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Resumo Materiais de Construção Civil (Mateco)

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CAL 
É um produto obtido pela calcinação de rochas calcárias(CaCO3) em elevadas 
temperaturas. Constitui, portanto, um aglomerante inorgânico ou mineral 
composto basicamente de cálcio e magnésio. 
 
 
 
Cal Virgem e Cal Hidratada – aérea 
Cal Hidráulica – hidráulica 
 
A cal virgem é aquela constituída principalmente de óxidos de cálcio e magnésio e 
pode ser encontrada nas rochas calcárias, mas também nos ossos e conchas de 
animais. Por meio de um processo de hidratação no canteiro de obras, as pedras 
de cal virgem são mergulhadas na água liberando alta quantidade de calor, 
obtendo, após um período de 48 horas no mínimo, um aspecto plástico que aos 
poucos passa para um estado endurecido, tentando voltar ao seu estado inicial. 
Essa cal resultante da hidratação no canteiro de obras é a cal extinta ou cal 
queimada.O processo de produção da cal extinta libera muito calor, logo deve-se 
evitar,pois é perigoso. Caso a hidratação ocorra nas usinas, a cal resultante é 
chamada de cal hidratada. 
 
A cal hidratada é constituída principalmente de hidróxidos de cálcio e magnésio, 
‘possui, além de teores de carbonato de cálcio e magnésio. Em relação a cal 
virgem, esta oferece maior facilidade de manuseio, transporte e armazenamento. 
É apresentada como um produto seco, na forma de pó branco de alta finura. 
 
A NBR 9290 define os requisitos e critérios de qualidade da cal hidratada de 
acordo com sua retenção de água. De acordo com a norma, a retenção na cal 
resulta em uma elevada área superficial(importante para as argamassas), auxilia 
na hidratação do cimento, auxilia na retenção de água quando a argamassa é 
aplicada sobre uma base absorvente e melhora a resistência de aderência. 
 
A cal hidraúlica,produzida pela calcinação de calcário argiloso, foi utilizada na 
antiguidade no lugar do cimento, que ainda não havia sido descoberto. Em sua 
composição encontra-se silicato de dicálcio, aluminato tricálcio e ferrita. Foi 
substituído pelo cimento Portland. 
 
Cal Hidráulica + material pozolânico/escória de alto forno = cal hidráulica 
 
APLICAÇÕES DA CAL 
- Tinta a base de cal(caiação): preparada a partir da cal virgem ou hidratada.Esse 
tipo de pintura é de baixo custo, não indicada para superfícies 
lisas(gesso,madeira,metais ou repintura) e sua composição pode ser melhorada 
com a adição de agentes aglutinantes.Possui ph alto(efeito asséptico),logo deve-
se evitar usá-la onde predomina chuvas ácidas. 
 
- Bloco sílico-calcário: fabricados a partir da cal e de agregados finos de quartzo, 
moldados por compactação e submetidos a hidratação. A resistência mecânica 
depende da porosidade, influenciada pelo empacotamento granulométrico das 
partículas, pelo teor de água, pela energia de compactação e pelo volume de 
produtos hidratados formados durante a autoclavagem. 
 
- Argamassa: Devido sua elevada finura, sua capacidade de proporcionar 
fluidez,coesão e retenção de água, a cal melhora a qualidade das argamassas de 
concreto, conferindo as mesmas melhor aderência( retêm mais água de 
amassamento) e maior plasticidade(maiores deformações sem sofrer fissuras). Ou 
seja, é utilizada como aglomerante nas argamassas, para assentamento de 
tijolos,revestimento de alvenarias ou em misturas para a obtenção de blocos de 
solo/cal, blocos sílico/calcário e cimentos alternativos. 
 
- Concreto: A adição de cal hidratada, contendo elevados teores de adições, tem a 
finalidade de manter o pH da água do poro e aumentar o teor de 
Ca(OH)2,melhorando a durabilidade do concreto. Os efeitos da adição da cal ao 
concreto são: Por aumento da quantidade de finos demandam maior 
quantidade de aditivo dispersante para obtenção da trabalhabilidade ótima, têm 
coeficientes de permeabilidade ao oxigênio da mesma ordem de grandeza que os 
concretos sem cal, e coeficientes menores do que os concretos de referência sem 
substituição, Aaabsorção capilar à água é menor, 
Reduz a velocidade de carbonatação do concreto, aumenta o risco de corrosão. 
 
- Misturada com cimento portland: confere uma maior plasticidade as pastas e 
argamassas, permitindo maiores deformaçoes sem fissuras. 
 
PROCESSO DE PRODUÇÃO DA CAL HIDRATADA 
- Extração da matéria-prima e britagem 
- Seleção da granulometria ideal e transporte para o forno 
- Calcinação e controle do grau de calcinação 
- Moagem adequada para cada tipo de hidratador 
- Armazenamento da cal virgem 
- Hidratação e moagem 
- Ensacamento e distribuição para comercialização 
* OBS: Cal de carbureto: É resíduo da produção de acetileno, contêm elevado teor 
de hidróxido de cálcio e reatividade mais baixa que a cal industrial. 
 
** Olhar ensaios Ibracon 221 sl 20 
 
 
 
 
GESSO 
 
Material produzido pela calcinação do minério natural gipsa (sulfato de cálcio 
dihidratado), constituído essencialmente de: sulfato de cálcio hemidratado, 
anidritas solúvel e insolúvel,gipsita, aditivos retardadores do tempo de pega. 
Entre suas características, podemos citar: rápido endurecimento, ou seja, pega 
rápida (proteção contra umidade, devida a rápida hidratação), plasticidade da 
pasta fresca, lisura da superfície e baixo consumo energético. 
 
Apesar de ser um dos aglomerantes menos utilizados na construção civil no país, 
podemos citar algumas aplicações importantes como: 
- usado para revestimento(estuque) 
- placas de rebaixamento de teto(forro) 
- painéis para divisórias 
- elementos de ornamentação(sancas,florões) 
- dry wall, isto é, chapas de grandes dimensões finas de gesso revestidas 
externamente por duas lâminas de papel kraft. Os produtos têm alta 
produtividade na montagem e permitem execução de serviço com um baixo 
consumo de material.Combinando papel e gesso, o produto, é sensível a 
ambientes úmidos, podendo apresentar degradação total ou 
biodeterioração da superfície. Para aplicação em úmidos recebe tratamento com 
hidrofugante. O dry wall tem três versões: a comum, a resistente ao fogo e a 
resistente a umidade. 
 
PROCESSO DE PRODUÇÃO DO GESSO 
- extração do minério 
- britagem e moagem grossa 
- estocagem com homogenização 
- secagem da matéria prima, pois a umidade pode chegar a ‘10% 
- calcinação(pode constituir de um unico forno),moagem fina(selecionar 
granulometria de acordo com utilização) e ensilagem 
- Pode ocorrer mistura e homogeinização dos diferentes sulfatos e dos aditivos 
em função da aplicação 
 
A pega e o endurecimento são afetados por diferentes fatores como:finura, forma 
dos grãos, relação a/g, temperatura da água, velocidade e tempo de mistura e 
aditivos. O início do processo de pega se dá pelo consumo de água de 
amassamento pela formação da gipsita hidratada,aumentan’do a consistência da 
pasta. Há um aumento da viscosidade e a formação de um sólido contínuo de 
baixa porosidade e resistência maior, pois os cristais formados em torno do 
núcleo ficam mais próximos e se aglomeram. 
 
Inicialmente à fase de amassamento,o gesso possui uma etapa de contração e , 
posteriormente, um aumento de seu volume devido a nova organização de seus 
cristais. Após o endurecimento e evaporação da água de amassamento, há uma 
pequena retração, o que resulta numa expansão líquida muito pequena, em torno 
de 0,1%. Esse valor pode diminuir com o aumento da água de amassamento e de 
da composição mineral do produto, garantindo ao gesso baixo risco de fissuração 
de revestimentos, auxiliando na moldagem e preenchimento de vazios. Esta 
característica, praticamente, elimina o risco de fissuração de revestimentos; 
também auxilia na moldagem de componentes, pois preenche todos os vazios e 
detalhes do molde, gerando excelente acabamento superficial. 
 
 
 
Algumas vezes, adiciona-se ao gesso retardadores de pega. Eles influenciam na 
expansão e na porosidade do gesso. 
 
*OBS: relação a/g tempo de pega 
 
 
 Resistência a compressão dureza quantidade de água 
 
 Finura poroso resistente 
 
** Mecanismode hidratação Ibracon 222 sl 13,14,15 
Matéria Prima Ibracon 222 sl 8,9,10 
Aditivos Retardadores de Pega Ibracon 222 sl 30,31 
Aplicação mais detalhada do gesso Ibracon 222 sl 37 a 43 
Patologia Ibracon 222 sl 43,44,45 
Propriedades da pasta Ibracon 222 sl 21,23 
Ensaios PUC pg. 18 
Tipos PUC pg. 26 
Ensaio de Vicat Ibracon 222 sl 21 
 
CIMENTO 
 
É um pó fino com propriedades aglutinantes, que endurece sob ação da água, 
sendo, portanto, um aglomerante hidráulico. Depois de endurecido, mesmo sob 
ação da água, não se decompõe mais.É composto de clínquer com adições de 
substâncias. Essas substâncias podem ser: gesso, material pozolânico, escória, 
materiais carbonáticos. 
O clínquer, tem como matérias-primas o calcário e a argila. A rocha calcária é 
primeiramente britada, depois moída e em seguida misturada, em proporções 
adequadas, com argila, também moída. Primeiramente, a mistura é colocada em 
um forno, se transformando no clínquer, que se apresenta sob forma de pelotas. 
Ao sair do forno, o clínquer é resfriado rapidamente e moído, transformando-se 
em pó. 
É o clínquer que tem, no cimento, a característica de desenvolver reação química 
na presença de água. As conseqüências físicas da reação, são, primeiramente, 
tornar o cimento pastoso, portanto moldável e, em seguida endurecer, 
adquirindo elevada resistência e durabilidade. 
Cada adição contribui de forma diferente ao ser adicionado no cimento.As 
principais contribuiçoes são: 
 
• gesso: tem como função básica regular o tempo de pega do cimento; 
 
• escória de alto-forno: é o subproduto obtido durante a produção de ferro-gusa 
nas indústrias siderúrgicas, resultante do processo de fusão do minério de ferro, 
com cal e carvão. É composta de uma série de silicatos que ao serem adicionados 
ao clínquer do cimento, são capazes de sofrer reações de hidratação e posterior 
endurecimento. A adição de escória contribui para a melhoria de algumas 
propriedades do cimento, como, por exemplo, a durabilidade e a resistência à 
agentes químicos; 
 
 • materiais pozolânicos: são rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas 
encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas em elevadas 
temperaturas e derivados da queima de carvão mineral nas usinas termelétricas, 
entre outros. Esses materiais, também apresentam propriedades ligantes, se bem 
que de forma potencial (para que passem a desenvolver a propriedade de ligante 
não basta a água, é necessária a presença de mais um outro material, por 
exemplo o clínquer). O cimento com adição desse material apresenta a vantagem 
de conferir maior impermeabilidade as misturas com ele produzidas. Ex.: Casca de 
arroz. 
 
 • materiais carbonáticos: são minerais moídos e calcinados. Contribui para tornar 
a mistura mais trabalhável, servindo como um lubrificante entre as partículas dos 
demais componentes do cimento. 
 
Os cimentos podem,ainda, ser classificados baseado na sua resistência a 
compressão aos 28 dias. Assim, caso a resistência seja de 25MPa, seu código de 
identificação é o 25; caso seja de 32MPa, 32; 40MPa, 40. A classe de cimento mais 
usual é a CP-32, estando a CP-25, praticamente fora de comercialização. 
 
 
 
TIPOS DE CIMENTO PORTLAND 
 
- Cimento Portland Comum (CP I) 
 Sem qualquer adição além do gesso, é utilizado nas construções em geral 
CP I - S – cimento portland comum com adição 
 
- Cimento Portland Composto (CP II) 
Com nível de até 10% de adição, que pode ser de pozolana (CP II – 2), escória (CP 
II – E) e fíler (CP II – F). 
 
Utilizado em argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-
moldados e artefatos de cimento 
 
- Cimento Portland de Alto Forno (CP III) 
 Com adições de escória de alto forno. 
Utilizado em barragens, peças de grandes dimensões, fundações de máquinas, 
pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para a condução de 
líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com agregados 
reativos, pilares de pontes, obras submersas, pavimentação de estradas e pistas 
de aeroporto. 
A escória apresenta potencial de ligante hidráulico, ou seja, em presença de água, 
desenvolve reação que a torna primeiro pastosa depois endurecida.Porém, essa 
reação é diferente da reação desenvolvida pelo clínquer em pó com essa mesma 
água. De um lado, a reação química da escória de alto-forno com a água se 
processa em velocidade um pouco menor do que a do clínquer moído. Em 
conseqüência disso, o cimento de alto-forno leva mais tempo para endurecer. 
Mas, em compensação, esse tempo a mais permite que os grãos e partículas que 
o compõem se liguem melhor entre si, reduzindo, também, os espaços vazios ou 
poros entre eles, fato que proporciona uma maior durabilidade e, principalmente, 
um ganho significativo de resistência em idades mais avançadas. Por outro lado, o 
cimento de alto-forno produz menos calor durante a hidratação. 
 
- Cimento Pozolânico (CP IV) 
 Com adições de pozolanas. 
Utilizado em obras expostas à ação da água, corrente e em ambientes agressivos. 
Os materiais pozolânicos, como as escórias de alto-forno, apresentam 
propriedade potencial de atuar como ligante hidráulico. A reação dos materiais 
pozolânicos com a água só vai acontecer quando houver, também, a presença de 
clínquer em pó. Na realidade, a reação dos materiais pozolânicos só começa 
depois que a reação entre o clínquer moído e a água já estiver iniciada. Mas, em 
compensação, uma vez iniciada, ela se processa em velocidade superior à do 
cimento de alto-forno (CP III), embora ainda um pouco menor que a do cimento 
Portland comum, de modo que continua havendo mais tempo para que as 
partículas e grãos que compõem o cimento pozolânico se liguem de forma mais 
íntima, através de um número maior de pontos de contato, reduzindo, assim, os 
espaços vazios ou poros entre eles, com o conseqüente aumento de durabilidade. 
Por outro lado, como a velocidade da reação do cimento pozolânico com a água é 
mais lenta, também é menor o efeito do calor gerado nessa reação, sobre as 
argamassas e concretos. 
 
- Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V – ARI) 
Não se diferencia pelas matérias primas que são adicionadas ao clínquer com 
gesso, e sim pela adição diferenciada de calcário e argila ao clínquer, e moagem 
mais fina. 
Utilizado para blocos em alvenarias, para pavimentação, tubos, lajes, meio-
fio,postes. 
OBS:Resistência de 26 Mpa a 1 dia de idade e de 53 Mpa aos 28 dias. 
 
- Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS) 
 Provoca alterações nas proporções das fases do clínquer 
Utilizado em estações de tratamento de água e esgotos, obras em regiões 
litorâneas, subterrâneas e marítmas. 
 
- Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) 
É o CP III com baixo calor de hidratação. 
Utilizado para retardar o desprendimento de calor, evitando o aparecimento de 
fissuras de origem térmica. 
 
- Cimento Portland Branco (CPB) 
Apresenta baixo teor de ferro (que é retirado da argila) e manganês,por isso 
apresenta cor branca. 
É oferecido no mercado em duas versões; uma para uso em argamassa e pastas, o 
cimento branco não estrutural e outra que pode ser empregada para fazer 
concretos, denominada de cimento branco estrutural. Além disso, ele refleto os 
raios solares, transmitindo menos calor para o interior da construção. 
 
*OBS: Os cimentos do tipo pozolânico e de alto forno são comercializados em 
determinadas regiões onde se encontram em grandes quantidades as matérias-
primas utilizadas em sua fabricação. Os cimentos do tipo alta resistência inicial e 
resistentes a sulfatos só são disponíveis, praticamente, por encomenda. O tipo de 
cimento mais habitualmente encontrado no mercado é o composto, 
normalmente, com adição de escória, na classe 32 (CP II - 32). 
 
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 
 
O cimento Portland é embalado em sacos de papel kraft, com 50 kg. No caso de 
grandes obras, e dispondo-se de silos para armazenamento, pode ser fornecido a 
granel. 
Cuidados importantespara o armazenamento do cimento Portland: 
- Abrigar da umidade: Não pode entrar em contato com a água ou com a umidade 
antes de ser usado pois, caso isso aconteça, empedrará. 
- Não formar grandes pilhas: a pressão dos sacos superiores sobre os inferiores 
diminuem o módulo de finura do cimento. 
- Não estocar por muito tempo: Período máximo de um mês. 
 
** Resíduos industriais e formas de reclicagem ver PUC pg 30 a 42 
 
 
ASFALTO 
Materiais Betuminosos 
- Betume: Material cimentífico natural ou manufaturado, de cor preta ou escura, 
composto principalmente por hidrocarbonetos de alto peso molecular, solúvel no 
bissulfeto de carbono. 
- Asfalto: Material cimentante, preto, sólido ou semi-sólido, que se liquefaz 
quando aquecido. Seu principal componente é o betume, podendo conter 
oxigênio, nitrôgenio e enxofre, em pequena proporção. São utilizados 
principalmente em obras viárias. É a base de praticamente todos os outros tipos 
de materiais asfálticos existentes no Brasil, como: emulsões asfálticos, asfaltos 
diluídos, asfaltos oxidados(piches), asfaltos modificados por polímero ou por 
borracha, agentes rejuvenescedores. Pode ser encontrado na natureza (CAN), 
mas em geral do refino do petróleo (CAP). 
A maioiria das rodovias no Brasil são de revestimentos asfálticos; o CAP 
representa 25% a 40% do custo da construção da rodovia; Quase sempre é o 
único elemento industrializado no pavimento. 
- Propriedades do asfalto para pavimentação: 
1) Adesivo termoplástico: 
- Passa do estado líquido ao sólido de maneira reversível 
- A colocação no pavimento se dá a altas temperaturas 
- Através do resfriamento, o CAP adquire as propriedades de serviço 
- Comportamento viscoelástico: tráfego rápido -> elástico 
 Tráfego lento -> viscoso 
 Temperatura Viscosidade 
2) Impermeável a água 
3) Quimicamente pouco reativo: 
- Garante boa durabilidade 
- Contato com o ar gera oxidação lenta, que pode ser acelerada por temperaturas 
altas 
- Para limitar risco de envelhecimento precoco: evitar temperatura excessiva de 
usinagem e espalhamento e alto teor de vazios. 
4) Durabilidade 
5) Facilidade de adesão 
6) Propriedades de cimentação 
- Alcatrão: Líquido preto e viscoso que contém hidrocarbonetos e é obtido a partir 
da destilação destrutiva de matéria orgânica(carvão, tufa, madeira), constituindo 
um sub-produto da fabricação do coque e gás. Está em desuso na construção, 
pois o material obtido no processo de produção é cancerígeno. Embora 
apresentem semelhanã na aparência e propriedades com os asfaltos, tem origem 
bastante diferente. 
- Asfaltos oxidados(piches): Utilizados em serviços de impermeabilização, em 
pisos como elemento impermeabilizante e isolante contra umidade, 
componentes de isolamento e degraus. Em telhados e coberturas como 
componente de adesivos impermeabilizantes, elementos de isolamento, selagem 
de juntas e painéis laminados para forro. São empregados, ainda, no fabrico de 
blocos para isolamento acústico, como material de decoração, blocos para 
construção civil, camada isolante em paredes e muros e como componente 
de produtos para preenchimento de juntas . 
- Agente rejuvenescedor: Produtos utilizados para recuperação de asfaltos 
envelhecidos, principalmente em serviços de reciclagem de revestimentos 
asfálticos, em que são misturados ao material asfáltico fresado, 
recuperando parte das propriedades do asfalto original. 
Ligantes Asfálticos 
- Cimento Asfáltico: Mistura química complexa cuja composição varia com o 
petróleo e processo de produção.É classificado pela penetração desde 2005. É um 
material semi-sólido, de cor marrom escura e preta, impermeável, viscoelástico, 
pouco reativo, com propriedades adesivas e termoplásticas. 
Composição química: asfaltenos,maltenos e resinas. 
Matéria prima de asfaltos diluídos, emulsões asfálticas,etc. 
- Asfalto diluídos: Utilizados como imprimação de bases granulares de pavimentos 
para proporcionar coesão e impermeabilidade na superfície dessas bases, sobre 
as quais é feito um revestimento. Diluição de CAP em derivados de petróleo para 
permitir a utilização a temperatura ambiente. 
Cura rápida (CR) – solvente gasolina ou nafta 
Cura média (CM) – solvente querosene 
- Emulsão asfáltica (EAP):Dispersão do CAP em água com o uso de emulsificante e 
energia mecânica. São utilizadas principalmente em serviços de pavimentação 
viária, alternativa ou complementarmente aos asfaltos, devido as suas 
propriedades: facilidade e flexibilidade de aplicação em temperatura ambiente, 
baixo custo de transporte e de estocagem e elevado envolvimento e adesividade 
do asfalto aos agregados úmidos. Identificados pelo tempo de ruptura, pela carga 
da partícula e pela finalidade.Existem emulsões para lama asfáltica e modificadas 
por polímeros. 
DEFORMAÇÕES 
 - Permanente: Ocorre a altas temperaturas, com a influência predominante do 
agregado e influência menor do ligante. 
- Trincas por fadiga: Ocorre a temperaturas intermediárias,com efeito do 
agregado e do ligante. 
- Trincas Térmicas: Ocorre somente em temperaturas bem baixas, com a 
influência predominante do ligante e menor do agregado. 
PAVIMENTO 
Estrutura construída após a terraplenagem, para: 
- Resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais produzidos pelo tráfego 
- Melhorar as condições de rolamento quando a comodidade e segurança 
- Resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a 
superfície de rolamento. 
CAMADAS CONSTITUINTES 
- Camada de regularização: Camada irregular sobre o subleito. Corrige falhas da 
camada final de terraplenagem ou de um leito antigo de estrada de terra. 
- Reforço do Subleito: Quando existente, trata-se de uma camada de expessura 
constante sobre o subleito regularizado. Tipicamente, um solo argiloso de 
qualidades superiores a do subleito. 
- Sub-base: Entre o subleito ( ou camada de reforço deste) e a camada de base. 
Material deve ter boa capacidade de suporte. Previne o bombeamento do solo do 
subleito para a camada de base. 
- Base: Abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia 
as tensões no revestimento e distribui as tensões nas camadas inferiores. 
 As bases podem ser: 
-> Granular: Não tem coesão, não resiste a tração, dilui as tensões de compressão 
principalmente devido a sua espessura. Sem aditivo: solo,solo-brita,brita 
graduada. Com aditivo: solo melhorado com cimento ou cal. 
-> Coesiva: Dilui as tensões de compressão também devido a sua rigidez, 
provocando uma tensão de tração em sua face inferior. Com ligante ativo: solo-
cimento,solo-cal, concreto rolado. Com ligante asfáltico: solo asfalto, macadame 
asfáltico, mistura asfáltica. 
- Camada de asfalto diluído: Aplicada por imprimação,objetivando: garantir uma 
coesão superficial, impermeabilizar e estabeler a ligação entre a camada anterior 
(regularizada, compacta e sem pó solto) ao revestimento asfáltico. 
- Pintura de Ligação: Aplicação de emulsão asfáltica sobre uma base imprimada 
ou revestimento antigo, objetivando garantir sua aderência com o novo 
revestimento a ser construído. 
- Revestimento: A maioria dos pavimentos no Brasil usa-se como revestimento 
uma mistura de agregados minerais de vários tamanhos e várias fontes com 
ligantes asfálticas que, de forma adequadamente proporcionada e processada, 
garantem ao pavimento impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, 
durabilidade, resistência a derrapagem; fadiga e fratura na tração térmica. É 
escolhido de acordo com o clima e o tráfego previsto para o local. Podem ser 
classificados como: 
-> Rígidos: placas de cimento Portland 
-> Semi-rígidos: revestido de camada asfáltica e com base estabilizada 
quimicamente (cal,cimento) 
-> Flexíveis: revestido de camada asfáltica e com base de brita ou solo. Pode ser 
feita de duas maneiras: penetração ( inverta ou direta)ou mistura ( pré-misturado 
a frio, areia-asfalto a frio, pré-misturado a quente, areia-asfalto a quente,concreto 
asfáltico, mistura asfálticas especiais) 
As misturas asfálticas especiais são: 
-> SMA: uso de faixa granulométrica descontínua(grande proporção de agregado 
graúdo), porém de mistura densa, a quente e CAP modificado por polímero. 
Aplicações: vias com alta frequência de caminhões, interseções, em áreas de 
carregamento e descarregamento, em rampas,pontes, paradas de ônibus, pistas 
de aeroporto, estacionamentos,portos. 
Características: boa estabilidade a elevadas temperaturas, boa flexibilidade a 
baixas temperaturas, elevada resistência ao desgaste, elevada adesividade entre 
os agregados minerais e o ligante, boa resistência a derrapagem, redução do 
“spray”, redução do nível de ruído. 
 
 
-> CPA (Camada Porosa de Atrito) : uso de faixa granulométrica aberta e CAP 
modificado por polímero;alto volume de vazios para proporcionar alta 
permeabilidade. Características: reduz o risco de hidroplanagem ou 
aquaplanagem, aumenta a aderência do pneu, reduz as distâncias de frenagem 
sob chuva, reduz os níveis de ruído, aumenta a segurança, diminui o “spray”. 
-> Descontínua densa “gap-graded”: é constituída de faixa granulométrica 
especial (agregado graúdo e miúdo),além de material de enchimento(fíler) e 
ligante asfáltico, que resulta em textura aberta ou rugosa, que tem sido utilizada 
comumente com asfalto-borracha. Utilizada para obtenção de camada de alta 
resistência a deformação permanente e melhoria das condições de aderência em 
pista molhada. Para a execução deve ser realizada: pintura de ligação sobre a 
superfície imprimada e/ou revestida, aquecer o CAP de acordo com a 
recomendação do tipo de asfalto borracha. Não é permitida a execução desse 
serviço em dias de chuva e em temperaturas inferiores a dez graus. 
A mistura asfáltica para o revestimento pode se distinguir: 
-> Quanto ao local de fabricação, como a obtida em usina e a preparada na 
própria pista 
-> Quanto a temperatura de misturação: a quente(uso de CAP) e a frio(uso de 
EAP) 
-> As usinadas podem ser separadas quanto a composição granulométrica:densas, 
abertas ou descontínuas. 
*OBS: Os tratamentos especiais são aplicações de ligantes asfálticos e agregados 
sem mistura prévia na pista, com posterior compactação, que promove o 
recobrimento parcial e a adesão entre agregados e ligantes. Suas funções são: 
proporcionar uma camada rolamento de pequena espessura e alta 
resistência,impermeabilizar e proteger a infra-estrutura.Não corrige 
irregularidades da pista. Para ver os tipos de tratamento, slides 68 a 74, aula 11. 
RECICLAGEM 
Processo de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e deterioradas para 
produção de novas misturas, aproveitando os agregados e ligantes 
remanescentes, através de fresagem, com acréscimo de agentes 
rejuvenescedores, espuma de asfalto, CAP ou EAP novos, quando necessário. 
 
 
 
** Ensaios aula 4

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