodos Intermediários” - Período em que os faraós tiveram pouco poder e enfrentaram as invasões estrangeiras. A Decadência: • Por volta de 1100 a. C, o Egito foi dividido novamente em dois reinos. Posteriormente, houve várias invasões de povos estrangeiros e enfraquecimento do poder dos faraós. • Em 662 a. C, os assírios sobre o comando de Assurbanipal invadiram o Egito Antigo – fim do Novo Império. Em 650 a.C há uma nova restauração da civilização egípcia, mas em 562 a.C, Cambises, rei persa, transforma o Egito Antigo em uma província da Pérsia. (Imagens dos soldados persas ao lado). A Sociedade Egípcia: • O faraó criou os burocratas, que eram pessoas encarregadas de coordenar as obras públicas, cobrar os impostos e cuidar dos templos; • Os principais funcionários da sociedade egípcia eram: • Vizir: Eram considerados como primeiros- ministros. Eram responsáveis pelo tribunal da justiça, pela polícia, arrecadação de impostos e política externa; • Sacerdotes: Eram responsáveis pelos templos e pelos sacramentos da religião egípcia. Eram ricos, possuíam muitas terras e pessoas para trabalhares para eles; • Escribas: Sabiam ler e escrever. Administravam os impostos arrecadados e faziam os censos; • Camponeses: Eram livres e em maior número. Cultivavam as terras dos faraós, sacerdotes e altos funcionários do Estado. Tinham pouca renda, participaram das construções das pirâmides e das guerras; • Escravos: Eram escravos de guerra ou de dívidas contraídas e não pagas. A Sociedade Egípcia • Haviam outras profissões, como: carregador de sandálias do faraó(imagem ao lado); artesãos; comerciantes; passarinheiros – pessoas encarregadas de caçar aves no céu e militares. • As mulheres possuíam direitos que inexistiam em outras sociedades antigas. Tinham ofícios iguais aos homens, apareciam em público, possuir bens e cargos políticos. • Os casamentos eram arranjados ou por amor. Os homens casavam em média com 20 anos e as mulheres em média com 14 anos. Nesta época já existia o divórcio, que podia ser pedido pela razão da traição, incapacidade de gerar filhos e até pelo desentendimento entre o casal. O divórcio podia ser pedido tanto pelo homem como pela mulher. A Religião Egípcia: • A religião egípcia baseava na existência de vários deuses (Politeísta), viver de forma correta para ter harmonia com o universo e crer no poder da mágica na criação do universo, pois esse era o poder dos deuses. • Os deuses tinham as seguintes características: Antropomórficas – Aspecto humano, Zoomórfica – Aspecto animal e Antropozoomórfica – Aspecto híbrido (humano e animal). • Amon – Rá ou simplesmente Rá – O deus criador; • Osíris – deus-rei dos mundo dos mortos. Primeiro faraó do Egito; • Ísis – deusa da família. Esposa – irmã de Osíris. Mãe de todo o Egito; • Hórus – Representava o sol. Tinha uma cabeça em forma de falcão. Filho de Osíris e Ísis; • Seth – deus do caos, inveja e mal. Irmão de Osíris, Ísis e Néftis(Esposa de Seth); • Ah – deus da Lua; • Shu – deus do ar. Pai de Geb e Nut; Tefnut – deusa da umidade. Mãe de Geb e Nut; • Geb – deus da terra. Irmão de Nut e neto de Rá; • Nut – deusa da noite e dos céus. Irmã de Geb e neta de Rá; A Religião Egípcia • Anúbis – deus chacal. Filho de Osíris e Néftis. “Criador” das múmias, sendo a primeira múmia seu pai – Osíris. Leva os mortos para o tribunal dos mortos que é julgado pelo seu pai; • Maat – deusa da justiça; • Hathor – Mulher com cabeça de vaca. Era a deusa da prosperidade , felicidade e amor,esposa de Hórus; • Thoth – deus da sabedoria. Patrono dos escribas. Trouxe os hieróglifos ao Egito. Cabeça de babuíno ou Íbis (pássaro); • Ammut – deus devorador dos mortos. Tinha cabeça de um crocodilo e o corpo com parte de um leão e outra parte de um hipopótamo; • Néftis – deusa associada aos mortos. Irmã de Osíris, Ísis e esposa-irmã de Seti; • Bastet – deusa da fertilidade, sexualidade e parto. Deusa com cabeça de uma gata; • Ptah – deus construtor e arquiteto; • Sekmeth – deusa com cabeça de leoa. Filha de Rá. Enviada para punir os humanos. A Religião Egípcia: A criação e o tribunal de Osíris • A Criação : • Para os egípcios antigos a criação do mundo foi feita por Rá(deus criador). Isto aconteceu, quando Rá teve seus dois primeiros filhos Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da umidade). Estes se casaram e tiveram dois filhos – Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus e da noite). • Quando estes dois nasceram se juntaram num abraço formando um casal, mas Rá – seu avô, não gostou e ordenou a Shu que separasse seus filhos. Desta forma, Shu empurrou Nut para cima e Geb para baixo e ficou entre eles dois. Portanto, Nut tornou-se os céus; Geb a terra e Shu o ar que respiramos (imagem ao lado). A Religião Egípcia: A criação e o tribunal de Osíris • O Tribunal de Osíris(O julgamento final) : • O livro “sagrado” dos mortos da religião egípcia foi escrito nas paredes das tumbas no Novo Império (1570 a.C) e posteriormente passou a ser copiados em papiro ou faixa de linho colocados no caixão, acompanhando os mortos. Os textos serviam para guiar o falecido para a viagem ao mundo inferior. • Segundo, a religião egípcia, quando da morte, a alma se separava do corpo e reencontrava antes de apresentar- se ao Tribunal de Osíris – Local onde o morto saberia qual seria seu destino final. • O morto era recebido por Anúbis e este pesava o coração do morto em uma balança, que tinha como contrapeso Maat, a deusa da verdade e justiça, que era representada por uma pena de avestruz. Se o coração pesasse mais que a pena de Maat, isto é, fosse impuro; o morto era devorado por Ammut e ficava sofrendo pela eternidade; caso contrário, ele viveria em um “paraíso” no mundo inferior e conviveria com os deuses egípcios com a aprovação de Osíris (Imagem ao lado). A Mumificação: • O ritual de mumificação : • Começou com o deus Anúbis, quando este mumificou o corpo do seu pai – Osíris. • Os Egípcios acreditavam na vida pós morte. Havia uma continuidade da vida terrena e o mundo inferior. A vida era uma grande “caminhada”. • A morte física se dava quando o coração parava, por isso, eles acreditavam que deveriam preparar o morto para continuar a caminhada; daí a mumificação. • O ritual da mumificação tinha como objetivo retirar do morto tudo aquilo que gerava a corrupção e a podridão, criando um corpo purificado para continuar a caminhada eterna. • As vísceras eram retiradas e o corpo era desidratado com a ajuda de um sal especial. Depois este era banhado em óleos aromáticos e enrolado em um tipo de linho. As vísceras eram colocadas em potes junto ao corpo e o coração, às vezes, era substituído por um escaravelho (besouro). (Imagem ao lado). História nos Cinemas:
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