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EO - Ciências Humanas_VOLUME4

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1
Caro aluno 
O Hexag Medicina é, desde 2010, referência na preparação pré-vestibular de candidatos às 
melhores universidades do Brasil.
Ao elaborar o seu Sistema de Ensino, o Hexag Medicina considerou como principal diferen-
cial em relação aos concorrentes sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas 
e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado.
Você está recebendo o livro Estudo Orientado. Com o objetivo de verificar se você aprendeu 
os conteúdos estudados, este material apresenta nove categorias de exercícios:
• Aprendizagem: exercícios introdutórios de múltipla escolha para iniciar o processo de fixa-
ção da matéria dada em aula. 
• Fixação: exercícios de múltipla escolha que apresentam um grau de dificuldade médio, 
buscando a consolidação do aprendizado. 
• Complementar: exercícios de múltipla escolha com alto grau de dificuldade. 
• Dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais ves-
tibulares do Brasil. 
• Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, 
preparando o aluno para esse tipo de exame. 
• Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios de múltipla escolha das universi-
dades públicas de São Paulo. 
• Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp): exercícios dissertativos da segunda fase 
das universidades públicas de São Paulo 
• Uerj (exame de qualificação): exercícios de múltipla escolha que possibilitam a consolida-
ção do aprendizado para o vestibular da Uerj. 
• Uerj (exame discursivo): exercícios dissertativos que possibilitam a consolidação do apren-
dizado para o vestibular da Uerj.
Visando a um melhor planejamento dos seus estudos, os livros de Estudo Orientado rece-
berão o encarte Guia de Códigos Hierárquicos, que mostra, com prático e rápido manuseio, 
a que conteúdo do livro teórico corresponde cada questão. Esse formato vai auxiliá-lo a 
diagnosticar em quais assuntos você encontra mais dificuldade. Essa é uma inovação do 
material didático 2020. Sempre moderno e completo, trata-se de um grande aliado para seu 
sucesso nos vestibulares.
Bons estudos!
Herlan Fellini
2
SUMÁRIO
HISTÓRIA
HISTÓRIA GERAL
HISTÓRIA DO BRASIL
Aulas 27 e 28: Revolução Francesa 4
Aulas 29 e 30: Era Napoleônica e o Congresso de Viena 19
Aulas 31 e 32: Revoluções de 1830 e 1848 e Segunda Revolução Industrial 30
Aulas 33 e 34: Ideologias do século XIX, Imperialismo e Neocolonialismo 43
Aulas 27 e 28: República oligárquica: aspectos políticos e econômicos 60
Aulas 29 e 30: República oligárquica: movimentos sociais 73
Aulas 31 e 32: Crise da república oligárquica e Revolução de 1930 89
Aulas 33 e 34: Era Vargas: governos provisório e constitucional 104
GEOGRAFIA
GEOGRAFIA 1
GEOGRAFIA 2
Aulas 27 e 28: Agropecuária brasileira 120
Aulas 29 e 30: Tipos de indústria 147
Aulas 31 e 32: Industrialização do Brasil 158
Aulas 33 e 34: Transportes I 172
Aulas 27 e 28: Regiões socioeconômicas mundiais II: América latina 190
Aulas 29 e 30: Regiões socioeconômicas mundiais III: Europa 205
Aulas 31 e 32: Regiões socioeconômicas mundiais IV: Rússia e Ásia central 220
Aulas 33 e 34: Regiões socioeconômicas mundiais V: China 233
Bruno Alves
Bruno Alves
Bruno Alves
Bruno Alves
Bruno Alves
Bruno Alves
Bruno Alves
3
HISTÓRIA GERAL
4
 REVOLUÇÃO FRANCESAAULAS 
27 E 28
E.O. APRENDIZAGEM
1. (UEL) Leia o texto a seguir.
A conquista do tempo através da medida é claramente 
percebida como um dos importantes aspectos do con-
trole do Universo pelo homem. De um modo não tão 
geral, observa-se como, em uma sociedade, a interven-
ção dos detentores do poder na medida do tempo é um 
elemento essencial do seu poder: o calendário é um dos 
grandes emblemas e instrumentos do poder; por outro 
lado, apenas os detentores carismáticos do poder são 
senhores do calendário: reis, padres, revolucionários.
LE GOFF, J. HISTÓRIA E MEMÓRIA. TRAD. DE BERNARDO LEITÃO 
ET AL. 7.ED. CAMPINAS: UNICAMP, 2013. P.442.
No processo histórico das sociedades humanas, os se-
nhores do poder procuram ampliar o seu domínio socio-
econômico vinculando-o ao tempo cronológico.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um 
exemplo de apropriação do tempo associado a um po-
der que originou um novo calendário. 
a) O Édito de Constantino impôs o calendário Justi-
niano a todo o Ocidente cristão modificando as datas 
de celebrações religiosas.
b) A Reforma Calvinista produziu uma nova conta-
gem de tempo para a sociedade referente ao mundo 
sagrado, consagrando a epopeia da libertação.
c) A Revolução Chinesa criou um novo calendário 
apropriando-se do controle da temporalidade no 
campo pelas novas técnicas agrícolas desenvolvidas 
por Mao Tse Tung.
d) A Revolução Francesa rompeu com o calendário 
em vigor, a partir da deposição do rei pela Convenção 
criada para formular uma nova constituição.
e) A Revolução Inglesa modificou o calendário no 
qual se regulava a balança comercial britânica com as 
suas colônias, aprimorando a concentração do lucro.
2. (UECE) “Quem era a burguesia? Eram os escritores, 
os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os 
funcionários – as classes educadas; eram os mercado-
res, os fabricantes, os banqueiros – as classes abasta-
das, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de 
tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora 
o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já 
não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão 
feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. En-
contraram a expressão de suas necessidades no campo 
econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; 
e a expressão de suas necessidades, no campo social, 
nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. 
O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contra-
partida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.” 
HUBERMAN, LEO. HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM. 21ª ED. 
RIO DE JANEIRO, EDITORA GUANABARA, 1986, P. 149. 
Essa burguesia, descrita por Leo Huberman, foi respon-
sável por uma das principais transformações políticas 
e sociais, que teve um impacto duradouro na história 
do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o 
continente europeu. Essa burguesia está ligada à: 
a) Revolução Gloriosa, de 1688 a 1689. 
b) Revolução Francesa, de 1789 a 1799. 
c) Revolução Russa, de 1917. 
d) Revolução de Avis, de 1383 a 1385. 
3. (PUC-SP) “O Terror, que se tornou oficial durante cer-
to tempo, é o instrumento usado para reprimir a con-
trarrevolução(...). É a parte sombria e mesmo terrível 
desse período da Revolução [Francesa], mas é preciso 
levar em conta o outro lado dessa política.”
MICHEL VOVELLE. A REVOLUÇÃO FRANCESA EXPLICADA À 
MINHA NETA. SÃO PAULO: UNESP, 2007, P. 74-75.
São exemplos dos “dois lados” da política revolucioná-
ria desenvolvida na França, durante o período do Terror: 
a) o julgamento e a execução de cidadãos suspeitos e 
o tabelamento do preço do pão.
b) a prisão do rei e da rainha e a conquista e coloni-
zação de territórios no norte da África.
c) a vitória na guerra contra a Áustria e a Prússia e o 
fim do controle sobre os salários dos operários.
d) a ascensão política dos principais comandantes mi-
litares e a implantação da monarquia constitucional.
e) o início da perseguição e da repressão contra reli-
giosos e a convocação dos Estados Gerais.
4. (Ufrgs) O texto abaixo refere-se à Revolução Francesa.
O Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, 
uma parte essencial do governo revolucionário. Seu 
braço. (...) Ele é também um meio de governo omnipre-
sente, através do qual a ditadura revolucionária de Paris 
deve fazer sentir sua mão de ferro em todos os lugares, 
tanto nas províncias quanto nas forças armadas.
FURET, FRANÇOIS ; OZOUF, MONA. DICCIONNAIRE CRITIQUE DE LA RÉVOLUTION 
FRANÇAISE. ÉVÉNEMENTS. PARIS: FLAMMARION, 1992. P. 298-299.
Considere as seguintes afirmações sobre o denominado 
Terror.
COMPETÊNCIAS: 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADES:
3, 4, 5, 6, 7,8, 9, 10, 13, 
14, 16, 17, 18, 20, 22, 
23, 24, 25, 26, 28 e 29
5
I. O governo jacobino, dirigido por Robespierre, e o Co-
mitê de Salvação Pública foram responsáveis pelo pe-
ríodo do Terror.
II. O Terror foi uma política de extermínio liderada pelos 
girondinos de origem burguesa.
III. O objetivo dessa política centrava-se na defesa da 
Revolução contra os inimigos internos e externos.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas I e III.
5. (Espcex-adaptado) “Em fins do século XVIII, enquanto a 
Inglaterra se industrializava rapidamente, a França era ain-
da um país agrário. [...] Enquanto isso, na França, vigorava 
ainda uma organização social baseada em estamentos - 
chamados estados, ou ordens -, herdada da Idade Média.” 
(ARRUDA & PILETTI, 2007) 
Sobre o tema, leia as afirmações abaixo. 
I. O primeiro Estado era constituído pela burguesia. 
II. O clero estava subdividido em alto clero e baixo clero. 
III. O terceiro estado lutava pela abolição dos privilé-
gios e por igualdade de tratamento em relação à no-
breza e clero. 
IV. Os sans-cullottes eram os pobres que não tinham os 
privilégios da nobreza. 
V. A Assembleia Nacional era composta por representan-
tes dos três Estados, que possuíam igualdade de votos. 
Assinale a única alternativa em que todos os itens estão 
corretos. 
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) I, IV e V.
e) II, IV e V.
6. (UECE) Atente para as seguintes citações: 
I. “Os reis, aristocratas e tiranos, independentemente 
da nação a que pertençam, são escravos que se revol-
tam contra o soberano da Terra, isto é, a humanidade, e 
contra o legislador do universo, a natureza.”
(MAXIMILIEN ROBESPIERRE, LÍDER E COMANDANTE DO TERROR 
JACOBINO, DEFENSOR DE IDEIAS REVOLUCIONÁRIAS PARA AQUELE TEMPO, 
COMO VOTO UNIVERSAL, ELEIÇÕES DIRETAS, EDUCAÇÃO GRATUITA E 
OBRIGATÓRIA, E IMPOSTO PROGRESSIVO, SEGUNDO A RENDA.)
II. “[...] garantir a propriedade do rico, a existência do 
pobre, o usufruto do industrial e a segurança de todos.”
(BOISSY D’ANGLAS, SOBRE O OBJETIVO DA CONSTITUIÇÃO DE 1795, DA QUAL 
FOI O RELATOR, PROMULGADA PELA CONVENÇÃO APÓS A QUEDA DO REGIME DE 
TERROR IMPLANTADO PELOS JACOBINOS SOB LIDERANÇA DE ROBESPIERRE.) 
Analisando as citações acima, pode-se afirmar correta-
mente que:
a) representam, respectivamente, os momentos de 
maior radicalização popular e de acomodação bur-
guesa dentro do movimento revolucionário que der-
rubou o antigo regime na França em 1789.
b) caracterizam o processo de reação da nobreza que, 
liderada por Robespierre, atacou os interesses da bur-
guesia que a escravizava.
c) significam o fim do Estado burguês, pois tanto Ro-
bespierre quanto d’Anglas desejavam a segurança de 
todos os franceses indistintamente.
d) ambas reproduzem a preponderância dos princí-
pios burgueses de supremacia da liberdade individual 
e da fraternidade entre as classes sociais.
7. (Acafe) Classificada pela história como modelo clás-
sico de revolução burguesa, a Revolução Francesa deu 
sua contribuição para o Ocidente, seja no vocabulário 
político ou na influência das constituições que adota-
ram alguns princípios da Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão.
Sobre a revolução francesa é correto afirmar, exceto: 
a) A Assembleia Nacional aboliu as taxas e impostos 
que recaiam sobre o campesinato, acabando com os 
vestígios do feudalismo que ainda perdurava em vá-
rias regiões francesas.
b) Monarquias como a Prússia e a Áustria assinaram 
a declaração de Pillnitz e anunciaram a intenção de 
intervir militarmente na França e deter o processo re-
volucionário.
c) No período do Terror, os excessos de Robespierre 
fizeram-no perder o apoio político. Posteriormente, o 
próprio Robespierre foi guilhotinado.
d) Os jacobinos defendiam posições moderadas e 
representavam, sobretudo, os interesses da alta bur-
guesia e do primeiro Estado.
8. (UFRN) Os diversos grupos envolvidos na Revolução 
Francesa interpretaram diferentemente os princípios 
teóricos que a fundamentaram. Uma interpretação des-
ses princípios pode ser exemplificada no Manifesto dos 
Iguais, que se expressava nos seguintes termos: 
Desde a própria existência da sociedade civil, o atributo 
mais belo do homem vem sendo reconhecido sem opo-
sição, mas nem uma só vez pôde ver-se convertido em 
realidade: a igualdade nunca foi mais do que uma bela 
e estéril dicção da lei. E hoje, quando essa igualdade é 
exigida numa voz mais forte do que nunca, a resposta 
é esta: “Calai-vos, miseráveis! A igualdade não é real-
mente mais do que uma quimera; contentai-vos com 
a igualdade relativa: todos sois iguais em face da lei. 
Que quereis mais, miseráveis?” Que mais queremos? 
Queremos igualdade efetiva ou a morte. De que mais 
precisamos além da igualdade de direitos? Queremos 
vê-la entre nós, sob o teto das nossas casas. 
BABEUF, GRACO. MANIFESTO DOS IGUAIS. DISPONÍVEL EM: 
<WWW.MARXISTS.ORG/PORTUGUES/BABEUF/1796/MES/ MANIFESTO.
HTM>. ACESSO EM: 17 SET. 2012. [ADAPTADO] 
Elaborado na fase do Diretório, esse Manifesto inspirou 
a “Conspiração dos Iguais”, que foi sufocada, e seu líder, 
Graco Babeuf, preso e executado. 
6
No contexto da Revolução Francesa, esses aconteci-
mentos evidenciam que 
a) o partido conservador, cujos membros eram conhe-
cidos como realistas, uniu-se à alta burguesia e lutava 
para restaurar a monarquia.
b) a facção dos radicais, liderada por Robespierre, te-
mia a ascensão das massas operárias.
c) os ideais inspiradores do movimento revolucionário 
foram aplicados na medida em que atenderam os in-
teresses da burguesia.
d) as ideias radicais orientaram a ação dos jacobinos, 
que assumiram a liderança do processo revolucionário.
9. (PUC-RJ) “A Revolução Francesa constitui um dos ca-
pítulos mais importantes da longa e descontínua pas-
sagem histórica do feudalismo ao capitalismo. Com a 
Revolução (científica) do século XVII e a Revolução In-
dustrial do século XVIII na Inglaterra, e ainda com a Re-
volução Americana de 1776, a Grande Révolution lança 
os fundamentos da História contemporânea”.
[MOTA, C. G. A REVOLUÇÃO FRANCESA].
Entre as transformações promovidas pela Revolução na 
França, iniciada em 1789, é CORRETO afirmar que: 
a) os privilégios feudais e o regime de servidão foram 
abolidos destruindo a base social que sustentava o An-
tigo Regime absolutista francês.
b) a Revolução aboliu o trabalho servil e fortaleceu o 
clero católico instituindo uma série de medidas de ca-
ráter humanista.
c) os revolucionários derrubaram o rei e proclamaram 
uma República fundamentada no igualitarismo radical 
na qual a propriedade privada foi abolida.
d) a Revolução rompeu os laços com a Igreja católica 
iniciando uma reforma de cunho protestante que se 
aproximava dos ideais da ética do capitalismo moderno.
e) a Revolução, mesmo em seu momento mais radical, 
não foi capaz de romper com as formas de propriedade 
e trabalho vigentes no antigo regime.
10. (Espcex (Aman)) Leia as afirmações abaixo referen-
tes à Revolução Francesa.
I. Sua principal função social era defender a nação.
II. Fase da Revolução Francesa que durou de 1794 até 
1799.
III. Revoltas camponesas comuns na França na década 
de 1780.
IV. Defendiam um governo central forte, o voto univer-
sal e a participação popular na direção do processo re-
volucionário.
Os fragmentos I, II, III e IV referem-se, respectivamente, 
ao/à(s) 
a) jacobinos, diretório, nobreza, jaqueries. 
b) nobreza, diretório, jaqueries, jacobinos. 
c) diretório, jaqueries, jacobinos, nobreza. 
d) nobreza, jaqueries, diretório, jacobinos. 
e) jaqueries, jacobinos, nobreza, diretório. 
E.O. FIXAÇÃO
1. (UFPA) A imagem do filme Danton (abaixo), com Ro-
bespierre, interpretado pelo ator Wojciech Pszoniak, e 
Danton, com os braços abertos, interpretado por Gé-
rard Depardieu, evidencia a diferença de atitude entre 
os dois personagens da Revolução Francesa.
A leitura da imagem e o conhecimento sobre o proces-
so revolucionário na Europa de 1789autorizam afirmar 
que os posicionamentos de Danton e Robespierre ca-
racterizavam que: 
a) Danton defendeu as revindicações dos sans-cullo-
tes e, por apoiar a criação de um exército revolucio-
nário, entrou em conflito com Robespierre.
b) Robespierre, de peruca, símbolo da aristocracia do 
antigo regime, foi o representante dos monarquistas 
no Comitê de Salvação Pública.
c) Robespierre representou a burguesia francesa, e 
Danton representou o povo nos debates no Tribunal 
Revolucionário.
d) Danton tinha origem popular, e Robespierre vinha 
de uma linhagem nobre, por isso conflitaram em seus 
ideais sobre a revolução.
e) o filme é uma obra de ficção, por isso é incorreto 
dizer que houve conflitos entre Robespierre e Danton 
durante os acontecimentos da Revolução Francesa.
2. (UERN) Felizmente, a Revolução Francesa ainda está 
viva. Pois a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade, os 
valores da Razão e do Iluminismo – os valores que cons-
truíram a civilização moderna (...) – são mais necessá-
rios do que nunca, na medida em que o irracionalismo, a 
religião fundamentalista, o obscurantismo e a barbárie 
estão, mais uma vez, avançando sobre nós. É, portanto, 
uma boa coisa que, no ano de seu bicentenário (1989), 
tenhamos a ocasião de pensar novamente sobre os 
acontecimentos históricos que há dois séculos transfor-
maram o mundo. Para melhor.
(HOBSBAWM, ERIC. ECOS DA MARSELHESA: DOIS SÉCULOS REVEEM 
A REVOLUÇÃO FRANCESA. SÃO PAULO: COMPANHIA DA LETRAS, 
1996. P. 127. IN: MARQUES, ADHEMAR. PELOS CAMINHOS DA 
HISTÓRIA. ENSINO MÉDIO. CURITIBA: POSITIVO, 2006. P. 254.)
Na visão do autor do texto, um dos mais conceituados 
historiadores de nosso tempo, a “Revolução Francesa 
ainda está viva”. Acerca do pensamento de Hobsbawm 
e os acontecimentos que permeiam o cotidiano atual, é 
correto afirmar que:
7
a) é possível estabelecer relações de semelhança en-
tre os atores sociais, que protagonizaram a revolução 
burguesa em questão, e os embates, que ainda per-
manecem presentes em nossa sociedade.
b) a presença de sinais de conflito, tais como o “ir-
racionalismo” e o “obscurantismo”, citados pelo 
historiador, comprova a total ineficácia do processo 
revolucionário empreendido em 1789.
c) percebe-se, nos dias atuais, que os entraves feu-
dais, os quais foram os grandes causadores da Revo-
lução Francesa, permanecem como uma constante na 
realidade de toda a Europa ocidental.
d) como ainda existem, na atualidade, as mesmas 
classes sociais do período moderno, palco da Revo-
lução Francesa, a história permanece a mesma, sem 
alterações que possam ser consideradas válidas.
3. (UFU) As mães, as filhas, as irmãs, representantes da 
Nação pedem ser constituídas em Assembleia Nacional. 
Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o 
menosprezo dos direitos da mulher são as únicas cau-
sas das desgraças públicas e da corrupção do governo, 
resolvemos expor, numa declaração solene, os direitos 
naturais, inalteráveis e sagrados da mulher. Em conse-
quência, o sexo superior em beleza, como em coragem 
nos sofrimentos maternais, reconhece e declara, em 
presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguin-
tes direitos da mulher e da cidadã.
Art. 1 – A mulher nasce livre e permanece igual ao ho-
mem em direitos. As distinções sociais não podem ser 
fundadas, senão, sobre a utilidade comum.
Art. 2 – A finalidade de toda associação política é a 
conservação dos direitos naturais e imprescritíveis da 
mulher e do homem. Estes direitos são: a liberdade, a 
prosperidade, a segurança e, sobretudo, a resistência à 
opressão.
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER E DA CIDADÃ. 1791. (ADAPTADO)
O documento acima foi proposto à Assembleia Nacio-
nal da França, durante a Revolução Francesa, por Marie 
Gouze. A autora propunha uma Declaração de Direitos 
da Mulher e da Cidadã para igualar-se à Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada anterior-
mente. A proposta de Marie Gouze expressa: 
a) o reconhecimento da fragilidade feminina, de-
vendo a Constituição francesa garantir ações legais 
e afirmativas com o objetivo de reparar séculos de 
exploração contra a mulher.
b) a participação das mulheres no processo revolu-
cionário e a reivindicação de ampliação dos direitos 
de cidadania, com o intuito de abolir as diferenças de 
gênero na França.
c) a disputa política entre os jacobinos e girondinos, 
uma vez que estes últimos defendiam uma radicaliza-
ção cada vez maior das conquistas sociais no proces-
so revolucionário.
d) o descontentamento feminino ante as desigualda-
des que as leis francesas até então garantiam entre 
os integrantes do terceiro Estado e a aristocracia.
4. (UFRN) Em 1789, no contexto da Revolução France-
sa, na Assembleia Nacional, os representantes do povo 
elaboraram a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, que, entre outras proposições, enunciou: 
Os homens nascem livres e iguais em direitos. As dis-
tinções sociais só podem ter fundamento na utilidade 
comum. 
O fim de toda associação política é a conservação dos 
direitos naturais e imprescritíveis do homem. Estes di-
reitos são: a liberdade, a propriedade, a segurança e a 
resistência à opressão. 
A lei é a expressão da vontade geral. Deve ser igual 
para todos, protegendo ou punindo. 
Sendo todos os cidadãos iguais perante a lei, são, igual-
mente, admitidos a todas as dignidades, cargos e em-
pregos públicos, segundo a capacidade de cada um e 
sem outra distinção que não seja a das suas virtudes 
ou talentos.
IN: PAINE, T. OS DIREITOS DO HOMEM. PETRÓPOLIS: 
VOZES, 1989. [ADAPTADO]. 
As proposições citadas, de ampla repercussão no Mun-
do Contemporâneo, estão fundamentadas:
a) nas ideias liberais, defensoras do intervencionismo 
estatal com a adoção de minuciosa regulamentação 
de todos os aspectos da vida social.
b) nos valores defendidos pelos adeptos do liberalis-
mo, em oposição aos governos autoritários e à orga-
nização social baseada em privilégios.
c) nas posições políticas burguesas, favoráveis à har-
monia coletiva garantida pelo acesso de todos os 
grupos sociais à propriedade privada dos meios de 
produção.
d) nos princípios iluministas, alicerçados na defesa da 
igualdade econômica como um direito que garantiria 
a cidadania proletária.
5. (UPE) A Revolução Francesa marcou a ascensão da 
burguesia ao poder, acabando com o absolutismo fran-
cês. Sobre a França revolucionária, assinale a alternati-
va correta. 
a) A burguesia atuava também no campo, em especial 
no sul da França, onde dominava o comércio de tecido.
b) Os grupos políticos urbanos se restringiam ao apoio 
da nobreza reformada, a qual, assim como o clero, cla-
mava por reformas econômicas.
c) A burguesia parisiense contestava o alto índice de 
impostos que era obrigada a pagar.
d) O drástico corte de gastos da Corte de Luís XVI dimi-
nuiu a crise econômica da França no fim do século XVIII.
e) Os camponeses ficaram alheios ao processo revolucio-
nário, colhendo depois os frutos das conquistas burguesas.
6. (Espcex) “A execução de Luís XVI, em janeiro de 1793, 
abalou a nobreza europeia. No interior da França, eclo-
diram revoltas (...). No exterior, formou-se a Primeira 
Coligação europeia (...). A França foi novamente inva-
dida. (...) Teve início então, o Período do Terror, que se 
estenderia até julho de 1794.”
(ARRUDA & PILETTI, 2007)
8
O Período do Terror, caracterizado pela radicalização do 
processo revolucionário, ocorreu durante a fase da(o):
a) Monarquia Constitucional e era chefiado por ja-
cobinos.
b) Diretório e era dirigido por girondinos.
c) Assembleia Legislativa e era comandado por “sans-
-culottes”.
d) Assembleia Nacional Constituinte e era orientado 
por girondinos.
e) Convenção Nacional e era liderado por jacobinos.
7. (Espm) Que o preço de todos os gêneros de primeira 
necessidade seja fixado invariavelmente sobre os dos 
ditos antigos, depois de 1789 até, inclusive, o ano 90, 
proporcionalmente às suas qualidades diversas; que as 
matérias-primas sejam também tabeladas, de maneira 
que os lucros da indústria,os salários do trabalho e os 
benefícios do comércio possam facultar ao homem in-
dustrioso, ao agricultor, ao comerciante, adquirir a coi-
sas necessárias e indispensáveis à subsistência, e ainda 
tudo quanto possa contribuir para o bem-estar.
(ALBERT SOBOUL. HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO FRANCESA)
A medida tratada no texto e colocada em vigor durante a 
Revolução Francesa pelo Comitê de Salvação Pública foi: 
a) a Lei do Máximo.
b) a Lei dos Suspeitos.
c) a redação dos cadernos de queixas.
d) a abolição dos direitos feudais.
e) a abolição das corporações de ofício.
8. (UFTM) A cada um a sua função e o seu lugar na terra. 
No topo estão os religiosos, intermediários indispen-
sáveis entre a cidade terrestre e a cidade celeste (...). 
Depois vêm os nobres, que receberam da Providência a 
qualidade de guerreiros e estão, portanto, investidos da 
missão de manutenção da ordem. Finalmente, para o úl-
timo lugar são relegados os trabalhadores, destinados 
ao trabalho e ao sofrimento para o bem comum.
(PIERRE BONNASSIE. DICIONÁRIO DE HISTÓRIA MEDIEVAL, 1985. ADAPTADO.)
O texto faz referência:
a) a um tipo de organização social que se apoiava nas 
diferentes aptidões dos seres humanos.
b) às crenças milenaristas, segundo as quais apenas 
os pobres alcançariam o reino dos céus.
c) à igualdade social, que caracteriza a sociedade oci-
dental desde a Antiguidade.
d) ao antropocentrismo, que reservava lugar de des-
taque para a vontade dos indivíduos.
e) à divisão da sociedade em três ordens, colocada 
em xeque pela Revolução Francesa.
9. (Udesc) Entre 1789 e 1799, a França atravessou um 
período profundamente transformador conhecido por 
Revolução Francesa. Em relação às características desse 
processo revolucionário e seus desdobramentos, anali-
se cada proposição e assinale (V) para verdadeira ou (F) 
para falsa.
( ) A França foi inovadora, pois não havia notícias de 
uma revolução de caráter burguês e liberal na Europa 
do século XVIII.
( ) Durante os dez anos do processo revolucionário, 
houve uma série de acordos que garantiram uma transi-
ção tranquila e pacífica da monarquia absolutista para 
a república federativa.
( ) A Revolução Francesa pode ser subdividida em qua-
tro momentos: a Assembleia Constituinte, a Assembleia 
Legislativa, a Convenção e o Diretório.
( ) A Revolução Francesa disseminou nova concepção 
política e organizacional do Estado; suas ideias influen-
ciaram a disseminação de guerras e conflitos e seus 
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade passaram 
a ser buscados por quase todas as nações do mundo 
contemporâneo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, 
de cima para baixo. 
a) V – F – V – F
b) V – V – F – F
c) F – V – V – V
d) V – V – V – V
e) F – F – V – V
10. (UFTM) O esquema refere-se à situação da receita e 
da despesa do Estado francês na década de 1780.
Impostos
 diretos
46%Impostos
indiretos
32%
 Outras
receitas
22%
 Casa real
(Incluindo
 salários e
 pensões:
 4,3%)
10,3%
 Marinha,
 guerra,
 negócios
exteriores
17,2%
Pagamento
 da dívida
50,3%
 Outras
despesas
22,2%
 Receitas: 471,6
milhões de libras
 Despesas: 633
milhões de libras
 Déficit: 161,4
milhões de libras
(Anne Bernet. Sem nenhum tostão em caixa. In História Viva, 2004.) 
A partir da observação dos dados, pode-se inferir: 
a) o equilíbrio da economia do país, obtido pela admi-
nistração centralizada, típica do absolutismo.
b) a fragilidade das contas públicas, agravada pelo 
envolvimento do país em guerras externas, que apro-
fundaram a crise econômica.
c) a importância das taxas pagas pela nobreza, que 
compunham grande parte das receitas do poder pú-
blico.
d) a necessidade de se aumentar o controle das fron-
teiras, para evitar a evasão de divisas para outros pa-
íses europeus.
e) os efeitos das revoltas camponesas, que desestru-
turaram a produção rural e diminuíram a arrecadação 
de impostos.
9
E.O. COMPLEMENTAR
1. (IFSP) Antes de 1789, inúmeros problemas devasta-
vam a França, o que a levou à grande revolução de 14 
de julho.
Assinale a alternativa que contém os fatores que propi-
ciaram o surgimento da Revolução. 
a) O decreto do Bloqueio Continental por Napoleão 
Bonaparte, o que levou praticamente toda a Europa 
a uma guerra. Esta, fazendo milhares de vítimas en-
tre os franceses, trouxe um colapso à economia (pela 
diminuição da mão de obra) o que levou o país à re-
volução de 14 de julho.
b) A coroação de Luis XIV como o “rei Sol”. Monarca 
vaidoso e perdulário, construiu Versalhes, solapando 
as finanças francesas, o que levou o país a imensos 
deficits. Descontentes com a situação, filósofos ilu-
ministas pregavam a substituição da monarquia por 
uma república e a luta entre monarquistas e republi-
canos levou ao início da Revolução.
c) O enorme deficit causado por altos gastos com a 
corte e o pagamento de dívidas aliado às baixas re-
ceitas, recaindo todo o ônus dos impostos sobre o ter-
ceiro Estado. Além disso, o ideário iluminista adotado 
pela burguesia fez com que esta se dispusesse a lutar 
por uma igualdade jurídica.
d) A França estava devastada pelas guerras de reli-
gião, havendo perseguições e assassinatos de hu-
guenotes pelos católicos. Buscando a paz social, o rei 
Luis XIV estabeleceu o Edito de Nantes, trazendo a 
liberdade religiosa. Descontentes com a medida real, 
os católicos depuseram e aprisionaram o rei, o que 
deu início à revolução.
e) O surgimento da Revolução Industrial na França, o 
que levou milhares de camponeses às cidades, em bus-
ca de melhores condições de vida. Não encontrando 
trabalho (não conheciam o trabalho fabril), vivendo nas 
ruas e lançados à miséria, grande parte da população 
de Paris invadiu a Bastilha, buscando um teto para se 
abrigar do rigoroso inverno francês. O rei reagiu expul-
sando os invasores, o que deu início à revolução.
2. (Famerp 2017) A Revolução é feita de sombra, mas, 
acima de tudo, de luz.
MICHEL VOVELLE. A REVOLUÇÃO FRANCESA EXPLICADA À MINHA NETA, 2007.
A frase apresenta a Revolução Francesa, destacando 
a) a aliança de setores católicos, associados à luz da 
revelação divina, com a ação revolucionária, que re-
presentava as trevas da morte.
b) o contraste entre a obscura violência de alguns de 
seus momentos e a razão luminosa que guiou muitos 
de seus propósitos.
c) a vitória do projeto aristocrático, que representava 
a luz, sobre as lutas burguesas, que representavam 
as sombras.
d) o contraponto entre o esforço obscuro de impor o 
terror e a vontade iluminista de restaurar a monar-
quia parlamentar.
e) a derrota do ideal republicano, que associava a 
revolução às trevas, e o sucesso da monarquia abso-
luta, liderada pelo Rei Sol.
3. (UFMG) O Grande Medo de 1789 foi um dramático 
acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revo-
lução Francesa.
Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre 
o Grande Medo, EXCETO: 
a) Fez parte de uma conjuntura marcada por numero-
sas agitações e insurreições urbanas e rurais.
b) Foi considerado pelos revolucionários e pelo povo, 
em geral, como um complô das hordas inimigas da 
ordem, do rei e da Igreja.
c) Foi uma das faces da revolução camponesa que, 
durante os primeiros anos da Revolução Francesa, im-
pulsionou e conduziu a revolução burguesa.
d) Foi um acontecimento fundamentado em reações 
coletivas de medo e pânico da população diante da 
divulgação de boatos.
e) Gerou fugas, medidas preventivas tais como ata-
ques às propriedades aristocráticas e a decisão de 
armar a população para enfrentar os bandidos.
4. (UFJF-PISM 2) Em julho de 1789, houve a explosão 
de movimentos populares em Paris. Artesãos, operá-
rios e desempregados se envolveram fortemente com 
o processo revolucionário, que ocasionou a tomada da 
Bastilha, momento simbólico da Revolução Francesa. 
Os grupos populares que protagonizaram a revolução 
passaram a ser conhecidos como sans-culottes.
Em relação aos sans-culottes, assinale a resposta que 
CORRESPONDA às suas reivindicações e atitudes. 
a) Desejavam tomar o poder do rei de formamodera-
da, mediante as decisões do primeiro Estado.
b) Defendiam o aprofundamento das reformas polí-
ticas e a tomada de poder por parte da aristocracia.
c) Tinham um projeto político bem definido, cuja prin-
cipal proposta era o alinhamento com grupos contrar-
revolucionários.
d) Exigiam melhores condições de vida e participação 
política dos setores sociais médios e pobres, saque-
ando armazéns e tomando edifícios governamentais.
e) Defendiam que os preços fossem tabelados e o fim 
da exploração econômica, sem qualquer proximidade 
com os camponeses e suas reivindicações.
5. (UFPR) Considere os seguintes excertos produzidos 
no contexto da Revolução Francesa (1789-1799):
Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão 
(26 de agosto de 1789)
Declaração dos Direitos 
da Mulher e da Cidadã 
(setembro de 1791)
Art. 1º. Os homens nascem e 
são livres e iguais em direitos. 
As distinções sociais só podem 
fundamentar-se na utilidade 
comum. 
Art. 1º. A mulher nasce livre e tem 
os mesmos direitos do homem. As 
distinções sociais só podem ser 
baseadas no interesse comum.
10
Art. 2º. A finalidade de toda 
associação política é a con-
servação dos direitos naturais 
e imprescritíveis do homem. 
Esses direitos são a liberdade, 
a propriedade, a segurança e a 
resistência à opressão.
Art. 2º. O objeto de toda asso-
ciação política é a conservação 
dos direitos imprescritíveis da 
mulher e do homem. Esses di-
reitos são a liberdade, a proprie-
dade, a segurança e, sobretudo, a 
resistência à opressão.
Art. 13. Para a manutenção da 
força pública e para as des-
pesas de administração, é in-
dispensável uma contribuição 
comum, que deve ser dividida 
entre os cidadãos de acordo 
com suas possibilidades.
Art. 13. Para a manutenção da 
força pública e para as despe-
sas de administração, as con-
tribuições da mulher e do homem 
serão iguais; ela participa de to-
dos os trabalhos ingratos, de to-
das as fadigas, deve então partic-
ipar também da distribuição dos 
postos, dos empregos, dos cargos, 
das dignidades e da indústria.
* ESSA DECLARAÇÃO, ESCRITA E PROPOSTA PELA FRANCESA OLYMPE DE 
GOUGES, NÃO FOI APROVADA PELA ASSEMBLEIA NACIONAL; OLYMPE 
FOI GUILHOTINADA POR ORDEM DE ROBESPIERRE EM 1793.
Compare as duas declarações e assinale a alternativa 
que identifica a principal diferença entre o texto de 
1789 e o de 1791. 
a) O texto de 1791 estabelece direitos e obrigações 
detalhados e separados para homens e mulheres na 
política e nos negócios, conforme o projeto burguês 
de sociedade, enquanto o texto de 1789 defende um 
ideal universalista, sem distinção social.
b) O texto de 1789 defende direitos universais, sem 
explicitar a questão de gênero, enquanto o texto de 
1791 defende a igualdade de direitos entre os gêneros, 
reivindicando a atuação feminina em assuntos consi-
derados masculinos, como a política e os negócios.
c) O texto de 1791 defende a luta contra a opressão 
das mulheres após séculos de dominação monárqui-
ca na França, enquanto o texto de 1789 é contra a 
opressão masculina causada pela predominância do 
clero e da nobreza sobre o terceiro Estado.
d) O texto de 1789 utiliza o termo “homem” para de-
signar a todo o conjunto de cidadãos, sem distinção 
de classe e origem, enquanto o texto de 1791 subs-
titui “homem” por “mulher”, a fim de reivindicar di-
reitos exclusivos para as cidadãs da classe burguesa.
e) O texto de 1789 defende que nenhum direito é 
válido se não incluir todos os cidadãos, enquanto o 
texto de 1791 contradiz esse princípio ao privilegiar 
as mulheres, que reivindicavam maior espaço na so-
ciedade após a morte da rainha Maria Antonieta.
E.O. DISSERTATIVO
1. (PUC-RJ) A gravura abaixo se intitula A derruba-
da em massa e foi produzida em 1794 para defender 
o programa revolucionário dentro e fora da França. À 
esquerda, um revolucionário aciona uma máquina em 
cuja roda lê-se “Declaração dos Direitos do Homem” e, 
acima da máquina elétrica, lê-se “Eletricidade republi-
cana gerando nos déspotas uma comoção que derruba 
seus tronos”. No cabo elétrico, sucedem-se os impulsos 
“Liberdade, Fraternidade, Unidade, Indivisibilidade da 
República” que derrubam dois imperadores, vários reis 
e um papa.
Considerando esta gravura no contexto revolucionário 
em que foi produzida:
a) identifique duas ações tomadas pelos revolucionários, 
durante o período da Convenção Nacional (1792-1795), 
para garantir a “unidade e indivisibilidade da República” 
contra os que julgavam serem seus adversários internos;
b) explique por quais motivos o autor da gravura repre-
senta o enfrentamento das coalizões europeias como uma 
guerra universal contra todos os regimes despóticos. 
2. (UEL) Observe a imagem a seguir.
Explique o contexto histórico da Revolução Francesa 
destacando o posicionamento do autor da imagem 
quanto à Igreja católica. 
3. (PUC-RJ) As transformações ocorridas nas Américas 
durante a Era das Revoluções Atlânticas estiveram mar-
cadas por dois grandes eventos, ambos igualmente ra-
dicais: (a) a Revolução Americana, que, com a indepen-
dência das 13 colônias em 1776, causou uma primeira 
séria fratura na ordem do Antigo Regime e cujo pio-
neirismo na criação da primeira república moderna não 
seria esquecido e (b) a Revolução de Santo Domingo, 
no Haiti, nos anos de 1790, a qual veio associada a uma 
gigantesca, única e bem sucedida rebelião de escravos 
nos tempos modernos. Esta libertou os escravos e criou 
a segunda república independente do novo mundo.
a) Explique a contribuição da Revolução Americana 
para a ideia de República no mundo moderno.
11
b) Caracterize como os cidadãos franceses, em meio às 
próprias experiências revolucionárias iniciadas em 1789 
na metrópole, reagiram à rebelião dos escravos em sua 
colônia e à subsequente abolição da escravidão. 
4. (UFG) Leia o hino a seguir.
Avante, filhos da Pátria,
O dia de glória chegou!
Contra nós da tirania,
O estandarte ensanguentado se ergueu
Ouvis nos campos
Rugir esses ferozes soldados?
Vêm eles até os vossos braços
Degolar vossos filhos, vossas mulheres!
Às armas, cidadãos,
Formai vossos batalhões,
Marchemos, marchemos!
Que um sangue impuro
Banhe o nosso solo!
LISLE, JOSEPH ROUGET DE. A MARSELHESA. DISPONÍVEL 
EM: <WWW.AMBAFRANCE-BR.ORG/A-MARSELHESA>. 
ACESSO EM: 14 NOV. 2012. (ADAPTADO).
“A Marselhesa” foi apropriada como canção revolucio-
nária em 1793, no ano III. Passando por modificações 
em sua letra, no final do século XIX, em meio à corrida 
imperialista europeia, a composição tornou-se hino na-
cional francês. Diante do exposto:
a) relacione um trecho da composição “A Marselhe-
sa” ao contexto revolucionário francês;
b) explique a mudança ocorrida na ideia de nacionalis-
mo no final do século XIX, relacionando-a à apropria-
ção de “A Marselhesa” como hino nacional francês. 
5. (FGV) O texto a seguir narra algumas mudanças ocor-
ridas na França ao tempo da Revolução.
Depois da proclamação da República, em setembro de 
1792 (...). Até mesmo as medidas de espaço, tempo e 
peso passaram a ser questionadas. Todos deveriam fa-
lar a mesma língua, usar os mesmos pesos e medidas e 
entregar as moedas antigas. Uma comissão trabalhou 
para estabelecer o sistema métrico, e a Convenção ins-
tituiu um novo calendário. Em vez da semana de sete 
dias, haveria a decade, período de dez dias sem varia-
ção de mês para mês. No lugar dos nomes da ‘época 
vulgar’, os nomes dos meses e dias refletiriam a nature-
za e a razão. Germinal, floreal e prairial (fins de março 
a fins de junho), por exemplo, evocavam os brotos e 
flores da primavera, enquanto primidi, duodi etc. Or-
denavam os dias racionalmente, sem a ajuda dos no-
mes de santos. Em Toulouse, as autoridades municipais 
chegaram a contratar um relojoeiro para ‘decimalizar’ 
o relógio da Câmara Municipal. Até os relógios podiam 
testemunhar a Revolução.
HUNT, L. POLÍTICA, CULTURA E CLASSE NA REVOLUÇÃO FRANCESA. 
TRAD., SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 2007, P. 97.
a) Apresente quatro características da França durante 
o períodorepublicano de 1792 a 1795.
b) Explique os significados históricos dessa tentati-
va de estabelecer outras referências e denominações 
para o calendário.
c) Relacione o novo calendário instituído pela revolu-
ção às ideias ilustradas do século XVIII. 
6. (UNB) No processo da Revolução Francesa, quando 
destruíram os últimos resquícios do feudalismo na eufó-
rica noite de 4 de agosto de 1789, os deputados concor-
daram em manter o dízimo da Igreja, 2em vez de simples-
mente aboli-lo sem qualquer compensação. Mas, desde 
então, 1houve sinais de que a promessa seria abandona-
da. “Eles desejam ser livres, mas não sabem ser justos”, 
reclamou o abade de Seyès, referindo-se a alguns cole-
gas da Assembleia. Robespierre não era nem antipadres 
nem anticlerical; 3é difícil determinar sua posição quanto 
ao futuro da Igreja na Revolução. Às vezes, era veemen-
te crítico e, em outras vezes, retornava à interpretação 
da doutrina cristã, pois, a seu ver, o cristianismo era a 
religião dos pobres e daqueles de coração puro - rique-
za chamativa e luxo não deveriam fazer parte dele. Os 
pobres, segundo ele, eram oprimidos não apenas pela 
fome, mas também pelo espetáculo escandaloso de clé-
rigos autoindulgentes, 4que esbanjavam insensivelmente 
o que 5pertencia aos pobres por direito.
RUTH SCURR. PUREZA FATAL: ROBESPIERRE E A REVOLUÇÃO FRANCESA. RIO 
DE JANEIRO/SÃO PAULO: RECORD, 2009, P. 140-1 (COM ADAPTAÇÕES). 
Com base no texto acima, julgue os itens a seguir como 
corretos ou incorretos e justifique.
a) A invasão da península Ibérica, etapa do expan-
sionismo francês conduzido por Bonaparte, gerou ce-
nário estimulador do processo de independência das 
colônias espanholas e portuguesa na América.
b) As características aristocráticas, conservadoras e 
eclesiásticas do sistema feudal, que impediam práticas 
comerciais e financeiras, explicam a sobrevivência desse 
sistema até 1789.
c) O dízimo, imposto que abrangia o universo dos cris-
tãos, possibilitou que os papas, desde a Idade Média 
até o final do antigo regime, destinassem a Roma 10% 
da riqueza produzida na Europa, o que transformou a 
Igreja na principal instituição a ser combatida pelos ilu-
ministas e revolucionários do século XVIII.
d) A Reforma, ocorrida quase três séculos antes da Revo-
lução Francesa, constituiu evento de ruptura no interior 
do cristianismo. Entre outros aspectos, ela condenava o 
espetáculo pouco cristão dos eclesiásticos católicos, quer 
no plano econômico, quer no plano dos costumes.
e) A forma como a autora do texto refere-se ao abade 
de Seyès e a Robespierre permite compreender a con-
vivência, no auge dos acontecimentos da Revolução 
Francesa, de duas perspectivas, a tradicional e a mo-
derna, assumidas, inclusive, por um mesmo indivíduo.
f) Os miseráveis da época mencionada no texto não 
eram representantes da totalidade do povo, o qual, 
como categoria social, compreendia também indiví-
duos e grupos que estavam além da linha de miséria. 
12
Essa categoria teria, em seguida, seu significado am-
pliado ao nível político da nação. 
7. (UFBA) 
Texto I
Trecho da Declaração de Independência dos Estados 
Unidos
“São verdades incontestáveis para nós: que todos os 
homens nascem iguais; que lhes conferiu o Criador cer-
tos direitos inalienáveis, entre os quais o de vida, o de 
liberdade e o de buscar a felicidade; que, para assegu-
rar esses direitos, se constituíram entre os homens go-
vernos, cujos poderes justos emanam do consentimen-
to dos governados; que, sempre que qualquer forma 
de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo 
o direito de mudá-la ou aboli-la, instituindo um novo 
governo, cujos princípios básicos e organização de po-
deres obedecem às normas que lhes pareçam mais pró-
prias para promover a segurança e a felicidade gerais.” 
(AQUINO, 2005, P. 203).
Texto II
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
No dia 26 de agosto de 1789, a Assembleia Nacional 
Constituinte proclamou a célebre Declaração dos Direi-
tos do Homem e do Cidadão, tendo como base o ideário 
burguês do Iluminismo. Entre os principais pontos de-
fendidos por esse documento, destacam-se:
• o respeito, pelo Estado, à dignidade da pessoa hu-
mana;
• a liberdade e a igualdade dos cidadãos perante a lei;
• o direito à propriedade individual;
• o direito de resistência à opressão política;
• a liberdade de pensamento e de opinião.
De maneira solene, a Declaração tornava explícitos 
os pressupostos filosóficos sobre os quais deveria ser 
construída a nova sociedade liberal burguesa.
(COTRIM, 1994, P. 290).
Com base nas declarações que compõem os textos I e 
II, cite duas características comuns que marcaram o mo-
mento histórico no qual foram produzidas essas duas 
Declarações. 
8. (UFRJ) Entre os séculos XVII e XIX, a Europa foi sacu-
dida por uma série de revoluções sociais que resulta-
ram na constituição do sistema político liberal e demo-
crático. Entre elas destacaram-se as revoluções inglesa 
de 1688 e francesa de 1789.
Indique um princípio de natureza econômica e outro de 
natureza política presentes nessas duas revoluções. 
9. (FGV 2007) Cidadãos:
O homem nasceu para a felicidade e para a liberdade, e 
em toda parte é escravo e infeliz. A sociedade tem por 
fim a conservação de seus direitos e a perfeição do seu 
ser, e por toda parte a sociedade o degrada e oprime. 
Chegou o tempo de chamá-la a seus verdadeiros desti-
nos; os progressos da razão humana prepararam esta 
grande Revolução, e a vós especialmente é imposto o 
dever de acelerá-la. Para cumprir vossa missão, é ne-
cessário fazer precisamente o contrário do que existiu 
antes de vós.
(MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE. PARIS, 10 DE MAIO DE 1793.)
Maximilien de Robespierre foi um dos principais líde-
res da corrente jacobina da Revolução Francesa. Ao 
discursar na Convenção acerca dos fundamentos que 
deveriam orientar a elaboração da primeira Constitui-
ção Republicana na história do país, Robespierre apli-
cou princípios iluministas para defender a construção 
de uma nova ordem política e social.
a) Aponte uma medida adotada pelos jacobinos no 
contexto da radicalização do processo revolucionário 
francês (1792-1794).
b) Explique um princípio iluminista presente no do-
cumento. 
10. (PUC-RJ) Em princípios de 1789, a França era uma 
sociedade do antigo regime. A crise dessa estrutura ma-
nifestou-se ao longo desse ano, dando início a um perí-
odo de transformações que se estendeu por dez anos: a 
Revolução Francesa. 
a) Indique 3 (três) características de natureza políti-
co-social da sociedade do antigo regime na França. 
b) Indique 3 (três) transformações operadas durante o 
1° momento da Revolução Francesa – a “Era das Ins-
tituições” (1789 -1792) – que evidenciam o caráter 
revolucionário dessa experiência histórica. 
E.O. ENEM
1. (Enem) Em nosso país queremos substituir o egoís-
mo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos 
princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da 
moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo 
desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade 
pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor 
à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intri-
ga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela 
verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, 
a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.
HUNT, L. REVOLUÇÃO FRANCESA E VIDA PRIVADA. IN: PERROT, M. (ORG.) 
HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA: DA REVOLUÇÃO FRANCESA À PRIMEIRA GUERRA. 
VOL. 4. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1991 (ADAPTADO).
O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, 
do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual 
dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução 
Francesa? 
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder 
legislativo francês como força política dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era 
ligado à alta burguesia.
13
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, 
que derrotaram as potências rivais e queriam reorgani-
zara França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu con-
tato, com os intelectuais iluministas, desejava extin-
guir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia 
e das camadas populares, que desejavam justiça so-
cial e direitos políticos.
2. (Enem) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que 
vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da 
América (EUA) declaravam sua independência e justifica-
vam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profunda-
mente subversivas para a época, afirmavam a igualdade 
dos homens e apregoavam como seus direitos inaliená-
veis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. 
Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia 
a defesa daqueles direitos, derivava dos governados.
Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Ilumi-
nismo foram retomados com maior vigor e amplitude 
treze anos mais tarde, em 1789, na França.
EMÍLIA VIOTTI DA COSTA. APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO. IN: WLADIMIR POMAR. 
REVOLUÇÃO CHINESA. SÃO PAULO: UNESP, 2003 (COM ADAPTAÇÕES).
Considerando o texto acima, acerca da independência 
dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção 
correta.
a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa 
integravam o mesmo contexto histórico, mas se base-
avam em princípios e ideais opostos.
b) O processo revolucionário francês identificou-se 
com o movimento de independência norte-americana 
no apoio ao absolutismo esclarecido.
c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses ilumi-
nistas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos 
direitos considerados essenciais à dignidade humana.
d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu 
forte influência no desencadeamento da independên-
cia norte-americana.
e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa 
abriu o caminho para as independências das colônias 
ibéricas situadas na América.
3. (Enem) Algumas transformações que antecederam a 
Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mu-
dança de significado da palavra “restaurante”. Desde o 
final da Idade Média, a palavra ‘restaurant’ designava 
caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes 
e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se ven-
diam esses caldos, usados para restaurar as forças dos 
trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, 
em 1789, multiplicaram-se diversos ‘restaurateurs’, que 
serviam pratos requintados, descritos em páginas emol-
duradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal 
cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a 
Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam 
seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, 
e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas 
em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou 
a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.
A mudança do significado da palavra restaurante ilus-
tra:
a) a ascensão das classes populares aos mesmos pa-
drões de vida da burguesia e da nobreza.
b) a apropriação e a transformação, pela burguesia, 
de hábitos populares e dos valores da nobreza.
c) a incorporação e a transformação, pela nobreza, 
dos ideais e da visão de mundo da burguesia.
d) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais re-
volucionários, cujas origens remontam à Idade Média.
e) a institucionalização, pela nobreza, de práticas co-
letivas e de uma visão de mundo igualitária.
4. (Enem) O Estado sou eu.
FRASE ATRIBUÍDA A LUÍZ XIV, REI SOL (1638-1712). DISPONÍVEL EM HTTP://
WWWPORTALDOPROFESSOR.MEC.GOV.BR. ACESSO EM 30 NOV. 2011.
A nação é anterior a tudo. Ela é a fonte de tudo. Sua 
vontade é sempre legal: na verdade é a própria lei. 
SIEYÈS, E. J. O QUE É O TERCEIRO ESTADO. APUD ELIAS, N. 
OS ALEMÃES: A LUTA PELO PODER E A EVOLUÇÃO DO HABITUS NO 
SÉCULO XIX E XX. RIO DE JANEIRO: JORGE ZAHAR, 1997.
Os textos apresentados expressam alteração na re-
lação entre governantes e governados na Europa. Da 
frase atribuída ao rei Luis XIV até o pronunciamento de 
Sieyès, representante das classes médias que integra-
vam o Terceiro Estado Francês, infere-se uma mudança 
decorrente da:
a) ampliação dos poderes soberanos do rei, conside-
rado guardião da tradição e protetor de seus súditos 
e do Império.
b) associação entre vontade popular e nação, com-
posta por cidadãos que dividem uma mesma cultura 
nacional.
c) reforma aristocrática, marcada pela adequação dos 
nobres aos valores modernos, tais como o princípio 
do mérito.
d) organização dos Estados centralizados, acompanha-
dos pelo aprofundamento da eficiência burocrática.
e) crítica ao movimento revolucionário, tido corno ile-
gítimo em meio à ascensão popular conduzida pelo 
ideário nacionalista.
E.O. UERJ 
EXAME DISCURSIVO
1. (UERJ) Carta de Convocação dos Estados Gerais
Por ordem do Rei.
Temos necessidade de nossos fiéis súditos para nos 
ajudarem a superar todas as dificuldades em que nos 
achamos e para estabelecer uma ordem constante e 
invariável em todas as partes do governo que interes-
sam à felicidade dos nossos súditos e à prosperidade de 
nosso reino. Esses grandes motivos nos determinaram 
convocar a assembleia dos Estados de todas as provín-
cias sob nossa obediência, para que seja achado, o mais 
14
rapidamente possível, um remédio eficaz para os males 
do Estado e para que os abusos de toda espécie sejam 
reformados e prevenidos.
VERSALHES, 24 DE JANEIRO DE 1789.ADAPTADO DE MATTOSO, 
K. DE Q. TEXTOS E DOCUMENTOS PARA O ESTUDO DE HISTÓRIA 
CONTEMPORÂNEA. SÃO PAULO: EDUSP, 1976
A convocação dos Estados Gerais deu início à Revolu-
ção Francesa, ocasionando um conjunto de mudanças 
que abalaram não só a França, mas também o mundo 
ocidental em finais do século XVIII.
Cite um motivo para a convocação dos Estados Gerais 
na França, em 1789, e apresente duas consequências 
da Revolução Francesa para as sociedades europeias e 
americanas. 
E.O. OBJETIVAS 
(UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP)
1. (Fuvest) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. Sentia-
-me ao mesmo tempo satisfeito e descontente. E eu dis-
se: tanto melhor e tanto pior. Eu entendia que o povo 
comum estava tomando a justiça em suas mãos. Aprovo 
essa justiça, mas poderia não ser cruel? Castigos de to-
dos os tipos, arrastamentos e esquartejamentos, tortu-
ra, a roda, o cavalete, a fogueira, verdugos proliferando 
por toda parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos 
costumes! Nossos senhores colherão o que semearam.
GRACO BABEUF, CITADO POR R. DARNTON. O BEIJO DE 
LAMOURETTE. MÍDIA, CULTURA E REVOLUÇÃO. SÃO PAULO: 
COMPANHIA DAS LETRAS, 1990, P. 31. ADAPTADO.
O texto é parte de uma carta enviada por Graco Babeuf 
à sua mulher, no início da Revolução Francesa de 1789. 
O autor:
a) discorda dos propósitos revolucionários e defende 
a continuidade do Antigo Regime, seus métodos e 
costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos revolucio-
nários por acreditar que não havia outra maneira de 
transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário, que atue 
junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como uma 
reação aos castigos e à repressão antes existentes na 
França.
e) aceita os meios de tortura empregados pelos revo-
lucionários e os considera uma novidade na história 
francesa.
2. (Unesp) O secular regime absolutista, apesar de subver-
tido e abalado pela Revolução Francesa, reagiu e resistiu 
durante certo tempo. Assinale a alternativa que mais se 
identifica como efetiva ação contrarrevolucionária. 
a) Rebelião de Camponeses na Vendeia, instigados e 
apoiados pela aristocracia.
b) Forte oposição ao rei Luiz XVI, sustentada pela aristo-
cracia que lutava pela manutenção de seus privilégios.
c) Manobra militar que resultou na tomada da Bas-
tilha e na libertação de centenas de presos políticos.
d) Solução de compromisso entre a alta burguesia e a 
aristocracia para restaurar o absolutismo.
e) A fuga para o exterior de nobres e padres france-
ses, em busca de apoio da Guarda Nacional.
3. (Fuvest) Na Revolução Francesa, foi uma das princi-
pais reivindicações do Terceiro Estado:a) a manutenção da divisão da sociedade em classes 
rigidamente definidas.
b) a concessão de poderes políticos para a nobreza, 
preservando a riqueza dessa classe social.
c) a abolição dos privilégios da nobreza e instauração 
da igualdade civil.
d) a união de poderes entre Igreja e Estado, com for-
talecimento do clero.
e) o impedimento do acesso dos burgueses às fun-
ções políticas do Estado.
4. (Unicamp) Observe a obra do pintor Delacroix, inti-
tulada A Liberdade guiando o povo (1830), e assinale a 
alternativa correta. 
a) Os sujeitos envolvidos na ação política represen-
tada na tela são homens do campo com seus instru-
mentos de ofício nas mãos.
b) O quadro evoca temas da Revolução Francesa, como 
a bandeira tricolor e a figura da Liberdade, mas retrata 
um ato político assentado na teoria bolchevique.
c) O quadro mostra tanto o ideário da Revolução 
Francesa reavivado pelas lutas políticas de 1830 na 
França quanto a posição política do pintor.
d) No quadro, vê-se uma barricada do front militar 
da guerra entre nobres e servos durante a Revolução 
Francesa, sendo que a Liberdade encarna os ideais 
aristocráticos.
E.O. DISSERTATIVAS 
(UNESP, FUVEST, UNICAMP E UNIFESP)
1. (Fuvest) O problema agrário era portanto o funda-
mental no ano de 1789, e é fácil compreender por que 
a primeira escola sistematizada de economia do con-
tinente, os fisiocratas franceses, tomara como verdade 
15
o fato de que a terra, e o aluguel da terra, era a única 
fonte de renda líquida. E o ponto crucial do problema 
agrário era a relação entre os que cultivavam a terra e 
os que a possuíam, os que produziam sua riqueza e os 
que a acumulavam.
ERIC HOBSBAWM. A ERA DAS REVOLUÇÕES. 1789–1848. 
RIO DE JANEIRO: PAZ E TERRA, 1982, P. 29.
a) Caracterize o momento social e econômico por que 
a França passava no período a que se refere o texto.
b) Quais são as principais diferenças entre as propostas 
fisiocratas e as práticas mercantilistas anteriores a elas? 
2. (Unesp) A charge ilustra as três ordens sociais exis-
tentes na França antes da Revolução de 1789.
(AS TRÊS ORDENS, 1789. HTTP://ONLINE-LEMEN.LEVRAI.DE)
Identifique essas três ordens e justifique o posiciona-
mento dos personagens na charge. 
3. (Unicamp) Observe a distribuição de custos dos cam-
poneses franceses, em percentual da colheita, às vés-
peras da Revolução de 1789. Esses custos referem-se 
ao arrendamento da terra, ao custo das sementes e aos 
impostos pagos ao rei, ao senhor da terra e ao clero.
a) Relacione os dados apresentados com as condi-
ções vividas pelos camponeses na França do final do 
Século XVIII.
b) Por quais motivos a questão econômica foi um ele-
mento importante para o Terceiro Estado durante a 
Revolução Francesa?
4. (Unesp)
(HUBERT ROBERT. A BASTILHA NOS PRIMEIROS DIAS DE SUA DEMOLIÇÃO, 
20 DE JULHO DE 1789. MUSEU CARNAVALET, PARIS, FRANÇA.)
Esta representação da Bastilha, prisão política do abso-
lutismo monárquico, foi pintada em 1789. Indique dois 
elementos da tela que demonstrem a solidez e a força 
da construção e o significado político e social da jorna-
da popular de 14 de julho de 1789. 
5. (Unicamp) As primeiras vítimas da Revolução Francesa 
foram os coelhos. Pelotões armados de paus e foices saí-
am à cata de coelhos e colocavam armadilhas em desafio 
às leis de caça. Mas os ataques mais espetaculares foram 
contra os pombais, castelos em miniatura; dali partiam 
verdadeiras esquadrilhas contra os grãos dos campone-
ses, voltando em absoluta segurança para suas fortale-
zas senhoriais. Os camponeses não estavam dispostos a 
deixar que sua safra se transformasse em alimento para 
coelhos e pombos e afirmavam ser a “vontade geral da 
nação” que a caça fosse destruída. Aos olhos de 1789, 
matar caça era um ato não só de desespero, mas também 
de patriotismo, e cumpria uma função simbólica: derro-
tando privilégios, celebrava-se a liberdade.
(ADAPTADO DE SIMON SCHAMA, “CIDADÃOS: UMA CRÔNICA DA REVOLUÇÃO 
FRANCESA”. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRAS, 1989, PP. 271-272.)
a) De acordo com o texto, por que os camponeses 
defendiam a matança de animais?
b) Cite dois privilégios senhoriais eliminados pela Re-
volução Francesa. 
GABARITO
E.O. Aprendizagem
1. D 2. B 3. A 4. E 5. B 
6. A 7. D 8. C 9. A 10. B
E.O. Fixação
1. A 2. A 3. B 4. B 5. C
6. E 7. A 8. E 9. E 10. B 
E.O. Complementar
1. C 2. B 3. B 4. D 5. B
 
16
E.O. Dissertativo
1. 
a) A política do “Terror” com as perseguições e puni-
ções aos adversários do regime instituído e a reorga-
nização dos Exércitos, assim como o decreto de “Lei 
dos Suspeitos” e a decapitação de Luís XVI. 
b) A charge em questão aborda o processo de expansão 
revolucionária decorrente da decisão de enfrentar a Pri-
meira Coalizão (1793-97) das monarquias europeias, cria-
da após o julgamento e a execução de Luís XVI (janeiro de 
1793). Esse período é marcado pela internacionalização 
da guerra revolucionária, que passa a se apresentar como 
uma oposição entre duas ordens políticas e sociais opos-
tas: a da França republicana e revolucionária (com os seus 
valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da 
Europa do Antigo Regime (representada pelos soberanos 
em queda). Neste contexto, em 1793, o Comitê de Salva-
ção Pública tomou uma decisão repleta de consequências: 
anexar os territórios conquistados fora da França, implan-
tando neles a nova ordem republicana. 
2. A Revolução Francesa ocorre no final do século XVIII, em um 
período marcado pela difusão das ideias iluministas e das lutas 
pela liberdade. Nas áreas coloniais, os primeiros movimentos 
pela independência ocorriam influenciados pelo Iluminismo 
e as críticas ao absolutismo se avolumavam. Especificamente 
na França, o Terceiro Estado sofria com a alta dos preços, de-
corrente das péssimas colheitas nos finais da década de 80 e 
com o aumento da tributação por conta das dívidas do Estado 
Francês. É nesse contexto que tem início o processo revolucio-
nário. O autor da charge claramente ignora o posicionamento 
da Igreja em relação ao movimento revolucionário. A Igreja era 
uma das principais beneficiadas pela ordem política e social 
anterior à eclosão da Revolução Francesa. 
3. 
a) A República americana, adotou a ideia de igualda-
de de condição entre todos os homens livres e pactu-
antes do novo contrato social. Além disso, o direito à 
liberdade, que a partir de então foi apresentada como 
uma garantia universal. Porém, a contribuição mais 
importante que pode ser ressaltada diz respeito às 
primeiras experiências com o governo representativo, 
ensaiadas na jovem república. A ideia de que o povo 
deve governar por meio de representantes e de que 
esse corpo eleitoral deve ser o responsável pela sele-
ção dos governantes viria complementar a união em 
curso entre os princípios republicanos e o liberalismo 
que marcaram o final do século XVIII.
b) Em meio aos intensos debates e ações radicais que 
marcaram a escalada revolucionária de 1789 aos anos 
do Terror, os franceses da metrópole guardaram as ban-
deiras da “liberdade, igualdade e fraternidade” para si 
apenas. Opuseram-se não apenas à rebelião de escravos 
em Santo Domingo como à libertação de sua colônia 
(apelidada à época de a “joia francesa do Caribe”). Ironi-
camente, coube aos revolucionários haitianos, inspirados 
nessas mesmas ideias metropolitanas, combaterem os 
canhões e a marinha da França revolucionária que foram 
submetê-los e tentar mantê-los sob o jugo colonial. 
4. 
a) “A Marselhesa” foi composta no período de guer-
ra entre a França e as outras monarquias europeias. 
Considerando-se suas distintas apropriações, muitas 
passagens da composição relacionam-se ao contex-
to revolucionário francês, por exemplo (o candidato 
deve relacionar apenas um trecho da composição ao 
contexto):
• “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, 
cidadãos”: nestas passagens, a conclamação à 
guerra se sustenta no sentimento nacional (daí 
a referência a filhos da pátria e cidadãos), emer-
gente durantea era revolucionária. 
• “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: 
nesta passagem, a alusão à sangue impuro (do 
invasor) é uma metáfora da ambiência da guer-
ra. A composição explicita a presença dos inimi-
gos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça 
à pátria. 
• “Contra nós da tirania”: nesta passagem, en-
contra-se a exposição do princípio da Revolução: 
a luta contra a tirania, identificada no privilégio 
aristocrático e representada, sobretudo, pela fi-
gura do Rei.
b) No final do século XIX, há uma mudança impor-
tante em relação à ideia de nacionalismo, definida 
pelo contexto de competição entre os estados nacio-
nais europeus. Para explicar a mudança, é importan-
te salientar que, no período jacobino, o nacionalismo 
francês era uma expressão revolucionária e inclusiva, 
ou seja, ser cidadão francês significava, mais do que 
simplesmente nascer em território francês, defender os 
princípios da Revolução, alicerçados na Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão. Entretanto, a partir 
da corrida imperialista, o sentimento nacional passou 
a estar associado a viver em um território definido (ter 
uma nação), a ter uma língua e uma cultura (francesa, 
alemã, italiana, assim por diante), a possuir colônias 
e a se sentir parte integrante do projeto civilizacional 
europeu. Em virtude disso, cada vez mais, o naciona-
lismo conclamaria à defesa da nação, à posse de terri-
tórios coloniais e à guerra. Assim, a apropriação de “A 
Marselhesa” é bem-vinda, na medida em que o hino, 
elaborado em um contexto de invasão (a França lutava 
contra os regimes monárquicos da Europa, em 1792), 
exortava o sentimento nacional e qualificava a guerra 
como heroica e gloriosa.
5. 
a) O Período Republicano de 1792 a 1795 correspon-
de ao momento dos jacobnos no poder e, dentre suas 
características, podemos citar a abolição da escravi-
dão nas colônicas, declaração dos direitos do homem, 
formação das escolas públicas, perseguição dos con-
trarrevolucionários, iniciando o chamado “Período de 
Terror”, entre outros. 
Entre 1792 e 1795, ocorreu o período chamado “Con-
venção Nacional”. A França adotou uma República 
em 1792. Dentro da convenção havia vários grupos 
sociais tais como: girondinos, jacobinos, sans-culottes. 
17
Entre junho de 1793 e julho de 1794 imperou o perí-
odo do “Terror” em que os jacobinos com apoio dos 
sans-culottes criaram medidas sociais importantes com 
um radicalismo intenso através do uso da guilhotina. O 
maior líder jacobino foi Robespierre que se inspirou nas 
ideias do filósofo iluminista Rousseau.
b) Dentro do período do “terror”, os líderes jacobinos 
criaram um novo calendário tentando romper com as 
estruturas vigentes vinculadas ao absolutismo e aos 
privilégios. Era o calendário Republicano. Os meses 
tinham os nomes relacionados aos ciclos agrícolas e 
da natureza. Havia uma valorização de ideias como 
Razão, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
c) O novo calendário tem como ideia central a “ra-
zão” que era a grande bandeira do movimento Ilu-
minista para destruir o Antigo Regime, ou seja, o 
absolutismo e mercantilismo. A essência deste novo 
calendário republicano era “ruptura” com a velha or-
dem absolutista. Em 1806, o calendário foi definitiva-
mente abolido por Napoleão Bonaparte. 
6. 
a) Correto. A expansão francesa impôs grave crise às 
Monarquias Ibéricas, agravando as relações com as 
colônias, particularmente no caso espanhol.
b) Incorreto. Apesar de preservadas, as características 
feudais tinham cada vez menor expressão, e, desde o 
final da Idade Média, as práticas mercantis estavam 
em expansão.
c) Incorreto. Apesar de receberem o dízimo – 10% 
– dos fiéis, apenas parte desse valor destinava-se à 
Roma.
d) Correto. A reforma religiosa, denominada de “pro-
testante”, teve como um de seus estopins a crítica ao 
comportamento mundano de parte do clero.
e) Correto. Apesar de considerado tradicionalmente 
como um radical, o texto deixa transparecer que Ro-
bespierre não era ferrenho anticlerical.
f) Correto. De uma forma geral, o “povo” designava 
todos aqueles que não possuíam direitos e privilégios, 
envolvendo setores com poder econômico, como a 
burguesia. 
7. 
• Influência das ideias iluministas e da expansão do libe-
ralismo;
• Ascensão da burguesia industrial (papel político e ide-
ológico);
• Crise do Antigo Regime e contestação revolucionária 
aos seus princípios: absolutismo, dominação colonial. 
8. Entre outros princípios o candidato poderá indicar os se-
guintes: liberdade de expressão, liberdade comercial, liberda-
de individual e respeito à propriedade privada.
9. 
a) Foram medidas adotadas pelos jacobinos no con-
texto da radicalização do processo revolucionário: a 
política do “terror”; a abolição dos escravos nas colô-
nias; a “Lei do Máximo”.
b) Para importantes pensadores iluministas, “a orga-
nização política da sociedade só é legítima quando 
defende os direitos do homem”. Esse princípio ilu-
minista está presente no discurso de Robespierre e 
deverá ser desenvolvido pelo candidato. 
10. 
a) Alguns exemplos:
• o caráter estamental dessa sociedade;
• o fato de a nobreza e o clero serem estamentos 
privilegiados;
• o fato de caber à burguesia e às camadas popu-
lares toda a carga tributária,
• a vigência de uma monarquia absoluta;
• a legitimação do poder absoluto do monarca por meio 
da teoria do direito divino;
• o caráter consultivo e não deliberativo da As-
sembleia dos Estados Gerais;
• a concentração de poderes executivos, legislativos 
e judiciários e religiosos nas mãos do monarca;
• a subordinação da Igreja ao Estado.
b) Alguns exemplos de transformações:
• o estabelecimento de uma monarquia constitu-
cional;
• o estabelecimento de três poderes: executivo, 
legislativo e judiciário;
• o fim dos privilégios;
• a abolição dos direitos feudais;
• a instituição da igualdade jurídica;
• o estabelecimento da liberdade de culto;
• o estabelecimento da liberdade de expressão;
• a afirmação da inviolabilidade da propriedade. 
E.O. Enem
1. E 2. C 3. B 4. B
E.O. UERJ 
Exame Discursivo
1. Um motivo para a convocação dos Estados Gerais, em 
1789, foi a crise econômica pela qual o Estado francês pas-
sava e a questão quanto à tributação do Primeiro e Segundo 
Estado naquele momento. Uma consequência da Revolução 
Francesa para a Europa foi, sem dúvida, a eliminação de pri-
vilégios feudais e dos regimes absolutistas. Na América, o 
processo revolucionário francês contribuiu para a aceleração 
do processo emancipatório na região.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. D 2. A 3. C 4. C
18
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. 
a) A França se caracterizava por um ordenamento 
social marcado pela baixa mobilidade social e a di-
visão da sociedade em estamentos (Primeiro Estado, 
Segundo Estado e Terceiro Estado). Essa divisão ga-
rantia uma série de privilégios aos estamentos supe-
riores, sendo o maior deles, a isenção fiscal. Econo-
micamente, o Estado Francês passava por uma grave 
crise na qual os gastos da Monarquia eram muito 
superiores às suas rendas, além das crises de abas-
tecimento por conta de péssimas colheitas. Esses fa-
tores desgastavam a condição de vida dos membros 
do Terceiro Estado, que além de enfrentar o processo 
inflacionário pagavam impostos cada vez mais altos. 
b) O mercantilismo se caracterizava pela intensa in-
tervenção do Estado na economia e por restrições 
comerciais devido ao protecionismo dos Estados Mo-
nárquicos. Já a corrente fisiocrata propunha a liber-
dade econômica e valorizava a terra como a grande 
fonte de riqueza de um Estado. 
2. A charge mostra o Primeiro Estado representado pelo Alto 
Clero, o Segundo Estado representado pela nobreza e o Ter-
ceiro Estado representado por um camponês. O posiciona-
mento dos personagens na imagem revela a hierarquia social 
existente na França pré-revolucionária. Isentos de impostos, 
Primeiro e Segundo Estado eram carregados nas costas pelo 
Terceiro Estado, único estamento queera pesadamente tribu-
tado pelo Estado francês. 
3. 
a) O gráfico indica que os custos com a produção e 
com os impostos representavam 65% da colheita re-
alizada pelos camponeses. Desta forma, o usufruto do 
menor percentual da colheita disponível às pessoas 
do campo significava a existência de precárias condi-
ções de vida para as famílias numerosas, sendo que 
a miséria e a fome eram riscos constantes no período 
pré-revolucionário.
b) A questão solicitava o estabelecimento da relação 
entre a crise econômica e o Terceiro Estado (burgueses, 
camponeses, sans-cullottes, profissionais liberais) du-
rante a Revolução Francesa. Os custos dos impostos e a 
manutenção de um grupo de privilégios (nobreza e cle-
ro) uniram o Terceiro Estado em sua insatisfação contra 
o regime vigente. A conjuntura de endividamento pú-
blico e a ineficiência de medidas contra a crise levaram 
à convocação dos Estados Gerais e fizeram com que as 
reivindicações do Terceiro Estado entrassem na pauta 
política francesa. A pobreza foi instrumentalizada pela 
burguesia, que se incomodava com a ausência de mo-
bilidade social e exigia o fim do sistema de privilégios e 
o estabelecimento de igualdade jurídica. 
4. As paredes grossas e as muralhas que envolvem a edifi-
cação, além da aparente grandiosidade da prisão diante dos 
elementos humanos que aparecem na tela demonstram a 
solidez e a força da construção. O significado político da to-
mada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, é a derrubada de 
um símbolo do absolutismo, prenúncio da queda do Antigo 
Regime. Socialmente, o acontecimento nos revela a tomada 
dos espaços públicos pela população e a descoberta da força 
das massas diante das estruturas políticas.
5. 
a) Segundo o texto, os camponeses defendiam a ma-
tança de animais, pois estes destruíam a produção 
agrícola dos camponeses e sendo a caça um direito 
exclusivo da nobreza, a matança desses animais sim-
bolizava uma afronta a um privilégio aristocrático. 
b) Podemos citar como privilégios eliminados pela Re-
volução Francesa: a exclusividade na caça, a cobrança 
de obrigações feudais pela nobreza, o uso de títulos de 
nobreza, a exploração do trabalho servil, a existência 
de tribunais especiais para os nobres, a isenção de im-
postos, a exclusividade no exercício de altos cargos na 
administração pública, justiça, Exército e Igreja.
19
 ERA NAPOLEÔNICA E O 
CONGRESSO DE VIENAAULAS 29 E 30
E.O. APRENDIZAGEM
1. (Espcex) A Revolução Francesa teve início em 1789. 
Neste processo a(o):
a) Assembleia Nacional Constituinte, representando 
interesses das classes populares, foi responsável por 
abolir a escravidão, por acabar com os privilégios do 
clero e da nobreza e por instituir o voto universal.
b) partir de 1792, os girondinos deram início ao Perí-
odo do Terror, executando milhares de pessoas acusa-
das de serem contrarrevolucionários.
c) Diretório foi um governo que conseguiu conciliar 
diferentes interesses, obtendo o apoio dos jacobinos, 
através de medidas populares como o tabelamento 
de preços de alimentos, e da alta burguesia, estimu-
lando o desenvolvimento da indústria de algodão.
d) 18 Brumário foi um golpe de estado que recebeu 
o apoio de um grupo político-militar e foi responsável 
por consolidar os interesses burgueses na França.
e) Convenção Nacional teve início com a tomada da 
Bastilha, símbolo da arbitrariedade do poder real e pôs 
fim ao absolutismo francês, limitando o poder do rei 
com a instauração de uma monarquia constitucional.
2. (Espcex) No início do século XIX, Napoleão Bonaparte 
ordenou a ocupação de Portugal, motivando com isso a 
fuga da família real portuguesa para o Brasil. Esse even-
to desencadeou primeiramente a(o):
a) Conjuração Baiana.
b) abdicação de D. Pedro I.
c) elevação do Brasil à categoria de Reino Unido a 
Portugal e Algarves.
d) introdução das ideias revolucionárias francesas no 
Brasil.
e) estabelecimento do Pacto Colonial.
3. (FGV) Restauração é o nome do regime estabelecido 
na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas 
essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múl-
tipla e se aplica a todos os aspectos da vida social e 
política.
(RENÉ RÉMOND, O SÉCULO XIX: INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DO NOSSO TEMPO)
Reconhece-se a Restauração no processo que: 
a) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados 
a Napoleão Bonaparte, provocando a generalização 
da contrarrevolução na América colonial, que havia 
sido varrida pelas independências nacionais.
b) alçou a Inglaterra à condição da nação mais pode-
rosa do mundo, com capacidade de reverter a proibi-
ção do tráfico de escravos africanos para a América 
e de defender a recolonização de espaços coloniais 
espanhóis americanos.
c) restabeleceu as bases do sistema colonial na Amé-
rica e na Ásia, com a recriação de companhias de co-
mércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da 
prática do “mar fechado” e do porto único.
d) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, 
que o haviam perdido com as guerras napoleônicas, 
e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de 
reprimir movimentos revolucionários.
e) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Euro-
pa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 
1830, eventos fundamentais para a retomada dos va-
lores políticos anteriores à Revolução Francesa.
4. (Ufrgs) Em 1815, foi encerrado o Congresso de Viena 
que tinha como propósito reorganizar o mapa político 
da Europa.
A respeito desse Congresso, considere as seguintes afir-
mações.
I. Foi realizado após a derrota de Napoleão Bonaparte, 
que havia alterado o equilíbrio de forças na Europa.
II. Resultou na formação da Santa Aliança para coibir 
qualquer tentativa de revolução liberal.
III. Garantiu a Portugal e Espanha ganhos territoriais na 
Europa, por terem lutado contra as forças napoleônicas.
Quais estão corretas? 
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas l e III.
e) I,II e III.
5. (UEG) Em 1804, Napoleão Bonaparte recebeu o títu-
lo de Imperador, mediante um plebiscito. Durante sua 
cerimônia de coroação, ele retirou do Papa a coroa e 
colocou-a em sua cabeça com as próprias mãos. Esse 
gesto ousado representou:
a) o rompimento entre a Igreja Católica Romana e o 
novo Estado Revolucionário Francês.
b) que Napoleão estava assumindo todas as responsabi-
lidades do Poder Moderador na França.
c) que Napoleão, símbolo máximo da força da bur-
guesia, considerava-se mais importante que a tradi-
ção da Igreja.
COMPETÊNCIAS: 1, 2, 3, 4, 5 e 6 HABILIDADES:
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 13, 
14, 16, 17, 18, 20, 22, 
23, 24, 25, 26, 28 e 29
20
d) a criação de uma religião de Estado, tendo como 
figura central o Imperador, a exemplo do Anglicanis-
mo inglês.
6. (Cesgranrio) Na caricatura, os vencedores de Napo-
leão – o rei da Inglaterra, o rei da Prússia, o czar da Rús-
sia e o imperador austríaco – se preparam para dividir 
um patê, que contém o antigo Imperador. Sob a mesa, o 
rei francês Luís XVIII espera as migalhas.
No que se refere a esse momento histórico, é incorreto 
afirmar-se que: 
a) o Congresso de Viena, ao reformular o mapa eu-
ropeu e favorecer os grandes rivais da França napole-
ônica, não respeitou as reivindicações nacionais das 
populações dos territórios ocupados.
b) a França recebeu algumas “migalhas”, pois man-
teve sua integridade territorial e teve restaurada no 
poder a dinastia deposta pela Revolução Francesa, 
apesar de temporariamente ocupada por forças mi-
litares vencedoras.
c) as grandes reservas de matéria-prima necessárias 
ao desenvolvimento econômico dos países vencedo-
res encontravam-se nas áreas submetidas, até então, 
ao domínio da França, o que explica a situação humi-
lhante do rei francês na caricatura.
d) todos os soberanos sentados à mesa obtiveram 
vantagens territoriais pelo Congresso de Viena, con-
tudo, coube à Inglaterra a anexação da maior parte 
de áreas estratégicas para a manutenção da supre-
macia marítima.
e) alguns dos países cujos soberanos foram retrata-
dos na caricatura reuniram-se, dando origem à Santa

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