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Modulo de Economia Politicapdf

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Prévia do material em texto

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIA 
POLÍTICA E RELAÇÕES 
INTERNACIONAIS 
 
1O Ano 
Módulo: Economia Politica 
Código: ISCED12-ECOCFE001 
Total Horas/2o Semestre: 125 
Créditos (SNATCA): 5 
Número de Temas: 5 
 
 
 
 
 
 
 
 INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (ISCED) 
 
Direitos de autor (copyright) 
Este manual é propriedade do Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED), 
e contém todos os direitos reservados. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou 
total deste manual, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, 
gravação, fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Instituto 
Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED). 
A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos 
judiciais em vigor no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) 
Coordenação do Programa de Graduação 
Rua Dr. Lancerda de Almeida no 211, Ponta-Gea 
Beira – Moçambique 
Telefone: 2323323501 
Cel: +258 823055839 
Fax:23323501 
E-mail: isced@isced.ac.mz 
Website: www.isced.ac.mz 
 
 
 
Agradecimentos 
O Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância (ISCED) e o autor do presente manual 
agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste 
manual: 
Pela Coordenação 
Pelo design e revisão final 
Direção Académica do ISCED 
Direção de Qualidade e Avaliação do ISCED 
Financiamento e Logística 
 
Pela Revisão 
Instituto Africano de Promoção da Educação 
a Distância (IAPED) 
Dra Carmen Salato 
Elaborado Por: Dr. Victor Nuvunga – Licenciado em Economia e Gestão, Universidade 
Católica de Moçambique. Mestrando em Educação a Distância e eLearning, Universidade 
Católica de Portugal – Porto. 
 
 
 
 
 
Índice 
Visão geral 1 
Bem-vindo ao Módulo de Economia Política.................................................................... 1 
Objectivos do Módulo ............................................................................................. 1 
Quem deveria estudar este módulo ....................................................................... 1 
Como está estruturado este módulo ...................................................................... 2 
Ícones de actividade ................................................................................................ 4 
Habilidades de estudo ............................................................................................. 4 
Precisa de apoio? ..................................................................................................... 6 
Tarefas (avaliação e autoavaliação) ........................................................................ 7 
Avaliação ................................................................................................................. 8 
Exercícios de Avaliação .......................................................................................... 33 
Exercícios do Tema ................................................................................................ 33 
Tema 1: A Evolução do Pensamento Económico 11 
Introdução ............................................................................................................. 11 
Sumário.................................................................................................................. 29 
Exercícios de Autoavaliação .................................................................................. 29 
Exercícios de Avaliação .......................................................................................... 29 
Tema 2: Introdução a Economia 30 
Unidade Temática 2.1: A Economia ................................................................................ 30 
Introdução ............................................................................................................. 30 
Unidade Temática 2.2: Economia Positiva e Normativa ................................................ 33 
Introdução ............................................................................................................. 33 
Sumário.................................................................................................................. 38 
Exercícios de Autoavaliação .................................................................................. 39 
Exercícios de Avaliação .......................................................................................... 39 
Exercícios de Tema ................................................................................................ 39 
Tema 3: Noções de Microeconomia 39 
Unidade Temática 3.1: Microeconomia ......................................................................... 40 
Introdução ............................................................................................................. 40 
Sumário.................................................................................................................. 48 
Exercício de Autoavaliação .................................................................................... 48 
Exercício de Avaliação ........................................................................................... 49 
Exercícios do Tema ................................................................................................ 50 
Tema 4: Estrutura De Mercado 52 
Introdução ............................................................................................................. 52 
 
Sumário.................................................................................................................. 54 
Exercício de Autoavaliação .................................................................................... 55 
Exercício de Avaliação ........................................................................................... 55 
Exercícios do Tema ................................................................................................ 55 
Tema 4: Macroeconomia 58 
Unidade Temática 4.1: Medição da Actividade Económica ........................................... 58 
Introdução ............................................................................................................. 58 
Unidade Temática 4.2: Políticas Económicas ................................................................. 67 
Introdução ............................................................................................................. 67 
Sumário...................................................................... Erro! Marcador não definido. 
Exercícios de Autoavaliação .................................................................................. 82 
Exercícios de Avaliação .......................................................................................... 82 
Exercícios do Tema ................................................................................................ 82 
Tema 5: A Globalização e o Desenvolvimento 84 
Unidade Temática 5.1: Globalização e Desenvolvimento .............................................. 84 
Introdução ............................................................................................................. 84 
Unidade Temática 5.2: Descentralização ....................................................................... 91 
Introdução ............................................................................................................. 91 
Unidade Temática 5.3: Descentralização ....................................................................... 93 
Introdução ............................................................................................................. 93 
A Pobreza ............................................................................................................... 94 
Referências Bibliográficas 98Visão geral 
Bem-vindo ao Módulo de Economia Política 
Objectivos do Módulo 
Ao terminar o estudo deste módulo de Economia Política deverá ser 
capaz de: 
 Aplicar os conceitos de Economia Política no contexto nacional e 
internacional; 
 
Objectivos 
Específicos 
 
Quem deveria estudar este módulo 
Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de 
licenciatura em Gestão de Recursos Humanos do ISCED e outros como 
Gestão de Recursos Humanos, Administração, etc. Poderá ocorrer, 
contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e consolidar seus 
conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-vindos, não sendo 
necessário para tal se inscrever. Mas poderá adquirir o manual. 
 
Como está estruturado este módulo 
Este módulo de Economia Política, para estudantes do 1º ano do curso 
de licenciatura em Gestão de Recursos Humanos, à semelhança dos 
restantes do ISCED, está estruturado como se segue: 
Páginas introdutórias 
 Um índice completo. 
 Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo, resumindo 
os aspectos-chave que você precisa conhecer para melhor 
estudar. Recomendamos vivamente que leia esta secção com 
atenção antes de começar o seu estudo, como componente de 
habilidades de estudos. 
Conteúdo desta Disciplina/módulo 
Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez 
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente 
unidades. Cada Unidade Temática se caracteriza por conter uma 
introdução, objectivos, conteúdos. 
No final de cada Unidade Temática ou do próprio tema, são 
incorporados antes o sumário, exercícios de autoavaliação, só 
depois é que aparecem os exercícios de avaliação. 
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros 
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e algumas 
actividades prácticas incluído estudo de caso. 
 
 
Outros Recursos 
A equipa dos académicos e pedagogos do ISCED, pensando em si, 
num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e cheio 
de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem, 
apresenta uma lista de recursos didáticos adicionais ao seu 
módulo para você explorar. Para tal o ISCED disponibiliza nas 
bibliotecas física e virtual do seu centro de recursos mais material 
de estudos relacionado com o seu curso como: Livros e/ou 
módulos, CD, CD-ROOM, DVD. Para além deste material físico ou 
electrónico disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma 
digital moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus 
estudos. 
 
Autoavaliação e Tarefas de avaliação 
Tarefas de autoavaliação para este módulo encontram-se no final 
de cada Unidade Temática e de cada tema. As tarefas dos 
exercícios de autoavaliação apresentam duas características: 
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo, 
exercícios que mostram apenas respostas. 
Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de autoavaliação 
mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de 
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras. 
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de 
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de 
correção e subsequentemente nota. Também constará do exame 
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os 
exercícios de avaliação é uma grande vantagem. 
 
Comentários e sugestões 
Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados 
aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas. 
Pode ser que graças as suas observações que, em gozo de 
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venham a 
ser melhoradas. 
Ícones de actividade 
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens 
das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes partes do 
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de 
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc. 
Habilidades de estudo 
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a aprender. 
Aprender aprende-se. 
Durante a formação e desenvolvimento de competências, para facilitar 
a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará empenho, 
dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons resultados apenas se 
conseguem com estratégias eficientes e eficazes. Por isso é importante 
saber como, onde e quando estudar. Apresentamos algumas sugestões 
com as quais esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo 
dedicado aos estudos, procedendo como se segue: 
 
1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de leitura. 
2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida). 
3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e assimilação 
crítica dos conteúdos (ESTUDAR). 
 
4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua 
aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão. 
5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou as de 
estudo de caso se existir. 
IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo, 
respectivamente como, onde e quando estudar, como foi referido no 
início deste item, antes de organizar os seus momentos de estudo 
reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo 
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo melhor à noite/de 
manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da semana? Estudo melhor 
com música/num sítio sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de 
intervalo em cada 30 minutos, em cada hora, etc. 
É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido estudado 
durante um determinado período de tempo; Deve estudar cada ponto 
da matéria em profundidade e passar só ao seguinte quando achar que 
já domina bem o anterior. 
Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler e 
estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é juntar 
o útil ao agradável: Saber com profundidade todos conteúdos de cada 
tema, no módulo. 
Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por tempo 
superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora intercalado por 
10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à 
mudança de actividades). Ou seja que durante o intervalo não se 
continuar a tratar dos mesmos assuntos das actividades obrigatórias. 
Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual 
obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento da 
aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado volume de 
trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo, criando 
interferência entre o conhecimento, perde sequência lógica, por fim ao 
 
perceber que estuda tanto mas não aprende, cai em insegurança, 
depressão e desespero, por se achar injustamente incapaz! 
Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma 
avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda 
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões de 
alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo, estude 
pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área em que 
está a se formar. 
Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que 
matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que 
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo quanto 
tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades. 
É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será uma 
necessidade para o estudo das diversas matérias que compõem o 
curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar a estruturar a 
matéria de modo que seja mais fácil identificar as partes que está a 
estudar e Pode escrever conclusões, exemplos, vantagens, definições, 
datas, nomes, pode também utilizar a margem para colocar 
comentários seus relacionados com o que está a ler; a melhor alturapara sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do texto e 
não depois de uma primeira leitura; Utilizar o dicionário sempre que 
surja um conceito cujo significado não conhece ou não lhe é familiar; 
Precisa de apoio? 
Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o 
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas como 
falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis erros 
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página trocada ou 
invertida, etc). Nestes casos, contacte os serviços de atendimento e 
apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR), via telefone, sms, 
 
Correio electrónico, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta 
participando a preocupação. 
Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes 
(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua 
aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da 
comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se 
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor, estudante – 
CR, etc. 
As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante, 
tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff do seu CR, com 
tutores ou com parte da equipa central do ISCED indigitada para 
acompanhar as sua sessões presenciais. Neste período pode 
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza pedagógica e/ou 
administrativa. 
O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30% do 
tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida em que 
lhe permite situar, em termos do grau de aprendizagem com relação 
aos outros colegas. Desta maneira ficará a saber se precisa de apoio ou 
precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de debater assuntos 
relacionados com os conteúdos programáticos, constantes nos 
diferentes temas e unidade temática, no módulo. 
Tarefas (avaliação e autoavaliação) 
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e 
autoavaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é 
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues duas 
semanas antes das sessões presenciais seguintes. 
Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não 
cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do 
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de campo 
 
conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da 
disciplina/módulo. 
Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os 
mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente. 
Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, 
contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados, 
respeitando os direitos do autor. 
O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s) autor (es). Uma 
transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um autor, 
sem o citar é considerada plágio. A honestidade, humildade científica e 
o respeito pelos direitos autorais devem caracterizar a realização dos 
trabalhos e seu autor (estudante do ISCED). 
 
Avaliação 
Muitos perguntam: Como é possível avaliar estudantes à distância, 
estando eles fisicamente separados e muito distantes do 
docente/tutor? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja uma 
avaliação mais fiável e consistente. 
Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com um 
mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os 
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial 
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A 
avaliação do estudante consta do regulamentado de avaliação. 
Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e 
aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de 
frequência para ir aos exames. 
 
 
 
Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e 
decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no 
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência, 
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira. 
A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira. 
Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois) 
trabalhos e 1 (um) (exame). Algumas actividades práticas, relatórios e 
reflexões serão utilizados como ferramentas de avaliação formativa. 
Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em 
consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de 
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, 
a identificação das referências bibliográficas utilizadas, o respeito 
pelos direitos do autor, entre outros. Os objectivos e critérios de 
avaliação constam do Regulamento de Avaliação. 
 
11 
 
Tema 1: A Evolução do Pensamento 
Económico 
Introdução 
No Século XIX, Alfred Marshall disse que a Economia procura 
estudar os negócios comuns da vida da humanidade. Por negócios 
comuns, podemos entender as cenas comuns da vida económica. 
 
Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos 
oikós (casa) e nomos (norma, lei). Pode ser compreendida como 
“administração da casa”, pois, administrar uma casa é algo bastante 
comum na vida das pessoas. Portanto, é interessante essa 
aproximação do mundo da casa com o mundo da economia. 
A economia pode ser definida como ciência social que estuda como 
o indivíduo e a sociedade decidem utilizar os recursos produtivos 
escassos, na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los 
entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de 
satisfazer às necessidades humanas. 
 
A ciência económica se ocupa das questões relativas a satisfação das 
necessidades dos indivíduos e da sociedade. A necessidade humana 
envolve a sensação da falta de alguma coisa unida ao desejo de 
satisfazê-la. Acreditamos que todas as pessoas sentem necessidade 
de adquirir certos bens, sentem desejo tanto por alimentos, água e 
ar. Da mesma forma que uma família precisa satisfazer suas 
necessidades uma sociedade também precisa fazer o mesmo como 
transporte, ordem pública. 
 
12 
 
Aliás, precisa definir o que produzir, para quem produzir, quando 
produzir e quanto produzir para satisfazer as necessidades. Em 
linhas gerais, a sociedade precisa gerências bem seus recursos que 
são escassos. A outra ideia por patente na definição da economia é 
que os recursos são escassos, isto é, os recursos económicos como o 
trabalho, capital e terra são limitados em todas as sociedades, 
portanto, as sociedades devem usa-las eficientemente, a fim de 
produzir bens com valor. 
 
A escassez é um problema da sociedade, já que os recursos são 
escassos, as quantidades de bens e serviços que podem ser 
produzidas são escassas. Sem a escassez não haveria necessidade de 
estudar a economia. 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Objectivos de Aprendizagem 
Ao finalizar esta Unidade você deverá ser capaz de: 
 Conhecer as principais Escolas do Pensamento Económico: 
clássica, marxista, neoclássica e keynesiana; 
 Compreender o desenvolvimento da teoria económica; e 
 Ter fundamentos para propor transformações e construir novos 
conhecimentos. 
 
 
13 
 
1. Economia Medieval Ou Economia Da Idade Média 
A Idade Média (500 a 1000 d.c) abriu uma nova era para a 
humanidade. Uma outra concepção de vida deu a largada com o 
cristianismo, que floresceu com a queda do Império Romano. Seus 
ensinamentos, a partir da legalização por um decreto do ano 311, 
assinado pelo Imperador Constantino, passaram a ser disseminados 
por toda a Europa. 
 
Foi nessa época, segundo Gastaldi (1999), que as igrejas e os 
mosteiros tornaram-se poderosos. A igreja tornou-se o maior 
agente de perpetuação da cultura de disseminação do saber e de 
desenvolvimento administrativo. Como o pensamento cristão 
condenava a acumulação de capital (riqueza) e a exploração do 
trabalho, a opção da igreja,então, foi pelo retorno à actividade 
rural. Diante dessa situação o que de fato aconteceu foi que a igreja, 
através de seus conventos e mosteiros, acabou tornando-se 
proprietária de grandes áreas de terra. 
 
A terra transformou-se na riqueza por excelência. Nasceu, assim, o 
regime feudal, caracterizado por propriedades nas quais os 
senhores e os trabalhadores viveram do produto da terra ou do 
solo. 
 
Neste período embora fosse o rei quem dirigia o Estado, ele não 
possuía influência ou poder de decisão nos feudos, onde a 
autoridade máxima era a do senhor da gleba (os proprietários ou 
arrendatários) e onde labutavam os servos (os trabalhadores). 
 
 
 
14 
 
2. Mercantilismo 
Com a propagação do Novo Mundo (inclusive o Moçambique nas 
Américas), com o crescimento e o desenvolvimento das cidades, as 
fisionomias social, política e económica tão profundamente 
moldadas na Idade Medieval, sofrerem profundas transformações. 
Novos conceitos surgiram no campo do comércio e da produção. 
Na mesma proporção em que se enfraquecia o pensamento 
religioso, operava-se uma forte centralização política, ocorrendo a 
criação das nações modernas e das monarquias absolutas, germes 
do capitalismo. 
A prática mercantilista predominou até o início do século XVII, 
dando como base fundamental ao comércio o aumento das 
riquezas. Neste cenário ocorreu uma reacção contra os excessos do 
absolutismo e das regulamentações. 
Tivemos então a fase do mercantilismo2 em decorrência do 
crescimento do capitalismo comercial, representando, com o 
capitalismo industrializado no início do Século XVIII, a Economia. 
O mercantilismo foi um regime de nacionalismo económico que 
fazia da riqueza o principal fim do Estado. Assinalou, na história 
económica da humanidade, o início da evolução dos Estados 
modernos e das novas concepções sobre os fatos económicos, 
notadamente sobre a riqueza. 
 
A finalidade principal do Estado, no entender dos mercantilistas, era 
de se encontrar os meios necessários para que o respectivo país 
adquirisse a maior quantidade possível de ouro e prata. Os 
 
 
 
15 
 
mercantilistas pretendiam disciplinar a indústria e o comércio, de 
forma a favorecer as exportações em detrimento das importações, 
ou seja, procuravam manter a balança comercial favorável. 
 
3. Escola Fisiocrata 
“Fisiocrata” vem de “fisiocracia”, que significa “poder da natureza”. 
Os fisiocratas não acreditavam que uma nação pudesse se 
desenvolver mediante, apenas, o acúmulo de metais preciosos e 
estímulos directos ao comércio; acreditavam ser necessário também 
o investimento em produção. Não na produção industrial (ou 
comercial), mas na produção agrícola, pois somente nessa eram 
possíveis a geração e a ampliação de excedentes. 
 
Na Escola Fisiocrata tivemos um grupo de economistas franceses do 
Século XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela 
primeira vez, uma Teoria do Liberalismo Económico. As teses do 
liberalismo económico foram criadas para combater o 
mercantilismo. A Teoria Liberal pressupõe a emancipação da 
economia de qualquer dogma externo a ela mesma, no qual todos 
os agentes económicos são movidos por um impulso de crescimento 
e desenvolvimento económico, que poderia ser entendido como 
uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria 
benefícios para toda a sociedade. ou seja, podemos entender, desde 
já, que o pensamento fisiocrático é uma resposta direta, ou uma 
reacção, ao mercantilismo. 
 
Os fisiocratas acreditavam que as economias obedeciam a leis 
naturais. O Quadro Económico proposto por Quesnay influenciou os 
estudos macroeconómicos e quantitativos na ciência económica. 
 
16 
 
 
É importante destacarmos ainda a elevada menção que os 
fisiocratas atribuíam à ordem natural decorrente da estrutura 
económica francesa por volta de meados do Século XVIII. Tratava-se 
de uma economia predominantemente agrícola, sendo a terra 
propriedade de carácter eminentemente senhorial. 
 
O capitalismo já se desenhava na agricultura, e existia uma classe 
bem definida de arrendatários (pessoas que arrendavam as terras 
dos senhores para trabalhar). Também existiam muitos camponeses 
(pequenos agricultores) em boa parte do país. 
 
Do confronto entre a agricultura capitalista e a camponesa, 
obtivemos a superioridade da agricultura capitalista em termos da 
capacidade produtiva. Naturalmente, isso levava à crença de que 
agricultura baseada na produção capitalista (e não mais no 
fundamento do feudalismo), baseada na capacidade empresarial 
dos arrendatários burgueses (lembre-se disso!), constituía a mais 
avançada e a mais desejável das formas de produção. 
 
4. Escola Clássica 
A Escola Clássica refere-se a uma linha de pensamento económico 
com base em Adam Smith e David Ricardo. Foi com esta escola que 
a Economia adquiriu carácter científico integral à medida que 
passou a centralizar a abordagem teórica do valor, cuja única fonte 
original era identificada no trabalho em geral. 
 
Além da Teoria do Valor - Trabalho, a Escola Clássica baseou-se nos 
preceitos filosóficos do liberalismo e do individualismo, e firmou os 
 
17 
 
princípios da livre - concorrência, que exerceu decisiva influência no 
pensamento revolucionário burguês. 
 
Como podemos observar, a Escola Clássica foi uma escola que 
caracterizou a produção, deixando a procura e o consumo para o 
segundo plano. Segundo Smith, o objecto da economia é estender 
bens e riqueza a uma nação. 
 
E, nesse sentido, entende Smith (1981) que a riqueza somente pode 
ser conseguida mediante a posse do valor de troca. Valor de troca, 
ele é a capacidade de obter riquezas, ou seja, é a faculdade que a 
posse de determinado objecto oferece de comprar com ele outras 
mercadorias. 
 
Smith também refutou as ideias mercantilistas argumentando que a 
riqueza é constituída pelos valores de troca, e não pela moeda, na 
medida em que esta é apenas um meio que permite a circulação de 
bens. Portanto, para Smith (1981), a verdadeira fonte de riqueza de 
um país somente pode ser alcançada mediante o trabalho, e essa 
fonte somente pode ser elevada com: 
 Aumento da produtividade; 
 A extensão de sua especialização; e 
 A acumulação do produto sob a forma de capital. 
 
A distribuição do produto nacional, no pensamento clássico, 
continuou sendo tratada de forma tradicional onde os remunerados 
seguiam este padrão: 
 Trabalho – salário; 
 Capital – lucro; e 
 
18 
 
 Terra – renda. 
 
Devemos ainda destacar que a Teoria Clássica é elaborada em 
função de um equilíbrio automático, que ignora as crises e os ciclos 
económicos. Desse modo, a oferta deve criar, necessariamente, sua 
própria procura – Lei de Say, e a soma dos salários e dos ganhos 
retidos pelos consumidores deve corresponder à quantidade global 
de bens oferecidos no mercado. 
 
Como vimos, o referencial económico e social dessa escola se dava 
com base nos princípios do liberalismo e do individualismo. 
Acreditava-se que um sistema de liberdade económica, através de 
um mecanismo impessoal de mercado – Mão Invisível –, conseguiria 
harmonizar os interesses individuais. 
 
Bem, considerando que sua obra clássica contém vários 
pressupostos actuais do neoliberalismo económico, podemos 
afirmar que as ideias de Smith correspondiam aos anseios do poder 
da burguesia, e, como um liberal, ele defendia: 
 A mais ampla liberdade individual; 
 Direito inalienável à propriedade; 
 A livre iniciativa e a livre concorrência; e 
 A não - intervenção do Estado na economia. 
 
Entretanto, para Smith (1981), o Estado deveria ter três funções: 
 Proteger a sociedade da violência e da invasão de outras 
sociedades independentes; 
 
19 
 
 Proteger, na medida do possível, todo membro da sociedade 
da injustiça e da opressão de qualquerde seus membros ou 
oferecer uma perfeita administração da justiça; e 
 Fazer e conservar certas obras públicas, e criar e manter 
certas instituições públicas, cuja criação e manutenção 
nunca despertariam o interesse de qualquer indivíduo ou de 
um grupo de indivíduos, porque o lucro nunca cobriria as 
despesas que teriam esses indivíduos, embora, quase 
sempre, tais despesas pudesse beneficiar e reembolsar a 
sociedade como um todo. 
 
Na sua análise histórica e sociológica, Smith acreditava que, embora 
os indivíduos pudessem agir de forma egoísta e estritamente em 
proveito próprio, existia uma “mão invisível”, decorrente da 
providência divina, que levava esses conflitos à harmonia. Assim 
podemos dizer que a “mão invisível” era o próprio funcionamento 
sistemático das leis naturais. 
 
Adam Smith teve muitos seguidores, dos quais destacamos os 
seguintes: John Stuart Mill e Jean Baptiste Say. Cabe ressaltar que 
alguns economistas daquela época rejeitaram a lei formulada por 
Say e dentre eles podemos destacar: Malthus, Karl Marx e Keynes. 
 
Thomas Robert Malthus, estudioso pensador inglês do seu tempo, 
continua fazendo história ainda nos dias de hoje com a sua famosa 
tese sobre o crescimento da população. Na sociedade mundial 
contemporânea os seus seguidores ficaram conhecidos como 
neomalthusianos. 
 
 
20 
 
Foi com a obra Ensaio sobre o princípio da população, publicada 
anonimamente em 1798, que Malthus tornou-se conhecido 
mundialmente. Das suas ideias, a mais famosa dizia que, enquanto a 
população tinha tendência a crescer de forma geométrica, os 
alimentos cresciam de forma aritmética. Embora atraente, é óbvio 
que, nos dias de hoje, temos certa dificuldade em pensar assim, 
devido às transformações tecnológicas ocorridas na agricultura e ao 
sucesso dos métodos de controlo de natalidade. 
 
Malthus quanto Ricardo tiveram grande influência de Adam Smith. 
Na realidade, o inglês Ricardo adquiriu fortuna, desde muito jovem, 
operando na Bolsa de Valores. Divergiu dos estudos sobre 
população, de Malthus, por não acreditar que a demanda efectiva 
seria incapaz de se realizar no mercado. 
 
De Ricardo, herdamos o importante estudo sobre a renda da terra. 
Segundo os seus ensinamentos, a expansão agrícola, ao se dar em 
terras menos férteis, levava à valorização da terra mais fértil, e nas 
relações económicas internacionais, à Teoria das Vantagens 
Comparativas. 
 
Ao estudar a produção, Ricardo dedicou-se a tentar entender a 
formação do valor a partir das horas trabalhadas e sua distribuição. 
Na concepção ricardiana, a troca das mercadorias estava 
directamente ligada às quantidades de trabalho relativas que 
haviam sido utilizadas para sua produção. Era a Teoria do Valo r– 
Trabalho, que começava a ser explicada com certos detalhes e que 
Adam Smith não conseguira superar. A importância da contribuição 
 
21 
 
de Ricardo para o entendimento da formação do valor na Economia 
só veio ser percebida a partir dos estudos de Karl Marx. 
 
5. Escola Marxista 
O representante maior desta escola foi Karl Marx (1818- 1883). 
Nascido em Trier, no sul da Alemanha, teve a sua principal obra, O 
capital, publicada pela primeira vez em 1867. Ao mergulhar nos 
estudos dos clássicos, Marx avançou nas formulações, e realizou 
uma leitura das mais completas e ampliadas do processo capitalista. 
Marx trouxe interpretações consistentes sobre a Teoria do Valor – 
Trabalho e buscou compreender de forma profunda a realização do 
capital. 
 
As contribuições efetivas de Karl Marx sobre o sistema capitalista 
estão reunidas nos três volumes da obra O Capital. O volume I foi 
publicado em vida e os outros dois alguns anos após sua morte. 
Depois da propagação da teoria formulada por Marx, que ficou 
conhecida como Marxista, o mundo não foi mais o mesmo. 
 
Mesmo nos dias de hoje, com forte presença do neoliberalismo, as 
teorias elaboradas por Marx são respeitadas, as defesas das suas 
ideias continuam despertando interesse e sendo estudada. 
 
Foi no estudo do processo de acumulação capitalista que Marx 
observou a génese das crises, ora de superprodução, ora de 
estagnação, bem como a distribuição da renda. Para ele, o valor da 
força de trabalho despendido para produzir uma mercadoria era 
determinado pelo tempo de trabalho empregado na produção da 
 
22 
 
mercadoria. Logo podemos dizer que Marx refere-se a compreensão 
de um valor social. 
 
Marx publicou alguns livros em parceria com o amigo de vida 
Friedrich Engels, sendo o primeiro A sagrada família, de 1845. O livro 
Ideologia alemão, escrito por Marx e Engels por volta de 1845 a 
1846, só veio a ser publicado em 1932, e é considerado um dos 
trabalhos mais significativos para a compreensão do materialismo 
histórico. 
 
Outro factor que precisamos destacar é que Karl Marx elaborou uma 
crítica científica do capitalismo, e este é um dos motivos pelos quais 
sua obra continua tendo grande repercussão, tornando-se um autor 
obrigatório a ser lido ainda hoje. Segundo Braga (1997), são 
inúmeras as evidências históricas da contemporaneidade da teoria 
económica de Marx. Por exemplo, a Lei Geral da Acumulação 
Capitalista e a Globalização Financeira. 
 
 
6. Escola Neoclássica 
Podemos dizer que o desenvolvimento deste pensamento foi 
evidenciado em 1870, ano que marcou a mundialização das relações 
económicas, e estendeu-se até 1929, quando uma grande crise 
atingiu as economias dos países, colocando em suspende os 
pressupostos da Ciência Económica dos clássicos. 
 
Isso mesmo a Escola Neoclássica foi uma extensão da Escola 
Marginalista, por buscar a integração da Teoria do Valor com a 
Teoria do Custo de Produção. Uma maior optimização dos recursos 
 
23 
 
devido à escassez passou a ser objectivada. Destacamos como sendo 
da Escola Neoclássica: 
 
Vilfredo Pareto: político, sociólogo e economista italiano, que 
formulou a famosa teoria do bem-estar social, influenciado pelos 
princípios do equilíbrio geral. Sua principal obra, Manual de Política 
Económica, foi publicada em 1906. Pareto influenciou a análise atual 
onde se discute o grau de satisfação dos indivíduos, ao aperfeiçoar a 
teoria de Walras. De acordo com Brue, o estado ótimo de Pareto 
implica em: uma distribuição ideal de bens entre os consumidores; 
uma alocação ideal técnica de recursos e quantidades ideais de 
produção (BRUE, 2006, p. 394). 
 
Léon Walras: demonstrou em suas formulações a interdependência 
entre os preços, quando na busca pelo equilíbrio geral 
macroeconómico da economia. Pertenceu a Escola Matemática de 
Lausanne (PINHO; VASCONCELLOS, 2003, p. 36-37). 
 
Alfred Marshall: nascido em Bermondsey, um subúrbio de Londres, 
em 26 de julho de 1842. Filho de William Marshall e Rebeca Oliver, 
cresceu no bairro londrino de Clapham. Estudou em Cambridge, 
onde se dedicou à matemática, à física e, posteriormente, à 
economia. Morreu em julho de 1924, aos 81 anos. Foi um dos mais 
influentes economistas de seu tempo. Em seu livro, Princípios de 
Economia (Principles of Economics) procurou reunir num todo 
coerente as teorias da oferta e da demanda, da utilidade marginal e 
dos custos de produção, tornando-se o manual de economia mais 
adotado na Inglaterra por um longo período. 
 
 
24 
 
7. Escola Keynesiana 
O ponto de partida do pensamento de John Maynard Keynes é que 
o sistema capitalista tem um carácter profundamente instável. Ou 
seja, a operação da “mão invisível”, ao contrário do que afirmavam 
os economistas clássicos, não produz a harmonia no mercado. Em 
momentos de crises, argumenta Keynes, a intervenção do Estado 
pode gerar demanda, mediante os investimentos, com vistas a 
garantir níveis elevados de emprego. O pensamento de Keynes 
comandou as bases do capitalismo mundial entre a década de 1940 
e final dos anos 70. 
 
A análise keynesiana veio opor-se aos postulados das economiasClássica e Neoclássica, que tinham na Lei de Say3 a sua pedra 
angular. Os pensadores que mais contribuíram para a concepção e 
divulgação dessa Lei, passada como um dos princípios 
inquestionáveis da Economia Política Clássica, foram os economistas 
Jean Say, David Ricardo e Stuart Mill. 
 
Introdutoriamente, a Lei de Say estabeleceu que toda produção 
encontra uma demanda, ou seja, que toda a renda (lucros, juros, 
salários) é inteiramente gasta na compra de mercadorias e serviços, 
e, portanto, não pode haver um excesso de produção ou renda em 
relação à demanda ou às despesas efectivamente realizadas. 
 
Observando a Lei de Say, muitos economistas deduziram que o seu 
princípio é válido para uma economia de produtores simples, de 
troca, de escambo, na qual cada família seria proprietária de seus 
 
3 Diz que a soma dos valores de tudo aquilo que é produzido é sempre equivalente à soma dos valores empregados como factores na 
produção. Fonte: Lacombe (2004). 
 
25 
 
meios de produção e trocaria apenas o excedente de bens que ela 
mesma produz, mas não consome. 
 
Exactamente nesta Lei, o dinheiro é visto apenas como um meio de 
troca, sendo gasto imediatamente. Para Say, ninguém teria 
interesse em conservá-lo (atribuindo-lhe reserva de valor). Para 
Ricardo, o fato de ninguém querer conservá-lo se deve ao fato de o 
dinheiro servir apenas para aquisição de bens de consumo ou bens 
de produção, para a criação de bens de consumo no futuro. 
 
Assim podemos afirmar que dentro da filosofia de Say os produtores 
ou possuidores de dinheiro não tinham interesse em mantê-lo em 
suas mãos mais que o necessário e a demanda seria ilimitada. 
 
Significa que sempre existirá uma demanda por um ou outro tipo de 
produto ou seja, ainda que ocorra excesso de produção, isso 
acontece apenas para certos tipos de mercadoria e em carácter 
temporário. Esse argumento de que a demanda é ilimitada é 
essencial para os clássicos e neoclássicos, pois assegura a 
inexistência de um excesso de produção em relação à demanda. Isso 
significa que tudo o que for produzido é, naturalmente, vendido. 
Todo o poder de compra da sociedade é sempre utilizado. 
 
Diante do que vimos até aqui, fica entendido que toda a renda 
ganha é sempre gasta no processo produtivo, sinalizando a 
inexistência de entesouramento. Ou seja, na Lei de Say, inexiste 
entesouramento do dinheiro. Nenhum indivíduo, ao auferir uma 
renda, deixa de usá-la inteiramente. Uma parte dela é utilizada para 
o consumo pessoal, enquanto a outra parte é poupada. Cuidado: 
 
26 
 
aqui, poupança, deve ser dito, não significa entesouramento para a 
Lei de Say. A poupança será sempre utilizada. Ou o indivíduo a 
emprega para acumular capital ou a empresta para outro, que deve 
imediatamente fazer uso dela. Assim podemos dizer que tudo que é 
ganho deve ser gasto. E se parte não é, outra pessoa o faz, 
recebendo o dinheiro por empréstimo. 
 
Considerando que o volume dos meios de produção e da força de 
trabalho é regulado pela produção, temos que a economia tende a 
operar com pleno emprego de recursos (ou plena capacidade de 
produção). 
 
Nesse caso, os recursos empregados se deslocariam para outro 
ramo da actividade no qual existisse demanda suficiente para 
absorver uma produção adicional, assegurando, desta forma, uma 
taxa de lucro compensatória. 
 
Os economistas adeptos da Lei de Say encaravam o desemprego 
como uma pequena anormalidade do sistema capitalista, que tinha 
a sua origem na intervenção estatal e na associação dos 
trabalhadores sindicais. Indicavam que também umas das causas do 
desemprego eram os altos salários pagos. Então, para corrigir o 
desemprego, os salários deveriam ser flexíveis. 
 
Baseados na Lei de Say, os gastos públicos não exerciam qualquer 
efeito positivo sobre a economia e, em especial, sobre o 
crescimento económico. Acreditavam, que os gastos do Estado 
poderiam ser um obstáculo para o crescimento económico, visto 
 
27 
 
que transferiam fundos de acumulação para utilizá-los em 
actividades improdutivas. 
 
O pensamento de Keynes é a própria negação do pensamento 
clássico. Ao contrário de Ricardo e Say, Keynes entendeu que, para a 
sobrevivência do capitalismo, era necessária uma acção efectiva do 
Estado na regulação das crises do capital. Keynes pode ser 
considerado como o retrato do indivíduo liberal de seu tempo. 
Detinha um carácter profundamente individualista, mas percebia os 
problemas sociais de sua época. É considerado o mais célebre 
economista do Século XX, pioneiro da Macroeconomia. 
 
As obras de Keynes mostram que suas preocupações estavam 
sempre ligadas a questões práticas e políticas de conjuntura. Não 
parecia interessado em reconstruir a teoria económica a partir da 
análise do valor, mas em verificar por que as teses marginalistas, nas 
quais fora educado, conduziam a políticas inconsistentes. Em 1930, 
escreveu Tratado sobre a moeda, e em 1936 a sua principal obra, A 
Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Foi esta última que 
mais contestou a Teoria Marginalista, Neoclássica ou Clássica. 
 
A Teoria Geral abalou profundamente os pressupostos do 
liberalismo económico, mostrando a inexistência do princípio do 
equilíbrio automático na economia capitalista. Até então, nos meios 
marginalistas, a economia de mercado encontrava naturalmente seu 
equilíbrio, numa situação em que todos os que desejassem 
trabalhar por uma remuneração correspondente à sua 
produtividade poderiam fazê-lo. 
 
 
28 
 
A questão da produção e do emprego foi demasiadamente avaliada 
por Keynes. Ele concluiu que o factor responsável pela alteração do 
volume de emprego é a procura de mão-de-obra, e não a sua oferta, 
como pensavam os neoclássicos. Logo, o desemprego é o resultado 
de uma demanda insuficiente de bens e serviços, e somente pode 
ser resolvido por meio de investimentos. O investimento, para 
Keynes, é o factor dinâmico na economia, capaz de assegurar o 
pleno emprego e influenciar a demanda. 
Ao contrário da tradição clássica e neoclássica, Keynes enfatiza 
acentuadamente o papel do Estado na economia, e destaca que as 
mudanças no sistema produtivo não poderiam ocorrer sem a acção 
efectiva do poder público. 
O grande eixo da análise de Keynes sobre a intervenção do Estado 
na economia é a superação da crise, no curto prazo, durante a 
própria crise, possibilitando o aumento dos investimentos através 
de uma política de aumento da demanda. O aumento das despesas 
em obras públicas, graças ao multiplicador, provocaria o 
aquecimento da economia, que se espalharia para os demais 
sectores. Contudo é através dos investimentos privados, visto como 
eixo central de toda economia, que promovemos a elevação do nível 
de emprego, aumentamos a renda e o crescimento económico. 
Nesse sentido, é do Estado a responsabilidade de activar o 
investimento e de assegurar a alocação dos recursos. 
Keynes estava convencido da importância da acção do Estado na 
economia, e toda a acção governamental deveria estar pautada na 
busca de reduzir os efeitos da crise de acumulação de capitais, que, 
de qualquer forma, promoveria a queima de certa quantidade de 
capital. 
 
 
29 
 
Sumário 
O pensamento económico foi evoluído ao longo dos tempos, o que 
reflecte nas diferentes teorias abordadas, nomeadamente: 
O Mercantilismo, A Escola Fisiocrata, A Escolas Clássica, Keynesiana, 
Marxista,, de entre outras. 
 
Exercícios de Autoavaliação 
1. Faça um quadro síntese das principais escolas do pensamento 
económico. 
2. Fale sobre a importância da Escola Fisiocrata para a economia. 
3. Pesquise sobre o significado do pensamento keynesiano na 
actualidade. 
4. Apresente as principais ideias da Escola Marxista. 
Exercícios de Avaliação 
1. Faça um quadro síntese das principais escolas do pensamento 
económico. 
2.Fale sobre a importância da Escola Fisiocrata para a economia. 
3. Pesquise sobre o significado do pensamento keynesiano na 
actualidade. 
4. Apresente as principais ideias da Escola Marxista. 
 
30 
 
 
Tema 2: Introdução a Economia 
Unidade Temática 2.1: A Economia 
Unidade Temática 2.2: A Economia Normativa e Positiva 
Unidade Temática 1.1: Os Campos da Economia 
Unidade Temática 1.1: Exercícios do Tema 
Unidade Temática 2.1: A Economia 
Introdução 
Segundo Mankiw (2005) a Economia pode ser descrita como aquele que 
administra um lar. A Economia surgiu como ciência a partir de 1776, com 
a publicação da obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações. Antes disso, a 
Economia não passava de um pequeno ramo da Filosofia Social e do 
Direito. Com o Mercantilismo e a Fisiocracia, as ideias econômicas 
começam a ter um pequeno desenvolvimento. 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Ao finalizar esta Unidade você deverá ser capaz de: 
 Identificar todos os discursos dentro das escolas de pensamento 
económico existentes; 
 Relacionar a economia com as demais ciências; 
 Entender o funcionamento da economia tendo em conta o modo de 
produção; e 
 Discutir os permanentes desafios que surgem o tempo todo. 
 
Seguindo o modelo das demais ciências sociais, a Economia enquanto 
ciência deriva da vontade de usar métodos mais empíricos à semelhança 
 
31 
 
das ciências naturais, com a exigência de estabelecer hipóteses e fazer 
predições que possam ser testadas com dados empíricos, onde os 
resultados são passíveis de serem demonstrados e repetidos, através da 
reprodução das mesmas condições da experiência. No entanto, à 
semelhança das outras ciências sociais, pode ser difícil os economistas 
conduzirem certos experimentos formais devido a questões práticas 
envolvendo a subjetividade humana. 
 
A expressão Economia Política tem origem no grego: oikonomika e 
politeia. Antonie Montchrétien foi quem primeiro utilizou a expressão em 
1615, em sua obra "Tracté de l'Economie Politique", se referindo ao 
estudo das relações de produção, especialmente entre as três classes 
principais da sociedade capitalista ou burguesa: capitalistas, proletários e 
latifundiários e onde ele afirma que: "a ciência da aquisição da riqueza é 
comum ao Estado e a família" e entendia que não deveria ser separado o 
adjetivo política do substantivo economia (Marcelo, B & Netto, J, 2008). 
 
Actualmente o termo economia política é utilizado comumente para 
referir-se a estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, 
sociologia, direito e ciências políticas para entender como as instituições e 
os contornos políticos influenciam a conduta dos mercados. Dentro da 
ciência política, o termo se refere principalmente às teorias liberais e 
marxistas, que estudam as relações entre a economia e o poder político 
dentro dos Estados. 
Os maiores representantes da Economia Política Clássica foram Adam 
Smith e David Ricardo. No Século XIX, Alfred Marshall disse que a 
Economia procura estudar os negócios comuns da vida da humanidade. 
Por negócios comuns, podemos entender as cenas comuns da vida 
económica. 
 
32 
 
Etimologicamente, a palavra “economia” vem dos termos gregos oikós 
(casa) e nomos (norma, lei). Pode ser compreendida como “administração 
da casa”, pois, administrar uma casa é algo bastante comum na vida das 
pessoas. Portanto, é interessante essa aproximação do mundo da casa 
com o mundo da economia. 
A economia pode ser definida como ciência social que estuda como o 
indivíduo e a sociedade decidem utilizar os recursos produtivos escassos, 
na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias 
pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer às 
necessidades humanas. A ciência económica se ocupa das questões 
relativas a satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade. 
A necessidade humana envolve a sensação da falta de alguma coisa unida 
ao desejo de satisfazê-la. Acreditamos que todas as pessoas sentem 
necessidade de adquirir certos bens, sentem desejo tanto por alimentos, 
água e ar. Da mesma forma que uma família precisa satisfazer suas 
necessidades uma sociedade também precisa fazer o mesmo como 
transporte, ordem pública. Aliás, precisa definir o que produzir, para 
quem produzir, quando produzir e quanto produzir para satisfazer as 
necessidades. Em linhas gerais, a sociedade precisa gerências bem seus 
recursos que são escassos. 
A outra ideia por patente na definição da economia é que os recursos são 
escassos, isto é, os recursos económicos como o trabalho, capital e terra 
são limitados em todas as sociedades, portanto, as sociedades devem usa-
las eficientemente, a fim de produzir bens com valor. A escassez é um 
problema da sociedade, já que os recursos são escassos, as quantidades 
de bens e serviços que podem ser produzidas são escassas. Sem a 
escassez não haveria necessidade de estudar a economia. 
 
33 
 
Sumário 
 Economia pode ser descrita como aquele que administra um lar. 
A Economia surgiu como ciência a partir de 1776, com a 
publicação da obra de Adam Smith, A Riqueza das Nações. 
 
Exercícios de Autoavaliação 
1. Distinga bens livres dos económicos 
Exercícios de Avaliação 
1. O que entendes por economia? 
2. Discuta sobre os sistemas económicos existentes. 
3. Distinga bens livres dos económicos 
Exercícios do Tema 
1. O que entendes por economia? 
2. Discuta sobre os sistemas económicos existentes. 
3. Distinga bens livres dos económicos 
 
Unidade Temática 2.2: Economia Positiva e 
Normativa 
Introdução 
A economia pode ser classificada quanto aos resultados em Economia 
Positiva e Economia Normativa. 
 
34 
 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Objectivos de Aprendizagem 
Ao finalizar esta Unidade você deverá ser capaz de: 
 Distinguir a análise normativa da positiva 
 Aplicar os conceitos de análise normativa e positiva 
 
1. Economia positiva 
A parte da ciência económica que se interessa pela descrição, usando 
metodologia da teoria de certos aspectos como elas são e como se 
apresentam e ela divide-se em: 
 Economia Descritiva: trata da identificação do fato económico. É a 
partir dos levantamentos descritivos sobre a conduta dos agentes 
económicos que se inicia o complexo de conhecimento sistematizado 
da realidade no campo da economia positiva. 
È a tarefa de levantamento e descrição dos fatos que se dedica a 
economia descritiva; é através dela que a realidade começa a ser 
submetida a um criterioso tratamento no sentido de que possam se 
 
35 
 
analisados as relações básicas que se estabelecem entre os diversos 
agentes que compõem o quadro da actividade económica. 
 Teoria Económica: a teoria económica é o compartimento central da 
economia, compete-lhe dar ordenamento lógico aos levantamentos 
sistematizados fornecidos pela economia descritiva, produzindo 
generalizações que sejam capazes de ligar aos fatos entre si, 
desvendar cadeias de acções manifestadas e estabelecer relações que 
identifiquem os graus de dependência de um fenómeno em relação a 
outro. Surgiram então em decorrência conjunto de princípios, de 
teorias, de modelos e de leis fundamentadas nas descrições 
apresentadas. 
 
A teoria económica adopta duas posições distintas na apresentação e 
análise do fenómeno económico, estas posições são conhecidas como 
microeconomia e macroeconomia. 
A microeconomia é aquela parte da teoria económica que estuda o 
comportamento das unidades, tais como os consumidores, as 
indústrias e empresas, e suas inter-relações. 
A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu 
conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, 
porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e actuar sobre o nível da 
actividade económica de um determinado país ou de um conjunto de 
países. 
 
36 
 
 
2. Economia Normativa 
Esta não se preocupa coma realidade mas sim com as formas 
consideradas óptimas de servir. A preocupação é emitir o juízo de valor, 
propor novas situações de organização. 
 Política Económica: os desenvolvimentos elaborados no 
compartimento da teoria económica, tem a finalidade de servir a 
política económica. Nesse terceiro compartimento é que serão 
utilizados os princípios, as teorias, os modelos e as leis. A utilização 
terá a finalidade de conduzir adequadamente a acção económica com 
vistas a objectivos pré-determinados. 
Quando empregamos a expressão política económica governamental 
estamos nos referindo as acções práticas desenvolvidas pelo governo 
com a finalidade de condicionar, balizar e conduzir o sistema 
económico no sentido de que sejam alcançados um ou mais objectivos 
politicamente estabelecidos. 
3. Bens e Serviços 
Podemos dizer, de forma global, que bem é tudo aquilo que permite 
satisfazer às necessidades humanas. Os bens podem ser: 
 Bens livres: aqueles cuja quantidade é ilimitada e podem ser obtidos 
sem nenhum esforço na natureza. Por exemplo: a luz solar, o ar, o 
mar. Esses bens não possuem preços. 
 Bens económicos: são relativamente escassos, têm valor no mercado, 
e supõem a ocorrência de esforço humano para obtê-lo. Por exemplo: 
um carro, um computador etc. 
 
Os bens económicos são classificados em dois grupos: 
 
37 
 
Bens materiais 
 Como o próprio nome já diz são todos aqueles de 
natureza material, que podem ser armazenados e 
são tangíveis, tais como roupas, alimentos, livros, 
televisão etc. 
Serviços 
Consideramos aqui tudo que é intangível. Por 
exemplo, serviço de um médico, consultoria de um 
economista ou serviço de um advogado, que 
acabam no mesmo momento de produção e não 
podem ser armazenados. 
 
Os bens materiais classificam-se em: 
 Bens de consumo: são aqueles usados directamente para a 
satisfação das necessidades humanas. Estes bens podem ser: de 
consumo durável, tais como: carros, móveis, electrodomésticos; e 
de consumo não durável, como, por exemplo, gasolina, alimentos, 
cigarro. 
 Bens de capital: são todos os bens utilizados no processo 
produtivo, ou seja, bens de capital, que permitem produzir outros 
bens. Por exemplo: equipamentos, computadores, edifícios, 
instalações etc. 
 
Tanto os bens de consumo quanto os bens de capital são classificados 
como: 
 
 
 
 
 
38 
 
Bens finais 
São bens acabados, pois já passaram por todas 
as etapas de transformação possíveis. 
Bens 
intermediários 
Consistem nos bens que ainda estão inacabados, 
que precisam ser transformados para atingir a 
sua finalidade principal. Por exemplo: aço, vidro 
e borracha usados na produção de carros. 
Os bens podem ser classificados, ainda, em: 
 Bens públicos: São bens não exclusivos e não disputáveis. 
Referem-se ao conjunto de bens fornecidos pelo sector público, 
tais como: transporte, segurança e justiça. 
 Bens privados: são bens exclusivos e disputáveis. São produzidos e 
possuídos privadamente, como, por exemplo: televisão, carro, 
computador etc. 
 
Podemos dizer então que bem é tudo o que tem utilidade para satisfazer 
uma necessidade ou suprir uma carência, enquanto o serviço implica 
numa actividade intangível que proporciona um benefício sem resultar na 
posse de algo. 
Sumário 
Economia positiva parte da ciência económica que se interessa pela 
descrição, usando metodologia da teoria de certos aspectos como elas são 
e como se apresentam 
Economia Normativa não se preocupa com a realidade mas sim com as 
formas consideradas óptimas de servir. A preocupação é emitir o juízo de 
valor, propor novas situações de organização. 
 
39 
 
Exercícios de Autoavaliação 
2. O que entendes por economia? 
3. Distinga a análise normativa da positiva. 
4. Explique os diferentes tipos de bens e serviços. 
Exercícios de Avaliação 
1. O que entendes por economia? 
2. Distinga a análise normativa da positiva. 
3. Explique os diferentes tipos de bens e serviços. 
Exercícios de Tema 
1. O que entendes por economia? 
2. Distinga a análise normativa da positiva. 
3. Explique os diferentes tipos de bens e serviços. 
 
 
 
 
 
Tema 3: Noções de Microeconomia 
Unidade Temática 3.1: Microeconomia 
Unidade Temática 3.2: Modelo da Procura e Oferta 
Unidade Temática 3.3: Estrutura de Mercados 
Exercícios do Tema 
 
40 
 
Unidade Temática 3.1: Microeconomia 
Introdução 
O Principal problema da Economia é a Escassez, ou seja, como as 
pessoas, alocam os seus recursos excassos para satisfazer as suas 
necessidades. A economia de divide em dois grandes partes: A 
Microeconomia e a Macroeconomia. 
Microeconomia 
 Trata das escolhas dos indivíduos quanto à 
afectação dos recursos escassos que têm 
disponíveis, a afectação das coisas. 
 Estuda os fundamentos das escolhas 
económicas de cada indivíduo e a sua 
evolução com a alteração dos preços das 
coisas. 
 Estuda como os recursos escassos são 
alocados para uma quantidade de fins; 
 Estuda-se o comportamento individual 
(das pessoas, empresas ou grupos 
homogêneos); 
 Serve como base para o estudo da 
economia como um todo; 
Na Macroeconomia, se considera a evolução dos chamados grandes 
agregados econômicos – PIB, inflação, desemprego, exportações 
etc. A Microeconomia, por sua vez, adota como princípio 
organizador dos dados sociais que observa o comportamento 
racional das pessoas, definido de forma restrita como sendo a 
otimização das escolhas, feita por cada indivíduo, para alcançar seus 
objetivos, supostamente muito claros e indubitáveis para cada um. 
 
 
41 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Objectivos de Aprendizagem 
Ao finalizar esta Unidade você deverá ser capaz de: 
 Entender e aplicar o modelo de procura e oferta; 
 Conhecer a estrutura de mercados; 
 Entender como se formam as curvas de demanda e oferta, 
no caso de uma economia de concorrência perfeita, e a 
formação do preço de equilíbrio; 
 Identificar a formação do monopólio e do oligopólio numa 
economia de concorrência imperfeita. 
 
1. Procura e Oferta 
A relação entre oferta e demanda demonstra as forças que agem na 
alocação dos recursos escassos; Assim, em economias de mercado, 
tanto demandantes quanto ofertantes irão alocar recursos da 
maneira mais eficiente possível; 
 
Demanda/Procura 
É quantidade de produtos que compradores desejam e podem adquirir a 
diversos níveis de preço. 
 
 
Lei da Procura 
A procura de um determinado produto é definida como o agregado 
das intenções de aquisição desse produto por parte dos 
consumidores. A quantidade procurada de um bem aumenta 
quando o preço desce, e desce quando o preço aumenta. 
Lei de Demanda: Existe uma relação inversa/negativa entre preço e quantidade 
demandada. Quando o preço aumenta a quantidade demandada diminui e vice-versa. 
 
42 
 
 
Não devemos confundir procura com aquisição, pois a procura 
somente traduz a intenção de aquisição. Para um dado preço existe 
uma quantidade procurada, mas essa procura só se traduzira em 
aquisição se existir quantidade suficiente de bens no mercado, 
equivalente ou superior à quantidade procurada. No caso de não 
existirem bens em quantidade suficiente, parte da procura ficara por 
satisfazer. 
 
Curva de Procura 
 
A figura mostra a relação entre o preço e quantidade de um 
determinado bem ou serviço, onde P representa o preço e a variável 
Q representa quantidade. A lei da procura é representada pela linha 
D. 
 Neste caso é uma recta, por mera simplificação, embora o gráfico 
da procura real tenda a ser uma curva – por isso que se usa a 
expressão curva da procura como sinonimo de lei da procura. O 
curva da procura apresenta o declive negativo, isto é, as variáveis 
apresentam uma relação inversa ou seja quando uma desce outra 
sobe, vice-versa. 
 
 
 
43 
 
Determinantes da Procura 
A curva de procura descreve as combinações de preçose quantidades procuradas 
quando todos os restantes factores que podem influenciar a procura se mantêm 
constantes (principio de certeris paribus). 
Esses factores podem ser: 
 Rendimento do consumidor; 
 Moda 
 Preços de bens substitutos. 
Quando ocorrem variações nos preços, mantendo-se o resto 
constante, o que se verifica é a própria lei da procura em acção, isto 
é, movimento ao longo da curva. 
As possíveis causas para esta alteração de comportamento podem 
ser as seguintes: 
 Aumento do número de consumidores, consequentemente a 
quantidade demandada aumentou; 
 Variação dos gostos dos consumidores, no sentido do produto 
em causa ser agora mais atractivo (moda); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Aumento do rendimento médio dos consumidores; 
 
 Variações nos preços de produtos relacionados, esses podem ser 
bens substitutos ou bens complementares. 
 
Gostos e expectativas 
 Vão causar deslocamento da curva de demanda, podendo 
aumentar (deslocamento para a direita e para cima) ou diminuir 
a quantidade demandada (deslocamento para a esquerda e para 
baixo). 
Número de consumidores 
 Relação positiva: Aumenta do número de consumidores, 
consequentemente a quantidade demandada aumenta, a curva 
de demanda se desloca para a direita e para cima. 
 
45 
 
 Se diminui o número de consumidores a curva de demanda se 
desloca para a esquerda e para baixo. 
Quadro de Resumo 
Variável Mudança na variável causa... 
Preço Movimento ao longo da curva de 
demanda 
Renda Deslocamento da curva 
Preço de bem complementar Deslocamento da curva 
Preço de bem substituto Deslocamento da curva 
Gostos e Expectativas Deslocamento da curva 
Número de compradores Deslocamento da curva 
 
Oferta 
 É a quantidade de produtos que vendedores desejam e podem 
produzir para vender a diversos níveis de preço. 
 Lei de Oferta: Existe uma relação direta/positiva entre preço e 
quantidade ofertada. Quando o preço aumenta a quantidade 
ofertada aumenta e vice-versa. 
Lei da Oferta 
A lei da oferta relaciona a quantidades oferecidas de um produto com o preço do 
produto, e pode ser enunciada da seguinte forma: a quantidade oferecida de um produto 
aumenta quando o preço aumenta, vice-versa. 
Não devemos confundir a oferta com vendas. A oferta apenas 
traduz as intenções de venda. Para um dado preço existe uma 
quantidade oferecida, esta oferta se traduzirá em vendas se existir 
uma procura suficiente. No caso de não existir procura suficiente, 
parte da procura ficara por vender. 
 
 
46 
 
Curva da Oferta 
 
 Da mesma forma que a anterior esta lei demonstra a quantidade 
de um dado produto que serão vendidas a um preço 
determinado. 
 Esta curva, porém, tem tendência ascendente. Quanto maior o 
preço, maior a quantidade ofertada. 
 
Determinantes da Oferta 
Que fatores determinam a quantidade de sorvete que você quer e 
pode vender? Por que a curva de oferta é deste jeito? Por que ela 
pode mudar? 
 Preço de mercado 
 Preço dos insumos ou Quantidade disponível de insumos 
 Tecnologia mais produtiva 
 Expectativa 
 Número de produtores 
 
 
47 
 
Causas que conduziram para esta alteração de comportamento da 
curva da oferta, podem ser as seguintes: 
 Diminuição dos custos de produção. Desta forma pode-se 
produzir os mesmos produtos a um preço mais baixo, as 
empresas poderão colocar maior quantidades desses produtos a 
venda, e mesmo assim obter lucros suficientes á sua actividade. 
 Condições climatéricas favoráveis que se traduzem em maiores 
níveis de produção para os mesmos custos. 
 
2. Equilíbrio do Mercado 
Ponto de equilíbrio 
 É o ponto em que “a quantidade do bem que os compradores desejam 
e podem comprar é exatamente igual à quantidade que os vendedores 
desejam e podem vender.” 
 Quando Oferta e demanda são iguais (quando as curvas se tocam) se 
diz que a economia para aquele bem está em equilíbrio; Neste ponto a 
economia atinge seu ponto mais eficiente: A quantidade que é 
demandada é igual à ofertada; 
 
 Neste caso hipotéticos todos (demandantes e ofertantes) estão 
satisfeitos; 
 
48 
 
Sumário 
 A Microeconomia trata das decisões tomadas por pequenas unidades 
econômicas. 
 A Microeconomia está fortemente baseada no uso de teorias e modelos. 
 A Microeconomia trata de questões positivas e análise normativa. 
 O preço de mercado é estabelecido pela interação de compradores e 
vendedores. 
Exercício de Autoavaliação 
1. Na Economia o principal problema é: 
a) Alocação de recursos 
b) Escassez 
c) Consumo 
d) Custo de Produção 
2. Indique abaixo o que não é um factor de produção: 
a) Terra 
b) Empréstimo bancário 
c) Capital 
d) Trabalho 
3. Macroeconomia lida com: 
a) As atividades das unidades individuais. 
b) O comportamento da indústria eletrônica. 
c) O comportamento das empresas. 
d) Nível de emprego, produção e inflação nacional 
4. Microeconomia não se preocupa com o comportamento de: 
a) Produção nacional 
b) Empresas. 
c) Indústrias. 
d) Consumidores. 
5. Qual das seguintes é consistente com a lei da oferta? 
a) Como o preço de calculadoras cai, a um aumento na demanda de calculadoras, 
ceteris paribus. 
b) Como o preço de calculadoras a descer, o fornecimento de calculadoras aumenta, 
ceteris paribus. 
c) Com o preço de calculadoras a aumentar, a quantidade ofertada de calculadoras 
diminui, ceteris paribus. 
 
49 
 
Exercício de Avaliação 
1. Qual das seguintes é uma afirmação normativa? 
a) O mais rico de 10 por cento da população teve um maior aumento percentual da 
renda nos últimos 10 anos do que os 10 por cento. 
b) A inflação está subindo. 
c) A proporção de renda das pessoas pago em impostos é maior sob este governo que 
sob a anterior. 
d) A desigualdade na distribuição de renda é um problema mais grave do que o 
desemprego. 
2. A "lei da demanda" implica que: 
a) Quando os preços caem, a demanda aumenta. 
b) Quando os preços caem, a quantidade demandada aumenta. 
c) Quando os preços sobem, a demanda diminui. 
d) Quando os preços sobem, a quantidade demandada aumenta. 
3. A quantidade demandada de Pepsi diminuiu. A melhor explicação para isso é que: 
a) o preço da Coca-Cola aumentou. 
b) o preço do Pepsi aumentou. 
c) Publicidade da Pepsi não é tão eficaz como no passado. 
d) Consumidores Pepsi tiveram um aumento na renda. 
4. Quando a redução no preço de um bem faz com que a demanda por um outro bom 
para diminuir, os produtos são: 
a) Substitutos. 
b) Complementar. 
c) Normal. 
d) Inferior. 
5. Qual dos seguintes não irá causar um deslocamento da curva de demanda por bíblias 
sagradas? 
a) A variação no preço dos discos compactos. 
b) Uma mudança na riqueza. 
c) Uma mudança no resultado. 
6. Qual das seguintes é consistente com a lei da oferta? 
d) Como o preço de calculadoras cai, a um aumento na demanda de calculadoras, 
ceteris paribus. 
e) Como o preço de calculadoras a descer, o fornecimento de calculadoras aumenta, 
ceteris paribus. 
f) Com o preço de calculadoras a aumentar, a quantidade ofertada de calculadoras 
diminui, ceteris paribus. 
 
 
50 
 
Exercícios do Tema 
1. Na Economia o principal problema é: 
e) Alocação de recursos 
f) Escassez 
g) Consumo 
h) Custo de Produção 
2. Indique abaixo o que não é um factor de produção: 
e) Terra 
f) Empréstimo bancário 
g) Capital 
h) Trabalho 
3. Macroeconomia lida com: 
e) As atividades das unidades individuais. 
f) O comportamento da indústria eletrônica. 
g) O comportamento das empresas. 
h) Nível de emprego, produção e inflação nacional 
4. Microeconomia não se preocupa com o comportamento de: 
e) Produção nacional 
f) Empresas. 
g) Indústrias. 
h) Consumidores. 
5. Qual das seguintes é uma afirmação normativa? 
e) O mais rico de 10 por cento da população teve um maior aumento percentual da 
renda nos últimos 10 anos do que os 10 por cento. 
f) A inflação está subindo.g) A proporção de renda das pessoas pago em impostos é maior sob este governo que 
sob a anterior. 
h) A desigualdade na distribuição de renda é um problema mais grave do que o 
desemprego. 
6. A "lei da demanda" implica que: 
e) Quando os preços caem, a demanda aumenta. 
f) Quando os preços caem, a quantidade demandada aumenta. 
g) Quando os preços sobem, a demanda diminui. 
h) Quando os preços sobem, a quantidade demandada aumenta. 
7. A quantidade demandada de Pepsi diminuiu. A melhor explicação para isso é que: 
e) o preço da Coca-Cola aumentou. 
f) o preço do Pepsi aumentou. 
 
51 
 
g) Publicidade da Pepsi não é tão eficaz como no passado. 
h) Consumidores Pepsi tiveram um aumento na renda. 
8. Quando a redução no preço de um bem faz com que a demanda por um outro bom 
para diminuir, os produtos são: 
e) Substitutos. 
f) Complementar. 
g) Normal. 
h) Inferior. 
9. Qual dos seguintes não irá causar um deslocamento da curva de demanda por bíblias 
sagradas? 
d) A variação no preço dos discos compactos. 
e) Uma mudança na riqueza. 
f) Uma mudança no resultado. 
10. Qual das seguintes é consistente com a lei da oferta? 
g) Como o preço de calculadoras cai, a um aumento na demanda de calculadoras, 
ceteris paribus. 
h) Como o preço de calculadoras a descer, o fornecimento de calculadoras aumenta, 
ceteris paribus. 
i) Com o preço de calculadoras a aumentar, a quantidade ofertada de calculadoras 
diminui, ceteris paribus. 
j) Com o preço de calculadoras a aumentar, a aumento na quantidade ofertada de 
calculadoras, ceteris paribus. 
11. O preço de chips de computador utilizados no fabrico de computadores pessoais tem 
caído. Isto levará a __________ computadores pessoais. 
a) Um aumento na oferta de 
b) Um aumento na quantidade fornecida de 
c) Uma diminuição na quantidade fornecida de 
d) Uma redução no fornecimento de 
12. Equilíbrio de mercado existe quando _____________ pelo preço em vigor. 
a) Quantidade demandada é igual a quantidade ofertada 
b) Quantidade demandada é maior do que a quantidade ofertada 
c) Quantidade ofertada é maior do que a quantidade demandada 
d) Quantidade demandada é menor do que a quantidade ofertada 
 
 
 
52 
 
Tema 4: Estrutura De Mercado 
Introdução 
O comportamento de ofertantes e demandantes no mercado não é 
uniforme. Em decorrência da própria dinâmica da economia 
capitalista, o poder dos diferentes agentes económicos é também 
diferenciado. Veremos a seguir as características básicas dos 
principais tipos de mercado. 
 
 
Objectivos 
específicos 
 
Ao finalizar esta Unidade você deverá ser capaz de: 
 Conhecer os diferentes tipos de mercardos; 
 Classificar as formas de mercado. 
 Identificar as falhas de mercado 
1. Concorrência perfeita 
 Grande número de consumidores e ofertantes, tornando o 
mercado pulverizado de tal forma que nenhum comprador ou 
vendedor tenha condições de influenciar os preços ou o 
comportamento dos demais agentes; 
 Perfeito conhecimento do mercado, a começar pelo preço, por 
parte dos que o integram; 
 Perfeita mobilidade de recursos; 
 Ausência de entraves ao ingresso de novas empresas; 
 Homogeneidade de produtos. 
 
2. Concorrência monopolística: 
 Grande número de empresas; 
 Fracas barreiras quanto ao ingresso e saída do mercado; 
 
53 
 
 Pouca diferenciação dos produtos. Cada concorrente estabelece 
um produto único e ligeiramente diferenciado pela marca, 
embalagem, publicidade. A diferença é subjectiva. 
3. Oligopólio 
 
 Pequeno número de empresas controla a 
quase totalidade do mercado; 
 Forte bloqueio à entrada de concorrentes; 
 Concorrência pela diferenciação de produtos; 
 Tendência à concentração de capitais 
através de fusões; 
 Tendência à formação de cartéis e à rigidez 
de preços. 
4. Monopólio 
 Existência de uma única empresa produtora 
de bens e serviços para os quais, no curto 
prazo, não existem substitutos próximos; 
 Barreiras legais, tecnológicas e económicas 
ao ingresso de concorrentes no mercado; 
 Dimensões do mercado estabelecidas pela 
empresa viam determinação prévia do 
volume de produção e dos preços desejáveis; 
 O lucro total da empresa é máximo para cada 
nível de produção e preço por ela 
estabelecido. 
 
5. Monopsônio 
 Uma única empresa compradora de determinado produto; 
 Preço determinado pelo comprador. 
 
6. Oligopsônio 
 Poucas empresas compradoras; 
 Preço do produto determinado pelos demandantes; 
 Grande dificuldade de entrada no mercado para novos 
compradores. 
 
 
 
54 
 
O mercado também cria algumas imperfeições que impedem o 
que se poderia chamar de seu comportamento “natural”. Essas 
imperfeições estão relacionadas ao poder de mercado e formas 
de atingi-lo ou mantê-lo. É o caso do truste, dumping e cartel. 
 O truste é o tipo de estrutura em que várias empresas, já 
detendo a maior parte do mercado, combinam-se ou fundem-
se para assegurar esse controle, estabelecendo preços 
elevados que lhes garantam altas margens de lucro. 
 O dumping se caracteriza pela venda de produtos a preços 
mais baixos que os custos, com a finalidade de eliminar 
concorrentes e conquistar fatias maiores de mercado. 
 Cartel é um grupo de empresas independentes que 
formalizam um acordo para sua actuação coordenada, com 
vistas a interesses comuns. O tipo mais comum de cartel é o 
de empresas que produzem artigos semelhantes, de forma a 
constituir um monopólio de mercado. 
Sumário 
Forma 
Barreiras de 
Entrada 
para 
Vendedores 
Quantidade 
de 
Vendedores 
Barreiras de 
Entrada para 
Compradores 
Quantidade 
de 
Compradores 
Competição 
perfeita 
Não há Muitos Não há Muitas 
Monopólio Existe Um Não há Muitas 
Competição 
Monopolística 
Não há Muitos Não há Muitas 
Oligopólio Existe Poucos Não há Muitas 
Monopsônio Não há Muitos Existem Um 
 
 
55 
 
Exercício de Autoavaliação 
1. Caracterize, em uma tabela, as diferentes estruturas de mercado 
2. Explique o que é dumping e cartel. 
Exercício de Avaliação 
1. Caracterize, em uma tabela, as diferentes estruturas de mercado 
2. Explique o que é dumping e cartel. 
Exercícios do Tema 
1. Caracterize, em uma tabela, as diferentes estruturas de mercado 
2. Explique o que é dumping e cartel. 
Assinale a alternativa correta. 
1. O monopólio é uma situação de mercado em que: 
a) Existem poucos vendedores de uma mercadoria para a qual não há substitutos 
próximos; 
b) Existem muitos vendedores de uma mercadoria para a qual não há substitutos 
próximos; 
c) Existe apenas um vendedor de uma mercadoria para a qual há substitutos próximos; 
d) Existe apenas um vendedor de uma mercadoria para a qual não há substitutos 
próximos; 
 
2. Estrutura de mercado em que existem muitas empresas vendendo produtos 
diferenciados que são substitutos próximos entre si: 
a) Monopólio; 
b) Concorrência monopolística 
c) Concorrência perfeita; 
d) Oligopólio; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
3. Em um mercado de concorrência perfeita: 
a) Existe um número tão grande de compradores e de vendedores, sendo cada um 
deles tão pequeno em relação ao mercado, que nenhum deles consegue, 
isoladamente, afetar o preço de mercado; 
b) Os produtos colocados pelas empresas no mercado são homogêneos (idênticos) 
sendo, portanto, perfeitos substitutos entre si; 
c) Existe livre entrada e saída das empresas; 
d) Existe transparência de mercado; 
e) Todas as alternativas anteriores estão corretas. 
 
 
 
56 
 
4. A concorrência monopolística é uma estrutura mercadológica em que há: 
a) Muitas empresas vendendo um produto homogêneo; 
b) Poucas empresas vendendo um produto diferenciado; 
c) Poucas empresas vendendo um produto homogêneo; 
d) Muitas empresas vendendo um produto diferenciado; 
e) Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
5. Para que um monopólio exista é preciso que existam obstáculos ao ingresso de firmas

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