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TEMA: Combate à Pobreza menstrual no Brasil NOTA: 960 AUTORA: Beatriz Azevedo John Locke, em “Contrato Social”, afirma que é dever do Estado garantir o bem-estar do indivíduo, e este dever é quebrado quando órgãos federais negam o direito à saúde, principalmente a feminina. Neste sentido, é intensificada a ausência de uma estrutura saudável que permita o combate à pobreza menstrual, e consequentemente prejudica a dignidade humana e feminina. Em primeiro lugar, existe uma ineficácia no Sistema Único de Saúde (SUS), em que há falhas nos quesitos de assistência à comodidade da mulher, restringindo-se a determinados problemas de saúde, excluindo a necessidade de atender toda a comunidade feminina que sofre constantemente com a ausência de apoio e, assim, intensificando a pobreza menstrual. Diante disso, as camadas mais pobres, exclusivamente, sofrem mais porque urge uma grandiosa carência de informação e até mesmo de educação sexual feminina, que poderiam ser supridas com uma boa campanha de conscientização. Paralelo a isso, autoridades do poder executivo, como o Presidente Jair Bolsonaro, ferem a dignidade humana e feminina quando vetam a distribuição gratuita de absorventes a estudantes de baixa renda e mulheres em vulnerabilidade. Todavia, o Governador do Pará, Helder Barbalho, refutou a decisão da presidência contribuindo para com a sociedade, distribuindo insumos necessários para a higiene de tantas mulheres, recuperando a altivez das mesmas, e, legitimando o “Contrato Social” de John Locke na realidade brasileira. Destarte, é necessário que o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde e do Ministério da Cidadania, reveja o veto acerca da distribuição de absorventes, para que a sociedade feminina possa sentir-se segura quanto aos seus direitos previstos no artigo 196 da Constituição federal, que assegura à saúde sendo um direito de todos e um dever do Estado. Ademais, o Estado pode elaborar um auxílio que colabore com a compra de produtos de higiene menstrual, ampliar as redes hospitalares para o cuidado da saúde feminina, e, também, promover a educação no que tange à menstruação. A partir de tais medidas, a pobreza menstrual será combatida e a realidade de muitas mulheres mudará.