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Poderes da Administração Introdução • Poderes da Administração são instrumentos para a consecução da atividade público, consistentes em uma autorização para a Administração Pública cumprir os deveres impostos para a satisfação do interesse público. • Poderes são inerentes à Administração Pública pois, sem eles, ela não conseguiria fazer sobrepor-se a vontade da lei à vontade individual, o interesse público ao interesse privado • Trata-se de poder-dever, já que reconhecido ao poder público para que o exerça em benefício da coletividade; os poderes são, pois, irrenunciáveis • Só podem ser exercidos nos limites da lei Poderes Administrativos ✓ Poder hierárquico ✓ Poder disciplinar ✓ Poder regulamentar ou normativo ✓ Poder de polícia ou polícia administrativa Poder Hierárquico • É o poder de coordenar e estruturar as diversas tarefas e os diversos órgãos existentes na Administração Direta (U, E, DF e M) • O direito positivo define as atribuições dos vários órgãos administrativos, cargos e funções e, para que haja harmonia e unidade de direção, ainda estabelece uma relação de coordenação e subordinação entre os vários órgãos que integram a Administração Pública, ou seja, estabelece a hierarquia. • Decorrem da hierarquia o Autotutela (súmula 473, STF) autocontrole dos seus atos administrativos, anulando-os ou revogando-os STF SÚMULA 473 - Autotutela A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. • São anuláveis os atos ilegais, com efeitos retroativos ex-tunc • São revogáveis atos legais, porém, inconvenientes ou inoportuno ao interesse público, com efeito ex-nunc • Delegações de competências: salvo hipóteses previstas art. 13, I,II e III, Lei n° 9.784/99 • Avocação de competências: salvo hipóteses previstas art. 13, I,II e III, Lei n° 9.784/99 Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. • Poder de dar ordens aos subordinados que possuem dever de obediência à ordens manifestamente legais (art. 22, CP, excludente de culpabilidade) Poder Disciplinar • Poder disciplinar confere à Administração a competência para punir as infrações funcionais de seus servidores, bem como de todos aquele que se sujeitam à disciplina administrativa • Uma vez configurada o ilícito administrativo a administração tem o dever de punir atos vinculado. A escolha da pena será conforme a gravidade do caso- discricionaridade (a Administração tem uma margem de escolha para aplicar a sanção) • Adm possui o dever de punir (não discricionaridade), porém pode escolher a pena aplicada (discricionariedade) • “Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente”. • A Administração não tem liberdade de escolha entre punir e não punir, pois, tendo conhecimento de falta praticada por servidor • Por último a aplicação de sanção deverá observar o devido processo legal Poder Normativo ou Regulamentar • É o poder que a Administração tem de editar normas gerais e abstratas para dar fiel execução à lei, tais como, regimentos, instruções, portarias, resoluções e decretos • Dentre os atos normativos expedidos pela Administração, destaca-se o decreto regulamentar ou simplesmente regulamento • O decreto regulamentar ou regulamento é atribuição conferida ao chefe do Poder Executivo Federal para complementar uma lei, nos termos do art. 84, IV, CF • Os regulamentos são atos infralegais • Pelo princípio da simetria constitucional o mesmo poder é conferido aos demais chefes do executivo • Existem dois tipos de decretos regulamentares ▪ Atos normativos de competência dos Chefes do Executivo ▪ Objetivam dar fiel execução da lei ▪ Limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida pela Administração. ▪ Ele não pode inovar na ordem jurídica ▪ Inova na ordem jurídica, porque estabelece normas sobre matérias não disciplinadas em lei; ele não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia ▪ Emenda Constitucional 32/01, dispõe de matéria não prevista em lei e que se refere apenas à organização da Administração Pública Federal Art. 84, VI, CF - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; • O que se permite é apenas transformar órgãos já existentes em outros, sempre de natureza inferior, uma vez que essa reengenharia de órgãos públicos pode ser incluída dentro do processo de organização da Administração Pública federal que cabe ao Chefe do Poder Executivo
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