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Apostila Anatomia Veterinária I - a teoria da prática

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Prévia do material em texto

1 
 
 
@sarasuzany 
2 
 
 
@sarasuzany 
SUMÁRIO 
 
Histórico e conceitos básicos......................................................................3 
Planos e eixos..................................................................................................10 
Tipos constitucionais e anatomia exterior...........................................16 
Osteologia........................................................................................................24 
Anatomia odontológica veterinária.......................................................30 
Artrologia.........................................................................................................42 
Miologia............................................................................................................44 
Neuroanatomia .............................................................................................57 
Estesiologia.....................................................................................................66 
Bônus com links..............................................................................................72 
Referências bibliográficas........................................................................73 
 
 
 
 
Essa apostila foi produzida pela monitora Sara Suzany, a fim de auxiliar os discentes cursantes da disciplina 
Anatomia Veterinária I- teoria da prática, ministrada pelo docente Prof. Dr. Marcelo Domingues de Faria do 
curso de Medicina veterinária na Universidade Federal do Vale do São Francisco, 2022 
3 
 
 
@sarasuzany 
 
 
Histórico 
Grécia e Roma antigas: 
Esculápio/ Asclério: “mesmo veneno que mata, cura” - deus da medicina e da 
cura  símbolo da medicina 
Alcmaeon de Crótona (Grécia, século VI a.C.), pesquisas anatômicas em seres humanos, 
considerado o pai da anatomia 
Hipócrates de Cós (Grécia, 377a.C.): pai da medicina ocidental, ciência física baseada 
na experiência. 
Aristóteles (Grécia, 320a.C.): anatomia empírica (experiência e observação). Teófrasto, 
discípulo de Aristóteles - mais antigo relato de dissecação. 
Claudio/Carlos Galeno (Roma, século I a.C) médico mais famoso e influente de Roma; 
cérebro, coração e fígado como órgãos vitais; aulas de vivissecção (animal vivo) e 
necrópsia; mostrou que os vasos sanguíneos conduzem sangue e ar; extrapolou 
achados de animais ao corpo humano (por exemplo, achava que humanos possuíam 
ceco no mesmo formato de herbívoros e placenta cotiledonária ) e roubou descrições 
de seus discípulos. 
 
Frederico II, em 1240, na Universidade de Nápoles (Itália): Anatomia integrada ao 
currículo de ensino da Medicina. 
Andreas Vesalius (1514-1564) –Bélgica, médico imperial e cirurgião militar na França, 
considerado o Pai da Anatomia Moderna. Diferenciação de tendões, nervos, artérias e 
veias; 
4 
 
 
@sarasuzany 
William Harvey (1578-1657) – médico britânico descreveu os detalhes do coração e do 
sistema circulatório. 
Anatomia na arte: Leonardo Da Vinci dissecava cadáveres e os descrevia (Homem 
Vitruviano), Michelangelo, Raphael, Rembrandt 
 
 
Conceitos 
Do grego: ANATOMOS 
 
 
 
Análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as variações de 
estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais- American 
Association Anatomists, 1981 
 
Objetivos Principais 
 Compreender os princípios arquitetônicos 
 Descobrir a base estrutural do funcionamento das várias partes do organismo 
 Compreender os princípios embriológicos 
 
 
 
cortar 
ANA TOMOS 
separar 
Homem vitruviano – Leonardo da Vinci A Lição de Anatomia do Dr. Tulp - Rembrandt 
5 
 
 
@sarasuzany 
Subdivisões da anatomia 
 
 
 
 
 
 
 Anatomia Sistêmica: relaciona-se a sistemas, ou seja, a estruturas e órgãos que 
desempenham uma função comum. 
 Anatomia Topográfica /Anatomia Regional: estuda o corpo por regiões 
 Anatomia Aplicada: relaciona anatomia e sua aplicação nos diversos ramos médicos 
Outra forma de subdivisão 
 Aparelho ósteo-articular 
o Sistema ósseo 
o Sistema articular 
 Aparelho Locomotor 
o Sistema ósseo 
o Sistema articular 
o Sistema muscular 
 Aparelho Neuro-endócrino 
o Sistema nervoso 
o Sistema endócrino 
 Aparelho da Nutrição 
o Sistema respiratório 
o Sistema digestório 
o Sistema endócrino 
 Aparelho Urogenital 
o Sistema urinário 
o Sistema genital (masculino/feminino) 
 Aparelho Reprodutor 
o Sistema genital (feminino/masculino) 
o Sistema tegumentar (mamas) 
o Sistema endócrino 
Vegetal / 
Animal 
Humana / 
Veterinária 
Descritiva, sistemática/ 
topográfica, 
aplicada/clinicocirúrgica 
Descritiva, sistêmica, 
topográfica 
Imaginológica, 
cirúrgica 
Macroscópica/ 
microscópica/ 
embriológica 
Ontogenia (estudo do 
desenvolvimento total 
do indivíduo) 
Filogenia (estuda a 
história das espécies 
e suas modificações) 
Comparativa 
Anatomia especial 
(descreve uma única 
espécie) 
Dica :) 
Na anatomia, assim como 
em outras ciências, 
muitas vezes a 
nomenclatura está 
ligada á função 
6 
 
 
@sarasuzany 
Métodos 
 
Dissecção  corte, separação 
 
 
Dissecação  evidenciação de estruturas 
 
 
Maceração  técnica de preparação de ossos a partir de uma carcaça de um 
vertebrado, deixando-a em decomposição em um recipiente fechado a temperatura 
quase constante. 
 
 
7 
 
 
@sarasuzany 
Diafanização  Estudo sem dissecação 
 
 
Corrosão  ácidos ou bases, muito usado para visualizações de ramificações do 
sistema circulatório 
 
 
 
Imaginologia “imaginar” e representar estruturas como em pinturas corporais 
 
 
8 
 
 
@sarasuzany 
Plastinação Substituição da água e lipídios por um polímero, que pode ser silicone ou 
resina 
 
 
Radiologia Visualização de estruturas a partir de radiação eletromagnética 
indiretamente ionizante de natureza semelhante à luz 
 
 
Tomografia Mesmo principio do Raio X, mas permite visualização em 360° 
 
 
 
 
 
9 
 
 
@sarasuzany 
Ressonância Campos magnéticos fortes, ondas de rádio e gradientes de campo para 
gerar imagens dos órgãos no corpo 
 
 
Microscopiaestudo de dispositivos (microscópios) que são usados para visualizar 
objetos ou certas áreas que não podem ser vistas a olho nu 
 
 
Nomenclatura Anatômica 
Nomina Anatomica: Padrão de terminologia anatômica 
 A primeira humana é de 1895 e a animal é de 1968 
 Nomina Aanatômica Veterinária mais atual é de 2017 
 Permite abreviaturas 
Exemplos de abreviaturas 
Estrutura Singular Plural 
Artéria a. aa. 
Veia v. vv. 
Músculo m. mm. 
Nervo n. nn. 
Ramo r. rr. 
Glândula Gl. Gll. 
Ligamento Lig. Ligg. 
Gânglio Ggl. Ggll. 
 
10 
 
 
@sarasuzany 
O organismo animal é delimitado por planos e eixos 
 Planos de delimitação 
o Rostral 
o Cranial 
o Caudal 
o Lateral direito 
o Lateral esquerdo 
o Ventral 
o Dorsal 
o Palmar 
o Plantar 
o Proximal 
o Distal 
 Eixos de construção 
o Craniocaudal 
o Dorsoventral 
o Laterolateral 
o Lateromedial (mediolateral) 
 Planos de construção 
o Mediano: antímeros 
o Eixos craniocaudal X 
dorsoventral 
o Transversal: metâmeros (fatias) 
o Eixos dorsoventral X 
laterolateral 
o Longitudinal: paquímeros 
o Eixos craniocaudal X 
laterolateral 
o Paramediano e sagital: 
estendem-se paralelamente ao 
plano mediano 
 
 Termos Indicativos de posição e direção 
o Cranial, rostral e caudal 
o Dorsal, ventral e médio 
o Lateral, medial, intermédio e 
mediano 
o Externo e interno 
11 
 
 
@sarasuzany 
o Superficial e profundo 
o Proximal e distal 
o Palmar e plantar 
o Axial e abaxial 
o Apical e basal 
o Temporal, facial, nasal, oral, 
nucal 
o Superior e inferior (palpebral, 
labial e bípedes)
 
Padrão de Normalidade: depende do ponto de vista (clínico, estatístico, idealista ou 
fisiológico) 
“Forma é a imagem plástica da função”(Ruffini) 
Variações: desvio dos padrões.Fatores dependentes: 
Sexo 
Idade 
Raça 
Linhagem 
Espécie 
Evolução 
Ambiente 
 
 
 
 
12 
 
 
@sarasuzany 
Conceito de analogia e homologia 
Homologia: Possuem a mesma origem embrionária com mesma função ou não; 
 
Exemplo: membros torácicos de mesma origem, entretanto cada um desempenha uma 
função distinta –andar, voar, nadar 
Analogia: possuem origens embrionárias distintas e mesma função 
 
Exemplo: asas de inseto e aves, possuem origens diferentes mas as duas desempenham 
a mesma função – voar 
 
 
13 
 
 
@sarasuzany 
Variações Interespecíficas :variações da mesma estrutura em espécies diferentes 
 
Exemplo: ceco dos coelhos é mais desenvolvido que o ceco de humanos por conta da 
sua alimentação ser – boa parte- de vegetais 
Variabilidade 
 Holotopia: relação dos órgãos dentro do indivíduo como um todo 
 
 
 
 
14 
 
 
@sarasuzany 
 Sintopia: relação de um órgão com suas adjacências 
 
 Idiotopia: relação das estruturas dentro do próprio órgão 
 
 Histiotopia: relação das estruturas histológicas 
 
 Ectopia (distopia): Situs viscerum inversus – vísceras ocupando locais fora do 
habitual 
 
15 
 
 
@sarasuzany 
 Anomalias Anatômicas: alterações compatíveis, na maioria das vezes, com a 
homeostase (vida). 
 
 Monstruosidades Anatômicas: alterações incompatíveis com a homeostase (vida). 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
@sarasuzany 
Trata dos tipos morfológicos constitucionais 
 Exognosia: Identificação animal. Ex: Resenha de cavalos 
 
 Biotipologia: caracterização de um grupo 
 Alometria: estudo entre forma e tamanho e como características mudam conforme 
organismos se desenvolvem 
De acordo com conformação do crânio 
Braquicéfalos: Crânio achatado no sentido craniocaudal. 
Animais foram selecionados artificialmente durante anos para adquirirem essa 
estética, por consequência, esses animais com focinho achatado são predispostos a 
doenças respiratórias. 
 
 
 
 
17 
 
 
@sarasuzany 
Mesocéfalos: possuem crânio com proporções médias e proporcionais 
 
 
Dolicocéfalos: possuem o comprimento longo, largura estreita e testa inclinada 
 
Cinofilia 
 Graioide (lebroides): cabeça cônica e longa 
 
 
18 
 
 
@sarasuzany 
 Bracoide: cabeça em forma de paralelepípedo 
 
 Lupoide: cabeça cônica e curta (variação vulpinoide) 
 
 Molossoide: cabeça cúbica ou redonda, muscular, maciça 
 
19 
 
 
@sarasuzany 
De acordo com a antimeria corporal 
Simetria: que pode ser dividido em duas partes iguais. A externa é mais coincidente do 
que a interna. 
 
Assimetria: não pode ser dividido em duas (ou mais) partes iguais 
 
De acordo com as proporções corporais 
Referencia para medir o comprimento e altura de animais quadrúpedes: 
 
Quase tudo 
na natureza é 
assimétrico 
Altura 
20 
 
 
@sarasuzany 
Longilíneo: Altura e comprimento predominam sobre os diâmetros transversais, 
membros longos. Ex: Guepardo, Salsisha, Girafa. 
 
Brevilíneo: predominam diâmetros transversais. Corpo e pescoço curtos e compactos, 
membros curtos. Ex: Bulldog, Boxer, Mastim Napolitano, Bretão, Shorthorn. 
 
Normolíneo (mediolíneo): Proporções equivalentes. Cocker, Setter, Dálmata, 
Mangalarga. 
 
 
 
21 
 
 
@sarasuzany 
De acordo com a forma de apoio 
Plantígrado: se apoia sobre a planta dos pés. Ex: Humano, Urso 
 
Digitígrado: se apoia sobre os dígitos. Ex: Cão e Gato 
 
Ungulígrado: se apoiam na última falange. Subdividido em: 
 Artiodáctilo: número par de dedos. Ex: Vaca 
 
22 
 
 
@sarasuzany 
 Perissodáctilo: número ímpar de dedos. Ex: Cavalo 
 
De acordo com caracteres auriculares 
 Inserção 
o Alta 
o Média 
o Baixa 
 
 Forma 
o Arredondada 
o Triangular 
 
23 
 
 
@sarasuzany 
 Posição 
o Ereta 
o Semiereta 
o Pendular 
 
Fatores que podem interferir nos tipos constitucionais 
 Genética 
 Metabolismo (estresse, calor, frio) 
 Exercícios 
 Cuidados 
 Alimentação 
 Doenças infecciosas ou não 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
@sarasuzany 
Estudo da combinação de ossos que forma o esqueleto de diversas espécies animais: → 
estrutura viva capaz de crescer junto ao restante do organismo e auto regenerar-se. 
Composição: 
 
 
 
 
 
A forma dos ossos depende de: 
1. Genética e Formação embrionária 
2. Aspectos dinâmicos- movimento, carga de trabalho, ambiente 
3. Músculos, tendões, ligamentos, vasos, nervos, órgãos 
Tais características são refletidas em Prolongamentos, 
retrações, protuberâncias, superfícies ásperas, cristas, 
espinhas etc. 
Composição histológica do tecido ósseo: 
 Osteoblastos 
 Osteócitos 
 Osteoclascos 
Osteogêneseprocesso e desenvolvimento dos ossos 
Origem na mesoderme – todos os tecidos de sustentação (ossos, cartilagens e 
músculos) 
 Ossificação intramembranosa ou desmal: diretamente a partir do tecido 
mesenquimal sem precursor cartilaginoso. Exemplos: alguns ossos do crânio, 
crescimento de ossos longos (osteóide), periósteo e endósteo 
 Ossificação endocondral/pericondral: a partir da cartilagem 
65% matéria mineral, depositada na matriz ou substância 
intercelular rígida: 
fosfato de cálcio (85% a 
90%) 
carbonato de cálcio (8% 
a 10) 
traços de fluoreto de cálcio, 
fluoreto de magnésio e fosfato de 
magnésio. 
25 
 
 
@sarasuzany 
Tipos de tecidos ósseos 
Tecido ósseo primário: mais primitivo, possui mais osteócitos que o tecido ósseo 
secundário. Reparação de Fratura Formação de novo tecido ósseo a partir do endósteo 
e do periósteo: 
 
Tecido ósseo secundário: mais organizado, possui uma construção de lamelas que 
confere instabilidade, evitando fraturas: 
 
Lei de Wolff: Organização do osso é controlada pela atividade mecânica: local de 
máximo esforço tem maior intensificação da formação óssea, levando ao 
remodelamento. 
 
 
 
26 
 
 
@sarasuzany 
Osso compacto x esponjoso 
 
Medula e cavidade medular 
 
Periósteo e Endósteo: 
 Camada externa: fibrosa 
 Camada interna: rica em células osteogênicas 
Fibras de Sharpey: fibras colágenas + periósteo + lamelas basais externas + tendão 
muscular. 
Classificação dos Ossos 
Ossos longos ou tubulares: comprimento maior que largura e espessura. 
Exemplos: úmero, rádio, ulna, metacarpo, fêmur, tíbia, fíbula, metatarso 
 
27 
 
 
@sarasuzany 
Ossos curtos: largura, espessura e comprimento são equivalentes (proporcionais) 
Exemplos: carpos e tarsos 
 
Ossos planos ou chatos: largura e comprimento predominam sobre espessura 
Exemplos: escápula, ílio, costelas, ossos cranianos 
 
Ossos irregulares: sem forma definida 
Exemplos: sesamóides, vértebras, alguns ossos faciais. 
 
 
28 
 
 
@sarasuzany 
Ossos pneumáticos/trabeculados: muitos possuem cavidades para a diminuição do peso 
Exemplos: ossos pneumáticos de aves 
 
Ossos viscerais: relacionados com as vísceras e não com o sistema locomotor 
Exemplos: osso peniano do cão, osso cardíaco de bovinos e caprinos e osso laringeano 
das aves. 
 
Funções 
Substância esponjosa é depósito móvel de cálcio: 
 Vitamina D3 (1,25-diidroxicolecalciferol) 
 Calcitonina 
 Paratormônio 
 Hormônio somatotrópico (STH ou GH), ACTH, TSH, hormônios sexuais masculinos e 
femininos. 
Esqueleto é a armação rígida que suporta e protege tecidos moles 
Vertebrados possuem endoesqueleto – esqueleto interno- o qual é o elemento passivo 
da movimentação. 
29 
 
 
@sarasuzany 
 Arcabouço e suporte para partes moles 
 Movimentação 
 Proteção de órgãos vitais 
 Armazenamento de íons e sais minerais 
 Hematopoiese 
 Auto-reabsorção 
 Remodelamento (Lei de Wolff) 
 
Esqueleto axial x apendicular 
 Esqueleto axial: Ossos da cabeça, coluna vertebral e esqueleto torácico 
Esqueleto apendicular: Membros torácicos e pélvicos 
 
 
 
Legenda: Axial / Apendicular 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
@sarasuzany 
Dente ≠ Osso 
Origens embrionárias diferentes: DenteOdontogênese;Osso Amelogênese 
Os dentes variam de acordo com a espécie, tipo de dente, idade etc. 
Comparação dentes das espécies bovina, equina e canina: 
 
Morfologia geral 
Formado por: Coroa, colo e raiz 
 Dente unirradicular: alvéolos unilacunares 
 
 Dente birradicular: alvéolos bilacunares 
 
31 
 
 
@sarasuzany 
 Dente trirradicular: alvéolos trilacunares 
 
Componentes estruturais do dente 
 
1. Dentina: defende a primeira camada protetora, absorvendo impactos externos 
causados por alimentos ou desgastes. Também é responsável pela área sensitiva do 
dente que é totalmente ligada à polpa, a parte nervosa. 
2. Esmalte: tecido mais duro do corpo atua na proteção da dentina e nervos 
3. Cemento: insere as fibras do ligamento periodontal da raiz e contribui para o 
processo de reparação após o dano da superfície radicular. 
4. Polpa: produz dentina, promover nutrientes e líquido tecidual para os componentes 
orgânicos dos tecidos mineralizados circunjacentes 
5. Desmodonto: tecido conjuntivo fibroso que une o dente ao alvéolo 
 
 
32 
 
 
@sarasuzany 
Adontes 
Animais que não possuem dentes 
Dica: o prefixo “a” indica negação, nesse caso = sem dentes 
Exemplos de adontes: tamanduá, ornitorrinco 
 
 
Classificação: forma de fixação dos dentes 
 Acrodonte: dentes presos à borda do arco alveolar ao invés de inseridos em 
alvéolos. Exemplo: Tubarão 
 
 
 
 
 
33 
 
 
@sarasuzany 
 Pleurodontes: os dentes não estão implantados em alvéolos e sim nas bordas 
laterais. Exemplo: alguns lagartos 
 
 
 Tecodontes: dentes fixados em alvéolo, seja um ou mais. Exemplo: cães 
 
Classificação conforme ao número de dentições 
 Monofiodontes: uma única dentição durante a vida. Exemplo: tatu 
 
 
34 
 
 
@sarasuzany 
 Difiodontes: duas dentições durante a vida, uma decídua (popularmente conhecida 
como dente de leite) e outra permanente. Exemplos: cães, humanos 
 
 Polifiodontes: várias dentições durante a vida. Exemplos: tubarão, crocodilianos, 
peixe-boi 
 
Classificação conforme a diversidade morfológica 
 Heterodontes: Dentes de diferentes formas. Exemplos: cães, gatos 
 
 
35 
 
 
@sarasuzany 
 Homodontes: dentes de formas iguais. Exemplos: golfinhos, crocodilianos, tatu, 
Bicho-preguiça 
 
Classificação conforme à disposição nas arcadas (grupos dentários) 
 Incisivos (I) 
 Caninos (C) 
 Pré-Molares (P) 
 Molares (M) 
Obs: quando falamos de dentição decídua 
as abreviações são acompanhadas de um 
D maiúsculo e a letra de abreviação do 
dente em minúsculo. Dentes Molares são 
apenas permanentes. 
Incisivos: “dentes da frente”, no geral, são responsáveis por cortar os alimentos 
 
36 
 
 
@sarasuzany 
 Incisivos especiais: elefante (Ipselodonte), Narval macho, Lagomorfas, Roedores, 
Camelos, Morcegos 
 
Caninos: presas, bem acentuadas em carnívoros, geralmente, usadas para rasgar o 
alimento 
 
 Caninos especiais: hipopótamo, morsa 
 
37 
 
 
@sarasuzany 
Pré-molares e Molares: dentes mais caudais, servem para triturar e moer o alimento 
 
 Pré-molares e molares especiais: dentes sectórios cães, canguru 
 
Dentes de ofídios 
 Áglifa: sem especificação para inoculação de peçonha. Exemplos: Jibóia, Sucuri 
 
 Opistóglifa: possuem dentes capazes de inocular o veneno, porém encontrados na 
região posterior da boca. Exemplos: Falsa-coral 
 
 
 
 
38 
 
 
@sarasuzany 
 Proteróglifa: dentição na qual há dentes inoculadores (canaliculados) imóveis 
curtos localizados na parte anterior da boca. Exemplo: coral verdadeira 
 
 Solenóglifa: dentição na qual há dentes inoculadores (canaliculados) móveis 
(retratáveis) e cumpridos localizados na parte anterior da boca. Exemplos: 
cascavel, jararaca 
 
 
Classificação quanto á morfologia da face oclusal 
 Bunodonte: cúspides baixas e arredondadas. Exemplos: humano, suíno 
 
39 
 
 
@sarasuzany 
 Secodonte: bordas cortantes. Exemplos: cães 
 
 Lofodonte: dentes molares com cristas alongadas de esmalte em posição 
transversal. Exemplos: equídeos 
 
 Selenodonte: cristas transversais curvas, em forma de meia-lua. Exemplos: 
ruminantes 
 
 
40 
 
 
@sarasuzany 
Classificação quanto ao encaixe à mastigação 
 Isognatas: Encaixe da arcada 
 
 Anisognatas: Sem encaixe da arcada 
 
Classificação quanto á proporção da coroa x raiz 
 Braquiodontes: apresentam pouco desenvolvimento da coroa. Exemplos: cães e 
gatos 
 
41 
 
 
@sarasuzany 
 Hipsodontes: grande e contínuo desenvolvimento da coroa. Exemplos: bovinos, 
equinos e ratos 
 
Simbologia dos dentes e fórmula dentária 
 Incisivos – Permanentes (I) e decíduos (Di) 
 Caninos – Permanentes (C) e decíduos (Dc) 
 Pré-molares – Permanentes (P) e decíduos (Dp) 
 Molares – Permanentes (M) 
Fórmula dentária exemplo: 
Dentição decídua (Di 3/3; Dc 1/1; Dp 3/3) x 2 = 28 
Dentição permanente (I 3/3; C 1/1; P 3/3; M 3/3) x 2 = 40 
Obs: multiplicado por 2 porque são dois antímeros 
Sistema triadan de notação dentária de equino (estilo plano cartesiano) 
 
 
 
42 
 
 
@sarasuzany 
Artrologia é basicamente a união/junção de dois ou mais ossos 
São divididas em três tipos, sendo que estes possuem suas subdivisões: 
 
 Fibrosa 
 
 
 Cartilaginosa 
 
 
Sinovial  Caracterizada pela presença da cápsula articular (e líquido sinovial) 
 + Movimento 
 + Congruência 
 Absorção de impactos 
- Podem ser reforçadas por ligamentos colaterais 
- Podem ter discos e meniscos, geralmente onde o encontro dos ossos é desigual. 
Classificações 
1. Morfologia 
 
 
 
 
 
 
Tecido 
conjuntivo 
fibroso 
Tecido 
conjuntivo 
cartilaginoso 
Sindesmose 
Suturas 
Gonfose 
Maior espaço, rádio-ulna, 
tíbia-fíbula 
Comum nos ossos do crânio 
Dente + osso 
Plana 
Serrátil 
Escamosa 
Folhosa 
Sincondrose 
Sínfise 
Cartilagem hialina 
Fibro Cartilagem 
Inter óssea 
Intraóssea 
43 
 
 
@sarasuzany 
2. Número de ossos 
a. Simples: Dois ossos. Ex: Articulação umeral 
b. Composto: mais de dois ossos. Ex: articulação cubital 
3. Superfície articular 
a. Concordante: se encaixam 
b. Discordante: não se encaixam (geralmente possuem discos ou meniscos) 
4. Movimento 
a. Dependente: depende do movimento de outra articulação. Ex: articulação 
intercárpica 
b. Independente: não depende do movimento de outra articulação. Ex: 
articulação umeral 
Alguns exemplos de articulações e suas classificações 
articulação Morfologia n° de ossos Superfície articular Movimento 
UMERAL ESFERÓIDE SIMPLES CONCORDANTE INDEPENDENTE 
CUBITAL GÍNGLIMO PERFEITO COMPOSTA CONCORDANTE INDEPENDENTE 
RÁDIO-CÁRPICA DESLIZANTE COMPOSTA DISCORDANTE DEPENDENTE 
INTERCÁRPICA DESLIZANTE COMPOSTA DISCORDANTE DEPENDENTE 
CARPO-METACÁRPICA DESLIZANTE COMPOSTA DISCORDANTE DEPENDENTE 
COXAL COTÍLICA COMPOSTA CONCORDANTE INDEPENDENTE 
JOELHO DESLIZANTE COMPOSTA DISCORDANTE INDEPENDENTE 
FEMORO-TIBIAL CONDILAR SIMPLES DISCORDANTE DEPENDENTE 
TIBIO-TÁRSICA PARAFUSO COMPOSTA DISCORDANTE DEPENDENTE 
INTERTÁRSICA DESLIZANTE COMPOSTA DISCORDANTE DEPENDENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
@sarasuzany 
Musculus, do latim: ‘pequeno rato’, diminutivo de mus. Mys, do grego: ‘rato’ 
 Miologia: músculos em geral 
 Esplancnologia: músculos viscerais 
 Estesiologia: músculos dos órgãos dos sentidos 
Origem embrionária no folheto mesodérmico 
Aparelho locomotor é composto por: Miologia Músculos Estriados + Ossos + Articulações 
Funções 
 Movimento de segmento corpóreo 
 Locomoção 
 Suporta porções corpóreas 
 Conformam paredes torácica e abdominal 
 Proteção de órgãos internos 
 Auxiliam atividades de órgãos internos (ex.: musculatura respiratória). 
Tecido Muscular 
Formado por células fusiformes, contráteis, gerando movimento, sensível à estímulos, 
possui condutividade, extensibilidade e elasticidade 
A Célula muscular, também chamada de sarcócito ou miócito ou fibra muscular, 
encurta-sedurante contração, aproximando as extremidades. 
Três tipos de tecido muscular: 
1. Musculatura estriada esquelética 
2. Musculatura estriada cardíaca 
3. Musculatura lisa 
Musculatura estriada esquelética 
Aparência estriada por conta da alternância entre uma faixa clara e uma escura. A 
faixa escura é denominada de banda A e apresenta filamentos contráteis finos 
(actina) e espessos (miosina) 
45 
 
 
@sarasuzany 
 
 É inervada pelo Sistema Nervoso Central 
 Contração voluntária 
Fibras paralelas (paralelas da origem à inserção) x Fibras Oblíquas 
 
Classificação muscular conforme sua função 
Agonistas: mesma função 
Antagonistas: funções opostas 
Sinérgicos: colaboram para exercer uma função que não é sua principal 
Classificação muscular de acordo com o número de origens 
Monocaptado: músculo com uma cabeça 
 
 
46 
 
 
@sarasuzany 
Bíceps: músculo de duas cabeças (duas origens e uma inserção) 
 
Tríceps: músculo de três cabeças 
 
Quadríceps: músculo de quatro cabeças 
 
47 
 
 
@sarasuzany 
Classificação muscular conforme o número de inserções 
Monocaudal: uma inserção 
Bicaudal: duas inserções 
Tricaudal: três inserções 
Tetra ou quadricaudal: quatro inserções 
Multi ou pluricaudal: mais de 4 inserções 
Classificação de acordo com número de ventres musculares 
Monogástrico: um ventre 
Digástrico: dois ventres interrompidos por tendão 
Poligástrico: mais de dois ventres, interrompidos por vários tendões 
 
Classificação do músculo de acordo com a sua forma 
Músculo orbicular: circular, contorna orifícios 
 
48 
 
 
@sarasuzany 
Músculo esfinctérico: circunda orifícios naturais, controlando entrada ou saída 
(esfíncter anal) 
Músculo plano: tendão laminar é denominado aponeurose 
Músculo cônico (cabeças do m. bíceps braquial) 
Músculo cilíndrico (mm. extensores e flexores) 
Classificação do músculo de acordo com seu tamanho 
Músculo longo: comprimento maior que largura e espessura (mm. dos membros) 
Músculo breve: largura, comprimento e espessura são similares (maior parte na 
cabeça) 
Músculos largos: largura maior que comprimento e espessura (mm. do tronco) 
 
Classificação dos músculos conforme orientação das fibras 
Músculo fusiforme: fibras dispostas em fuso, onde, ventre é mais largo que as inserções 
 
Músculo retilíneo: fibras paralelas 
 
49 
 
 
@sarasuzany 
Músculo semipenado: fibras dirigidas obliquamente e inseridas apenas em um lado do 
tendão 
 
Músculo penado: fibras lembram uma pena 
 
Músculo multipenado: fibras formam mais de uma “pena” inteira 
 
50 
 
 
@sarasuzany 
Músculo curvilíneo: fibras dispostas de maneira circular (mm. orbiculares e 
esfinctéricos) 
 
Classificação do músculo de acordo com localização 
 Cabeça e pescoço 
 Dorsal 
 Ventral 
 Tórax 
 Abdome 
 Membro torácico 
 Membro pélvico 
Nomenclatura muscular 
Nomenclatura muscular pode ser referente a: 
Arquitetura: m. semitendinoso, m. semimembranoso 
Localização: m. temporal 
Direção e situação: m. transverso do abdome, m. oblíquo abdominal externo 
Forma geométrica: m. trapézio 
Número de cabeças: m. bíceps braquial, m. quadríceps femoral 
Origem e inserção: m. esternohióideo 
Forma e tamanho: m. redondo maior 
Inserção e tamanho: m. fibular longo 
Forma e função: m. pronador redondo 
Função: extensor, flexor, adutor, abdutor, pronador, supinador, esfinctérico, orbicular, 
dilatador, elevador, depressor 
51 
 
 
@sarasuzany 
Músculos Respiratórios 
Parcialmente voluntários: é possível suspender respiração até esgotar tolerância ao 
CO2 e necessidade de O2  contrações voltam ao ritmo normal 
Ação dos músculos torácicos e diafragma 
Musculatura estriada do Canal Anal 
Parcialmente voluntário, pois não está sujeita à vontade do indivíduo por tempo 
indeterminado 
Músculo Cremaster 
Expansão do m. oblíquo abdominal interno, ação involuntária. 
Mecanismos para contração: ereção, ejaculação, diminuição da temperatura 
ambiental, situações de fuga/medo/tensão 
Di Dio e Pacheco (1955): pode ser parcialmente voluntário 
 
 
Macete: Músculo dos 
“puxa saco” 
52 
 
 
@sarasuzany 
Músculo lingual próprio 
Camadas de músculos entrelaçadas e um único ponto de fixação maior mobilidade 
Órgãos acessórios 
Órgãos acessórios agentes passivos do movimento 
Fáscias: fibras colágenas e elásticas, acompanhando saliências, possuem como função 
a manutenção dos músculos em suas posições. Podem desenvolver retináculos ou fitas 
especializadas para os tendões. Permitem deslizamentos de órgãos sintópicos. 
Endotendão, peritendão e epitendão 
 
Tendões e Aponeuroses: inelásticos, com tecido conjuntivo denso, resistênes, aspecto 
branco e brilhante. Em junções miotendíneas, fibras de tecido conjuntivo inserem-se 
nas indentações do sarcolema. Aponeuroses: tendões de mm. laminares. 
 
53 
 
 
@sarasuzany 
Bolsas Sinoviais: Membrana sinovial interna e membrana fibrosa externa preenchidas 
por sinóvia em locais onde há deslizamento das estruturas e atrito com órgãos 
sintópicos. Classificação de acordo com sua localização: 
 Bolsa sinovial subtendinosa 
 Bolsa sinovial submuscular 
 Bolsa sinovial subligamentosa 
 Bolsa sinovial subcutânea. 
 
Bainhas Fibrosas Tendíneas : envolvem os tendões, diminuem pressão e atrito sobre 
tecidos adjacentes, permitindo deslizamento. A membrana sinovial interna é dupla, 
circunda parcialmente o tendão e produz sinóvia 
Fenômenos Físicos de Contração: 
 Força: proporcional ao nº de fibras (quanto mais fibras mais força) 
Trabalho: depende da amplitude do deslocamento e da força 
Amplitude do deslocamento (momento motor): depende do local de origem e inserção 
(comprimento das fibras) 
Potência: velocidade de contração das fibras musculares 
Tamanho das Fibras Musculares 
Músculo curto: maior força e movimento de menor amplitude 
Músculo longo: movimento mais longo produzindo menos força 
 
54 
 
 
@sarasuzany 
 
Musculatura estriada cardíaca 
Possui estrias cardíacas transversais, contrações involuntárias, automáticas e 
rítmicas. Controlada pelo sistema nervoso autônomo. As fibras cardíacas ramificam-se 
e unem-se às fibras adjacentes: discos intercalares. 
 
Paredes ventriculares 
 
A parede ventricular do ventrículo esquerdo é mais desenvolvida, pois precisa de uma 
contração potente que bombeie o sangue para todo corpo, enquanto o ventrículo 
direito bombeia o sangue para os pulmões para fazer as trocas gasosas 
55 
 
 
@sarasuzany 
Complexo estimulador do coração 
Origem e distribuição do impulso cardíaco para contração do miocárdio: nó sinoatrial 
e nó atrioventricular 
 
Musculatura lisa 
Presente em órgãos internos, ductos excretores, paredes de vasos, são uninucleares e 
não possuem estrias transversais como a musculatura estriada 
 
56 
 
 
@sarasuzany 
Íleo: possui camadas musculares opostas que transportam o alimento semidigerido 
 
Íris: possui fibras musculares lisas dispostas radialmente, de forma concêntrica ao 
redor da pupila 
 
Artérias 
 
 
 
 
 
57 
 
 
@sarasuzany 
 
Histórico breve 
Nervo: 
 Grego: neuein 
 Latim: nervus -‘mancar’, ‘cambalear’ (alusão às lesões neurais em gladiadores) 
Erasístrato de Chio 
 Cerebrum (Cérebro) 
 Cerebellum (Cerebelo) 
Hipócrates de Cós 
 Descreveu o nervo como sendo uma estrutura esbranquiçada, tubular ou filiforme, consistência 
endurecida, essa mesma definição era dada a tendões e artérias 
Galeno 
 Restringiu o termo descrito por Hipócrates aos nervos 
Embriologia 
Espessamento da ectoderme médio-dorsal 
 
58 
 
 
@sarasuzany 
Desenvolvimento Filogenético 
 
Divisão anatômica 
O sistema nervoso é divido em dois, Sistema Nervoso Central constituído por encéfalo e medula espinhal e 
Sistema Nervoso periférico composto por nervos cranianos e espinhais, gânglios (corpos de neurônios fora do 
SNC) e terminações nervosas. Dentro dos SNP e SNC existem subdivisões: 
SNC 
 Encélfalo 
o Telencéfalo 
o Diencéfalo 
o Mesencéfalo 
o Metencéfalo 
o Mielencéfalo 
 Medula Espinhal 
 SNP 
o Nervos cranianos 
o Nervos espinhais 
o Gânglios 
o Terminações nervosas 
Sistema Nervoso Central 
Os órgãos do SNC são protegidos por ossos: Encéfalo pelos 
ossos cranianos e Medula Espinhal pelos ossos da coluna 
vertebral 
 
 
59 
 
 
@sarasuzany 
Divisão Encefálica 
 
 Prosencéfalo (cérebro): 
 Telencéfalo: Giros e sulcos, fissura longitudinal do cérebro que separa os dois hemisférios. Cada 
hemisfério possui 2 camadas: Córtex cerebral e Centro branco-medular. No telencéfalo animal podem 
se encontrar 3 ou 4 polos: frontal, occipital (+parietal em caso de 4 polos), temporal. O Telencéfalo 
ainda possui corpo caloso, núcleo caudado, hipocampo. 
 
 Diencéfalo: As principais estruturas são, o Tálamo- 2 massas de substância cinzenta-, o Hipotálamo- 
quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, e o Epitálamo – bem evidente na epífise 
 
 
60 
 
 
@sarasuzany 
 Tronco encefálico: 
 Mesencéfalo: seus componentes são pedúnculo cerebral, substância negra, tegmento, aqueduto 
mesencefálico, tecto 
 
 Metencéfalo: Ponte e Cerebelo como principais constituintes, parte do aqueduto mesencefálico e IV 
ventrículo. 
o Cerebelo: responsável por comandos involuntários, inconsciente, equilíbrio, aprendizado motor e de 
postura e controle do tônus muscular. 
 Mielencéfalo: bulbo ou medula oblonga, Fissura mediana, Pirâmide, Fascículos grácil e cuneiforme. 
 
Cavidades do Sistema nervoso central 
Ventrículos Laterais: deriva do telencéfalo 
 Direito 
 Esquerdo 
 Forames interventriculares 
Terceiro Ventrículo: deriva do diencéfalo 
 Aqueduto cerebral / aqueduto mesencefálico 
 Estruturas hipotalâmicas no assoalho 
 Circunda comissura intertalâmica 
61 
 
 
@sarasuzany 
Quarto Ventrículo: deriva do rombencéfalo, sobre medula oblonga e ponte, ventralmente ao cerebelo e 
continua caudalmente com o canal central do bulbo 
Teto do IV Ventrículo: entre pedúnculos cerebelares, junto à tela corióide, fechando IV ventrículo 
 Lâmina tectal 
 Tela corióide emite projeções vascularizadas no IV ventrículo e formam plexo corióide 
 
Liquido cefalorraquidiano 
É um líquido de aparência claro, límpido e aquoso, presente nos plexos coroides, espaço subaracnóideo e 
ventrículos, envolvendo o SNC. 
 Evita contato direto do SNC com estruturas ósseas 
 Sua análise pode revelar patologias meningeanas ou neurológicas - Hidrocefalia 
 
 
62 
 
 
@sarasuzany 
Medula espinhal 
Localizada cranialmente ao bulbo e caudalmente a cauda equina. Composta por substância cinzenta na região 
central que forma o H medular e pela substância branca na região periférica. Existe ainda, o canal central da 
medula que é um resquício do tubo neural. 
 
H medular e canal central da medula 
Divisão: 
 Cervical 
o Intumescência cervical 
 Torácica 
 Lombar 
o Intumescência lombar 
 Sacral 
 Caudal 
Meninges 
Origem grega da palavra meninx que significa membrana 
1. Dura-máter: membrana mais superficial, composta por tecido conjuntivo rico em colágeno 
 No encéfalo: Folheto externo e Folheto interno 
 Na medula 1 folheto 
 Extensões tubulares laterais 
2. Aracnóide: membrana fina, localizada no espaço subdural, com pequena quantidade de líquido e no espaço 
subaracnóideo com trabéculas aracnóideas (Líquido Cefalorraquidiano) 
3. Pia-máter: membrana que está aderida à superfície do encéfalo, medula e raízes dos nervos espinhais. 
 
 
 
 
 
nervos da cauda equina 
63 
 
 
@sarasuzany 
Sistema Nervoso Periférico 
O Sistema Nervoso Periférico (SNP) está localizado fora do SNC e possuem nervos sensitivos, motores ou mistos 
(sensitivos e motores) 
O SNP é composto basicamente de nervos, gânglios e terminações nervosas 
 Nervos: Nervos cranianos (emergem do encéfalo) e nervos espinhais (emergem da medula) 
 12 pares de nervos cranianos 
 I Nervo Olfatório: sua origem real é na mucosa nasal, tem como função a olfação 
 II Nervo Óptico: origem real na retina é responsável pela visão 
 III Nervo Oculomotor: origem real no mesencéfalo participa do movimento dos olhos, miose e 
acomodação 
 IV Nervo Troclear Origem real mesencéfalo, tem como função o movimento dos olhos 
 V Nervo Trigêmeo: (n. oftálmico, n. maxilar e n. mandibular) origem real ponte, gânglio trigêmeo, 
funções movimento da mandíbula e sensibilidade da cabeça. 
 VI Nervo Abducente: origem real ponte tem como função o movimento dos olhos 
 VII Nervo Facial: origem real ponte, gânglio geniculado, atua na expressão facial, secreção de 
lágrimas e saliva, gustação 
 VIII Vestíbulo Coclear: origem real gânglio vestibular, gânglio espiral, atua no equilíbrio e na audição 
 IX Nervo glossofaríngeo: origem real medula oblonga, gânglio inferior, atua na elevação da faringe, 
secreção da saliva, sensibilidade da língua e faringe, reflexos viscerais, gustação, sensibilidade das 
orelhas interna e média. 
 X Nervo Vago: origem real medula oblonga, gânglio inferior, gânglio superior, como funções tem 
movimentos da laringe, movimentos e secreção das vísceras torácicas e abdominais, sensibilidade da 
faringe, laringe e vísceras torácicas e abdominais e reflexos viscerais, sensibilidade da língua e 
faringe, reflexos viscerais, gustação, sensibilidade da orelha externa 
 XI Nervo Acessório: origem real medula oblonga, medula espinhal, responsável por movimentos de 
faringe e laringe, movimentos de cabeça e ombro, movimentos e secreção das vísceras torácicas e 
abdominais. 
 XII Nervo Hipoglosso: origem real medula oblonga, responsável pelos movimentos da língua 
 
64 
 
 
@sarasuzany 
 
 Nervos Espinhais 
 Cervicais (8) – C1 ... C8 
 Torácicos (12) – T1 ... T12 
 Lombares (5) – L1 ... L5 
 Sacrais (5) – S1 ... S5 
 Coccígeos (1) – Co 
Raiz Dorsal: imergem pela musculatura 
cervical e do dorso 
Raiz Ventral: emergem pelos mm. ventrolateral do tronco, pescoço e membros 
Intumescência Cervical: dá origem ao plexo Braquial 
Intumescência Lombar: dá origem ao plexo Lombossacral. 
 Gânglios 
Os gânglios são aglomerados de corpos ou pericários de neurônios fora do Sistema Nervoso Central 
 
Terminações nervosas 
São as extremidade das fibras nervosas. Podem ser: 
 Sensitivas (receptores) 
 Especiais: visão, audição, equilíbrio, gustação, olfação 
 Gerais: em todo o organismo 
 Motoras (efetoras) 
 Somático: placas motoras 
 Visceral: mediadores químicos de acetilcolina / noradrenalina 
Os receptores podem ser exteroceptores, que estão presentes na superfície corpórea e percebem alterações 
como dor, temperatura, tato e pressão, ou proprioceptores que estão localizados nos músculos, tendões, 
ligamentos e cápsulas articulares. Os propioceptores ainda estão ligados a posição e movimento e atividade 
do cerebelo. Ainda existem os viscerorreceptores presentes nas vísceras, responsáveis pela percepção de 
vasos, fome, sede, prazer sexual e dor visceral. 
65 
 
 
@sarasuzany 
 
 
 
Receptores exteroceptivos: captam sensações do meio e do corpo 
 Trato Gastrointestinal: Gustativos 
 Trato Respiratório: Olfato 
 Cútis- Tato 
 Orelha- Audição 
 Bulbo ocular- Visão 
Orelha 
Recebe apropriadamente também a denominação de órgão vestibulococlear, pois inclui 
tanto os órgãos do equilíbrio quanto os da audição. É subdividida em: 
1. Orelha externa 
a. Pavilhão auricular ou aurícula 
b. Meato acústico externo 
c. Membrana timpânica 
 
 
2. Orelha média 
a. Cavidade timpânica 
b. Ossículos da audição (estribo, martelo e bigorna) 
c. Tuba auditiva 
sensação 
AISTHESIS LOGOS 
estudo 
66 
 
 
@sarasuzany 
 
3. Orelha interna 
a. Vestíbulo 
b. Canais semicirculares 
c. Cóclea 
 
 
 
 
 
67 
 
 
@sarasuzany 
Visão geral da orelha 
 
 
68 
 
 
@sarasuzany 
 
 
Bulbo Ocular 
O olho, órgão da visão,compõe-se de diversas partes, as quais possuem a capacidade 
de receber estímulos de luz do ambiente, registrá-los e convertê-los em um sinal 
elétrico, o qual é transportado para o encéfalo onde é interpretado. 
 
 Túnica fibrosa: esclera + córnea (limbo) 
 Túnica vascular (úvea): coróide, corpo ciliar e íris 
 Túnica interna: retina (cones/bastonetes) 
 Equador 
 Humor aquoso: produzido no estroma da íris, nutre a córnea 
69 
 
 
@sarasuzany 
 Lente: acomodação da imagem; suspensa por fibras zonulares no corpo vítreo (ora 
serrata) 
 Tapetum lucidum (guanina+zinco): assimilação de luminosidade 
 Tapetum nigrum 
 
Órgãos acessórios do bulbo ocular 
 Cílios: proteção contra poeira e microorganismos 
 
 Glândulas tarsais: produzem uma secreção adiposa que lubrifica as margens das 
pálpebras, evitando que a superior fique grudada à inferior no fechamento 
 Glândula lacrimal: lubrificação dos olhos 
 
 
70 
 
 
@sarasuzany 
 
 
 Conjuntiva palpebral: proteger a superfície ocular de agentes externos e manter a 
lubrificação ocular 
 Terceira pálpebra: barreira protetora 
 
 
 
71 
 
 
@sarasuzany 
Músculos oculares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
 
@sarasuzany 
Bônus com links :) 
Drives com vídeos práticos da turma de 2019.1 (todos os assuntos) 
https://drive.google.com/drive/folders/1-C6Ge6dys32xeHIPFH7Uu4ifLuhYTO28 
https://drive.google.com/drive/folders/1PnDCtZRlGbtlGzlGF_xMYODAopvpmnaC 
Drive com vídeos práticos da turma de 2019.1 (miologia) 
https://drive.google.com/drive/folders/1l-0efJXbsgXThuh0kvAvfEJKOL26wNXB 
Drive com vídeos práticos da turma de 2019.1 (artrologia) 
https://drive.google.com/drive/folders/11LltRKQA3kKvUxLPnzn8Q3G4t1erkmkV 
Vídeo com macete dos 12 pares de nervos cranianos (PS: obrigatório curtir e comentar) 
https://youtu.be/tWxigmxyewE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://drive.google.com/drive/folders/1-C6Ge6dys32xeHIPFH7Uu4ifLuhYTO28
https://drive.google.com/drive/folders/1PnDCtZRlGbtlGzlGF_xMYODAopvpmnaC
https://drive.google.com/drive/folders/1l-0efJXbsgXThuh0kvAvfEJKOL26wNXB
https://drive.google.com/drive/folders/11LltRKQA3kKvUxLPnzn8Q3G4t1erkmkV
https://youtu.be/tWxigmxyewE
73 
 
 
@sarasuzany 
Referências Bibliográficas 
 
DYCE, K. M.; SACK, W. O.; WENSING, C. J. G. Tratado de anatomia veterinária. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2004. 
GETTY, R. Sisson/Grossman - Anatomia dos Animais Domésticos. 5. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1986. 2v. 
MACHADO, A. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1993. 363p. 
POPESKO, P. Atlas de Anatomia Topográfica dos animais domésticos. 3. ed. São Paulo: 
Manole, 1997. 3v. 
INTERNATIONAL COMMITTEE ON VETERINARY GROSS ANATOMICAL NOMENCLATURE; 
GENERAL ASSEMBLY OF THE WORLD ASSOCIATION OF VETERINARY ANATOMISTS. Nomina 
anatomica veterinaria. 6. ed. Hannover: W.A.V.A., 2017, 177p.

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