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CAMPINA GRANDE 2021 FACULDADE REBOUÇAS DE CAMPINA GRANDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA COMPONENTE CURRICULAR: ESTÁGIO OBSERVACIONAL II – PLANTAS MEDICINAIS TURMA: P4 NOITE DOCENTE: WIDSON SANTOS MAELI PRISCILA GAMA WILLMA GERLANNY ALVES DA SILVA RELATÓRIO DAS VISITAS TÉCNICAS: INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO, JARDIM BOTÂNICO DA UEPB E RAIZEIROS DA FEIRACENTRAL DE CAMPINA GRANDE CAMPINA GRANDE 2021 1. INTRODUÇÃO O ser humano usa as plantas para fins terapêuticos desde a antiguidade, promovendo um saber empírico das espécies medicinais. As plantas medicinais têm uma grande importância na promoção em saúde para várias regiões, além, da sua importância cultural aqui no Brasil. O saber tradicional é importante para ciência por causa dos seus relatos verbais da observação sistemática. O saber da população sobre recursos naturais contribui para construção do conhecimento científico na elaboração de medicamentos fitoterápicos e derivados de plantas medicinais, o uso tradicional pode ser encarado como uma pré- triagem quanto à propriedade terapêutica (ELISABETSKY, 2021). Os fitoterápicos são medicamentos obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, que passa por ensaio pré-clínico e clínico, comprovando sua eficácia. Os produtos tradicionais fitoterápicos exigem a comprovação do uso tradicional efetivo por no mínimo 30 anos, por meio de estudos etnofarmacológicos. A qualidade dos fitoterápicos são determinadas pelas características da matéria prima vegetal, totalmente dependente do manejo, cultivo, colheita, secagem da planta medicinal, armazenamento, embalagem, transporte e sua comercialização, ou seja, é uma tarefa interdisciplinar. (EDUARDO, 2018). A relação solo planta sem dúvida é de extrema importância já que interfere nos passos metabólicos que originam substâncias bioativas (MONTANARI, 2014). O professor Abreu Matos, em 1984, iniciou o projeto Farmácia Viva em Fortaleza -CE, mas logo expandiu para vários municípios do país, o projeto tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população e educar quanto a fase de cultivo das espécies até a produção dos fitoterápicos. O interesse de Matos, foi transformar o conhecimento empírico da população em ciência, devolvendo para população um tratamento terapêutico eficaz. Em 1999, foi implantado as Políticas de Fitoterápicos na Saúde Pública, nesse regulamento foram instituídas as boas práticas de cultivo, manejo, coleta, processamento, armazenamento e dispensação das plantas medicinais, além de, estabelecer os modelos de Farmácias Vivas. A Farmácia Viva é dividida em três modelos. Tipo I: são desenvolvidas as atividades de cultivo, a partir da instalação de hortas de plantas medicinais em unidades de saúde, CAMPINA GRANDE 2021 tornando acessível à população a planta in natura ou mudas e orientações sobre o uso correto da preparação. Tipo II: Além das atividades do tipo I, realiza a dispensação da planta medicinal seca (droga vegetal), fazendo a coleta, higienização e secagem. Tipo III: fornece a população o fitoterápico de acordo com as Boas Práticas de Preparação de Fitoterápicos (BPPF), podendo realizar as atividades do tipo I e II. A preservação dos conhecimentos popular é de grande valia para saúde pública, a diversidade para elaboração de um fitoterápico vai além da prática profissional dos farmacêuticos, é de extrema importância a observação de vários âmbitos distintos para o estudante de farmácia ter conhecimento de todo processo até a elaboração de um fitoterápico e saber que a qualidade do medicamento ou droga vegetal vai além das práticas em um laboratório. O objetivo desse relatório é contextualizar 3 visitas técnicas observacional que objetivou as boas práticas para elaboração de fitoterápicos e como é o processo de elaboração, a importância da Farmácia Viva para população e como o conhecimento popular é importante para a ciência. 2. VISITA TÉCNICA 01: INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRIDO – INSA 2.1. Metodologia 2.1.1. Descrição do local da visita técnica A visita técnica foi realizada no dia 15 de outubro de 2021 às 8:30 no Instituto Nacional do Semiárido (INSA), localizado na Av. Francisco Lopes de Almeida, s/n - Serrotão, Campina Grande – PB. O INSA pertence ao governo federal é uma Unidade de Pesquisa integrante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com enfoque no Semiárido brasileiro, tem por objetivo final o bem da sociedade e em especial o semiárido brasileiro com vistas para a promoção, articulação da ciência, o instituto é o principal refúgio de animais silvestre da região (“INSA” 2021). O INSA possui 600 hectares de planta nativa, no entanto o foco das pesquisas concentra- se nos metabólitos secundários e o teor das substâncias analisadas são influenciadas por fatores como sazonalidade e clima que mudam de acordo com determinada época do ano. CAMPINA GRANDE 2021 Fomos recepcionados por Daniel e Carlos. Daniel é engenheiro agrônomo e cuida da parte agrícola e da apicultura, já Carlos é biólogo, mestre em biotecnologia e cuida de toda parte bioquímica e físico-química. 2.1.2. Descrição do espaço/laboratório visitados Laboratório 1: É uma sala multiusuário que serve como pré-tratamento para escolha dos materiais vegetais que são coletados no campo. Todo o material é enviado para exsicata. A sala tinha dois compartimentos um deles dava acesso ao campo, onde é entregue os materiais e tinha duas estufas para secagem das plantas e um balcão de mármore com uma pia embutida, a sala mais interna tinha dois bocões grandes de mármores no meio da sala, em um dos balcões tinha uma pia embutida e mais outros dois balcões na parede onde tinha em cima moinhos. Laboratório 2: É o laboratório de bioprospecção, essa sala é onde são feitos os extratos vegetais. Há três áreas de pesquisa. 1) Pigmento Natural; 2) Bioinsumos agrícolas (Extração de Nim); 3) Planta Medicinal O laboratório é bem equipado com aparelhos que fazem a extração acelerada por solventes, evaporador racquet, evaporador rotativo para eliminação só do solvente, foi desenvolvido para defender uma abordagem de purificação bioguiada, isolamento sendo guiados por bioextratos. Laboratório 3: É um laboratório também de Bioprospecção onde é feito a seleção dos extratos com os maiores ativos para serem analisados por processos cromatográficos. Primeiro o material passa pelo HPLC analítico e o resultado é mostrado em gráfico onde é identificada a amostra com pico maior no gráfico, se for verificado alguma alteração ou componente não identificado passa pelo HPLC preparativo. CAMPINA GRANDE 2021 Espaço externo: Ambiente com caixas INPA para criação das abelhas canudo, estufas para pitaias, estufa para cactos e um domo geodésico que é um viveiro de produção de mudas de diferentes espécies botânicas. 2.2. Resultados e discussão Com mais de onze mil espécies vegetais catalogadas, o bioma que predomina no semiárido brasileiro é a Caatinga, formada principalmente por leguminosas, gramíneas, euphorbiáceas, bromeliáceas e cactáceas. O INSA age no semiárido brasileiro sob vários aspectos social, cultural, ambiental e econômico, abriga uma diversidade de espécies de cactos bem como espécies raras destes, além de outros vegetais. O clima da região semiárido é caracterizado principalmente pela irregularidade das chuvas e pelas altas taxas de evapotranspiração, no entanto ocorre também o fenômeno das monções torrenciais em curtos períodos que provocam cheias devolvendo a potência da vegetação ajudando a recuperar os reservatórios. (“O Semiárido Brasileiro” 2021). As etapas do cultivo de plantas medicinais envolvem a escolha da espécie a ser cultivada, escolha e preparo da área de cultivo, sistema de cultivo e tratos culturais, colheita secagem e beneficiamento.Como estratégia de tecnologia social foi apresentado pelo professor Carlos o Índigo planta que possui um corante natural usada pela indústria da moda responsável pela tonalidade azul anil em tecidos, sua extração é feita de forma natural, não requer produtos químicos para fixar a cor no tecido; pode produzir tonalidades variadas, ao tingir, produz um tom sólido e estável; resiste à lavagem; não desbota com o sol; não agride o meio ambiente. O preparo da droga vegetal visa o beneficiamento primário algumas etapas devem ser seguidas como o cultivo, coleta, mondagem, secagem e estabilização, rasura, moagem e embalagem, armazenamento e acondicionamento. Quanto aos métodos de extração de plantas, faz-se a retirada dos princípios ativos das drogas vegetais por meio de solventes, em que a planta passa por um processo de secagem, estabilização e moagem. A extração depende de fenômenos de difusão e a renovação do solvente em contato com as substâncias solúveis permitem a dissolução dessas. A secagem é utilizada para a preservação e estoque dos extratos vegetais, o processo consiste em pulverizar o produto CAMPINA GRANDE 2021 líquido dentro de uma câmara submetida a uma corrente controlada de ar quente e água é evaporada acarretando a separação dos sólidos e solúveis contidos. A vantagem dos métodos de secagem de extratos secos inclui a estabilidade química, físico-química e microbiológica sendo mais eficaz quanto para a padronização, sendo destaque para o método spray drying este método refere-se a secagem por nebulização ou por aspersão (Viviane et al., n.d.), (Portal Educacao 2012). A análise fotoquímica das plantas visa conhecer os constituintes químicos e metabólitos secundários, os estudos abrangem a pesquisa de vegetais e não somente plantas medicinais para o desenvolvimento de medicamentos, para conhecer os princípios ativos essenciais na produção de novos fitoterápicos (Portal Educacao 2014). Anexos Figura 2 Evaporador Rotativo, Evaporador Rochet Figura 1 Laboratório Bioprospecção: Coluna cromatográfica, cromatógrafo líquido, HPLC analítico e preparativo CAMPINA GRANDE 2021 Figura 4 Sala Multiusuário: Pré-tratamento dos materiais vindos do campo 3. VISITA TÉCNICA 02: JARDIM BOTÂNICO E FARMÁCIA VIVA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 3.1.Metodologia 3.1.1. Descrição do local da visita técnica A visita ao Jardim Botânico da UEPB aconteceu no dia 28/10/2021 no período da manhã o jardim está localizado às margens do Açude de Bodocongó, na cidade de campina grande /Paraíba em uma área protegida com grupos de plantas vivas, comprovadas cientificamente, organizadas e identificadas com a finalidade de manter a biodiversidade e patrimônio genético, associado ao conhecimento tradicional e de acordo com as políticas públicas em todas as esferas de governo do meio ambiente. Os colaboradores responsáveis por apresentar o espaço foram????? (“Servidores Apresentam Jardim Botânico Da UEPB Em Tribuna Livre Da Câmara Municipal de Campina Grande” 2021). Figura 3 Farmácia Viva CAMPINA GRANDE 2021 3.2. Resultado e discussão O Jardim Botânico da UEPB é o primeiro do país a ser instalado em bioma de caatinga, conta com ricas espécies vegetais e tem como função básica a conservação, investigação e educação ambiental. Ao chegar no local fomos recepcionados por Antônia, ela mostrou as plantas vivas que são dispostas em canteiros, o primeiro local visitado foi onde as plantas germinam, onde deram o nome de maternidade, nesse lugar é onde tudo começa. Para que uma planta cresça bem e saudável é preciso que o local de cultivo tenha condições ideais para seu desenvolvimento, no jardim botânico o local de cultivo era isolado de áreas que podem contaminar as plantas, como esgotos e fossas, com água disponível de boa qualidade e exposição ao sol. Quando as plantas germinam e estão no tamanho ideal passam por repicagem é o transplantio de uma mudinha de um local para o outro, as condições de solo precisam ser favoráveis para sua germinação e repicagem, a planta precisa ser nutrida, a adubagem é de suma importância e no jardim botânico usa adubo orgânico, esterco bovino. Na visita verificamos forma de propagação tanto sexuada como assexuada, sendo que a ênfase maior deste tipo de propagação foi para a forma assexuada em que a propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas originando clones idênticos da planta mãe. A farmácia viva que vimos no Jardim botânico é do tipo 1, foi instituída segundo a portaria nº886, de 20 de abril de 2010, essa portaria institui a farmácia viva no âmbito do sistema único de saúde (SUS). Visando o cultivo, processamento e distribuição a farmácia viva tipo 1 é a planta in natura, sendo essencial para o cultivo e para o programa o referenciamento pelo município com mudas validadas, e o registro seja feito em herbários oficiais. Para o fornecimento de mudas e de plantas medicinais frescas é feito um cadastro dos usuários que desejarem adquirir as amostras, sendo as duas primeiras mudas entregues de forma gratuita e as demais são disponibilizados para a população com um valor irrisório que são revertidos para a manutenção do jardim botânico. CAMPINA GRANDE 2021 Anexos Figura 7 Farmácia viva: Berçário/ Horto Figura 8 Repicagem de plantas Figura 6 Sementeiras/germinação Figura 5 Pata de vaca CAMPINA GRANDE 2021 4.VISITA TÉCNICA Nº 03: RAIZEIROS DA FEIRA CENTRAL 4.1 Metodologia Visita técnica a um ervanário escolhido pelo docente na Feira Central de Campina Grande para entrevistar um raizeiro. 4.1.1 Descrição do local da visita técnica A Feira Central de Campina Grande está localizada no centro da cidade com mais de seis quilômetros espalhados por ruas, becos, ladeiras e avenidas, existe desde o tempo que Campina Grande ainda era a Vila Nova da Rainha. Ao longo dos séculos foi crescendo e hoje encontramos lojas e barracas de frutas, legumes, carnes, roupas, brinquedos, barbeiros, bares, lanchonetes, raizeiros, entre outros. Quase metade dos ervanários da cidade atuam na Feira Central, funcionando quase toda semana, barracas em ruas estreitas e lojas pequenas são bem procuradas, por causa do baixo custo dos produtos, os ervanários têm um fluxo grande, já que uma parte da população, principalmente a mais velha, tenta em primeira instancia um tratamento terapêutico natural e barato. O ervanário visitado foi em uma barraca bem-organizada e limpa, com temperos, ervas, xaropes e raízes disposto em cima de um balcão de madeira, o teto coberto com uma lona. Os produtos separados por categorias, em uma parte estava os xaropes, em outra as drogas vegetais separadas dentro de saco plástico médio, as raízes estavam todas em um mesmo lugar cada porção de raiz tinha aproximadamente 15g enrolada com uma liga para não misturar com outras espécies, os temperos separados em potes de plástico pequeno com seus nomes no pote e com tampa. 4.1.2 Planta medicinal (ou preparação) selecionada A planta escolhida para entrevista foi a papaconha, Hybanthus calceolaria, muito procurada para bebês que estão com a gengiva inflamada por causa da primeira dentição, CAMPINA GRANDE 2021 a parte utilizada é a raiz, além de ação anti-inflamatória a papaconha serve para vermes e tosse. O chá da raiz é feito através de decocção e é indicado para inflamação, para verme é misturado a raiz com leite de vaca e para tosse é misturada a raiz com outras drogas vegetais e raízes como o jatobá, cumaru, angico. Deve ser utilizada 2 vezes por dia uma colher de chá, não tem contraindicações. 4.1.3 Entrevista Apenas um raizeiro na Feira Central de Campina Grande foi entrevistado, as perguntas foram voltadas ao conhecimento e percepção do comerciante sobre as plantas medicinais, manuseio, forma de preparação,ação terapêutica, relação do vendedor e comerciante, posologia e as plantas mais procuradas. Zé, o raizeiro entrevistado tem 38 anos, seu conhecimento foi passado de gerações, ele cresceu no interior da Paraíba com uma família com grande sabedoria agrícola, seu pai passou para ele grande parte do seu conhecimento e há 18 anos Zé, administra o ervanário na Feira Central, mas seu conhecimento não se limitou apenas nos ensinamentos do seu pai ele também usou outras formas de saberes a cerca de plantas medicinais. A maioria das plantas medicinais comercializada em seu ervanário é comprado de terceiros, ele cultiva em seu sítio algumas plantas como as raízes, os xaropes também é ele que faz, mas as drogas vegetas ele compra de terceiros, a droga vegetal chega em grande quantidade onde ele separa e verifica antes se tem alguma impureza para eliminar e assim colocar as plantas em potes ou em sacos de plástico. Segundo Zé, as ervas mais procuradas pelos clientes são a erva-doce, camomila, boldo e canela. A erva-doce, Pimpinella anisum, possui ação anti-inflamatória, contra tosse, gripe, resfriado, catarro, coriza, má digestão, a camomila, Matricaria chamomilla, tem propriedade antiespasmódica, anti-inflamatória, carminativa, ansiolítica, cicatrizante, antibacteriana, calmante e analgésica, o boldo, Peumus boldus, melhora a má digestão, auxilia no tratamento de gastrite, tem ação antioxidante, melhora a ressaca, a canela, Cinnamomum verum, tem propriedades consideradas antioxidantes, anti-inflamatórias, antibacterianas, antivirais, antifúngicas, antiespasmódicas, anestésicas e probióticas. CAMPINA GRANDE 2021 Zé conhecia cada produto do seu ervanário, sabia suas indicações terapêuticas, que são bem parecidas com a literatura cientifica trás. A vontade de trabalhar com as plantas a princípio nasceu com uma ideia lucrativa, mas ele sente-se gratificado em poder ajudar ao próximo com seu conhecimento. 4.2 Resultados e discussão Os raizeiros possuem uma cultura popular e conhecimento admirável, são importantes fontes de informações sobre plantas medicinais, eles conseguem unir cultivo, produção, posologia, ação terapêutica, esses conhecimentos precisam ser valorizados e preservados. A população brasileira frequentemente utiliza saberes populares para auxiliar na cura de várias doenças, mas assim como as plantas têm suas propriedades benéficas elas também podem ser toxicas, doses corretas precisam ser passadas de uma forma certeira. A planta escolhida para entrevista, papaconha, Hybanthus calceolaria, é pouco estudada, com poucas evidências cientificas, poucos artigos mostram suas ações terapêuticas, mas os poucos artigos condizem com os ensinamentos passados pelo raizeiro. A Hybanthus calceolaria, popularmente conhecida como ipeca-branca, poaia-branca, ipecacuanha-branca, papaconha, pepaconha, da espécie herbácea, cresce de 10-30 cm de altura, da família Violacea, suas raízes são empregadas em decoctos, infusos e xaropes como purgativo (amebicida), expectorante (SILVA et al, 2011), contra vermes, infecções genitais (IST), doenças de pele, laxante, dentição, feridas na boca (SARAIVA et al., 2015). Na literatura cientifica não foi encontrado modo de preparo, posologia ou contraindicações, apenas alguns artigos mostrando que a Hybanthus calceolaria, é uma planta toxica para os gados (CARVALHO et al., 2014). ANEXOS CAMPINA GRANDE 2021 Figura 9 Raízes dispostas no balcão de madeira Figura 10 Drogas vegetais e condimentos dispostos no balcão de madeira Figura 11 Drogas vegetais em sacos plásticos CAMPINA GRANDE 2021 Figura 12 Raiz da papaconha 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS As vistas técnicas mostraram a importância do manuseio das plantas medicinais para sua boa eficácia, a importância da junção da ciência com os saberes empíricos da população, foi de grande valia verificar na pratica as informações trazidas nas aulas teóricas. Os centros de pesquisas desempenham papel importante para confirmar os saberes da população e decifrar algumas teorias, o jardim botânico ajuda na conservação e educação, o conhecimento disseminado nos mercados públicos precisa ser conservado e a junção de conhecimentos só gera benefícios para população. REFERÊNCIAS “O Semiárido Brasileiro.” 2021. Ministério Da Ciência, Tecnologia E Inovações. 2021. https://www.gov.br/mcti/pt-br/rede-mcti/insa/semiarido-brasileiro. CARVALHO, Fabricio K. L. et al.; Hybanthus calceolaria poisoning in cattle, 2014. EDUARDO, S. A regulação, o controle de qualidade e o setor primário da cadeia produtiva de fitoterápicos. Fiocruz.br, 2018. ELISABETSKY, E. Etnofarmacologia. Ciência e Cultura, v. 55, n. 3, p. 35–36, 2021. CAMPINA GRANDE 2021 https://uepb.edu.br/servidores-apresentam-jardim-botanico-da-uepb-em-tribuna-livre- da-camara-municipal-de-campina-grande/. MONTANARI, Ilio Jr. Domesticação de Plantas Medicinais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE OLERICULTURA, 53. Anais. Palmas: ABH. 2014. Portal Educacao. 2012. “Portal Educação - Artigo.” Portaleducacao.com.br. 2012. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/os-metodos-de- extracao-de-material-vegetal/21811. Portal Educacao. 2014. “Portal Educação - Artigo.” Portaleducacao.com.br. 2014. Viviane, Aline, Jean Souza, Fernandes Felipe, Beatriz Jéssica, Poliana Tralli, Galvão, Maria Angélica, and Marques Pedro. n.d. “AUTORES RESUMO PALAVRAS- CHAVE APLICAÇÃO DA SECAGEM POR SPRAY DRYING PARA a PRODUÇÃO de EXTRATOS VEGETAIS SECOS.”
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