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- ANAIS I Jornada de Ciências Gumanas 2 ARTIGOS CADERNO DE RESUMOS

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Prévia do material em texto

ORGANIZADORES:
 Amanda Gomes Pereira, Ana Caroline Amorim Oliveira, Clodomir Cordeiro 
de Matos Júnior, Hugo Freitas de Melo, Ivanete Coimbra Cavalcante Sousa, 
Josenildo Campos Brussio, Keliane da Silva Viana (in memorian), 
Laura Rosa Costa Oliveira, Thiago Pereira Lima, Washington Tourinho Júnior.
Site do Evento: 
 
https://doity.com.br/i-jornada-de-cincias-humanas-e-sociais
Canal de Transmissão
Ciências Humanas Sociologia CHS: 
 
https://www.youtube.com/channel/UCa6QmHxSHXE4rkWtGxpyojw 
Reitor 
Vice-Reitor 
 
Diretor
Conselho Editorial
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Prof. Dr. Natalino Salgado Filho 
Prof. Dr. Marcos Fábio Belo Matos 
EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Prof. Dr. Sanatiel de Jesus Pereira 
Prof. Dr. Luís Henrique Serra 
Prof. Dr. Elídio Armando Exposto Guarçoni 
Prof. Dr. André da Silva Freires 
Prof. Dr. Jadir Machado Lessa 
Profª. Dra. Diana Rocha da Silva 
Profª. Dra. Gisélia Brito dos Santos 
Prof. Dr. Marcus Túlio Borowiski Lavarda 
Prof. Dr. Marcos Nicolau Santos da Silva 
Prof. Dr. Márcio James Soares Guimarães 
Profª. Dra. Rosane Cláudia Rodrigues 
Prof. Dr. João Batista Garcia 
Prof. Dr. Flávio Luiz de Castro Freitas 
Bibliotecária Suênia Oliveira Mendes 
Prof. Dr. José Ribamar Ferreira Junior
https://doity.com.br/i-jornada-de-cincias-humanas-e-sociais
ORGANIZADORES/AS
Amanda Gomes Pereira 
Ana Caroline Amorim Oliveira 
Clodomir Cordeiro de Matos Júnior 
Hugo Freitas de Melo 
Ivanete Coimbra Cavalcante Sousa 
Josenildo Campos Brussio 
Keliane da Silva Viana (in memorian) 
Laura Rosa Costa Oliveira 
Thiago Pereira Lima 
Washington Tourinho Júnior
CADERNO DE RESUMOS
I JORNADA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS: 
TERRITORIALIDADES E CULTURAS EM TEMPOS DE RESISTÊNCIAS, 
8 A 10 DE SETEMBRO DE 2021
São Luis
2021
Camila Nobre
Camila Nobre 
Luciano Brandão Marques
Amanda Gomes Pereira 
Ana Caroline Amorim Oliveira 
Clodomir Cordeiro de Matos Júnior 
Hugo Freitas de Melo 
Ivanete Coimbra Cavalcante Sousa 
Josenildo Campos Brussio 
Keliane da Silva Viana (in memorian) 
Laura Rosa Costa Oliveira 
Thiago Pereira Lima 
Washington Tourinho Júnior
Av. dos Portugueses, 1966 – Vila Bacanga 
CEP: 65080-805 | São Luís | MA | Brasil 
Telefone: (98) 3272-8157 
www.edufma.ufma.br | edufma@ufma.br
EDUFMA | Editora da UFMA
 
 
Copyright © 2012 by EDUFMA
 
 
PROJETO GRÁFICO, 
DIAGRAMAÇÃO E CAPA
 
 
IDENTIDADE VISUAL
REVISÃO
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
J82 Jornada de Ciências Humanas e Sociais (1.: 2021 : São Bernardo, MA).
Caderno de resumos [recurso eletrônico] / I Jornada de Ciências Humanas e 
Sociais: territorialidades e culturas em tempos de resistências, 8 a 10 de setembro de 
2021. / Org. Amanda Gomes Pereira ... [et al.]. - São Luís: EDUFMA, 2021.
196 f.
Disponível em: https://doity.com.br/i-jornada-de-cincias-humanas-e-sociais/blog/anais
ISBN (on-line): 978-65-89823-84-1
1. Ciências Humanas. 2. Ciências Sociais. 3. Cultura - Territorialidades. 
4. Conflitos. I. Universidade Federal do Maranhão. II. Título
CDU 304: 316.48
Elaborada pela Bibliotecária: Laís Dayane Lima Pereira Maia CRB-13/735 
https://doity.com.br/i-jornada-de-cincias-humanas-e-sociais/blog/anais 
SOBRE A JORNADA
A “I Jornada de Ciências Humanas e Sociais: territorialidades e culturas em tempos de (r)existências” 
surgiu como um sonho da professora Me. Keliane da Silva Viana que, infelizmente, não o pode ver 
realizado. A profa. Keliane foi discente da primeira turma do Curso de Licenciatura em Ciências 
Humanas/Sociologia em 2010 e, após 10 anos de criação do Curso e do Campus, ela, já como 
docente, projeta a realização deste evento para coroar esta primeira década, destacando agora o 
seu legado. 
A Jornada foi realizada no período de 08 a 10 de setembro de 2021, de maneira virtual, através 
do canal no Youtube (Ciências Humanas Sociologia CHS) do Curso de Licenciatura em Ciências 
Humanas/Sociologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus São Bernardo 
- MA. O evento, em sua 1ª edição, nasceu articulando as atividades de estudos e resultados 
de pesquisas dos Grupos do referido curso, nomeadamente: “Epistemologia da Antropologia, 
Etnologia e Política”( GPEAEP/CNPQ); “Grupo de Estudos sobre as Cidades e seus Conflitos 
(Citadinos/CNPQ)”; “Grupo de Estudos e Pesquisas em Meio Ambiente, Desenvolvimento e 
Culturas (GEPEMADEC/CNPQ)”; e, “Grupo de Estudos em Gênero e Educação Chitá/Gitã”(CNPQ).
A Jornada de Ciências Humanas e Sociais buscou reunir pesquisadores, gestores públicos e 
lideranças de movimentos sociais do estado do Maranhão, especialmente, da região do Baixo 
Parnaíba Maranhense e imediações, além de integrar pesquisadores de fora do estado. A I Jornada 
teve como intuito criar um espaço de discussões e debates sobre pesquisas e temas relacionados 
às questões ambientais, territoriais, ontológicas, cosmológicas e culturais que envolvem povos 
e comunidades tradicionais frente à implantação de projetos de desenvolvimento concebidos 
segundo o modelo socioeconômico hegemônico na sociedade brasileira.
A primeira edição do evento teve 577 inscritos, 195 trabalhos recebidos, 04 oficinas, 07 minicursos, 
11 simpósios temáticos, 05 mesas redondas e 03 conferências. Espera-se que o conhecimento 
produzido e ventilado durante o evento possa ser replicado sobre a realidade local e regional, 
beneficiando direta e indiretamente os cidadãos maranhenses na construção de ambientes mais 
democráticos e igualitários.
In memorian à Keliane da Silva Viana (1991-2021) 
Profª. Drª. Ana Caroline Amorim Oliveira 
Comissão Organizadora
Sumário
Sumário
Simpósio Temático 01 
Identidade cultural e resistência: a arte como fonte de reflexão. ___________________ 7 
Simpósio Temático 02 
Religiões, educação e política: (re)configurações históricas, dinâmicas de poder e 
práticas sociais no Brasil _________________________________________________ 33
Simpósio Temático 03 
Cidades, conflitos e narrativas sociais ______________________________________ 48
Simpósio Temático 04 
Corpos dissidentes: emoções, afetos e poderes _____________________________ 81
Simpósio Temático 05 
Territorialidades e povos indígenas: Histórias e Memórias ______________________ 107
Simpósio Temático 06 
Produção espacial, territórios e dinâmicas socioambientais ____________________ 118
Simpósio Temático 07 
O uso de pesquisas de campo na elaboração de trabalhos em Ciências Humanas e 
Sociais: experiências e práticas __________________________________________ 138
Simpósio Temático 08 
Imaginário, Simbolismos e Mitos __________________________________________ 149
Simpósio Temático 09 
Educação e os desafios e possibilidades no novo modelo de estágio supervisonado 
obrigatório no ensino remoto _____________________________________________ 166
Simpósio Temático 10 
Arte sonora ambiental e seus impactos ____________________________________ 180
Simpósio Temático 11 
Turismo e Humanidades: reflexões, conflitos e contextualizações _______________ 183
Simpósio Temático 01
 
Identidade cultural e 
resistência: a arte como 
fonte de reflexão.
Coordenadores: 
 
- Profª Ma. Claudia Letícia Gonçalves Moraes 
- Profº Me. Rayron Lennon Costa Sousa 
8
REPRESENTATIVIDADE NEGRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: 
CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA POR MEIO DA LITERATURA
Autora: Teresa dos Santos de Brito1
 Co-autor : Geovana Coêlho de Souza Lima2
Orientadora: Gleiciane Brandão Carvalho3
Universidade Federal Do Maranhão-UFMA 
Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia
 
O presente artigo explana profundas reflexões sobre as lutas, anseios, conquistas das mulheres negras 
na ocupação de espaço, o processo de construção e identificação da criança negra através da literatura 
infantil. Neste sentido, a metodologia utilizada trata-se de um estudo bibliográfico, no qual em seu 
primeiro momento será realizado a abordagem do tema já apresentado a cima e, em seguida, será 
feito um levantamento de três livros literáriosinfantis, A menina Bonita do Laço de fita de Ana Maria 
machado, As Bonecas da vó Maria, de Mel Duarte e Uma Princesa Diferente? de Cristiane Sousa, 
fazendo uma abordagem da importância de se trabalhar livros literários que traga protagonistas 
negros a cena, para que dessa forma consiga trazer a representatividade. Para tanto, o trabalho conta 
com uma revisão bibliográfica que utiliza alguns autores, como por exemplo: STUART HALL(2019) 
expõe ideias sobre identidade cultural, LUIZ SILVA e SILVIO ALMEIDA. Entende-se a literatura 
como um mecanismo necessário para a construção identitária, visto que, através da literatura os alunos 
irão desenvolver seus primeiros passos no mundo da leitura, e a partir da literatura afro-brasileira as 
crianças de raças diferentes irão aprender a respeitar e refletir sobre ações preconceituosas, isto é, ela 
possibilita a criança entrar no mundo da imaginação reconhecendo a realidade da história das pessoas 
negras e sua cultura.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura Infantil; Representatividade; Educação Infantil
1 Teresa os Santos Brito, Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do 
Maranhão- Campus Codó
2 Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão- Campus Codó, 
Bolsista do Projeto Brinquedoteca Maria Filó-UFMA Campus Codó, Voluntária do Projeto Residência Pedagogica-
UFMA Campus Codó.
3 Gleiciane Brandão Carvalho, professora Graduada em Ciências Humanas-Sociologia (UFMA), especialista em 
Educação (UFMA), mestre em História (UEMA), Pesquisadora no Núcleo de Pesquisa NEAFRICA.
9
A IMPORTÂNCIA DO FESTIMA DE DÉDOUGOU PARA A 
MANUTENÇÃO DAS TRADIÇÕES AFRICANAS 
Francivan Almeida Silva 
Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão – UEMASUL 
Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas - NEABI 
Discente – Licenciatura em História 
Francivanalmeida777@gmail.com 
O Festival Internacional de Máscaras e Artes de Dédougou – FESTIMA, é um dos principais eventos 
culturais de Burkina Faso, e nas últimas três décadas vem mostrando sua influência no campo da 
manutenção das tradições de máscaras no continente africano. Iniciando seus trabalhos em 1996, após 
um grupo de jovens estudantes, no ano anterior, perceberem os riscos que esse eixo cultural estava 
sofrendo diante das influencias modernas, criando assim a Associação de Proteção de Máscaras – 
ASAMA, que produziria o festival fortalecedor da cultura das máscaras, pois essas manifestações 
artísticas vem sofrendo mudanças e cada vez mais afastando-se de suas funções anteriores, colocando 
em risco suas sobrevivências. Também, é preciso ressaltar o constante saque que elas sofrem no 
continente em favor dos ocidentais amantes de artes, e quando isso ocorre em algumas comunidades 
a prática é quebrada. Assim como as imposições religiosas ocidentais extremistas que ameaçam a 
sobrevivências das artes africanas. Devido aos problemas supracitados, este, busca compreender os 
motivos para o surgimento do FESTIMA de Dédougou e seus objetivos, analisar as contribuições 
do festival para a proteção das manifestações artísticas locais, além de contribuir para a difusão do 
conhecimento acerca dos povos ligados ao FESTIMA. Portanto o festival surge com o objetivo de 
salvaguardar esse patrimônio em perigo somando forças as sociedades tradicionais, como também se 
posicionando dentro do continente como uma das principais expressões das comunidades ligadas as 
máscaras, tornando-se referência ao se fala em valorização das tradições artísticas africanas. 
PALAVRAS-CHAVE: FESTIMA, Máscara, Arte, Salvaguarda.
10
O GRITO DA MANDRÁGORA: BREVES LINEAMENTOS DA 
FILOSOFIA POLÍTICA DE MAQUIAVEL.
Autor: Kevin de Abreu Ferreira
Orientador: Professor Doutor Flávio Luiz de Castro Freitas
Universidade Federal do Maranhão
Bacharel em Psicologia, Licenciando em Filosofia & Mestrando em Cultura e Sociedade.
No presente estudo se buscará avaliar a filosofia política e renascentista de Nicolau Maquiavel a 
luz de sua peça “A Mandrágora”. A partir disso, irá se considerar conceitos centrais ao autor, como 
“Virtù” e “Fortuna”, assim como seus fundamentos no realismo político e no humanismo cívico, 
para interrogarmos como podemos pensar “o espelho do príncipe” como um projeto de formação 
humanista. Considerando a obra “O Príncipe”, podemos considerar que aí há o desenvolvimento de 
um projeto para a formação da consciência histórica? Podemos pensar na ideia de uma historiografia 
(ou de crônicas históricas) como constituinte de uma filosofia da história distinta de uma que considera 
uma história linear do progresso, como a filosofia da história iluminista – uma filosofia da história 
cíclica, em Maquiavel? Será a partir desses breves lineamentos ensaísticos que se buscará considerar 
o desenvolvimento do pensamento de Maquiavel enquanto um pensador de seu tempo – a renascença 
italiana – e algumas de suas principais obras.
 
PALAVRAS-CHAVE: Maquiavel, Filosofia Política, Filosofia renascentista, Realismo Político, 
Humanismo Cívico.
11
 A CONSTRUÇÃO IDENTITARIA DA MULHER NEGRA NO AMBIENTE 
ESCOLAR.
Aurora: Geovana Coêlho de Souza Lima1
Co-autor: Teresa dos Santos de Brito2
Orientadora: Gleiciane Brandão Carvalho3
 Universidade Federal Do Maranhão-UFMA
Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia 
 
O presente artigo expressa a investigação dos registros históricos do território brasileiro, que é 
compostas por memórias e tradições que relatam as desigualdades raciais. Pela visão da sociedade, 
a mulher negra é classificada com estereótipos, e através das lutas que mulheres afro-brasileiras 
criam o movimento feminista negro. Seguindo essa perspectiva, a metodologia aplicada conduz 
a uma análise bibliográfica que relaciona a mídia social com esfera educacional, retratando como 
situações preconceituosas do cotidiano interfere de forma negativa no âmbito escolar. Observa-se que, 
a mídia por exemplo, influencia de forma sutil, e consequentemente os padrões exposto não exaltam 
a cultura negra, sobretudo, a participação ativa do ser afro-brasileira feminina. Para tanto, o presente 
artigo utiliza de algumas autoras que auxiliam na escrita e reflexão do assunto abordado. Tais como, 
RIBEIRO(2018) expõe informações sobre feminismo negro e questões raciais, CAVALLEIRO(2000) 
faz reflexões sobre a descriminação no ambiente escolar. ARAÚJO(2013) abordar questões de gênero. 
O entretenimento mais aceitável por muitos anos, eram as telenovelas que apresentavam atrizes negras 
com papéis que seguiam estereótipos. O ambiente escolar segue essa linha de pensamento, a presença 
da líder Dandara de Palmares é quase inexistente, no meio escolar seu legado não está evidente nos 
livros de literatura e didáticos disponíveis na escola. A omissão das memórias de Dandara ocasionar 
uma série de problemas, o aluno não possui oportunidade de ter acesso a história de uma mulher que 
contribuiu para obtenção de uma sociedade mais justa e livre.
 PALAVRAS-CHAVE: Mulher Negra, Desigualdade Racial, ambiente escolar, literatura.
1 Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão- Campus Codó, 
Bolsista do Projeto Brinquedoteca Maria Filó-UFMA Campus Codó, Voluntária do Projeto Residência Pedagogica-
UFMA Campus Codó.
2 Teresa os Santos Brito, Estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal do 
Maranhão- Campus Codó.
3 Gleiciane Brandão Carvalho, professora Graduada em Ciências Humanas-Sociologia (UFMA), especialista em 
Educação (UFMA), mestre em História (UEMA), Pesquisadora no Núcleo de Pesquisa NEAFRICA.
12
MEMÓRIA E IDENTIDADE: ABORDAGENS SIGNIFICATIVAS NA 
CONSTRUÇÃO DA HISTÓRIA
Joana D’arc Santos da Silva1
O trabalho trata sobre reflexões acerca da memória e identidade cultural no meio da pós-modernidade 
e suas possíveis relações. Através de reflexões e conceitos, a discursão permeia por estudos de grandes 
teóricos que contemplam suas análises, tais como Ecléa Bosi (1994), JoelCandau (2001), Maurice 
Halbwachs (1990), Stuart Hall (2000), Fernando Pinheiro Filho (2004), Michael Pollak (1992) e 
Kathryn Woodward (2007). A partir disso, pretendemos evidenciar as argumentações bibliográficas 
dos temas, buscando evidenciar a importância da memória e identidade nesse cenário de concordância 
entre ambos. Os estudos sobre memórias e identidade ainda se constroem por meio das bases 
historiográficas que reconstituem o seu passado na atualidade. É imposto que a memória deve não 
apenas ser entendida como busca de informações sobre o seu passado, mas também para praticar 
o processo de rememoração. Desta forma, podemos verificar que a identidade e memória estão em 
sintonia e se relacionam na construção de diversas áreas de significado na vida dos indivíduos em 
mais diversos grupos culturais e organizações.
PALAVRAS-CHAVE: Identidade; Memória; História; Pós-Modernidade.
1 Mestranda do programa PROCADI em Culturas Africanas, da Diáspora e Povos Indígenas pela Universidade de 
Pernambuco - Campus Garanhuns (UPE). E-mail: joanna_darck@hotmail.com
13
“NEGROS CONSCIENTIZADOS CANTAM E TOCAM NO PELÔ”: O 
OLODUM E A “REAFRICANIZAÇÃO” DO CARNAVAL DE SALVADOR-
BA (1979-1989)
Pedro Paulo Araújo de Jesus
Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
Graduando em História
 
O Olodum é um grupo cultural e bloco carnavalesco de Salvador-BA criado em 25 de abril de 1979, 
na localidade do Maciel-Pelourinho. A entidade foi criada para que os moradores do discriminado 
bairro pudessem também ter uma opção de lazer e sair no Carnaval. Durante a década de 70 e 80, 
surgiram diversos blocos afro afim de resgatar a ancestralidade negra durante o Carnaval, algo que 
foi duramente perseguido por diversos anos. Em 1974, é criado na Liberdade, o Ilê Aiyê, pioneiro 
dos blocos afro na cidade, posteriormente surgem o Olodum e o Malê Debalê (1979). O Olodum 
desfila com cerca de 800 integrantes em 1980, em um contexto de Ditadura Civil-Militar, perseguição 
política e ampla divulgação dos ideais da democracia racial no Brasil e principalmente na Bahia. 
Junto com outros blocos participa da “reafricanização” da festa, trazendo temas e canções sempre 
fazendo referência ao continente africano e buscando despertar a identidade diaspórica da população 
afrodescendente soteropolitana. Exemplo disso são os desfiles sobre a Guiné-Bissau (1982), Tanzânia 
(1984) e principalmente os ocorridos entre 1986 e 1989. Estes procuravam mostrar que civilizações 
antigas (Egito, Núbia e Etiópia) e países como Cuba tinham raízes negras e deveriam ser valorizadas 
e preservadas. Para isso utilizavam como base pesquisas históricas e a divulgavam popularmente 
através dos desfiles carnavalescos e dos LP’s.
 
PALAVRAS-CHAVE: Festa; Identidade; Diáspora 
14
 EMPODERAMENTO NEGRO EM SALA DE AULA: VISIBILIDADES DE 
ALUNOS NEGROS ATRAVÉS DA PELÍCULA PANTERA NEGRA
Fabiana de Souza Santos Xavier
Universidade de Pernambuco-UPE 
Mestranda do PROCADI
 
As produções cinematograficas são um recurso didático notável para trabalhar diversas temáticas 
sociais e sua postura dentro de um determinado grupo ou sociedade. Os personagens de negro nas 
midias audiovisuais na sua maioria, eram representados de forma perjorativa. O Pantera Negra é 
uma produção cinematográfica tendo como o personagem principal negro e herói, que se tornou 
um acontecimento que há algumas décadas seria irreal. O lançamento do filme Pantera Negra, a 
participação de Mônica Rambeau na série WandaVision, a personagem Tempestade do X-Men e 
entre outros personagens negros e negras mostra algo pouco visto nas produções audiovisuais, um 
negro/a sendo o herói. O filme Pantera Negra, se destaca por sua abordagem positiva da valorização 
da cultura africana e a grande representatividade negra no elenco e direção do filme, nos remete uma 
reflexão social e racial em todo o mundo. Ao utilizar esses personagens em sala de aula, mostramos 
aos nossos estudantes que a cultura negra pode ser reprentada e apresentada de forma positiva no 
cinema.
 
PALAVRAS-CHAVE: Audiovisual, Pantera Negra, Representatividade.
15
O PAPEL DA MULHER NO ROMANCE JÚLIA OU A NOVA HELOÍSA DE
JEAN-JACQUES ROUSSEAU: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA E
EXISTENCIAL DO SER MULHER
Lidia Cristina Costa Nunes
Mestranda em Cultura e Sociedade
lidia.sbvida@gmail.com 
Universidade Federal do Maranhão
Flávio Luiz Castro Freitas
Professor doutor
f_lcf@hotmail.com 
Universidade Federal do Maranhão
Luciano da Silva Façanha
Professor doutor
luciano.facanha@ufma.br 
Universidade Federal do Maranhão
O trabalho visa analisar o papel da mulher no romance Júlia ou A nova Heloísa de Jean-Jacques 
Rousseau; tendo como base, a tese da filósofa francesa Simone de Beauvoir, no seu livro O segundo 
sexo: fatos e mitos e da norte-americana, historiadora Joan Scott no seu artigo Gênero: Uma Categoria 
Útil para a Análise Histórica. Enquanto Beauvoir defende que há uma condição feminina, ou seja, 
uma prática e vivência social, Scott aborda a história das mulheres a partir da perspectiva de gênero. 
Dessa forma, recorre ao método fenomenológico por buscar esclarecer qual é o papel da mulher no 
romance Júlia ou A nova Heloísa de Rousseau na perspectiva histórica e existencial do ser mulher. 
Percebe-se no romance, um pensamento patriarcal em que o poder político, econômico e social está 
nas mãos dos homens. Ou seja, a personagem Júlia se encontra subordinada à “regra do pai” que 
é uma convenção social passada de geração a geração, privilegiando os homens, deixando assim, a 
mulher no segundo plano.
PALAVRAS-CHAVE: Júlia ou A nova Heloísa, Jean-Jacques Rousseau, condição feminina, gênero, 
história das mulheres.
mailto:lidia.sbvida@gmail.com
mailto:f_lcf@hotmail.com
mailto:luciano.facanha@ufma.br
16
 MUNDO TECNOLÓGICO, DISTOPIA E VIRTUALIZAÇÃO
Orientador: Prof. Dr. Flávio Luiz de Castro Freitas
Cecília Eduarda dos Santos Perri1
Nildo Francisco da Silva2
Universidade Federal do Maranhão
Mestrandos em Cultura e Sociedade
O presente artigo versa sobre a relação entre a tecnologia, o pensamento distópico e o conceito de 
virtualização a partir de Pierre Lévy. Inicia localizando historicamente a revolução tecnológica e aborda 
os avanços da tacnologia da informação na sua relação com a sociedade bem como sua incidência 
no cotidiano dos indivíduos ao passar das margens ao centro da vida. Destaca algumas vantagens e 
desvantagens destas tecnologias sobre a vida humana e a natureza. Mostrando os produtos tecnológicos 
como artefatos construídos por atores sociais. E apresenta o discurso distópico como posicionamento 
crítico de alerta à era digital utilizando como objeto de análise a narrativa apresentada no seriado 
Black Mirror ao fazer ligação entre as temáticas abordadas na série e o conceito de virtualização 
pensado por Lévy que entende o virtual como parte da realidade oposta ao atual. Por fim, reflete sobre 
o acolhimento ativo do mundo virtual pela criação de novos dinamismos. 
 
PALAVRAS-CHAVE: tecnologia; distopia; Black Mirror; virtualização.
1 cecilia.eduarda@discente.ufma.br
2 nildo.fs@discente.ufma.br
17
LUNGA, O CANGACEIRO FAMINTO QUEER: RASURAS NA 
HETERONORMATIVIDADE DO CORPO (ANTI)HERÓI (?) NO FILME 
BACURAU (2019)
Imaíra Pinheiro de Almeida da Silva
Universidade Federal do Maranhão
Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade
Priscilla Monteiro Lima
Universidade Federal do Maranhão
Mestranda pelo Programa de Pós-graduação em Cultura e Sociedade
 
O filme Bacurau, lançado em 2019, escrito e dirigido pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho 
e Juliano Dornelles, narra um ataque que um vilarejo no sertão nordestino sofre e que a população, 
por meio de várias estratégias, tenta “re(ex)(s)istir”. A produção chama atenção pela fusão de 
fantasia, ficção científica e uma pitada de terror costurando uma realidade distópica (MARQUES, 
2019) que transborda críticas sociais. Além disso, a obra é palco de corpos que rasuram preceitos da 
heteronormatividade, encontrando-sepresente o amor entre pessoas do mesmo gênero e a naturalização 
do corpo trans. Diante disso, nosso objetivo neste trabalho é refletir sobre um dos aspectos que 
atravessam o filme que é a produção discursiva que envolve o personagem Lunga enquanto um líder-
guerrilheiro-cangaceiro-andrógino-faminto-queer. Para isso, aproximações serão feitas com as obras 
de Judith Butler (2019), Teresa de Lauretis (1994), Michel Foucault (2019) e Archille Mbembe (2017) 
com o intuito de percebermos as relações de gênero, os dispositivos de poder e as tecnologias de 
gênero construindo e confrontando uma política da morte elaborada pelo “cis-tema”. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Bacurau; relações de gênero; hetenormatividade.
18
YOU’RE A SAP, MR JAP: A CARACTERIZAÇÃO JAPONESA NOS 
DESENHOS ANIMADOS DO POPEYE
Ricardo Emmanuel de Magalhães Júnior 
UFF – Universidade Federal Fluminense 
Bacharel em História
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, a indústria cinematográfica dos Estados Unidos 
produziu uma grande variedade de filmes antinazistas com o objetivo de transmitir os discursos de 
guerra para o grande público. Os desenhos animados seguiram a tendência, os estúdios produziram 
animações responsáveis por estimular a moral pública, educar e repassar os sentimentos nacionais 
para os civis e militares. As maiores estrelas da animação participaram desta propaganda política, 
personagens como Pato Donald, Mickey, Pernalonga e Popeye foram vistos dialogando com temas 
relacionados à guerra. O Popeye, por sua vez, em um filme de 1942, You’re a sap, mr jap, apresenta 
para o público uma referência ao ataque militar a Pearl Harbor, realizado pela Marinha Japonesa 
contra os Estados Unidos em dezembro de 1941. No decorrer do pequeno filme, produzido e exibido 
poucos meses após o ataque, Popeye é traído por marinheiros japoneses e sofre um ataque surpresa no 
momento em que assina um tratado de paz entre os dois países. Além de toda a discussão política, é 
possível observar uma importante característica dos desenhos animados do período, as representações 
estereotipadas dos japoneses. Os inimigos dos Estados Unidos, nestas animações, foram retratados 
como fracos e tiveram suas caricaturas com olhos semicerrados, estrutura fina e dentes salientes 
reforçadas. Desta forma, o desenho pode ser entendido como uma ferramenta para desabafo do 
sentimento nacional. 
PALAVRAS-CHAVE: História e Desenhos Animados; Segunda Guerra Mundial; Caracterização 
Japonesa; Popeye; Pearl Harbor. 
19
A ARTE DE TRABALHAR COM MADEIRA: UMA REFLEXÃO SOBRE 
O OFICIO DE ARTESÃO NO MUNICÍPIO DE CAXAMBU/MG.
Autor: Weber Luiz Pereira Moreira, 
graduando em Licenciatura em História pela 
Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG
A presente pesquisa tem como intuito a busca por uma história onde o trabalho artesanal seja o objeto 
de estudo. Este é o caso encontrado nas histórias de vida de dois artesãos Caxambuenses que usam 
a madeira como matéria prima. Buscamos nos objetos artesanais elementos que caracterizam uma 
identidade local, compondo um bem patrimonial em pleno desenvolvimento. O tema em questão 
torna-se pertinente diante da falta de estudos que buscam contar a história do oficio de artesão no 
município de Caxambu/MG. Os artesanatos tem seu destino e reconhecimento, são vendidos por 
muitos anos pelo comercio especializado na região, porém falta o mesmo reconhecimento com quem 
produz, são indivíduos fundamentais nesse nessa cadeia de produção, comumente relacionados como 
sujeitos alheios ao mercado que ajudam a desenvolver. O artesão detém o conhecimento do saber e a 
habilidade técnica do fazer, sendo na maioria das vezes autodidata, apresentando um olhar diferenciado 
sobre a realidade e a materializa em suas obras, são trabalhadores que adaptaram a sua vida entorno 
do desenvolvimento do trabalho artesanal. Esta pesquisa lida diretamente com esta carente demanda 
que é o devido reconhecimento e valorização. O Brasil é um país multicultural e o trabalho do artesão 
é um braço forte da cultura popular que representa uma expressão cultural de características locais, 
contribuindo efetivamente para uma cultura viva e em transformação. Os artífices de modo geral são 
representantes do conjunto patrimonial brasileiro. 
20
O USO DA NONA ARTE (HISTÓRIAS EM QUADRINHOS) NO 
COMBATE AO NEONAZISMO.
Orientadora: Ana Caroline Amorim Oliveira
Universidade Federal do Maranhão/UFMA
Antonio Lázaro Da Silva Escorcio
Graduando em Ciências Humanas/Sociologia
 
O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre como a nona arte (histórias em quadrinhos) 
abordaria acerca de assuntos complexos dando ênfase ao nazismo, pensando sobre as obras de dois 
autores Will Eisner e Art Spiegelman. A metodologia utilizada foi o levantamento biográfico acerca 
do tema, e com isso um levantamento sobre as obras dos artistas prosseguindo com uma análise 
qualitativa sobre essas fontes. Will Eisner um renomado quadrinista passa a fazer uma pesquisa 
documentada sobre o livro “Protocolos dos Sábios do Sião” (1903) um falso documento que foi usado 
para influenciar o czar russo a tomar parte do discurso antissemita de Hitler, com base em seus 
estudos cria sua obra “O Complô: a história secreta dos protocolos dos Sábios de Sião” (2005). Nesta 
obra Eisner conta como foi a fabricação dessa farsa que perdurou durante anos. Já Art Spiegelman, faz 
uma série de entrevistas ao seu próprio pai Vladek Spiegelman, um dos sobreviventes do Holocausto, 
e lança a graphic novel “Maus: a história de um sobrevivente” (1991), que conta as experiências e 
horrores passados por Vladek no holocausto. Com isso, pode-se perceber como a nona arte (histórias 
em quadrinhos) pode ser uma maneira de levar ao público maior o horror do que de fato foi o nazismo, 
principalmente, nos dias atuais com essa crescente do Neonazismo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Histórias em Quadrinhos; Will Eisner; Holocausto; Neonazismo. 
21
O EXÍLIO NA LITERATURA CABO-VERDIANA – DA ACEITAÇÃO 
À RECUSA IMPLACÁVEL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE 
BALTASAR LOPES E OVÍDIO MARTINS
Adrianne Gonçalves Carvalho
Universidade Federal do Maranhão/PGLetras
Mestranda
Na literatura cabo-verdiana, duas fases têm grande destaque: a geração claridosa e a geração 
antievasionista. A primeira, confrontada pelo dilema entre permanecer na terra ou partir para novos 
lugares, abraça, pela voz de diversos eu líricos, o exílio como a única solução possível para os 
problemas sociais e climáticos enfrentados pelos ilhéus. A segunda fase, por sua vez, como o próprio 
nome sugere, assumiu uma recusa total à diáspora enfrentada por grande parte dos habitantes locais, 
os quais ainda muito jovens tinham que sair de sua terra natal em busca de melhores condições de 
vida em países como Portugal ou Brasil. Essa realidade está retratada pela produção poética de dois 
grandes autores cabo-verdianos do século XX, Baltasar Lopes, representante da geração claridosa, 
e Ovídio Martins, um dos líderes da era antievasionista. Cada um vê a permanência da terra de uma 
forma diferente, enquanto para Lopes o exílio é visto com gratidão, para Martins a saída obrigatória 
de sua terra-mãe é vista como inaceitável. Neste trabalho, a partir de autores como Nauss (2016), Hall 
(2013) e Tuan (2013), buscamos analisar como a relação com o espaço interfere na aceitação ou recusa 
do iminente exílio e a postura dos eu líricos em sua relação de afetividade com a terra cabo-verdiana.
 
PALAVRAS-CHAVE: Exílio, literatura cabo-verdiana, poesia. 
22
ENTRE O SIMBÓLICO E O SAGRADO: A AMO-POETA QUE 
ENALTECE OS TAMBORES, MATRACAS E MARACÁS DO 
MARANHÃO
Larissa Emanuele da Silva Rodrigues de Oliveira1
Alexandra Araujo Monteiro2
PGLB-UFMA 
Mestrandas
 
Este trabalho propõe uma análise literária de algumas das composições que são interpretadas pelo 
artista maranhense, José de Ribamar Viana (1947-2016), conhecido pelo nome artístico Papete, 
músico percussionista, compositor, intérprete e pesquisador. Entre as composições escolhidas paraa análise destacamos: “Mimoso”, “Catirina”, “Boi da lua” e “Sobrados”. Para tanto, a pergunta que 
norteia a pesquisa é: de que maneira Papete aborda a cultura maranhense em suas composições? Os 
nossos objetivos específicos se distribuem da seguinte forma: analisar as composições de Papete; 
destacar os elementos culturais e artísticos que o artista desenvolve em suas músicas; e mostrar as 
contribuições de Papete para a poesia oral do Bumba Meu boi do Maranhão. A relevância dessa 
pesquisa se concentra na possibilidade de acrescentar um novo olhar a uma brincadeira junina que se 
tornou Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade no ano de 2019, e ressaltar as contribuições de 
Papete para a cultura maranhense. Como suporte teórico, utilizamos os trabalhos de Reis (2008), que 
faz um percurso pela história e pelos elementos do Bumba Meu boi; Zumthor (1997), que se debruça 
sobre a presença da voz e dos elementos da poesia oral; Papete (2015), que desenvolveu um projeto 
de catalogação dos senhores cantadores, amos e poetas do Maranhão, bem como sobre a história do 
Bumba Meu Boi, entre outros autores. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Papete, Poesia oral, música. 
1 Graduada em Letras Português pela UFMA- Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacabal. Mestranda 
pela mesma universidade no PGLB-UFMA (Programa de Pós-Graduação em Letras de Bacabal). Email: lemanuele17@
gmail.com. 
2 Graduada em Letras Português pela UFMA- Universidade Federal do Maranhão, Campus Bacabal. Mestranda pela 
mesma universidade no PGLB-UFMA (Programa de Pós-Graduação em Letras de Bacabal). Email: alexandraaraujo450@
gmail.com.
mailto:lemanuele17@gmail.com
mailto:lemanuele17@gmail.com
mailto:alexandraaraujo450@gmail.com
mailto:alexandraaraujo450@gmail.com
23
RADIOLA SERRA ALTA: MÚSICA COMO DESCONSTRUÇÃO DE 
ESTANDARTES E REAFIRMAÇÃO DE IDENTIDADES 
Brennan Cavalcanti Maciel Modesto
Universidade Federal de Pernambuco 
Mestrando em Filosofia
O grupo pernambucano Radiola Serra Alta é oriundo de Triunfo, no sertão do estado e se propõe 
à unir elementos da música eletrônica, como o uso ostensivo de sintetizadores e estilos musicais 
bastante característicos do nordeste brasileiro, marcados por figuras rítmicas e uso instrumentos 
bastante peculiares e, não raro, um distanciamento do que se considera tradicionalmente como 
“música”, o velho chavão de “harmonia, melodia e ritmo”. Em sua composição, o grupo extrapola 
o âmbito musical; utilizando de elementos da cultura popular em sua caracterização física; no seu 
“travestir-se”, no seu “brincar de caretas”; que são figuras folclóricas peculiares ao desenvolvimento 
da cidade de Triunfo. Nossa tese é de que, para além da união entre elementos musicais de origem 
estrangeira e rudimentos característicos da cultura local; como já fizemos no mangue beat, com a 
antena fincada no mangue. A produção do grupo chega à reafirmação de subjetividades dissidentes, 
possibilita uma compreensão de mundo que parta do mundo da vida, para lembrar a fenomenologia, 
enquanto ambiente de experiência; se dispõe positivamente quanto à disputa entre existir e não existir; 
na disputa sobre o ser ou não ser ou ainda sobre o afirmar-se ou negar-se diante de um mundo que 
enfatiza e propicia a todo momento o apagamento de raízes e a pobreza de experiências, como já 
apontara Adorno. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Política, Música, Identidades, Regionalismo. 
24
REFLEXÃO EM MEIO AO CAOS: GRINDCORE, A VERTENTE MAIS 
POLÍTICA DA ANTIMÚSICA
Brennan Cavalcanti Maciel Modesto
Universidade Federal de Pernambuco 
Mestrando em Filosofia
Arte e política não se separam. Ao menos, não num âmbito macrocósmico. Quando os frankfurtianos 
apontam para uma arte voltada à reprodução técnica; que perde sua aura, e, por assim dizer, torna-se 
e esgota-se no caráter de mera mercadoria. Em nenhum momento defendem que seus entrelaces com 
a política deixam de existir. Ora, estavam conscientes de que para além do deleite ou do desconforto 
potencialmente causado pela obra de arte, existe certo potencial no que tange aos rumos que a sociedade 
tomará num futuro. Por um lado, pode assumir uma linha “reativa”, que reafirme todos os estandartes 
e tradições da sociedade e de sua história – marcada por opressões de gênero, classe ou raça; pela 
deslegitimação de modos de viver não ortodoxos e pelo apagamento de grupos minoritários em 
geral. No caminho contrário, pode transmutar-se, assumindo o engajamento com a transformação da 
realidade enquanto razão de ser. Por meio de ruídos, urros e dissonâncias; mesclando entre passagens 
velozes e extremamente lentas; em suma, pela desconstrução dos padrões estéticos, pela subversão 
daquilo que seria “música” e assunção de sua negação enquanto definição do gênero; passa a ser 
vincular de maneira mais intensa à política. Em meio às heranças distintas e contrastantes do punk, 
do hardcore e do metal, o grindcore desponta enquanto um mensageiro do progressismo político; um 
ambiente, embora ruidoso, propício ao debate, à resistência e ao florescimento e fortalecimento do 
antifascismo. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Política; Música; Antimúsica; Antifascismo. 
25
 CONDIÇÃO AGREGADA E RESISTÊNCIA NA FICÇÃO DE MILTON 
HATOUM
Rayniere Felipe Alvarenga de Sousa
Universidade Federal do Pará 
Especialista em Docência do Ensino Superior, Mestrando em Lingüística e Teoria Literária
Carlos Augusto Nascimento Sarmento-Pantoja
Universidade Federal do Pará 
Doutor em Teoria Literária 
Nas bordas da história existem relatos paralelos que podem desempenhar funcionalidade central na 
construção das tramas. Assim, as entrelinhas passaram a desempenhar um interesse na constituição 
das narrativas. Isso pode ser percebido a partir da intensidade de discursos oriundos da necessidade 
de reclamação do direito de voz de grupos oprimidos e/ou subalternizados, diante das relações 
estabelecidas em torno do poder. Sobre isso, trata-se da condição agregada e da resistência como 
categorias epistemologicamente possíveis no romance Cinzas do Norte ([2005] 2010), de Milton 
Hatoum. Personagens representados pela empregada doméstica Naiá (de origem indígena), por 
Ranulfo (inimigo do trabalho) e por um dos narradores, Olavo, figuram no cerne das discussões 
propostas por esse estudo. Portanto, objetiva-se investigar as diferentes configurações dos sujeitos 
agregados – o que pode enveredar-se para uma postura submissa ou resistente. Por essas motivações, 
as leituras de Gayatri Spivak ([1985] 2010), de Alfredo Bosi (1996) e de Ellen Spielmann (2000) 
funcionam como instrumentais de trabalho. Sem contar nas argumentações da pesquisadora Tânia 
Sarmento-Pantoja (2012) que se mostram basilares para as formulações em torno da noção agregada 
como uma condição no romance de Milton Hatoum. Acredita-se, de antemão, que essa ocorrência é 
expressa pelos posicionamentos dos personagens mencionados nas tramas.
 
PALAVRAS-CHAVE: Condição agregada. Alteridade. Subalternidade. Resistência. Milton Hatoum. 
26
ESTIGMAS DE GÊNERO E A REPRESENTATIVIDADE DA MULHER 
NEGRA NO CINEMA BRASILEIRO: UM OLHAR SOBRE O FILME 
QUE HORAS ELA VOLTA?
Pamela Lorena Silva Machado
Universidade Federal do Maranhão, UFMA, campus VII
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Jascira da Silva Lima
Universidade Federal do Maranhão, UFMA, campus VII
Co-orientadora: Prof.ª Dr.ª Francilene Brito da Silva
Universidade Federal do Piauí - UFPI
O presente estudo tem como objetivo investigar como os estigmas do gênero no cinema brasileiro 
interferem na construção da identidade da mulher negra. A metodologia utilizada baseia-se em 
uma estratégia qualitativa de pesquisa, onde, segundo Oliveira (2007, p.117) busca-se “descrever a 
complexidade de uma hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender 
e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no 
processo de mudança, criação ou formação de opiniões de determinado grupo, permitir em maior 
grau de profundidade a interpretação das particularidadesdos comprometidos ou atitudes dos 
indivíduos”. O cinema tem a capacidade e as habilidades de apresentar papeis e imagens que reforçam 
comportamentos racistas e machistas observáveis na sociedade brasileira como, por exemplo, os 
estigmas da mulher negra. A figura da protagonista do filme “Que horas ela volta?” (2015) exibe o 
estereótipo da “mãe preta”, que interseccionaliza explicitamente dois marcadores de desigualdade 
social da mulher, quais sejam os preconceitos de raça e gênero, que influenciam na construção de 
identidade do sujeito subalterno por propagar padrões e discursos que inferiorizam a posição da 
mulher negra na sociedade. O filme estrutura-se como pano de fundo para a discussão de questões 
sociais presentes no país, como a estigmatização da mulher negra, o racismo e o machismo. 
PALAVRAS-CHAVE: Mulher Negra. Estigma. Sujeito Subalterno. Cinema Brasileiro.
27
AO RITMO DO QUILOMBO URBANO: CULTURA, POLÍTICA E 
ENGAJAMENTO MILITANTE
Wherlyshe Sousa de Morais1 
Universidade Federal de Alagoas 
Mestrando Sociologia 
A presente pesquisa em desenvolvimento no PPGS UFAL, pretende enfocar formas de articulação 
entre cultura e política, a partir da análise do universo histórico e social do Movimento de Hip-
Hop Organizado no Maranhão Quilombo Urbano, cujo partícipes são, em sua maioria, jovens negros 
oriundos de bairros periféricos da cidade de São Luís - Maranhão. Ao longo da pesquisa, espera-se 
refletir sobre se e como, através do Quilombo Urbano, seria possível descrever lutas por direitos 
sociais, além da tentativa de entendimento das lógicas de engajamento militante, que pressupõe a 
pesquisa sobre engajamento militante ou militantismo encontra-se em estágio ainda incipiente nas 
ciências sociais brasileiras (KUNRATH, RUSKOWSKI, 2016). O conjunto das ciências sociais nos 
norteiam no campo da pesquisa dos fenômenos sociais, porém, dentro desta perspectiva, encontra-
se embrionário. A partir deste panorama de investigação a problemática principal é o entendimento 
do ingresso, permanência e defecção dos sujeitos nos movimentos sociais, o que constitui fator 
importantíssimo para entender a lógica das mutações e reconfigurações dos movimentos sociais 
a partir dos sujeitos. Metodologicamente, este campo da pesquisa será baseado na realização de 
entrevistas com militantes, reconstituição de carreiras e trajetórias de vida. Assim, a pesquisa visa 
ampliar o olhar sobre o objeto a partir de uma abordagem teórica inovadora e tentar compreender as 
lógicas simultaneamente individuais e coletivas que permitem interpretar o Quilombo Urbano como 
movimento social com demandas e questões coletivas.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos. Luta. Engajamento. 
1 Universidade Federal de Alagoas, Programa de Pós Graduação em Sociologia, Mestrado em Sociologia. E-mail: 
wwmoraisr@hotmail.com.
28
TRAMAS DO COCO DE RODA DAS ALAGOAS: ENTRE O TRABALHO, 
O CANTO E A MORADIA NO POVOADO FERNANDES, ARAPIRACA
 Larissa Gabriela Gouveia dos Santos1 
Fernando de Jesus Rodrigues2 
Beatriz Medeiros de Melo3 
 
Pretende-se discutir como o trabalho nas plantações de fumo e o processo de construção coletiva 
da moradia dos trabalhadores têm estado entrelaçados aos cantos e a formação do coco de roda no 
povoado Fernandes, localizado na zona rural da cidade de Arapiraca, Alagoas. Destacamos como os 
cantos de trabalho camponeses foram constantemente ecoados em diferentes etapas do longo processo 
de trabalho, desde as plantações até os salões de destalação de fumo, sofrendo ressignificações entre o 
início do século XX e o início do séc. XXI. Tais hábitos estéticos foram levados para outros espaços e 
processos coletivos como os mutirões de construção de casas de taipa, moradia comum para as pessoas 
do povoado. Argumentamos que as pisadas no barro para a consolidação do reboco das paredes 
desenvolveram os sapateados, aperfeiçoados no coco de roda como dança. Propomos compreender 
como as citadas manifestações se interligam e moldaram uma tradição estética de canto e dança que 
tem se tornado uma atração cultural contemporânea. Reconstruímos a trajetória da família Rosa, 
subsidiada por etnografia e história de vida. Recorremos também a documentários que registraram 
momentos da dinâmica da população no povoado e depoimentos de um importante mestre de coco 
de roda. 
PALAVRAS-CHAVE: Plantações de fumo. Destalação de fumo. Cantos de trabalho. Construção de 
casas de taipa. Coco de roda.
1 Universidade Federal de Alagoas, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Discente do Mestrado em Sociologia, santoslarissag@gmail.com. 
2 Universidade Federal de Alagoas, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Professor Associado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas 
(UFAL), fernando.rodrigues@ics.ufal.br. 
3 Universidade Federal de Alagoas, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Professora do Mestrado Acadêmico em Sociologia da Universidade Federal de Alagoas 
(UFAL), beatriz.melo@ifal.edu.br. 
29
BUMBA-MEU-BOI MARANHENSE: TRADIÇÃO, MOBILI ZAÇÃO 
SOCIAL E MANUTENÇÃO DA CULTURA POPULAR.
Gláucia Mayra da Silva Leal
Orientador: Adalberto Luiz de Oliveira Rizzo
Universidade Federal do Maranhão
Bacharela e licencianda em Ciências Sociais
O presente trabalho busca demonstrar como o Bumba-meu-boi, expressão artística e cultural do povo 
maranhense, tem representado ao longo de sua história um importante fator de mobilização social 
no bairro da Liberdade, localizado em São Luís, titulado recentemente como Quilombo Urbano, por 
sua população ser oriunda de comunidades negras rurais do interior do estado, especialmente de 
municípios da Baixada Maranhense. O bumba-meu-boi é uma manifestação da cultura popular que 
envolve arte, performance e simbolismo, com significados relacionados à religiosidade marcante no 
estado do Maranhão. Durante a produção deste trabalho foi possível observar que Apolônio Melônio 
e Leonardo Martins, amos (líderes) do Boi da Floresta e Boi da Liberdade, apresentam trajetórias 
semelhantes no que diz respeito às suas idades, histórias de vida, amor pelo bumba-meu-boi e na 
transmissão de seus conhecimentos à comunidade local. Como modo de resistência e manutenção 
desta tradição num cenário político em que o interesse econômico prevalece, esses grupos de Bumba-
meu-boi do bairro da Liberdade têm se organizado através de estratégias internas e externas para 
“botar o boi na rua”, criando formas de mobilização da comunidade por direitos de cidadania e acesso 
à serviços. Assim, podemos afirmar que a arte e a cultura do Bumba-meu-boi tem constituído uma 
forma de resistência, mobilização social e de manutenção do legado deixado por esses Mestres à 
cultura do Maranhão.
 
PALAVRAS-CHAVE: Cultura popular, tradição do bumba-meu-boi, direitos e cidadania, Bairro da 
Liberdade
30
A ARTE DE SAMPLEAR: RACIONAIS MC’S COMO UMA FOTOGRAFIA 
DA MÚSICA NEGRA 1990-2014
Diego Vinicios Mendes Nunes
Universidade Federal do Maranhão 
Licenciando em Ciências Sociais
Samplear é um verbo transitivo direto, que significa: utilizar, colar, retomar, referenciar registros 
sonoros já existentes com o objetivo de elaborar algo novo (uma nova composição, como se trata em 
música). Ferramenta musical bastante explorada, não à toa, pelo rap e suas vertentes; revestida, além 
disso, de um desejo inabalável de demonstrar influências musicais simbólicas - no sentido mesmo 
antropológico do termo – bem como “demarcar um território” de um gênero musical. Nesse sentido, 
demostraremos, aqui, como os Racionais MC’s construiu e beneficiou-se desse recurso, e, além do 
mais, o que isso nos apresenta, no sentido etnomusicológico da reflexão, sobre a contribuição musical 
do grupo na época. Há, diga-se de passagem, a observação de uma ideia presente como central nessa 
discussão: a de que este movimento dos Racionais – o de samplear - apresenta uma espécie de 
fotografia sonora da música negra da época. Para digerirmos melhor esta ideia, teremos que fazer um 
certo passeio auditivo nas produçõesprincipais, tais como, os dois EPs: Holocausto Urbano (1990) 
e Escolha o seu Caminho (1992); e os quatros álbuns de estúdio: Raio X Brasil (1993), Sobrevivendo 
no Inferno (1997), Nada como um Dia após Outro Dia (2002) e Cores e Valores (2014). Parece, no 
primeiro momento, um tanto ousado tal percurso, mas, antes de tudo, precisamos evidenciar que tal 
exercício de escuta musical busca somente levantar tanto uma discursão sobre a arte de samplear 
dentro de nossa literatura sobre o rap, quanto mobilizar o instrumental teórico-metodológico da 
Antropologia e Sociologia da Música.
 
PALAVRAS-CHAVE: Etnomusicologia; Arte de samplear; Sociologia da Música; Rap
31
CENSURA E REPRESSÃO NAS COLÔNIAS PORTUGUESAS: 
O DISCURSO DO GRUPO CABO-VERDIANO CLARIDADE E A 
RESISTÊNCIA AO SALAZARISMO (1947-1966)
Orientadora: Profª. Drª. Tatiana Raquel Reis Silva
Universidade Estadual do Maranhão
Igor Santos Carneiro1
A revista literária Claridade (1936-1966) foi fundada em Cabo Verde, por personalidades relevantes 
do arquipélago, sendo eles: Jorge Barbosa (1902-1971), Baltasar Lopes (1907-1990) e Manuel Lopes 
(1907-2005). A Claridade, surgiu em um problemático contexto marcado pelo colonialismo e ditadura 
salazarista (1933-1974) e, para o cabo-verdiano Brito Semedo (1995), significou um distanciamento 
dos modelos literários metropolitanos, sendo a fase moderna da literatura cabo-verdiana atribuída ao 
grupo claridoso. Nas páginas da revista de artes e letras o grupo procurou enfatizar as problemáticas 
do povo local, tais como a fome, censura e a pobreza. O recorte temporal do trabalho coincide com o 
momento em que o sistema colonial português, segundo Patrícia Villen (2013), estaria entrando em 
uma profunda crise, e o regime salazarista em busca de manter sob seu controle os territórios africanos 
acabou por potencializar os mecanismos de opressão. A Claridade, por meio das suas produções 
literárias, fortaleceu o sentimento de pertença ao território e procurou produzir uma narrativa de 
denúncia que destoava do autoritarismo de Salazar. 
PALAVRAS-CHAVE: cabo-verde, claridade, ditadura, literatura. 
1 Graduando em história pela Universidade Estadual do Maranhão, bolsista de iniciação científica 
Pibic-UEMA. 
32
DESCOLONIZE-SE
Sunshine Cristina de Castro Reis Santos
Universidade Federal do Maranhão 
Graduanda do Curso de Turismo 
O presente artigo aborda o processo de construção da exposição, Descolonize-se. Inspirada na obra Pele 
negra máscaras brancas de Frantz Fanon e tendo como base teórica o pensamento de Grada Kimloba, 
selecionada para compor a programação cultural do Sesc- Maranhão 2021. Buscamos refletir sobre o 
processo de embranquecimento e suas reconfigurações de apagamento da população negra, seja ele 
estético, acadêmico ou artístico. Um corpo negro sempre tem que lutar contra os moldes universais 
que negam o acesso a espaços que sistematicamente violam o seu direito a existência. Apresentamos 
um (r)existir fora da projeção de subordinação idealizada pela branquitude, que rompe com as 
máscaras para produzir uma arte insurgente “não para ninar a casa grande”, mas como objetivo de 
contribuir para construção de um olhar interseccional e emancipatório, que ressignifique as narrativas 
hegemônicas presente no coletivo imagético que forjaram a identidade brasileira, através de uma 
série de imagens questionamos os padrões estabelecidos como símbolos nacionais. Salientando que 
a miscigenação tanto utilizada como cartão postal do turismo brasileiro não pode mais ser vista com 
romantização, mas precisa evidenciar as violências sistêmicas, sobretudo as promovidas as mulheres 
negras.
 
PALAVRAS-CHAVE: Descolonização. Fotografia. Mulheres negras.
Simpósio Temático 02 
 Religiões, educação e 
política: (re)configurações 
 históricas, dinâmicas de 
poder e práticas 
sociais no Brasil
Coordenadores: 
 
- Prof. Dr.º Hugo Freitas de Melo 
- Prof. Dr. Wheriston Silva Neris 
34
CATOLICISMO E UNIVERSIDADE: A ENTRADA DA IGREJA 
CATÓLICA NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO 
Hugo Freitas de Melo 
Este trabalho tem por objetivo apresentar alguns dos resultados obtidos com a conclusão da minha tese 
de doutorado, cujo recorte empírico sublinha a atuação da Igreja Católica no processo de formação do 
Ensino Superior brasileiro entre as décadas de 1940 e 1970. Particularmente, o foco incide sobre os 
aspectos sócio-históricos e as transformações estruturais que desembocaram em vultosos investimentos 
realizados pela instituição eclesiástica na montagem do aparato universitário religioso, concretizado na 
criação das Pontifícias Universidades Católicas (PUCs). Calcado em documentos raros e num volumoso 
material bibliográfico, o trabalho evidencia três importantes dimensões de análise. Primeiro, a valorização 
adquirida pela figura dos “intelectuais” num momento de centralidade da Educação e Ciência na formação 
de mão-de-obra qualificada para a ocupação dos postos do funcionalismo estatal e dos organismos 
culturais eclesiásticos. Em seguida, a entrada da Igreja no espaço de formação da intelligentsia brasileira 
como estratégia de lutas simbólicas pela reafirmação de sua dominação política junto aos estratos sociais 
dominantes e aos grupos dirigentes que comandavam os rumos da nação no período pós-Vargas. Por 
fim, a distribuição geopolítica das PUCs no território brasileiro, evidenciando-se a hegemonia do eixo 
Sul-Sudeste, onde se concentram as principais cidades que polarizam a disputa política nacional. Como 
resultado, tem-se a emergência da estruturação da Educação Superior católica alicerçada em torno do 
centro de gravidade política do país, cujo efeito de homologia revela a imbricação entre o espaço de 
produção intelectual e a esfera do poder político. 
PALAVRAS-CHAVE: Catolicismo; Universidade; Intelectuais.
35
OS “PRÍNCIPES” DA IGREJA CATÓLICA DO NORTE DO BRASIL 
REUNIDOS NO ESTADO DE PERNAMBUCO (1919)
Vágner Hugo Calazans Silva1
Prof. Dr. Carlos André Silva de Moura2
O presente trabalho versa sobre as relações estabelecidas entre a Igreja Católica em Pernambuco 
e o Estado republicano brasileiro, após a Proclamação da República em 1889, e a separação oficial 
em 1890, com o fim do padroado e os problemas decorrentes da secularização e laicização das 
instituições civis. Nosso principal objetivo é analisar três eventos religiosos: a sagração episcopal 
de dois bispos pernambucanos, a reunião dos bispos das províncias eclesiásticas do Norte do Brasil 
e a coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo, padroeira do Recife, que sucederam durante o 
mês de setembro em 1919. Para tanto, analisamos como se deu o processo de Restauração Católica, 
compreendendo algumas ações de apoio da Igreja Católica ao novo governo, bem como a reação 
sofrida pela instituição por causa dessas estreitas relações políticas com o novo Estado. No decorrer 
do trabalho se pretende mostrar como arcebispos metropolitanos e bispos diocesanos adaptavam as 
orientações que recebiam da Santa Sé, conforme seus interesses com base nas particularidades locais, 
seja no combate as práticas consideradas desviantes do modelo de catolicismo almejado ou mesmo 
no que se refere a criação das novas jurisdições eclesiásticas. Ao longo do trabalho utilizamos os 
conceitos e abordagens da História Cultural das Religiões, as fontes são periódicos que circulavam 
pelo Estado de Pernambuco e que estão disponibilizados na Coleção Digital de Jornais e Revistas da 
Biblioteca Nacional.
PALAVRAS-CHAVE: Arquidiocese de Olinda e Recife, Episcopado, Igreja Católica, Pernambuco, 
Restauração Católica.
1 Graduando do Curso de Licenciatura Plena em História pela Universidade de Pernambuco (UPE) – Campus 
Mata Norte, membro do Laboratório de Estudos da História das Religiões (LEHR) e bolsista PIBIC/CNPq 2020-2021. 
E-mail: vagner.calazans@upe.br
2 Professor Adjunto do Departamento de História da Universidade de Pernambuco (UPE) – Campus Mata Norte 
e Coordenador do Laboratório de Estudos da História das Religiões(LEHR). E-mail: carlos.andre@upe.br
36
 MOVIMENTO DE FÉ OU PROJETO DE PODER?
 O PROJETO CIVILIZACIONAL DOS CATÓLICOS NICOLETANOS 
PARA A BAIXADA OCIDENTAL MARANHENSE (1955-1969)1
Claudeilson Pinheiro Pessoa2
Prof. Dr. Alessandra Furtado3 
 
Este trabalho analisa o projeto civilizacional dos Missionários Católicos Canadenses Nicoletanos 
que vieram das dioceses de Nicolet, Sherbrook e Saint- Hyacinthe na Baixada Ocidental Maranhense 
no período da chegada dos primeiros missionários em 1955 até o ano de 1969 quando encerram-se 
estas primeiras missões com a justificativa de terem atingido os seus objetivos de fortalecimento do 
catolicismo na região. Desse modo, a pesquisa apoia-se na seleção de documentos como livros de 
tombo, estatutos das instituições confessionais, relatórios anuais das missões, além de fotografias. 
Além disso, utiliza-se de entrevistas semiestruturadas e conversas informais, com pessoas que se 
envolveram diretamente nos empreendimentos missionários e nas ações e instituições administradas 
por estas missões religiosas no período escolhido para o estudo. Com relação à abordagem teórico-
metodológica a pesquisa pauta-se na Nova História Cultural apoiando-se principalmente nos seguintes 
autores: Certeau (1996), Chartier, (2002); Nas concepções de Pierre Bourdieu (1989) (1996) (2001) 
(2007) e Norbert Elias (1996); (2011); e na perspectiva Decolonial com base no pensamento de Aníbal 
Quijano (2014), Maria Lugones (2014), Walter Mignolo (2016), além de autores da Sociologia da 
Religião: Montes (2005); Queiroz (1985); Micelli (2001) e Ferretti (2012). As análises permitiram 
evidenciar a existência de um conjunto de práticas evangelizadoras e civilizacionais desenvolvidas 
pelos missionários canadenses por meio do enfrentamento do protestantismo, do espiritismo e das 
religiões de matriz africana no interior do Maranhão na segunda metade do século XX, além da 
garantia da ocupação de espaços de poder por parte de agentes do catolicismo em plena laicidade do 
estado brasileiro. 
PALAVRAS-CHAVE: Nicoletanos; Baixada Ocidental Maranhense; Projeto Civilizacional
1 Este estudo faz parte da pesquisa de Tese de Doutorado intitulada “Nous sommes venus pour servir et civilisier: 
o Projeto Civilizacional dos Missionários Católicos Nicoletanos para a Baixada Ocidental Maranhense (1955-1965)” 
(PPGE-UFGD) 
2 Orientadora.
3 Cientista Social e Doutorando em Educação (Linha Educação, Memória e Sociedade) pela Universidade Federal 
da Grande Dourados-UFGD. Bolsista da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA). Professor 
do IFMA – Campus Pinheiro. (claudeilson.pessoa@ifma.edu.br)
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A SALVAÇÃO POR INTERMÉDIO DAS “BOAS OBRAS”: A 
ASSISTÊNCIA AOS DESVALIDOS PELA SANTA CASA DE 
MISERICÓRDIA EM SÃO LUÍS - MA DURANTE O SÉCULO XIX
Ana Caroline Silva Caldas1 
Orientadora: Profª. Drª. Elizabeth Sousa Abrantes
Universidade Estadual do Maranhão, Departamento de História e Geografia/UEMA
Em finais do século XV e início do XVI surgem as confrarias, impulsionadas pelas noções cristãs que 
exaltavam as boas obras (isto é, a caridade), notadamente a Santa Casa de Misericórdia portuguesa, 
responsável por uma gama de atos caritativos em Portugal e ultramar. Com sua expansão, a instituição 
se estabeleceu em diversos lugares do Brasil, e dentre eles, em São Luís do Maranhão, provavelmente 
pelo ano de 1623. Crescendo em influência na cidade durante o século XIX, foi responsável pelo 
cuidado de igrejas, hospitais, cemitérios, asilo e Roda dos Expostos. Apesar da grande importância 
da irmandade no auxílio aos desvalidos, o caráter elitista se fazia presente internamente, uma vez que 
para ser membro era necessário ser homem abastado em fazenda, saber ler, escrever e cantar. Após 
o aceite, o novo integrante deveria cumprir exigências, como contribuições mensais e anuidades. 
Durante seu apogeu em São Luís, a Santa Casa de Misericórdia suscitou elogios e desavenças por 
parte da imprensa e sociedade maranhense, em especial a classe abastada, preocupada em manter 
o status que garantiria além do grande cortejo fúnebre, a porta de entrada para o céu. A mercê da 
pobreza, o(a) morador(a) da São Luís durante o século XIX encontrava dois dilemas: a dependência 
da caridade em um sistema que romantizou a relação entre pobreza e salvação através da figura do 
benfeitor, e a conformação de sua condição. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Assistência, Salvação, Santa Casa de Misericórdia do Maranhão.
1 Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), bolsista pelo Programa institucional de bolsas de iniciação 
científica (PIBIC) pela agência de fomento CNPq, Cursa História - Licenciatura, email: anacaroline233@gmail.com 
mailto:anacaroline233@gmail.com
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SER CANDOMBLECISTA E ESTAR NA ESCOLA: RELAÇÕES ENTRE 
FÉ E SILENCIAMENTO
José Luiz Xavier Filho1
A escola tem por objetivo e função ser um espaço de acolhimentos, direito, democrático, diverso e 
plural. É no espaço escolar em que se aprende valores que se levam para toda uma vida, quer seja 
socialmente ou academicamente. Dado o fato de que a escola deve respeitar todas as religiões, ela não 
pode favorecer uma em detrimento de outra. Desse modo, é vedado a gestão, coordenação, professoras 
e professores de uma escola laica deixarem que a sua fé influencie as suas decisões enquanto pessoas 
públicas. Este trabalho tem por objetivo um estudo de caso realizado numa escola de rede pública do 
ensino fundamental dos anos finais, onde os alunos e alunas candomblecistas/umbandistas/juremeiras 
tinham seus direitos e liberdade de fé e crença tolhidas dentro da escola, o que gerava um ambiente 
propicio a propagação da intolerância religiosa. Abordaremos também os meios que foram utilizados 
na luta e combate ao preconceito junto aos estudantes e docentes dessa mesma instituição.
PALAVRAS-CHAVE: Religiões de Matrizes Africana. Educação. Intolerância Religiosa.
1 Graduado em História (UPE), graduando em Sociologia (UNIFAVENI), especialista em Ensino de História 
(UNIFAVENI) e em História e Cultura Afro-Brasileira (IPEMIG), mestrando em Culturas Africanas, da Diáspora, e dos 
Povos Indígenas (UPE), professor de História do quadro efetivo da rede municipal de ensino do município da Lagoa dos 
Gatos – PE, ID Lattes: http://lattes.cnpq.br/4762429040202808, e-mail: jlxfilho@hotmail.com.
http://lattes.cnpq.br/4762429040202808
mailto:jlxfilho@hotmail.com
39
A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DAS RELIGIÕES DE MATRIZ 
AFRICANA NO LIVRO DIDÁTICO DE SOCIOLOGIA
Thiago da Conceição Dias
Universidade Federal do Maranhão/Bacabal 
Graduando do Curso de Ciências Humanas
Bolsista PIBIC
E-mail:thiago.dias29@yahoo.com.br
Orientador: Prof. Dr. Wheriston Silva Neris
Professor Adjunto de Sociologia do Curso de Ciências Humanas da UFMA- Bacabal
E-mail: wheristoneris@yahoo.com.br
O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa monográfica que teve como objetivo analisar no 
livro didático de sociologia a construção discursiva e imagética da cultura africana e afro-brasileira 
que tornou-se obrigatória a partir da Lei federal nº 10.639/03 na educação básica. A proposta do estudo 
busca problematizar e desnaturalizar as concepções estereotipadas que conferem aos povos africanos 
e afro-brasileiros uma pretensa inferioridade. Ao abordar as religiões afro-brasileira, um dos maiores 
legado cultural dos povos africanos ao Brasil, o debate é limitante e superficial no âmbito da formação 
da cultura nacional. Neste sentido, há muito ainda a ser feito para o debate da intolerância religiosa, 
bem com o racismo brasileiro. Como metodologia optou-se pelo estudo de caso, que é um tipo de 
pesquisa que, segundo Severino (2013), faz descrição de um caso considerado representativo de um 
conjunto de casos análogos. O trabalho está divido em dois momentos: a primeira etapa se configura 
com aporte bibliográfico e documental desenvolvida sob a perspectiva qualitativa. A base teórica 
contou com autores: Fanon (2008), Guimarães (2003), Stuart Hall (2011), Costae Silva (2003), Candau 
(2008), Geertz (2008), Libâneo (1998), Freire (1996), entre outros que foram imprescindíveis para 
este trabalho. O segundo momento se configura como pesquisa de campo e análise do livro didático 
de sociologia de uma escola estadual do município de Bacabal-MA. Conclui-se com esse estudo a 
necessidade de ressignificação de textos e de imagens acerca das religiões de matrizes africana nos 
livros didáticos.
PALAVRAS-CHAVE: Sociologia, Cultura Africana, Educação, Intolerância Religiosa. 
40
REPRODUÇÃO E RESISTÊNCIA DAS DESIGUALDADES SOCIAIS NO 
ESPAÇO ESCOLAR
Edinéia Silva Alves1
Universidade Federal do Maranhão - MA 
Mestranda em Sociologia - UFMA
O presente estudo apresenta resultados de uma investigação acerca do espaço escolar enquanto 
um lugar de reprodução e resistências das desigualdades sociais. Com objetivo de analisar como 
as relações estabelecidas entre escola, comunidade, alunos e família dos educandos contribuem na 
superação das desigualdades sociais. Os sujeitos participantes dessa investigação foram (40) quarenta 
estudantes do 9º ano do ensino fundamental maior de uma escola pública localizada na zona rural do 
município de São Bernardo-MA. O percurso metodológico adotado para a coleta de dados consiste 
na aplicação de questionários com questões abertas, direcionados para a captação de informações que 
auxiliassem na construção da análise da temática. A análise tornou visível as disparidades sociais 
existentes no ambiente escolar, evidenciando a necessidade de promover atividades que priorizem 
o diálogo entre os alunos, pais e a comunidade. Pois, o processo de ensino-aprendizagem dever ser 
desenvolvido coletivamente, na prática diária, através da apreensão dos conteúdos curriculares e na 
vivência com os sujeitos. Para que, seja construído um espaço voltado para a formação do cidadão 
crítico, reflexivo, que possibilite a superação das desigualdades sociais.
 
PALAVRAS-CHAVE: Espaço Escola. Lugar de Reprodução. Resistências das Desigualdades. 
1 Universidade Federal do Maranhão, Programa de Pós-Graduação em Sociologia - Mestrado em Sociologia. 
E-mail: edineia.silva@discente.ufma.br 
mailto:edineia.silva@discente.ufma.br
41
EDUCAÇÃO, INTERAÇÕES E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS: UMA ANÁLISE SOBRE 
AS CRIANÇAS INDÍGENAS APINAYÉ E AS ESCOLAS DA CIDADE.
 Autor: Mércia Cristina Borges dos Anjos 
1 Co-autor: Wellington da Silva Conceição 
Universidade Federal do Maranhão 
Mestranda em Sociologia – PPGS/UFMA 
O trabalho é fruto de problematizações relativas à educação de crianças indígenas Apinayé 
matriculadas nas escolas muncipais de Tocantinópolis (TO). A pesquisa, ainda em desenvolvimento, 
tem como principal objetivo: Analisar o quantitativo de crianças indígenas Apinayé matriculadas nas 
escolas municipais de Tocantinópolis (TO) e compreender como ocorrem as interações dos povos 
indígenas com os não indígenas nas instituições municipais de ensino. A discussão ampara-se em 
estudos anteriores que discutem as interações e representações sociais sobre os povos indígenas 
Apinayé e os não indígenas em contexto urbano, considerando a existência de estigmas decorrentes 
dessas interações. A análise está embasada em bibliografia concernente à temática e nas informações 
fornecidas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Tocantinópolis – SEMEC. Os dados já 
obtidos e analisados até o momento, nos revelam a existência de um quantitativo de crianças indígenas 
matriculadas nas escolas urbanas, o que nos direciona para a investigação sobre os critérios utilizados 
pelas famílias indígenas na escolha dessas escolas em lugar das escolas das terras indígenas. 
PALAVRAS-CHAVE: Crianças Indígenas, Educação, Interações, Representações Sociais. 
42
POLÍTICAS COMPENSATÓRIAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR PARA 
ESTUDANTES INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
MARANHÃO: ANÁLISE SOB O PONTO DE VISTA DA FORMULAÇÃO 
E EXECUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COTAS
Verissa Einstein Soares do Amaral - 
Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais 
da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp
Francisco Rodolfo Furtado Vieira - 
Especialista em Direito pela Escola Superior da 
Magistratura do Trabalho – ESMATRA
 
A pesquisa foi iniciada com o objetivo de analisar e aprofundar a temática do direito ao ingresso 
de estudantes indígenas através das cotas para indígenas na Universidade Federal do Maranhão 
– UFMA. O problema de pesquisa levou em consideração as políticas compensatórias para uma 
participação ativa e adequada nas práticas sociais dos cursos oferecidos pela Universidade Federal 
do Maranhão para povos indígenas, buscando entender como é o acesso por meio das políticas 
públicas de cotas, a presença e a participação social dos indígenas na UFMA. Na pesquisa, buscamos 
conhecer e compreender as características das políticas de cotas instituídas na UFMA, e dialogar 
com autores que já trabalharam com essa temática. Ao investigar as políticas indigenistas de cotas 
voltadas para a educação no ensino superior na UFMA, identificamos os princípios que norteiam a 
formulação das políticas compensatórias para indígenas, as características e estratégias de construção 
e implementação das políticas compensatórias para indígenas na UFMA, frutos da Lei de Cotas 
Nº 12.711/2012. Quanto a metodologia, trabalhamos com pesquisas bibliográficas, utilizando os 
conceitos de justiça social, minorias nacionais e ações afirmativas e outras categorias. A pesquisa está 
em andamento, tendo verificado tais resultados: o constante problema da universidade em identificar 
quem é indígena e não indígenas, sendo a autodeclaração critério insuficiente; a implementação 
de comissão de verificação e sua pouca eficácia; dificuldade para encontrar ingressantes das cotas 
para indígenas, sendo a ausência um dado importante para a pesquisa e a carência de políticas de 
permanência para estudantes indígenas, são alguns dos resultados parciais. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Direito. Políticas compensatórias. Povos indígenas. Lei de Cotas Nº 12.711/2012.
43
BABAÇU, TERRA E ESCOLA: VINCULAÇÃO DE LUTAS PELO 
DIREITO A EDUCAÇÃO NO ASSENTAMENTO DE SÃO MANOEL, 
MUNICÍPIO DE LAGO DO JUNCO – MA
Jessé Lima da Silva1
Orientação: Franklin Plessmann de Carvalho2
Co-orientação: Mayka Danielle Brito Amaral3
Nos mais de 500 anos de colonização do Brasil, a terra encontra-se sobre o domínio da elite agrária 
e do capital que concentra latifúndios e não tem possibilitado o desenvolvimento social do país. 
Em contraponto, compete articular as demandas por terra, trabalho e educação, evidenciando a 
necessidade de uma educação e uma escola que estejam vinculadas à realidade dos trabalhadores que 
vivem e se reconstroem no campo. Os caminhos metodológicos para reconstrução histórica da luta e 
compreensão da escola como direito a educação do assentamento de São Manoel, Lago do Junco-MA, 
vem no intuito de perceber como os sujeitos que compõe aquele espaço foram entendendo que a luta 
por escola é reafirmar o direito a educação e uma necessidade de existência com diferentes formas 
para estruturar ou principiar a escolaridade fora dos ideais urbanos, enquanto política pública. O 
percurso de investigação e apreciação dos resultados, tomando a parte esta fração do contexto, agora 
frente as vivencias experimentadas neste momento pandêmico com diversas restrições sociais, serão 
adotados os registros em diários de campo, entrevistas semiestruturadas e consulta aos documentos 
existentes na busca por uma apreensão da organização destas lutas. Considerando a realidade atual 
onde se acentua uma crise estrutural do sistema capitalista e influencia significativamente as mais 
variadas dimensões da sociedade, mostra a necessidade de investigação de uma realidade que rompe 
com uma realidade de submissão, se reconstruindo na luta pela libertação do babaçu, terra e por 
escola como expressão da luta por educação, uma nova educação, a Educação do Campo.
 
PALAVRAS-CHAVE: Luta Pela Terra, Escola;Educação; Educação do Campo; e Política Pública.
1 Graduação em Educação do Campo/UFMA. Mestrando em Educação do Campo/UFRB. Bolsista da Fundação 
de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – FABESB. Email: jessesilvasm@gmail.com
2 Doutorado em Antopologia. Professor da UFRB, Programa de Pós-graduação em Educação, Mestrado 
Profissional em Educação do Campo. Email franklinpcarvalho@ufrb.edu.br
3 Doutorado Geografia. Professora da UFMA, Curso de Ciências Humanas-Sociologia. Email mayka.amaral@
ufma.br
mailto:jessesilvasm@gmail.com
mailto:franklinpcarvalho@ufrb.edu.br
mailto:mayka.amaral@ufma.br
mailto:mayka.amaral@ufma.br
44
RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS EXPRESSAM SEU CULTO 
DE FORMA LIVRE ASSIM COMO AS RELIGIÕES DE MATRIZES 
CRISTÃS?
 
Jonas da Fonseca Santos 1
Lays Lopes Carvalho2
Nady Jakelle Queiroz Dias3
Natália dos Santos Alves4
O estudo da sociedade contemporânea nos mostra como a religião foi importante para a construção 
de suas instituições civilizatórias, em sua forma política, na ética e na moral, na construção de 
pensamento, direitos, deveres e cidadania (COULANGES, 2004). Fica evidente ao longo da história 
a relação entre religião e Estado, na visão de Marshall (1967). Cumpre ao Estado ter que servir como 
agente transformador na vida do cidadão. Porém, no Brasil, que estabelece leis que asseguram a 
laicidade, os direitos e deveres de expressões religiosas têm de fato sido exercidos? Desta forma, 
este artigo esboça a discussão acerca de como a religião tem sido vivida e exercida de acordo com 
as garantias legais, no que tange a liberdade de culto, de expressão em locais públicos e privados 
e manifestações culturais, sobretudo das religiões de matrizes africanas. Com base nos estudos de 
Vagner Gonçalves da Silva (2005) acerca das práticas religiosas afro-brasileiras e sua influência no 
cotidiano da sociedade, construímos um caminho por relatos de adeptos de religiões de matrizes 
africanas e cristãs a fim de compreender como desfrutam da liberdade de um Estado laico. 
PALAVRAS-CHAVE: Liberdade religiosa, Estado laico, Cidadania.
1 Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia. E-mail: jonas.fsantos@
gmail.com;
2 Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia. E-mail: layslopesc@
gmail.com
3 ³ Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia. E-mail: nadyjakelle@
hotmail.com
4 Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia. E-mail: natalia.alves.
lua@gmail.com
45
LIBERDADE DE EXPRESSÃO FRENTE À LIBERDADE RELIGIOSA: 
UMA ANÁLISE SOBRE AS NARRATIVAS DE VIOLAÇÃO AOS 
DIREITOS HUMANOS DOS RELIGIOSOS DE MATRIZ AFRICANA 
NO BRASIL
Orientador(a): Mara Eduarda Sousa de Alencar1
Autor(a): Italo Diêgo Sousa de Alencar2
Universidade CEUMA – UniCEUMA
Graduando em Direito 
O presente trabalho tem por objetivo analisar as violações aos direitos humanos dos religiosos de 
matriz africana no Brasil, demonstrando que a liberdade de expressão vem sendo constantemente 
utilizada para legitimar discursos que violam a liberdade religiosa. Inicialmente, cumpre destacar 
que a palavra liberdade expressa o conjunto das liberdades tuteladas pelos diversos estatutos de 
direitos humanos. Em um sentido amplo, liberdade significa um complexo instituto jurídico que 
possui como fundamentação a própria natureza humana. Nas últimas décadas, muito se discutiu sobre 
supostas situações de conflito entre a liberdade de expressão e a liberdade religiosa, dois direitos 
fundamentais de extrema relevância no Estado Democrático de Direito e que são essenciais para 
a promoção do princípio da dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, é necessário examinar as 
hipotéticas situações de conflito entre tais direitos evidenciando as violações aos direitos humanos e à 
dignidade da pessoa humana dos religiosos de matriz africana no Brasil. Constata-se, que uma ofensa 
a símbolos ou ideias religiosas não necessariamente prejudicam a liberdade de religião, pois estão 
sob a proteção da liberdade de expressão, inclusive, pode até representar em um certo sentido uma 
complementariedade entre ambos. Contudo, os discursos de ódio, especialmente, aqueles veiculados 
através dos meios de comunicação de massa, representam uma grave violação aos direitos humanos 
e, consequentemente, a dignidade da pessoa humana, demonstrando assim, um abuso da liberdade de 
expressão. Portanto, cria-se a partir daí uma estigmatização de grupos através do ataque a símbolos 
constituintes da sua identidade.
PALAVRAS-CHAVE: Liberdade. Religiões africanas. Direitos humanos. Resistência. 
1 Psicóloga Clínica. Bacharel em Psicologia pela Universidade CEUMA. E-mail: mara.eduarda.alencar@gmail.
com.
2 Graduando em Direito pela Universidade CEUMA e pesquisador do Núcleo de Estudos em Municipalidades e 
Direito (NEMUD). E-mail: italodiegosousadealencar@gmail.com.
46
 A IMPRENSA FEMININA NO BRASIL: UMA FERRAMENTA PARA A 
EMANCIPAÇÃO INTELECTUAL E MORAL DA MULHER NO SÉCULO XIX
Valéria Eulina Pires Pereira 
Mestranda em Cultura e Sociedade - UFMA 
valeria.ppereira58@yahoo.com 
Universidade Federal do Maranhão
Orientador: Prof. Dr. Ricieri Carlini Zorzal (UFMA) 
ricieri.zorzal@ufma.br 
O estudo em comento tem como esteio principal a origem e trajetória da imprensa feminina e feminista 
no Brasil durante o século XIX e concomitantemente destacando O Jornal das Senhoras (1852-1855) 
um dos primeiros jornais direcionado para o público feminino escrito por uma mulher, a escritora, 
jornalista, professora e pioneira do feminismo na Argentina, Uruguai e Brasil Joana Paula Manso de 
Noronha (1819 – 1875) que se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro por alguns anos. Para tanto, 
realizar-se-á uma pesquisa sobre a imprensa brasileira que teve início em 1808, com a chegada da 
corte no território brasileiro; a origem e trajetória da imprensa feminina e feminista no Brasil e por 
fim a condição da mulher no século XIX, compreendendo como os textos publicados no jornal em 
questão contribuíram para a emancipação intelectual e moral da mulher. A abordagem da pesquisa é 
de cunho qualitativo com levantamento bibliográfico acerca dos assuntos sobre feminismo, gênero e 
a imprensa brasileira.
PALAVRAS-CHAVE: O Jornal das senhoras, Imprensa, Feminismo, Joana Mando de Noronha
47
UM JOGO MARCADO: A RELAÇÃO ENTRE A IMPRENSA E O PODER 
EM TERESINA (1971-1975)
Carlos Alberto de Melo Silva Mota
Universidade Federal do Piauí 
Mestre em História do Brasil
O presente trabalho tem por objetivo o estudo de periódicos que circulavam na cidade de Teresina, 
na primeira metade da década de 1970. Esse período remete ao primeiro mandato de Alberto Silva 
no governo do Piauí. Desde sua posse, o governador ressaltou a importância de aproximar-se dos 
diversos meios de comunicação, para que estes vigorassem durante o seu governo. Contudo, não 
podemos desconectar essa aproximação, entre o poder estatal e esses meios, da estrutura política 
autoritária em pauta no país, sobretudo a censura. Assim, analisamos a execução duma política 
econômica associada a uma imprensa burocratizada, tal leitura permite constatar uma série de pautas 
jornalísticas intimamente ligadas ao plano de governo. Compreendemos que parte dos jornalistas e 
donos de jornal optaram por estar do lado do poder, assim tornando-se tanto agentes como “vítimas” 
de uma autocensura. Analisamos, portanto, as pautas políticas nos jornais teresinenses O Dia, O 
Estado e Estado do Piauí, situados na imprensa oficial e suscetíveis a todas as regras da censura. Esse 
trabalho tem como principais interlocuções Arendt (2005), Benjamin (2013), Darnton (2016), Fico 
(2008), Fontineles (2015), Kushnir (2012), Ridenti (2014) e Smith (2000). 
PALAVRAS-CHAVE: História; Política; Imprensa; Piauí.
Simpósio Temático 03 
Cidades, conflitos e 
narrativas sociais
Coordenadores:
 
- Prof. Dr. Clodomir Cordeiro de Matos Júnior
- Profª. Dr.ª. Tatiana Colasante
- Me.

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