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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE Esta unidade tem o objetivo de estudar e compreender a enfermagem em nefrologia. O enfermeiro é o profissional formado e qualificado para desenvolver as suas atribuições em todas as áreas da saúde: assistencial, administrativa, docente e em pesquisa, para mais, coordena e supervisiona a equipe de enfermagem, executando os planejamentos dos cuidados para com os pacientes ou clientes. Focamos o estudo da unidade temática em três capítulos, levando em consideração: os conceitos iniciais da enfermagem em nefrologia, com ênfase na anatomia e fisiologia do sistema renal e funções ou atribuições do profissional enfermeiro na assistência ao paciente nefrológico. Para isso, faz-se necessário implementar e utilizar a ferramenta metodológica cientifica, utilizada para organizar o processo de trabalho de enfermagem, chamada de sistematização da assistência de enfermagem (SAE) e a partir desse processo, descrever de forma sucinta os diagnósticos de enfermagem, sobre o estado de saúde de um paciente, considerando seus aspectos integrais e holísticos. Palavras-chave: Enfermagem em Nefrologia. Enfermeiro. Diagnóstico de Enfermagem. ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1 SUMÁRIO .................................................................................................................................2 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3 CAPÍTULO 1 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: NOÇÕES DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO ..............................................................................5 1.1 CONCEITOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS DO SISTEMA URINÁRIO E VIAS URINÁRIAS ....................................................................................................................5 1.2 VISÃO GERAL DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS UROPOIÉTICOS................................................................................................................... 14 1.3 VISÃO DO PROCESSO DE FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO, SECREÇÃO E EXCREÇÃO RENAL. ........................................................................................................... 20 CAPÍTULO 2 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS CONCEITOS AO PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM .............................................................. 23 2.1 CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM . ................................................................................................................................... 23 2.1.1 Atribuições dos Profissionais da Enfermagem .................................................. 25 2.2 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO AO PACIENTE RENAL ........................ 29 2.3 PROCESSO E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA ................................................................................................................ 32 CAPÍTULO 3 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS DIAGNÓSTICOS AOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ....................................................................................... 38 3.1 CONCEITO DE DIAGNÓSTICO EM SAÚDE.................................................... 38 3.1.1 Diagnósticos de Enfermagem .............................................................................. 39 3.1.2 Diagnósticos de Enfermagem – Taxonomia NANDA....................................... 43 3.2 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – PACIENTE RENAL ................................................................................................................................... 47 3.3 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA ............................ 51 REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 52 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO O ramo ou área das ciências da saúde, a nefrologia, é considerada uma ramificação da medicina, podendo desenvolver suas atividades com a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cura de disfunção relacionada com o sistema renal, urinário ou excretor, considerando que é voltado diretamente para o funcionalmente das células, tecido e órgão renal (rins). É formada por uma equipe multiprofissional qualificada e especializada para prestarem o suporte necessário ao paciente ou cliente nefrológico. Para compreender esta área, faz-se necessário ter o conhecimento e compreender os conceitos anatômicos e fisiológicos do sistema excretor, considerando os processos contínuos pelo qual o corpo humano tenta manter constantes e a homeostase necessária para a sobrevivência, prevenindo diferenciações nas funções do organismo ao nível de células, tecido, órgão e sistema. O organismo humano é considerado uma máquina ativa e dinâmica que, para o seu funcionamento, é imprescindível o trabalho concomitante dos sistemas orgânicos. Dessa forma, o sistema excretor, tem por objetivo eliminar as excretas provindas das inúmeras reações bioquímicas que ocorrem no interior do organismo devido ao intenso metabolismo celular orgânico do ser humano. Dessa forma, este sistema tem a funcionabilidade de se livrar das toxinas que precisam ser liberadas do organismo. Além disso, o sistema renal, precisa e deve controlar a composição química do ambiente interno das células, tecidos e órgãos que compõem os diversos sistemas do organismo humano. Sabendo disso, é preciso compreender que a enfermagem é uma área da saúde que se compromete com a elaboração, planejamento e liderança da assistência prestada, ao paciente ou cliente, nos diversos contextos sociais, ambientais e culturais em resolução das necessidades do indivíduo, família e coletividade. O cuidado do profissional enfermeiro e da sua equipe de enfermagem é pautado na visão integral e holística da profissão, envolvendo as áreas dos https://conhecimentocientifico.r7.com/celula-o-que-e/ Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. conhecimentos sociais e humanos, executados pelos profissionais na prática social e cotidiana da assistência, gerência, ensino, educação, extensão e pesquisa. É nesse contexto do conhecimento que o enfermeiro especializado em nefrologia humana torna-se responsável para se dedicar aos planejamentos de saúde baseados em um processo chamado “Sistematização da Assistênciade Enfermagem” (SAE), regulamentado nacionalmente como um instrumento científico que organiza a parte laboral da profissão, possibilitando a implementação do processo de enfermagem, organizado em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação de enfermagem. A utilização desse instrumento garante ao profissional a qualificação do gerenciamento do cuidado e do planejamento de suas atividades, além de servir como guia para suas ações. Nesta perspectiva, a utilização da SAE em pacientes nefrológicos, concede uma prestação da assistência de forma individual com uma maior visão das necessidades reais do indivíduo hospitalizado e acometido por agravos de doenças renais, além de proporcionar um olhar integral, humanizado e holístico para essas pessoas que, muitas vezes, encontram-se fragilizadas por um tratamento que pode ser de longa duração e, por isso, desgastante. 5 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: NOÇÕES DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 1.1 CONCEITOS ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS DO SISTEMA URINÁRIO E VIAS URINÁRIAS Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (2020) os estudos do sistema renal são considerados uma área e uma especialidade da medicina que se dedicada ao diagnóstico e tratamento clínico das inúmeras patologias do sistema urinário, principalmente aquelas relacionadas ao rim. Em 1984 foi fundada, para fortalecer a enfermagem em nefrologia, uma instituição cientifica e cultural, com abordagens políticas, chamada Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, que tem a função de fortalecer e colocar em prática o desenvolvimento da Enfermagem em Nefrologia no âmbito nacional (SOBEN, 2009). Nosso país é considerado, atualmente, o terceiro maior em disfunção da realização do procedimento de diálise mundial. Cada dia mais os números crescem, em média 9,4% por ano. Novos e antigos casos, nos últimos oito anos, foram de 141 e 468 indivíduos doentes por milhão de população, respectivamente (SOBEN, 2009). Hoje, os principais fatores predisponentes para as patologias do sistema renal são atribuídos à hipertensão arterial sistêmica (35,8%) e ao diabetes mellitus (25,7%). O Ministério da Saúde, no ano de 2019, afirmou que a maioria dos indivíduos com patologia renal terminal, em âmbito nacional, evoluem para o óbito precocemente antes de começar o tratamento. Vários estímulos e esforços estão sendo desenvolvidos por profissionais da área da nefrologia e pelo governo, para que o diagnóstico seja estabelecido precocemente, e ao mesmo tempo, iniciar as medidas terapêuticas clinicas e cuidados efetivos para o restabelecimento da homeostase orgânica. Controlar os principais motivos e estabelecer o diagnóstico precoce da patologia renal minimizam os custos do tratamento, assim como o adoecimento e a taxa de morte durante os cuidados iniciais. Cuidar do aparelho renal é sinônimo de 6 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. se manter distante das patologias renais. A medida profilática mais efetiva é estabelecer uma alimentação com menos sódio, ou seja, menos salgada. O sal tem uma funcionabilidade de reter mais líquido e água no organismo e isso força os rins a executarem as suas funções sobre altas pressões desencadeando o desenvolvimento de patologia renal aguda ou crônica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). Para quem tem o diagnóstico de diabetes melitos, como patologia de base, o cuidado com a alimentação deve ser redobrado, principalmente em relação ao açúcar do organismo. Não podemos esquecer que a ingestão de água continua é indispensável. Não podemos esperar ficar com sede para ingerir líquidos e água. É importante dizer que a sensação de sede já tem um significado de possível desidratação. Deve-se tomar uma quantidade de 200ml, em média, a cada uma hora para estabelecer uma filtração ideal das substâncias orgânicas para a formação da urina e possivelmente eliminar as substâncias tóxicas do organismo. Os indivíduos Idosos, acometidos por patologias do sistema cardiovascular, e indivíduos com história clínica, de patologia dos rins em familiares, têm grande chance de desenvolver agressões renais e devem ser investigados com métodos de triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue. Esses exames são simples, e disponíveis em rede pública e privada, além de nos informar como os rins estão fisiologicamente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019). A recomendação é fazer essa triagem de exame uma vez por ano. Quem já tem uma história pregressa de problemas renais como hipertensão arterial sistêmica ou diabetes melitos, é de, no mínimo, seis em seis meses. Antes de adentrar no mundo do sistema renal humano, faz-se necessário recordar o significado e conceito da palavra anatomia, que descende do grego anatome (ana = através de; tome = corte). No seu conceito mais amplo, anatomia é a ciência da saúde/médica, que se importa em estudar, de forma macro e microscopicamente, a composição e o desenvolvimento dos seres vivos multicelulares. Um relevante conceito dos estudos anatômicos foi apresentado no ano de 1981, pela American Association of Anatomists, e foi destacado na integra: 7 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais. Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas (AMERICAN ASSOCIATION OF ANATOMISTS, 1981, online). Já a área da medicina que estuda o funcionamento dos diversos órgãos e sistemas que compõem o corpo humano, bem como as suas interações externas e internas é chamada de fisiologia humana. É nesse contexto do conhecimento que devemos dizer que a área da fisiologia humana apresenta conteúdos direcionados à forma nutricional, ao sistema cardiovascular, respiração, excreção, sistema musculoesquelético, suporte e movimentos corporais, controle imunitário e reprodução humana, ao logo da história do desenvolvimento humano. Sabendo dos conceitos da anatomia e fisiologia humanas, podemos iniciar o nosso estudo do sistema urinário (Figura 1), excretor ou renal. Esse sistema é composto por órgãos que exercem a função de filtração do sangue, produzem e eliminam substâncias toxicas na urina (AFH, 2020). Figura 1 – Esquema Didático Anatômico do Sistema Urinário Fonte: NETTER, 2000. Os nossos inúmeros conjuntos de células obtêm da corrente sanguínea os nutrientes para as suas atividades diárias e excluem, também, para a corrente sanguínea, compostos impróprios para serem excretados pelo sistemarenal 8 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. (GUYTON; HALL, 2017). Esses compostos químicos são considerados nocivos e precisam ser eliminados para não ocasionarem toxicidade no interior do corpo humano. A maioria desses metabolitos são excretados pelos rins e somente uma pequena quantidade deles são excretados pelas glândulas sudoríparas, na forma de suor. O sistema de eliminação (excretor) do corpo humano, também exerce a função de dissociar compostos químicos tóxicos e excretá-lo na forma de urina. Esse sistema é constituído pelos principais órgãos da filtração (rins) e que trabalham, ativamente, selecionando as diversas substância que compõem o corpo humano. Os compostos que não servem para as células são lançados nos bacinetes renais, na forma de urina, para serem conduzidos até túbulos musculares chamados de ureteres e deles são conduzidos até uma bolsa muscular que tem a função de armazenamento da urina, chamada de bexiga, e desta, até o canal da uretra, para ser expelida no meio externo (GUYTON; HALL, 2017). Associado com as diversas substâncias químicas que serão eliminadas, o sistema renal também elimina líquidos indesejáveis e água para o meio externo. O corpo humano precisa receber diariamente em média 2 litros de água ou mais por dia, e cada estrutura morfofisiológica que compõe o organismo humano necessita de porcentagens (Figura 2) diferenciadas para atender à demanda do funcionamento orgânico, por isso, devemos ingerir bastante água para manter o corpo saudável e eliminar os resíduos indesejados para não desenvolverem disfunções, principalmente, no sistema renal. Figura 2 – Esquema Didático da Porcentagem de Água nos Órgãos Humanos Fonte: Emagrecer na saúde, 2020. 9 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A corrente sanguínea conduz para todas as células, eletrólitos, água e moléculas de oxigênio para todas as estruturas vivas para manter o corpo em homeostase. Lembrando que a água é um dos componentes ativos e presentes na composição da parte líquida do sangue, chamada plasma, além de servir para o processo de desintoxicação do organismo humano. O processo de eliminação de água se faz necessário devido aos compostos tóxicos estarem dissolvidos na parte liquida do sangue (plasma). Não podemos esquecer que a eliminação de líquidos em grande proporção pode ocasionar um distúrbio hidroeletrolítico na célula, por isso, existe o processo de reabsorção de líquidos e água no sistema renal. O corpo precisa de água e eletrólito na proporção ideal para não ocasionar toxicidade orgânica. As moléculas de água fazem parte da constituição de todas as estruturas morfofisiológicas ativas do corpo humano. Além de fazer parte da composição externa e interna dos diversos órgãos e sistemas do organismo humano. Ela é considerada solvente universal e todas as reações bioquímicas orgânicas só ocorrem na presença da água. Então, fisiologicamente não viveríamos sem ter água no organismo (BATISTA, 2018). A ingestão das moléculas de água no corpo humano se faz através dos alimentos e dos diversos líquidos ingeridos. Além disso, uma parte da água que o organismo necessita provém do próprio corpo humano, mediante inúmeras reações químicas que mantêm o organismo funcionando de forma adequada. A corrente sanguínea é composta de inúmeras substâncias bioquímicas da quais não necessitamos e que podem ser consideradas tóxicas (perigosas): água em grande quantidade, eletrólitos, células inviáveis ou alteradas e partículas ou resíduos dos metabolismos das inúmeras células (BATISTA, 2018). Por este motivo devem ser excretadas rapidamente do corpo humano. 10 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO! No Brasil, a pandemia nos colocou diante de uma demanda crescente para prestação da assistência médica e de enfermagem, promovendo, desta forma, um aumento nos cuidados e intervenções de pacientes com disfunções no sistema renal. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://saude.abril.com.br/blog/com-a palavra/os-efeitos-imediatos-e-futuros-da-covid-19-na-saude-dos-rins/ Acesso em: 17 de out. 2020. Para melhor compreender, iremos dividir, didaticamente, o sistema de eliminação (Figura 3) em estruturas uropoiéticos, compostas pelos rins, e estruturas musculares, chamadas de vias urinárias, compostas pelos ureteres, bexiga e uretra. Figura 3 – Esquema Didático dos Componentes do Sistema Urinário Fonte: APC, 2020. IMPORTANTE! Os órgãos do sistema urinário praticam limpeza na corrente sanguínea durante todos os momentos do dia para excretar substâncias e resíduos tóxicos. Ao mesmo tempo, inspecionam a quantidade de água e eletrólito do organismo humano. Também auxiliam no controle do aumento da pressão arterial e elaboram os hormônios que exercem as funções de evitar o processo anêmico e a descalcificação óssea. De acordo com os nefrologistas, as disfunções que acometem a hipertensão arterial e o diabetes melitos nos indivíduos e nas suas 11 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. famílias podem ser considerados os principais motivos de riscos das agressões e lesões ao nível de disfunções do sistema renal. Iniciaremos os estudos da nefrologia pelas vias urinárias, que são consideradas estruturas anatômicas que conduzem a urina, produzida pelos rins, para serem eliminadas do organismo humano. Os ureteres (Figura 4) são órgãos musculares tubulares que conduzem a urina originada pelas estruturas uropoiéticas (os rins) até a estrutura celular que tem a função de armazená-la, chamada bexiga (DRAKE, 2015). O ureter desenvolve movimentos conhecidos como peristálticos para impulsionar a urina ao longo do seu trajeto muscular. Estes movimentos conduzem a urina sem que ela retorne para os rins, desta maneira, mesmo que o indivíduo se encontre de cabeça para baixo, a urina percorreria normalmente o seu trajeto pelo ureter até a bexiga. O ureter tem início no interior da estrutura renal, a qual é chamada pelve renal, seguindo em um sentido inferior, e percorrendo toda a cavidade do abdome, logo em seguida, desemborca em toda cavidade da pelve humana para armazenar a urina na cavidade interna e inferior da bexiga (DRAKE, 2015). São considerados tubos musculares que medem cerca de 25 a 30 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro. Sua localização tem início na região abdominal, nos rins, por trás dos órgãos do trato gastrointestinal, em sentindo para a cavidade pélvica humana. O ureter é subdividido em três regiões: a primeirachamada pelve renal, constituída pela associação dos cálices renais maiores, considerada a parte mais larga (dilatada) desse órgão (NETTER, 2011). A segunda é denominada parte abdominal, maior região, que se prolonga da primeira parte até o final da cavidade abdominal, entrando na região pélvica. E a terceira e última parte, tem uma extensão que tem início na cavidade da pelve até a bexiga humana (DRAKE, 2015). 12 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 4 – Esquema Didático do Ureter Humano Fonte: DRAKE, 2015 A bexiga urinária (Figura 5) é uma bolsa de tecido muscular liso que executa a funcionabilidade de armazenamento da urina. Estrutura formada por tecido muscular que se distende para armazenar aproximadamente 500 a 700 ml de urina, situada diretamente anterior ao reto, no homem, e 350 a 500ml de urina, na mulher, situando-se à frente da vagina e abaixo do útero (TORTORA, 2016). No individuo adulto e idoso, a bexiga se localiza na região pélvica, em alguns casos, pode adentrar na cavidade abdominal, quando se encontra com quantidade excessiva de urina. As partes que a constitui são o ligamento umbilical, o ápice, o corpo, o trígono, colo e o fundo da bexiga. A estrutura de revestimento interno da bexiga torna-se lisa, quando este órgão de armazenamento se encontra cheio de urina. Existe uma região da bexiga que denominaremos trígono da bexiga (TORTORA, 2016). Esta região sem rugas, é limitada por três ápices: óstios de entrada dos ureteres e o óstio de saída da região da uretra. Clinicamente é considerada uma região importante sem infecções aparentes nessa área. 13 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 5 – Esquema Didático da Bexiga Humana Fonte: APC, 2020 O orifício de saída da região da bexiga é formado por uma musculatura no formato circular, denominado esfíncter interno, que exerce um funcionamento de contração involuntária, atuando de forma a prevenir o seu esvaziamento (APE, 2019). Na região anatômica inferior ao esfíncter interno, e envolvendo a região superior da uretra, se encontra um outro músculo, chamado esfíncter externo, no qual é controlado de forma voluntária, permitindo a resistência fisiológica de miccionar. A via urinária que tem a função de condução da urina da bexiga até o meio ambiente é denominada de uretra. Essa via urinária tem o formato tubular, revestida por uma fina estrutura, chamada de mucosa, que armazena inúmeras quantidades de células secretoras de muco (APE, 2019), conecta-se ao meio externo pelo óstio externo para a eliminação da urina, além de ser considerada diferente no homem e na mulher. No homem tem início desde o óstio uretral interno da região da bexiga e percorre até o óstio uretral externo na extremidade do pênis (HALL, 2017). Possui três partes que chamamos de uretra prostática, membranosa e a esponjosa, com estruturas diferenciadas. É importante dizer que no homem essa via urinária é constituída por uma pequena fenda, chamada de ducto ejaculatório. Já na mulher, essa via urinária é considerada um canal, formado por membranas, estreito, que se estende desde a região da bexiga desemborcando no 14 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. orifício externo, na região do vestíbulo. Possui um diâmetro em média de 6mm, no seu estado normal (HALL, 2017). O óstio externo se localiza na região anterior à abertura vaginal e 2,5 cm dorsalmente a região da glande do clitóris, além de possuir inúmeras estruturas glandulares que se abrem nas próprias glândulas da região uretral. SAIBA MAIS: Filme sobre o assunto: Hipócrates (Bonfilm, 2014) Peça de teatro: Patch Adams – O amor é contagioso (Universal Pictures, 1998) Acesse os links: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais e https://www.tuasaude.com/doencas-do-sistema-urinario/ Acesso em: 17 de out. 2020. Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação. 1.2 VISÃO GERAL DA ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS ÓRGÃOS UROPOIÉTICOS Os rins (Figura 6) são órgãos considerados uropoiéticos (rim direito e rim esquerdo), avermelhados, tem o formato de um grão de feijão, localizado na região abdominal entre o peritônio e a parede posterior do abdome (HALL, 2017). Esses órgãos (rins) possuem um coxim gorduroso e estruturas teciduais areolar frouxa, além de tecido peritoneal os envolvendo. Além disso, estendem-se entre a 11ª costela e o processo transverso da 3ª vértebra da região lombar. Considerados estruturas orgânicas, chamadas de retroperitoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da região do abdome (APE, 2019). http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais https://www.tuasaude.com/doencas-do-sistema-urinario/ 15 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 6 – Esquema Didático do Rim Humano Fonte: MOORE, 2014 O rim tem em média 11,5 cm de comprimento, 5,5 a 8 cm de largura e um pouco mais que 2,6 cm de espessura. O rim da região esquerda é considerado um pouco mais longo e ao mesmo tempo estreito, do que o rim da região direita (NETTER, 2011). O peso médio de um rim adulto no homem é de 125g a 175g, já na mulher pode varia de 116g a 156g. Não podemos esquecer que o rim da região direita é situado um pouco abaixo do rim da região esquerda, isso se deve ao tamanho do lobo direito da estrutura hepática (fígado). Exercem diferente funcionalidades no organismo como, por exemplo, a normalização dos compostos eletrolíticos da corrente sanguínea, normalização da quantidade sanguínea corporal, ajuste do fluxo sanguíneo arterial, ajuste da composição de hidrogênio na corrente sanguínea, liberação de substâncias hormonais e eliminação de partículas e drogas estranhas (GUYTON; HALL, 2017). Ainda, secretam parte do líquido amniótico (no feto) e também funcionam como estrutura glandular, pois liberam uma substância, chamada de eritropoietina, responsável por estimular a produção celular vermelha da corrente sanguínea na região medular óssea. No interior do rim (Figura 7) observamos uma área chamada de córtex renal (extremidade) que possui coloração clara, e uma região, chamada medula renal (centro) de coloração escura. Essas regiões são importantes para o estudo dos rins, devido à sua unidade funcional, chamada néfrons, a qual produz urina, situa-se na região do córtex e uma outra parte na medula. A região medular dos rins é composta 16 Todos os direitos são reservados aoGrupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. de inúmeras unidades coletoras de urina. Resumindo, afirmamos que a produção da urina se dá na região do córtex e a coleta na região da medula. (GUYTON; HALL, 2017). O córtex renal se localiza quase que totalmente na região periférica dos rins, mas é observado, também, que uma outra parte tende a ter projeção para a direção da região medular, compondo uma região renal, chamada de colunas renais, que se fracionam na região da medula em partes menores, no formato triangular, chamadas pirâmides renais, em média de 9 a 12 em cada rim. Figura 7 – Esquema Didático da Anatomia Interna dos Rins Fonte: MOORE, 2014 Os néfrons possuem estrutura no formato de tubos, que são chamados de túbulo coletor, que tem localização ao longo da estrutura das pirâmides renais e desemboca a urina por meio de um óstio presente na extremidade das pirâmides, chamada de papila renal. Associados às papilas renais, estão estruturas, chamadas cálices renais menores, estruturas celulares que colhem a urina que saem das pirâmides renais (DRAKE, 2015). As estruturas dos cálices menores se associam em número de três, para compor as estruturas renais, chamadas cálices maiores que, por sua vez, se associam e compõem a região da pelve renal. 17 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. IMPORTANTE! Os rins exercem uma função primordial na normatização do fluxo sanguíneo. Quando ocorre uma preservação do funcionamento normal dos rins, mesmo que ocorra um aumento da pressão arterial, o rim funciona com o aumento da liberação de sódio e água, e reduz o volume do sangue nos vasos e moderam a pressão da corrente sanguínea dentro dos valores considerados normais. Os rins excretam os resíduos da corrente sanguínea através néfrons (Figura 8). Cada néfron é constituído por duas partes, chamadas de cápsula glomerular (ou cápsula de Bowman) e os túbulos renais (HALL, 2017). As estruturas dos túbulos renais são reconhecidas como túbulo contorcido proximal, alça de Henle e túbulo contorcido distal. No interior da estrutura a cápsula glomerular adentra uma ramificação da artéria renal, que se divide e forma um emaranhado de vasos (capilares) denominados de glomérulo renal. A cápsula glomerular se projeta nas estruturas chamadas de túbulo contorcido proximal, que se projeta em uma estrutura em forma de “U” chamada alça de Henle. Dessa projeção em forma “U” segue uma outra estrutura, chamada de túbulo contorcido distal. Figura 8 – Esquema Didático da Anatomia do Nefrom Fonte: TORTORA, 2016. 18 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A urina é formada na estrutura dos filtros renais, e ocorre em duas etapas: a primeira chamada de filtração glomerular e a segunda, chamada de reabsorção renal. A urina é um líquido de coloração amarelada, ou ainda, podendo ser transparente, constituída nos órgãos uropoiéticos, com a finalidade de conduzir as diversas excretas, das inúmeras células e tecidos do organismo humano, para ser expelida para fora do corpo. Tem uma composição de 95% de água e 5% de resíduos e eletrólitos como, por exemplo, ureia, toxinas, cloro, magnésio, potássio, sódio, cálcio, entre outros, que se encontram dissolvidos na urina (GUYTON; HALL, 2017). É normal também serem excretadas substâncias benéficas, porém podem estar em excesso no organismo e, por este motivo, o corpo tende a se livrar delas. FIQUE LIGADO! Os rins são órgãos associados ao processo de limpeza e filtração do sangue, ao mesmo tempo que produz a urina para supressão de resíduos danosos ao organismo humano, entretanto, quando elimina os resíduos tóxicos mantém os níveis adequados de eletrólitos no organismo. Quando essa função renal não é executada corretamente, esse órgão desenvolve as insuficiências renais agudas e crônicas. Estima-se que a patologia renal do tipo crônica, possa atingir 10% da população de todo o mundo, podendo atingir indivíduos de várias idades, mas, principalmente, os idosos. O processo de insuficiência renal é considerado uma disfunção repentina das funções fisiológicas renais, no qual os rins deixam de filtrar substâncias, eletrólitos e líquidos sanguíneos, que se acumulam perigosamente no corpo humano, modificando e afetando a constituição bioquímica do sangue, desenvolvendo um desequilíbrio hidroeletrolítico orgânico. Também chamada de lesão renal aguda, a insuficiência é comum em pacientes que já estão no hospital com alguma outra condição patológica (HALL, 2017). Este tipo de insuficiência (aguda), geralmente se desenvolve repentinamente, ou ao longo de horas e dias, mas de forma lenta. Indivíduos que se encontram graves, requerem assistência intensiva imediata e estão na estatística de desenvolvimento de lesões renais mais graves. 19 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Insuficiência renal aguda pode ser fatal e requer tratamento intensivo. No entanto, pode ser reversível. Tudo depende do estado de saúde do paciente. A elaboração de resíduos de urina pelos rins é ajustada por uma substância (hormônio) chamada antidiurético, ou ADH, secretado pela região do hipotálamo, que se localiza na região do encéfalo e armazenado na glândula hipófise (GUYTON; HALL, 2017). Além deste hormônio, existe um outro que atua no equilíbrio hidroeletrolítico do corpo humano, denominado aldosterona, o qual é secretado pelas glândulas suprarrenais, e que tem a função de aumentar o processo de reabsorção do elemento sódio nos rins, para executar uma maior retenção de água no organismo. O controle da pressão (Figura 9) arterial sanguínea também é uma função dos rins, estes órgãos controlam as concentrações de sódio e a quantidade de líquido no corpo (TORTORA, 2016). Segundo o Manual (2016) quando ocorre uma baixa dos índices da pressão arterial sistêmica, imediatamente, os capilares sanguíneos dos rins, são os primeiros a perceberem a situação e produzem: Uma substância química, denominada renina, que tem a função de estimular a mudança do angiotensinogênio (substância inativa presente no plasma sanguíneo) em angiotensina I que, por sua vez, é modificada para angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina; A angiotensina II é um excelente vasoconstritor e faz com quer ocorra a elevação da pressão arterial, porém, o mal desempenho dos rins pode secretar renina abundantemente ao ponto de causar hipertensão sistêmica. 20 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicosou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 9 – Esquema Didático do Controle da Pressão Arterial Fonte: MANUAL, 2016. 1.3 VISÃO DO PROCESSO DE FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO, SECREÇÃO E EXCREÇÃO RENAL. Levando em consideração que os rins exercem importante função do equilíbrio dos fluidos orgânicos (Figura 10) do organismo humano, podemos citar, por exemplo, o processo de filtração dos fluidos corporais, para serem eliminados, com as substâncias nocivas ao organismo, e com isso, manter o processo de equilíbrio do sistema ácido e básico (MANUAL, 2016). É importante dizer que as etapas da produção da urina até a sua eliminação são bem semelhantes, e que muitos confundem os termos: filtração, reabsorção, secreção e excreção. A filtração renal é a primeira etapa, que ocorre quando o sangue passa pelo rim, mais especificamente no glomérulo. A diferença de pressão faz com que as substâncias saiam dos vasos do glomérulo e passem para a cápsula de Bowman, formando o filtrado glomerular (HALL, 2017). Esse processo não é seletivo, passando todas as moléculas e substâncias pequenas e ficando retidas as macromoléculas. O papel da reabsorção é de recuperar as moléculas que foram filtradas, mas são essenciais ao organismo e devem retornar para a circulação (TORTORA, 2016). 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Esse processo acontece, principalmente, no túbulo proximal do néfron. São exemplos dessas moléculas: aminoácidos, glicose, ureia, sódio e água. Figura 10 – Esquema Didático da Homeostase Renal Fonte: BIOMEDICINA PADRÃO, 2013. Do mesmo modo que existem moléculas que devem retornar à circulação, existem as que precisam ser eliminadas, mas não são filtradas. O papel da secreção é remover essas moléculas (TORTORA, 2016). A remoção de íons de hidrogênio, potássio e amônia estão entre os processos de secreção mais importantes. Medicamentos e macromoléculas também são secretados. Depois desses três processos, citados anteriormente, a urina está formada e pronta para ser eliminada, sendo primeiramente armazenada na bexiga. A excreção ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da micção. De forma detalhada podemos considerar que o sangue penetra no glomérulo a uma pressão elevada. Uma grande parte da fração líquida do sangue é filtrada por pequenos poros no glomérulo, ficando na circulação as células sanguíneas e a maioria das moléculas, como as proteínas (HALL, 2017). O líquido claro e filtrado penetra no espaço de Bowman e passa para o túbulo proveniente da cápsula de Bowman (TORTORA, 2016). Em adultos saudáveis, cerca de 180 litros (47 galões) de líquido são filtrados pelos túbulos do rim todos os dias. Quase todo esse líquido (e os eletrólitos nele contidos) é reabsorvido pelo rim. Somente cerca de 1,5 a 2% do líquido é excretado como urina (TORTORA, 2016). Para que esta reabsorção ocorra, partes diferentes do néfron ativamente secretam e reabsorvem eletrólitos diferentes, que levarão junto à água e outras partes do 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. néfron, variando sua permeabilidade a ela, permitindo que mais ou menos água volte à circulação (HALL, 2017). Na primeira parte do túbulo (túbulo contornado proximal), a maior parte de sódio, água, glicose e outras substâncias filtradas são reabsorvidas e, posteriormente, reincorporadas ao sangue. Na parte seguinte do túbulo (a alça de Henle), sódio, potássio e cloreto são bombeados para fora (reabsorvidos). Dessa forma, o líquido restante fica cada vez mais diluído (GUYTON; HALL, 2017). Este líquido diluído passa pela parte seguinte do túbulo (o túbulo contornado distal), onde a maior parte do sódio remanescente é bombeada para fora em troca de potássio e ácido, que são bombeados para o interior. O líquido dos túbulos de vários néfrons entra em um tubo coletor. Nos tubos coletores, o líquido pode permanecer diluído ou a água pode ser absorvida do líquido e devolvida ao sangue, deixando a urina mais concentrada (GUYTON; HALL, 2017). A reabsorção de água é regulada pelo hormônio antidiurético (produzido pela glândula pituitária) e outros hormônios (MANUAL, 2016). Esses hormônios ajudam a regular a função renal e a controlar a composição da urina para manter o equilíbrio hídrico e eletrolítico no organismo. À medida que o organismo metaboliza os alimentos, certos resíduos são criados e esses produtos precisam ser removidos do corpo. Um dos principais resíduos é a ureia, que tem origem no metabolismo da proteína (GUYTON; HALL, 2017). A ureia passa livremente através dos glomérulos para o líquido tubular e, como não é reabsorvida, é passada para a urina. Além da ureia, existem inúmeras substâncias danosas na corrente sanguínea, as quais podemos citar: os resíduos tóxicos do metabolismo celular, que incluem: ácidos, toxinas e fármacos, que devem ser eliminados pela urina, especificamente pelas células no túbulo renal. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS KAWAMOTO, Emilia Emi. Anatomia e fisiologia para enfermagem. São Paulo: Saraiva, 2016. BRANCO, M. M. C. B; MACHADO, P. M. A; SALGADO, C. L. A família no processo de cuidar do paciente com doenças renais. São Paulo: São Luís: EDUFMA, 2016. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-eletr%C3%B3litos https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/equil%C3%ADbrio-eletrol%C3%ADtico/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-eletr%C3%B3litos 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA: DOS CONCEITOS AO PROCESSO DO CUIDAR EM ENFERMAGEM 2.1 CONCEITOS E ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM Iremos iniciar nossos estudos, dos conceitos e atribuições da área da saúde e da enfermagem, com uma breve descrição do ambiente hospitalar ou hospital, que consideramos como uma organização complexa para prestação de serviços de saúde. Esse termo deriva do latim hospe, que significa “aquele que recebe”, e conceitua esse estabelecimento para internação, tratamento e recuperação de doentes e feridos. No ambiente hospitalar o trabalho em equipe deve ser fundamental, harmonioso, com dedicação, determinação e embasado no respeito multiprofissional entre si, e com todos os pacientes, clientes ou usuários, para que se obtenha a segurança e eficácia necessárias nos diversos setores desse ambiente (CARVALHO, 2016). É preciso compreender que a equipe multiprofissional necessita ser capacitada constantemente para exercer uma assistência de qualidade, para aqueles indivíduos com patologias renais agudas e crônicas. O âmbito hospitalar para cuidados com indivíduos com doenças renais é considerado um setor dinâmico e com atividades intensas, e querequer uma educação continuada, quase que diariamente (CARVALHO, 2016). FIQUE ATENTO! O setor hospitalar para a prestação da assistência aos doentes renais é considerado crítico e requer dos profissionais um olhar integral, humanizado e holístico. Compreendemos que nem todos os pacientes com patologias relacionadas ao sistema excretor, urinário ou renal precisa se submeter ao procedimento de hemodiálise. Para saber mais sobre esse assunto, acesse: https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/hemodialise/ Acesso em: 17 de out. 2020. 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Trabalhar na área da saúde é ter uma prática de capacitações e treinamentos constantes. Levando em consideração as ações educativas e transformadoras de saúde, dentro de uma instituição hospitalar, é preciso entender que elas estão interligadas com propostas de melhoria da qualidade e segurança dos serviços prestados, aproveitamento do tempo disposto para executar tal prática educativa, motivando os profissionais para que eles se sintam desafiados em aprender, desenvolvendo uma sistematização da assistência digna a qualquer pessoa que procure o serviço de saúde (PEDROSO, 2015). Ainda, segundo Pedroso (2015), a educação continuada (Figura 11) pode ser considerada uma prática constante e permanente de treinamento, aperfeiçoamento e atualização envolvendo todos os profissionais e, principalmente, a equipe de enfermagem, objetivando atender às necessidades do crescimento pessoal e profissional, que reflete na qualidade da assistência prestada ao ser humano que se encontra em procedimentos de reabilitações renais ou internado. Figura 11 – Esquema Didático da Educação Continuada em Saúde Fonte: FERREIRA et al, 2018. Educação Continuada em Saúde Profissional da Saúde Crescimento pessoal e desenvolvimento de aptidões Ampliação da autonomia Mobilização de espaços e argumentações Atualização de conhecimentos Redução das fragilidades. Paciente Melhoria da assistência prestada Cuidado seguro e de qualidade Promoção da qualidade de vida. Hospital Melhoria nas relações multiprofissionais Segurança no trabalho das equipes Organização do processo de trabalho Menores variações na prática clínica. P o s s ív e is I n te rf a c e s 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A enfermagem (Figura 12) é uma profissão voltada para a promoção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde da população, e requer constantes treinamentos inovadores, devido à evolução tecnológica e científica (COFEN, 2017). Figura 12 – Esquema Didático da Equipe de Enfermagem Equipe de Enfermagem Fonte: COFEN, 2017. Nesse sentido, o enfermeiro utiliza a ferramenta de educação continuada para oferecer à sua equipe e a outros profissionais os conhecimentos para uma atuação eficaz no setor destinado à assistência e aos cuidados para os pacientes renais (FERREIRA et al, 2017). 2.1.1 Atribuições dos Profissionais da Enfermagem O enfermeiro, enquanto líder, busca instrumentos pertinentes para capacitar toda a sua equipe de enfermagem, oferecendo, desta forma, uma melhor assistência de saúde ao paciente que se encontra em um serviço de organização hospitalar (PEDROSO 2015). Podemos dizer que gerenciamento significa organizar, planejar e executar atividades ou tarefas que tenham como objetivo facilitar os diversos processos de trabalho, e deve ser realizado por um profissional administrador, gerente ou líder e que seja direcionado para a gestão de processos e de pessoas. O gerenciamento ou supervisão em enfermagem é uma atribuição complexa do enfermeiro, e direcionada para a liderança da equipe, planejamento, supervisão, controle e avaliação das ações que serão desenvolvidas junto aos pacientes que buscam os serviços para as suas necessidades de saúde. O enfermeiro exerce a sua função, na gerência ou na assistência, baseado nas atribuições legais do código de deontologia e da lei profissional da enfermagem (PEDROSO, 2015). Enfermeiro Auxiliar de Enfermagem Técnico em Enfermagem 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Para complementar os estudos do gerenciamento ou supervisão em enfermagem, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN em 1986, em obediência à Lei nº 7. 498, determinou e destaca-se na íntegra que: O gerenciamento na equipe de enfermagem fosse uma atividade conferida privativa ao enfermeiro. O enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, no entanto são privativas à direção dos órgãos de enfermagem da instituição de saúde pública e privada e à chefia de serviço e de unidade de enfermagem, a organização e a direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços, o planejamento, a organização, a coordenação, a execução e a avaliação dos serviços de assistência de enfermagem (COFEN, 2017). Ser enfermeiro, líder ou gerente, no cotidiano de seu trabalho, é desenvolver ações fundamentadas para a promoção, prevenção e recuperação da saúde do ser humano. Para tal, é preciso envolver o ato de coordenar e avaliar o desenvolvimento do trabalho da equipe de enfermagem, e da assistência prestada ao paciente, usuário ou cliente. Para isso, é preciso se capacitar constantemente nas funções que envolva gerencia para desenvolver o trabalho com qualidade e segurança para o paciente (FREITAS, 2011). Conforme foi abordado nos tópicos anteriores, a era moderna, associada com o desenvolvimento globalizado, requerem profissionais cada dia mais atualizados, e o enfermeiro, como membro da equipe de saúde, direcionado para as práticas do cuidar, precisa se focar em suas habilidades, assistenciais, gerenciais e educativas, com qualidade, no cenário atual de saúde, para contribuir na promoção, prevenção e reabilitação do paciente, cliente ou usuário (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). Na função assistencial, o profissional enfermeiro, é responsável em prestar assistência e cuidados de enfermagem, de qualidade, ao paciente, cliente ou usuário dos diversos setores hospitalares. As diversas ações assistenciais, no setor para os cuidados renais, têm por objetivo ser integral ao paciente, englobando a esfera física, mental e espiritual, como se preconiza um atendimento holístico e humanizado (LAUTERT; ZINI; GLANZNER, 2006). Para complementar os estudos das atribuições dos profissionais da enfermagem brasileira, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, através da Lei nº 7. 498/86, destaca-se na íntegra, a funcionabilidade do profissional de nível médio da enfermagem que diz: 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ouutilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientações e no acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participando no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe participar da programação da assistência, executar ações assistenciais, exceto as privativas do enfermeiro, e participar da equipe de saúde (COFEN, 2017). Ainda, segundo o COFEN (2017), por meio da Lei nº 7. 498/86, destaca-se na íntegra, a funcionabilidade do profissional de nível médio da enfermagem que diz: O auxiliar de enfermagem exerce atividades de nível médio, de natureza repetitiva, envolvendo serviços auxiliares de enfermagem sob supervisão, bem como a participação em nível de execução simples, em processos de tratamento, cabendo-lhe especialmente, observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, participar de ações de tratamento simples e prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente, e por fim, participar da equipe de saúde (COFEN, 2017). O papel da equipe de enfermagem, no setor de doenças renais, tem por objetivo investir no processo contínuo de orientações para o indivíduo doente, no sentido de avaliar clinicamente o estado hídrico corporal, identificar e prestar assistência aos fatores de desequilíbrio orgânico, implementar com programa nutricional as necessidades do organismo de cada indivíduo, submetido aos procedimentos e cuidados renais (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). IMPORTANTE! A presença da equipe de enfermagem é de extrema necessidade para o atendimento e acolhimento ao paciente com disfunções orgânicas renais. Devemos levar em consideração que estes profissionais passam a maior parte do tempo prestando assistência ao paciente de forma qualificada, humanizada e holística. Não podemos esquecer que a assistência de saúde tem como objetivo ajudar o paciente na sua esfera biopsicossocial. A Sociedade Brasileira de Nefrologia (2002), estabelece a necessidade de examinar as principais disfunções orgânicas do paciente, decorrente dos procedimentos renais e, com isso, garantir a homeostase orgânica, evitando possíveis problemas no decorrer do tratamento. É importante dizer que o indivíduo com patologias renais precisa ser ouvido e orientado sobre a patologia, o que é, sinais e sintomas, diagnósticos, tratamentos e reabilitações. Além disso, é preciso 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. descrever detalhadamente as inúmeras formas de cuidados e terapia renal substitutiva para cada caso, e os possíveis riscos e benefícios que se encontram associados a cada variedade terapêutica (LAUTERT; ZINI; GLANZNER, 2006). O paciente (cliente ou usuário) precisa ser informado sobre os acessos vasculares (arterial e venoso), sobre a produção precoce do acesso da fístula arteriovenosa ou, ainda, cateter para diálise peritoneal, tipo de alimentação (dieta), restrição de água e outros líquidos, uso de fármacos e de procedimentos contínuos do controle da pressão arterial sistêmica e das taxas glicêmicas (SARDINHA, 2015). Essa orientação deve ser realizada pela equipe de enfermagem, sob a supervisão do enfermeiro. É de extrema necessidade que o paciente seja orientado corretamente, ou ainda, encaminhado para o setor de psicologia para minimizar o processo de ansiedade inicial e aumentar a adesão do autocuidado, diminuindo, dessa forma, as irregularidades decorrentes do tratamento e, assim, aumentando a adesão à terapêutica da equipe multiprofissional (SOMBRA et al, 2017). Nesse âmbito hospitalar (nefrologia) é de extrema eficácia trabalhar com a promoção à saúde, em todos os sentidos, para que os indivíduos que corporificam ou vivenciam essas mudanças no estilo de vida se sintam encorajados com as limitações decorrentes do processo patológico, com o tratamento doloroso, além dos pensamentos constantes de evoluírem para o óbito. O profissional enfermeiro deve se fundamentar na capacidade de tomar decisões urgentes, emergenciais e críticas, inúmeras das vezes, de modo a garantir um resultado da terapêutica efetiva, sem desperdiçar recursos humanos e materiais. Por isso se faz necessário, sistematizar a assistência de enfermagem, para desenvolver uma avaliação crítica, baseada em evidências científicas, para decidir o melhor caminho ou conduta clínica, assegurando maiores cuidados ao paciente, ao longo dos procedimentos desenvolvidos no setor hospitalar, destinado à assistência ao indivíduo com doença renal (SOMBRA et al, 2017). Por fim, os profissionais enfermeiros, mobilizam e motivam conhecimentos, para a sua equipe de enfermagem, por meio do processo de trabalho e sistematização da assistência, esquematizando diversos cuidados durante os procedimentos a saúde do paciente e, assim, possibilitando que os saberes 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. desenvolvidos gerem competências específicas para o profissional do setor de nefrologia. Dessa forma, todo esse esquema planejado se traduz em ações e atos de enfermagem para os cuidados com o paciente nefrológico. SAIBA MAIS: Filme sobre o assunto: Bichos de sete cabeças (Buriti Filmes, 2001). Peça de teatro: Mãos talentosas (Sony Pictures Television, 2009). Acesse os links: http://www.cofen.gov.br/parecer-n-072014cofenctln_50330.html. e http://biblioteca.cofen.gov.br/codigo-de-deontologia-da-enfermagem/. Acesso em: 17 de out. 2020. Observação: sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do assunto dentro do seu campo de atuação. 2.2 HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO AO PACIENTE RENAL Antes de compreender os processos de humanização e acolhimento, faz-se necessário entender, na íntegra, o significado da palavra saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que se baseia em diversos modelos holísticos e propostos historicamente que diz: Saúde é o estado de completo bem-estar físico, psíquico e social, e não somente a ausência de doenças. O estado de completo bem-estar físico, mental e social depende de fatores médicos e sociais. Dessa forma, o estado de saúde das pessoas depende de forma significativa da alocação de recursos em setores como a educação, alimentação, infraestrutura sanitária e habitacional, incentivos ao trabalho, promoções ao estilo de vida saudável com atividades de lazer e cuidados com o meio ambiente (OMS, 1974, s. p.). Sabendo desse conceito de saúde, proposto pela OMS/OPAS, o profissional enfermeiro e a sua equipe de enfermagem, técnicos e auxiliares, promovem o bem estar biopsicossocial dos indivíduos em um setor de prestação de cuidados, considerado dinâmico com intensas modificações de rotinas, devido às urgências e emergências clínicas renais que podem acometer os pacientes com disfunções no sistema excretor. http://www.cofen.gov.br/parecer-n-072014cofenctln_50330.html http://biblioteca.cofen.gov.br/codigo-de-deontologia-da-enfermagem/ 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhumaparte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. As práticas dos profissionais da enfermagem caminham paralelamente à humanização, considerada como o efeito de tornar humano, ético, amoroso, estético político e saber escutar o paciente que se encontra, inúmeras das vezes, debilitado, entristecido, devido aos problemas renais que acometem o seu corpo (FERREIRA et al, 2018). É importante dizer que o processo de humanizar vai além da área da saúde, envolvendo os inúmeros profissionais das ciências sociais aplicadas, ciências exatas, entre outras áreas do conhecimento, por isso, afirmamos anteriormente que precisamos enxergar o paciente renal como um indivíduo biopsicossocial. Os diversos profissionais da área da saúde, principalmente os da enfermagem, devem cuidar de forma humanizada do indivíduo, objetivando as suas práticas assistenciais nas reais prioridades de saúde do seu usuário (FERREIRA et al, 2018). Dessa forma, o atendimento associado às intervenções de saúde humanizadas podem contribuir para o diagnóstico, tratamento, recuperação, cura, e ainda, promover com qualidade, os possíveis cuidados paliativos. Atuando com as práticas humanistas em saúde, os pacientes, usuários, clientes, e os familiares ou cuidadores, conseguem responder às intervenções clínicas, de forma favorável, mantendo a saúde mental fortalecida, contribuindo para a melhoria do estado de saúde dos pacientes renais (SARDINHA, 2015). O acolhimento (Figura 13) é proposto como uma conduta da política nacional de humanização (PNH), que não depende de ambiente nem horário para ser desenvolvido e nem um profissional específico para a ocorrência dessa atribuição. Acolher um paciente é compreender um indivíduo singular, ao mesmo tempo, é saber lidar com aspectos éticos, morais, estéticos e políticos, de forma específica, para se fazer saúde com segurança e qualidade. Os processos de humanização e acolhimento caminham paralelamente, e podem ser considerados, uma ferramenta tecnológica necessária dos processos intervencionais para promover uma escuta com criação de vínculo, garantindo, dessa forma, um melhor acesso aos serviços de saúde, aos setores de cuidados e tratamentos renais, tentando buscar resolutividade nos diversos serviços, ofertados por esse setor, ao paciente acometidos por patologias do sistema urinário, excretor ou renal (SOMBRA et al, 2017). 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 13 – Esquema Didático do Acolhimento Fonte: SOMBRA et al, 2017. Os hospitais ou clínicas de saúde que prestam serviços aos portadores de disfunções orgânicas, relacionadas aos órgãos que compõem o sistema excretor, devem prestar assistência de saúde ao paciente, buscando ser responsáveis, eficazes e resolutivos, promovendo as orientações aos seus clientes e à família, em relação ao contexto que se encontram inseridos. O acolhimento não pode ser considerado como um espaço material ou um local, mas uma diretriz ética que implica compartilhar, vivenciar e articular os saberes, as ansiedades, as angústias dos clientes e familiares, em relação ao contexto de vida daqueles indivíduos que, naquele momento, podem estar passando por situações desconfortáveis (SOMBRA, 2017). É importante aprender que o enfermeiro e a sua equipe de enfermagem prestam cuidados diretos aos pacientes, sendo assim, inúmeras vezes, é considerado, o profissional mais habilitado para acolher o paciente nos diversos setores do âmbito hospitalar, visto que tem que ser ativo e dinâmico para contemplar a complexidade das diferentes agressões patológicas e das inúmeras demandas de atendimentos e cuidados de enfermagem prestados aos pacientes renais (CAVALCANTE; SILVA, 2017). Não podemos esquecer da importância de a equipe multiprofissional se apresentar para o paciente, dialogando sempre, tentando diminuir ao máximo suas inseguranças, medos e receios, fazendo com que ele se sinta aconchegado, Vantagem do acolhimento: Recebem atendimento e cuidados de saúde baseados nas patologias diversas dos pacientes. Por quem serei acolhido? o acolhimento pode e deve ser realizado por toda a equipe de saúde, desde a recepção, admissão, cuidados gerais e alta hospitalar. Quem será acolhido? Todo indivíduo que busque os serviços de saúde junto aos diversos setores. O que é acolhimento? É o atendimento humanizado que acontece durante o funcionamento e assistência do hospital e diversas outras áreas que preste cuidados a saúde. Acolhimento 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. acolhido, protegido, tendo a certeza de que não está sozinho enfrentando essa nova experiência em sua vida (CAVALCANTE; SILVA, 2017). Além disso, o enfermeiro precisa ficar alerta para os diversos encaminhamentos multiprofissionais, para que o paciente consiga atingir o mais rápido possível as condições clínicas, emocionais e sociais adequadas para sua futura alta hospitalar. IMPORTANTE! Os serviços de saúde que prestam assistência de promoção, recuperação e reabilitação à saúde do paciente renal precisa ser formada por uma equipe multiprofissional para discutir os atendimentos no serviço: qual o "caminho" do paciente desde que chega ao serviço (admissão) por onde entra, qual o profissional que o recebe, como é realizada essa recepção, qual o profissional que o orienta, qual o profissional que o acolhe, para onde o paciente é encaminhado depois do acolhimento, enfim, todas as etapas que percorre e como é atendido em cada uma delas. 2.3 PROCESSO E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA EM ENFERMAGEM EM NEFROLOGIA Ao longo dos anos, foi necessário oferecer ao paciente uma melhor assistência, baseada em achados científicos, para garantir práticas seguras e cuidados da equipe de enfermagem (enfermeiro, auxiliares e técnicos) com um olhar holístico, humanizado e seguro para com o paciente nos diversos níveis de complexidade da assistência em saúde (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). A arte do cuidar ou enfermagem é uma profissão que perpassa séculos. Ao longo da história da enfermagem passamos por diversos momentos e fases. Os enfermeiros estavam sempre buscando melhores motivações e condições para aplicar os conhecimentos científicos da enfermagem em suas atividades diárias (SILVA, 2017). A primeira enfermeira a introduzir em cenário nacional os conceitos e teorias de enfermagem em 1979 é conhecida como Wanda Horta, que elaborou a teoria das necessidades humanas, que considera na integra: 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A enfermagem como um serviço prestado ao ser humano. Enxerga o ser humano como parte integrante do universo está sujeito a estados deequilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço. O Processo de Enfermagem foi criado e considerado uma conquista da classe, sendo um método de organizar e sistematizar os cuidados prestados, uma determinação legalizada (WANDA HORTA, 1979, s. p.). A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é regulamentada a nível nacional como uma prática organizacional dos profissionais enfermeiros, possibilitando a implementação do processo de enfermagem (COFEN, 2009). O processo de enfermagem é planejado pelo enfermeiro que tem o objetivo de prestar cuidados clínicos de acordo com a patologia renal do ser humano que se encontra internado ou vai se submeter aos procedimentos e intervenções renais. As orientações são fornecidas ao paciente por meio do enfermeiro e da sua equipe, a partir do momento da internação até a sua alta. O processo de enfermagem (Figura 14) no setor de nefrologia é composto por cinco etapas: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação das ações de enfermagem no setor de saúde a qual o enfermeiro encontra-se prestando a assistência (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). Podemos dizer que o processo de enfermagem é direcionado para uma assistência planejada e continuada, que chamaremos de sistematização. O ato de planejar o cuidar, requer leitura e conhecimento dos fatos, tanto no âmbito hospitalar quanto no de saúde coletiva (pública), os princípios norteadores serão os mesmos, diferem somente no processo saúde x doença. A SAE é composta por cinco fases: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avalição das ações de enfermagem na saúde pública ou na saúde hospitalar (MASCARENHA et al, 2011). Para que ocorra a sistematização da assistência em enfermagem com as doenças infectocontagiosas e parasitarias o conhecimento da tríade epidemiológica é fundamental para traçar o perfil epidemiológico do processo saúde x doença da comunidade. A SAE é privativa e exclusiva do profissional enfermeiro (COFEN 2009). 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 14 – Esquema Didático do Processo de Enfermagem Fonte: COFEN, 2012. A Sistematização da Assistência de Enfermagem é um método que se inicia com organização do cuidar para o usuário acometido com alguma patologia renal, logo após, o enfermeiro planeja o ato do cuidar tanto em saúde comunitária quanto em rede hospitalar (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Após o ato de planejar, a próxima etapa é a execução de ações sistematizadas. Podemos executar a SAE em qualquer ambiente em que sejam prestados cuidados do enfermeiro e da sua equipe. A SAE é uma assistência completa em que o indivíduo se encontra sob a assistência de enfermagem (MASCARENHA et al, 2011). Entendemos que o processo de enfermagem representa uma opção de reaproximação do enfermeiro com a sua comunidade ou paciente, avaliando desde cuidados simples e fáceis da atenção à saúde até planejamentos criteriosos, de setores que envolvam procedimentos complexos, como é o caso da área hospitalar da nefrologia (TANNURE; PINHEIRO, 2011). A sistematização da assistência em enfermagem em nefrologia é elaborada de acordo com a avaliação do enfermeiro no momento inicial do processo de enfermagem (Figura 15), examinando-se os problemas físicos e mentais levantados, as necessidades afetadas e o grau de dependência do paciente renal (MASCARENHA et al, 2011). Histórico Avaliação Diagnóstico Implementação Planejamento 1 2 3 4 5 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Coleta de dados e obtenção de informação Figura 15 – Esquema Didático do Processo de Enfermagem em Nefrologia Fonte: COFEN, 2012. Para complementar os estudos da assistência e sistematização de enfermagem, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN, mediante a Resolução nº 358, de 15 de outubro de 2009, destaca-se na íntegra: Toda instituição de saúde, pública e privada, sendo que cabe privativamente ao enfermeiro realizar todas as etapas da SAE. A presente resolução organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE) descrito em cinco etapas: coleta de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem (COFEN, 2009). A sistematização da assistência em enfermagem foi planejada e elaborada como um instrumento específico para a aplicabilidade da abordagem científica ou das respostas de ocorrências das ações práticas de enfermagem, objetivando solucionar e tratar os problemas dos pacientes com patologias agudas ou crônicas, de forma individualizada, coerente, holística, acolhedora e humanizada (SILVA 2017). A SAE surgiu para organizar os diversos setores em que se aplicam as atividades da equipe de enfermagem (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). Nos setores hospitalares críticos, como, por exemplo, os que atendem pacientes renais, é considerada uma ferramenta de alta relevância e fidedignidade para as atribuições dos diagnósticos de enfermagem e soluções para as diversas disfunções orgânicas que esses pacientes apresentem. Investigação Diagnóstico Planejamento Implementação Avaliação P ro c e s s o d e E n fe rm a g e m Interpretação dos dados Elaboração dos cuidados de enfermagem Realização dos cuidados de enfermagem Avaliação dos cuidados prestados 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Apesar do grande esforço dos profissionais enfermeiros em aplicar a sistematização da assistência de enfermagem nos setores de nefrologia, ainda existem inúmeras desorganizações e falta de confiança nas atividades de enfermagem (SILVA, 2017). O profissional enfermeiro tem o objetivo principal na prestação de assistência aos indivíduos com nefropatias, por planejar e elaborar as tarefas educativas, que visam aumentar o nível de saberes dos indivíduos doentes e familiares, além de contribuir para a adesão deles ao tratamento e reabilitação (MASCARENHA et al, 2011). Sendo assim, quanto mais próximo dos pacientes nefropatas o enfermeiro estiver, mais humanizado e capacitado estará para o desenvolvimento das funções de gerência e assistência. Além disso, muito poderá fazer para a detecção precoce das disfunções orgânicas renais e controle da doença. A sistematização da assistência deve ser pensada e elaborada em prol da promoção a saúde do paciente renal, mesmo que esse já esteja em cuidados paliativos. É importante lembrar que a SAE é um instrumento científico baseado em achados clínicos do paciente. Inserir a família no processo de sistematização se faz necessário, já que são os familiares, inúmeras vezes, acompanham o paciente aos setores hospitalares para os cuidados com as doenças renais (PERES; GARANHANI; SILVA, 2015). A família e os cuidadores
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