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GOVERNANÇA CORPORATIVA

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MBA EM GESTÃO DE INOVAÇÃO, TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO
MODULO 3
GOVERNANÇA CORPORATIVA
1 - Aspectos Gerais da Governança Corporativa
Nesse módulo iremos explorar os conceitos das palavras “Governança” e “Corporação”, com o objetivo de traçar o pano de fundo para posteriormente avançarmos em direção a um maior entendimento do surgimento e da evolução da “Governança Corporativa”; possibilitando, dessa forma, uma maior reflexão acerca do seu significado e da sua importância para o sucesso e a longevidade das organizações. 
Introdução A palavra Governança deriva do termo governo, e pode ter várias interpretações, dependendo do enfoque. Segundo o Banco Mundial, “governança é a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento, e a capacidade dos governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções”. 
Já a palavra Corporativa deriva de Corporação, a qual pode ser definida como: um grupo de pessoas que se associam por possuírem alguma afinidade profissional, ou que se juntam por compartilharem as mesmas causas, objetivos, profissões etc. Geralmente, esta organização é governada através de um regulamento e/ou estatuto que é “o contrato que, complementando a legislação, rege e estabelece a forma de funcionamento da organização, incluindo as alçadas e as atribuições de cada agente de governança.” O estatuto contribui para dar transparência ao sistema de governança e para fomentar a confiança nas relações com todas as partes interessadas relevantes. 
Partindo-se da premissa do Banco Mundial podemos deduzir que um das causas de necessidade da Governança surge da separação entre a propriedade e a gestão e, dependendo da natureza das organizações surgem os diferentes tipos da Governança Corporativa, entre eles: Governança Econômica, Governança de Projetos, Governança de Empresas Familiares, Governança de Gestão de Recursos Públicos e etc. 
Atualmente, diante dos escândalos de corrupção, desvio de verbas e enriquecimento ilícito que a cada dia ganham mais espaço nas manchetes dos noticiários nacionais e internacionais, a adoção de melhores práticas de governança corporativa (e compliance) ganham cada vez mais relevância e sobem para o topo da lista das prioridades a serem adotadas pelas organizações. 
O processo de adequação aos novos padrões internacionais de governança, além de possibilitarem o resgate da credibilidade das instituições juntos a seus parceiros, viabilizam também que essas operarem de forma mais eficiente; seja pela melhora na utilização dos recursos disponíveis, pela maior transparência, ou pelo aumento do controle e harmonia de forças em ação para o atingimento dos objetivos propostos. 
O Triângulo da Fraude de Cressey O Triângulo de Fraudes é uma teoria desenvolvida por Donald Cressey, no início da década de 50, sobre as causas das fraudes corporativas. Essa teoria baseia-se na tese de que a ocorrência das fraudes é condicionada pela existência conjunta das seguintes dimensões: pressão, oportunidade e racionalização. 
A pressão, também denominada como motivação, é decorrente dos problemas financeiros não compartilhados. A oportunidade pressupõe que os fraudadores têm o conhecimento e a oportunidade para cometer fraude, ao passo que a racionalização é o processo no qual um fraudador classifica o ato de perpetrar uma fraude como aceitável e justificável, tendo em vista a solução de seu problema. 
A hipótese formulada por Cressey baseia-se na possibilidade de que as pessoas que ocupam cargos de confiança tornam-se fraudadores, quando se veem com um problema financeiro não compartilhado, e estão cientes que podem resolvê-lo secretamente pela violação do cargo de confiança. Percebe-se que tal dilema está relacionado a um conflito de Agência, assunto que será tratada mais adiante quando falarmos sobre a Teoria de Agência. 
Revisão de Literatura Para citar alguns autores, Silveira (2002, pág. ii) afirma que a governança corporativa “visa aumentar a probabilidade de os fornecedores de recursos garantirem para si o retorno sobre seu investimento, por meio de um conjunto de mecanismos no qual se inclui o Conselho de Administração.” 
Na acepção de Marquez (2007, pág. 12), a governança corporativa “abrange os assuntos relativos ao poder de controle e direção de uma empresa, bem como as diferentes formas e esferas de seu exercício e os diversos interesses que, de alguma forma, estão ligados à vida das sociedades comerciais.” 
Finalmente, Júnior (2013, pág. 415) a define como sendo “o instrumento utilizado para aperfeiçoar a administração da sociedade empresária, de modo a realizar um esforço conjunto entre acionistas, conselho de administração, conselho fiscal, assembleia geral, auditoria e outros entes da empresa em benefício ao desenvolvimento da mesma, garantindo também a sua longevidade.”
Observem que os principais conceitos de governança corporativa refletem e enfatizam: as inter- relações entre os agentes, os sistemas de valores, as estruturas de poder e os meios de regulação que garantam o retorno dos investimentos dos financiadores sejam eles: acionistas; instituições financeiras, investidores privados e/ou órgãos públicos. 
Histórico A governança corporativa ganhou dinâmica nova desde 2001 com a aprovação da Lei Sarbanes- Oxley, nos EUA, devido aos sérios escândalos financeiros enfrentados por grandes corporações norte-americanas como a Enron Corporation e Worldcom que contabilizam operações no mercado de futuros e derivativos pelo seu valor de mercado, manipulando as informações financeiras para aumentar seu resultado e, por consequência, valorizar o preço de suas ações, a fim de atrair novos investimentos. 
Atualmente, a governança corporativa é uma área de estudo com múltiplas abordagens. Uma de suas principais preocupações é garantir a adesão dos principais atores do mercado à códigos de conduta pré-acordados, através de mecanismos que tentam reduzir ou eliminar os conflitos de interesse e as quebras do dever fiduciário. 
Além desses benefícios a Governança Corporativa também: (i) permite que os indivíduos tomem decisões mais acertadas e equânimes, (ii) promove o balanceamento do fluxo de informações e poder dentro das empresas e (iii) estimula uma postura proativa no sentido de mapear riscos e acompanhar os resultados das estratégias levados a cabo, reforçando aquelas que deram certo e propondo ações corretivas e/ou de melhorias para as que não funcionaram. 
Atividade extra 
Assistir vídeo sobre Governança Corporativa do IBGC Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=pnqeriqKWPg 
2 - A Teoria da Firma e a Concepção de Valor
Nesse módulo, além de delinear alguns aspectos sobre a natureza humana com o objetivo de identificar o papel dos indivíduos como agentes de criação e transformação da sociedade, iremos também abordar o conceito de Teoria da Firma e os conflitos de interesses inerentes à maximização de valor pelos indivíduos e empresas. 
A Evolução do Papel do Indivíduo na Sociedade A natureza humana foi compreendida pelos pensadores iluministas entre os séculos XVI e XVIII, das seguintes formas: 
• Hobbes (1558-1629) / Absolutista / “O homem é mau e egoísta” 
• Locke (1632-1704) / Liberalista / “O homem é bom e só faz guerra para defender a sua propriedade” 
• Rousseau (1712-1778) / Democrata / “O homem é bom, mas é corrompido pela propriedade”. 
O iluminismo foi um movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França seguindo o desenvolvimento intelectual denominado Renascimento o qual, por sua vez, teve origem na região italiana da Toscana e que caracterizou uma transição do feudalismo para o capitalismo, significando uma evolução em relação às estruturas medievais, e que revestia o ser humano de uma nova dignidade e colocava-o no centro da criação; o iluminismo deu origem a ideias de liberdade política e econômica defendidas pela burguesia. 
1 
A burguesia “é um termo com vários significados históricos, sociais e culturais. A palavra se originado latim burgus, significando "cidade", adaptada para várias línguas europeias. Burgueses, por extensão, eram os habitantes dos burgos, em oposição aos habitantes do campo.” 
Esse conhecimento é fundamental para contextualizarmos a importância do papel do(s) indivíduo(s) na sociedade atual, atuando como peça chave para o desenvolvimento do ecossistema organizacional contemporâneo, onde as firmas (ou empresas) ganham um papel de destaque em uma sociedade fundamentada no consumo, produção e venda de bens e serviços. 
A Teoria da Firma A Teoria da Firma é um conceito criado pelo economista britânico Ronald Coase, em seu artigo The Nature of Firm, de 1937. 
Na Teoria de Firma o enfoque é dado para os aspectos internos das empresas, ou seja, em como alcançar o ponto ótimo entre: matérias-primas, capital e trabalho, de forma a se atingir o modelo ideal de produção para os produtos e/ou serviços que serão disponibilizados para o mercado. 
De acordo com essa teoria as firmas são de extrema importância para os mercados, pois reúnem em si o capital e o trabalho, e são as responsáveis por agregar valor às matérias-primas utilizadas nesse processo, com uso de tecnologia. Além disso, com base na Teoria da Firma a empresa é vista como uma unidade técnica de produção, propriedade de indivíduos ou famílias que compram fatores de produção para produção de bens e serviços. 
O Surgimento da Geração Z É certo que desde os tempos da revolução industrial (Séc. XVIII e XIX) até os dias atuais muitas coisas foram modificadas, entre elas, por exemplo, os novos conceitos de utilidade e valor que parecem já vir embarcada no DNA da geração Z, composta por indivíduos nascidos, em média, entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, ou seja, é a geração que corresponde à idealização e nascimento da World Wide Web. 
Alguns especialistas sugerem que, por estarem passando pela primeira grande crise econômica desde a Grande Depressão e que atinge, sobretudo os jovens, as gerações Y e Z passaram a ser dominadas por um sentimento de insatisfação e insegurança quanto à realidade e ao futuro da economia e da política. Esta geração é confrontada com uma diferença de renda cada vez maior em todo o mundo e uma classe média encolhendo, o que tem levado ao aumento dos níveis de estresse nas famílias. 
2 
Esse cenário é favorável ao surgimento de indivíduos, grupos e movimentos políticos e sociais anti- establishment, resultado do aprofundamento da polarização ideológica na sociedade, através da chamada Ciberpolítica e que atrai uma parcela dessa geração que almeja por uma sociedade mais equânime e justa. 
O Conceito de Valor e o Despertar de Uma Nova Consciência Corporativa 
Diante do diagnóstico feito acima, e somando-se a isso os vários aspectos sócio-ambientais que vêm sendo percebidos como maléficos aos seres humanos e a sociedade de uma maneira geral, percebe- se o despertar de uma nova consciência social e corporativa que venha trazer mais harmonia e justiça nas interrelações sociais e de consumo, onde se busca substituir o “capitalismo do valor para o acionista” pelo “capitalismo do valor para o cliente”, regressando a Peter Drucker, que sempre sublinhou que as empresas são criadas para ter “como propósito primordial adquirir, satisfazer e manter clientes”. O resto (lucros, dividendos para os acionistas, remunerações adicionais dos gestores de topo pelo seu desempenho) é um derivado. 
 
Atividade extra 
Leitura/Assitir vídeo Livro: Um Novo Mundo: O Despertar de uma Nova Consciência Aúdio Book: https://www.youtube.com/watch?v=SjmdTNgT4eI 
3 - O Capitalismo Moderno e a Estrutura de Propriedade das Empresas
Nesse módulo iremos abordar algumas características do capitalismo moderno, destacando o papel dos grandes conglomerados industriais e empresariais, assim como compreender a relevância do desenvolvimento de uma missão e visão estratégica que esteja em linha com os anseios econômicos e sociais atuais. 
Além disso, trataremos também sobre as diferentes estruturas de capital das empresas que emergiram junto com os avanços do capitalismo contemporâneo, assim com a origem da separação entre a propriedade e a gestão. 
O Capitalismo Moderno Ao longo dos séculos XX e XXI observamos o surgimento de grandes conglomerados industriais, fruto da produção de armamentos bélicos, de fusões e aquisições industriais, ou pelo próprio gigantismo que algumas organizações adquiriram ao expandirem suas operações a nível internacional, consolidando-se no que chamamos de globalização do mercado. 
Como fruto desse movimento algumas consequências podem ser observadas, entre elas: (i) a dispersão do controle das grandes corporações a partir da alocação de subsidiárias em outros países 
e continentes e (ii) a diluição da estrutura de poder como consequência de financiamentos obtidos no mercado de capitais através da emissão de ações. 
Outro ponto que merece destaque é fato de algumas empresas se tornaram tão grandes, a ponto do seu valor de mercado superar o Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países em desenvolvimento no mundo; para citar alguns nomes: Apple, Google, Amazon e Microsoft, entre outras. Isso nos faz refletir sobre a influência e a responsabilidade que esses novos conglomerados empresariais passam a ter no cenário econômico mundial. 
Dentro dese contexto as estratégias adotadas por essas empresas, fundamentadas em suas respectivas: Missão, Visão e Valores passam a ter um reflexo significativo no desdobrar dessa nova consciência corporativa que uma boa governança busca despertar. É sabido que na prática, a teoria é outra; ou seja, muitos desses valores acabam não correspondendo ao que acontece no dia a dia das organizações, no entanto, o “tone at the top”, em tradução livre para o português “o tom no topo” é que irá definir os sucesso ou fracasso dos seres humanos como sociedade. 
É evidente que não devemos nos esquecer do papel dos governos como coadjuvantes no estabelecimento dessa nova ordem mundial, regulando as relações comerciais com o objetivo de trazer mais equidade e responsabilidade social ao mercado. 
A Estrutura de Propriedade das Companhias Abertas A estrutura de propriedade das empresas é um tema que tem sido explorado na literatura de finanças, especialmente sob dois aspectos: os graus de concentração e dispersão do capital e a natureza dos proprietários. Além disso, tal estrutura interna é considerada como o principal mecanismo de controle interno da Governança Corporativa. 
A expressão governança corporativa está associada à definição de um sistema de relações entre os acionistas, auditores independentes e executivos da empresa, liderados pelo Conselho de Administração. Sob esse contexto, a estrutura de propriedade das firmas é vista como um mecanismo de governança, pois revela como se divide a propriedade da empresa e, paralelamente, seu controle. 
Dentre os principais tipos de estrutura de capital temos: 
Controle definido: nele a figura do controlador ou do bloco de controle, definido por acordo de acionistas, tem formalmente mais de 50% das ações com direito a voto da companhia;  
Controle difuso: é definido pela Bovespa como o poder de controle exercido por acionista detentor de menos de 50% do capital social, e 
Controle disperso ou pulverizado: nele não existe poder de controle definido, ou seja, não existe a figura do acionista controlador. A composição acionária está dispersa entre um grande número de acionistas. 
 
Atividade extra 
Nome da atividade: Assistir documentário ZEITGEIST Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=5R_Vm2wCQj4 
4 - Alguns Aspectos da Teoria de Agencia e Procedimentos para a Divulgação de Informações Confidenciais
Nesse módulo iremos tratar sobre o Conflito de Agência que tem como uma das suas principais origens a separação entre a propriedade e a gestão. No mercado brasileiro, podemos citar como um marco regulatório nesse sentido a implantação das regras que regem as Sociedades por Ação, ou Sociedades Anônimas, a Lei das S.A., vista como muitos como uma cópiado Model Business Corporation Act (MBCA), o modelo federal de legislação societária dos Estados Unidos. 
Vamos buscar estabelecer também uma conexão entre o Conflito de Agência e a Teoria da Firma, dado que a primeira pode ser entendida como um desdobramento da segunda, principalmente pela origem da relação entre os Agentes inerentes a Firma. É certo que o conflito de agência, pela ótica do conceito econômico de Utilidade parece ser inerente à própria natureza humana, sendo a faculdade da inteligência a responsável pelo ser fazer as escolhas que tragam um nível de satisfação maior dependendo da escolha feita pelo indivíduo. 
Para enriquecer um pouco o conteúdo falaremos um pouco também sobre economia colaborativa, assimetria informacional, e sobre algumas regras para a divulgação de informações confidenciais. 
Economia Colaborativa 
Uma das marcas da sociedade capitalista é que os recursos também são possuídos e alocados por organizações não governamentais, tais como empresas familiares e cooperativas. Com vista nesse conceito e com o impulso proporcionado pelo desenvolvimento tecnológico, temos visto florescer um novo conceito econômico denominado Economia Colaborativa, onde o uso compartilhado ganha uma nova significância e permite uma utilização mais consciente, além de mais em conta, de alguns recursos. 
De acordo com a definição do SEBRAE “A economia colaborativa (compartilhada ou em rede, como também é conhecida) é um movimento de concretização de uma nova percepção de mundo. Ela representa o entendimento de que, diante de problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez mais, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente, como fazemos negócio.” 
No Brasil muitas dessas empresas já são conhecidas por todos, entre elas: UBER, AIRBNB e COWORKS, isso só para citar as maiores, e talvez um dos nossos principais desafios para que o conceito deslanche de vez, seja tornar o acesso à internet possível a um número cada vez maior de pessoas, como também resolver o problema da segurança que tanto nos isola e retrai. 
Outro aspecto interessante para refletirmos é que o mercado acionário, também possibilitou, mesmo que em estágio ainda potencial, que a propriedade das empresas também seja compartilhada pelos usuários de seus produtos e serviços, ou por pessoas que desejem investir em determinado ramo de atividade. 
A Teoria de Agência Como mencionado anteriormente, a Teoria de Agência nasce da divergência de interesses entre os Proprietários (ou Acionistas) e os Gestores (ou Administradores dos Recursos), e tal divergência pode ter origem em: (i) diferentes modalidades de personalidade ou graus de aversão ao risco, (ii) conflito de metas dentros das organizações, e/ou (iii) assimetria informacional. 
É importante destacarmos que para que o interesse da organização sempre prevaleça, o conselho deve prevenir e administrar situações de conflitos de interesses, administrar divergências de opiniões e prestar contas aos sócios regularmente. 
Outro aspecto importante é que as ações para prevenção dos possíveis conflitos acarretam um custo para a organização, seja ele proveniente da contratação de uma empresa de auditoria, de 
treinamentos comportamentais, implantação de sistemas e tecnologias de monitoramento e controle e/ou implantação de conselhos e órgãos de arbitragem. 
Antes de avançarmos é importante destacar que o famoso “bom, bonito e barato”, na prática, apresenta uma equação difícil de solucionar, dado que para um projeto, por exemplo, rápido e com qualidade será improvável encontrar alguém disposto a executá-lo por um valor baixo, excluindo-se obviamente as pessoas que trabalham pro bono. Esse seria um exemplo típico de conflito de agência; ou qualquer outro modelo o qual tenha que equilibrar as variáveis: tempo, dinheiro e competência. 
Assimetria Informacional É um fenômeno que ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem entre si uma transação econômica com uma das partes envolvidas detendo por tal meio informações qualitativa e/ou quantitativamente superiores aos da outra parte, o que pode ser denominado de Informação Privilegiada. 
Pela definição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Informação Privilegiada é definida como “uma informação que não é pública e que é material”. Assim, na sua definição, é importante que consideremos alguns aspectos relativos à confidencialidade e materialidade. 
Confidencialidade, por definição, é uma informação que, até que se torne pública, deve ser tratada como confidencial. Por isso, é importante conhecer os procedimentos necessários a serem seguidos para torná-la pública e levar em conta o tempo necessário para que ela se propague. 
Por outro lado, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, materialidade para execução da auditoria independente significa o valor ou valores fixados pelo auditor, inferiores ao considerado relevante para as demonstrações contábeis como um todo. 
Finalmente, é importante ressaltar que o uso de informações privilegiadas em benefício próprio ou de terceiros é ilegal, antiético e viola o princípio de equidade. Tal uso prejudica não só a integridade do mercado como também a organização envolvida e seus sócios; e o responsável pela conduta ilícita se sujeita a implicações nas esferas civil, criminal e administrativa. 
Procedimentos para Divulgação de Informações Confidenciais Em geral, nas empresas, o Diretor de Relações com Investidores é o responsável pela correta divulgação ao mercado de informações relevantes relacionadas ao emissor. 
Além disso, de acordo com a CVM, a divulgação da informação relevante deve se dar por meio de, no mínimo, um dos seguintes canais de comunicação: 
• Jornais de grande circulação utilizados habitualmente pela companhia; 
• Pelo menos 1 portal de notícias com página na rede mundial de computadores que disponibilize, em seção disponível para acesso gratuito, a informação em sua integralidade. 
Ademais, as negociações com ações da organização por membros dos conselhos de administração e fiscal com eventual uso de informação privilegiada devem ser monitoradas tanto pela diretoria de relação com investidores, e com o apoio da equipe de auditoria interna. 
Em caso de dúvidas ou mais informação a esse respeito recomenda-se consultar a instrução CVM 358 que Dispõe sobre a divulgação e uso de informações sobre ato ou fato relevante relativo às companhias abertas. 
 
Atividade extra
Ler artigo sobre o uso de informação privilegiada Link para assistir a atividade: https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2019/05/eike-batista-e-condenado-a- pagar-r-536-milhoes-por-uso-de-informacao-privilegiada-cjw6idro2009s01og6i9rxk13.html 
5 - O Conceito Econômico de Utilidade e a Racionalidade das Escolhas + Contratos e Mecanismos de Incentivo
Dando continuidade ao conceito de Utilidade, iremos nesse módulo explorar um pouco a ideia da racionalidade das escolhas, em outras palavras, o quanto eu estou disposto a abrir mão de uma coisa por outra. Sendo o nosso objetivo final, perceber que o conceito de satisfação é relativo e que varia de indivíduo para indivíduo; daí a beleza e a dificuldade em se encontrar a medida certa para cada proposição.
 
Ao final do módulo, trataremos sobre Contratos e Mecanismos Contratuais de Incentivo.
 
O Dilema dos Prisioneiros
O dilema do prisioneiro foi originalmente formulado em 1950 por Merrill Flood e Melvin Dresher enquanto trabalhavam numa instituição de Pesquisa e Desenvolvimento que desenvolve análises e trabalhos para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 
O dilema do prisioneiro funciona da seguinte forma (extraído da Wikipedia):
Dois suspeitos, A e B, são presos pela polícia. A polícia tem provas insuficientes para condená-los com a pena máxima, mas, separando os prisioneiros, oferece a ambos o mesmo acordo: se um dos prisioneiros, confessando, testemunhar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre enquanto o cúmplicesilencioso cumpre 10 anos de sentença. Se ambos ficarem em silêncio, a polícia só pode condená-los a 1 ano de cadeia cada um. Se ambos traírem o comparsa, cada um leva 5 anos de cadeia. Cada prisioneiro faz a sua decisão sem saber que decisão o outro vai tomar, e nenhum tem certeza da decisão do outro. A questão que o dilema propõe é: o que vai acontecer? Como o prisioneiro vai reagir?
 
O fato é que pode haver dois vencedores no jogo, sendo a opção em que os dois ficam em silêncio a melhor para ambos, quando analisada em conjunto. Entretanto, os jogadores se confrontam com alguns problemas, entre eles: confiam no cúmplice e permanecem negando o crime, mesmo correndo o risco de serem colocados numa situação ainda pior, ou confessam e esperam ser libertados, apesar de que, se o outro fizer o mesmo, ambos ficarão numa situação pior em comparação com aquela em que ambos permanecessem calados?
 
O Enigma do Trem
A situação é a complicada: um trem avança sem freios e está prestes a atropelar cinco pessoas que estão sobre a linha férrea. Você está ao lado da estrada, em frente a uma alavanca que, caso seja puxada, consegue desviar o trajeto da composição. No entanto, se você acionar o equipamento, o trem vai atropelar outra pessoa na linha ao lado.
 
Você tem dez segundos para tomar uma decisão. Se não fizer nada, cinco pessoas morrem. Se você puxar a alavanca, elas serão salvas, mas, como consequência, outra pessoa vai morrer. O que fazer?
 
Por um lado, há quem acredite que o correto seria causar o menor dano possível, ou seja, a melhor opção seria puxar a alavanca para salvar mais vidas, mesmo que uma pessoa acabe morrendo. Do outro lado, alguns argumentam que seria imoral intervir na situação, causando um dano que não ocorreria sem a interferência, mesmo que as intenções sejam boas.
 
A espiral de perguntas poderia ser infinita: salvar cinco pessoas é melhor que salvar apenas uma? É correto salvar cinco pessoas, mas matar uma que não estava correndo risco? Quem escolheu não puxar a alavanca, mudaria de opinião se fossem 100 pessoas a morrer e não apenas cinco? E se essa única pessoa fosse a sua mãe, ou o seu filho?
 
Conflito Ético
A ideia ao trazer esses casos é fazer com que percebamos o quão complicado é fazer um julgamento de valor correto sobre os fatos e, além disso, destacar o quando as nossas escolhas são influenciadas por nossos sentimentos e crenças, sem que na maioria das vezes tomemos consciência dessas variáveis que estão direcionando as nossas escolhas.
 
“A paciência, a benignidade e a tolerância, são manifestações de ética superior. Quando se exalta o fervor pela retidão dos pensamentos e ações, também se enaltece o conceito ético pela compreensão de seu significado social. Assim, todo pensamento, toda ação e toda palavra deverão estar condicionados a uma norma de conduta que dignifique e não menos cabe o próprio conceito perante ao juízo dos demais. Cada palavra deverá levar ao semelhante uma impressão de confiança, em virtude ou em nome de uma invariável norma ética. Entre as pessoas cultas existe, pode-se dizer, uma linguagem ética só entendida pelos que a praticam e usam, e que inspira o respeito e a consideração daqueles com quem se trata. Seria de anelar que essa linguagem fosse utilizada por todos, regendo e ordenando a vida como fórmulas de verdadeira elevação moral.”
 
C.B.González Pecotche (RAUMSOL), extraído da Revista Logosofia Tomo I, pág. 160
 
Contratos
Um contrato é um pacto entre duas ou mais pessoas, que se obrigam a cumprir o que foi entre elas combinado sob determinadas condições. Além disso, os contratos deveriam, por princípio, guardar valores de probidade e boa-fé.
 
De acordo com suas características particulares os contratos podem ser classificados de diversas formas, entre elas: contratos unilaterais, bilaterais ou plurilaterais, onerosos ou gratuitos, paritários ou por adesão e etc.
 
Mecanismos Contratuais de Incentivo
O Incentivo Contratual tem sua origem no “problema do esforço”, ou seja, quando os administradores das empresas são empregados assalariados, geralmente surge o problema de agenciamento por esforço, ou melhor dizendo, da “falta de esforço”; dado que, motivado pelo seu próprio instinto, o ser humano tende a defender primeiramente seus interesses pessoais, versus os interesses organizacionais.
 
Contudo, não basta incentivar os colaboradores se não encontramos formas de mensurar a contribuição de cada, até para eventualmente poder distribuir com justiça e equidade a fatia a que cada um dos contribuintes tem direito sobre determinado resultado.
Assim como os contratos, os mecanismos contratuais de incentivo também possuem diferentes modalidades, sendo as principais indicações feitas por Posner: Flat-Rate Contract, High Power Incentive Contract e Mixed Contract. Além dessas formas de contrato, podemos observar outros benefícios oferecidos pelo mercado, sendo os mais populares: Planos de Previdência Privada, Participação Anual nos Resultados, Remuneração por Metas (meritocracia) e Concessão de Ações. 
Atividade extra
Nome da atividade: A Ética é a Arte da Convivência | Clóvis de Barros Filho | TEDxSaoPaulo
Link para assistir a atividade: https://www.youtube.com/watch?v=6JLIXd6db-4
6 - A Governança Corporativa no Brasil
Nesse módulo buscamos identificar o estágio de adesão das empresas brasileiras ao Código Brasileiro de Governança Corporativa, além de entender os critérios mínimos para enquadramento dessas empresas em relação ao Novo Mercado BM&F Bovespa. 
 
Introdução
Um marco da Governança Corporativa no mercado brasileiro foi através da criação do IBGC, que é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da governança corporativa no Brasil e o principal fomentador das práticas e discussões sobre o tema no país, tendo alcançado reconhecimento nacional e internacional.
 
O seu principal objetivo é gerar e disseminar conhecimento a respeito das melhores práticas em governança corporativa e influenciar os mais diversos agentes em sua adoção, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e, consequentemente, para uma sociedade melhor.
 
Seu papel é fundamento dado que a governança corporativa adquire ainda mais importância em mercados emergentes onde a confiança nas instituições é frágil e a insegurança no ambiente empresarial e no sistema jurídico é significativa, sobretudo em relação ao enforcement, ou seja, à capacidade do sistema de oferecer soluções tempestivas e eficazes a disputas judiciais.
 
Alguns Marcos da Governança no Brasil
O combate à corrupção no Brasil é um problema que já se arrasta há décadas, sem solução, e esse fato nos leva a fazer algumas reflexões importantes, entre eles:
1. 
1. A corrupção gera ineficiência, desigualdade e pobreza;
2. 
2. Não seremos capazes de dar fim a corrupção apenas prendendo corruptos;
3. 
4. Um debate franco sobre as formas de financiamento dos políticos precisa ser implantado; 
5. 
6. Precisamos de uma política nacional séria de combate à corrupção.
7. 
 
É certo que ao longo desse processo algumas leis foram criadas, apesar de seus efeitos sempre brandos e viesados, dada a impunidade que permeia os sistemas de poder da nação. Além disso, as leis por si só também não resolvem o problema, dadas as lacunas que deixam, atreladas a criatividade do “jeitinho” brasileiro.
 
Na realidade, dentro do contexto do mercado brasileiro, os principais avanços da governança corporativa, apesar dos benefícios ainda bastante restritos para a sociedade de uma maneira geral, se deram através da iniciativa privada, e com grande destaque para o mercado de capitais; como por exemplo:
· O lançamento pela Bovespa dos segmentos especiais de listagem (2000);
· 
· As mudanças na Lei das Sociedades por Ações (2001);
· 
· Edição da Cartilha da CMV com suas Recomendações sobre a Governança (2002);
· 
· E mais recentemente, em 2015, o lançamento do Prêmio “Sou do Esporte” de Governança no Esporte.
· 
 
Atividade extra
Nome da atividade: IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
Link para assistira atividade: https://www.youtube.com/watch?v=pnqeriqKWPg
7 - Os Princípios Básicos da Governança
Introdução
Nesse módulo iremos abordar os princípios básicos da governança, entre eles: transparência, equidade, accountability e responsabilidade corporativa.
 
Os Princípios Básicos da Governança Corporativa
Transparência:
A transparência visa assegurar um acesso rápido e confiável às informações relevantes sobre fatos, atos e decisões da sociedade empresarial. Ela pode ser compreendida como o desejo de disponibilizar, para o público interessado, as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. O conceito de transparência não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, mas contemplar também os demais fatores que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.
 
Equidade:
Igualdade é dar às pessoas as mesmas oportunidades, ao passo que a equidade busca adaptar as oportunidades deixando-as justas. 
 
De acordo com a Wikipedia a equidade: “consiste na adaptação da regra existente à situação concreta, observando-se os critérios de justiça. Pode-se dizer, então, que a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Ela é uma forma de se aplicar o Direito, mas sendo o mais próximo possível do justo para as duas partes. Essa adaptação, contudo, não pode ser de livre-arbítrio e nem pode ser contrária ao conteúdo expresso da norma. Ela deve levar em conta a moral social vigente, o regime político Estatal e os princípios gerais do Direito. Além disso, a mesma não corrige o que é justo na lei, mas completa o que a justiça não alcança".
 
Accountability:
É um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como responsabilidade com ética, ou seja, assumir integralmente as consequências de seus atos e omissões, e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.
 
“Também traduzida como prestação de contas, significa que quem desempenha funções de importância na sociedade deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por qual motivo faz, quanto gasta e o que vai fazer a seguir. Não se trata, portanto, apenas de prestar contas em termos quantitativos mas de auto-avaliar a obra feita, de dar a conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que se falhou.”
 
Responsabilidade Corporativa:
A responsabilidade corporativa busca promover os aspectos que são essenciais para o negócio. Isso envolve a qualidade dos serviços, a diversidade das equipes, o compromisso com a comunidade e o impacto ambiental.
 
Pode ser compreendida também como “o conjunto de ações que beneficiam a sociedade e as corporações que são tomadas pelas empresas, levando em consideração a economia, educação, meio-ambiente, saúde, transporte, moradia, atividades locais e governo”.
 
Objetivos da Governança
A Governança Corporativa procura evitar o abuso de poder, minimizar os casos de conflito de interesses e bloquear as brechas existentes para a ocorrência de fraudes. Uma boa governança melhora a credibilidade institucional, aprimora os mecanismos internos de controle, tende a assegurar a longevidade das organizações e agrega valor às principais partes interessadas na organização.
 
Como consequência a governança otimiza as condições de acesso às fontes de capital, assegura o aprimoramento de práticas de transparência, divulgação de informações e responsabilidade corporativa, além de qualificar a gestão e o sistema de tomada de decisões corporativas.  
 
A diferença entre Shareholder e Stakeholder
Shareholder: É uma palavra em inglês bastante comum no contexto empresarial, que em português significa acionista, ou seja, é uma pessoa que possui pelo menos uma ação de uma organização ou empresa.
Stakeholder: Uma pessoa ou um grupo de pessoas que têm interesse na empresa, podendo ou não ter feito um investimento pecuniário no negócio. Alguns exemplos: Colaboradores, Clientes, Governos e a própria Comunidade Local.
 
Atividade extra
Nome da atividade: Governança no setor público - TCU
Link para assistir a atividade: https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapublica/governanca-no-setor-publico/
8 - Os Pilares da Governança
Introdução
Os pilares fundamentais da governança formam um pentágono, são eles: stakeholders (representado pelos acionistas), conselho de administração, Gestão (representada pelo CEO e Diretores Executivos), Conselho Fiscal e Auditoria Independente. Permeando todo esse sistema se tem um Código de Conduta Ética consubstanciando os princípios básicos da Governança Corporativa. 
Sócios ou Acionistas
São as pessoas físicas ou jurídicas que contribuem para a formação da organização. No caso das empresas, os acionistas são aqueles que detêm a propriedade do capital social das mesmas. 
Os direitos, deveres, papéis e responsabilidades dos principais membros da organização deverão estar detalhados no Contrato Social (ou Estatuto). 
O Estatuto é o contrato que, complementando a legislação, rege e estabelece a forma de funcionamento da organização, incluindo as alçadas e as atribuições de cada agente de governança. Ele contribui para dar transparência ao sistema de governança da organização e para fomentar a confiança nas relações com todas as partes interessadas relevantes.
Além do Estatuto, é imprescindível que as atividades dos conselhos e órgãos de monitoramento, fiscalização e controle, sejam disciplinados por um Regimento Interno, com o objetivo de regular o funcionamento e formalizar os seus respectivos processos internos, proporcionando uma atuação em consonância aos preceitos definidos pelo estatuto.
Assembléia Geral Ordinária
É o órgão de participação direta pelo qual os sócios tratam das grandes decisões da organização. É também momento relevante de prestação de contas e exercício de transparência pela administração, e oportunidade valiosa para que os sócios possam contribuir com a organização, apresentando ideias e opiniões.
Realiza-se, uma vez por ano, normalmente nos quatro primeiros meses após o encerramento do exercício social, e tem por objetivo o cumprimento das normas legais estatuídas no art. 132 da lei das S.A.
Dentre suas principais competências temos: 
1. Tomada de conta dos gestores
2. Exame e votação dos demonstrativos financeiros
3. Definição sobre a destinação dos lucros apurados
4. Eleição dos membros diretivos de conselhos e órgãos de monitoramento e controle.
As regras de convocação da assembleia geral (ex.: forma e agenda, incluindo exposição da ordem do dia, local, data e horário) devem favorecer a presença do maior número possível de sócios e conferir tempo adequado para que eles se preparem para a deliberação. Ela deve ocorrer com, no mínimo, trinta dias de antecedência.
Assembléia Geral Extraordinária
A Assembléia Geral Extraordinária é a assembleia que, à exceção das matérias pertinentes à AGO, pode ser convocada para discutir e deliberar sobre quaisquer outros assuntos de interesse social. Diferente da AGO, não tem prazo estipulado para sua realização, nem objeto determinado.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração é o órgão central do sistema de governança. Ele deve ser visto como o guardião dos princípios, valores, objeto social e sistema de governança da organização, sendo seu principal componente. Além de decidir os rumos estratégicos do negócio, compete ao conselho de administração, conforme o melhor interesse da organização, monitorar a diretoria, atuando como elo entre esta e os sócios.
O conselho de administração deve ser composto tendo em vista a diversidade de conhecimentos, experiências, comportamentos, aspectos culturais, faixa etária e de gênero. Ele deve garantir que a diretoria estabeleça e divulgue políticas que propiciem igualdade de oportunidades para o acesso de mulheres a posições de alta liderança na organização.
Recomenda-se um número ímpar de conselheiros, entre cinco e onze. Esse número pode variar conforme o setor de atuação, porte, complexidade das atividades,estágio do ciclo de vida da organização e necessidade de criação de comitês.
CEO e Diretoria
É o órgão responsável pela gestão da organização, cujo principal objetivo é fazer com que a organização cumpra seu objeto e sua função social. Ela executa a estratégia e as diretrizes gerais aprovadas pelo conselho de administração, administra os ativos da organização e conduz seus negócios.
Na qualidade de administradores, os diretores possuem deveres fiduciários em relação à organização e prestam contas de suas ações e omissões à própria organização, ao conselho de administração e às partes interessadas.
O diretor-presidente (CEO) é o responsável pela liderança da diretoria. Cabe a ele atuar como elo entre a diretoria e o conselho de administração. Ele deve ser orientado e supervisionado pelo conselho de administração ou, na falta deste, diretamente pelos sócios.
A diretoria deve disseminar a cultura organizacional, reforçando seus valores e princípios, desdobrá-los em políticas, práticas e procedimentos formais e estabelecer formas de monitorar, permanentemente, se as suas decisões, ações e impactos estão alinhados a eles. Em caso de desvios, deve propor as medidas corretivas e, em última instância, punitivas, previstas no código de conduta.
O relatório anual, de responsabilidade da administração, deve ser a forma mais abrangente de prestação de informações da organização às partes interessadas. Ele não deve inibir a realização de comunicações eventuais que garantam a tempestividade e a periodicidade das informações. Deve prover informações financeiras, devidamente auditadas, assim como não financeiras, objeto de asseguração.
Conselho Fiscal
Representa um mecanismo de fiscalização independente dos administradores para reporte aos sócios, instalado por decisão da assembleia geral, cujo objetivo é preservar o valor da organização. Os conselheiros fiscais possuem poder de atuação individual, apesar do caráter colegiado do órgão.
Ao menos um de seus membros deve ter experiência comprovada na área contábil, financeira ou de auditoria; e a sua eleição deve ser intercalada à dos membros do conselho de administração. Além disso, para cumprir sua função, o conselho fiscal deve analisar, idealmente a cada trimestre, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela organização, e opinar sobre elas.
É natural que haja alguma superposição de atividades quando o comitê de auditoria e o conselho fiscal estiverem em funcionamento. Nesse caso, os dois órgãos podem coordenar algumas de suas atividades, inclusive com reuniões conjuntas.
Nas organizações em que haja controle definido, os sócios controladores devem abrir mão da prerrogativa de eleger a maioria dos membros do conselho fiscal e permitir que a maioria seja composta de membros eleitos pelos sócios não controladores.
Auditoria Independente
A atribuição principal do auditor independente é emitir, observadas as disposições aplicáveis, opinião sobre se as demonstrações financeiras preparadas pela administração representam adequadamente, em todos os seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da organização.
Assegurar a independência dos auditores é fundamental para que eles possam avaliar com isenção as demonstrações financeiras e contribuir para a formação de um ambiente de confiança entre administradores, sócios e demais partes interessadas.
A independência do auditor pode ser ameaçada quando:
· Audita o produto de seu próprio trabalho;
· Promove ou defende os interesses da entidade auditada;
· Desempenha funções gerenciais para a entidade auditada.
A equipe de auditoria independente deve reportar-se ao conselho de administração, por meio do comitê de auditoria, se existente. Deve ter o cuidado de manter, quando apropriado, a diretoria informada de todos os aspectos do desenvolvimento do seu trabalho.
 
Atividade extra
Nome da atividade: Leitura do Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa
01
Pode-se dizer que a Governança Corporativa surge da separação entre:
1. Propriedade X Gestão
2. Colaboradores X Funcionários
3. Stakeholders X Shareholders
4. Família X Trabalho
5. Clientes X Fornecedores
A evolução das sociedades empresariais levou a separação da propriedade e da gestão. A partir de então começaram a surgir conflitos de interesse entre os “donos” das empresas, detentores da propriedade, e o gestores, contratados para administração das mesmas. A isto chamou-se de conflito de agência, que foi um dos principais pontos que contribuiu para surgimento da governança corporativa, e que será tratado mais adiante.
02
Segundo o triângulo da Fraude de Cressey é condicionada pela existência conjunta das seguintes dimensões:
1. Pressão, Oportunidade, Racionalização.
2. Vantagem, Oportunidade, Lacuna da Lei.
3. Esperteza, Impunidade, Racionalização.
4. Necessidade, Vontade, Racionalização.
5. Nenhuma das anteriores.
O Triângulo de Fraudes é uma teoria desenvolvida por Donald Cressey, no início da década de 50, sobre as causas das fraudes corporativas. Essa teoria baseia-se na tese de que a ocorrência das fraudes é condicionada pela existência conjunta das seguintes dimensões: pressão, oportunidade e racionalização.
03
Qual o nome da lei criada com o objetivo de garantir a criação de mecanismos de auditoria e segurança confiáveis nas empresas, e que foi motivada por escândalos financeiros corporativos (dentre eles o da Enron, que acabou por afetar drasticamente a empresa de auditoria Arthur Andersen)?
1. Lei de Improbidade Administrativa.
2. Lei das S.A.
3. Lei de Reponsabilidade Fiscal.
4. Lei Sarbanes-Oxley (SOX).
5. Lei Rouanet.
A Lei Sarbanes-Oxley (em inglês, Sarbanes-Oxley Act) lei dos Estados Unidos, assinada em 30 de julho de 2002 pelo senador Paul Sarbanes (Democrata de Maryland) e pelo deputado Michael Oxley (Republicano de Ohio).
01
Os indivíduos nascidos, em média, entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, são denominados:
1. Geração X.
2. Geração Z.
3. Geração Y.
4. Baby Boomers.
5. Millenials.
Geração Z, composta por indivíduos nascidos, em média, entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010.
02
Segundo qual pensador iluminista "o homem é mau e egoísta”?
1. Hobbes.
2. Locke.
3. Rousseau.
4. Coase.
5. Voltaire.
Hobbes (1558-1629) / Absolutista / “O homem é mau e egoísta”
03
De acordo com que pensador iluminista o “homem é bom, mas é corrompido pela sociedade”?
1. Hobbes.
2. Locke.
3. Rousseau.
4. Coase.
5. Voltaire.
Rousseau (1712-1778) / Democrata / “O homem é bom, mas é corrompido pela propriedade”.
01
É o processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque está na integração de mercado existente entre os países:
1. Liberalização.
2. Privatização.
3. Inflação.
4. Globalização.
5. Industrialização.
A globalização é um dos processos de aprofundamento internacional da integração econômica, social, cultural e política, que teria sido impulsionado pela redução de custos dos meios de transporte e comunicação dos países no final do século XX e início do século XXI.
02
Representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região (quer sejam países, estados ou cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano etc).
1. Produção.
2. PIB.
3. Economia.
4. Infraestrutura.
5. Emprego.
O produto interno bruto representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região durante um período determinado.
03
O controle de uma sociedade anônima que é exercido por um acionista ou grupo de acionistas, vinculado por acordo de sócios ou sob controle comum, é denominado de:
1. Controle Definido.
2. Controle Difuso.
3. Controle Pulverizado.
4. Controle Disperso.
5. Controle Compartilhado.
Controle definido: nele a figura do controlador ou do bloco de controle, definido por acordo de acionistas, tem formalmente mais de 50% das ações com direito a voto da companhia.
01
Qual o conceito econômicoque traz relação ao nível de satisfação relativa dos indivíduos?
1. Utilidade.
2. Fatores de Produção.
3. Bens de Consumo.
4. Bens Econômicos.
5. Nenhuma das anteriores.
Em economia, a utilidade, é o grau de rentabilidade ou satisfação que obtemos do uso das coisas, uma medida de satisfação relativa a um agente da economia. A análise da sua variação permite explicar o comportamento que resulta das opções tomadas por cada agente para aumentar a sua satisfação.
02
Ela representa o entendimento de que, diante de problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez mais, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que impacta a forma como vivemos e, principalmente, como fazemos negócio.
1. Consumo Consciente.
2. Globalização.
3. Economia Colaborativa.
4. Outsourcing.
5. Nenhuma das anteriores.
Consumo colaborativo, também conhecido por economia colaborativa ou economia compartilhada, é um ecossistema sócio-econômico construído em torno do compartilhamento de recursos humanos, físicos e intelectuais.
03
É um fenômeno que ocorre quando dois ou mais agentes econômicos estabelecem entre si uma transação econômica com uma das partes envolvidas detendo por tal meio informações qualitativa e/ou quantitativamente superiores aos da outra parte:
1. Mútua Dependência.
2. Repercussão Relativa.
3. Inversão Monetária.
4. Assimetria Informacional.
5. Desigualdade de Valores.
Na teoria dos contratos e na economia, a assimetria de informações lida com o estudo de decisões em transações em que uma parte tem mais ou melhor informação do que a outra parte.
01
A teoria que busca mensurar o quanto estamos dispostos a abrir mão de uma coisa por outra é
denominado:
1. Racionalidade das Escolhas.
2. Imparcialidade.
3. Balança de Satisfação.
4. Preferências e Desejos.
5. Nenhuma das anteriores.
A teoria da racionalidade das escolhas é um conjunto de ideias sistemáticas que nasceram na área da economia e pretendiam explicar como as pessoas tomam decisões. Este corpo teórico foi posteriormente integrado na psicologia e na sociologia com o mesmo objetivo. Isto é, explicar os mecanismos pelos quais as pessoas escolhem algumas opções e descartam outras.
02
Um __________ é um pacto entre duas ou mais pessoas, que se obrigam a cumprir o que foi
entre elas combinado sob determinadas condições.
1. Dilema.
2. Contrato.
3. Segredo.
4. Enigma.
5. Ensaio.
Um contrato é um pacto entre duas ou mais pessoas, que se obrigam a cumprir o que foi entre elas combinado sob determinadas condições.
03
Não se enquadra com um benefícios contratual de incentivo.
1. Acordo Coletivo.
2. Concessão de Ações.
3. Participação nos Resultados.
4. Previdência Privada.
5. Remuneração Variável.
O acordo colectivo de trabalho, ou ACT, é um ato jurídico celebrado entre uma entidade sindical laboral e uma ou mais empresas correspondentes, no qual se estabelecem regras na relação trabalhista existente entre ambas as partes.
01
Podemos considerar como o marco da Governança Corporativa para o mercado brasileiro:
1. O Código Brasileiro de Governança Coporativo (IBGC).
2. A Lei Sarbanes-Oxley.
3. Lei 9.613/1998.
4. Lei 12.846/2013.
5. Lei 13.303/2016.
O Código Brasileiro de Governança Corporativa – Companhias Abertas é um marco na história do mercado de capitais do Brasil. Alinhado aos códigos de governança corporativa que são referência no mundo, o Código adota a abordagem “pratique ou explique” e foi incorporado à regulação com a edição da Instrução 586 da CVM.
02
“Gerar e disseminar conhecimento a respeito das melhores práticas em governança corporativa e influenciar os mais diversos agentes em sua adoção, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e, consequentemente, para uma sociedade melhor.” Esse é o objetivo do:
1. Poder legislativo.
2. Congresso.
3. IBGC.
4. BM&F Bovespa.
5. Presidente.
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
03
Não é um segmento do Novo Mercado:
1. Novo Mercado
2. Nível 2
3. Nível 1
4. Bovespa Mais
5. ISO 9001
A expressão ISO 9001 designa um grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da qualidade para organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão.
01
A _______________ visa assegurar um acesso rápido e confiável às informações relevantes
sobre fatos, atos e decisões da sociedade empresarial
1. Equidade.
2. Responsabilidade Social.
3. Transparência.
4. Prestação de Constas.
5. Agilidade.
02
Adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa:
1. Aribtrariedade.
2. Moralidade.
3. Equidade.
4. Responsabilidade Corporativa.
5. Ética.
03
Além de shareholder é também um stakeholder:
1. Acionistas.
2. Colaboradores.
3. Clientes.
4. Fornecedores.
5. Governo.
01
Não é um pilar fundamental da governança:
1. Conselho Fiscal.
2. Conselho de Administração.
3. Diretoria Executiva.
4. Auditoria Independente.
5. Comitê de Projetos.
Os pilares fundamentais são cinco (pentágono): stakeholders, conselho de administração, conselho fiscal, gestão e auditoria independente.
02
O órgão central do sistema de governança é:
1. Comitê de Auditoria.
2. Conselho de Administração.
3. Diretor-Executivo.
4. Conselho Fiscal.
5. Auditoria Interna.
O Conselho de Administração é um órgão colegiado encarregado do processo de decisão de uma empresa em relação ao seu direcionamento estratégico. É o principal órgão do sistema de Governança
03
A auditoria independente deve reportar-se a(o):
1. Auditoria Interna.
2. Conselho de Administração.
3. Conselho Fiscal.
4. Management.
5. Comitê de Gestão.
A auditoria independente deve se reportar ao conselho de administração, por meio de comitê, se existente.

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