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EO - Ciências Humanas_VOLUME3

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1
Caro aluno 
O Hexag Medicina é, desde 2010, referência na preparação pré-vestibular de candidatos às 
melhores universidades do Brasil.
Ao elaborar o seu Sistema de Ensino, o Hexag Medicina considerou como principal diferen-
cial em relação aos concorrentes sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas 
e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado.
Você está recebendo o livro Estudo Orientado. Com o objetivo de verificar se você aprendeu 
os conteúdos estudados, este material apresenta nove categorias de exercícios:
• Aprendizagem: exercícios introdutórios de múltipla escolha para iniciar o processo de fixa-
ção da matéria dada em aula. 
• Fixação: exercícios de múltipla escolha que apresentam um grau de dificuldade médio, 
buscando a consolidação do aprendizado. 
• Complementar: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade. 
• Dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais ves-
tibulares do Brasil. 
• Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, 
preparando o aluno para esse tipo de exame. 
• Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios de múltipla escolha das universi-
dades públicas de São Paulo. 
• Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios dissertativos da segunda fase 
das universidades públicas de São Paulo 
• Uerj (exame de qualificação): exercícios de múltipla escolha que possibilitam a consolida-
ção do aprendizado para o vestibular da Uerj. 
• Uerj (exame discursivo): exercícios dissertativos que possibilitam a consolidação do apren-
dizado para o vestibular da Uerj.
Visando a um melhor planejamento dos seus estudos, os livros de Estudo Orientado rece-
berão o encarte Guia de Códigos Hierárquicos, que mostra, com prático e rápido manuseio, 
a que conteúdo do livro teórico corresponde cada questão. Esse formato vai auxiliá-lo a 
diagnosticar em quais assuntos você encontra mais dificuldade. Essa é uma inovação do 
material didático 2020. Sempre moderno e completo, trata-se de um grande aliado para seu 
sucesso nos vestibulares.
Bons estudos!
Herlan Fellini
2
SUMÁRIO
HISTÓRIA
HISTÓRIA GERAL
HISTÓRIA DO BRASIL
Aulas 17 e 18: Renascimentos Cultural e Científico 4
Aulas 19 e 20: Reforma e Contrarreforma 20
Aulas 21 e 22: Antigo regime: mercantilismo e absolutismo 34
Aulas 23 e 24: Absolutismo inglês e revoluções inglesas do século XVII 48
Aulas 25 e 26: Iluminismo 64
Aulas 17 e 18: Primeiro Reinado (1822-1831) 80
Aulas 19 e 20: Regência (1831-1840) e Segundo Reinado: política interna (1840-1889) 96
109
127
145
160
170
188
199
212
226
239
246
262
Aulas 21 e 22: Segundo Reinado: políticas externa e economia 
Aulas 23 e 24: Crise do império 
Aulas 25 e 26: República da Espada 
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA 1
Aulas 17 e 18: Domínios morfoclimáticos II 
Aulas 19 e 20: Problemas ambientais do Brasil 
Aulas 21 e 22: Protocolos e conferências para o meio ambiente 
Aulas 23 e 24: 
Aulas 25 e 26: 
GEOGRAFIA 2
Aulas 17 e 18: ordem mundial 
Aulas 19 e 20: 
Aulas 21 e 22: 
Aulas 23 e 24: 
Aulas 25 e 26: 276
3
HISTÓRIA GERAL
4
 RENASCIMENTOS CULTURAL E CIENTÍFICOAULAS 
17 E 18
E.O. APRENDIZAGEM
1. (UEPA) As crenças de navegadores portugueses e es-
panhóis dos séculos XV e XVI, inspiradas na teologia 
medieval, de que o Paraíso estava ao alcance dos ho-
mens, embora em lugar ainda desconhecido, estimula-
ram as viagens de “descobertas” que incorporaram o 
Novo Mundo ao espaço geográfico das terras conheci-
das pelos europeus. As pistas desta mentalidade estão 
em obras filosóficas e literárias da Antiguidade Greco-
-Romana e de autores humanistas, além de novelas de 
cavalaria. O conteúdo destas obras fazia parte do patri-
mônio intelectual europeu de fins da Idade Média e for-
neceu o quadro mental a partir do qual foram escritas 
as obras de viajantes europeus que vieram à América 
no século XVI. A busca do paraíso terrestre, quando da 
expansão marítima europeia voltada para a descoberta 
de novas rotas de comércio com o Oriente, significou: 
a) a ruptura entre a mentalidade medieval e aquela 
do Renascimento. 
b) a permanência de elementos da mentalidade me-
dieval no período inicial do Renascimento. 
c) a confirmação dos relatos bíblicos, que podiam ser 
constatados com as navegações. 
d) a correspondência entre as crenças europeias e os 
mitos indígenas do Novo Mundo. 
e) o uso da justificativa religiosa para o financiamento 
das navegações pelas Coroas Ibéricas. 
2. (UEPA) O teólogo humanista Tomas Morus publicou 
em 1516 aquele que seria um dos mais importantes 
livros de todos os tempos. Trata-se de uma descrição 
conjectural de um não lugar, numa ilha do Atlântico Sul, 
com uma baia esplendorosa e ao fundo uma cadeia de 
montanhas. Ali viveria um povo diferente: homens e 
mulheres solidários uns aos outros, sem diferenças so-
ciais ou econômicas decidindo os assuntos políticos em 
coletivo. De onde Morus havia tirado as informações? 
No prólogo, ele relata que conversara com marinheiros 
irlandeses que haviam estado no Brasil e lhe contado 
detalhes sobre o povo que lá vivia: eram os tupinambás. 
Foi esse povo o modelo para a obra que irá influenciar 
todo um sonho do Ocidente. 
GOMES, MÉRCIO PEREIRA. BOM SELVAGEM, MAU SELVAGEM. REVISTA DE 
HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. ANO 8/N° 91/ABRIL 2013. P.34).
Identifique, nas alternativas abaixo, a obra e o período 
histórico a que o texto se refere. 
a) Elogio da Loucura que, junto com Ensaios, iniciava 
a época do Renascimento, cujas origens localizam-se 
na Itália, mas que ganha uma grande projeção em 
Portugal e Espanha, a partir do momento que esses 
dois países se projetam nas grandes navegações. 
b) Utopia, escrito no período de transição entre o 
chamado Medievo e os tempos Modernos, quando 
muitas mudanças ocorrem não só na percepção do 
espaço geográfico, como também por acontecimen-
tos que apontam para mudanças culturais, pregadas 
inicialmente pelos humanistas. 
c) Gargântua e Pantagruel que, escrito inicialmen-
te em francês, ganha notoriedade quando ocorre a 
Reforma e seu conteúdo passa a se constituir como 
modelo de sociedade a ser construída por essa nova 
doutrina religiosa. 
d) Ensaios, que ganhou projeção após seu autor ter 
sido condenado e morto pela Inquisição num mo-
mento em que a Igreja Católica, sentindo-se ameaça-
da pela Reforma, passa a combater de forma drástica 
ideias que apresentassem modelos que se contrapu-
nham à teologia católica. 
e) Utopia, escrita em inglês inicialmente e logo pu-
blicada em diversos idiomas devido à projeção que 
ganham os livros em função da invenção da impren-
sa, o que provoca na sociedade europeia da época o 
desejo de se aventurar por além-mar em busca desse 
lugar em que o ser humano era valorizado. 
3. (UPE) Que obra de arte é o homem! Que nobre na 
razão, que infinito nas faculdades, na expressão e nos 
movimentos, que determinado e admirável nas ações; 
que parecido a um anjo de inteligência, que semelhante 
a um deus! 
(SHAKESPEARE, WILLIAM. HAMLET. SÃO PAULO: 
ABRIL CULTURAL, 1976. P. 87.) 
Partindo da análise da fala da personagem shakespea-
riana, assinale a alternativa que a associa às caracterís-
ticas do Renascimento Cultural. 
a) A fala de Hamlet ilustra o teor teocêntrico do Re-
nascimento ao associar o homem a anjos e deuses. 
b) O texto apresenta Deus como centro do universo 
ao explorar a semelhança entre o homem e o divino. 
c) Hamlet apresenta o homem como uma obra-pri-
ma nata, dialogando com a perspectiva filosófica do 
empirismo. 
d) O texto explora o hedonismo ao destacar o homem 
como “infinito nas faculdades, na expressão e nos 
movimentos”. 
COMPETÊNCIAS: 4 e 8 HABILIDADES: 13, 15, 16 e 28
5
e) Hamlet apresenta um elogio ao homem, ilustrando 
o antropocentrismo característico do Renascimento 
Cultural. 
4. (UFRGS) Os humanistas dos séculos XV e XVI procu-
raram validar os modelos antigos nas artes, na filosofia, 
na política, na literatura,desviando-se das derivações 
medievais. Nesse sentido, as inovações do Renascimen-
to podem ser definidas como retomada de concepções 
antigas e criações inéditas. Considere os seguintes au-
tores e respectivas obras. 
I. Maquiavel e a obra O Príncipe – Thomas Morus e a 
obra Utopia 
II. Montaigne e a obra Ensaios – Rousseau e a obra O 
contrato social 
III. Da Vinci e a obra Mona Lisa – Michelângelo e a obra 
Moisés 
Quais são desse período? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e II. 
e) Apenas I e III. 
5. (Uepa) Produzir e divulgar livros em Portugal, no 
século XV, estava longe de ser uma tarefa tranquila. 
Em 1451, no mesmo ano em que Johannes Gutenberg 
(1400-1468) revolucionava a Europa com a prensa 
mecânica, o rei Afonso V (1432-1481) promulgava um 
alvará mandando queimar livros falsos ou heréticos, di-
fundidos ainda como manuscritos. Foi sob este clima de 
forte repressão cultural que o país adotou a tipografia, 
por volta de 1490. Durante o reinado de D. Manuel I, en-
tre 1495 e 1521, o ofício ganhou impulso, graças à ação 
empreendedora de Valentin Fernandes, um alemão de 
nome lusitano. Essa expansão, porém, não significou o 
fim da repressão. 
ZILBERMAN, REGINA. LETRAS ENTRE A CRUZ E A ESPADA. 
IN: REVISTA HISTÓRIA. ANO 2, Nº 19, 2005, P.68.
A censura à publicação de livros no Império Português 
do século XVI, no contexto de expansão da arte tipográ-
fica na Europa, se explica pelo fato de(a): 
a) difusão das ideias humanistas através de obras de 
grande tiragem produzidas por escritores renascentis-
tas portugueses como Luís de Camões e Gil Vicente, 
ferozes opositores da doutrina católica. 
b) preocupação geopolítica de controlar a difusão de 
ideias religiosas e políticas nas colônias americanas, 
de modo a conter a notória expansão religiosa pro-
testante na América Portuguesa, como ocorreu com a 
instalação da França Antártica. 
c) criação da tipografia ser avaliada pelo Tribunal do 
Santo Ofício como uma ameaça ao domínio ideológi-
co católico na Península Ibérica, já abalado pela forte 
presença religiosa islâmica. 
d) nova tecnologia ser vista pelo estado português 
de forma ambivalente: tanto como revolução cultural 
quanto como instrumento de subversão dos princí-
pios morais da sociedade civil e religiosa. 
e) invenção dos tipos móveis ter sido feita por um 
alemão protestante, o que assinalava o perigo do do-
mínio político-religioso alemão da nova tecnologia, 
num contexto de disputa por espaços coloniais entre 
as potências europeias. 
6. (UCS) Sobre as características do Renascimento, mo-
vimento artístico, cultural e intelectual que atingiu seu 
apogeu nos séculos XV e XVI, é correto afirmar que 
a) defendia ser Deus o centro de tudo e que a fé se 
sobrepunha à razão. 
b) pregava a democratização do saber letrado como 
uma forma de diminuir a distância entre os morado-
res do campo e da cidade. 
c) se contrapôs ao modelo medieval, procurando 
enaltecer o individualismo, o nacionalismo e a fé. 
d) tinha como fundamentos a retomada dos valores 
clássicos (greco-romanos), o antropocentrismo e o 
racionalismo. 
e) defendia a crença inabalável na fé e se contrapu-
nha à existência de leis naturais regendo a dinâmica 
do progresso. 
7. (Espcex) “A partir do século XI, a Europa Ocidental foi 
palco de uma série de mudanças: crescimento da popula-
ção, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, 
intensificação do comércio entre o Ocidente e o Oriente 
e ascensão da burguesia (mercadores, armadores, ban-
queiros). Todas essas mudanças inspiraram uma nova vi-
são do mundo, da arte e do conhecimento, impulsionan-
do, assim, um movimento de grande renovação cultural, 
único na história do Ocidente: o Renascimento.” 
BOULOS JR, 2011 
São características do Renascimento: 
a) antropocentrismo e misticismo. 
b) hedonismo e antropocentrismo. 
c) teocentrismo e individualismo. 
d) teocentrismo e nacionalismo. 
e) misticismo e hedonismo. 
8. (UEPB) Das universidades medievais italianas surgi-
ram duas práticas culturais que teriam impacto na for-
mação de estudiosos: o estudo vernacular, a língua pró-
pria de um lugar, e a prática da retórica (...). Os letrados 
italianos, como Petrarca e Leonardo Bruni, defendiam o 
uso do próprio idioma para se expressar, e não a língua 
oficial da cristandade, o latim. A utilização de uma lín-
gua própria estimulava a adoção de expressões da par-
ticularidade de cada local, criando um estilo próprio e 
negando a padronização feita por outros (...). A retórica 
tinha a função de educar e persuadir. O ato de estudar 
e debater levava à reformulação dos pensamentos e à 
capacidade de expressar ideias publicamente.” 
JOSÉ A. DE FREITAS NETO E CÉLIO RICARDO TASINAFO. HISTÓRIA 
GERAL E DO BRASIL. SÃO PAULO: EDITORA HABRA, P. 168.
O texto oferece subsídios para compreensão: 
a) do liberalismo
b) do medievalismo
6
c) do catolicismo
d) do culturalismo
e) do humanismo
9. (PUC)
A imagem acima, “A Escola de Atenas”, é considerada 
uma das maiores obras de arte renascentista. Foi elabo-
rada sob a forma de afresco, realizado entre os anos de 
1506 e 1510, sob encomenda do Vaticano para ornar um 
dos aposentos do palácio principal. Rafael Sanzio soube 
representar de modo magistral o espírito de sua época. 
No centro do afresco, as figuras dos filósofos Platão e 
Aristóteles bem como de outros sábios da Antiguidade. 
Considerando o contexto histórico retratado na obra 
e as proposições que se seguem, marque a alternativa 
CORRETA. 
I. A realização da grandiosa obra foi em parte possível 
pela prática do mecenato, que propiciava ao artista as 
condições materiais para a produção de obras de arte e 
de inventos científicos. 
II. A técnica da perspectiva, a valorização do volume 
dos corpos pelo contraste claroescuro, e a utilização, 
no original, de cores vivas revelam a preocupação em 
representar as pinturas da forma mais realista possível. 
III. Apesar da crença em um conhecimento racional do 
mundo, os intelectuais desse contexto acreditavam na 
existência de Deus, que dotou o homem de raciocínio 
para desvendar as leis do universo.
IV. Os intelectuais renascentistas buscaram inspiração 
nos padrões estéticos e nos conhecimentos produzidos 
pelos clássicos greco-romanos da Antiguidade.
a) I, II, III e IV.
b) I e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) I e III, apenas.
E.O. FIXAÇÃO
1. (UEPB) O olhar que os europeus tinham sobre o mundo 
medieval mudou com o advento do chamado mundo mo-
derno, devido à inserção de novos elementos, tais como: 
a) A presença dos cavaleiros, a economia autossufi-
ciente, a força dos artesãos e o teocentrismo.
b) A presença dos cavaleiros, o pensamento humanis-
ta; a contrarreforma católica e a descentralização do 
poder político.
c) O teocentrismo, a presença do Estado Moderno e 
as reformas religiosas, e o tribunal de Inquisição.
d) A imprensa como espaço de divulgação do pensa-
mento teocêntrico, a descentralização do poder polí-
tico e a Guerra dos Cem Anos.
e) A descoberta do Novo Mundo, a presença de novos 
atores sociais como a burguesia e a utilização da bús-
sola, da pólvora e da imprensa. 
2. (PUC) A renovação literária que se verifica no norte 
da Itália no século XIV, com as obras de Dante Alighie-
ri (1265-1321), Francesco Petrarca (1304-1374) e Gio-
vani Boccaccio (1313-1375), é considerada um marco 
para o chamado Renascimento Cultural. Produzindo 
obras de transição para a cultura renascentista, esses 
autores NÃO:
a) glorificavam as conquistas humanas. 
b) utilizavam uma linguagem popular. 
c) ironizavam a moral corrente. 
d) criticavam a cultura medieval. 
e) ignoravam a temática religiosa. 
3. (UPE) Analise a imagem a seguir: 
O quadro O nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli, 
é uma das grandes realizações da arte renascentista.
Sobre essa obra e seu contexto histórico, assinale a al-
ternativa CORRETA.
a) A temática pagã da obra, baseada na mitologia gre-
co-romana, constituiu-se numa ousadia que destoava 
do restante da produção artísticado Renascimento.
b) A nudez representada no quadro também aparece em 
obras de outros artistas da época, como Michelangelo.
c) Botticelli, personagem símbolo do ideal humanista, 
também foi arquiteto, engenheiro, músico e poeta.
d) O nascimento de Vênus, assim como a Última Ceia 
de Da Vinci, é uma pintura de temática bíblica.
e) Botticelli destacou-se por sua produção em escultura.
4. (UEMG) As transformações históricas geralmente não 
acontecem de forma repentina; elas se dão de forma 
gradual, com o passar dos anos, décadas ou séculos. Se 
levarmos em consideração as mudanças culturais, as 
transformações são ainda mais demoradas. No período 
medieval, não foi diferente: as mudanças culturais co-
meçaram a ser percebidas nos dois séculos anteriores. 
7
Sobre esse assunto, leia a passagem seguinte: 
“Mas o novo humanismo era, mais geralmente, um hu-
manismo cristão. «Somos anões empoleirados nos om-
bros de gigantes»: esta fórmula de Bernard de Chartres 
(cerca de 1130), muitas vezes repetida, ilustra a exten-
são da dívida que os espíritos mais sérios da época re-
conheciam ter para com a cultura clássica”. 
BLOCH, MARC. A SOCIEDADE FEUDAL. LISBOA: EDIÇÕES 70, 1979, P.135. 
Segundo o relato de Marc Bloch sobre o pensamento de 
Bernard de Chartres, é CORRETO afirmar: 
a) A sociedade do tempo de Chartres, após as desco-
bertas dos originais gregos, via-se como independen-
te das influências clássicas. 
b) Faziam parte do contexto da época de Chartres a 
mediocridade dos intelectuais que lhe foram contem-
porâneos e a supremacia da mentalidade grega. 
c) Todo o universo acadêmico estava dedicado a su-
plantar suas heranças passadas, motivo pelo qual os 
intelectuais contemporâneos a Chartres dedicavam-
-se ao estudo dos clássicos. 
d) Os intelectuais da geração de Chartres são gratos 
aos clássicos, pois, com suas obras em mãos, podiam 
perceber a magnitude de seus conceitos. 
5. (UFRN) Os historiadores fazem distinção entre o perí-
odo medieval e a modernidade na Europa Ocidental. As 
imagens a seguir evidenciam essa nova concepção de 
mundo, característica da modernidade. 
SISTEMA COPERNICANO, DE ANDREAS CELLARIUS.
HOMEM VITRUVIANO, DE LEONARDO DA VINCI.
Essas imagens remetem a aspectos da mentalidade do 
mundo moderno, que era caracterizado:
a) pela reafirmação da visão aristotélica do universo 
e do homem, afirmando um padrão de círculos perfei-
tos no movimento dos astros. 
b) pela subordinação à visão clerical, que valorizava 
a iluminação divina para chegar à verdade sobre o 
homem, a mais perfeita realização de Deus.
c) por um esquema do universo baseado no modelo 
heliocêntrico e por uma exaltação das capacidades 
humanas para chegar à verdade. 
d) por um ideal que partia da valorização do homem e, 
por consequência, via a Terra como centro do universo.
6. (PUC) Os humanistas e artistas do Renascimento ita-
liano apregoavam a “volta aos Antigos” como funda-
mento de suas ações no presente.
Assinale a alternativa que expressa o que era entendido 
por “volta aos Antigos”.
a) Dar continuidade ao pensamento medieval, em 
particular aos preceitos da Escolástica que apregoava 
a conciliação da fé cristã com a razão fundada na 
tradição grega de Platão e Aristóteles.
b) Tomar como fundamento exclusivamente as Escri-
turas Sagradas – o Antigo e o Novo Testamento – na 
medida em que as formas culturais deveriam estar a 
serviço da religião.
c) Inspirar-se na arte e na cultura da civilização greco-
-romana que teria sido desvalorizada pelo pensamen-
to medieval, o qual limitava a liberdade do indivíduo.
d) Imitar fielmente as atitudes dos homens da anti-
guidade, em seu modo de escrever, falar, esculpir, pin-
tar, construir, se vestir, entre outras. Assim, sentiam-se 
alcançando as glórias do passado.
e) Reagir ao movimento que defendia a autoridade 
do presente em relação ao Antigo e exigia uma rup-
tura total com o passado.
IMAGEM PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
7. (UEL) A figura acima se insere em um momento histó-
rico marcado por inúmeras transformações científicas, 
tecnológicas e culturais. 
Com base nessas transformações e nos conhecimentos 
sobre cultura e ciência na Idade Moderna, considere as 
afirmativas a seguir. 
I. A imprensa de tipos ou caracteres móveis restringiu 
a disseminação das informações científicas e culturais 
por meio da censura realizada pelo aparato estatal. 
II. Por meio do ensino do latim e da autorização da inter-
pretação dos dogmas pelos fiéis, a Igreja Católica disse-
minou os conhecimentos bíblicos para a população. 
8
III. O método científico baseado na experiência, na ob-
servação e na verificação buscou as regularidades, esta-
belecendo certezas científicas sobre a natureza. 
IV. Os Bizantinos e os Islâmicos preservaram os valores 
clássicos da cultura greco-romana, e o antropocentris-
mo constituiu-se em um modelo de proporções exatas. 
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
8. (UPE) Quais características do Renascimento estão 
presentes na obra?
a) A filosofia Escolástica e a Patrística
b) A exaltação a Deus e o Teocentrismo
c) A misoginia e a exaltação do masculino
d) O Orientalismo e as influências chinesas
e) O Humanismo e a retomada de temas clássicos
9. (ESPM) Que obra de arte é o homem: tão nobre no 
raciocínio; tão vário na capacidade; em forma de mo-
vimento, tão preciso e admirável, na ação é como um 
anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do 
mundo, o exemplo dos animais. 
(WILLIAN SHAKESPEARE. HAMLET) 
Pois o Senhor reinará na terra com seus santos, como 
dizem as escrituras, e nela terá sua Igreja, na qual ne-
nhum mal penetrará, afastada e pura de toda a mancha 
do mal. A Igreja se revelará então com grande clareza, 
dignidade e justiça. Então não haverá prazer em enga-
nar, em mentir, em ocultar o lobo sob a pele da ovelha. 
(SANTO AGOSTINHO. A CIDADE DE DEUS) 
Os textos permitem constatar o contraste de diferentes 
concepções entre a renascença e a mentalidade me-
dieval. A alternativa que apresenta o contraste que os 
textos revelam é: 
a) humanismo × laicismo;
b) individualismo × coletivismo;
c) antropocentrismo × teocentrismo;
d) hedonismo × misticismo;
e) naturalismo × dogmatismo.
E.O. COMPLEMENTAR 
1. (UFMG) “Que obra de arte é o homem: tão nobre no 
raciocínio, tão vário na capacidade; em forma o mo-
vimento, tão preciso e admirável; na ação é como um 
anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do 
mundo, o exemplo dos animais.” 
(SHAKESPEARE, WILLIAM. HAMLET.) 
O valor renascentista expresso nesse texto é: 
a) o antropomorfismo. 
b) o hedonismo. 
c) o humanismo. 
d) o individualismo. 
e) o racionalismo. 
2. (UEL) A arte renascentista, de uma forma geral, se 
caracterizou pela 
a) representação abstrata do mundo. 
b) estreita relação entre arte-romantismo-melancolia. 
c) representação cubista da ideia de Deus. 
d) aproximação entre arte-pesquisa-inovações técnicas. 
e) valorização estética dos afrescos da antiguidade 
egípcia. 
3. (FEI) As principais características do Renascimento 
foram: 
a) teocentrismo, realismo e intensa espiritualidade; 
b) romantismo, espírito crítico em relação à política, 
temas de inspiração exclusivamente naturalistas; 
c) ausência de perspectiva e adoção de temas do co-
tidiano religioso, tendo como foco apenas os valores 
espirituais; 
d) uso de temas ecológicos evidenciando a preocu-
pação com o meio ambiente, execução de variados 
retratos de personalidades da época. 
e) antropocentrismo, humanismo e inspiração greco-
-romana. 
4. (Unitau) Durante o Renascimento, houve um notável 
desenvolvimento da produção literária, além das artes 
plásticas. Indique a alternativa em que obra e autor es-
tão corretos: 
a) O príncipe − Shakespeare 
b) Dom Quixote − Miguel de Cervantes 
c) Os Lusíadas − Erasmo de Rotterdan 
d) Hamlet −Dante Alighieri 
9
e) Utopia − François Rabelais 
5. (UFPE) Sobre o Renascimento, pode-se afirmar:
a) pode ser visto como uma revolução religiosa, resul-
tado das profundas transformações que ocorreram na 
transição entre o feudalismo e o capitalismo;
b) Florença e Roma, Pequim e Bagdá foram centros 
de irradiação do movimento renascentista; 
c) o Renascimento valorizava o anonimato e fortale-
cia o sentimento nacionalista; 
d) o Renascimento foi um movimento artístico, literá-
rio e científico defensor do humanismo, baseado no 
antropocentrismo e no espírito crítico em oposição ao 
teocentrismo; 
e) o Renascimento fez renovar toda tradição islâmica 
da península Ibérica reprimida pelas Cruzadas. 
E.O. DISSERTATIVO
1. (UFG) Leia a citação a seguir. 
Mago designa um homem que alia o saber ao poder de 
agir para a criação de mundos desejáveis. 
BRUNO, GIORDANO. TRATADO DA MAGIA, 1591. APUD JOB, 
NELSON. ONTOLOGIAS EM DEVIR: CONFLUÊNCIAS ENTRE MAGIA E 
CIÊNCIA. DISPONÍVEL EM: <WWW.HCTE.UFRJ.BR/DOWNLOADS/SH/SH3/
TRABALHOS/NELSONJOB.PDF>. ACESSO EM: 14 NOV. 2012. 
Tal como demonstra a citação de Giordano Bruno, sen-
tenciado pela Inquisição à morte na fogueira, a magia 
despertava o interesse de pensadores e cientistas que 
estudavam as formas de intervir nas forças da nature-
za, no período entre os séculos XV e XVI. Com base no 
exposto, 
a) explique como a citação de Giordano Bruno contra-
ria os princípios que sustentaram a ação da Inquisição; 
b) relacione a citação de Giordano Bruno aos valores 
renascentistas sobre o conhecimento humano. 
2. (UFPR) Considere os dois extratos de documentos 
abaixo: 
I. Ilustrações publicadas na obra “De humani corporis 
fabrica”, do médico belga André Vessálio (1543).
II. “Aconselho-te, meu filho, a que empregues a tua ju-
ventude em tirar bom proveito dos estudos e das virtu-
des (...). Do direito civil quero que saibas de cor os belos 
textos e que mos compare com filosofia. Enquanto ao 
conhecimento das coisas da natureza, quero que a isso 
te entregues curiosamente (...) depois (...) revisita os li-
vros dos médicos gregos, árabes e latinos, sem despre-
zar os talmudistas e cabalistas, e por frequentes anato-
mias adquire perfeito conhecimento do outro mundo [o 
microcosmos] que é o homem.” 
(RABELAIS, FRANÇOIS. PANTAGRUEL [1532]. IN: FREITAS, GUSTAVO DE. 
900 TEXTOS E DOCUMENTOS DE HISTÓRIA. 
LISBOA: PLÁTANO, 1976, V. 11)
Considerando os documentos acima, além dos conhe-
cimentos sobre o período, disserte sobre as principais 
características do Renascimento, relacionando-as com 
as transformações sociais em curso na Europa.
3. (UFJF) Observe as seguintes figuras e leia o texto a 
seguir:
 
No final da Idade Média, a Europa Ocidental passou por 
transformações sociais, políticas e econômicas relaciona-
das ao desenvolvimento do comércio e das cidades. E, no 
âmbito da cultura, as cidades italianas constituíam um 
ambiente propício para a consolidação de um movimen-
to de transformação cultural, o chamado Renascimento.
a) Disserte sobre uma transformação socioeconômica 
que possibilitou a afirmação da cultura renascentista 
na Península Itálica.
b) Cite e analise um aspecto da cultura renascentista que 
entrava em conflito com os ensinamentos da Igreja.
c) Analise um aspecto do Renascimento no âmbito 
das artes. 
4. (UFF) Um dos aspectos mais importantes da nova or-
dem decorrente do Renascimento foi a formação das 
repúblicas italianas. Dentre elas, se destacaram Floren-
ça e Veneza. Essas repúblicas inovaram no sentido das 
suas formas de governo, assim como na redefinição do 
lugar do homem no mundo, inspirando a partir daí no-
vas formas de representá-lo. 
a) Tomando o caso de Florença, explique como fun-
cionavam as repúblicas italianas, levando em conta a 
organização política e os vínculos entre os cidadãos e 
a cidade, e indique o nome do principal representante 
das ideias sobre a política florentina no século XVI. 
b) Analise o papel de Veneza no desenvolvimento do 
comércio europeu, e suas relações com o Oriente. 
5. (UFJF) As imagens abaixo ilustram alguns procedi-
mentos utilizados por um novo modo de conhecer e 
explicar a realidade que se estruturou entre os séculos 
XVI e XVIII.
10
Ilustração do Sistema solar no manuscrito
 de Copérnico na obra “Das Revoluções
 das esferas celestes”
Ilustração de Andreas Versalius na obra
 “Da Organização do Corpo Humano”
 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org>.
 Acesso em: 8 out. 2011.
 Fonte: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org>.
 Acesso em: 8 out. 2011.
Com base nas informações acima e em seus conheci-
mentos, responda ao que se pede:
a) Que processo histórico pode ser identificado pelas 
referências acima?
b) Cite e analise uma característica desse novo modo 
de conceber o conhecimento.
c) Explique o impacto desse novo modo de conceber 
o conhecimento sobre os dogmas religiosos vigentes 
na época.
6. (FGV-RJ) Observe atentamente a imagem abaixo e 
responda às questões propostas.
a) Aponte duas características da pintura que permi-
tam identificá-la com o movimento cultural conhecido 
como Renascimento.
b) Explique por que o Renascimento pode ser asso-
ciado ao processo de transição da Idade Média para 
a Idade Moderna.
7. (UFG) Leia o texto a seguir.
Enquanto andava à procura de ossos pelas estradas 
rurais, onde eventualmente os indivíduos executados 
são deixados, deparei-me com um cadáver ressecado. 
Os ossos estavam totalmente expostos, mantendo-se 
unidos apenas pelos ligamentos, e tinham sido pre-
servadas somente a origem e a inserção dos múscu-
los. Escalei o poste e destaquei o fêmur do osso ilíaco. 
Quando puxei a peça com força, a omoplata, os braços 
e as mãos também se destacaram, embora faltassem os 
dedos de uma das mãos, as duas rótulas e um dos pés. 
Depois de trazer secretamente para casa as pernas e os 
braços e após sucessivas idas e vindas (tinha deixado 
para trás a cabeça e o tronco), permaneci durante quase 
toda noite fora dos limites da cidade a fim de conseguir 
pegar o tórax, que se encontrava firmemente preso a 
uma corrente. 
VESALIUS, ANDREAS. DE HUMANI CORPORIS FABRICA, 1543. 
DISPONÍVEL EM: WWW.CIENCIAHOJE.UOL.COM.BR/NOTICIAS/ HISTORIA-
DA-CIENCIA-E-EPISTEMOLOGIA/RELANCADO-TRATADOQUE-INAUGUROU-
ANATOMIA-MODERNA/. ACESSO EM: 11 OUT.. 2010. [ADAPTADO] 
Datada de 1543, a narração do médico Andreas Vesa-
lius, considerado o precursor dos estudos de anatomia 
moderna, indica a formação de um novo modelo de co-
nhecimento, no período. Com base na leitura do texto e 
considerando o contexto histórico, 
a) explique o processo pelo qual a concepção de mundo 
dos homens se transformou na época do Renascimento; 
b) analise a concepção de ciência que se formava, apre-
sentando o conflito social que essa nova concepção gerou.
8. (UFBA) O Renascimento, como expressão de concep-
ções inovadoras de artistas, escritores e cientistas, 
marcou o campo cultural e o científico da civilização 
europeia ocidental.
Partindo dos conhecimentos sobre o movimento renas-
centista, indique uma concepção, relativa a cada grupo 
indicado, responsável por modificações na mentalidade 
da época.
Concepção inovadora de:
• artistas:
• escritores:
• cientistas: 
9. (PUC) A CIDADE IDEAL
Em 1485, uma peste matou quase a metade da popula-
ção de Milão, na Itália. No final dos anos 1480, Leonar-
do da Vinci transferiu-se para lá e, entre outros projetos, 
dedicou-se a planejar a "cidade ideal", tema e preo-
cupação regular do Renascimento. Quase cinco séculos 
depois, a busca utópica da cidade ideal prosseguia, ma-
nifesta em projetos urbanos como o de Brasília.
"Uma cidade, ou melhor, um lugar, um sítio urbano fixa-
do sobre uma perspectiva que desdobra sobre o olhar o 
leque simétrico de suas linhas de fuga. A imagem de uma 
praça deserta, grosseiramente retangular, pavimentada 
de mármore policrômico, cercada em três de seus lados 
pela fachada de palácios e decasas burguesas; e um edi-
fício de forma circular, com dois planos superpostos de 
colunas e uma cobertura cônica, ocupa o centro."
SOBRE "A CIDADE IDEAL DE URBINO". HUBERT DAMISCH. "L'ORIGINE 
DE LA PERSPECTIVE". PARIS: FLAMMARION, 1993, P. 192
"Compara-se [...] Brasília com as duas cidades ideais de 
Le Corbusier [arquiteto modernista suíço, 1887-1965]. 
Notem-se as similaridades explícitas entre ambas e Bra-
sília: o cruzamento de vias expressas; as unidades de 
moradia com aparência e altura uniformes, agrupadas 
em superquadras residenciais com jardins e dependên-
cias coletivas; os prédios administrativos, financeiros e 
comerciais em torno do cruzamento central; a zona de 
11
recreação rodeando a cidade. O 'pedigree' de Brasília é 
evidente".
JAMES HOLSTON. A CIDADE MODERNISTA: UMA CRÍTICA DE BRASÍLIA 
E SUA UTOPIA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1993, P. 38
"(...) o modelo urbanístico de Leonardo da Vinci, um de-
senho de cidade perfeita, detalhava como deveriam ser 
as ruas, casas, esgotos, etc. Pelas ruas altas não deveriam 
andar carros nem outras coisas similares, mas apenas 
gentis-homens; pelas baixas deveriam andar carros e 
outras coisas somente para uso e comodidade do povo. 
De uma casa a outra, deixando a rua baixa no meio, por 
onde chegam vinho, lenha, etc. Pelas ruas subterrâneas 
estariam as estrebarias e outras coisas fétidas.
A cidade descrita por Leonardo já é, de certa forma, 
utopia: é uma exigência completamente racional que 
espera ser traduzida na prática."
 BERRIEL, CARLOS EDUARDO ORNELAS. CIDADES UTÓPICAS 
DO RENASCIMENTO. DISPONÍVEL EM:>HTTP://CIENCIAECULTURA.
BVS.BR./PDF/CIC/V56N2/A21V56N2.PDF>.
FIGURA 1: ARTISTA DESCONHECIDO. PAINEL A CIDADE IDEAL DE URBINO. 
GALERIE NATIONALE DES MARCHES. 
FIGURA 2: LEONARDO DA VINCI: ESQUEMA DE VIA DE CIRCULAÇÃO E EDIFÍCIOS, 
EM DOIS NÍVEIS, PARA A CIDADE IDEAL 
(C. 1485). ELKE BUCHHOLZ. LEONARDO DA VINCI. VIDA Y OBRA. 
BARCELONA: KONEMANN, 2000, P. 36 FIGURA 3: BRASÍLIA.
A partir dos textos e imagens apresentadas, escreva um 
texto sobre a ideia de "cidade ideal" no Renascimento 
e no mundo atual, considerando:
• sua relação com as preocupações humanistas e 
racionalistas do Renascimento cultural e com as 
concepções de arte que se afirmaram na época 
de Leonardo;
• as semelhanças de objetivos do urbanismo renas-
centista com o urbanismo modernista que resultou 
na cidade de Brasília, capital brasileira.
10. (UFMG) Analise esta imagem:
Davi, de Michelangelo.
A partir da análise dessa imagem e considerando ou-
tros conhecimentos sobre o assunto,
a) identifique o movimento artístico a que pertence 
a obra.
b) identifique e explique duas características desse 
movimento artístico.
E.O. ENEM
1. (Enem) Acompanhando a intenção da burguesia re-
nascentista de ampliar seu domínio sobre a natureza 
e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa cien-
tífica e da invenção tecnológica, os cientistas também 
iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a 
forma, o movimento, o espaço, a luz, a cor e mesmo a 
expressão e o sentimento. 
SEVCENKO, N. O RENASCIMENTO. CAMPINAS: UNICAMP, 1984. 
O texto apresenta um espírito de época que afetou 
também a produção artística, marcada pela constante 
relação entre 
a) fé e misticismo. 
b) ciência e arte. 
c) cultura e comércio. 
d) política e economia. 
e) astronomia e religião. 
2. (Enem) O texto foi extraído da peça “Tróilo e Crés-
sida” de William Shakespeare, escrita provavelmente, 
em 1601. 
12
“Os próprios céus, os planetas, e este centro reconhe-
cem graus, prioridade, classe, constância, marcha, dis-
tância, estação, forma, função e regularidade, sempre 
iguais; eis porque o glorioso astro Sol está em nobre 
eminência entronizado e centralizado no meio dos ou-
tros, e o seu olhar benfazejo corrige os maus aspectos 
dos planetas malfazejos, e, qual rei que comanda, orde-
na sem entraves aos bons e aos maus.” 
(PERSONAGEM ULYSSES, ATO I, CENA III). SHAKESPEARE, W. 
TRÓILO E CRÉSSIDA. PORTO: LELLO & IRMÃO, 1948. 
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês 
se aproxima da teoria:
a) geocêntrica do grego Claudius Ptolomeu. 
b) da reflexão da luz do árabe Alhazen. 
c) heliocêntrica do polonês Nicolau Copérnico. 
d) da rotação terrestre do italiano Galileu Galilei. 
e) da gravitação universal do inglês Isaac Newton. 
3. (Enem) O franciscano Roger Bacon foi condenado, en-
tre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por 
uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no mé-
todo experimental, e também por introduzir, no ensino, 
as ideias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escre-
veu: “Pode ser que se fabriquem máquinas graças às 
quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, 
se desloquem mais depressa do que se fossem cheios 
de remadores; que se construam carros que avancem 
a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que 
se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem 
(...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas que 
permitam ir ao fundo dos mares e dos rios” 
BRAUDEL, FERNAND. CIVILIZAÇÃO MATERIAL, ECONOMIA E CAPITALISMO: 
SÉCULOS XV-XVIII. SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1996, VOL. 3. 
Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-
-se afirmar que as ideias de Roger Bacon:
a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média 
ao privilegiarem a crença em Deus como o principal 
meio para antecipar as descobertas da humanidade. 
b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao 
desconsiderarem os instrumentos intelectuais oferecidos 
pela Igreja para o avanço científico da humanidade. 
c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revo-
lução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemáti-
ca e do método experimental nas invenções industriais. 
d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, 
pois não apenas seguiam Aristóteles, como também 
baseavam-se na tradição e na teologia. 
e) inseriam-se num movimento que convergiria mais 
tarde para o Renascimento, ao contemplarem a pos-
sibilidade de o ser humano controlar a natureza por 
meio das invenções.
4. (Enem) Assentado, portanto, que a Escritura, em mui-
tas passagens, não apenas admite, mas necessita de 
exposições diferentes do significado aparente das pa-
lavras, parece-me que, nas discussões naturais, deveria 
ser deixada em último lugar. 
GALILEI, G. CARTA A BENEDETTO CASTELLI. IN: CIÊNCIA E FÉ: 
CARTAS DE GALILEU SOBRE O ACORDO DO SISTEMA COPERNICANO 
COM A BÍBLIA. SÃO PAULO: UNESP, 2009. (ADAPTADO) 
O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-
1642) cerca de trinta anos antes de sua condenação 
pelo Tribunal do Santo Ofício, discute a relação entre 
ciência e fé, problemática cara no século XVII. A decla-
ração de Galileu defende que 
a) a Bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, 
apresenta a verdade dos fatos naturais, tornando-se 
guia para a ciência. 
b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da 
natureza na Bíblia constitui uma referência primeira. 
c) as diferentes exposições quanto ao significado das 
palavras bíblicas devem evitar confrontos com os 
dogmas da Igreja. 
d) a Bíblia deve receber uma interpretação literal por-
que, desse modo, não será desviada a verdade natural. 
e) os intérpretes precisam propor, para as passagens 
bíblicas, sentidos que ultrapassem o significado ime-
diato das palavras.
E.O. UERJ 
EXAME DISCURSIVO
1. (UERJ)
“O casal Arnolfini”
ht
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wi
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a.
or
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JAN VAN EYCK (1389-1441)
Sempre que se evoca o tema do Renascimento, a ima-
gem que nos vem à mente é a dos grandes artistas e de 
suas obras mais famosas. Isso nos coloca a questão: por 
que razão o Renascimento implica esse destaque tão 
grande dado às artes visuais? De fato, as artes plásticas 
acabaram se convertendo num centro de convergên-
cia de todas as principais tendências da cultura renas-
centista. E mais do que isso, acabaram espelhando os 
impulsos mais marcantes do processo de evolução das 
relações sociais e mercantis. 
NICOLAU SEVCENKO. O RENASCIMENTO. SÃO PAULO: 
ATUAL;CAMPINAS: ED. UNICAMP, 1984. 
As diversas manifestações da cultura renascentista na 
Europa ocidental, entre os séculos XIV e XVI, estiveram 
13
relacionadas à criação de novos valores e práticas so-
ciais que se confrontaram com aqueles da sociedade 
medieval. Cite dois aspectos da cultura renascentista 
que justifiquem a sua importância para o início dos 
Tempos Modernos.
2. (UERJ) Leia o texto escrito por Marsílio Ficino no sé-
culo XV:
Quem poderia negar que o homem possui quase o mes-
mo gênio que o Autor dos céus? E quem pode negar 
que o homem também poderia de algum modo criar os 
céus, obtivesse ele os instrumentos e o material celeste, 
pois até agora o faz, se bem que com um material dife-
rente mas ainda segundo uma mesma ordem?
HELLER, AGNES. O HOMEM DO RENASCIMENTO.LISBOA: PRESENÇA, 1982.
Explique uma característica da civilização do Renasci-
mento evidenciada no texto.
E.O. OBJETIVAS 
(UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP)
1. (Unesp) Podemos afirmar que as obras A divina co-
média, escrita por Dante Alighieri no início do século 
XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no 
início do século XVII,
a) parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam 
a hegemonia da Igreja Católica e da aristocracia, res-
pectivamente. 
b) derivaram de registros orais e foram apenas orga-
nizadas e sistematizadas na escrita de seus autores. 
c) contribuíram para a unificação e o estabelecimento 
da forma moderna dos idiomas italiano e espanhol. 
d) assumiram forte conotação anticlerical e intensifi-
caram as críticas renascentistas à conduta e ao poder 
da Igreja Católica. 
e) retrataram o imaginário da burguesia comercial as-
cendente na Itália e na Espanha do final da Idade Média. 
2. (Unicamp) De uma forma inteiramente inédita, os hu-
manistas, entre os séculos XV e XVI, criaram uma nova 
forma de entender a realidade. Magia e ciência, poesia 
e filosofia misturavam-se e auxiliavam-se, numa socie-
dade atravessada por inquietações religiosas e por exi-
gências práticas de todo gênero.
EUGENIO GARIN, CIÊNCIA E VIDA CIVIL NO RENASCIMENTO 
ITALIANO. SÃO PAULO: ED. UNESP, 1994, P. 11.
Sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) O pensamento humanista implicava a total recusa da 
existência de Deus nas artes e na ciência, o que libertava 
o homem para conhecer a natureza e a sociedade. 
b) A mistura de conhecimentos das mais diferentes 
origens – como a magia e a ciência – levou a uma 
instabilidade imprevisível, que lançou a Europa numa 
onda de obscurantismo que apenas o Iluminismo 
pôde reverter. 
c) As transformações artísticas e políticas do Renasci-
mento incluíram a inspiração nos ideais da Antiguida-
de Clássica na pintura, na arquitetura e na escultura.
d) As inquietações religiosas vividas principalmente 
ao longo do século XVI culminaram nas Reformas 
Calvinista, Luterana, Anglicana e finalmente no movi-
mento da Contrarreforma, que defendeu a fé protes-
tante contra seus inimigos. 
3. (Fuvest) Em uma significativa passagem da tragédia 
Macbeth, de Shakespeare, seu personagem principal 
declara: “Ouso tudo o que é próprio de um homem; 
quem ousa fazer mais do que isso não o é”. De acor-
do com muitos intérpretes, essa postura revela, com 
extraordinária clareza, toda a audácia da experiência 
renascentista.
Com relação à cultura humanista, é correto afirmar que 
a) o mecenato de príncipes, de instituições e de fa-
mílias ricas e poderosas evitou os constrangimentos, 
prisão e tortura de artistas e de cientistas.
b) a presença majoritária de temáticas religiosas nas 
artes plásticas demonstrava as dificuldades de assimilar 
as conquistas científicas produzidas naquele momento.
c) a observação da natureza, os experimentos e a pes-
quisa empírica contribuíram para o rompimento de 
alguns dos dogmas fundamentais da Igreja.
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático limita-
ram-se à pesquisa teórica e somente seriam aplicados 
na chamada Revolução Científica do século XVII.
e) a avidez de conhecimento e de poder favoreceu 
a renovação das universidades e a valorização dos 
saberes transmitidos pela cultura letrada.
4. (Fuvest) Nos séculos XIV e XV, a Itália foi a região 
mais rica e influente da Europa. Isso ocorreu devido à 
a) iniciativa pioneira na busca do caminho marítimo 
para as Índias.
b) centralização precoce do poder monárquico nessa 
região.
c) ausência completa de relações feudais em todo o 
seu território.
d) neutralidade da península itálica frente à guerra 
generalizada na Europa.
e) combinação de desenvolvimento comercial com 
pujança artística.
5. (Fuvest) "No campo científico e matemático, o proces-
so da investigação racional percorreu um longo caminho. 
Os Elementos de Euclides, a descoberta de Arquimedes 
sobre a gravidade, o cálculo por Eratóstenes do diâmetro 
da terra com um erro de apenas algumas centenas de 
quilômetros do número exato, todos esses feitos não se-
riam igualados na Europa durante 1500 anos."
MOSES I. FINLEY. OS GREGOS ANTIGOS
O período a que se refere o historiador Finley, para a 
retomada do desenvolvimento científico, corresponde
a) ao Helenismo, que facilitou a incorporação das ci-
ências persa e hindu às de origem grega.
14
b) à criação das universidades nas cidades da Idade 
Média, onde se desenvolveram as teorias escolásticas.
c) ao apogeu do Império Bizantino, quando se incen-
tivou a condensação da produção dos autores gregos.
d) à expansão marítimo-comercial e ao Renascimen-
to, quando se lançaram as bases da ciência moderna.
e) ao desenvolvimento da Revolução Industrial na In-
glaterra, que conseguiu separar a técnica da ciência.
6. (Unesp)
 
A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes 
princípios culturais do Renascimento italiano: 
a) a imitação das formas artísticas medievais e a ên-
fase na natureza espiritual de Cristo.
b) a preocupação intensa com a forma artística e a 
ausência de significado religioso do quadro.
c) a disposição da figura de Cristo em perspectiva ge-
ométrica e o conteúdo realista da composição.
d) a gama variada de cores luminosas e a concepção 
otimista de uma humanidade sem pecado.
e) a idealização do corpo do Salvador e a noção de 
uma divindade desvinculada dos dramas humanos.
7. (Unesp) Os centros artísticos, na verdade, poderiam 
ser definidos como lugares caracterizados pela presen-
ça de um número razoável de artistas e de grupos signi-
ficativos de consumidores, que por motivações variadas 
— glorificação familiar ou individual, desejo de hege-
monia ou ânsia de salvação eterna — estão dispostos a 
investir em obras de arte uma parte das suas riquezas. 
Este último ponto implica, evidentemente, que o centro 
seja um lugar ao qual afluem quantidades considerá-
veis de recursos eventualmente destinados à produção 
artística. Além disso, poderá ser dotado de instituições 
de tutela, formação e promoção de artistas, bem como 
de distribuição das obras. Por fim, terá um público mui-
to mais vasto que o dos consumidores propriamente 
ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
CARLO GINZBURG. A MICRO-HISTÓRIA E OUTROS ENSAIOS, 1991.
Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser 
identificados:
a) nos mosteiros medievais, onde se valorizava espe-
cialmente a arte sacra.
b) nas cidades modernas, onde floresceu o Renasci-
mento cultural.
c) nos centros urbanos romanos, onde predominava 
a escultura gótica.
d) nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico 
era hegemônico.
e) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquite-
tura românica.
8. (Unicamp) A primeira lei de Kepler demonstrou que 
os planetas se movem em órbitas elípticas e não cir-
culares. A segunda lei mostrou que os planetas não se 
movem a uma velocidade constante.
PERRY, MARVIN. CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL: UMA HISTÓRIA CONCISA. 
SÃO PAULO: MARTINS FONTES, 1999, P. 289. (ADAPTADO)
É correto afirmar que as leis de Kepler:
a) confirmaram as teorias definidas por Copérnico e 
são exemplos do modelo científico que passou a vi-
gorar a partir da Alta Idade Média.
b) confirmaram as teoriasdefendidas por Ptolomeu e 
permitiram a produção das cartas náuticas usadas no 
período do descobrimento da América.
c) são a base do modelo planetário geocêntrico e se 
tornaram as premissas científicas que vigoram até hoje.
d) forneceram subsídios para demonstrar o modelo 
planetário heliocêntrico e criticar as posições defen-
didas pela Igreja naquela época.
9. (Unicamp) A teoria da perspectiva, iniciada com o ar-
quiteto Filippo Bruneleschi (1377-1446), utilizou conhe-
cimentos geométricos e matemáticos na representação 
artística produzida na época. A figura a seguir ilustra o 
estudo da perspectiva em uma obra desse arquiteto. É 
correto afirmar que, a partir do Renascimento, a teoria 
da perspectiva:
a) foi aplicada nas artes e na arquitetura, com o uso 
de proporções harmônicas, o que privilegiou o domínio 
técnico e restringiu a capacidade criativa dos artistas.
b) evidencia, em sua aplicação nas artes e na arquite-
tura, que as regras geométricas e de proporcionalida-
de auxiliam a percepção tridimensional e podem ser 
ensinadas, aprendidas e difundidas.
c) fez com que a matemática fosse considerada uma 
arte em que apenas pessoas excepcionais poderiam 
usar geometria e proporções em seus ofícios.
d) separou arte e ciência, tornando a matemática 
uma ferramenta apenas instrumental, porque essa 
teoria não reconhece as proporções humanas como 
base de medida universal.
15
E.O. DISSERTATIVAS 
(UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP)
1. (Unesp) [...] tudo que os renascentistas pretendiam 
era assumir a condição humana até seus limites, até as 
últimas consequências. Nem Deus e nem o demônio; 
todo o desafio consistia em ser absolutamente, radical-
mente humano, apenas humano. 
(NICOLAU SEVCENKO. O RENASCIMENTO, 1985.) 
Explique a caracterização que o texto faz do Renasci-
mento e dê exemplo de uma obra artística em que tal 
intenção se manifeste.
2. (Fuvest) Observe a imagem e leia o texto a seguir.
Fonte: Michelangelo, A criação de Adão, detalhe do teto da
 Capela Sistena, Vaticano (c. 1511). www.rastel.com
Michelangelo começou cedo na arte de dissecar ca-
dáveres. Tinha apenas 13 anos quando participou das 
primeiras sessões. A ligação do artista com a medicina 
foi reflexo da efervescência cultural e científica do Re-
nascimento. A prática da dissecação, que se encontrava 
dormente havia 1.400 anos, foi retomada e exerceu in-
fluência decisiva sobre a arte que então se produzia. 
CLAYTON LEVY, PESQUISADORES DISSECAM LIÇÃO DE ANATOMIA DE 
MICHELANGELO. IN: JORNAL DA UNICAMP, Nº 256, JUNHO DE 2004.
a) Explique a relação, mencionada no texto, entre ar-
tes plásticas e dissecação de cadáveres, no contexto 
do Renascimento. 
b) Identifique, na imagem acima, duas características 
da arte renascentista. 
3. (Fuvest) Se utilizássemos, numa conversa com homens 
medievais, a expressão “Idade Média”, eles não teriam 
ideia do que isso poderia significar. Eles, como todos 
os homens de todos os períodos históricos, se viam vi-
vendo na época contemporânea. De fato, falarmos em 
Idade Antiga ou Média representa uma rotulação pos-
terior, uma satisfação da necessidade de se dar nome 
aos momentos passados. No caso do que chamamos de 
Idade Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. 
Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um 
desprezo indisfarçado pelos séculos localizados entre a 
Antiguidade Clássica e o próprio século XVI. 
HILÁRIO FRANCO JÚNIOR. A IDADE MÉDIA. NASCIMENTO DO OCIDENTE. 
3ª ED. SÃO PAULO: BRASILIENSE, S.D. [1986]. P.17. ADAPTADO. 
A partir desse trecho, responda: 
a) Em que termos a expressão “Idade Média” pode 
carregar consigo um valor depreciativo? 
b) Como o período comumente abarcado pela expres-
são “Idade Média” poderia ser analisado de outra 
maneira, isto é, sem um julgamento de valor?
4. (Fuvest) O grande mérito do sábio toscano estava 
exatamente na apresentação de suas conclusões na 
forma de “leis” matemáticas do mundo natural. Ele 
não apenas defendia que o mundo era governado por 
essas “leis”, como também apresentava as que havia 
“descoberto” em suas investigações.
CARLOS Z. CAMENIETZKI, GALILEU EM SUA ÓRBITA.
IN: REVISTA DE HISTÓRIA, JAN. 2014.
Considerando que o texto se refere a Galileu Galilei 
(1564-1642),
a) identifique uma das “leis” do mundo natural pro-
posta por ele;
b) indique dois dos principais motivos pelos quais ele 
foi julgado pelo Tribunal da Inquisição. 
5. (Fuvest) A personagem "Dom Quixote" representa-
va um ideal de vida não mais dominante no tempo em 
que Miguel de Cervantes escreveu sua famosa obra 
(1605-1615).
a) Explique esse ideal.
b) Por que tal ideal deixou de ser dominante? 
6. (Unesp) Leia o trecho de A divina comédia, escrita 
pelo poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321), no iní-
cio do século XIV.
Como, em seu 1Arsenal, os venezianos
fervem, no inverno, o pegajoso 2pez,
pra de seus 3lenhos consertar os danos,
pois, não podendo navegar, ao invés
há quem renove o lenho, ou 4calafete
o casco que viagem muita fez;
e um na proa, na popa outro arremete,
um faz o remo, outro torce o cordame,
um remenda a grã vela, outro o 5traquete.
A DIVINA COMÉDIA, 2009.
1arsenal: lugar de conserto de navios.
2pez: piche.
3lenho: barco.
4calafetar: vedar, fechar.
5traquete: mastro.
Nos versos, o poeta refere-se ao trabalho de repara-
ção dos navios venezianos. Descreva a natureza do 
trabalho desenvolvido no arsenal e explique o motivo 
da crise econômica das cidades italianas a partir do 
final do século XV.
16
7. (Unesp) Um peso colossal de estupidez esmagou o 
espírito humano. A pavorosa aventura da Idade Média, 
essa interrupção de mil anos na História da civilização.
ERNEST RENAN. REMINISCÊNCIAS DA INFÂNCIA E DA MOCIDADE, 1883.
a) Explique a origem, no Renascimento, do termo Ida-
de Média.
b) Forneça dois exemplos de natureza cultural que con-
tradizem o juízo do autor sobre o período medieval.
8. (Unicamp) A partir do século IX, aumentou a circula-
ção da ciência e da filosofia vindas de Bagdá, o centro 
da cultura islâmica, em direção ao reino muçulmano 
instalado no Sul da Espanha. No século XII, apesar das 
divisões políticas e das guerras entre cristãos e mouros 
que marcavam a península ibérica, essa corrente de co-
nhecimento virou um rio caudaloso, criando uma base 
que, mais tarde, constituiria as fundações do Renasci-
mento no mundo cristão. Foi dessa maneira que o Oci-
dente adquiriu o conhecimento dos antigos. No quadro 
pintado pelo italiano Rafael, A escola de Atenas (1509), 
o pintor daria a Averróis, sábio muçulmano da Andalu-
zia, um lugar de honra, logo atrás do grego Aristóteles, 
cuja obra Averróis havia comentado e divulgado.
DAVID LEVERING LEWIS, GOD’S CRUCIBLE: ISLAM AND THE MAKING OF EUROPE, 
570-1215. NEW YORK: W. W. NORTON, 2008, P. 368-69, 376-77.
a) Identifique no texto dois aspectos da relação entre 
cristãos e muçulmanos na Europa medieval.
b) Relacione as características do Renascimento cul-
tural europeu à redescoberta dos valores da Antigui-
dade clássica.
9. (Unicamp) Em Roma, no século XV, destruíram-se mui-
tos e belos monumentos, sem que as autoridades ou 
os mecenas se lembrassem de os restaurar. No melhor 
período desse "regresso ao antigo", ocorrido durante o 
Renascimento italiano, não se restaura nenhuma ruína, 
e toda a gente continua a explorar templos, teatros e 
anfiteatros, como se fossem pedreiras.
JACQUES HEERS. IDADE MÉDIA: UMA IMPOSTURA. 
PORTO: EDIÇÕES ASA. 1994, P. 111.
a) Segundo o texto, quais foram as duas atitudes em 
relação à cidade de Roma no Renascimento?
b) Explique a importância da cidade de Roma na An-
tiguidade.
c) Por que o Renascimento italiano valorizou as cidades?
GABARITO
E.O. Aprendizagem
1. B 2. B 3. E 4. E 5. D
6. D 7. B 8. E 9. A
E.O. Fixação
1. E 2. E 3. B 4. D 5. C
6. C 7. C 8. E 9. C
E.O. Complementar
1. C 2. D 3. E 4. B 5. D
E.O. Dissertativo
1. 
a) Os princípios que sustentaram a ação da Inquisição 
eram baseados no combate a toda e qualquer forma 
de oposição aos dogmas daIgreja Católica. Esses prin-
cípios eram efetivados por meio de práticas como: vi-
gilância e controle do comportamento moral dos fiéis 
e severa censura às produções culturais e às inovações 
científicas. A citação de Giordano Bruno contraria esses 
princípios por exaltar o “saber” e o “poder de agir” do 
homem, avaliado, então, como ator capaz de dominar 
a natureza para criar “mundos desejáveis”. A citação 
se refere ao trabalho desenvolvido pelo mago. No pe-
ríodo citado, seus conhecimentos provinham de fontes 
não aprovadas pela Igreja, que resultavam em práti-
cas consideradas ocultas por ameaçarem os dogmas 
religiosos. Em virtude dessa compreensão por parte 
da Igreja, a Inquisição reservaria aos hereges (dentre 
eles, os magos) denúncias, investigações, julgamentos 
e condenações, com penas como prisão perpétua e 
morte na fogueira (o caso de Giordano Bruno).
b) A citação está associada aos valores renascentistas 
porque se refere a um tipo distinto de poder e de sa-
ber, que ultrapassa os limites impostos pelos dogmas 
da Igreja Católica, na medida em que essa instituição 
tem a revelação divina como fonte única do saber. Três 
pontos associam a citação a esses valores: 1) a eleição 
do homem como agente; 2) a referência a uma ação 
racionalmente elaborada para transformar a realidade, 
o que remete à criação de novos mundos; 3) o registro 
de que os mundos a serem criados dependeriam da 
vontade humana. Assim, os pontos mencionados ex-
plicitam os seguintes valores do Renascimento: o hu-
manismo e o antropocentrismo (valorização do homem 
e de seu poder de ação, o que resultava em colocar 
o homem no centro da ação e conferir-lhe vontade e 
desejo para a intervenção na natureza); o racionalismo 
(a valorização da razão humana). 
2. O Renascimento Cultural foi um amplo movimento caracte-
rizado por uma mudança significativa na forma de enxergar o 
mundo, principalmente nos centros urbanos, caracterizada pelo 
antropocentrismo, individualismo e racionalismo. Tanto as ima-
gens do corpo humano, destacando o esqueleto e a musculatura 
de forma científica, quanto o texto reforçam a necessidade do 
conhecimento racional sobre o ser humano e o universalismo 
desse conhecimento, que deixa de ser monopólio da Igreja Cató-
lica e pode ser formado a partir de diferentes culturas.
3. 
a) A reabertura do Mar Mediterrâneo, proporcionada 
pela ocorrência das Cruzadas, favoreceu o enriqueci-
mento de mercadores e comerciantes. Tal segmento 
17
social passou a apoiar práticas que denotavam luxo e 
riqueza, como o colecionamento de obras de arte, o 
que incentivou a prática do mecenato, principalmente 
na Península Itálica.
b) Concepção antropocêntrica de mundo, em opo-
sição à concepção teocêntrica proposta pela Igreja 
Católica.
c) Influência da cultura greco-romana, humanismo, 
valorização do corpo humano. 
4. 
a) As repúblicas italianas da Renascença desenvolve-
ram formas de organização política opostas ao domí-
nio dos senhores feudais, estabelecendo como base a 
cidade e nela constituindo um governo coletivo voltado 
para a garantia de sobrevivência da cidade e liderado 
pelos chanceleres. Para efetivar isso, desenvolveram 
uma verdadeira atitude de patriotismo entre os seus 
habitantes que recebeu o nome de virtude cívica e que 
coloca a cidade como principal objetivo da vida do 
cidadão. O principal nome da política de Florença foi 
Maquiavel. No entanto, vale a pena lembrar que a or-
ganização independente das cidades italianas é ante-
rior ao Renascimento e sua importância já é destacada 
na Baixa Idade Média, como renascimento comercial. 
b) O papel vanguardista de Veneza no desenvolvi-
mento do comércio com o Oriente e associar a isso 
a variedade de produtos colocados na Europa que 
aumentaram o comércio e expandiram o luxo. Em 
decorrência disso, foram criadas novas necessidades 
que ajudaram a alterar as formas econômicas feudais 
e que levaram às trocas científicas e culturais com 
o Ocidente. Tais modificações alimentaram mudan-
ças no cenário da ciência, da religião e da arte. Os 
mercadores de Veneza tiveram papel fundamental na 
reabertura do Mediterrâneo ao comércio europeu, na 
época das cruzadas, contribuindo para o aumento da 
circulação de mercadorias orientais, as especiarias.
5. 
a) Revolução Científica. Também serão aceitos: renasci-
mento científico, renascimento da ciência moderna. O 
Renascimento Científico pode ser enquadrado no con-
texto do Renascimento Cultural que, ao contrário do 
senso comum, não deve ser vinculado apenas à arte, 
mas a toda produção cultural guiada pelo racionalis-
mo, espírito crítico, antropocentrismo e humanismo. 
b) O racionalismo, empirismo, o antropocentrismo, 
a experimentação, a observação. O racionalismo se 
contrapõe ao dogmatismo (a crença em verdades 
absolutas e universais), dessa forma está associa-
do ao senso crítico e a possibilidade de levantar e 
discutir novas hipóteses em todos os campos do 
saber. O antropocentrismo não deve ser percebido 
apenas como “o homem no centro”, representa a 
preocupação em entender e, nesse sentido, em dar 
importância ao ser humano. 
c) O choque entre as concepções teocêntricas e da Igreja 
Católica e as baseadas no empirismo e no racionalismo. 
Também será considerada a identificação das reações 
que este processo produziu na Igreja, a exemplo do 
acirramento das perseguições aos adeptos desta nova 
forma de pensar e da condenação de diversas obras de 
intelectuais da época. Além de obras condenadas, diver-
sos intelectuais foram condenados e executados na fo-
gueira, destacando-se como principais exemplos Giorda-
no Bruno e Galileu Galilei (que para fugir à condenação 
negou suas teorias).
6. 
a) Antropocentrismo (valorização do homem) e Natu-
ralismo (valorização da natureza).
b) Na transição da Idade Média para a Idade Moder-
na havia na Europa uma mudança estrutural em toda 
sociedade. Na Política, uma transição da descentrali-
zação política feudal para a centralização do poder 
nas mãos dos reis. Na economia, de uma economia 
agrária, rural e de subsistência para uma economia 
mais urbana, monetária e comercial. Na religião, 
quebrou a unidade cristã com o surgimento de novas 
religiões no início do século XVI como o luteranismo, 
calvinismo, anglicanismo. No plano da cultura, uma 
mudança do teocentrismo medieval para o antropo-
centrismo moderno. Assim, o Renascimento Cultural 
que ocorreu nos séculos XIV, XV e XVI caracteriza esta 
transição no âmbito da cultura.
7. 
a) No processo de formação do mundo moderno (XII-
-XVII), o Renascimento introduziu algumas importan-
tes transformações, que incidiram sobre a concepção 
de mundo dos homens daquela época. Colocou no 
centro de suas preocupações o homem, o que ficaria 
conhecido como antropocentrismo. O humanismo, o 
estudo da natureza e o desenvolvimento do espírito 
crítico, em conjunto, colaboraram para a ampliação 
dos horizontes em vários campos do conhecimento, 
que, difundidos, transformaram a concepção do ho-
mem sobre o mundo. 
b) Desenvolvia-se a importância de observação direta 
nos estudos científicos, procedimento que afirmaria a 
empiria como forma de construção do conhecimento 
científico. Com o Renascimento e a difusão de seus 
princípios, as dúvidas sobre o corpo humano tornaram 
legítima, por parte dos médicos, a investigação empíri-
ca, daí a prática de dissecação de cadáveres. Ainda as-
sim, a narrativa do médico, ao revelar que as suas ati-
vidades eram feitas em segredo, indica implicitamente 
que, apesar das mudanças produzidas pelo Renasci-
mento, tais “novidades” provocavam conflitos, posto 
que não eram consensuais. Na verdade, nesse mesmo 
período, a Igreja Católica condenava práticas como a 
da dissecação de cadáveres, pois o corpo humano era 
considerado sagrado e não poderia ser violado.
8. Concepções inovadoras de artistas:
• técnicas de perspectiva, de tridimensionalidade, introduzin-
do a impressão de realismo;
• inclusão de paisagens da natureza;
18
• influência do humanismo na reproduçãode formas humanas;
• temas religiosos revestidos de percepção humanista.
Concepções inovadoras de escritores:
• humanismo, destacando-se as emoções humanas;
• textos em línguas nacionais, abordando temas profanos e 
das culturas locais;
• revisão crítica de textos clássicos;
• inclusão de temas políticos.
Concepções inovadoras de cientistas:
• valorização da observação e da experiência;
• influência do humanismo, libertando o estudo do universo 
e da Terra;
• abordagens de estudos no campo da física e no da medicina.
Renascimento é o nome que se dá a um grande movimento de 
mudanças culturais, que atingiu as camadas urbanas da Europa 
Ocidental entre os séculos XIV e XVI, caracterizado pela retoma-
da dos valores da cultura greco-romana, ou seja, da cultura clás-
sica. Esse momento é considerado como um importante período 
de transição envolvendo as estruturas feudo capitalistas.
9. A concepção de "cidade ideal" na Época Renascentista pode 
ser explicada a partir de um conjunto de fatores, quais sejam:
• A influência dos valores da Antiguidade Clássica que leva-
ram à retomada dos padrões estéticos da arquitetura gre-
co-romana;
• A eliminação ou minimização dos problemas sanitários e 
de funcionalidade das cidades medievais, cacterizados pela 
precariedade dos edifícios, os esgotos a céu aberto e as ruas 
estreitas;
• A influência do racionalismo e o humanismo presentes nas 
concepções de filósofos, artistas e cientistas quanto à solu-
ção de todos os problemas.
As semelhanças de objetivos do urbanismo renascentista com o 
urbanismo modernista que resultou na cidade de Brasília podem 
ser identificadas quanto: ao arrojo dos projetos em relação às 
respectivas épocas, à amplitude das vias de circulação e quanto 
à organização do espaço urbanizado, particularmente a setoriza-
ção das práticas econômicas, administrativas e sociais.
10. 
a) Renascimento Cultural. 
b) Dentre as principais características do movimento 
renascentista, pode-se destacar o antropocentrismo, 
visão que considera o homem o centro de tudo, e o 
racionalismo, princípio de que o exercício da razão é 
o único caminho para o saber.
E.O. Enem
1. B 2. C 3. E 4. E
E.O. UERJ 
Exame Discursivo
1. Dois dos aspectos:
• valorização do indivíduo.
• abandono do teocentrismo.
• defesa dos ideais humanistas.
• defesa dos valores burgueses.
• valorização da liberdade individual.
• utilização da razão na explicação do mundo.
• visão mais natural e humanizada da religião. 
O início da modernidade coincide com o período de expansão 
das atividades mercantis e de ascensão da classe burguesa.
Os valores do renascimento expressão uma nova visão de mundo 
na qual a capacidade de criação e de ação humana se destaca.
2. No texto, destaca-se a visão humanista que defendia, numa 
perspectiva otimista, as potencialidades do homem, característi-
ca da civilização do Renascimento.
E.O. Objetivas 
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. C 2. C 3. C 4. E 5. D
6. C 7. B 8. D 9. B
E.O. Dissertativas 
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. O Renascimento caracterizou-se por ser anticlerical, opondo-
-se à cultura religiosa e teocêntrica da Idade Média. Valoriza o 
homem a partir do antropocentrismo e do humanismo (glorifica-
ção do natural e do humano). Como exemplo as esculturas Davi 
e Pietá de Michelangelo.
2. 
a) Influenciado pelas concepções gregas de huma-
nismo e naturalismo, os renascentistas procuravam 
reproduzir e valorizar o homem. A dissecação de 
cadáveres – como mencionada no texto – permitiu 
maior conhecimento do corpo humano, favorecendo 
a riqueza de detalhes e fortalecendo o realismo. 
b) A valorização do ser humano (antropocentrismo) e 
a adoção da perspectiva na pintura, associada a no-
vidades como a noção de profundidade e a projeção 
de luz e sombra.
3. 
a) A expressão “Idade Média” foi cunhada pelos 
renascentistas do século XV, que consideravam o 
momento em que viviam como sendo de grande de-
senvolvimento intelectual, artístico e científico, com-
parável ao momento que gregos e romanos viveram 
no passado, intermediado por um período de obscu-
rantismo, de trevas. Portanto, ao valorizar uma cultu-
ra antropocêntrica, racional e individualista, criaram 
profundo desprezo e preconceito ao período anterior, 
marcado por características diferenciadas, considera-
19
das inferiores. 
b) A Idade Média deve ser compreendida a partir de 
suas próprias características, entendida dentro de seu 
tempo, portanto em um contexto específico, com seus 
valores e contradições, sem ser comparada com ou-
tros períodos em termos de valores.
4. 
a) Podemos citar algumas leis criadas por Galileu, 
como (1) a teoria de que todos os planetas orbitam 
em torno do Sol – o heliocentrismo e (2) a teoria de 
que, sem a resistência do ar, todos os corpos em que-
da livre atingem a mesma velocidade independente 
de suas massas.
b) Como todos os pensadores renascentistas, Galileu 
primava pelo uso da razão em suas análises. Assim, 
muitas vezes, suas teorias iam de encontro ao que a 
Igreja Católica preconizava. Em especial, ele foi per-
seguido pela teoria do heliocentrismo, uma vez que a 
Igreja defendia o geocentrismo.
5. 
a) O personagem Dom Quixote representa o ideal 
de cavalaria, característico do mundo feudal, baseado 
nos princípios de lealdade, honra, coragem e proteção 
aos mais fracos.
b) Porque os ideais medievais, próprios da nobreza 
feudal, foram superados pelos valores da burguesia, 
classe social em ascensão no contexto da transição 
feudo-capitalista.
6. O texto relata o trabalho de construção e reparo dos navios 
em Veneza. Tal trabalho era livre, assalariado e especializado. No 
que diz respeito à crise do século XV nas cidades italianas, ela 
se deve, basicamente, a duas razões: (1) os turcos, ao tomarem 
Constantinopla, passaram a dificultar e encarecer a travessia do 
Mediterrâneo e (2) portugueses e espanhóis lançaram-se ao mar, 
achando caminhos alternativos para as Índias e inseriram-se no 
mercado das especiarias.
7. 
a) O termo Idade Média foi empregado pelos huma-
nistas da Renascença para estabelecer a divisão da 
História em três grandes períodos: a Idade Antiga, a 
Idade Média e a Idade Moderna.
Os humanistas referiam-se ao período como a "Idade 
das Trevas" por negarem os valores da cultura medie-
val fundamentados na exaltação do divino.
b) Os mosteiros medievais contribuíram significativa-
mente para a preservação de obras da antiguidade 
clássica e durante o reinado de Carlos Magno, pro-
moveu-se um grande estímulo ás artes e à cultura, 
consagrando-se a criação da "Escola Palatina". 
Acrescenta-se ainda que do contato do ocidente 
medieval europeu com o mundo árabe, importantes 
conhecimentos técnicos e culturais foram assimilados 
e difundidos pelos europeus.
8. 
a) De acordo com o texto, pode-se considerar como 
aspectos da relação entre cristãos e muçulmanos na 
Idade Média, a transmissão conhecimentos da anti-
guidade clássica dos muçulmanos ao ocidente cristão 
e presença islâmica na península ibérica deu origem 
à guerra da Reconquista. 
b) O Renascimento é assim chamado em virtude da 
redescoberta e revalorização das referências cultu-
rais da antiguidade clássica durante a passagem da 
Idade Média para a Idade Moderna, destacando-se o 
racionalismo, o antropocentrismo, o individualismo e 
o naturalismo.
9. 
a) A destruição de monumentos romanos ainda exis-
tentes e a não preocupação de restaurar outros que 
já se encontravam deteriorados.
b) Foi a capital do mais importante império na Antigui-
dade, sendo um poderoso centro político e adminis-
trativo e centro de difusão, irradiação e consolidação 
dos valores da civilização clássica (greco-romana).
c) Por que as cidades italianas à época do Renasci-
mento eram, além de importantes centro econômicos, 
verdadeiros Estados dotados de soberania, onde os 
governantes ou a burguesia em busca de projeção, 
estimulavam as artes. Também, os valores da Renas-
cença representavam uma contraposição aos valores 
domundo feudal, essencialmente rural.
20
 REFORMA E CONTRARREFORMAAULAS 
19 E 20
E.O. APRENDIZAGEM
1. (UFMG) Leia estes trechos: 
I. “Assim vemos que a fé basta a um cristão. Ele não 
precisa de nenhuma obra para se justificar.”
II. “O rei é o chefe supremo da Igreja [...] Nesta qualida-
de, o rei tem todo o poder de examinar, reprimir, corrigir 
[...] a fim de conservar a paz, a unidade e a tranquilida-
de do reino...” 
III. “Por decreto de Deus, para manifestação de sua gló-
ria, alguns homens são predestinados à vida eterna e 
outros são predestinados à morte eterna.” 
A partir dessa leitura e considerando-se outros conheci-
mentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que as con-
cepções expressas nos trechos I, II e III fazem referência, 
respectivamente, às doutrinas:
a) católica, anglicana e ortodoxa. 
b) luterana, anglicana e calvinista. 
c) ortodoxa, luterana e católica. 
d) ortodoxa, presbiteriana e escolástica.
2. (UFRGS) Em 1648, foi celebrada a Paz de Vestfália, um 
conjunto de tratados que encerrava a Guerra dos Trinta 
Anos e, como consequência, o período de guerras reli-
giosas europeias, causadas pela Reforma Protestante. 
Entre os principais efeitos da Paz, pode-se citar:
a) a unificação política do Sacro Império Romano Ger-
mânico e o surgimento do Estadonação alemão. 
b) o reconhecimento da soberania nacional como 
elemento lapidar das relações internacionais entre os 
diferentes Estados europeus. 
c) a supressão do luteranismo do Sacro Império Ro-
mano Germânico e o reconhecimento do catolicismo 
e do calvinismo como únicas religiões permitidas nos 
Estados alemães.
d) a ascensão da Casa dos Habsburgo como a mais 
poderosa das dinastias reais europeias. 
e) a subjugação completa da Revolta Holandesa con-
tra a Espanha e a anexação dos Países Baixos ao Im-
pério Espanhol. 
3. (PUC-RJ) “O ódio contra o clero, muito extenso, de-
sempenhou o seu papel (...). A cobiça, o endividamento 
e os cálculos políticos, também devem ser levados em 
conta. Mas a mensagem dos reformadores, respondeu 
– isto é indubitável – a uma intensa sede espiritual que 
a igreja oficial foi incapaz de satisfazer (...) os prega-
dores da reforma não necessitaram de nenhum apoio 
político para atrair seus partidários, ainda que esse 
apoio se fizesse necessário para consolidar os resulta-
dos alcançados pelo ataque inicial dos profetas. Não se 
pode esquecer que, em seus inícios, a Reforma foi um 
movimento espiritual com uma mensagem religiosa.” 
LUCIEN FEBVRE APUD MARQUES, ADHEMAR MARTINS; BERUTTI, FLAVIO 
COSTA, FARIA, RICARDO DE SOUZA. HISTÓRIA MODERNA ATRAVÉS DE TEXTOS. 
SÃO PAULO: CONTEXTO, 2005 - COLEÇÃO TEXTOS E DOCUMENTOS - 3. 
Em relação aos movimentos religiosos que atingiram a 
Europa no século XVI, é INCORRETO afirmar que: 
a) Lutero, apesar de não ter sido o primeiro teólogo a 
se posicionar de forma contrária à Igreja, apresentava 
como um dos pontos centrais de seus questionamen-
tos a condenação da prática, coordenada pelos pró-
prios membros do clero católico, da venda de indul-
gências, de relíquias e de cargos religiosos. 
b) as reformas religiosas levaram a Europa a teste-
munhar sangrentas rebeliões e guerras, que, apesar 
de figurarem como motivadas por questões de cunho 
estritamente religioso, estavam também associadas a 
disputas políticas ou insatisfações das camadas me-
nos favorecidas da população. 
c) o Anglicanismo surgiu na Inglaterra sob o governo 
de Henrique VIII. Este, sendo um religioso fervoroso, 
começou a questionar e, posteriormente, a criticar, al-
guns dogmas como os sacramentos do matrimônio e 
do celibato. Essa discordância teve como consequên-
cia a ruptura definitiva com a Igreja Católica. 
d) a contrarreforma foi a resposta dada pela Igreja 
Católica, a partir de duas frentes de ação: por um 
lado procurou corrigir alguns desvios de conduta de 
seus membros, alvos recorrentes de ataque dos refor-
madores; e por outro reafirmou os dogmas que foram 
condenados pelas novas religiões. 
e) o calvinismo pregava a devoção à oração e ao 
trabalho como valores edificadores daqueles que, 
segundo a doutrina da predestinação, estariam en-
caminhados ao paraíso. Os homens que não vivessem 
de acordo com esses valores, sinalizariam que seu 
destino seria a danação no inferno. 
4. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre a 
Companhia de Jesus, ordem fundada em 1534, pelo ex-
-militar espanhol Ignacio de Loyola, e à qual pertence o 
papa Francisco. 
I. Foi um instrumento importante da Igreja Católica na 
luta contra a Reforma Protestante do século XVI, de-
fendendo a ortodoxia católica contra os movimentos 
reformadores, como o luteranismo e o calvinismo. 
COMPETÊNCIAS: 4 e 8 HABILIDADES: 13, 15, 16 e 28
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II. Foi banida pela bula papal Dominicus ad Redemptor, 
de 21 de julho de 1773, mas recuperou suas prerroga-
tivas em 1814. 
III. Desempenhou um papel essencial na atividade evan-
gelizadora dos indígenas nas Américas, com o estabele-
cimento das chamadas “reduções”, a partir do início do 
século XVII. 
Quais estão corretas?
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
5. (FGV) Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, 
o Conselho de Imigração e Colonização do Ministério 
das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a 
entrada de 3000 imigrantes de origem “semita”. Con-
dição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a 
conversão ao catolicismo. Pressionados pelos aconteci-
mentos que marcavam a história do III Reich, os judeus, 
mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valo-
res culturais em troca do título de cristão. 
[MARIA LUIZA TUCCI CARNEIRO, O ANTISSEMITISMO 
NA ERA VARGAS (1930-1945)] 
A situação apresentada tem semelhança com o proces-
so histórico da:
a) permissão apenas do culto católico no Brasil, confor-
me preceito presente na primeira Constituição, de 1891. 
b) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, 
pois recaiu sobre os sertanejos a acusação de ateísmo. 
c) obrigatoriedade, conforme costume colonial, dos 
negros alforriados de conversão ao catolicismo para 
a obtenção da efetiva liberdade. 
d) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em 
Portugal, a partir do final do século XV, o que gerou a 
denominação cristão-novo.
e) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determi-
nada pelo Governo Provisório da República, coman-
dada por Deodoro da Fonseca. 
6. (FGV) Leia o fragmento. 
Um famoso escândalo político foi o de Antônio Perez, 
que em 1571 era secretário de Estado de Felipe II, ten-
do alcançado um dos postos mais importantes na mo-
narquia. Por rivalidades, viu-se envolvido em intrigas 
internacionais. Conhecia todos os segredos da coroa, 
tendo absoluto controle sobre o Tesouro. Foi acusado 
de vender cargos, de suborno e de trair segredos do Es-
tado. Felipe viu um caminho para atingi-lo: a Inquisição. 
Tinha de ser acusado de heresia. Foi difícil encontrar 
provas contra seu catolicismo, mas o confessor do rei 
conseguiu-as. Mesmo sendo íntimo amigo do inquisi-
dor-mor e tendo o apoio da população de Saragoça, Pe-
rez foi acusado de herege. Conseguiu fugir e morreu em 
Paris, e, conforme testemunhou o núncio apostólico da 
região, sempre viveu como fiel católico. 
(ANITA NOVINSKY, A INQUISIÇÃO) 
A partir do texto, é correto concluir que a Inquisição 
espanhola 
a) ampliou as suas prerrogativas nas nações euro-
peias menos fiéis ao poder do papado, com o intuito 
de ampliar o número de seguidores. 
b) perdeu parte de suas atribuições e poderes a partir 
da Contrarreforma católica, conforme deliberação do 
Concílio de Trento.
c) manteve, durante a sua existência secular, vínculos 
essenciais com a questão religiosa, excepcionalmente 
confundindo-se com a questão política. 
d) resumiu sua atuação a alguns poucos casos exem-
plares, com o intuito de evitar a propagação do isla-
mismo e das igrejas reformadas. 
e) apesar de sua fundamentação religiosa, esteve vin-
culada ao Estado e serviu aos interesses de grupos 
ligados ao poder. 
7. (FGV-RJ)

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