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Enfermagem em Nefrologia: Conceitos e Cuidados

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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
Esta unidade tem o objetivo de estudar e compreender a enfermagem em nefrologia. 
O enfermeiro é o profissional formado e qualificado para desenvolver as suas 
atribuições em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa, docente e em 
pesquisa, para mais, coordena e supervisiona a equipe de enfermagem, executando 
os planejamentos dos cuidados para com os pacientes ou clientes. Focamos o 
estudo da unidade temática em três capítulos, levando em consideração: os 
conceitos iniciais da enfermagem em nefrologia, com ênfase na anatomia e fisiologia 
do sistema renal e funções ou atribuições do profissional enfermeiro na assistência 
ao paciente nefrológico. Para isso, faz-se necessário implementar e utilizar a 
ferramenta metodológica cientifica, utilizada para organizar o processo de trabalho 
de enfermagem, chamada de sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e 
a partir desse processo, descrever de forma sucinta os diagnósticos de enfermagem, 
sobre o estado de saúde de um paciente, considerando seus aspectos integrais e 
holísticos. 
 
Palavras-chave: Enfermagem em Nefrologia. Enfermeiro. Diagnóstico de 
Enfermagem. 
 
 
 
ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 
SUMÁRIO .................................................................................................................................2 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 
CAPÍTULO 1 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: NOÇÕES DA ANATOMIA E 
FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO ..............................................................................5 
1.1 CONCEITOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS DO SISTEMA URINÁRIO E 
VIAS URINÁRIAS ....................................................................................................................5 
1.2 VISÃO GERAL DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS 
UROPOIÉTICOS................................................................................................................... 14 
1.3 VISÃO DO PROCESSO DE FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO, SECREÇÃO E 
EXCREÇÃO RENAL. ........................................................................................................... 20 
CAPÍTULO 2 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS CONCEITOS AO 
PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM .............................................................. 23 
2.1 CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM . 
 ................................................................................................................................... 23 
2.1.1 Atribuições dos Profissionais da Enfermagem .................................................. 25 
2.2 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO AO PACIENTE RENAL ........................ 29 
2.3 PROCESSO E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM 
EM NEFROLOGIA ................................................................................................................ 32 
CAPÍTULO 3 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS DIAGNÓSTICOS AOS 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM ....................................................................................... 38 
3.1 CONCEITO DE DIAGNÓSTICO EM SAÚDE.................................................... 38 
3.1.1 Diagnósticos de Enfermagem .............................................................................. 39 
3.1.2 Diagnósticos de Enfermagem – Taxonomia NANDA....................................... 43 
3.2 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – PACIENTE 
RENAL ................................................................................................................................... 47 
3.3 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA ............................ 51 
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 52 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
O ramo ou área das ciências da saúde, a nefrologia, é considerada uma 
ramificação da medicina, podendo desenvolver suas atividades com a promoção, 
prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cura de disfunção relacionada 
com o sistema renal, urinário ou excretor, considerando que é voltado diretamente 
para o funcionalmente das células, tecido e órgão renal (rins). É formada por uma 
equipe multiprofissional qualificada e especializada para prestarem o suporte 
necessário ao paciente ou cliente nefrológico. 
Para compreender esta área, faz-se necessário ter o conhecimento e 
compreender os conceitos anatômicos e fisiológicos do sistema excretor, 
considerando os processos contínuos pelo qual o corpo humano tenta manter 
constantes e a homeostase necessária para a sobrevivência, prevenindo 
diferenciações nas funções do organismo ao nível de células, tecido, órgão e 
sistema. 
O organismo humano é considerado uma máquina ativa e dinâmica que, para o 
seu funcionamento, é imprescindível o trabalho concomitante dos sistemas 
orgânicos. Dessa forma, o sistema excretor, tem por objetivo eliminar as excretas 
provindas das inúmeras reações bioquímicas que ocorrem no interior do organismo 
devido ao intenso metabolismo celular orgânico do ser humano. 
Dessa forma, este sistema tem a funcionabilidade de se livrar das toxinas que 
precisam ser liberadas do organismo. Além disso, o sistema renal, precisa e deve 
controlar a composição química do ambiente interno das células, tecidos e órgãos 
que compõem os diversos sistemas do organismo humano. 
Sabendo disso, é preciso compreender que a enfermagem é uma área da 
saúde que se compromete com a elaboração, planejamento e liderança da 
assistência prestada, ao paciente ou cliente, nos diversos contextos sociais, 
ambientais e culturais em resolução das necessidades do indivíduo, família e 
coletividade. 
O cuidado do profissional enfermeiro e da sua equipe de enfermagem é 
pautado na visão integral e holística da profissão, envolvendo as áreas dos 
https://conhecimentocientifico.r7.com/celula-o-que-e/
 
 
 
 
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conhecimentos sociais e humanos, executados pelos profissionais na prática social 
e cotidiana da assistência, gerência, ensino, educação, extensão e pesquisa. 
 É nesse contexto do conhecimento que o enfermeiro especializado em 
nefrologia humana torna-se responsável para se dedicar aos planejamentos de 
saúde baseados em um processo chamado “Sistematização da Assistênciade 
Enfermagem” (SAE), regulamentado nacionalmente como um instrumento científico 
que organiza a parte laboral da profissão, possibilitando a implementação do 
processo de enfermagem, organizado em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico 
de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem. A 
utilização desse instrumento garante ao profissional a qualificação do gerenciamento 
do cuidado e do planejamento de suas atividades, além de servir como guia para 
suas ações. 
Nesta perspectiva, a utilização da SAE em pacientes nefrológicos, concede 
uma prestação da assistência de forma individual com uma maior visão das 
necessidades reais do indivíduo hospitalizado e acometido por agravos de doenças 
renais, além de proporcionar um olhar integral, humanizado e holístico para essas 
pessoas que, muitas vezes, encontram-se fragilizadas por um tratamento que pode 
ser de longa duração e, por isso, desgastante. 
 
5 
 
 
 
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CAPÍTULO 1 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: NOÇÕES DA ANATOMIA E 
FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
 
1.1 CONCEITOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS DO SISTEMA 
URINÁRIO E VIAS URINÁRIAS 
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2020) os estudos do sistema 
renal são considerados uma área e uma especialidade da medicina que se dedicada 
ao diagnóstico e tratamento clínico das inúmeras patologias do sistema urinário, 
principalmente aquelas relacionadas ao rim. 
Em 1984 foi fundada, para fortalecer a enfermagem em nefrologia, uma 
instituição cientifica e cultural, com abordagens políticas, chamada 
Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, que tem a função de fortalecer 
e colocar em prática o desenvolvimento da Enfermagem em Nefrologia no âmbito 
nacional (SOBEN, 2009). 
Nosso país é considerado, atualmente, o terceiro maior em disfunção da 
realização do procedimento de diálise mundial. Cada dia mais os números crescem, 
em média 9,4% por ano. Novos e antigos casos, nos últimos oito anos, foram de 141 
e 468 indivíduos doentes por milhão de população, respectivamente (SOBEN, 2009). 
Hoje, os principais fatores predisponentes para as patologias do sistema renal são 
atribuídos à hipertensão arterial sistêmica (35,8%) e ao diabetes mellitus (25,7%). 
O Ministério da Saúde, no ano de 2019, afirmou que a maioria dos indivíduos 
com patologia renal terminal, em âmbito nacional, evoluem para o óbito 
precocemente antes de começar o tratamento. Vários estímulos e esforços estão 
sendo desenvolvidos por profissionais da área da nefrologia e pelo governo, para 
que o diagnóstico seja estabelecido precocemente, e ao mesmo tempo, iniciar as 
medidas terapêuticas clinicas e cuidados efetivos para o restabelecimento da 
homeostase orgânica. 
Controlar os principais motivos e estabelecer o diagnóstico precoce da 
patologia renal minimizam os custos do tratamento, assim como o adoecimento e a 
taxa de morte durante os cuidados iniciais. Cuidar do aparelho renal é sinônimo de 
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se manter distante das patologias renais. A medida profilática mais efetiva é 
estabelecer uma alimentação com menos sódio, ou seja, menos salgada. 
O sal tem uma funcionabilidade de reter mais líquido e água no organismo e 
isso força os rins a executarem as suas funções sobre altas pressões 
desencadeando o desenvolvimento de patologia renal aguda ou crônica 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Para quem tem o diagnóstico de diabetes melitos, 
como patologia de base, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado, 
principalmente em relação ao açúcar do organismo. 
Não podemos esquecer que a ingestão de água continua é indispensável. Não 
podemos esperar ficar com sede para ingerir líquidos e água. É importante dizer 
que a sensação de sede já tem um significado de possível desidratação. Deve-se 
tomar uma quantidade de 200ml, em média, a cada uma hora para estabelecer uma 
filtração ideal das substâncias orgânicas para a formação da urina e possivelmente 
eliminar as substâncias tóxicas do organismo. 
Os indivíduos Idosos, acometidos por patologias do sistema cardiovascular, e 
indivíduos com história clínica, de patologia dos rins em familiares, têm grande 
chance de desenvolver agressões renais e devem ser investigados com métodos de 
triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue. Esses exames são 
simples, e disponíveis em rede pública e privada, além de nos informar como os rins 
estão fisiologicamente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). 
A recomendação é fazer essa triagem de exame uma vez por ano. Quem já 
tem uma história pregressa de problemas renais como hipertensão arterial sistêmica 
ou diabetes melitos, é de, no mínimo, seis em seis meses. Antes de adentrar no 
mundo do sistema renal humano, faz-se necessário recordar o significado e conceito 
da palavra anatomia, que descende do grego anatome (ana = através de; tome = 
corte). 
No seu conceito mais amplo, anatomia é a ciência da saúde/médica, que se 
importa em estudar, de forma macro e microscopicamente, a composição e o 
desenvolvimento dos seres vivos multicelulares. Um relevante conceito dos estudos 
anatômicos foi apresentado no ano de 1981, pela American Association of 
Anatomists, e foi destacado na integra: 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e 
com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos 
e ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios 
arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base 
estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos 
mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas (AMERICAN 
ASSOCIATION OF ANATOMISTS, 1981, online). 
 
 Já a área da medicina que estuda o funcionamento dos diversos 
órgãos e sistemas que compõem o corpo humano, bem como as suas interações 
externas e internas é chamada de fisiologia humana. 
 É nesse contexto do conhecimento que devemos dizer que a área da 
fisiologia humana apresenta conteúdos direcionados à forma nutricional, ao sistema 
cardiovascular, respiração, excreção, sistema musculoesquelético, suporte e 
movimentos corporais, controle imunitário e reprodução humana, ao logo da história 
do desenvolvimento humano. 
Sabendo dos conceitos da anatomia e fisiologia humanas, podemos iniciar o 
nosso estudo do sistema urinário (Figura 1), excretor ou renal. Esse sistema é 
composto por órgãos que exercem a função de filtração do sangue, produzem e 
eliminam substâncias toxicas na urina (AFH, 2020). 
 
Figura 1 – Esquema Didático Anatômico do Sistema Urinário 
 
Fonte: NETTER, 2000. 
 
Os nossos inúmeros conjuntos de células obtêm da corrente sanguínea os 
nutrientes para as suas atividades diárias e excluem, também, para a corrente 
sanguínea, compostos impróprios para serem excretados pelo sistemarenal 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
(GUYTON; HALL, 2017). Esses compostos químicos são considerados nocivos e 
precisam ser eliminados para não ocasionarem toxicidade no interior do corpo 
humano. 
A maioria desses metabolitos são excretados pelos rins e somente uma 
pequena quantidade deles são excretados pelas glândulas sudoríparas, na forma de 
suor. O sistema de eliminação (excretor) do corpo humano, também exerce a função 
de dissociar compostos químicos tóxicos e excretá-lo na forma de urina. Esse 
sistema é constituído pelos principais órgãos da filtração (rins) e que trabalham, 
ativamente, selecionando as diversas substância que compõem o corpo humano. 
Os compostos que não servem para as células são lançados nos bacinetes 
renais, na forma de urina, para serem conduzidos até túbulos musculares chamados 
de ureteres e deles são conduzidos até uma bolsa muscular que tem a função de 
armazenamento da urina, chamada de bexiga, e desta, até o canal da uretra, para 
ser expelida no meio externo (GUYTON; HALL, 2017). Associado com as diversas 
substâncias químicas que serão eliminadas, o sistema renal também elimina líquidos 
indesejáveis e água para o meio externo. 
O corpo humano precisa receber diariamente em média 2 litros de água ou 
mais por dia, e cada estrutura morfofisiológica que compõe o organismo humano 
necessita de porcentagens (Figura 2) diferenciadas para atender à demanda do 
funcionamento orgânico, por isso, devemos ingerir bastante água para manter o 
corpo saudável e eliminar os resíduos indesejados para não desenvolverem 
disfunções, principalmente, no sistema renal. 
Figura 2 – Esquema Didático da Porcentagem de Água nos Órgãos Humanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Emagrecer na saúde, 2020. 
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A corrente sanguínea conduz para todas as células, eletrólitos, água e 
moléculas de oxigênio para todas as estruturas vivas para manter o corpo em 
homeostase. Lembrando que a água é um dos componentes ativos e presentes na 
composição da parte líquida do sangue, chamada plasma, além de servir para o 
processo de desintoxicação do organismo humano. 
O processo de eliminação de água se faz necessário devido aos compostos 
tóxicos estarem dissolvidos na parte liquida do sangue (plasma). Não podemos 
esquecer que a eliminação de líquidos em grande proporção pode ocasionar um 
distúrbio hidroeletrolítico na célula, por isso, existe o processo de reabsorção de 
líquidos e água no sistema renal. O corpo precisa de água e eletrólito na proporção 
ideal para não ocasionar toxicidade orgânica. 
As moléculas de água fazem parte da constituição de todas as estruturas 
morfofisiológicas ativas do corpo humano. Além de fazer parte da composição 
externa e interna dos diversos órgãos e sistemas do organismo humano. Ela é 
considerada solvente universal e todas as reações bioquímicas orgânicas só 
ocorrem na presença da água. Então, fisiologicamente não viveríamos sem ter água 
no organismo (BATISTA, 2018). 
A ingestão das moléculas de água no corpo humano se faz através dos 
alimentos e dos diversos líquidos ingeridos. Além disso, uma parte da água que o 
organismo necessita provém do próprio corpo humano, mediante inúmeras reações 
químicas que mantêm o organismo funcionando de forma adequada. 
A corrente sanguínea é composta de inúmeras substâncias bioquímicas da 
quais não necessitamos e que podem ser consideradas tóxicas (perigosas): água 
em grande quantidade, eletrólitos, células inviáveis ou alteradas e partículas ou 
resíduos dos metabolismos das inúmeras células (BATISTA, 2018). Por este motivo 
devem ser excretadas rapidamente do corpo humano. 
 
 
 
 
 
 
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FIQUE ATENTO! 
No Brasil, a pandemia nos colocou diante de uma demanda crescente para 
prestação da assistência médica e de enfermagem, promovendo, desta forma, um 
aumento nos cuidados e intervenções de pacientes com disfunções no sistema 
renal. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: 
https://saude.abril.com.br/blog/com-a 
palavra/os-efeitos-imediatos-e-futuros-da-covid-19-na-saude-dos-rins/ Acesso em: 
17 de out. 2020. 
 
Para melhor compreender, iremos dividir, didaticamente, o sistema de 
eliminação (Figura 3) em estruturas uropoiéticos, compostas pelos rins, e estruturas 
musculares, chamadas de vias urinárias, compostas pelos ureteres, bexiga e uretra. 
 
Figura 3 – Esquema Didático dos Componentes do Sistema Urinário 
 
Fonte: APC, 2020. 
 
IMPORTANTE! 
Os órgãos do sistema urinário praticam limpeza na corrente sanguínea durante 
todos os momentos do dia para excretar substâncias e resíduos tóxicos. Ao mesmo 
tempo, inspecionam a quantidade de água e eletrólito do organismo humano. 
Também auxiliam no controle do aumento da pressão arterial e elaboram os 
hormônios que exercem as funções de evitar o processo anêmico e a 
descalcificação óssea. De acordo com os nefrologistas, as disfunções que 
acometem a hipertensão arterial e o diabetes melitos nos indivíduos e nas suas 
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famílias podem ser considerados os principais motivos de riscos das agressões e 
lesões ao nível de disfunções do sistema renal. 
 
Iniciaremos os estudos da nefrologia pelas vias urinárias, que são 
consideradas estruturas anatômicas que conduzem a urina, produzida pelos rins, 
para serem eliminadas do organismo humano. Os ureteres (Figura 4) são órgãos 
musculares tubulares que conduzem a urina originada pelas estruturas uropoiéticas 
(os rins) até a estrutura celular que tem a função de armazená-la, chamada bexiga 
(DRAKE, 2015). 
O ureter desenvolve movimentos conhecidos como peristálticos para 
impulsionar a urina ao longo do seu trajeto muscular. Estes movimentos conduzem a 
urina sem que ela retorne para os rins, desta maneira, mesmo que o indivíduo se 
encontre de cabeça para baixo, a urina percorreria normalmente o seu trajeto pelo 
ureter até a bexiga. 
O ureter tem início no interior da estrutura renal, a qual é chamada pelve renal, 
seguindo em um sentido inferior, e percorrendo toda a cavidade do abdome, logo em 
seguida, desemborca em toda cavidade da pelve humana para armazenar a urina na 
cavidade interna e inferior da bexiga (DRAKE, 2015). São considerados tubos 
musculares que medem cerca de 25 a 30 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro. 
Sua localização tem início na região abdominal, nos rins, por trás dos órgãos do 
trato gastrointestinal, em sentindo para a cavidade pélvica humana. 
O ureter é subdividido em três regiões: a primeirachamada pelve renal, 
constituída pela associação dos cálices renais maiores, considerada a parte mais 
larga (dilatada) desse órgão (NETTER, 2011). A segunda é denominada parte 
abdominal, maior região, que se prolonga da primeira parte até o final da cavidade 
abdominal, entrando na região pélvica. E a terceira e última parte, tem uma extensão 
que tem início na cavidade da pelve até a bexiga humana (DRAKE, 2015). 
 
 
 
 
 
 
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Figura 4 – Esquema Didático do Ureter Humano 
 
Fonte: DRAKE, 2015 
 
A bexiga urinária (Figura 5) é uma bolsa de tecido muscular liso que executa a 
funcionabilidade de armazenamento da urina. Estrutura formada por tecido muscular 
que se distende para armazenar aproximadamente 500 a 700 ml de urina, situada 
diretamente anterior ao reto, no homem, e 350 a 500ml de urina, na mulher, 
situando-se à frente da vagina e abaixo do útero (TORTORA, 2016). 
No individuo adulto e idoso, a bexiga se localiza na região pélvica, em alguns 
casos, pode adentrar na cavidade abdominal, quando se encontra com quantidade 
excessiva de urina. As partes que a constitui são o ligamento umbilical, o ápice, o 
corpo, o trígono, colo e o fundo da bexiga. 
A estrutura de revestimento interno da bexiga torna-se lisa, quando este órgão 
de armazenamento se encontra cheio de urina. Existe uma região da bexiga que 
denominaremos trígono da bexiga (TORTORA, 2016). Esta região sem rugas, é 
limitada por três ápices: óstios de entrada dos ureteres e o óstio de saída da região 
da uretra. Clinicamente é considerada uma região importante sem infecções 
aparentes nessa área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Figura 5 – Esquema Didático da Bexiga Humana 
 
Fonte: APC, 2020 
 
 O orifício de saída da região da bexiga é formado por uma musculatura no 
formato circular, denominado esfíncter interno, que exerce um funcionamento de 
contração involuntária, atuando de forma a prevenir o seu esvaziamento (APE, 
2019). Na região anatômica inferior ao esfíncter interno, e envolvendo a região 
superior da uretra, se encontra um outro músculo, chamado esfíncter externo, no 
qual é controlado de forma voluntária, permitindo a resistência fisiológica de 
miccionar. 
A via urinária que tem a função de condução da urina da bexiga até o meio 
ambiente é denominada de uretra. Essa via urinária tem o formato tubular, revestida 
por uma fina estrutura, chamada de mucosa, que armazena inúmeras quantidades 
de células secretoras de muco (APE, 2019), conecta-se ao meio externo pelo óstio 
externo para a eliminação da urina, além de ser considerada diferente no homem e 
na mulher. 
No homem tem início desde o óstio uretral interno da região da bexiga e 
percorre até o óstio uretral externo na extremidade do pênis (HALL, 2017). Possui 
três partes que chamamos de uretra prostática, membranosa e a esponjosa, com 
estruturas diferenciadas. É importante dizer que no homem essa via urinária é 
constituída por uma pequena fenda, chamada de ducto ejaculatório. 
Já na mulher, essa via urinária é considerada um canal, formado por 
membranas, estreito, que se estende desde a região da bexiga desemborcando no 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
orifício externo, na região do vestíbulo. Possui um diâmetro em média de 6mm, no 
seu estado normal (HALL, 2017). O óstio externo se localiza na região anterior à 
abertura vaginal e 2,5 cm dorsalmente a região da glande do clitóris, além de possuir 
inúmeras estruturas glandulares que se abrem nas próprias glândulas da região 
uretral. 
 
SAIBA MAIS: 
Filme sobre o assunto: Hipócrates (Bonfilm, 2014) 
Peça de teatro: Patch Adams – O amor é contagioso (Universal Pictures, 1998) 
Acesse os links: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais e 
https://www.tuasaude.com/doencas-do-sistema-urinario/ Acesso em: 17 de out. 
2020. 
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do 
assunto dentro do seu campo de atuação. 
 
1.2 VISÃO GERAL DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS 
UROPOIÉTICOS 
 
Os rins (Figura 6) são órgãos considerados uropoiéticos (rim direito e rim 
esquerdo), avermelhados, tem o formato de um grão de feijão, localizado na região 
abdominal entre o peritônio e a parede posterior do abdome (HALL, 2017). Esses 
órgãos (rins) possuem um coxim gorduroso e estruturas teciduais areolar frouxa, 
além de tecido peritoneal os envolvendo. Além disso, estendem-se entre a 11ª 
costela e o processo transverso da 3ª vértebra da região lombar. Considerados 
estruturas orgânicas, chamadas de retroperitoneais, por estarem posicionados por 
trás do peritônio da região do abdome (APE, 2019). 
 
 
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais
https://www.tuasaude.com/doencas-do-sistema-urinario/
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
 Figura 6 – Esquema Didático do Rim Humano 
 
Fonte: MOORE, 2014 
 
O rim tem em média 11,5 cm de comprimento, 5,5 a 8 cm de largura e um 
pouco mais que 2,6 cm de espessura. O rim da região esquerda é considerado um 
pouco mais longo e ao mesmo tempo estreito, do que o rim da região direita 
(NETTER, 2011). O peso médio de um rim adulto no homem é de 125g a 175g, já na 
mulher pode varia de 116g a 156g. Não podemos esquecer que o rim da região 
direita é situado um pouco abaixo do rim da região esquerda, isso se deve ao 
tamanho do lobo direito da estrutura hepática (fígado). 
 Exercem diferente funcionalidades no organismo como, por exemplo, a 
normalização dos compostos eletrolíticos da corrente sanguínea, normalização da 
quantidade sanguínea corporal, ajuste do fluxo sanguíneo arterial, ajuste da 
composição de hidrogênio na corrente sanguínea, liberação de substâncias 
hormonais e eliminação de partículas e drogas estranhas (GUYTON; HALL, 2017). 
Ainda, secretam parte do líquido amniótico (no feto) e também funcionam como 
estrutura glandular, pois liberam uma substância, chamada de eritropoietina, 
responsável por estimular a produção celular vermelha da corrente sanguínea na 
região medular óssea. 
No interior do rim (Figura 7) observamos uma área chamada de córtex renal 
(extremidade) que possui coloração clara, e uma região, chamada medula renal 
(centro) de coloração escura. Essas regiões são importantes para o estudo dos rins, 
devido à sua unidade funcional, chamada néfrons, a qual produz urina, situa-se na 
região do córtex e uma outra parte na medula. A região medular dos rins é composta 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
de inúmeras unidades coletoras de urina. Resumindo, afirmamos que a produção da 
urina se dá na região do córtex e a coleta na região da medula. (GUYTON; HALL, 
2017). 
O córtex renal se localiza quase que totalmente na região periférica dos rins, 
mas é observado, também, que uma outra parte tende a ter projeção para a direção 
da região medular, compondo uma região renal, chamada de colunas renais, que se 
fracionam na região da medula em partes menores, no formato triangular, chamadas 
pirâmides renais, em média de 9 a 12 em cada rim. 
 
Figura 7 – Esquema Didático da Anatomia Interna dos Rins 
 
Fonte: MOORE, 2014 
 
Os néfrons possuem estrutura no formato de tubos, que são chamados de 
túbulo coletor, que tem localização ao longo da estrutura das pirâmides renais e 
desemboca a urina por meio de um óstio presente na extremidade das pirâmides, 
chamada de papila renal. Associados às papilas renais, estão estruturas, chamadas 
cálices renais menores, estruturas celulares que colhem a urina que saem das 
pirâmides renais (DRAKE, 2015). As estruturas dos cálices menores se associam 
em número de três, para compor as estruturas renais, chamadas cálices maiores 
que, por sua vez, se associam e compõem a região da pelve renal. 
 
 
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IMPORTANTE! 
Os rins exercem uma função primordial na normatização do fluxo sanguíneo. 
Quando ocorre uma preservação do funcionamento normal dos rins, mesmo que 
ocorra um aumento da pressão arterial, o rim funciona com o aumento da liberação 
de sódio e água, e reduz o volume do sangue nos vasos e moderam a pressão da 
corrente sanguínea dentro dos valores considerados normais. 
 
Os rins excretam os resíduos da corrente sanguínea através néfrons (Figura 8). 
Cada néfron é constituído por duas partes, chamadas de cápsula glomerular (ou 
cápsula de Bowman) e os túbulos renais (HALL, 2017). As estruturas dos túbulos 
renais são reconhecidas como túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo 
contorcido distal. No interior da estrutura a cápsula glomerular adentra uma 
ramificação da artéria renal, que se divide e forma um emaranhado de vasos 
(capilares) denominados de glomérulo renal. 
A cápsula glomerular se projeta nas estruturas chamadas de túbulo contorcido 
proximal, que se projeta em uma estrutura em forma de “U” chamada alça de Henle. 
Dessa projeção em forma “U” segue uma outra estrutura, chamada de túbulo 
contorcido distal. 
 
Figura 8 – Esquema Didático da Anatomia do Nefrom 
 
Fonte: TORTORA, 2016. 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A urina é formada na estrutura dos filtros renais, e ocorre em duas etapas: a 
primeira chamada de filtração glomerular e a segunda, chamada de reabsorção 
renal. A urina é um líquido de coloração amarelada, ou ainda, podendo ser 
transparente, constituída nos órgãos uropoiéticos, com a finalidade de conduzir as 
diversas excretas, das inúmeras células e tecidos do organismo humano, para ser 
expelida para fora do corpo. Tem uma composição de 95% de água e 5% de 
resíduos e eletrólitos como, por exemplo, ureia, toxinas, cloro, magnésio, potássio, 
sódio, cálcio, entre outros, que se encontram dissolvidos na urina (GUYTON; HALL, 
2017). É normal também serem excretadas substâncias benéficas, porém podem 
estar em excesso no organismo e, por este motivo, o corpo tende a se livrar delas. 
 
FIQUE LIGADO! 
Os rins são órgãos associados ao processo de limpeza e filtração do sangue, ao 
mesmo tempo que produz a urina para supressão de resíduos danosos ao 
organismo humano, entretanto, quando elimina os resíduos tóxicos mantém os 
níveis adequados de eletrólitos no organismo. Quando essa função renal não é 
executada corretamente, esse órgão desenvolve as insuficiências renais agudas e 
crônicas. Estima-se que a patologia renal do tipo crônica, possa atingir 10% da 
população de todo o mundo, podendo atingir indivíduos de várias idades, mas, 
principalmente, os idosos. 
 
O processo de insuficiência renal é considerado uma disfunção repentina das 
funções fisiológicas renais, no qual os rins deixam de filtrar substâncias, eletrólitos e 
líquidos sanguíneos, que se acumulam perigosamente no corpo humano, 
modificando e afetando a constituição bioquímica do sangue, desenvolvendo um 
desequilíbrio hidroeletrolítico orgânico. 
Também chamada de lesão renal aguda, a insuficiência é comum em pacientes 
que já estão no hospital com alguma outra condição patológica (HALL, 2017). Este 
tipo de insuficiência (aguda), geralmente se desenvolve repentinamente, ou ao longo 
de horas e dias, mas de forma lenta. Indivíduos que se encontram graves, requerem 
assistência intensiva imediata e estão na estatística de desenvolvimento de lesões 
renais mais graves. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento intensivo. No 
entanto, pode ser reversível. Tudo depende do estado de saúde do paciente. A 
elaboração de resíduos de urina pelos rins é ajustada por uma substância 
(hormônio) chamada antidiurético, ou ADH, secretado pela região do hipotálamo, 
que se localiza na região do encéfalo e armazenado na glândula hipófise (GUYTON; 
HALL, 2017). Além deste hormônio, existe um outro que atua no equilíbrio 
hidroeletrolítico do corpo humano, denominado aldosterona, o qual é secretado 
pelas glândulas suprarrenais, e que tem a função de aumentar o processo de 
reabsorção do elemento sódio nos rins, para executar uma maior retenção de água 
no organismo. 
O controle da pressão (Figura 9) arterial sanguínea também é uma função dos 
rins, estes órgãos controlam as concentrações de sódio e a quantidade de líquido no 
corpo (TORTORA, 2016). Segundo o Manual (2016) quando ocorre uma baixa dos 
índices da pressão arterial sistêmica, imediatamente, os capilares sanguíneos dos 
rins, são os primeiros a perceberem a situação e produzem: 
 Uma substância química, denominada renina, que tem a função de 
estimular a mudança do angiotensinogênio (substância inativa presente 
no plasma sanguíneo) em angiotensina I que, por sua vez, é modificada 
para angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina; 
 A angiotensina II é um excelente vasoconstritor e faz com quer ocorra a 
elevação da pressão arterial, porém, o mal desempenho dos rins pode 
secretar renina abundantemente ao ponto de causar hipertensão 
sistêmica. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 9 – Esquema Didático do Controle da Pressão Arterial 
 
Fonte: MANUAL, 2016. 
 
1.3 VISÃO DO PROCESSO DE FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO, SECREÇÃO E 
EXCREÇÃO RENAL. 
 
Levando em consideração que os rins exercem importante função do equilíbrio 
dos fluidos orgânicos (Figura 10) do organismo humano, podemos citar, por 
exemplo, o processo de filtração dos fluidos corporais, para serem eliminados, com 
as substâncias nocivas ao organismo, e com isso, manter o processo de equilíbrio 
do sistema ácido e básico (MANUAL, 2016). É importante dizer que as etapas da 
produção da urina até a sua eliminação são bem semelhantes, e que muitos 
confundem os termos: filtração, reabsorção, secreção e excreção. 
A filtração renal é a primeira etapa, que ocorre quando o sangue passa pelo 
rim, mais especificamente no glomérulo. A diferença de pressão faz com que as 
substâncias saiam dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman, 
formando o filtrado glomerular (HALL, 2017). Esse processo não é seletivo, 
passando todas as moléculas e substâncias pequenas e ficando retidas as 
macromoléculas. 
O papel da reabsorção é de recuperar as moléculas que foram filtradas, mas 
são essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação (TORTORA, 2016). 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Esse processo acontece, principalmente, no túbulo proximal do néfron. São 
exemplos dessas moléculas: aminoácidos, glicose, ureia, sódio e água. 
 
Figura 10 – Esquema Didático da Homeostase Renal 
 
Fonte: BIOMEDICINA PADRÃO, 2013. 
 
Do mesmo modo que existem moléculas que devem retornar à circulação, 
existem as que precisam ser eliminadas, mas não são filtradas. O papel da secreção 
é remover essas moléculas (TORTORA, 2016). A remoção de íons de hidrogênio, 
potássio e amônia estão entre os processos de secreção mais importantes. 
Medicamentos e macromoléculas também são secretados. 
Depois desses três processos, citados anteriormente, a urina está formada e 
pronta para ser eliminada, sendo primeiramente armazenada na bexiga. A excreção 
ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da micção. De forma detalhada 
podemos considerar que o sangue penetra no glomérulo a uma pressão elevada. 
Uma grande parte da fração líquida do sangue é filtrada por pequenos poros no 
glomérulo, ficando na circulação as células sanguíneas e a maioria das moléculas, 
como as proteínas (HALL, 2017). 
O líquido claro e filtrado penetra no espaço de Bowman e passa para o túbulo 
proveniente da cápsula de Bowman (TORTORA, 2016). Em adultos saudáveis, 
cerca de 180 litros (47 galões) de líquido são filtrados pelos túbulos do rim todos os 
dias. Quase todo esse líquido (e os eletrólitos nele contidos) é reabsorvido pelo rim. 
Somente cerca de 1,5 a 2% do líquido é excretado como urina (TORTORA, 2016). 
Para que esta reabsorção ocorra, partes diferentes do néfron ativamente secretam e 
reabsorvem eletrólitos diferentes, que levarão junto à água e outras partes do 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
néfron, variando sua permeabilidade a ela, permitindo que mais ou menos água 
volte à circulação (HALL, 2017). 
Na primeira parte do túbulo (túbulo contornado proximal), a maior parte de 
sódio, água, glicose e outras substâncias filtradas são reabsorvidas e, 
posteriormente, reincorporadas ao sangue. Na parte seguinte do túbulo (a alça de 
Henle), sódio, potássio e cloreto são bombeados para fora (reabsorvidos). Dessa 
forma, o líquido restante fica cada vez mais diluído (GUYTON; HALL, 2017). Este 
líquido diluído passa pela parte seguinte do túbulo (o túbulo contornado distal), onde 
a maior parte do sódio remanescente é bombeada para fora em troca de potássio e 
ácido, que são bombeados para o interior. 
O líquido dos túbulos de vários néfrons entra em um tubo coletor. Nos tubos 
coletores, o líquido pode permanecer diluído ou a água pode ser absorvida do 
líquido e devolvida ao sangue, deixando a urina mais concentrada (GUYTON; HALL, 
2017). A reabsorção de água é regulada pelo hormônio antidiurético (produzido pela 
glândula pituitária) e outros hormônios (MANUAL, 2016). Esses hormônios ajudam a 
regular a função renal e a controlar a composição da urina para manter o equilíbrio 
hídrico e eletrolítico no organismo. 
À medida que o organismo metaboliza os alimentos, certos resíduos são 
criados e esses produtos precisam ser removidos do corpo. Um dos principais 
resíduos é a ureia, que tem origem no metabolismo da proteína (GUYTON; HALL, 
2017). A ureia passa livremente através dos glomérulos para o líquido tubular e, 
como não é reabsorvida, é passada para a urina. 
Além da ureia, existem inúmeras substâncias danosas na corrente sanguínea, 
as quais podemos citar: os resíduos tóxicos do metabolismo celular, que incluem: 
ácidos, toxinas e fármacos, que devem ser eliminados pela urina, especificamente 
pelas células no túbulo renal. 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
KAWAMOTO, Emilia Emi. Anatomia e fisiologia para enfermagem. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
BRANCO, M. M. C. B; MACHADO, P. M. A; SALGADO, C. L. A família no processo 
de cuidar do paciente com doenças renais. São Paulo: São Luís: EDUFMA, 2016. 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-eletr%C3%B3litos
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-eletr%C3%B3litos
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CAPÍTULO 2 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS CONCEITOS AO 
PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM 
 
2.1 CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM 
 
Iremos iniciar nossos estudos, dos conceitos e atribuições da área da saúde e 
da enfermagem, com uma breve descrição do ambiente hospitalar ou hospital, que 
consideramos como uma organização complexa para prestação de serviços de 
saúde. Esse termo deriva do latim hospe, que significa “aquele que recebe”, e 
conceitua esse estabelecimento para internação, tratamento e recuperação de 
doentes e feridos. 
No ambiente hospitalar o trabalho em equipe deve ser fundamental, 
harmonioso, com dedicação, determinação e embasado no respeito multiprofissional 
entre si, e com todos os pacientes, clientes ou usuários, para que se obtenha a 
segurança e eficácia necessárias nos diversos setores desse ambiente 
(CARVALHO, 2016). 
É preciso compreender que a equipe multiprofissional necessita ser capacitada 
constantemente para exercer uma assistência de qualidade, para aqueles indivíduos 
com patologias renais agudas e crônicas. O âmbito hospitalar para cuidados com 
indivíduos com doenças renais é considerado um setor dinâmico e com atividades 
intensas, e querequer uma educação continuada, quase que diariamente 
(CARVALHO, 2016). 
 
FIQUE ATENTO! 
O setor hospitalar para a prestação da assistência aos doentes renais é considerado 
crítico e requer dos profissionais um olhar integral, humanizado e holístico. 
Compreendemos que nem todos os pacientes com patologias relacionadas ao 
sistema excretor, urinário ou renal precisa se submeter ao procedimento de 
hemodiálise. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: 
https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/hemodialise/ Acesso 
em: 17 de out. 2020. 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Trabalhar na área da saúde é ter uma prática de capacitações e treinamentos 
constantes. Levando em consideração as ações educativas e transformadoras de 
saúde, dentro de uma instituição hospitalar, é preciso entender que elas estão 
interligadas com propostas de melhoria da qualidade e segurança dos serviços 
prestados, aproveitamento do tempo disposto para executar tal prática educativa, 
motivando os profissionais para que eles se sintam desafiados em aprender, 
desenvolvendo uma sistematização da assistência digna a qualquer pessoa que 
procure o serviço de saúde (PEDROSO, 2015). 
Ainda, segundo Pedroso (2015), a educação continuada (Figura 11) pode ser 
considerada uma prática constante e permanente de treinamento, aperfeiçoamento 
e atualização envolvendo todos os profissionais e, principalmente, a equipe 
de enfermagem, objetivando atender às necessidades do crescimento pessoal e 
profissional, que reflete na qualidade da assistência prestada ao ser humano que se 
encontra em procedimentos de reabilitações renais ou internado. 
 
Figura 11 – Esquema Didático da Educação Continuada em Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: FERREIRA et al, 2018. 
 
Educação Continuada em Saúde 
Profissional da Saúde 
 Crescimento pessoal e desenvolvimento de aptidões 
 Ampliação da autonomia 
 Mobilização de espaços e argumentações 
 Atualização de conhecimentos 
 Redução das fragilidades. 
Paciente 
 Melhoria da assistência prestada 
 Cuidado seguro e de qualidade 
 Promoção da qualidade de vida. 
Hospital 
 Melhoria nas relações multiprofissionais 
 Segurança no trabalho das equipes 
 Organização do processo de trabalho 
 Menores variações na prática clínica. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A enfermagem (Figura 12) é uma profissão voltada para a promoção, 
prevenção, reabilitação e recuperação da saúde da população, e requer constantes 
treinamentos inovadores, devido à evolução tecnológica e científica (COFEN, 2017). 
 
Figura 12 – Esquema Didático da Equipe de Enfermagem 
Equipe de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: COFEN, 2017. 
 
Nesse sentido, o enfermeiro utiliza a ferramenta de educação continuada para 
oferecer à sua equipe e a outros profissionais os conhecimentos para uma atuação 
eficaz no setor destinado à assistência e aos cuidados para os pacientes renais 
(FERREIRA et al, 2017). 
 
2.1.1 Atribuições dos Profissionais da Enfermagem 
O enfermeiro, enquanto líder, busca instrumentos pertinentes para capacitar 
toda a sua equipe de enfermagem, oferecendo, desta forma, uma melhor assistência 
de saúde ao paciente que se encontra em um serviço de organização hospitalar 
(PEDROSO 2015). 
Podemos dizer que gerenciamento significa organizar, planejar e executar 
atividades ou tarefas que tenham como objetivo facilitar os diversos processos de 
trabalho, e deve ser realizado por um profissional administrador, gerente ou líder e 
que seja direcionado para a gestão de processos e de pessoas. 
O gerenciamento ou supervisão em enfermagem é uma atribuição complexa do 
enfermeiro, e direcionada para a liderança da equipe, planejamento, supervisão, 
controle e avaliação das ações que serão desenvolvidas junto aos pacientes que 
buscam os serviços para as suas necessidades de saúde. O enfermeiro exerce a 
sua função, na gerência ou na assistência, baseado nas atribuições legais do código 
de deontologia e da lei profissional da enfermagem (PEDROSO, 2015). 
Enfermeiro 
Auxiliar de Enfermagem Técnico em Enfermagem 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Para complementar os estudos do gerenciamento ou supervisão em 
enfermagem, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN em 1986, em 
obediência à Lei nº 7. 498, determinou e destaca-se na íntegra que: 
 
O gerenciamento na equipe de enfermagem fosse uma atividade conferida 
privativa ao enfermeiro. O enfermeiro exerce todas as atividades de 
enfermagem, no entanto são privativas à direção dos órgãos de 
enfermagem da instituição de saúde pública e privada e à chefia de serviço 
e de unidade de enfermagem, a organização e a direção dos serviços de 
enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas 
prestadoras desses serviços, o planejamento, a organização, a 
coordenação, a execução e a avaliação dos serviços de assistência de 
enfermagem (COFEN, 2017). 
 
Ser enfermeiro, líder ou gerente, no cotidiano de seu trabalho, é desenvolver 
ações fundamentadas para a promoção, prevenção e recuperação da saúde do ser 
humano. Para tal, é preciso envolver o ato de coordenar e avaliar o desenvolvimento 
do trabalho da equipe de enfermagem, e da assistência prestada ao paciente, 
usuário ou cliente. Para isso, é preciso se capacitar constantemente nas funções 
que envolva gerencia para desenvolver o trabalho com qualidade e segurança para 
o paciente (FREITAS, 2011). 
Conforme foi abordado nos tópicos anteriores, a era moderna, associada com o 
desenvolvimento globalizado, requerem profissionais cada dia mais atualizados, e o 
enfermeiro, como membro da equipe de saúde, direcionado para as práticas do 
cuidar, precisa se focar em suas habilidades, assistenciais, gerenciais e educativas, 
com qualidade, no cenário atual de saúde, para contribuir na promoção, prevenção e 
reabilitação do paciente, cliente ou usuário (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). 
Na função assistencial, o profissional enfermeiro, é responsável em prestar 
assistência e cuidados de enfermagem, de qualidade, ao paciente, cliente ou usuário 
dos diversos setores hospitalares. As diversas ações assistenciais, no setor para os 
cuidados renais, têm por objetivo ser integral ao paciente, englobando a esfera 
física, mental e espiritual, como se preconiza um atendimento holístico e 
humanizado (LAUTERT; ZINI; GLANZNER, 2006). 
Para complementar os estudos das atribuições dos profissionais da 
enfermagem brasileira, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, através da 
Lei nº 7. 498/86, destaca-se na íntegra, a funcionabilidade do profissional de nível 
médio da enfermagem que diz: 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ouutilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
O técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo 
orientações e no acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau 
auxiliar, e participando no planejamento da assistência de enfermagem, 
cabendo-lhe participar da programação da assistência, executar ações 
assistenciais, exceto as privativas do enfermeiro, e participar da equipe de 
saúde (COFEN, 2017). 
 
Ainda, segundo o COFEN (2017), por meio da Lei nº 7. 498/86, destaca-se na 
íntegra, a funcionabilidade do profissional de nível médio da enfermagem que diz: 
 
O auxiliar de enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza 
repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, 
bem como a participação em nível de execução simples, em processos de 
tratamento, cabendo-lhe especialmente, observar, reconhecer e descrever 
sinais e sintomas, participar de ações de tratamento simples e prestar 
cuidados de higiene e conforto ao paciente, e por fim, participar da equipe 
de saúde (COFEN, 2017). 
 
O papel da equipe de enfermagem, no setor de doenças renais, tem por 
objetivo investir no processo contínuo de orientações para o indivíduo doente, no 
sentido de avaliar clinicamente o estado hídrico corporal, identificar e prestar 
assistência aos fatores de desequilíbrio orgânico, implementar com programa 
nutricional as necessidades do organismo de cada indivíduo, submetido aos 
procedimentos e cuidados renais (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). 
 
IMPORTANTE! 
A presença da equipe de enfermagem é de extrema necessidade para o 
atendimento e acolhimento ao paciente com disfunções orgânicas renais. Devemos 
levar em consideração que estes profissionais passam a maior parte do tempo 
prestando assistência ao paciente de forma qualificada, humanizada e holística. Não 
podemos esquecer que a assistência de saúde tem como objetivo ajudar o paciente 
na sua esfera biopsicossocial. 
 
A Sociedade Brasileira de Nefrologia (2002), estabelece a necessidade de 
examinar as principais disfunções orgânicas do paciente, decorrente dos 
procedimentos renais e, com isso, garantir a homeostase orgânica, evitando 
possíveis problemas no decorrer do tratamento. É importante dizer que o indivíduo 
com patologias renais precisa ser ouvido e orientado sobre a patologia, o que é, 
sinais e sintomas, diagnósticos, tratamentos e reabilitações. Além disso, é preciso 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
descrever detalhadamente as inúmeras formas de cuidados e terapia renal 
substitutiva para cada caso, e os possíveis riscos e benefícios que se encontram 
associados a cada variedade terapêutica (LAUTERT; ZINI; GLANZNER, 2006). 
O paciente (cliente ou usuário) precisa ser informado sobre os acessos 
vasculares (arterial e venoso), sobre a produção precoce do acesso da fístula 
arteriovenosa ou, ainda, cateter para diálise peritoneal, tipo de alimentação (dieta), 
restrição de água e outros líquidos, uso de fármacos e de procedimentos contínuos 
do controle da pressão arterial sistêmica e das taxas glicêmicas (SARDINHA, 2015). 
Essa orientação deve ser realizada pela equipe de enfermagem, sob a supervisão 
do enfermeiro. 
É de extrema necessidade que o paciente seja orientado corretamente, ou 
ainda, encaminhado para o setor de psicologia para minimizar o processo de 
ansiedade inicial e aumentar a adesão do autocuidado, diminuindo, dessa forma, as 
irregularidades decorrentes do tratamento e, assim, aumentando a adesão à 
terapêutica da equipe multiprofissional (SOMBRA et al, 2017). 
Nesse âmbito hospitalar (nefrologia) é de extrema eficácia trabalhar com a 
promoção à saúde, em todos os sentidos, para que os indivíduos que corporificam 
ou vivenciam essas mudanças no estilo de vida se sintam encorajados com as 
limitações decorrentes do processo patológico, com o tratamento doloroso, além dos 
pensamentos constantes de evoluírem para o óbito. 
O profissional enfermeiro deve se fundamentar na capacidade de tomar 
decisões urgentes, emergenciais e críticas, inúmeras das vezes, de modo a garantir 
um resultado da terapêutica efetiva, sem desperdiçar recursos humanos e materiais. 
Por isso se faz necessário, sistematizar a assistência de enfermagem, para 
desenvolver uma avaliação crítica, baseada em evidências científicas, para decidir o 
melhor caminho ou conduta clínica, assegurando maiores cuidados ao paciente, ao 
longo dos procedimentos desenvolvidos no setor hospitalar, destinado à assistência 
ao indivíduo com doença renal (SOMBRA et al, 2017). 
Por fim, os profissionais enfermeiros, mobilizam e motivam conhecimentos, 
para a sua equipe de enfermagem, por meio do processo de trabalho e 
sistematização da assistência, esquematizando diversos cuidados durante os 
procedimentos a saúde do paciente e, assim, possibilitando que os saberes 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
desenvolvidos gerem competências específicas para o profissional do setor de 
nefrologia. Dessa forma, todo esse esquema planejado se traduz em ações e atos 
de enfermagem para os cuidados com o paciente nefrológico. 
 
SAIBA MAIS: 
Filme sobre o assunto: Bichos de sete cabeças (Buriti Filmes, 2001). 
Peça de teatro: Mãos talentosas (Sony Pictures Television, 2009). 
Acesse os links: http://www.cofen.gov.br/parecer-n-072014cofenctln_50330.html. e 
http://biblioteca.cofen.gov.br/codigo-de-deontologia-da-enfermagem/. Acesso em: 17 
de out. 2020. 
Observação: sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do 
assunto dentro do seu campo de atuação. 
 
2.2 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO AO PACIENTE RENAL 
 
Antes de compreender os processos de humanização e acolhimento, faz-se 
necessário entender, na íntegra, o significado da palavra saúde, segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde 
(OPAS), que se baseia em diversos modelos holísticos e propostos historicamente 
que diz: 
Saúde é o estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, e não 
somente a ausência de doenças. O estado de completo bem-estar físico, 
mental e social depende de fatores médicos e sociais. Dessa forma, o 
estado de saúde das pessoas depende de forma significativa da alocação 
de recursos em setores como a educação, alimentação, infraestrutura 
sanitária e habitacional, incentivos ao trabalho, promoções ao estilo de vida 
saudável com atividades de lazer e cuidados com o meio ambiente (OMS, 
1974, s. p.). 
 
Sabendo desse conceito de saúde, proposto pela OMS/OPAS, o profissional 
enfermeiro e a sua equipe de enfermagem, técnicos e auxiliares, promovem o bem 
estar biopsicossocial dos indivíduos em um setor de prestação de cuidados, 
considerado dinâmico com intensas modificações de rotinas, devido às urgências e 
emergências clínicas renais que podem acometer os pacientes com disfunções no 
sistema excretor. 
http://www.cofen.gov.br/parecer-n-072014cofenctln_50330.html
http://biblioteca.cofen.gov.br/codigo-de-deontologia-da-enfermagem/
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
As práticas dos profissionais da enfermagem caminham paralelamente à 
humanização, considerada como o efeito de tornar humano, ético, amoroso, estético 
político e saber escutar o paciente que se encontra, inúmeras das vezes, debilitado, 
entristecido, devido aos problemas renais que acometem o seu corpo (FERREIRA et 
al, 2018). É importante dizer que o processo de humanizar vai além da área da 
saúde, envolvendo os inúmeros profissionais das ciências sociais aplicadas, ciências 
exatas, entre outras áreas do conhecimento, por isso, afirmamos anteriormente que 
precisamos enxergar o paciente renal como um indivíduo biopsicossocial. 
Os diversos profissionais da área da saúde, principalmente os da enfermagem, 
devem cuidar de forma humanizada do indivíduo, objetivando as suas práticas 
assistenciais nas reais prioridades de saúde do seu usuário (FERREIRA et al, 2018). 
Dessa forma, o atendimento associado às intervenções de saúde humanizadas 
podem contribuir para o diagnóstico, tratamento, recuperação, cura, e ainda, 
promover com qualidade, os possíveis cuidados paliativos. 
Atuando com as práticas humanistas em saúde, os pacientes, usuários, 
clientes, e os familiares ou cuidadores, conseguem responder às intervenções 
clínicas, de forma favorável, mantendo a saúde mental fortalecida, contribuindo para 
a melhoria do estado de saúde dos pacientes renais (SARDINHA, 2015). O 
acolhimento (Figura 13) é proposto como uma conduta da política nacional de 
humanização (PNH), que não depende de ambiente nem horário para ser 
desenvolvido e nem um profissional específico para a ocorrência dessa atribuição. 
Acolher um paciente é compreender um indivíduo singular, ao mesmo tempo, é 
saber lidar com aspectos éticos, morais, estéticos e políticos, de forma específica, 
para se fazer saúde com segurança e qualidade. 
Os processos de humanização e acolhimento caminham paralelamente, e 
podem ser considerados, uma ferramenta tecnológica necessária dos processos 
intervencionais para promover uma escuta com criação de vínculo, garantindo, 
dessa forma, um melhor acesso aos serviços de saúde, aos setores de cuidados e 
tratamentos renais, tentando buscar resolutividade nos diversos serviços, ofertados 
por esse setor, ao paciente acometidos por patologias do sistema urinário, excretor 
ou renal (SOMBRA et al, 2017). 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 13 – Esquema Didático do Acolhimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SOMBRA et al, 2017. 
 
Os hospitais ou clínicas de saúde que prestam serviços aos portadores de 
disfunções orgânicas, relacionadas aos órgãos que compõem o sistema excretor, 
devem prestar assistência de saúde ao paciente, buscando ser responsáveis, 
eficazes e resolutivos, promovendo as orientações aos seus clientes e à família, em 
relação ao contexto que se encontram inseridos. 
O acolhimento não pode ser considerado como um espaço material ou um 
local, mas uma diretriz ética que implica compartilhar, vivenciar e articular os 
saberes, as ansiedades, as angústias dos clientes e familiares, em relação ao 
contexto de vida daqueles indivíduos que, naquele momento, podem estar passando 
por situações desconfortáveis (SOMBRA, 2017). 
É importante aprender que o enfermeiro e a sua equipe de enfermagem 
prestam cuidados diretos aos pacientes, sendo assim, inúmeras vezes, é 
considerado, o profissional mais habilitado para acolher o paciente nos diversos 
setores do âmbito hospitalar, visto que tem que ser ativo e dinâmico para contemplar 
a complexidade das diferentes agressões patológicas e das inúmeras demandas de 
atendimentos e cuidados de enfermagem prestados aos pacientes renais 
(CAVALCANTE; SILVA, 2017). 
Não podemos esquecer da importância de a equipe multiprofissional se 
apresentar para o paciente, dialogando sempre, tentando diminuir ao máximo suas 
inseguranças, medos e receios, fazendo com que ele se sinta aconchegado, 
Vantagem do acolhimento: 
Recebem atendimento e cuidados de 
saúde baseados nas patologias diversas 
dos pacientes. 
Por quem serei acolhido? 
o acolhimento pode e deve ser realizado 
por toda a equipe de saúde, desde a 
recepção, admissão, cuidados gerais e 
alta hospitalar. 
Quem será acolhido? 
Todo indivíduo que busque os serviços 
de saúde junto aos diversos setores. 
O que é acolhimento? 
É o atendimento humanizado que 
acontece durante o funcionamento e 
assistência do hospital e diversas outras 
áreas que preste cuidados a saúde. 
Acolhimento 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
acolhido, protegido, tendo a certeza de que não está sozinho enfrentando essa nova 
experiência em sua vida (CAVALCANTE; SILVA, 2017). Além disso, o enfermeiro 
precisa ficar alerta para os diversos encaminhamentos multiprofissionais, para que o 
paciente consiga atingir o mais rápido possível as condições clínicas, emocionais e 
sociais adequadas para sua futura alta hospitalar. 
 
IMPORTANTE! 
Os serviços de saúde que prestam assistência de promoção, recuperação e 
reabilitação à saúde do paciente renal precisa ser formada por uma equipe 
multiprofissional para discutir os atendimentos no serviço: qual o "caminho" do 
paciente desde que chega ao serviço (admissão) por onde entra, qual o profissional 
que o recebe, como é realizada essa recepção, qual o profissional que o orienta, 
qual o profissional que o acolhe, para onde o paciente é encaminhado depois do 
acolhimento, enfim, todas as etapas que percorre e como é atendido em cada uma 
delas. 
 
2.3 PROCESSO E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM 
EM NEFROLOGIA 
 
Ao longo dos anos, foi necessário oferecer ao paciente uma melhor 
assistência, baseada em achados científicos, para garantir práticas seguras e 
cuidados da equipe de enfermagem (enfermeiro, auxiliares e técnicos) com um olhar 
holístico, humanizado e seguro para com o paciente nos diversos níveis de 
complexidade da assistência em saúde (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). 
A arte do cuidar ou enfermagem é uma profissão que perpassa séculos. Ao 
longo da história da enfermagem passamos por diversos momentos e fases. Os 
enfermeiros estavam sempre buscando melhores motivações e condições para 
aplicar os conhecimentos científicos da enfermagem em suas atividades diárias 
(SILVA, 2017). A primeira enfermeira a introduzir em cenário nacional os conceitos e 
teorias de enfermagem em 1979 é conhecida como Wanda Horta, que elaborou a 
teoria das necessidades humanas, que considera na integra: 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A enfermagem como um serviço prestado ao ser humano. Enxerga o ser 
humano como parte integrante do universo está sujeito a estados deequilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço. O Processo de 
Enfermagem foi criado e considerado uma conquista da classe, sendo um 
método de organizar e sistematizar os cuidados prestados, uma 
determinação legalizada (WANDA HORTA, 1979, s. p.). 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é regulamentada a 
nível nacional como uma prática organizacional dos profissionais enfermeiros, 
possibilitando a implementação do processo de enfermagem (COFEN, 2009). O 
processo de enfermagem é planejado pelo enfermeiro que tem o objetivo de prestar 
cuidados clínicos de acordo com a patologia renal do ser humano que se encontra 
internado ou vai se submeter aos procedimentos e intervenções renais. As 
orientações são fornecidas ao paciente por meio do enfermeiro e da sua equipe, a 
partir do momento da internação até a sua alta. 
O processo de enfermagem (Figura 14) no setor de nefrologia é composto por 
cinco etapas: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação 
das ações de enfermagem no setor de saúde a qual o enfermeiro encontra-se 
prestando a assistência (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). 
Podemos dizer que o processo de enfermagem é direcionado para uma 
assistência planejada e continuada, que chamaremos de sistematização. O ato de 
planejar o cuidar, requer leitura e conhecimento dos fatos, tanto no âmbito hospitalar 
quanto no de saúde coletiva (pública), os princípios norteadores serão os mesmos, 
diferem somente no processo saúde x doença. 
A SAE é composta por cinco fases: investigação, diagnóstico, planejamento, 
implementação e avalição das ações de enfermagem na saúde pública ou na saúde 
hospitalar (MASCARENHA et al, 2011). Para que ocorra a sistematização da 
assistência em enfermagem com as doenças infectocontagiosas e parasitarias o 
conhecimento da tríade epidemiológica é fundamental para traçar o perfil 
epidemiológico do processo saúde x doença da comunidade. A SAE é privativa e 
exclusiva do profissional enfermeiro (COFEN 2009). 
 
 
 
 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 14 – Esquema Didático do Processo de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: COFEN, 2012. 
 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem é um método que se inicia 
com organização do cuidar para o usuário acometido com alguma patologia renal, 
logo após, o enfermeiro planeja o ato do cuidar tanto em saúde comunitária quanto 
em rede hospitalar (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Após o ato de planejar, a próxima 
etapa é a execução de ações sistematizadas. Podemos executar a SAE em 
qualquer ambiente em que sejam prestados cuidados do enfermeiro e da sua 
equipe. 
A SAE é uma assistência completa em que o indivíduo se encontra sob a 
assistência de enfermagem (MASCARENHA et al, 2011). Entendemos que o 
processo de enfermagem representa uma opção de reaproximação do enfermeiro 
com a sua comunidade ou paciente, avaliando desde cuidados simples e fáceis da 
atenção à saúde até planejamentos criteriosos, de setores que envolvam 
procedimentos complexos, como é o caso da área hospitalar da nefrologia 
(TANNURE; PINHEIRO, 2011). 
A sistematização da assistência em enfermagem em nefrologia é elaborada de 
acordo com a avaliação do enfermeiro no momento inicial do processo de 
enfermagem (Figura 15), examinando-se os problemas físicos e mentais levantados, 
as necessidades afetadas e o grau de dependência do paciente renal 
(MASCARENHA et al, 2011). 
 
 
 
 
 
Histórico 
Avaliação 
Diagnóstico 
Implementação 
Planejamento 
1 2 3 4 5 
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Coleta de dados e obtenção de informação 
Figura 15 – Esquema Didático do Processo de Enfermagem em Nefrologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: COFEN, 2012. 
 
 
Para complementar os estudos da assistência e sistematização de 
enfermagem, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, mediante a Resolução 
nº 358, de 15 de outubro de 2009, destaca-se na íntegra: 
 
Toda instituição de saúde, pública e privada, sendo que cabe privativamente 
ao enfermeiro realizar todas as etapas da SAE. A presente resolução 
organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, 
tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE) 
descrito em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, 
planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem 
(COFEN, 2009). 
 
A sistematização da assistência em enfermagem foi planejada e elaborada 
como um instrumento específico para a aplicabilidade da abordagem científica ou 
das respostas de ocorrências das ações práticas de enfermagem, objetivando 
solucionar e tratar os problemas dos pacientes com patologias agudas ou crônicas, 
de forma individualizada, coerente, holística, acolhedora e humanizada (SILVA 
2017). 
A SAE surgiu para organizar os diversos setores em que se aplicam as 
atividades da equipe de enfermagem (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). Nos 
setores hospitalares críticos, como, por exemplo, os que atendem pacientes renais, 
é considerada uma ferramenta de alta relevância e fidedignidade para as atribuições 
dos diagnósticos de enfermagem e soluções para as diversas disfunções orgânicas 
que esses pacientes apresentem. 
Investigação 
Diagnóstico 
Planejamento 
Implementação 
Avaliação 
P
ro
c
e
s
s
o
 d
e
 E
n
fe
rm
a
g
e
m
 
Interpretação dos dados 
Elaboração dos cuidados de enfermagem 
Realização dos cuidados de enfermagem 
Avaliação dos cuidados prestados 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Apesar do grande esforço dos profissionais enfermeiros em aplicar a 
sistematização da assistência de enfermagem nos setores de nefrologia, ainda 
existem inúmeras desorganizações e falta de confiança nas atividades de 
enfermagem (SILVA, 2017). O profissional enfermeiro tem o objetivo principal na 
prestação de assistência aos indivíduos com nefropatias, por planejar e elaborar as 
tarefas educativas, que visam aumentar o nível de saberes dos indivíduos doentes e 
familiares, além de contribuir para a adesão deles ao tratamento e reabilitação 
(MASCARENHA et al, 2011). 
Sendo assim, quanto mais próximo dos pacientes nefropatas o enfermeiro 
estiver, mais humanizado e capacitado estará para o desenvolvimento das funções 
de gerência e assistência. Além disso, muito poderá fazer para a detecção precoce 
das disfunções orgânicas renais e controle da doença. A sistematização da 
assistência deve ser pensada e elaborada em prol da promoção a saúde do paciente 
renal, mesmo que esse já esteja em cuidados paliativos. 
É importante lembrar que a SAE é um instrumento científico baseado em 
achados clínicos do paciente. Inserir a família no processo de sistematização se faz 
necessário, já que são os familiares, inúmeras vezes, acompanham o paciente aos 
setores hospitalares para os cuidados com as doenças renais (PERES; 
GARANHANI; SILVA, 2015). A família e os cuidadores

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