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Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
ECONOMIA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
 REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
 DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
 DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
 DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
 DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
 DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Isabelly Oliveira Fernandes de Souza
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Louise Ribeiro 
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 Vinicius Rovedo Bratfisch
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Carlos Firmino de Oliveira
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Giovane Jasper 
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto
 FICHA CATALOGRÁFICA
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
 G899e Gualassi, Rodrigo Jr.
 Economia / Rodrigo Jr. Gualassi.
 Paranavaí: EduFatecie, 2024.
 100 p.: il. Color.
 
 1. Economia. 2. Microeconomia. 3. Macroeconomia 
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação
 a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 330
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas do banco de imagens 
Shutterstock .
3
AUTOR
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
Possui pós-graduação em Gestão de Pessoas pelo Instituto Paranaense de Ensino de 
Maringá. Curso em andamento de especialização em EAD e Novas Tecnologias Educacionais 
pela Unifatecie e membro do Conselho de Pesquisa e Extensão na Unifatecie. Graduado em 
processos gerenciais pela Unifatecie-Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná. 
Atualmente é professor de graduação na Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do 
Paraná — Unifatecie e na Fapan-Faculdade de Paraíso do Norte, Paraná. Supervisor de 
tutoria na EaD Unifatecie. Professor conteudista/formador na EaD Unifatecie. Atuou como: 
Coordenador de pós-graduação na Faculdade de Tecnologia e Ciências do Norte do Paraná — 
Unifatecie; Professor de pós-graduação na Faculdade Alfa de Umuarama no estado do Paraná; 
Professor conteudista/formador na EaD — Unicesumar; Professor conteudista/formador na EaD 
— Uningá; Tutor de graduação na modalidade EaD do grupo Uninter; Professor conteudista/
formador na VG assessoria — Maringá, Paraná. Trabalhou em departamento de recursos 
humanos em empresas de pequeno porte, onde desenvolveu atividades envolvendo as áreas 
de planejamento estratégico, formalização de processos e desenvolvimento de equipes e 
resultados. Ministrou aulas em cursinhos preparatórios além de palestras e treinamentos no 
segmento empresarial. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Gestão 
de Pessoas. Colaborou como professor elaborador de itens do BNI-ENADE 2015 e, em 2018, 
como Revisor de Itens para o curso de processos gerenciais.
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
4
APRESENTAÇÃO
As empresas desempenham suas atividades de comércio, produção e serviços 
sob um contexto de comportamentos diferenciados dos consumidores, a existência da 
escassez de recursos, a falta ou excesso de demanda e oferta, e a presença do estado 
regulamentado, incentivando e demandando. Desta forma, a disciplina de economia torna-
se necessária ao aluno por proporcionar condições de avaliar essa dinâmica de mercado e 
confrontar com a realidade da atividade empresarial onde atua.
Nesta disciplina de economia contemplaremos na unidade I, os princípios da 
economia de forma que serão abordados os primórdios do pensamento econômico, 
percorrendo um caminho de correntes e pensamentos que levam até os tempos atuais.
Já na unidade II serão apresentados conceitos de economia, o problema econômico 
fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.
Na unidade III conceituaremos e contextualizaremos a microeconomia, 
compreenderemos os tipos de análise microeconômica visando estabelecer a importância 
da aplicação da sua análise. Conceituaremos e contextualizaremos demanda, oferta 
e equilíbrio de mercado com o objetivo de compreender demanda e oferta. Ao final da 
unidade III abordaremos os conceitos de teoria de mercado. Por fim, na unidade IV 
conceituaremos macroeconomia, além de promover a compreensão dos objetivos da 
política macroeconômica. Apresentaremos os instrumentos de política macroeconômica e 
contextualizaremos os agregados macroeconômicos, além de conceituar e tipificar moeda, 
e conceituar e compreender a inflação.
Ao estudar este material esperamos capacitar o estudante a avaliar sistematicamente 
a atuação de todos os agentes econômicos que participam de um sistema econômico. 
Preparar o aluno para lidar com os conceitos e instrumentos básicos da teoria econômica, 
especialmente de Microeconomia, em que o administrador se baseia para tomar decisões 
empresariais, sobrelevando os aspectos das decisões dos agentes econômicos individuais: 
o consumidor e a firma, e como estes se relacionam nos mercados. Compreender a influência 
do Estado sobre as empresas. Compreender as políticas e os impactos na demanda por 
meio da ampliação ou redução do crédito; moeda e inflação.
Aproveite seu material. Bons Estudos!
5
SUMÁRIO
Macroeconomia
Microeconomia
Introdução a Economia
Antecedentes históricos da economia
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
ANTECEDENTES 
HISTÓRICOS DA 
ECONOMIA1UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
7
Plano de Estudos
• Precursores da teoria econômica;
• Mercantilismo;
• Fisiocracia;
• Liberalismo;
• Teoria neoclássica;
• Teoria keynesiana;
• O período recente.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a história da economia;
• Compreender os períodos passados;
• Estabelecer a importância da história da economia para compreenderà política e 
à programação econômica do setor público. Consistem:
• Avaliação de projetos de investimentos públicos;
• Efeitos de impostos sobre mercados específicos;
• Política de subsídios;
• Fixação de preços mínimos na agricultura;
• Fixação do salário mínimo;
• Controle de preços;
• Política salarial;
• Política de preços e tarifas públicas (água, luz e outras);
• Fixação de tarifas alfandegárias;
• Leis antitruste (defesa da concorrência).
Para Vasconcellos (2015, p.15), “as políticas econômicas governamentais (políticas 
salariais, políticas assistencialistas, gastos com educação, etc.) influenciam direta e 
indiretamente na mobilidade social”.
55
4.1 Conceito de Demanda
A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado 
bem ou serviço, que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo.
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que 
os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua renda, seus 
gastos e o preço de mercado. Representa um desejo, um plano: o máximo 
a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado 
(VASCONCELLOS 2015, p.31).
A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor, são elas: 
o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou 
preferência do indivíduo. Para estudar a influência dessas variáveis, utiliza-se a hipótese 
do coeteris paribus (Ceteris paribus), ou seja, cada uma dessas variáveis é vista de forma 
diferente, afetando separadamente as decisões do consumidor.
Demanda é o mesmo que quantidade demandada? Embora tendam a ser utilizados 
como sinônimo, existe distinção entre demanda e quantidade demandada, esses termos 
têm significados diferentes.
Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à maioria dos bens 
existentes na economia e, de fato, ela é tão universal que os economistas a 
chamam, lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço 
de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui; quando o preço 
diminui, a quantidade demandada do bem aumenta (MANKIW 2013,p. 65).
DEMANDA E OFERTA
DE MERCADO4
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
56MICROECONOMIAUNIDADE 3
Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços 
a determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um ponto 
específico da curva relacionando um preço a uma quantidade.
GRÁFICO 1: DEMANDA OU QUANTIDADE DEMANDADA
Fonte: o autor.
No gráfico 1, é possível perceber a relação entre demanda e quantidade demandada 
ao ponto de que, por exemplo, considerando o fator preço (céteris páribus) ao ponto de que se 
este subir, a demanda/quantidade demandada tende a reduzir. A mesma regra se aplica quando 
analisada ao contrário. A curva de demanda é negativamente inclinada, pois quando o preço 
sobe as quantidades demandadas tendem a baixar ou conforme citado acima, analisando pelo 
ponto de vista que se o preço baixar, as quantidades procuradas tende a subir.
4.2 Conceito De Oferta
A oferta é conceituada como sendo as várias quantidades que os produtores 
desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. “É a quantidade que os 
vendedores querem e podem vender” (MANKIW 2013, p. 71).
Da mesma maneira que foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta depende 
de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais preços, do preço 
dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto 
mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário em 
disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”.
57MICROECONOMIAUNIDADE 3
GRÁFICO 2: OFERTA.
Fonte: o autor.
4.3 Equilíbrio de mercado
A interação das curvas de demanda e oferta, determina o preço e a quantidade de 
equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.
GRÁFICO 2: EQUILÍBRIO DE MERCADO.
Fonte: o autor.
Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E), ou seja, ao se cruzarem, 
teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem 
às aspirações, necessidades dos consumidores e produtores de forma simultânea.
58MICROECONOMIAUNIDADE 3
Quando a quantidade ofertada estiver abaixo daquela de equilíbrio “PE” (A, por exemplo), 
teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, 
pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Filas serão formadas, o que 
forçará a elevação de preços, até que se atinja um equilíbrio, quando as filas cessarão. Mas se 
a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio “PE” (B, por exemplo), haverá 
um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, 
o que poderá provocar uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos 
preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio (VASCONCELLOS 2015, p. 55).
Dessa forma, visando a equidade, o governo pode intervir na formação de preços 
no mercado através de:
• Impostos;
• Subsídios;
• Tabelamento;
• Fixação de preços mínimos;
• Congelamentos de preços e salários, etc.
4.4 Elasticidade
É possível explicar a elasticidade como o grau de reação de um produto à variação 
de, por exemplo, seu preço, isto é, a elasticidade demonstra uma relação entre o efeito 
nas quantidades demandadas ou ofertadas de determinado produto e as causas que o 
determina, sob a condição de coeteris/céteris paribus.
Para resumir podemos conceituar elasticidade com o grau de reação ou de 
sensibilidade de um bem, ou serviço à variação de, seu preço, preço dos produtos substitutos 
ou complementares e renda do consumidor. “A elasticidade é uma medida do tamanho 
da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado” 
(MANKIW 2013, p. 87).
Sua metodologia de cálculo parte da análise do quociente entre a variação percentual 
da quantidade em função da variação percentual de outra variável, que lhe provoque alguma 
mutação, como o preço do próprio bem ou serviço. Ela poderá ser calculada no ponto ou 
num intervalo, ou arco.
4.4.1 Elasticidade-Preço da Demanda
Sua função é avaliar a reação da quantidade da demanda de um bem ou serviço 
em relação às variações em seu preço. Essa é a visão do quando considerado o lado do 
consumidor.
59MICROECONOMIAUNIDADE 3
A elasticidade-preço da demanda pode ser definida, “como a relação entre a 
variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço” 
(VASCONCELLOS, 2011, p. 8).
Algebricamente, a elasticidade-preço da demanda pode ser representada por:
• ∆ Q= Variação na quantidade demandada
• ∆ P= Variação no preço
FIGURA 1: A ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA
Fonte: Rossetti (2016, p. 432)
4.4.2 Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, a figura 
2 mostra perfeitamente essa relação de raciocínios. No entanto, neste caso que o resultado da 
elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta.
60MICROECONOMIAUNIDADE 3
FIGURA 2: A ELASTICIDADE-PREÇO DA PROCURA
Fonte: Rossetti (2016, p. 433)
A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada responde a 
mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada elástica se a quantidade ofertada 
responde substancialmente a mudanças no preço. A oferta é chamada inelástica se a 
quantidade ofertada responde pouco às mudanças no preço (MANKIW 2013, p. 96).
Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a 
ofertar, coeteris paribus.
61
5.1 Conceito da Teoria da Produção
A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com 
os produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos.
Produção éo processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção 
adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Assim, a firma 
é uma intermediária: compra insumos (inputs, fatores de produção), combina-
os segundo um processo de produção escolhido e vende produtos (outputs) 
no mercado (VASCONCELLOS, 2015, p. 113).
Para que essa teoria seja melhor compreendida, primeiro devemos nos ater aos 
conceitos de firma e posteriormente na definição da função de produção:
• Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em definir a 
empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será 
apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será o 
proprietário ou pessoa que administra a firma (SILVA; LUIZ, 2010).
Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas firmas a 
“maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade 
sobre os custos etc”.
• Função de produção: é uma relação técnica entre as quantidades empregadas 
dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou serviço, podendo 
ser representada pela expressão:
 ◦ Q= f (K, L) em que:
TEORIA DA 
PRODUÇÃO5
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
62MICROECONOMIAUNIDADE 3
 ◦ Q= quantidade produzida do bem;
 ◦ K= quantidade empregada de fator capital;
 ◦ L= quantidade empregada de fator trabalho.
Essa expressão significa que a quantidade produzida do bem depende, ou “é função”, 
das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho, “no qual insumos, tais como, 
serviços de mão de obra, matéria-prima e serviços de bens de capital, são transformados em 
um produto final” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011, p. 147).
5.2 Lei dos Rendimentos Decrescentes
Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da 
Produção, é o da Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes, que trata sobre quando 
se elevando a quantidade do fator variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais 
fatores, a produção inicialmente aumentará as taxas crescentes; a seguir, depois de certa 
quantidade utilizada do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas que tendem a cair 
continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um 
máximo, para depois diminuir.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes se refere a uma teoria, que explica o 
motivo por aumentos nas quantidades produzidas serem cada vez menores 
em relação ao acréscimo de unidades produtivas no processo de produção 
de um bem ou serviço. A teoria defende que a eficiência produtiva diminui 
a cada novo fator de produção incrementado ao mesmo fator fixo (SILVA; 
FERNANDES, 2017, p. 57).
Se considerarmos como exemplo dois fatores: terra (fixo) e mão de obra (variável) 
é possível verificar que, se várias combinações de terra e mão de obra forem utilizadas 
para produzir um item como o feijão, e se a quantidade de terra for mantida constante, os 
aumentos da produção dependerão do aumento da mão de obra empregada na lavoura 
para sua efetiva produção.
Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a 
maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá 
que a produção cresça até um certo ponto (máximo) e depois passe a diminuir. Como a 
proporção entre os fatores fixo e variável vai se alterando, quando aumenta a produção, 
essa lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis.
5.3 Custo de Oportunidade
São os custos relacionados às oportunidades deixadas de lado por determinado 
indivíduo ou empresa, num espaço de tempo específico. Essa situação é mais fácil de ser 
63MICROECONOMIAUNIDADE 3
verificada se tomarmos por base o exemplo de uma empresa que possua galpão próprio. 
Enquanto os contadores normalmente contabilizam o custo igual a zero na utilização 
desse galpão, mesmo que ele abrigue as máquinas da própria empresa, os economistas 
identificam nessa situação uma possibilidade de ganho, pois o empresário poderia receber 
algum tipo de receita não operacional, caso ele alugasse esse galpão. 
Dessa forma, os aluguéis não recebidos correspondem ao custo de oportunidade 
(VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).
5.4 Custos Fixos e Variáveis
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 127), “custos contábeis são aqueles 
normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que sempre 
envolvem um dispêndio monetário”.
São os gastos efetivos contabilizados no balanço da empresa, que podem ser:
• Custos Fixos: ele independe da produção, não varia de acordo com seu 
volume e é representado por fatores fixos, como aluguel, IPTU, etc. - que são 
denominados, contabilmente, custos indiretos.
• Custos Variáveis: esse custo depende da produção e varia de acordo com seu 
volume. É representado por fatores variáveis – como mão de obra, matéria-prima, 
etc. – e são denominados, contabilmente, custos diretos.
5.5 Custos Médio e Marginal
• Custo Total Médio: é o resultado do quociente do custo total pela quantidade 
total produzida, também conhecido como custo unitário.
Custo Marginal: também denominado custo incremental, é o resultado da produção 
de uma unidade adicional de produto. Podemos calculá-lo pelo quociente da variação do 
custo total pela variação da quantidade total produzida. Sua ocorrência só é possível para 
o custo variável, uma vez que os custos fixos não variam em função da produção.
64MICROECONOMIAUNIDADE 3
5.6 Economias e Deseconomia de Escala
As economias de escala ocorrem quando a curva de custo total médio de longo 
prazo decresce com o aumento da produção, já as deseconomias de escalas ocorrem 
quando a curva de custo total médio se eleva com a produção (MANKIW, 2013).
Quanto às economias de escala, podemos destacar três possíveis causas para sua 
ocorrência. São elas:
• Economia de escala na fábrica – está ligada ao investimento no capital fixo 
e humano, trazendo ganhos provenientes da especialização, que, por sua vez, 
estão relacionados à produtividade dos fatores, ou seja, estão relacionados 
aos aumentos mais que proporcionais da capacidade produtiva em relação aos 
custos de produção. Também podemos ter o que chamamos de economias de 
escopo, que refletem os benefícios de menores custos ao se produzir dois ou 
mais produtos em conjunto em vez de separados.
• Economia de escala no produto – está relacionada ao aumento da especialização 
dos fatores quando a produção de um único e específico produto, por exemplo, 
a mão de obra, tende a se tornar cada vez mais qualificada para a elaboração de 
um produto devido as repetidas vezes que lida com ele. Esse fato está ligado à 
curva de aprendizado, que se reflete diretamente nos custos.
• Economia de escala ligada à empresa – são várias as vantagens que esse 
tipo de economia pode trazer, e dentre as mais importantes destacamos:
 ◦ Vantagens de produção e distribuição – quando se possui muitas fábricas 
e produtos, são vários os benefícios relacionados à logística da produção e 
distribuição, originados por essas múltiplas operações;
 ◦ Vantagens provenientes das inovações tecnológicas – como é o caso da 
Pesquisa de Desenvolvimento (P&D) de produtos, que é algo bastante oneroso. 
Essa tarefa é muito mais fácil para as grandes empresas, ou para grupos delas, 
do que para as pequenas;
 ◦ Vantagens para se levantar recursos financeiros – em razão de seu 
tamanho e suas garantias, é muito mais fácil para as grandes empresas 
levantarem recursos, quer por intermédio de financiamentos ou empréstimos, 
quer pelo lançamento de seus papéis no mercado acionário;
 ◦ Vantagens ligadas ao marketing e à promoção de vendas – é muito comum 
os grandes grupos terem o próprio pessoal e até mesmo o próprio veículo 
de divulgação para seus produtos, além disso, em função da quantidade de 
eventos, fica mais fácil a negociação com os agentes de comunicação.
65MICROECONOMIAUNIDADE 3
Quantoàs deseconomias de escala, pode-se destacar como suas principais causas 
os seguintes fatores:
• Problemas administrativos ligados à coordenação e controle das operações, à 
medida que elas aumentam de escala;
• Falta de mão de obra especializada, levando as empresas a elevarem os 
salários para conquistarem ou manterem seus técnicos, causando pressões 
sobre o custo variável;
• Problemas logísticos na distribuição dos produtos, quando há uma única fábrica 
distante dos centros consumidores, isso provoca elevação dos custos de transporte.
66
As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três 
características:
01. Número de empresas que compõem esse mercado;
02. Tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
03. Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
6.1 Concorrência pura ou perfeita
É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), 
de tal forma que uma empresa, isoladamente, por ser pouco expressiva, não afeta os níveis 
de oferta do mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio.
Em um sistema de concorrência pura ou perfeitamente competitivo, 
predomina o laissez-faire: milhares de produtores e milhões de consumidores 
têm condições de resolver os problemas econômicos fundamentais (o que 
e quanto, como e para quem produzir), como que guiados por uma “mão 
invisível”. Isso sem a necessidade de intervenção do Estado na atividade 
econômica (VASCONCELLOS, 2015, p. 5).
É um mercado pulverizado, pois é composto de um número considerável de 
empresas. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:
• Produtos homogêneos: não existe diferenciação entre produtos ofertados 
pelas empresas concorrentes.
• Não existem barreiras: para o ingresso de empresas no mercado.
• Transparência do mercado: todas as informações sobre lucros, preços, etc. 
são conhecidas por todos os participantes do mercado.
TEORIA DE 
MERCADO6
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
67MICROECONOMIAUNIDADE 3
6.2 Monopólio
O mercado monopolista se caracteriza por apresentar condições diametralmente 
opostas às da concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, uma única empresa dominando 
inteiramente a oferta e, do outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, 
nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem às 
condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o produto.
Monopólio é um termo que tem origem grega. Mono significa “um” e polein, 
“vender”. Ele consiste em uma das principais estruturas de mercado. Tem 
como principal característica a ausência de concorrentes. A concorrência 
ocorre quando há disputa entre as várias empresas atuantes no mesmo 
segmento, com o intuito de atrair fatias maiores de clientes e, portanto, obter 
lucros mais elevados (SILVA; AZEVEDO, 2017, p. 212).
Para Vasconcelos (2015) a existência de monopólios, deve haver barreiras que 
praticamente impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem
advir das seguintes condições:
• Monopólio puro ou natural: ocorre quando o mercado, por suas próprias 
características, exige a instalação de grandes plantas industriais, que operam 
normalmente com economias de escala e custos unitários bastante baixos, 
possibilitando à empresa cobrar preços baixos por seu produto, o que acaba 
praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes.
• Elevado volume de capital: a empresa monopolista necessita de um elevado 
volume de capital e uma alta capacitação tecnológica.
• Patentes: enquanto a patente não cai em domínio público, a empresa é a única
• que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado bem.
• Controle de matérias-primas básicas: por exemplo, o controle de minas de 
bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.
Existem, ainda, os monopólios institucionais ou estatais em setores considerados 
estratégicos, ou segurança nacional (energia, comunicação, petróleo).
68
Não se pode negar que, no atual mundo intervencionista em que vivemos, vários monopólios, 
de fato, possuem o poder de restringir a produção e praticar preços monopolísticos. Porém, a causa 
desta lamentável situação está na multiplicidade de restrições governamentais à livre concorrência, como 
regulamentações, burocracias, restrições ambientalistas e carga tributária alta, que serve como uma barreira 
protecionista que defende quem já está no mercado.
Se o governo impede concorrentes de entrarem no mercado, os consumidores perdem a proteção 
oferecida pela concorrência potencial.
A empresa de utilidade pública que desfruta uma concessão exclusiva é um monopólio local. 
Neste caso, a única linha de resistência dos consumidores é a elasticidade da sua demanda e talvez também 
sua capacidade de recorrer a uma produção independente. Enquanto isso, os planejadores estatais vão 
intensificando os controles políticos.
Fonte: Sennholz (2013, disponível em: https://mises.org.br/artigos/902/monopolio-bom-e-
monopolio-ruim-como-sao-gerados-e-como-sao-mantidos ) 
SAIBA
MAIS
MICROECONOMIAUNIDADE 3
Diferentemente da concorrência perfeita, como existem barreiras à entrada de novas 
empresas, os lucros extraordinários devem persistir também a longo prazo em mercados 
monopolizados.
6.3 Concorrência monopolista
Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita 
e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes características:
• Número relativamente grande de empresas com certo concorrencial, porém, 
com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características 
físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares (pós-venda).
• Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que
• existem produtos substitutos no mercado (VASCONCELLOS, 2015).
6.4 Oligopólio
É um tipo de estrutura normalmente caracterizada por um pequeno número de 
empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em 
https://mises.org.br/artigos/902/monopolio-bom-e-monopolio-ruim-como-sao-gerados-e-como-sao-mantidos
https://mises.org.br/artigos/902/monopolio-bom-e-monopolio-ruim-como-sao-gerados-e-como-sao-mantidos
69MICROECONOMIAUNIDADE 3
que há um pequeno número de empresas, como a indústria de automóveis, antes do governo 
Fernando Affonso Collor de Mello, ou então onde há um grande número de empresas, mas 
poucas dominam o mercado, como a indústria de bebidas.
Oligopólio, “é uma organização de mercado em que há poucos vendedores de uma 
mercadoria ou de substitutos muito próximos, de modo, que as ações de cada vendedor afetam 
todos os outros vendedores” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011, p. 222).
O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar 
inúmeros exemplos: montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria 
de bebidas, indústria química, indústria farmacêutica. No oligopólio, tanto as quantidades 
ofertadas quanto os preços, são fixados entre as empresas por meio de conluios ou cartéis.
6.5 Estruturas do mercado de fatores de produção
Até aqui identificamos as estruturas de mercados de bens e serviços. O mercado de 
fatores de produção – mão de obra, capital, terra e tecnologia – também apresenta diferentes 
estruturas. Como o mercado de fatores depende da demanda de insumos pelos setores 
produtores de bens e serviços, ou seja, deriva do mesmo, a demanda por esses fatores é 
chamada de demanda derivada (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).
6.6 Concorrência perfeita no mercado de fatores
É um mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção (por exemplo, 
mão de obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes 
ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais 
elevados por seus serviços (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).
6.7 Monopsônio
Refere-sea uma forma de mercado, na qual há somente um comprador para 
muitos vendedores dos serviços dos insumos. É o caso da empresa que se instala em uma 
determinada cidade do interior e, por ser a única, torna-se demandante exclusiva da mão 
de obra local e das cidades próximas, tendo para si a totalidade da oferta de mão de obra 
(VASCONCELLOS, 2015).
6.8 Oligopsônio
É um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para 
muitos vendedores. Exemplo: indústria de laticínios. Em cada cidade existem dois ou três 
laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. A 
indústria automobilística, além de oligopolista no mercado de bens e serviços, também é na 
compra de autopeças (VASCONCELLOS, 2015).
70MICROECONOMIAUNIDADE 3
6.9 Monopólio Bilateral
O monopólio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra do fator de 
produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, só a empresa 
“A” compra um tipo de aço que é produzido apenas pela siderúrgica “B”. A empresa “A” é 
monopsonista, porque só ela compra esse tipo de aço, e a siderúrgica “B” é monopolista, 
porque só ela vende esse tipo de aço.
Nesses casos, a determinação dos preços de mercado dependerá não só de fatores 
econômicos, mas do poder de barganha de ambos: o monopsonista tentando pagar o preço 
mais baixo (usando a força de ser o único comprador), e o monopolista tentando vender por 
um preço mais elevado (usando o poder de ser o único fornecedor).
6.10 Ação governamental e abusos de mercado
Criado em 1962 (Lei n.º 4.137), o Conselho Administrativo de Direito Econômico 
(CADE) é uma autarquia ligada ao Ministério da Justiça, que tem por objetivo julgar 
processos administrativos relativos a abusos de poder econômico, bem como analisar 
fusões de empresas, que podem criar situações de monopólio ou maior domínio de mercado. 
Quando se prova que a limitação da concorrência não propicia ganhos aos consumidores 
em termos de menores preços ou produtos tecnologicamente mais avançados, o CADE 
manda desfazer o negócio entre as partes. Disponível em: https://abre.ai/kb0q
Concentração econômica no Brasil, de acordo com o artigo 90 da Lei 12.529/2011, os atos de 
concentração são as fusões de duas ou mais empresas anteriormente independentes; as aquisições de 
controle ou de partes de uma, ou mais empresas por outras; as incorporações de uma ou mais empresas 
por outras; ou, ainda, a celebração de contrato associativo, consórcio ou joint venture entre duas, ou mais 
empresas. Apenas não são considerados atos de concentração, para os efeitos legais, os consórcios ou 
associações destinadas às licitações promovidas pela administração pública direta e indireta e aos contratos 
delas decorrentes.
Fonte: CADE. Disponível em: 
SAIBA
MAIS
https://abre.ai/kb0q
http://www.cade.gov.br/servicos/perguntas-frequentes/ perguntas-sobre-atos-de-concentracao-economica
http://www.cade.gov.br/servicos/perguntas-frequentes/ perguntas-sobre-atos-de-concentracao-economica
71
Neste capítulo foi possível estudar a economia a partir da divisão em dois 
grandes campos. Sabe-se que a economia se divide em micro e macroeconomia. Aqui 
especificamente tratamos sobre a microeconomia e seus derivados.
Você pôde perceber durante tais estudos, sobre os conceitos que norteiam o estudo 
microeconômico sendo ramo ligado à Teoria Econômica, que estuda como se comporta 
economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, pelas 
empresas e pelos proprietários de recursos produtivos, o que proporcionou entendimento 
sobre os tipos de análise microeconômica ou ainda, teoria dos preços que é a parte do estudo 
dedicada em explorar, como parte da ciência econômica obviamente, como se determina o 
preço dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de produção: 
empresas, política econômica, entre outros que circundam essa variável, bem como a aplicação 
de tal análise. Conceituar também demanda ou procura, pode ser definida como a quantidade 
de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado 
período de tempo, a oferta referindo-se ao fato de que quanto mais elevado for o preço de um 
bem ou serviço, maior será a disposição do empresário em disponibilizar o seu produto para os 
consumidores, equilíbrio de mercado e elasticidade.
Vimos a importância estabelecida entre elas, sendo amplamente possível 
compreender o que é demanda e o que é oferta. Estudamos também sobre a teoria da 
produção que se preocupa com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os produtores, 
que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos.
Por fim abordamos as várias formas ou estruturas de mercado, percebeu-se que 
elas dependem fundamentalmente de três características, tais como o número de empresas 
que compõem esse mercado, tipo do produto (se as empresas fabricam produtos idênticos 
ou diferenciados) e se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse 
mercado além de sua influência na economia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MICROECONOMIAUNIDADE 3
72
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Freakonomics
• Ano: 2010
• Sinopse: O documentário, baseado no livro “Freakonomics – O 
lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta”, de Steven Levitt 
e Stephen J. Dubner, mistura economia e cultura pop para mostrar 
a aplicação surpreendente de diversos temas da economia para 
explicar a sociedade.
LIVRO
• Título: Teoria Microeconômica - Teoria do Consumidor Teoria da 
Produção
• Autor: Mario Henrique Simonsen
• Editora: Fundação Getúlio Vargas
• Sinopse: Em Teoria microeconômica, Mario Henrique Simonsen 
aborda temas essenciais para quem quer se aprofundar em economia, 
como teoria do consumidor, o equilíbrio geral em uma economia de 
trocas, teoria da produção e inovações e progresso tecnológico
MICROECONOMIAUNIDADE 3
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
MACROECONOMIA4UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
74
Plano de Estudos
• Macroeconomia: Introdução;
• Objetivos de Política Macroeconômica;
• Instrumentos de Política Macroeconômicas;
• Agregados Macroeconômicos: Produto, Renda e Despesa;
• Moeda;
• Inflação.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar macroeconomia;
• Compreender os objetivos da política macroeconômica;
• Apresentar os instrumentos de política macroeconômica;
• contextualizar os agregados macroeconômicos;
• Conceituar e tipificar moeda;
• Conceituar e compreender a inflação. 
MACROECONOMIAUNIDADE 4
75
Bem vindos(as) a nossa quarta e última unidade da disciplina de Economia. Nesta 
derradeira unidade estudaremos o segundo grande campo divisionário da ciência economia. 
Estou falando da macroeconomia, que conceitualmente e de forma simplificada trata do 
comportamento do mercado em níveis amplos, ou seja, estudo do todo.
Desta forma, nosso primeiro objetivo aqui será o de conceituar a macroeconomia. 
No decorrer do capítulo e na sua devida sequência proposta de estudos, propomos a 
compreensão dos objetivos da política macroeconômica e apresentação dos instrumentos 
de política macroeconômica, considerados as políticas fiscais, monetárias, cambiais e 
comerciais.
No que tange os principais agregados macroeconômicos, nosso foco de estudo 
estará centrado no que diz respeito ao produto, renda e despesa nacional.
Por fim, abordaremos um assunto muito mais presente na vida dos indivíduos a se 
julgar pelo ponto de vistas das próprias pessoas, que a é a moeda e a inflação, sem dúvida 
alguma um dos principais fatores para o bom fluxo de qualquer economia vigente.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
76
Macroeconomia trata em suma do “comportamento da economia em seu 
conjunto, agregativamente considerado. A unidade de referência é o todo, não suas partes 
individualizadamente consideradas” (ROSSETTI,2016, p. 43).
Temos como base a economia, logo então a tratativa de sua evolução como um 
todo, analisando o que determina, bem como o comportamento de todos os agregados 
econômicos.
Alguns exemplos dos principais agregados são:
• Renda
• Emprego
• Produto Nacional
• Desemprego
• Investimento
• Estoque de Moeda
• Poupança
• Taxa de Juros
• Consumo
• Balanço de Pagamentos
• Nível Geral de Preços
• Taxa de Câmbio
MACROECONOMIA: 
INTRODUÇÃO1
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
77MACROECONOMIAUNIDADE 4
Negligencia o comportamento das unidades econômicas individuais, porém permite 
estabelecer relações entre os agregados e melhor compreensão das interações entre estes.
É o ramo da Teoria Econômica, que estuda o funcionamento da economia como 
um todo, procurando identificar e medir as variáveis que determinam o volume da produção 
total, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico, bem como a 
inserção do mesmo na economia mundial.” (VICECONTI; NEVES 2013)
Estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento 
de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego 
e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de 
câmbio. (VASCONCELLOS, 2015)
A macroeconomia considera o comportamento da economia como um todo – isso 
desde os períodos de prosperidade até os de recessão. São as flutuações do produto 
agregado, das taxas de variação dos preços e dos níveis de emprego. Focaliza os objetivos 
macroeconômicos e as variáveis que os afetam (ROSSETTI, 2016).
O presidente Barack Obama assumiu a Casa Branca em 2009, durante um período de intensa 
turbulência econômica. A economia estava se reerguendo lentamente de uma crise financeira, ocasionada pela 
queda significativa nos preços dos imóveis, pelo aumento vertiginoso da inadimplência no crédito imobiliário 
e pela falência, ou quase falência, de diversas instituições financeiras. Ao se espalhar, a crise financeira fez 
ressurgir o espectro da Grande Depressão da década de 1930, momento em que, em seu pior ano, um em 
cada quatro cidadãos norte-americanos que desejavam trabalhar não conseguia encontrar um emprego. 
Em 2008 e 2009, autoridades do Tesouro e do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos), bem 
como de outros setores do governo, estavam tomando medidas vigorosas para evitar a recorrência daquelas 
mesmas consequências. E, embora tenham tido sucesso – o pico da taxa de desemprego foi de 10,1% –, 
a queda na atividade econômica foi grave, a recuperação subsequente dolorosamente lenta e as políticas 
adotadas, deixaram como legado uma dívida governamental ainda maior.
A história da macroeconomia não é um relato simples, mas proporciona uma valiosa motivação 
para a teoria macroeconômica. Embora os princípios básicos da macroeconomia não mudem de uma 
década para outra, o macroeconomista precisa aplicá-los com flexibilidade e criatividade para se adequar às 
mudanças nas circunstâncias ao longo do tempo.
Fonte: Mankiw (2018).
SAIBA
MAIS
78
OBJETIVOS DE POLÍTICA 
MACROECONÔMICA2
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
2.1 Produto agregado
O primeiro objetivo da gestão macroeconômica é a geração de um produto 
agregado tão próximo quanto seja possível, objetivando-se, com isso, atender às aspirações 
crescentes da população e estender os benefícios da prosperidade econômica a todas 
as camadas sociais. Promover o crescimento do produto a taxas acima do crescimento 
demográfico, expandindo-se, assim, a produção per capita de bens e serviços finais.
Hall e Lieberman (2003, p. 102) enfatizam, que o produto interno bruto (PIB) de um 
país “é o valor total de todos os bens e serviços finais produzidos para o mercado em um 
determinado ano e dentro das fronteiras do país”.
2.2 Alto nível de emprego
Entre os objetivos macroeconômicos considerados como fundamental, está o de 
reduzir os níveis de desemprego à taxa baixas. Na Teoria Geral do Emprego, dos Juros 
e da Moeda (1936), John Maynard Keynes já abordava o assunto. O desemprego não 
assustava, muito menos resultava em preocupações. O pensamento dos liberais era de 
que a própria economia seria capaz de se ajustar sempre que necessário. Keynes iniciou 
a discussão sobre o grau de intervenção na economia. Sua grande preocupação era o 
nível de emprego para ele quando a demanda era baixa, a economia reduzia a produção, 
o que consequentemente cumularia na também redução do próprio emprego. Para que 
houvesse maior nível de emprego, para Keynes, deveria haver um maior nível de consumo. 
Keynes propôs, como forma de compensar essas fontes de oscilação, que o Estado atuasse 
regulando a demanda agregada. Isso poderia ser feito com a utilização de instrumentos de 
79MACROECONOMIAUNIDADE 4
polıt́ica econômica, monetária e, principalmente, fiscal, para que assim pudesse manter a 
estabilidade do produto em um alto nível de emprego (LOPES ET AL., 2018).
2.3 Estabilidade de preços
Estabilidade dos preços refere-se ao comportamento do nível geral de preços. 
Quando falamos em níveis gerais de preços, a base de estudo parte daquela relacionada 
ao contexto macroeconômico. Tem como um de seus objetivos, por exemplo, doravante da 
sua estabilidade promover o crescimento contínuo e sustentável, com justa distribuição de 
renda. Ao contrário disso, quando se verifica um aumento contínuo e generalizado no nível 
geral de preços temos uma definida muito conhecida que é a inflação.
A esse último fator, prevalece um ponto de muita atenção, pois pode acarretar 
distorções, influenciando principalmente sobre a distribuição da renda, expectativa dos 
agentes econômicos, mercado de capitais e balanço de pagamento.
2.4 Transações externas
Outro objetivo macroeconômico relevante é o equilíbrio das transações externas.
• Exportações líquidas;
• Déficits;
• Superávits;
• Equilíbrio geral.
2.5 Crescimento econômico
Refere-se ao crescimento da renda per capita, ou seja, em colocar à disposição da 
coletividade uma quantidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional.
• Aumento da atividade produtiva;
• Aumento da renda nacional per capita.
Ou seja, conjunto de medidas tomadas pelo Estado com o objetivo de influir nos 
mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços. De forma sucinta, 
as Políticas Macroeconômicas têm como objetivos: nível de produção de bens e serviços 
próximo da capacidade total.
• Nível de desemprego próximo de zero;
• Nível de preços estabilizado;
• Crescimento contínuo de produção;
• Melhor distribuição da renda;
• Produção sem desperdícios e ajustados às necessidades;
• Equilíbrio nas contas Governamentais;
• Equilíbrio na balança de pagamentos.
80
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA 
MACROECONÔMICAS3
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
3.1 Políticas Fiscal
É o manejo dos orçamentos do governo, ou seja, todos os instrumentos que o 
governo dispõe para arrecadar tributos e controlar despesas.
Polıtica fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza 
despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda 
e a alocação de recursos. A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico 
sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a 
distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e 
serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Os resultados da polıtica fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem 
focar na mensuração da qualidade do gasto público, bem como, identificar os impactos da polıtica fiscal 
no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal, em 
particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes 
indicadores serelacionam entre si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por exemplo, 
o resultado nominal apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta.
Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias 
durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido 
do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas 
excedem as despesas em dado período; por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as 
despesas. No Brasil, a polıtica fiscal é conduzida com alto grau de responsabilidade fiscal. O uso equilibrado 
dos recursos públicos visa à redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de forma a contribuir 
com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Especificamente, a polıtica fiscal 
busca a criação de empregos, aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede seguridade social, 
com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.
Fonte: Tesouro Nacional 
SAIBA
MAIS
81MACROECONOMIAUNIDADE 4
3.2 Política monetária
Controlar Variáveis:
• Moeda;
• Crédito;
• Taxa de Juros.
Controle da oferta de moeda, que define a liquidez da economia como um todo, 
atuando sobre a taxa de juros, ou seja, refere-se a atuação do governo sobre a quantidade 
de moeda e títulos públicos existentes na economia.
Emissões e Reservas compulsórias (% sobre depósitos que os bancos comerciais 
devem colocar à disposição do Banco Central); open market (compra e venda de títulos 
públicos); redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais) e 
regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
3.3 Política cambial e comercial
Política cambial diz respeito a atuação do governo sobre a taxa de câmbio sob 
regime de taxas fixas ou flutuantes.
É o conjunto de medidas que define o regime de taxas de câmbio-flutuante, 
fixo, administrado - e regulamenta as operações de câmbio. Dessa forma, a 
polıt́ica cambial define as relações financeiras entre o país e o resto do mundo, 
A estabilidade dos preços preserva o valor do dinheiro, mantendo o poder de compra da moeda. 
Para alcançar esse objetivo, o BC utiliza a política monetária, política que se refere às ações do BC que 
visam afetar o custo do dinheiro (taxas de juros) e a quantidade de dinheiro (condições de liquidez) na 
economia. No caso do BC, o principal instrumento de política monetária é a taxa Selic, decidida pelo Copom.
Fonte: https://www.bcb.gov.br/controleinflacao
REFLITA
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao
82MACROECONOMIAUNIDADE 4
a forma de atuação no mercado de câmbio, as regras para movimentação 
internacional de capitais e de moeda e a gestão das reservas internacionais. 
A condução da política cambial afeta diretamente a vida do cidadão, mesmo 
que não tenha transações com exterior. A taxa de câmbio reflete nos preços 
dos produtos que o país importa e exporta, influenciando assim, os demais 
preços da economia (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2019, ONLINE).
FIGURA 1: POLÍTICA CAMBIAL.
Fonte: Banco Central do Brasil (2019, Online) Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/
politicacambial.
Política comercial trata dos instrumentos de incentivos para com as exportações, 
conhecida também por estimular ou desestimular as importações.
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/politicacambial
https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/politicacambial
83MACROECONOMIAUNIDADE 4
• Exportações: estímulos fiscais (icms, ipi, etc.), creditícios (taxa de juros 
subsidiados);
• Importações: controle das importações via tarifas e barreiras sobre importações.
3.4 Política Rendas
A política de rendas consiste na Intervenção direta do governo na formação de 
renda (salários, aluguéis), com o controle e congelamento de preços. No intuito de atender 
a interesses sociais, o governo tem a capacidade de interferir nas forças do mercado e 
impedir o seu livre funcionamento. É o que ocorre quando o governo realiza um tabelamento 
de preços com o objetivo de controlar a inflação (PORTAL EDUCAÇÃO, ONLINE).
Trata-se de um conjunto de intervenções diretas que geralmente complementam a 
atuação dos instrumentos fiscais, monetários e cambiais.
A denominação política de rendas justifica-se pelos tipos predominantes de 
intervenções, como os controles diretos de preços e os controles legais sobre salários e 
demais remunerações de fatores de produção, veja:
• Atuação em preços;
• Congelamentos e tabelamentos;
• Índices de reajustes;
• Aluguel;
• Estoques;
• Atuação no Mercado de Trabalho;
• Salário mínimo;
• Índices de reajustes salariais;
• Maior interferência nas relações trabalhistas. 
84
AGREGADOS 
MACROECONÔMICOS: 
PRODUTO, RENDA E DESPESA4
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
4.1 Produto
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 212), “o Produto Nacional é o valor de todos 
os bens e serviços finais produzidos em determinado período de tempo”.
A expressão agregados, com a qual se identificam genericamente os 
fluxos macroeconômicos do produto, da renda e do dispêndio, tem o 
significado de totalização, conjunto, agrupamento. O PIB, por exemplo, é 
um agregado que resulta do agrupamento de um conjunto de grandes fluxos 
e lançamentos contábeis, como pagamentos a diferentes categorias de 
recursos, depreciações e tributos indiretos. As macrovariáveis que totalizam 
os grandes conceitos, como o consumo e a acumulação bruta de capital, são 
também agregações de um elevado número de fluxos menores, referentes às 
subcategorias de que se constituem (ROSSETTI, 2016, p. 589).
O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado 
ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas 
moedas. De acordo com o IBGE, O PIB do Brasil em 2018, por exemplo, foi de R$ 6,8 
trilhões. No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2019), o valor foi de R$ 1.713,6 
bilhões. Veja abaixo uma tabela com os PIBs dos estados brasileiros.
85
A partir da performance do PIB, pode-se fazer várias análises, tais como: Traçar a evolução do 
PIB no tempo, comparando seu desempenho ano a ano; Fazer comparações internacionais do tamanho 
das economias dos diversos países. Analisar o PIB per capita (divisão do PIB pelo número de habitantes) 
– que mede quanto do PIB caberia a cada indivíduo de um país se todos recebessem partes iguais. O PIB 
é, contudo, apenas um indicador síntese de uma economia. Ele ajuda a compreender um país, mas não 
expressa importantes fatores como distribuição de renda, qualidade de vida, educação e saúde. Um país 
pode ter um PIB baixo, como a Islândia, e ter um altíssimo padrão de vida, ou como no caso da Índia, um PIB 
alto e um padrão de vida relativamente baixo.
Fonte: IBGE (Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php)
SAIBA
MAIS
MACROECONOMIAUNIDADE 4
4.2 Renda
Vasconcellos (2015, p. 214) salienta, que “a Renda Nacional é a soma dos 
rendimentos pagos às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela 
utilização de seus serviços produtivos em determinado período de tempo”.
Para Mankiw (2018 s/p), o total da produção de uma economia é igual ao total de 
sua renda. Veja na figura de fluxo circular de renda.
https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php
86MACROECONOMIAUNIDADE 4
FIGURA 2: FLUXO CIRCULAR DE RENDA
Uma vez que os fatores de produção e a função de produção determinam juntos a 
produção total de bens e serviços, eles também determinam a renda nacional.
Froyen (2013, p. 34) contribui sobre o tema enfatizando, que “a renda nacional é a 
soma das rendas dos fatores da produção de bens e serviços no período. Essas rendas são 
os ganhos dos fatores de produção: terra, trabalho e capital”.
4.3 Despesa
Para Vasconcellos (2015, p. 213) despesa nacional “é o valor das despesas dos vários 
agentes na compra de bens e serviços finais”, ou seja, todogasto efetuado provenientes dos 
agentes econômicos para aquisição de bens e serviços produzidos numa sociedade.
87
MOEDA5
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
Conceito de Moeda: é um instrumento ou objeto que é aceito pela população 
como meio de pagamento de bens e serviços, essa aceitação é garantida por lei. Antes da 
existência da moeda, as transações eram realizadas através de escambo (trocas).
Pode ser definida como um ativo financeiro de aceitação geral, utilizado na 
troca de bens e serviços, que tem poder liberatório (capacidade de pagamento) 
instantâneo. Sua aceitação é garantida por lei (ou seja, a moeda tem “curso 
forçado’’ e sua única garantia é a legal) (VASCONCELLOS, 2015, p. 311).
É fácil imaginar os transtornos trazidos por tal mecanismo, tais como: divisibilidade 
e localizar alguém que tivesse produzido o que você desejasse em excesso, como também 
alguém que precisasse o que você produziu a mais que o seu consumo.
5.1 Funções da Moeda
As funções da moeda no sistema econômico são fundamentalmente as seguintes:
• Instrumento ou meio de troca: Por ter aceitação geral, serve para intermediar o 
fluxo de bens e serviços;
• Denominador comum de valor: Possibilita que sejam expressos em unidades 
monetárias os valores de todos os bens e serviços, é um padrão de medida;
Reserva de valor: a posse da moeda representa liquidez imediata para quem a 
possui, assim, pode ser acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. 
Fica claro que o requisito básico para que a moeda funcione como reserva de valor é 
88MACROECONOMIAUNIDADE 4
sua estabilidade diante dos preços de bens e serviços, já que inflação diminui o poder de 
compra e a de lação a valoriza.
5.2 Tipos de Moeda
• Moeda Fiduciária: emitida pelos Bancos Centrais, com os agentes econômicos 
o direito de uso, representado pelo papel-moeda e a moeda metálica;
• Moeda Escritural ou Bancária: criada pelo sistema bancário, ao conceder 
crédito aos agentes econômicos, isto é, são os créditos concedidos pelas 
instituições financeiras;
• Quase Moeda: são meios de pagamento que não tem total aceitação da 
população, mas ultimamente é muito utilizado pelos agentes econômicos. Obs.: 
os cheques não são considerados moeda, o seu conceito é uma ordem à vista de 
transferência de depósito.
5.3 Teoria quantitativa da moeda
A Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) é uma das primeiras tentativas da ciência 
econômica de estabelecer uma correlação entre a quantidade de moeda em circulação no 
sistema econômico e o nível geral de preços.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) sua origem remonta ao século XVI, 
quando foi observado que o ouro descoberto na América e levado para a Espanha, provocou 
uma inflação sem precedentes naquele país. A sua formulação mais elaborada ocorreu, 
entretanto, no século XX e a TQM constituiu, até a década de 1930, um dos pilares da 
chamada teoria clássica.
Assumindo que a economia esteja em pleno emprego e que, portanto, o produto real 
não possa ser aumentado, um aumento na oferta monetária provocará um aumento, em igual 
proporção, no índice geral de preços. Esta é a essência da Teoria Quantitativa da Moeda.
Um grupo de economistas denominados neo quantitativistas, entre os quais se destaca 
Milton Friedman, tentou reabilitar a teoria quantitativa. A sua conclusão final é de que o Governo 
deve controlar a expansão da oferta monetária de acordo com o aumento esperado do nível do 
produto real. Se este é suposto se elevar em 4% a.a., a oferta monetária deve ser acrescida, no 
máximo, neste percentual, sob pena de causar descontrole no nível geral de preços.
A maioria dos economistas contemporâneos rejeita esta associação direta entre a 
oferta monetária e o índice geral de preços da economia. Embora a influência da quantidade 
de moeda sobre os níveis de elevação dos preços seja um fato reconhecido por todos, 
a corrente predominante é de que há situações em que, mesmo que a oferta monetária 
89MACROECONOMIAUNIDADE 4
permaneça constante em termos nominais, pode ocorrer inflação provocada por fatores 
tais como déficit do Governo, aumento do nível dos investimentos privados e outros que 
venham a afetar a Demanda Agregada por bens e serviços da economia.
Keynes afirmou que as pessoas demandavam moeda por três motivos:
• Transação;
• Precaução;
• Especulação.
A demanda de moeda para fins de precaução é explicada pela necessidade de 
dinheiro que as pessoas têm para cobrir despesas imprevistas em caso de emergências. 
Keynes acreditava que a demanda de moeda para fins de precaução variava positivamente 
com o aumento da renda.
A demanda de moeda para fins de especulação consiste na manutenção de dinheiro 
ocioso por parte das pessoas na expectativa que as taxas de juros subam. Se as taxas de juros 
estão baixas no presente e há a expectativa de que elas subam no futuro, muitas pessoas, 
ao invés de comprarem um ativo financeiro que rende juros, preferirão manter sua riqueza na 
forma de moeda (fenômeno denominado por Keynes de preferência pela liquidez), esperando 
para fazerem aplicações quando a taxa de juros efetivamente aumentar.
A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais variados agentes 
econômicos. Ao nível das empresas, as decisões dos empresários quanto à compra de 
máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de matérias-primas ou 
de bens finais, e de montantes de capital de giro, serão determinadas não só pelo nível 
atual, mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das taxas de juros. Se as 
expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se tornarem pessimistas, os empresários 
deverão manter níveis baixos de estoques e mesmo de capital de giro no presente, uma 
vez que o custo de manutenção desses ativos poderá ser extremamente oneroso no futuro. 
O nível da taxa de juros também vai afetar as decisões de investimento em bens de capital 
(máquinas, por exemplo): se as taxas estiverem elevadas, isso inviabiliza muitos projetos 
de investimento e os empresários optarão por aplicar seus recursos no mercado financeiro.
Os consumidores, por sua vez, exercerão um maior poder de compra à medida 
que as taxas de juros diminuírem, e o contrário, se as taxas de juros aumentarem. Desse 
modo, se as autoridades governamentais optam por uma redução do nível da demanda, 
a taxa de juros tem um importante papel, pois, a determinação de seu patamar acabará 
por influenciar o volume de consumo, notadamente de bens de consumo duráveis, por 
90MACROECONOMIAUNIDADE 4
parte das famílias. Além de representar um aumento do custo do financiamento de bens de 
consumo, taxas de juros elevadas acarretam também uma diminuição no consumo, porque 
as pessoas passam a preferir investir em caderneta de poupança, e dirigem sua renda não 
gasta para auferirem receitas financeiras (VASCONCELLOS; GARCIA, 2008).
A fixação da taxa de juros doméstica, por outro lado, está relacionada com a demanda 
de crédito junto aos mercados financeiros internacionais. Se, por exemplo, outros fatores forem 
iguais, a taxa de juros no Brasil se torna relativamente mais elevada do que a taxa praticada 
nos Estados Unidos, haverá uma maior demanda de crédito externo por parte das empresas 
brasileiras comparativamente à situação anterior, o contrário se observará se a taxa de juros 
diminuir no mercado interno. O movimento de capitais financeiros internacionais está, deste 
modo, condicionado aos diferenciais de taxas de juros entre os diversos países.
As diferenças entre as taxas de juros nominais e as taxas de juros reais merecem 
uma atenção especial, pois elas têm implicações nas decisões de investimento. As taxas de 
juros nominais constituem um pagamento expresso em percentagem, mensal, trimestral, 
anual, etc. que um tomador de empréstimos faz ao emprestador em troca do uso de uma 
determinada quantia de dinheiro. Se não houver inflação no período, a taxa de juros nominal 
será igualà taxa de juros real desse mesmo período de tempo.
Quase como regra, a história evidenciou que os riscos e turbulências do 
descontrole monetário não foram compensados pela euforia efêmera que 
produziram. Os estragos que as superabundâncias de moeda provocaram, 
superaram seus supostos e efêmeros benefícios. Resultado: o quantitativismo 
acabou predominando. E mais: a forte correlação entre as variações na oferta 
monetária e as variações nos preços empiricamente definida, conduziu à 
expressão básica da teoria quantitativa da moeda: a equação de trocas de I. 
Fisher, definida em 1911, em The purchasing power of Money (ROSSETTI, 
2016, p. 735).
Contudo, quando há inflação, torna-se importante distinguir a taxa de juros nominal 
da taxa de juros real. Assim, enquanto a taxa de juros nominal mede o preço pago ao 
poupador por suas decisões de poupar, ou seja, de transferir o consumo presente para 
o consumo futuro, a taxa de juros real mede o retorno de uma aplicação em termos de 
quantidades de bens, isto é, já descontada a taxa de inflação.
91
INFLAÇÃO6
TÓPICO
MACROECONOMIAUNIDADE 4
6.1 Conceito de Inflação
A inflação é definida como o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens 
e serviços da economia. A alta de preços deve ser generalizada, ou seja, todos os produtos 
da economia devem sofrer acréscimos em seus preços. Se apenas alguns dos bens e 
serviços apresentam elevações de preços, enquanto outros apresentam redução, este 
fenômeno pode decorrer simplesmente do mecanismo de ajuste dos respectivos mercados 
em virtude de alterações da demanda ou da oferta.
A inflação é medida pelos números-índices, ou seja, fórmulas matemáticas que 
informam a porcentagem de aumento nos preços dos bens e serviços num determinado 
período.
6.2 Tipos de Inflação
6.2.1 Inflação de demanda
É causada por um crescimento dos meios de pagamento que não é acompanhado 
pelo crescimento da produção.
Em virtude da própria natureza desse tipo de inflação, que está associada ao 
excesso de moeda na economia, as políticas adotadas pelo governo para combatê-la visam 
reduzir a procura de bens e serviços. Dois tipos de políticas podem ser adotadas para 
atingir esse objetivo. Inicialmente, pode-se optar por uma política monetária que diminua a 
quantidade de dinheiro na economia, o que é obtido pelo rígido controle sobre as emissões 
92MACROECONOMIAUNIDADE 4
de papel-moeda, limitações ao crédito (empréstimos e financiamentos) e aumento do 
encaixe (depósito compulsório no Bacen) dos bancos comerciais (VASCONCELLOS 2015).
A segunda polıt́ica recebe o nome de polıt́ica fiscal e consiste em duas medidas: 
aumentar os impostos sobre a renda, bens e serviços, redução da renda disponível do setor 
privado e, como consequência, a demanda; e cortar gastos do governo.
6.2.2 Inflação de Custos
As principais causas da inflação de custos são:
• Aumento de salários acima de aumentos da produtividade;
• Aumento autônomo das margens de lucro das empresas em mercados 
monopolistas ou oligopolista;
• Aumento de preços agrícolas em função de intempéries climáticas (geadas, 
temporais, etc.) ou de outros fatores que reduzam a produção da agricultura;
• Elevação autônoma de preços de produtos importados que sejam matérias-
primas importantes na produção de bens na economia (exemplo: aumento no 
preço do barril de petróleo);
• Desvalorização do real da taxa de câmbio (quando a taxa de câmbio se 
desvaloriza nominalmente mais do que o diferencial entre as taxas de inflação 
interna e externa.
6.2.3 Inflação Inercial
Em economias com altas taxas de inflação e que perduram por longo período de 
tempo (inflação crônica), a desorganização total da economia de mercado é impedida pela 
adoção da indexação das rendas e dos ativos da economia.
A indexação consiste em se corrigir as rendas recebidas pelos agentes econômicos 
e o valor dos ativos de sua propriedade, com base na variação de um índice de preços que 
reflita a taxa de inflação no período de tempo entre os reajustes.
Deste modo, os salários dos trabalhadores, os aluguéis, a taxa de câmbio, capital 
emprestado pelo poupador, títulos da dívida pública emitidos pelo governo, entre outros, 
são reajustados periodicamente com base na inflação passada (VASCONCELLOS, 2015).
A indexação atenua bastante as distorções da inflação sobre o sistema econômico, 
porém, apresenta a desvantagem de perpetuá-la, pois os agentes econômicos sempre 
tenderão a reajustar os rendimentos pela inflação passada, impedindo que a taxa de inflação 
venha a cair no futuro.
93MACROECONOMIAUNIDADE 4
No Brasil, a partir de julho de 1994, houve a implantação do Plano Real, cuja viga 
mestra foi a criação da URV (Unidade Real de Valor), uma moeda indexada que serviu como 
unidade de conta no 1º Semestre de 1994 e uma valorização da taxa de câmbio, mantida 
até a saída do Sr. Gustavo Franco da Presidência do Bacen, foi o único que conseguiu 
romper a inércia inflacionária que caracterizava a economia brasileira nos últimos trinta 
anos. A inflação no Brasil, após a implantação do Plano Real, reduziu-se paulatinamente 
para um patamar de menos 10% ao ano.
6.3 Principais Consequências da Inflação sobre a economia
a) Setor de Crédito: os credores são prejudicados, há um aumento da 
inadimplência, como consequência aumento da taxa de juros;
b) Setor produtivo: em virtude do aumento da taxa de juros, os agentes 
econômicos deixam de consumir e poupar para aplicar no mercado financeiro, 
diminuindo a oferta e gerando desemprego;
c) Diminuição do poder de compra do consumidor e de investimentos por parte 
das empresas;
d) Compromete o balanço de pagamentos, pois há perda da competitividade 
internacional gerando déficit da balança comercial. 
94
Assim chegamos ao final da nossa quarta e última unidade da disciplina de Economia. 
Nesta unidade estudamos o segundo grande campo divisionário da ciência economia: a 
macroeconomia, que, vale a pena lembrar, é conceitualmente definida por Vasconcellos como 
aquela que estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento 
de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego 
e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.
No decorrer do capítulo e na sua devida sequência proposta de estudos expomos 
a compreensão dos objetivos da política macroeconômica, especificamente sobre o 
produto agregado, o alto nível de emprego, estabilidade econômica, transações externas 
e o crescimento econômico. Foram apresentados, também, instrumentos de política 
macroeconômica, considerados as políticas fiscais, monetárias, cambiais e comerciais.
No que tange os principais agregados macroeconômicos, nosso foco de estudo esteve 
centrado no que diz respeito ao produto que é valor de todos os bens e serviços finais produzidos 
em determinado período de tempo, na renda que diz respeito a soma dos rendimentos pagos 
às famílias, que são proprietárias dos fatores de produção, pela utilização de seus serviços 
produtivos, em determinado período de tempo. E na despesa nacional, sendo que esta, é o 
valor das despesas dos vários agentes na compra de bens e serviços finais.
Por fim abordamos os assuntos moeda e a inflação, seus conceitos, definições e 
impactos na sociedade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MACROECONOMIAUNIDADE 4
95
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: A grande aposta
• Ano: 2016
• Sinopse: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa 
de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que 
coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos 
irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos 
investidores, já que nunca alguém havia apostado contra o sistema 
e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor 
Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a 
oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum(Steve Carell), 
o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde 
que seu irmão que se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na 
Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao 
apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru 
de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.
LIVRO
• Título: Fatos e falácias da economia
• Autor: Thomas Sowell
• Editora: Record
• Sinopse: O livro ideal para quem deseja compreender questões 
econômicas sem jargões e gráficos tediosos. Com argumentação 
brilhante e extrema clareza, o aclamado economista Thomas Sowell 
demonstra de forma objetiva como os dados econômicos e as crenças 
populares, são construídos de forma tendenciosa pelo senso comum, 
reforçados pelos políticos e divulgados pela mídia. Ao analisar algumas 
das falácias mais populares da economia, desfaz crenças amplamente 
difundidas sobre problemas urbanos, desigualdade de renda entre 
homens e mulheres e questões relacionadas às diferenças entre 
raças e países em desenvolvimento, entre outras. Fatos e falácias 
da economia se destina a todos que desejem compreender questões 
econômicas sem jargões e gráficos tediosos, mostrando que o exame 
cuidadoso das falácias que nos cercam é um exercício importante – e 
até divertido.
MACROECONOMIAUNIDADE 4
96
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito desta 
disciplina de economia. Contemplamos na unidade I, os princípios da economia de forma 
que foram abordados os primórdios do pensamento econômico, percorrendo um caminho 
de correntes e pensamentos que nos levaram até os tempos atuais.
Já na unidade II apresentamos os conceitos de economia, o problema econômico 
fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.
Na unidade III conceituamos e contextualizamos a microeconomia, compreendemos 
os tipos de análise microeconômica com o objetivo de estabelecer a importância da aplicação 
da sua análise. Conceituamos e contextualizamos demanda, oferta e equilíbrio de mercado 
com foco na compreensão da demanda e da oferta. Ao final da unidade III abordamos os 
conceitos de teoria de mercado.
Por fim, na unidade IV conceituamos macroeconomia, além de promovermos a 
compreensão dos objetivos da política macroeconômica. Apresentamos os instrumentos 
de política macroeconômica e contextualizamos os agregados macroeconômicos, além de 
conceituar e tipificar moeda e conceituar e compreender a inflação.
A partir de agora, acreditamos que você já está preparado para seguir em frente 
avaliando essa dinâmica de mercado e confrontando com a realidade da atividade 
empresarial onde atua.
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
97
REFERÊNCIAS
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CADE. Concentração econômica. Disponível em: Acesso em 11 de 
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que vivemos. 2. ed. rev. e aum. – São Paulo: Saraiva, 2014.
FROYEN, Richard T. Macroeconomia: teorias e aplicações. 2. ed. - São Paulo: Saraiva, 
2013.
HALL, Robert E. LIEBERMAN,Marc. Macroeconomia: princípios e aplicações. São 
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IBGE. Produto Interno Bruto – PIB. Disponível em: Acesso em 20 de julho de 2019.
LOPES, Luiz Martins. Macroeconomia : teoria e aplicações de política econômica. 4. 
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NOGAMI, Otto; PASSOS, Carlos Roberto Martins. Princípios de economia. 7. ed., rev. – 
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http://www.bcb.gov/
http://www.cade.gov.br/servicos/per-
http://www.ibge.gov.br/explica/pib
98
PINHO, Diva Benevides: [et al.]. Manual de economia. 7 ed. – São Paulo: Saraiva, 2017.
PLANALTO. LEI 4.137/1962 (Lei Ordinária). Disponível em: Acessoem 
13 de julho de 2019.
PORTAL EDUCAÇÃO. Políticas de Rendas. Disponível em: Acesso em 20 de 
julho de 2019.
REIS, Tiago. Homo Economicus: entenda o que é esse comportamento econômico. 
Disponível em: Acesso 
em 01 de agosto de 2019.
ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 21. ed. – São Paulo: Atlas, 2016.
SENNHOLZ, Hans F. Monopólio bom e monopólio ruim - como são gerados e como 
são mantidos. Disponível em: https://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1057 Acesso em 
02 de agosto de 2019.
SILVA, César Roberto Leite da; LUIZ, Sinclayr. ECONOMIA E MERCADOS Introdução à 
Economia. 19 ed. Saraiva, 2010.
SILVA, Daniele Fernandes; AZEVEDO, Iraneide S. S. Economia. Porto Alegre: SAGAH, 
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Super Interessante. Qual a diferença entre comunismo e socialismo? Disponível em:
 Acesso em 18 de julho de 2019.
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http://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
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99
VASCONCELLOS, Marco Antonio S.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de 
Economia. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro: teoria e 
exercícios, glossário com os 300 principais conceitos econômicos. 6 ed. São Paulo: 
Atlas, 2015.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Fundamentos de 
Economia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; OLIVEIRA, Roberto Guena de; BARBIERI, 
Fabio. Manual de microeconomia. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 2011.
VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez; NEVES, Silvério das. Introdução à economia. 12 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2013.
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
 Praça Brasil , 250 - Centro
 CEP 87702 - 320
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	Botão 18: 
	Botão 17: 
	Botão 16:o presente. 
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
8
INTRODUÇÃO
Olá,
Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa, antes 
mesmo de ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, 
buscar compreender o porquê e como chegamos até aqui. Desta forma passaremos 
cronologicamente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade até 
os tempos atuais. Percorrendo por períodos como, por exemplo, na antiguidade, quando 
percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber. É fato de que 
economia não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso objetivo que você 
pense que é, por isso este material traz conteúdos de forma sucinta, considerando uma 
abordagem simples e objetiva acerca do que cada época passada gerou de conteúdo que 
possa, hoje, ser amplamente estudado e, além disso, utilizado como base de uma ciência 
social que faz parte da vida de todos nós. Espero que goste.
Bons estudos!
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
9
Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante 
indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos bem a 
esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade, até mesmo 
porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que ocorreu há tanto 
tempo, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7) acerca desse assunto: 
“como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a previsão e a explicação de 
fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em economia, construir teorias significa extrair 
conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico”. Essas teorias servem como 
base para as próximas que poderão surgir.
Uma vez que se entende a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir 
de agora, então, aos fatos que merecem destaque ao longo do tempo.
Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar 
os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa 
qualidade de vida (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômicos, 
como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, a 
Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, 
que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções são 
permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos.
E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, convido 
você a olhar para o passado.
PRECURSORES DA 
TEORIA ECONÔMICA1
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
10
1.1 Antiguidade
Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por 
um bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções adequadas 
a problemas particulares.
Como bem mencionado por Pinho et al. (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por 
exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em estudos 
filosóficos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da filosofia, ética, polıt́ica, 
mecânica ou geometria”. Sendo possıv́el identificar tais correlações, por exemplo, conforme 
observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte:
Aristóteles (384–322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de 
administração privada e sobre finanças públicas. Também encontramos 
algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão (427–
347 a.C.) e de Xenofonte (440–335 a.C.), este último aparentemente cunhou 
o termo economia (oikonomia), no sentido de gestão de bens privados 
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 22).
Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não 
apresentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não havendo 
contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por isso, nessa época tal 
atividade econômica associada ao homem era vista como parte da filosofia social, moral e ética, 
a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais da ética, justiça e igualdade.
Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “filósofos da Grécia Antiga, como Platão 
e Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo 
econômico”.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
11
O Mercantilismo (1450–1750) segundo Pinho et al. (2017, p. 68), “imprimiu ao 
pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração pública 
que os governantes deveriam usar para aumentar a riqueza da nação e do príncipe”.
Importantes transformações marcaram o início do Mercantilismo, destacando-se as 
seguintes:
Intelectuais — com o Renascimento e sua magnífica floração artística 
(Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Ticiano e outros) e literária, 
laicização do pensamento, o retorno aos métodos de observação e de 
experiência, a difusão de novas ideias por meio da imprensa (Gutemberg 
imprimiu a primeira Bíblia em 1450), etc.;
Religiosas — trazidas principalmente pelo movimento da Reforma, em 
especial a implantada por Calvino e pelos puritanos anglo-saxões, que 
exaltavam o individualismo e a atividade econômica, condenavam a 
ociosidade, justificavam os empréstimos a juros, a busca do lucro, o sucesso 
nos negócios, etc.;
Padrão de vida — marcadas pela reabilitação teológica da vida material 
relação ao ascetismo e, consequentemente, pelo desejo de bem-estar, 
de alimentação requintada (com o uso de especiarias, do açúcar, etc.), 
de habitações confortáveis e arejadas (que implicavam a necessidade de 
decoração dos interiores, com móveis trabalhados, quadros, tapeçarias, 
louças finas, etc.), de viagens inter-regionais (que contribuíram para a 
propagação das novas maneiras de viver e de pensar), etc.;
Políticas — com o aparecimento do Estado Moderno, coordenador dos 
recursos materiais e humanos da nação, aglutinador das forças da nobreza, 
do clero, dos senhores feudais, da burguesia nascente, etc.;
Transformações geográficas — decorrentes da ampliação dos “limites do 
mundo”, graças às grandes descobertas (sobretudo a bússola) e aos esforços 
para desenvolver a navegação (em especial dos soberanos portugueses, 
como o infante D. Henrique, o Navegador): Bartolomeu Dias dobrou o cabo 
das Tormentas (1487), Colombo desembarcou em Guanahani (1492), Vasco 
da Gama atingiu as Índias (1498), Cabral descobriu o Brasil (1500), Magalhães 
empreendeu, pela primeira vez, uma viagem de circum-navegação, concluída 
MERCANTILISMO2
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
12
por seu lugar-tenente Sebastião del Cano (1514), Cortez conquistou o México 
(1519–1521), Pizarro dominou a terra dos Incas (1531), etc.;
Transformações econômicas — o afluxo à Europa de metais preciosos, 
provenientes do Novo Mundo, provocou o deslocamento do eixo econômico 
mundial: os grandes centros comerciais marítimos não mais se limitaram 
ao Mediterrâneo, estendendo-se também ao Atlântico e ao Mar do Norte 
(Londres, Amsterdã, Bordéus, Lisboa, etc.). O aparecimento de interessantes 
ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção metalista, base 
do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser considerados os mais 
perfeitos instrumentos de aquisição de riqueza (PINHO, 2017, p.19)
Vasconcellos e Garcia (2008) contribuem para a formação do nosso entendimento 
ressaltando que o surgimento da primeira escola econômica denominada mercantilismo 
pôde ser percebida a partir do século XVI, mesmo não apresentando um conjunto técnico 
homogêneo possuía algumas características importantes, como:
• Apresentava algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas 
de uma nação;
• Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar 
riquezas;
• Aparecem relatos mais elaborados da moeda em detrimento da grande 
importância provenientedo acúmulo de metais;
• E foi a partir disso que a política mercantilista estimulou guerras, aqueceu o 
nacionalismo, mantendo a forte presença do Estado no que tange os assuntos 
econômicos.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
13
Surge como reação ao mercantilismo. Escola de pensamento francesa que 
elaborou trabalhos importantes. Sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e 
que havia uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, 
absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Proveniência Divina para a felicidade dos 
homens. Fisiocracia quer dizer “regras da natureza” e o trabalho de maior destaque obteve 
respaldado em François Quesnay. Tableau Économique, sua obra de maior relevância.
Quesnay, foi o Primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre 
eles. Está na origem do sistema de circulação monetária, input-output criado no século 
XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Leontief, da 
Universidade de Harvard.
Para os fisiocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da 
natureza em atividades econômicas como a lavoura, pesca e mineração. A agricultura era 
encorajada, pois só a terra tinha capacidade de multiplicar riqueza. Existia a exigência que 
as pessoas empenhadas no comércio e nas finanças fossem reduzidas ao menor número 
possível (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
A Fisiocracia se impôs principalmente como doutrina da ordem natural: 
o universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, 
desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. Estes, por 
meio da razão, poderão descobrir essa ordem […]. Alguns autores consideram 
as teorias de Quesnay sobre o Estado e a sociedade, meras reformulações da 
doutrina escolástica que satisfaziam aos nobres e à sociedade. Uns poucos 
chegam a destacar certa tendência teológica no pensamento de Quesnay, 
mas a maioria está de acordo em reconhecer a natureza puramente analítica 
ou científica de sua obra econômica (PINHO, 2017, p. 71).
FISIOCRACIA – “REGRAS
DA NATUREZA”3
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
14
Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam, que “acreditava-se em uma ordem 
natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e 
universais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse modo, 
os fisiocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da produtividade 
do solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
15
4.1 Adam Smith (1723-1790)
Teve como um dos seus maiores pensadores na figura de Adam Smith (1723- 
1790). Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é comumente 
conhecido como “pai” da economia.
A Riqueza das Nações (1976), sua obra, trata de questões econômicas que vão 
desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, 
concluindo com um conjunto de recomendações políticas, “no qual defendia o liberalismo, 
ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, 
o que ficou conhecido por laissez-faire, ou ‘deixar-fazer’, em francês” (SILVA E 
AZEVEDO, 2017, p. 18).
Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre 
concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, como 
que guiada por uma mão invisível. Com Argumentos baseados na livre iniciativa, no laissez–
faire, considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano ou teoria do 
valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização em tarefas específicas (áreas) e daí como 
consequência Fator decisivo para aumento da produção (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Para Smith a produtividade, decorre da divisão de trabalho que por sua vez, decorre 
da tendência inata da troca, que, finalmente é estimulada pela ampliação dos mercados. O 
papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra 
eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições necessárias, mas 
não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica.
LIBERALISMO4
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
16
Embora a maioria dos autores tenha feito de Smith (1723-1790) o apologista 
da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que ele se mostrava 
favorável aos operários e aos trabalhadores agrícolas, opondo-se aos 
privilégios e à proteção estatal que apoiavam o “sistema mercantil” (PINHO, 
2017, p. 72).
4.2 David Ricardo (1772-1823)
Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho, na qual traça 
uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da distribuição, 
que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas monetários 
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
4.3 John Stuart Mill (1806-1873)
O economista faleceu em 1873 e nos deixou uma obra vasta que, ainda hoje, constitui 
excelente motivo de reflexão, cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de 
Lógica Dedutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a Liberdade 
(1859), Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo (1863), Sujeição 
das Mulheres (1869) e Autobiografia (1873) (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
4.4 Jean-Baptiste Say (1768-1832)
Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza-se 
através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes naturais 
entenda-se a terra, etc.). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro. Say subordinou 
o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-se conhecida sua 
concepção de que oferta cria a procura equivalente (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
4.5 Thomas Malthus (1766-1834)
Economista inglês que elaborou uma teoria que afirmava que a população iria 
crescer tanto, que seria impossıv́el produzir alimentos suficientes para alimentar o grande 
número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio da População. 
Para Malthus a produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento 
populacional crescia de forma alarmante.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
17
4.6 Karl Marx (1818-1883)
Para Pinho (2017, p.75), Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e 
às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade 
no século XIX”. Aqui podendo ser citado a filosofia alemã, a economia política inglesa e o 
socialismo francês”.
Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam, que a escola marxista “critica a 
abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico, em que a 
Economia interage com os fatos históricos e sociais”. Marx afirma, que analisar questões 
econômicas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais pode gerar uma 
visão distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância, a obra intitulada de 
O Capital, Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando aspectos da economia 
com sua teoria referenciada. Para ele, o capital detém-se com a burguesia, classe social 
desenvolvida após o desaparecimento do sistema Feudal. Essa classe tem a apropriação 
dos meios de produção, pertencendo a outra parte, classe social intitulada de proletariado, 
vender sua força de trabalho, já que não possuem condições para produzirem aquilo que 
seria necessário para sua sobrevivência.
Até aqui, me dei conta que a economia:
• Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos econômicos (Aristóteles, 
Platão e Xenofonte);
• Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal característica, foco na riqueza interna 
(ouro e prata). Menos importações e mais exportações;
• Fisiocracia, (Quesnay):Para os fisiocratas, toda a vida permanece dependente da 
produtividade do solo bruto e a capacidade do meio ambiente natural se renovar;
• Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, 
o que ficou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês.
REFLITA
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
18
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008), essa corrente de pensamento teve 
início na década de 1870 e desenvolveram-se até as primeiras décadas do século XX. 
A crença na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora, fez com que 
os teóricos econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento 
macroeconômicos. Foco nos aspectos microeconômicos.
O trabalho de maior destaque teve respaldo em Alfred Marshall e sua obra Princípios 
de economia (1890) - Teoria marginalista.
Esses estudos privilegiavam aspectos microeconômicos, pois defendiam o 
Estado mínimo, devido à crença de autorregulação dos mercados, deixando 
de lado questões macroeconômicas ou políticas. Deste modo, as contribuições 
da era neoclássica se deram pelos estudos de redução de custos, da utilidade 
marginal (capacidade de satisfazer as necessidades humanas), a lei da oferta e 
demanda, formação de preços, entre outros (SILVA E AZEVEDO, 2017, p.19).
Outros teóricos importantes do período:
• William Jevons: com a Teoria da Utilidade Marginal;
• Léon Walras: com sua Teoria Geral do Equilíbrio (dos preços);
• Eugen Böhm-Bawerk: contribuições, especialmente à teoria do capital e do juro;
• Arthur Pigou: identificou situações em que a presença de “influências externas” 
na produção justificam a intervenção do Estado, para a provisão de bens ou de 
serviços.
TEORIA 
NEOCLÁSSICA5
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
19
John Maynard Keynes foi o maior precursor (1883-1946), que utilizando de suas 
obras rompeu a tradição neoclássica, pois apresentaram um programa de ação do governo 
para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017).
Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda (1936), causou um 
impacto revolucionário que se tornou conhecido como a Revolução Keynesiana.
Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis 
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado 
pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”.
Ele mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava 
adequadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores responsáveis 
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia determinada, 
por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva, invertendo a lei de Say onde a oferta cria 
sua própria procura. Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de 
autoajustamento, por isso se torna necessário a intervenção do Estado por meio de uma 
política de gastos públicos.
Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte influência na economia 
dos países capitalistas.
Nesse período, houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica. Por 
um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental estatístico 
e matemático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência econômica. Por 
outro, alguns economistas trabalharam na esteira de pesquisa aberta pela 
obra de Keynes. Debates teóricos sobre aspectos de seu trabalho duram 
até hoje, destacando-se três grupos: os monetaristas, os fiscalistas e os 
TEORIA 
KEYNESIANA6
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
20
pós-keynesianos. Apesar de nenhum deles ter um pensamento homogêneo 
e todos terem pequenas divergências internas, é possível fazer algumas 
generalizações (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 28).
Esse posicionamento teórico significa o fim da crença no laissez-faire como regulador 
dos fluxos real e monetário da economia, e é chamado de princípio da demanda efetiva.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
21
Silva e Azevedo (2016) destaca, que novas abordagens e teorias econômicas 
foram criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas 
abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é amplamente 
possível observar questões que foram tratadas nos tópicos anteriores e que são levantadas, 
um exemplo disso é o nível de intervenção do Estado nas economias, sem que se chegue 
a alguma conclusão concreta.
A economia vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir 
dos anos de 1970.
01. Existe uma consciência maior das limitações e possibilidades da teoria;
02. Avanço no conteúdo empírico da economia;
03. Consolidação das contribuições dos períodos anteriores.
Atualmente, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana, 
sendo considerável o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do bem-estar da 
sociedade. O controle e o planejamento macroeconômico permitem antecipar muitos problemas 
e evitar algumas flutuações desnecessárias na economia (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Na figura a seguir é possıv́el visualizar de forma simplificada as principais correntes 
do pensamento econômico ao longo da história.
O PERÍODO 
RECENTE7
TÓPICO
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
22
FIGURA 1. SÍNTESE: PRINCIPAIS CORRENTES DO PENSAMENTO ECONÔMICO.
Fonte: Rossetti (2016, p.36)
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
23
Este prêmio, oficialmente denominado “Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em 
memória de Alfred Nobel”, é o único que não estava previsto no testamento do inventor sueco da dinamite.
O Nobel de Economia é oficialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências 
Econômicas e foi estabelecido pelo banco central sueco nos anos 1960 em homenagem a Nobel. A premiação 
não fazia parte dos prêmios originais, criados no testamento de Alfred Nobel, em 1895.
Veja Abaixo a lista com os vencedores do Nobel de Economia do ano:
• 2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por integrar a mudança climática e 
a inovação tecnológica no crescimento econômico.
• 2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos 
mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores. 2016: 
Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por suas contribuições 
à teoria dos contratos.
• 2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos), por seus estudos sobre o
• “consumo, a pobreza e o bem-estar”.
• 2014: Jean Tirole (França), por sua “análise do poder do mercado e de sua regulação”. 2013: 
Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre 
os mercados financeiros.
• 2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor 
maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de 
órgãos e na educação.
• 2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permitem 
entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas influenciam os 
indicadores macroeconômicos.
• 2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher Pissarides (Chipre/
Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda 
têm dificuldades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho.
• 2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos separados que 
mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais eficazes que o mercado.
Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2023/10/09/interna_internacional,1573683/
os-dez-ultimos-ganhadores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
SAIBA
MAIS
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2023/10/09/interna_internacional,1573683/os-dez-ultimos-ganhadores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2023/10/09/interna_internacional,1573683/os-dez-ultimos-ganhadores-do-premio-nobel-de-economia.shtml24
Chegamos ao final deste capítulo. Nele acompanhamos a contribuição que cada 
período da história proporcionou para o entendimento atual da ciência econômica. Este 
capítulo foi especialmente preparado pensando na importância de fundamentar nossos 
estudos antes mesmo de abordar temas muito mais próximos da nossa realidade e muito 
mais específicos dentro do contexto econômico.
Como a economia faz parte da rotina dos indivíduos, é muito comum em muitos 
casos, até mesmo, motivados por questões políticas, que opiniões e vereditos sejam 
lançados ao vento desde salas de reuniões até as mesas dos bares, isso acontece mesmo 
sem nenhum entendimento dos motivos pelos quais o objeto da discussão ocorre da forma 
que ocorre. Nas discussões econômicas, muitas vezes a emoção fala mais alto que a razão.
Agora que você já sabe onde (provavelmente) e como tudo começou, poderá 
desfrutar dos próximos capítulos desse desafiante conteúdo. É importante lembrar que ler 
este material é sinal da sua busca por compreender os porquês e como chegamos até aqui. 
É por isso que passamos sucinta e cronologicamente por períodos que remetem desde a 
antiguidade até bem próximo dos tempos atuais, para que, além de se situar, você possa 
compreender de onde esses estudos originaram e como foram respaldados. Percorremos 
por períodos como, por exemplo, na civilização antiga de Platão, quando percebidos alguns 
dos primeiros registros dos estudos econômicos, a saber, passamos pelo mercantilismo, 
expondo as principais teorias como a de Keynes, por exemplo.
Como mencionado no início desta unidade, é um fato de que economia realmente 
não é uma disciplina simples de ser entendida, contudo, acreditamos sinceramente que 
este material é uma grande porta de entrada para despertar seu interesse pelo tema que 
poderá obviamente ser muito mais enriquecido em estudos futuros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
25
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Uma breve história da economia
• Autor: Niall Kishtainy
• Editora: LPM editores
• Sinopse: “Economia, finalmente acessível. Este livro é um 
tesouro para qualquer pessoa interessada em história, grandes 
ideias ou no papel que o pensamento econômico desempenhou 
em ambas por mais de dois mil anos”. - Charles Wheelan, autor de 
Economia nua e crua. Todos os dias somos bombardeados com 
notícias sobre PIB, juros, investimentos, crédito, livre mercado, 
intervencionismo, capitalismo, etc. Esses e outros conceitos 
permeiam boa parte da vida de todos nós, mas poucas são as 
pessoas que entendem que está por trás deles e mesmo como 
funciona a economia. Neste livro fascinante, muito longe de ser 
acadêmico e também isento de termos técnicos, o economista e 
professor Niall Kishtainy apresenta em capítulos curtos ordenados 
cronologicamente, como se deu o desenvolvimento da economia 
humana da época das cavernas aos dias de hoje; e, paralelamente, 
desvenda o panorama das grandes ideias e reflexões que foram 
surgindo sobre a própria economia. Partindo de Platão na Grécia 
antiga, ele apresenta nomes-chave que incluem Adam Smith, David 
Ricardo, Alfred Marshall, Karl Marx, John Maynard Keynes, Milton 
Friedman, John Nash e muitos outros pensadores. São abordados 
episódios cruciais da história, como a invenção do dinheiro, a 
descoberta do Novo Mundo, a ascensão do capitalismo, as crises 
de 1929 e de 2008, bem como seus ensinamentos e legados. Esta 
magnífica obra ilumina as ideias, forças e dilemas econômicos que 
dão forma ao nosso universo, justamente num momento em que 
tais questões parecem prementes como nunca. Uma leitura que irá 
deliciar a todos que buscam entender os caminhos possíveis para 
se chegar num mundo em que mais pessoas possam viver bem.”
FILME/VÍDEO
• Título: Adeus, Lenin!
• Ano: 2003
• Sinopse: Levando como pano de fundo a queda do muro de 
Berlim, no ano de 1989 até o período da queda da União Soviética, 
em 1991, o filme, que combina humor e drama, narra todas as 
mudanças pelas quais a Alemanha passou, ao longo desse 
momento histórico muito particular, bem como a transição, da 
Alemanha Oriental, rumo ao Capitalismo.
ANTECEDENTES HISTÓRICOS DA ECONOMIAUNIDADE 1
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
INTRODUÇÃO A 
ECONOMIA2UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
27
Plano de Estudos
• Conceitos de Economia;
• Problema Econômico Fundamental;
• Setores Básicos da Economia;
• Sistemas Econômicos.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a economia;
• Compreender o problema econômico fundamental;
• Estabelecer a importância do entendimento dos setores básicos da economia;
• Diferenciar os sistemas econômicos. 
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
28
Olá, caro(a) aluno(a), 
Na unidade anterior vimos os primórdios dos estudos econômicos. Passamos desde a 
antiguidade até o período atual, a importância desse estudo justifica-se a partir de agora, pois 
nesta unidade você verá sobre os conceitos de economia, o que é e qual sua importância. Outro 
fator importante que será exposto a seguir é relacionado ao problema econômico fundamental. 
Você sabe o que é escassez? Sabe quais são seus reflexos na sociedade? Se eu dissesse a 
você que provavelmente para estar estudando neste curso agora, antes você teve que fazer 
uma escolha, por exemplo, entre estudar ou comprar um carro, ou ainda sua decisão pôde ter 
sido entre financiar uma casa, ou entrar na faculdade. Eu estaria errado? Se não, saiba que 
isso tem muito a ver com a economia e suas contribuições com ciência das escolhas. Você 
verá também as contribuições dos setores básicos da economia, além de poder a partir deste 
material distinguir os sistemas econômicos atuais.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
29
Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego: OIKOS = casa, NOMOS 
= norma, Lei. Assim: “OIKOSNOMOS”
• “Administração da casa”;
• “Aquele que administra o lar”;
• “Administração da coisa pública”.
Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de 
bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. (VICECONTI 
E NEVES, 2013)
Para Nogami e Passos (2016), a economia é considerada como “uma ciência social 
justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona”. 
A partir de um determinado ponto de vista que outras ciências sociais, tais como o direito, 
a sociologia, antropologia e psicologia também estudam o funcionamento da sociedade, 
a economia, por estudar comportamento humano interagindo com as organizações na 
sociedade, também pode ser reconhecida como ciência social.
Assim, de acordo com Vasconcellos (2015) “trata-se de uma ciência social, já 
que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, 
provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção”.
Esses fatores de produção são:
• Mão de obra;
• Capital;
CONCEITOS DE 
ECONOMIA1
TÓPICO
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
30
• Terra;
• Matérias-primas.
De acordo com Rossetti (2016, p. 19), “a economia é um estudo da humanidade 
nas atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos mais 
estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem-estar”.
1.1 Linhas básicas da teoria econômica
Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da 
Teoria Econômica:
01. MICROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o 
comportamento econômico das unidades individuais de decisão representados 
pelos consumidores, pelas empresas e proprietários de recursos produtivos. 
As unidades individualizáveis da economia, como o consumidor e a empresa, 
consideradas isoladamente ou em agrupamentos definidos por critérios 
classificatórios (ROSSETTI, 2016, p. 40).
FIGURA 1: “COMPARTIMENTOS” USUAIS DA ECONOMIA: CONEXÕES
ENTRE PRINCIPAIS SEGMENTOS
Fonte: Rossetti (2016)
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
31
02.MACROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o 
funcionamento da economia como um todo, procurando identificar e medir as 
variáveis que determinam o volume da produção total, o nível de emprego e o 
nível geral de preços do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na 
economia mundial. (VICECONTI E NEVES, 2013).
O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os 
preços e as quantidades dos bens produzidos e fatores de produção existentes na economia 
(PINHO, 2017, p. 301).
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
32
Pinho et al. (2017) ressalta que se todos tivessem uma renda maior, seria fácil imaginar 
que nem todos iriam gastar as mesmas proporções em consumo. Desse modo, a caracteriza, 
então, como uma ciência não exata, em que se podem programar os resultados sem erros.
As necessidades humanas são infinitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção 
(trabalho, capital e recursos naturais) são finitos ou limitados. É por esses motivos que 
a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. Nunca é 
demais reafirmar que de forma sucinta a economia é a ciência da escassez. Para Silva e 
Azevedo (2017, p. 39) “a escassez é derivada do termo latino excarpus, que significa algo 
em pouca quantidade, que possui carência, falta ou insuficiência”.
Após entender o significado e a importância da economia, cabe explicitar o objeto 
de análise da economia, ou seja, a variável “culpada” por todos os problemas econômicos: 
escassez.
Se os recursos não fossem escassos, não haveria ciências econômicas. Mas o 
que é escassez? Qual o sentido da escassez na economia? Escassez é a situação em que 
os recursos são limitados e podem ser utilizados de diferentes maneiras, de tal modo que 
devemos sacrificar uma coisa por outra. A escassez está relacionada ao tempo, dinheiro, 
espaço, matéria-prima, empregos, etc., ou seja, recursos limitados e necessidades ilimitadas!
A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as 
seguintes perguntas:
• O que e quanto produzir?
• Como produzir?
• Para quem produzir?
PROBLEMA ECONÔMICO 
FUNDAMENTAL2
TÓPICO
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
33
Veja o quadro a seguir:
QUADRO 1: QUESTÕES FUNDAMENTAIS SOBRE ESCASSEZ.
O QUE E QUANTO PRODUZIR:
A sociedade deve decidir se produz mais bens 
de consumo ou bens de capital, ou, como num 
exemplo clássico: quer produzir mais canhões 
ou mais manteiga? Em que quantidade? Os 
recursos devem ser dirigidos para a produção 
de mais bens de consumo, ou
bens de capital?
COMO PRODUZIR:
Trata-se de uma questão de eficiência produtiva: 
serão utilizados métodos de produção capital-
intensivos? Ou mão de obra-intensivos? Ou 
terra-intensivos? Essa decisão depende da 
disponibilidade de recursos de cada país.
PARA QUEM PRODUZIR:
A sociedade deve decidir quais os setores que 
serão beneficiados na distribuição do produto: 
trabalhadores, capitalistas ou proprietários da 
terra? Agricultura ou indústria? Mercado interno 
ou mercado externo? Região Sul ou Norte? Ou 
seja, trata-se de decidir como será distribuída a 
renda gerada
pela atividade econômica.
Fonte: Vasconcellos, (2015).
2.1 Lei da Demanda e da Oferta
Lei da Demanda: é a visão do consumidor, expressa a relação inversa existente 
entre a quantidade de um bem e seu preço. Quanto mais escasso for um bem, maior será 
o seu preço e a abundância ocorrerá o inverso.
Portanto: DEMANDA maior que a OFERTA = a tendência é o preço subir, DEMANDA 
menor que a OFERTA = a tendência é o preço baixar. 
Por outro lado, a partir da visão do empresário/produtor, a Lei da Oferta: estabelece 
uma relação direta entre os preços dos bens e a quantidade ofertada. Assim, quanto maior 
o preço, maior é a quantidade ofertada.
Necessidades Humanas
Ilimitadas
x 
Recursos Produtivos
Escasso
- O que e quanto Produzir
- Como Produzir
- Pra quem Produzir
Escassez Escolha } }
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
34
2.2 Agentes econômicos
São aqueles que agem sobre a economia, de natureza física ou jurídica, que, por 
meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. Segundo 
Nogami e Passos (2016) são eles:
• As Famílias (ou unidades familiares);
• As Empresas (ou unidades produtivas);
• O Governo.
Acompanhe o quadro a seguir:
QUADRO 2: AGENTES ECONÔMICOS
Famílias
Incluem todos os indivíduos e unidades familiares da 
economia e que, no papel de consumidores, adquirem 
os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando 
o atendimento de suas necessidades de consumo. Por 
outro lado, as famílias, na qualidade de “proprietárias” 
dos recursos produtivos, fornecem às empresas os 
diversos fatores de produção: Trabalho, Terra, Capital e
Capacidade Empresarial.
Empresas
são unidades encarregadas de produzir e/ou 
comercializar bens e serviços. A produção é realizada 
por meio da combinação dos fatores produtivos 
adquiridos juntos às famílias. Tanto na aquisição de 
recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, 
as decisões das empresas são guiadas pelo objetivo de 
se conseguir o máximo lucro.
Governo
por sua vez, inclui todas as organizações que, direta 
ou indiretamente, subordinadas ao Estado, nas suas 
esferas federais, estaduais e municipais. O governo 
muitas vezes intervém no sistema econômico 
atuando como empresário e produzindo bens e 
serviços através de suas empresas estatais; em 
outras, age como comprador, quando, além de 
contratar serviços, adquire materiais, equipamentos, 
etc. –, para a realização de suas tarefas; outras vezes, 
ainda, o governo intervém no sistema econômico por 
meio de leis e controles com a finalidade de disciplinar a 
conduta dos demais agentes econômicos.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p.16)
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
35
As atividades produtivas são divididas em três setores:
• Setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas 
minerais, animais ou vegetais.
• Setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias-primas são 
transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor final.
• Setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto 
não ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema 
econômico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços, como 
as instituições financeiras, escolas, hospitais, transportes, comércio, etc.
Veja o detalhamento no quadro 3.
QUADRO 3: ATIVIDADES PRODUTIVAS
ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE PRODUÇÃO
Lavouras
Culturas permanentes, culturas temporárias 
extensivas, horticultura e floricultura.
Produção animal
Criação e abate de gado e aves, pesca, 
caça e derivados da produção animal.
Extração vegetal
Produção florestal: silvicultura e 
reflorestamento para usos múltiplos e 
extração de recursos florestais nativos.
SETORES BÁSICOS
DA ECONOMIA3
TÓPICO
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
36
ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE PRODUÇÃO
Indústria extrativa mineral
Extração de minerais metálicos e não 
metálicos.
Indústria de transformação
Transformação de minerais não metálicos, 
siderurgia e metalurgia, material eletroeletrônico 
e de comunicações, material de transporte, 
beneficiamento de madeira e mobiliário, 
celulose, papel e papelão, química, produtos 
farmacêuticos e veterinários, borracha, 
produtos de matéria plástica, produtos de 
higiene e limpeza, têxtil, vestuário, calçados 
e artefatos de couro, produtos alimentares. 
Bebidas, fumo, editorial e gráfica.
Indústria da construção
Obras públicas, construções e edificações 
para fins residenciais e não residenciais.
Atividades semi-industriais
Produção, transmissão e distribuição de 
energia elétrica. Gás encanado, tratamento de 
esgotos, potabilização e distribuição de água.
ATIVIDADES TERCIÁRIAS DE PRODUÇÃO
Comércio
Comércio exterior. Comércios internos atacadista e 
varejista, subgrupados segundo grandes ramos.
Intermediação financeira
Instituições reguladoras e de emissão monetária,bancos comerciais e de desenvolvimento, 
sociedades de crédito, financiamento e 
investimento, seguros, capitalização, atividades 
complementares dos mercados monetário, 
financeiro, de capitais e cambial.
Transportes e comunicações
Transportes aéreos, ferroviários, hidroviários e 
rodoviários, comunicações e telecomunicações.
Governo
Administração pública direta e autarquias, 
das diferentes es-feras de governo: central, 
estadual e municipal.
Outros serviços
Assistência à saúde, educação e cultura, 
hospedagem e alimentação, conservação e 
reparação de máquinas, veículos e equipamentos, 
lazer, atividades profissionais liberais.
Fonte: Rossetti (2016)
3.1 Bens e serviços
Os bens e serviços, de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz 
de atender uma necessidade humana.
Bens segundo Rossetti (2016, p. 126):
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
37
É a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de atividades 
primárias e secundárias de produção. É a denominação genérica dos produtos 
que provêm das atividades agropecuárias e das diferentes categorias de 
atividades industriais, de transformação e construção.
Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis, ou seja, atendem a 
necessidade humana.
Os bens podem ser classificados, quanto a raridade, em:
• Livres: aqueles cuja quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum 
esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc.
• Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço 
humano para produzi-los. Ex: carro, computador, caneta, etc.
Os bens econômicos são classificados, quanto a natureza, em:
• Materiais: são tangíveis: consumo - e a eles podemos atribuir características 
como peso, altura, etc. Ex: roupa, caderno; capital – equipamentos; intermediários 
– Livro, borracha, etc.
• Imateriais ou serviços: são intangíveis: Ex: consulta médica, aula, os serviços 
de um advogado, serviços de transporte, etc.
Os bens podem ser classificados também em: bens de consumo; bens de capital; 
bens finais; bens intermediários; bens privados e bens públicos.
Acompanhe o detalhamento no quadro a seguir.
QUADRO 4: OUTROS BENS: DETALHAMENTO
Bens de consumo
São aqueles diretamente utilizados para a 
satisfação das necessidades humanas. Podem ser 
de uso não durável, ou seja, que desaparecem uma 
vez utilizados (alimentos, cigarros, gasolina, etc.), 
ou de uso durável, que tem como característica o 
fato de que podem ser usados por muito tempo 
(móveis, eletrodomésticos, etc.).
Bens de capital
Chamado também de bens de produção, são aqueles 
que permitem produzir outros bens. São exemplos 
de Bens de Capital, as maquinas, computadores, 
equipamentos, instalações, edifícios, etc.
Bens finais
Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de 
Capital são classificados como Bens Finais, uma 
vez que já́ passaram por todos os processos de 
transformação possíveis, significando que estão 
acabados.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
38
Bens intermediários
São aqueles que ainda precisam ser transformados 
para atingir sua forma definitiva. A título de 
exemplo, podemos citar o fertilizante utilizado na 
produção de arroz, ou o aço, vidro e a borracha 
utilizados na produção de carros.
Bens privados
São os produzidos e possuídos privadamente. 
Como exemplo temos os automóveis, aparelhos de 
televisão, etc.
Bens públicos
Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido 
pelo setor público: educação, justiça, segurança, 
transportes, etc.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p. 11)
3.2 Fatores de produção
Para produzir bens e serviços são os fatores de produção ou recursos produtivos.
Mas o que são fatores de produção?
São os elementos limitados, utilizados no processo de fabricação dos mais 
variados tipos de bens, que irão satisfazer as necessidades humanas ilimitadas. Eles são 
“constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente mobilizável, 
pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas e empresarial”. 
(ROSSETTI, 2016, p. 65). Respectivamente, são as seguintes as denominações usuais 
desses recursos (como são classificados):
• Recursos naturais ou terra → é a origem de todo o processo produtivo. Ex: 
minerais, água, sol, etc.;
• Trabalho → é a contribuição do ser humano na produção. Pode ser físico ou 
intelectual. Ex: Trabalho de um agricultor no campo ou uma consulta médica;
• Capital → são bens utilizados no processo produtivo. Ex: máquinas, construções, 
infraestrutura, etc.;
• Tecnologia→ é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que 
dão sustentação ao processo de produção. O quadro 4 demonstra em detalhes 
esse conjunto de conhecimentos e habilidades que se dá a denominação genérica 
de capacidade tecnológica.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
39
QUADRO 4: CAPACIDADE TECNOLÓGICA: CONCEITO E TIPOLOGIA.
Fonte: Rossetti (2016)
• Empresariedade → a mobilização, a interação e a combinação dos recursos 
fundamentais de produção, pressupõem a existência de um quinto fator de alta 
relevância: a capacidade de empreendimento.
Capacidade Tecnológica
Conjunto de conhecimentos e de Habilidades que dão 
sustentação ao processo de produção. Conceitualmente 
corresponde às expressoões savair comment faire (saber 
fazer) ou Know -how (Como fazer). Localiza-se em todos 
os eles de todas as cadeias produtivas. Está presente me 
todos os setores e em todas as atividades humanas de
produção. Envolve, de um lado, os conhecimentos 
acumulados sobre as reservas naturais; de outro lado, a 
capacitação do quadro demográfico; de outro ainda, a
configuração e o desempenho dos bens de capital e dos 
bens e serviços gerados. Nesse sentido, é um elo de 
ligação entre o capital e a força de trabalho.
Tipologia da Capacidade tecnológica
Capacitação para atividades de pesquisa e desenvolvimento 
(P&D). % Capacitação para desenvolver e implantar novos 
projetos. % Capacitação para operar os processos de produção.
Capacidade para P&D
Traduz-se pelo talento, pelo conhecimento e pelas habilidades 
requeridas para atividades de pesquisa básica e aplicada. 
Envolve tecnologias de armazenamento,
Processamento, interpretação fusão e interação de 
conhecimentos técnico-cientificos. Fundamentalmente, resulta 
em invenções.
Capacitação para desenvolvimento e 
implantação de Projetos
Traduz-se por conhecimentos e habilidades para formatar 
projetos de novos processos e de novos produtos. Envolve a 
seleção e a combinação de tecnologias tradicionais dominadas 
e de última geração para definir plantas e viabilizar a produção 
de protótipos em escala economômica. Fundamentalmente, é a 
passagem da invenção à inovação.
Capacitação para operar o processo de 
produção
Traduz-se por capacidades associadas à operação do produtivo. 
Envolve habilidades relacionadas á manutenção de plantas, 
ao planejamento e controle da produção, à otimização de 
processos e ao controle da qualidade dos produtos resultantes. 
Diz respeito também aos relacionamentos com os demais 
integrantes e a montante da cadeia produtiva em que cada 
atividade se situa
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
40
3.3 Curva de Transformação e o Custo de oportunidade
Como foi exposto anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha. 
Provavelmente não é novidade para você, visto que muito provável ou certamente você 
já teve que escolher adquirir alguma coisa em relação à outra. E por que isso acontece 
mesmo? Vale lembrá-lo que para responder a essa questão basta se lembrar que os 
recursos são limitados e as necessidades ilimitadas.
Em outras palavras, é imposto às empresas uma escolha para a produção de di- 
versos tipos de bens.
Para ilustrar, será descrito a seguir uma breve situação hipotética:
• Uma economia produz dois tipos de bens: X e Y;
• A quantidade e qualidade dos recursos é fixa;
• Existe pleno emprego;
• A tecnologia é constante.
Essa Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também é 
costumeiramente identificada como a Curvade Transformação, “é a fronteira máxima 
que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a 
tecnologia” (VASCONCELLOS, 2015, p. 10). Através de sua análise será possível obter a 
percepção das alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos disponíveis 
plenamente empregados.
A quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores 
de produção disponíveis pode ser melhor acompanhado na tabela 1.
TABELA 1: TABELA REPRESENTATIVA DAS POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO.
BEM QUANT. MAX. X
QUANTIDADES
INTERMEDIÁRIAS
QUANT. MAX.
Y
X 0 10 15 20 30
Y 55 45 25 5 0
PONTO A B C D E
Fonte: o autor.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
41
A tabela pode ser representado no gráfico 1, como:
GRÁFICO 1: CURVA DE TRANSFORMAÇÃO OU POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO.
Fonte: o autor.
Curva de transformação mostra a possibilidade de produzir bens, dada a uma certa 
quantidade de fatores de produção. A situação anterior apresenta o custo de oportunidade, 
no qual as empresas deverão “abrir mão” da produção de um bem para produzir outro. 
Assim:
• Trata-se de uma curva das possibilidades de produção ou curva de transformação;
• No limite da curva (pontos A, B, C, D e E) algumas respostas para as 
possibilidades de produção poderão ser obtidas, tais como:
 ◦ representa o que melhor está cotado no mercado no momento;
 ◦ representa o sacrifício de escolher o que produzir dado a falta de espaço 
disponível para produzir vários produtos;
 ◦ Falta de tempo para produzir mais;
 ◦ Mudanças nos rumos estratégicos dos negócios, etc.
O custo de oportunidade pode ser definido, como todo sacrifício de se transferir os 
recursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço a que 
se deve renunciar para obter outro.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
42
A forma de comprar e vender bens, os impostos que se paga, o tipo de máquina 
utilizados pelas empresas, etc. variam de país para país.
Engloba todos os métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e 
serviços distribuídos.
Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos 
quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir 
via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos 
institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos 
fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de cada 
um dos agentes (ROSSETTI, 2016, p. 141).
É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos 
escassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por:
• Estoque de fatores de produção;
• Empresas;
• Instituições.
4.1 Sistema Socialista
A base do socialismo é a propriedade coletiva ou estatal dos recursos produtivos. O 
Estado toma todas as decisões. As indústrias são propriedade da sociedade como um todo. O 
controle da propriedade é mantido pelo Estado para, supostamente, o benefício da sociedade.
Para Rossetti (2016, p. 21), “o binômio produção-distribuição (entendendo-se 
distribuição no sentido de processo distributivo ou, mais simplesmente, como repartição) é 
SISTEMAS 
ECONÔMICOS4
TÓPICO
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
43
a base a partir da qual a perspectiva socialista construiu sua concepção”. Essa concepção 
é sobre a matéria de que se ocupa a economia.
4.2 Sistema capitalista
Para Comparato (2014) usando uma consagrada expressão de Gramsci, uma das 
principais justificativas desse sistema intitulado de capitalista, que foram apresentadas pelos 
seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando necessariamente uma situação de 
desigualdade socioeconômica, ele é insuperável em matéria de produção de bens.
Algumas características do sistema capitalista:
• Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privadas;
• Controle da economia é via sistema de preços;
• Incentivo para a produção é o lucro;
• As empresas são competitivas;
• O papel do governo é limitado.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
44
Qual a diferença entre comunismo e socialismo?
As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem significados nem sempre muito precisos. Numa explicação 
bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao 
comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, 
implicando o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No socialismo, a sociedade controlaria 
a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no 
comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção”, diz 
a historiadora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mas essas duas expressões também pode assumir outros significados. “Pode-se entender o socialismo, num 
sentido mais limitado, significando as correntes de pensamento que se opõem ao comunismo por defenderem a 
democracia. Em contraposição, o comunismo serviria de modelo para a construção de regimes autoritários”, 
afirma o historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis (SP).
Os especialistas são quase unânimes em afirmar que nunca houve um país comunista de fato. Alguns 
estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações socialistas. “Os países ditos 
comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem nas ideias marxistas. Contudo, para 
os críticos de esquerda, esses países sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, 
nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores”, diz o sociólogo 
Marcelo Ridenti, também da Unicamp.
Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança da União Soviética, um 
bloco de nações chamadas de comunistas. “Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra 
dissidentes. A sociedade comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, afirma Cristina.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-
algum-pais-realmente-comunista/
SAIBA
MAIS
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
45
Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste 
capítulo vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais 
ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona, objetiva atender às 
necessidades humanas.
O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que é o 
ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades individuais 
de decisão representados e a macroeconomia, sendo o ramo da Teoria Econômica que 
estuda o funcionamento da economia como um todo. A partir dessas distinções, a economia 
procura resolver um problema que fundamentalmente norteia toda sua base de estudos.
Vimos que as necessidades humanas são infinitas ou ilimitadas. Os Fatores de 
produção (trabalho, capital e recursos naturais) são finitos ou limitados. É por esses motivos 
que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. A partir 
do problema da escassez, qualquer economia procura responder as seguintes perguntas: 
o que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? A ação dos agentes 
econômicos que são aqueles que agem sobre a economia, denominados como famílias (ou 
unidades familiares), empresas (ou unidades produtivas) e governo. Estudamos também 
sobre o setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejamelas minerais, 
animais ou vegetais; setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias-primas 
são transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor final; e, setor terciário: 
que se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora 
seja de grande importância no sistema econômico.
Por fim, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente 
constituídos, a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos 
e a interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos 
institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores 
produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
46
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: Mad Max: Estrada da Fúria
• Ano: 2015
• Sinopse: Mad Max: Estrada da Fúria venceu em seis categorias 
do Oscar de 2016 só por causa de suas cenas de ação bem 
feitas. A história se passa num cenário apocalíptico em que a raça 
humana quase foi extinta por causa de guerras nucleares. Água é 
um recurso tão raro que só os mais fortes e poderosos têm acesso, 
como o vilão Immortan Joe. Apesar de ser um filme recente, Mad 
Max foi uma trilogia estrelada por Mel Gibson nos anos 80. 
LIVRO
• Título: Economia aplicada
• Autor: Antonio Carlos Pôrto Gonçalves
• Editora: FGV Editora
• Sinopse: O objetivo deste livro é oferecer ao leitor um conjunto de 
conceitos econômicos úteis e mostrar suas interações. A economia 
é uma ciência complexa, mas fundamental para a compreensão do 
ambiente onde as instituições privadas e governamentais atuam e 
o propósito aqui é o de facilitar esse entendimento. Os conceitos 
para a mensuração da produção (PIB e PNB), o estudo da moeda 
e dos mercados financeiros, as relações externas da economia, 
bem como as teorias e consequências da inflação são alguns dos 
tópicos abordados neste livro.
INTRODUÇÃO A ECONOMIAUNIDADE 2
Professor Esp. Rodrigo Jr. Gualassi
MICROECONOMIA3UNIDADEUNIDADE
PLANO DE ESTUDO
48
Plano de Estudos
• Microeconomia: Conceitos;
• Análise Microeconômica;
• Aplicações da análise; Microeconômica;
• Demanda e Oferta de Mercado;
• Teoria da Produção;
• Teoria de Mercado.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a microeconomia; 
• Compreender os tipos de análise microeconômica;
• Estabelecer a importância da aplicação da análise microeconômica;
• Conceituar e contextualizar demanda, oferta e equilíbrio de mercado;
• Compreender demanda e oferta;
• Conceituar e contextualizar teoria de mercado; 
MICROECONOMIAUNIDADE 3
49
A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia. 
Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à micro e 
macroeconomia.
Aqui especificamente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você 
verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os tipos de 
análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise.
Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a 
importância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demanda e oferta, 
além de sua influência na economia.
Por fim, abordaremos as teorias de mercado.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
50
A microeconomia é o ramo ligado a Teoria Econômica que estuda como se comporta 
economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, 
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos (VICECONTI; NEVES, 2013).
Para Mankiw (2013, p. 28), “microeconomia é o estudo de como as famílias e 
empresas tomam decisões e como se interagem em mercados específicos”.
O estudo da microeconomia foca em analisar a formação de preços no mercado, ou 
seja, a interação entre os agentes econômicos, empresa e consumidor, por exemplo, como 
estes interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em 
mercados específicos” (VASCONCELLOS, 2015).
MICROECONOMIA:
CONCEITOS1
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
51
2.1 Pressupostos básicos
2.1.1 A hipótese coeteres paribus (ceteris paribus)
Ao empregar o uso de tal hipótese, está sendo afirmado que o foco de estudo é 
dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele 
exercem, supondo que outras variáveis interfiram muito pouco, ou que não interfiram de 
maneira absoluta. Tudo o mais permanece constante, isto significa, que a validade das leis 
e dos modelos econômicos implica que sejam mantidos constantes todos os demais fatores 
que podem interferir nas magnitudes das variáveis sob observação. Rossetti (2016, p. 57) 
salienta, que essa expressão “significa mantidos inalterados todos os demais fatores ou, 
então, permanecendo iguais todos os demais elementos”.
É exatamente a esta particularidade que os economistas se referem quando 
empregam a expressão latina ceteris paribus:
• Mantidos inalterados todos os demais fatores;
• Permanecendo iguais todos os demais fatores.
2.1.2 Objetivos da empresa
A grande questão na microeconomia, reside na hipótese adotada quanto aos 
objetivos da empresa produtora de bens e serviços. A análise tradicional supõe o princípio da 
racionalidade (homo economicus) em que os empresários sempre buscam a maximização 
do lucro total, otimizando a utilização dos recursos disponíveis. Dessa corrente surgem 
conceitos de receita marginal, custo marginal e produtividade marginal ao invés de médias.
ANÁLISE MICROECONÔMICA2
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
52
O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele indivíduo que identifica 
suas preferências e processa todas as informações disponíveis. Além disso, suas escolhas são sempre 
consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo com a economia racional, esse homem é 
descrito como alguém que evita trabalho desnecessário usando o julgamento racional. Nesse sentido, ele 
consegue sempre maximizar sua riqueza. Finanças Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você, 
ou seja, o homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades envolvidos na tomada de 
decisão. Então ele faz as escolhas mais acertadas e consequentemente otimiza seus resultados.
Fonte: Suno. Disponível em: https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
SAIBA
MAIS
MICROECONOMIAUNIDADE 3
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
53
Análise microeconômica ou ainda teoria dos preços é a parte do estudo dedicada 
em explorar, como parte da ciência econômica, obviamente, como se determina o preço 
dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de produção.
Essa análise preocupa-se em responder, também, algumas questões aparentemente 
rotineiras, um exemplo delas é:
• Por que, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada desse 
bem deve cair, ceteris paribus?
3.1 Análise microeconômica: empresas
De acordo com Rossetti (2016, p. 145), “as empresas são os agentes econômicos 
para os quais convergem os recursos disponíveis da economia, mobilizados para fins 
produtivos”. Do ponto de vista microeconômico, as análises realizadas pelas empresas 
condizem com decisões que podem ser tomadas por elas a partir da análise da 
microeconomia, elas devem considerar, por exemplo:
• Políticas de preços da empresa;
• Previsões de demanda e faturamento;
• Previsões de custo de produção;
• Decisões ótimas de produção (escolha da melhor alternativa);
• Avaliação e elaboração de projetos de investimento (custo-benefício);
• Política de propaganda e publicidade;
• Localização da empresa;
• Diferenciação de mercados.
APLICAÇÕES DA ANÁLISE 
MICROECONÔMICA3
TÓPICO
MICROECONOMIAUNIDADE 3
54MICROECONOMIAUNIDADE 3
3.2 Análise microeconômica: política econômica
São decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e

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